Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 26 de abril de 2024

DIA DE SANTO ANACLETO - 26 DE ABRIL

DIA DE SANTO ANACLETO - 26 DE ABRIL

HOMILIA - 26.04.24

 

 

HISTÓRIA DE SANTO ANACLETO 

Eis uma curiosidade com relação ao santo venerado nesta data: seus dados biográficos se embaralharam ao serem transcritos século após século.

Papa Anacleto teve sua vida contada como se ele "fosse dois": papa Anacleto e papa Cleto, comemorados em datas diferentes, 26 de abril e 13 de julho.

O engano, que passou também pelo cuidadoso Barônio, parece ter sido de um copista, que teria visto abreviado em alguma lista dos papas o nome de Anacleto por Cleto e julgou que deveria colocar novamente o nome apagado de Anacleto sem excluir a abreviação. Após a revisão dos anos 1960, como consequência dos estudos de Duchesne, verificou-se que se tratavam da mesma pessoa e a data de julho foi eliminada.

Ele foi o segundo sucessor de são Pedro e foi o terceiro papa da Igreja de Roma, governou entre os anos 76 e 88. Anacleto nasceu em Roma e, durante o seu pontificado, o imperador Domiciano desencadeou a segunda perseguição contra os cristãos.

Ele mandou construir uma memória, isto é, um pequeno templo na tumba de São Pedro. Morreu mártir no ano 88 e foi sepultado ao lado de São Pedro.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 25 de abril de 2024

DIA DE SÃO MARCOS EVANGELISTA - 25 DE ABRIL

 

DIA DE SÃO MARCOS EVANGELISTA - 25 DE ABRIL

HOMILIA - 25.04.24

 

 

HISTÓRIA DE SÃO MARCOS EVANGELISTA

Origens

João Marcos era judeu, da cidade de Jerusalém. Era ainda menino quando os fatos da morte e ressurreição de Jesus aconteceram. Seu pai não é conhecido. Sua mãe, ao contrário, é citada no livro dos Atos dos Apóstolos 12, 12. Por causa da importância de seu filho, ela ficou conhecida como Maria, mãe de João Marcos e, também, Maria de Jerusalém. A Tradição diz que São Marcos foi batizado por São Pedro, de quem ele era discípulo.

Seu lar, uma igreja

São Marcos pertencia a uma das primeiras famílias cristãs da cidade de Jerusalém. Ele não chegou a ser discípulo de Jesus, mas conheceu o Mestre. Segundo a Tradição, foi em sua casa que Jesus celebrou a ceia Pascal e onde instituiu a Eucaristia. Foi também em sua casa que cerca de cento e vinte pessoas, contando com a Virgem Maria e os discípulos, receberam a efusão do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Por isso, sua casa passou a ser conhecida como Cenáculo, que significa “local de reunião”. Pela casa mencionada no livro dos Atos, pode-se imaginar que sua família era bem situada economicamente. Ainda criança, Marcos viu seu lar ser transformado no ponto de encontro dos cristãos de Jerusalém. Ali, com efeito, passou a ser o local de reunião dos apóstolos e de todos os cristãos primitivos.

Discípulo de Pedro e Paulo

Mais tarde, quando jovem, Marcos tornou-se discípulo de Pedro e foi com ele para Roma. Lá, ainda jovem, começou a preparar seu escrito sobre a vida de Jesus, que viria a se tornar o Segundo Evangelho. Em Roma, Marcos também prestou serviços a são Paulo, quando este estava preso pela primeira vez. Seus préstimos foram de tão grande ajuda que, quando foi preso novamente, Paulo escreveu uma carta a Timóteo pedindo que este levasse seu precioso colaborador, Marcos, até Roma, para ajudá-lo na missão apostólica. 

O Evangelho de Marcos

O Evangelho escrito por São Marcos é mais curto que os demais (Mateus, Lucas e João). Porém, traz uma visão muito especial, aquela de quem acompanhou a paixão e os sofrimentos de Jesus quando era apenas um menino. A tônica do Evangelho de Marcos está em demonstrar a glória de Deus que nos foi revelada em Jesus e sua missão. Marcos escreveu atendendo ao pedido dos fiéis de Roma. Com efeito, ele tinha todo o conteúdo sobre a vida de Jesus, recebido diretamente de São Pedro. E, Pedro, além de aprovar o manuscrito, ordenou que sua leitura fosse feita em todas as igrejas. Assim começou a se espalhar o Evangelho segundo São Marcos. 

