Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Literatura - Contos e Crônicas quinta, 19 de dezembro de 2024

O ESCÂNDALO DA DISTÂNCIA: LIVRO DE JOÃO PEDRO CACHOPO (POSTAGEM DA LEITORA LETÍCIA COSTA)

No centenário de 'A montanha mágica', João Pedro Cachopo lança 'O escândalo da distância', mostrando o que o clássico de Thomas Mann diz ao século XXI

 

Em novembro de 1924 foi publicada A montanha mágica de Thomas Mann. O romance cuja magnitude e complexidade seguem desafiando a maioria dos leitores como um dos livros mais importantes e fascinantes da história da literatura. João Pedro Cachopo, professor de filosofia da Universidade Nova Lisboa, se aventurou nas cerca de mil páginas do clássico e a partir delas escreveu O escândalo da distância: uma leitura da montanha mágica para o séulo XXI. O livro recém-lançado pela Tinta-da-China Brasil integra a coleção Ensaio Aberto que reúne publicações de autores que unem literatura e filosofia.

Nesse ensaio Cachopo relata a trajetória de Thomas Mann durante a escrita do livro, entre 1912 e 1924, em especial a sua relação complexa com a Primeira Guerra Mundial. O autor discute se a obra é ou não é um romance de formação e destaca a importância da tecnologia, seja na arte (com o gramofone, a fotografia e o cinema), seja na medicina (com a radiografia), que transforma o modo como se imagina o corpo, o desejo, a vida, o tempo e o espaço. Ele também reflete sobre as vantagens da distância para o pensamento e mostra que o livro de Mann ainda tem muito a dizer sobre o século XXI, uma era de aceleração tecnológica e a radicalização política.

 O escândalo da distância: uma leitura da montanha mágica para o século XXI, de João Pedro Cachopo

“Devemos ouvir atentamente o que nos recomenda o ‘murmurante evocador do passado’, o narrador desse monumental romance, que buscava compreender a distância abissal entre um presente que mal acabava de começar e um passado tão recente quanto distante. É sobre distância este belo livro de João Pedro Cachopo, escrito com prosa elegante, avessa aos rodeios, determinada a buscar a profundidade da análise sem se render ao hermetismo acadêmico. O olhar distanciado permite que o autor evite o caminho das identificações prontas para o consumo: ao assumir as distâncias, é capaz de propor pontes entre épocas, sem que nos esqueçamos do abismo criado por mundos que não sabemos se mal acabaram de começar e ou se começaram a acabar.” — Pedro Caldas

 

Sobre o autor:

João Pedro Cachopo leciona Filosofia da Música na Universidade Nova de Lisboa, onde é membro do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical e colaborador do Instituto de Filosofia da Nova. Os seus interesses, atravessando os domínios da musicologia, da filosofia e dos estudos de media, incluem o impacto da revolução digital na cultura contemporânea, a relação entre as artes e questões de perfomance, dramaturgia e remediação. É o autor de Callas e os Seus Duplos (Sistema Solar, 2023), A Torção dos Sentidos (Sistema Solar, 2020; Elefante, 2021), traduzido para inglês como The Digital Pandemic (Bloomsbury, 2022), e Verdade e Enigma: Ensaio sobre o Pensamento Estético de Adorno (Vendaval, 2013), que recebeu o Prémio do PEN Clube Português na categoria de Primeira Obra em 2014. Co-editou Rancière and Music (Edinburgh UP, 2020), Estética e Política entre as Artes (Edições 70, 2017) e Pensamento Crítico Contemporâneo (Edições 70, 2014). Traduziu para português Georges Didi-Huberman, Jacques Rancière e Theodor W. Adorno.

 

 

Sobre a coleção Ensaio Aberto

Coordenada por Tatiana Salem Levy e Pedro Duarte, a coleção Ensaio Aberto é resultado de uma parceria originada no âmbito do Programa de Internacionalização da Capes (Capes-Print) entre a Universidade NOVA de Lisboa e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Os livros são publicados pela Tinta-da-china, em Lisboa, e pela Tinta-da-China Brasil, em São Paulo. Apoio: Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT - Portugal). A coleção é um exercício aberto de escrita que faz a filosofia e a literatura encontrarem-se.

