Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Literatura - Contos e Crônicas domingo, 17 de novembro de 2024

BIOGRAFIAS NEGRAS INVISIBILIZADAS (POSTAGEM DA LEITORA CRISTIANE DEL GAUDIO)

Grupo Editorial Summus

Biografias negras invisibilizadas - Ancestralidades brasileira e africana reescritas

Movimento cada vez mais intenso, o resgate histórico de personagens com identidades e trajetórias suprimidas está completando várias lacunas históricas.

Quem foi José Rebouças, irmão mais novo dos célebres André e Antônio, tão relevante no desenvolvimento de ferrovias, mas que não teve a mesma projeção? Como foi o processo de letramento de Luiz Gama? Quais os obstáculos vencidos pela doutora Maria Odília Teixeira, primeira médica negra brasileira? Como é a “árvore genealógica” de Maria Firmina dos Reis, as vivências e motivações literárias da abolicionista? Para conhecer estas e outras biografias de pessoas invisíveis, mais até do que silenciadas, chega em novembro o livro Vidas impressas - Intelectuais negras e negros na escravidão e na liberdade, organizado por Iamara Viana e Flávio Gomes. A obra apresenta ainda quem foi “João da Fausta”; Padre Vitor, o primeiro beato escravizado; Besouro Mangangá; Mestre e Vicente Ferreira Pastinha e Mestre Pastinha, capoeiristas classificados como intelectuais orgânicos brasileiros, e muitos outros.

Do outro lado do oceano Atlântico, o resgate da história do que hoje são o Sudão, Mali, Senegal, Angola, São Tomé e Príncipe, e, mais ao sul, Moçambique, a Selo Negro Edições é tema do livro Pegadas no Rio, Sombras no tempo - Biografias, histórias de vida e trajetórias africanas, organizado pelos pesquisadores Matheus Serva Pereira, Silvio de Almeida Carvalho Filho e Washington Nascimento. Convidativo e reflexivo, o livro trata das diversas formas de ler o continente africano, as questões levantadas pelos autores representam um estímulo para questionamentos e para novas discussões de caráter epistemológico enriquecendo debates teóricos.

Movimento cada vez mais intenso, o resgate histórico de personagens com identidades e trajetórias suprimidas está completando várias lacunas da ancestralidade negra. Como já é tradicional por décadas, o Grupo Summus conta com grandes autores, estudiosos da temática da representatividade racial e, pela Selo Negro Edições está lançando duas grandes obras neste Mês da Consciência Negra. São dois títulos dedicados às biografias de brasileiros e africanos que contribuíram de diversas formas para a emancipação, mas que foram ignorados nos registros e, somente agora, estão sendo redescobertos nas pesquisas.

Seguem aqui os textos de quarta-capa dos dois lançamentos deste mês de novembro, na intenção de que sejam avaliados para resenhas ou outra forma de abordagem:

Vidas impressas – Intelectuais negras e negros na escravidão e na liberdade

Selo Negro Edições

Organizadores: Iamara Viana e Flávio Gomes

280 páginas - 17 x 24cm - R$99,90 (e-Book - R$59,90)

Durante a escravidão e as primeiras décadas do pós-abolição, diversos homens e mulheres que atuavam como jornalistas, advogados, artistas, padres, médicos, engenheiros, poetas, escritores e educadores pensaram e escreveram sobre o Brasil. Essa produção, na maioria das vezes invisibilizada pelo racismo, propôs utopias, criticou as desigualdades e refletiu sobre diversas dimensões da vida pública brasileira. Este livro visa jogar luz sobre o pensamento e as ações desses intelectuais negros e negras. Que estratégias utilizaram para se fazer reconhecidos? Que caminhos tiveram de trilhar para burlar um sistema opressor, que buscava apagá-los da história? Nesta obra, que reúne pesquisadores de todo o Brasil, o leitor encontrará interpretações originais sobre personagens negras e negros dos séculos XIX e XX e sobre suas contribuições em diversos campos. Do conhecidíssimo Luiz Gama ao primeiro beato negro do Brasil, passando por nossa primeira médica negra e por uma de nossas maiores escritoras, os textos aqui presentes descortinam um passado histórico rico em conhecimento e resistência. Fotos e ilustrações compõem a obra.

Pegadas no rio, sombras no tempo - Biografias, histórias de vida e trajetórias africanas

Selo Negro Edições

Organizadores: Matheus Serva Pereira, Silvio de Almeida Carvalho Filho e Washington Nascimento

288 páginas - 17 x 24cm - R$99,90 (e-Book - R$59,90)

Resultado dos trabalhos do grupo de pesquisa Áfricas: Sociedade, Política e Cultura (Uerj-CNPq), este livro nos convida a conhecer biografias, histórias de vida e trajetórias de personagens pouco abordadas na historiografia africana, contribuindo para problematizar não só as grandes narrativas ocidentais como o próprio exercício de construção histórica. Nesse sentido, nos lembra que também o ato de narrar a África por africanos sempre está atravessado por disputas de poder e entrelaçado em contextos políticos, sociais e culturais específicos, que não podem ser desconsiderados. Os textos aqui reunidos abarcam um vasto período (da antiga civilização cuxita, no Sudão do século I AEC, ao Moçambique do século XXI) e nos levam a percorrer diferentes regiões da África, explorando temas como o papel do feminino, a formação de elites locais, racismo, resistência, emancipação, construção de heróis e nacionalismo, entre outros. A diversidade de personagens, escolhidas por seu protagonismo em diferentes contextos, dá visibilidade às muitas camadas do que significa ser africano. A obra traz ilustrações que enriquecem os depoimentos e personificam as biografias.



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