Sobrinho de Barnabé

Marcos tinha a fé cristã em seu DNA. Além de ser filho de Maria, que cedeu sua enorme casa para a Igreja nascente, era também sobrinho de São Barnabé, que foi grande companheiro de São Paulo em viagens missionárias pelo Oriente Médio e Europa. Por isso, ele certamente conheceu todos os apóstolos e todos os grandes evangelizadores da igreja primitiva.

Simbolizado pelo Leão

São Marcos é simbolizado por um leão e isso tem um motivo muito especial. É que ele começa seu Evangelho apresentando missão do profeta João Batista. João Batista, ficou conhecido como a "voz grita no deserto". Ora, nos tempos primitivos, o leão habitava os desertos e seus rugidos impunham temor e respeito. Por isso, São Marcos é representado pelo leão.

Missionário evangelizador

Levando seu manuscrito do Evangelho, São Marcos partiu em missão apostólica, depois da morte de São Pedro e de São Paulo. Segundo a Tradição, ele foi pregar na ilha de Chipre. Em seguida, foi para a Ásia Menor e, depois, ao Egito. Lá, pregou especialmente em Alexandria. Nesta cidade, ele fundou uma das igrejas que mais cresceram.

Morte

A Tradição nos conta que São Marcos foi martirizado numa festa de Páscoa, justamente quando celebrava o “partir do pão”, que era como os primeiros cristãos chamavam a celebração da Santa Missa. Anos depois, suas relíquias foram levadas para Veneza, por mercadores italianos. Hoje, elas estão guardadas na famosa Catedral de São Marcos, na mesma cidade. A partir do ano 828, Veneza assumiu São Marcos como padroeiro.

Oração a São Marcos

“Deus Eterno e Todo Poderoso, nós vos pedimos as bençãos e graças necessárias, para a nossa Salvação, pela intercessão poderosíssima do evangelista São Marcos. Tudo isto vos pedimos Pai Celeste, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, na Unidade do Espírito Santo. Amém. São Marcos, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 24 de abril de 2024

DIA DE SÃO FIDÉLIS DE SIGMARINGA - 24 DE ABRIL

DIA DE SÃO FIDÉLIS DE SIGMARINGA - 24 DE ABRIL

HOMILIA - 24.04.24

 

 

DIA DE SÃO FIDÉLIS DE SIGMARINGA

Origens

Fidélis nasceu na cidade de Sigmaringen (Sigmaringa) na Alemanha, em 1577. Filho de uma família nobre e cristã, seu nome de batismo era Marcos Reyd. Demonstrando inteligência brilhante e vocação para os estudos, quando jovem foi enviado para estudar na Universidade de Friburgo, Suíça. Lá, graduou-se em filosofia, bem como em direito civil e canônico. Além disso, formou-se, na mesma universidade, como professor e advogado, no ano 1601. 

Advogado dos pobres

Durante alguns anos, Marcos Reyd exerceu a advocacia na cidade de Colmar, na região Alsácia. Nesse tempo, ele recebeu o apelido carinhoso de "advogado dos pobres". Isso aconteceu porque ele jamais se negava a prestar seus serviços advocatícios de graça para todos aqueles que não tinham condições de lhe pagar os honorários.

Vocação tardia

Apesar de ser um advogado brilhante, até completar trinta e quatro anos de idade, Marcos Reyd ainda não tinha descoberto sua verdadeira vocação, aquele caminho definitivo que seguiria feliz pelo resto de sua vida. Foi, então, que, em 1612, decidiu abandonar tudo para se tornar sacerdote. Para tanto, pediu seu ingresso na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos da mesma cidade de Friburgo. Quando fez os votos perpétuos e vestiu o hábito, adotou o nome de Fidelis, que significa “Fiel”.

Mestre franciscano

Depois de encontrar seu lugar neste mundo, sua verdadeira vocação, São Fidelis escreveu muito. O grande volume de escritos e a profundidade espiritual e teológica dos mesmos, fizeram com que São Fidelis se tornasse um dos grandes mestres espirituais da Ordem Franciscana. Tanto que, até hoje, sua obra é bastante valorizada entre os frades franciscanos.