Em outra obra recém-lançada da mesma coleção, O mar, o rio e a tempestade: sobre Homero, Rosa e Shakespeare, o professor, pesquisador, ensaísta e ficcionista Pedro Süssekind oferece novas leituras da Odisseia, de Grande Sertão: Veredas e de Rei Lear, tendo a filosofia como ponto de partida.

 O mar, o rio e a tempestade: sobre Homero, Rosa e Shakespeare, de Pedro Süssekind

Há críticas que nos colocam em um diálogo com os mortos, no qual eles parecem vivos como nós, ou até mais. Isso é o que faz Pedro Süssekind ao interpretar as obras de Homero, Shakespeare e Guimarães Rosa em O mar, o rio e a tempestade. Reconhecido pesquisador de filosofia e estética, com artigos e livros publicados sobre esses três clássicos, Süssekind não apenas os dá a ver na força que tiveram em nossa tradição e em seus contextos históricos ou no modo como lidam com os gêneros literários; ele também permite, graças à fluidez de uma prosa clara, que surjam surpresas sobre a verdade e a narração na Odisseia, sobre a política, a matemática e o nada em Rei Lear ou sobre medo e coragem em Grande sertão: veredas. Em contraste com modismos literários que já nascem velhos, este livro mostra, pela leitura filosófica, como o arcaico pode permanecer novo, e como o clássico, conforme a definição do escritor italiano Italo Calvino, é “um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer”.

“Uma viagem pelo mar de versos de Homero, pela tempestade da dramaturgia de Shakespeare e pelo rio de literatura de Guimarães Rosa.” — Pedro Duarte e Tatiana Salem Levy, coordenadores da Coleção Ensaio Aberto

 

Sobre o autor:

Pedro Süssekind Viveiros de Castro (Rio de Janeiro, 1973) é professor no Departamento de Filosofia da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Doutorou-se em filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2005, após estágio de pesquisa no Departamento de Literatura Comparada da Freie Universität, em Berlim. Entre suas publicações, destacam-se os livros Shakespeare, o gênio original (Zahar, 2008), Teoria do fim da arte (7Letras, 2017) e Hamlet e a filosofia (7Letras, 2021). Também é autor de três obras de ficção: o livro de contos Litoral (7Letras, 2004) e os romances Triz (Editora 34, 2011) e Anistia (HarperCollins Brasil, 2022).

 

FICHA TÉCNICA

O escândalo da distância: uma leitura da montanha mágica para o século XXI

João Pedro Cachopo

ISBN: 978-65-84835-35-1

Formato: 18,5 X 13 X 2,45 cm
Número de páginas: 176 páginas
Preço: R$ 64,90

Lançamento: novembro de 2024


O mar, o rio e a tempestade: sobre Homero, Rosa e Shakespeare

Pedro Süssekind

ISBN: 978-65-84835-32-0

Formato: 18,5 X 13 X 2,45 cm
Número de páginas: 216 páginas
Preço: R$ 74,90

Lançamento: novembro de 2024

 

Conheça outros títulos da Coleção Ensaio Aberto no catálogo da Tinta-da-China Brasil:

 A Parte maldita brasileira, de Eliane Robert Moraes

Com os olhos voltados para a literatura brasileira desde o final do século XIX até hoje, a autora reúne os ensaios que marcam sua notável trajetória de crítica literária. Machado de Assis, Hilda Hilst, Nelson Rodrigues, Roberto Piva e Reinaldo Moraes são alguns dos nomes aos quais a ensaísta dedica sua reflexão, inspirada pelas concepções de Georges Bataille em torno da falta e dos excessos. “É este o tipo de obra de que necessitamos, mais do que nunca — aquele que nos convida a lidar com o caráter imaginativo da literatura em seus extremos mais gozosos e horripilantes”, escreve Amara Moira na orelha do volume.

 Não Escrever [com Roland Barthes], de Paloma Vidal

Paloma Vidal acompanha os passos de Roland Barthes, investigando a obra do famoso crítico francês e questionando a sua própria escrita. O que levou Roland Barthes a não escrever o romance que desejava, no fim de sua vida? Uma reflexão poética sobre como a rotina, os medos, o corpo e as dúvidas se entrelaçam na criação de uma obra. “A obra formalmente mais inquieta de Vidal, ao implodir fronteiras entre os gêneros literários”, Leonardo Gandolfi, revista Quatro Cinco Um.


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