Perseguição

Por causa de sua santidade, sabedoria e grande capacidade intelectual, São Fidelis de Sigmaringa assumiu importantes missões na Igreja. Numa dessas missões, atendendo a um pedido pessoal do Papa Gregório XV, São Fidelis foi para a Suíça, com o objetivo de combater, por argumentos irrefutáveis, a heresia calvinista. Por isso, foi acusado de ser espião a serviço do imperador da Áustria. Os calvinistas, então, passaram a persegui-lo e a tramar sua morte. São Fidelis enfrentava a tudo com fé, perseverança, sabedoria e muita oração.

Morte

Percebendo que São Fidelis era muito forte na argumentação, os calvinistas decidiram, por fim, matá-lo. Seu assassinato aconteceu logo após ele ter celebrado uma missa na cidade de Grusch. Nessa missa, São Fidelis pronunciou um sermão cheio de fervor e poder da Palavra, motivando e explicando porque os cristãos deveriam prestar obediência à Santa Sé. Terminada a missa, porém, ele foi ferido por um certeiro golpe de espada. No mesmo instante, caiu de joelhos e disse que perdoava seus assassinos. Depois, abençoou a todos e entregou seu espírito a Deus. Era o dia 24 de abril de 1622.

Bilhete revelador

Após a morte de São Fidelis, os frades encontraram entre seus pertences um bilhete, com a letra de São Fidelis. O manuscrito datava de dez dias antes de seu assassinato. Para espanto e admiração de todos, ele escreveu ali que sabia que seria morto em breve, pelas mãos de seus perseguidores. Mas afirmou que entregaria sua vida com alegria e a oferecia por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Bento XIV, em 1724.

Oração a São Fidelis de Sigmaringa

“Ó Deus de admirável providência, que, no mártir São Fidélis de Sigmaringa destes ao vosso povo pastor corajoso e forte, concedei-nos, pela sua intercessão, ajuda nas tribulações e firme constância na fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. São Fidelis de Sigmaringa, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 23 de abril de 2024

DIA DE SÃO JORGE - 23 DE ABRIL

DIA DE SÃO JORGE - 23 DE ABRIL

HOMILIA - 23.04.24

 

HISTÓRIA DE SÃO JORGE 

São Jorge nasceu em 275, na antiga região chamada Capadócia. Hoje, essa região é parte da Turquia. O pai de Jorge era militar e faleceu numa batalha. Após a morte do pai, Jorge e sua mãe, chamada Lida, mudaram-se para a Terra Santa. Lida era originária da Palestina. Era uma mulher que possuía instrução e muitos bens. Ela conseguiu dar ao filho Jorge uma educação esmerada.

Ao atingir a adolescência, Jorge seguiu a carreira de muitos jovens da época e entrou para a carreira das armas, pois tinha um temperamento naturalmente combativo. Tanto que logo ele se tornou capitão do exército romano. Jorge tinha grandes habilidades com as armas e muita dedicação. Por causa dessas qualidades, o imperador Diocleciano deu a ele o título nobre de conde da Capadócia. Assim, com apenas 23 anos, Jorge passou a morar na alta corte de Nicomédia. Nesse tempo, ele exerceu o cargo de Tribuno Militar.

Conversão e morte de São Jorge

Quando sua mãe faleceu, Jorge recebeu a herança que lhe cabia e foi enviado para um nível mais alto ainda: a corte do imperador. Lá, porém, quando começou a ver a crueldade com que os cristãos eram tratados pelo império romano a que ele servia, mudou seu pensamento. Ele já conhecia o cristianismo, por causa da influência de sua mãe e da Igreja de Israel. Então, ele deu um primeiro passo de fé: distribuiu todos os seus bens aos pobres. Mesmo sendo membro do alto escalão do exército, ele quis a verdadeira salvação prometida pelo Evangelho que ele já conhecia.

Porém, o imperador Diocleciano tinha outros planos. Sua intenção era eliminar os cristãos. Assim, no dia em que o senado confirmaria o decreto do imperador que autorizaria a eliminação dos cristãos, Jorge levantou-se na tribuna e se declarou espantado com essa decisão, que julgava absurda. Ele ainda disse diante de todos que os romanos é que deveriam assumir o cristianismo em suas vidas. Todos ficaram muito surpresos quando ouviram palavras como essas vindas da boca de um membro da suprema corte de Roma.

Questionado por um cônsul sobre o porquê dessas palavras, Jorge respondeu-lhe que estava dizendo aquilo porque acreditava na verdade e, por ser essa a verdade, a defenderia a todo custo. Mas “o que é a verdade?”, perguntou o cônsul. Jorge respondeu: "A Verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e Nele confiando me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade".

O Imperador, furioso ao ver o cristianismo infiltrado no império, tentou obrigá-lo a desistir da fé cristã. Por isso, enviou-o a sessões de torturas violentas e terríveis. Assim, depois de cada tortura, Jorge era levado de volta ao imperador. Esse lhe perguntava se, depois da tortura, abandonaria a fé cristã. Jorge, porém, reafirmava sua fé, cada vez com mais coragem. Muitos romanos ao presenciarem estes fatos, tomaram as dores de Jorge, até mesmo a própria esposa do imperador. Aliás, mais tarde, ela se converteu à fé em Jesus Cristo. Por fim, Diocleciano, vendo que não conseguiria dissuadir Jorge de sua fé, mandou que ele fosse degolado. Era o dia 23 de abril do ano 303. Aconteceu na cidade de Nicomédia, na Ásia Menor.

Devoção a São Jorge

Os cristãos recolheram o corpo de São Jorge e veneraram seus restos mortais como relíquias. Isso porque, todo mártir, ou seja, aquele que é morto por causa da fé em Jesus Cristo, se torna santo. Mais tarde, os cristãos levaram as relíquias de São Jorge para a antiga cidade de Dióspolis, onde ele crescera. Lá, seu corpo foi sepultado. Anos mais tarde o primeiro imperador cristão chamado Constantino, conhecendo a bela história de São Jorge, mandou que fosse construído um oratório. Sua intenção era que a devoção a São Jorge se espalhasse por todo o império.

Por volta do século V, já se contavam cinco igrejas dedicadas a São Jorge na capital do império no Oriente, chamada Constantinopla. Mais tarde, no vizinho país do Egito, foram construídas quatro igrejas e mais quarenta conventos dedicados a São Jorge. São Jorge passou a ser venerado como sendo dos maiores santos da Igreja Católica em várias regiões como na Armênia, em Bizâncio e no Estreito de Bósforo, na Grécia.

São Jorge e o Dragão

De acordo com uma lenda, São Jorge fez acampamento com sua legião romana numa região próxima a Salone, Líbia, no norte da África. Lá, diziam haver um enorme dragão com asas. O animal devorava pessoas da cidade como cordeirinhos. Diziam que o hálito da terrível criatura era tão venenoso que qualquer um que se aproximasse poderia morrer por envenenamento. Com o intuito de manter a besta longe da cidade, eles ofereciam ovelhas como alimento. Ao acabarem, começaram a oferecer crianças.

O sacrifício caiu então sobre a filha do Rei de 14 anos, Sabra. A menina foi em direção a seu cruel destino, deixou a muralha da cidade e ficou ali à espera da criatura. São Jorge, ao ficar sabendo da história, decidiu por fim a tudo isso. Montou seu cavalo branco e partiu para a batalha. Antes, porém, exigiu que o rei desse sua palavra: se trouxesse sua filha de volta, o rei e todo o reino se converteria ao cristianismo.

O rei aceitou e deu sua palavra. Jorge, então, partiu para a luta com tal "dragão". Depois de muita luta e oração, Jorge acertou a cabeça do dragão com sua poderosa espada que era chamada de Ascalon. Depois, São Jorge cravou sua espada debaixo da asa do dragão, num local que tinha escamas. Assim, o dragão foi ferido mortalmente e caiu sem vida. São Jorge amarrou a fera e a levou arrastada até a cidade, levando consigo a princesa. Lá, São Jorge, sendo observado pela multidão, cortou a cabeça do dragão e fez com que todas as pessoas da cidade se tornassem cristãs.

Simbolismo

O dragão simboliza a idolatria que mata inocentes e causa destruição. A idolatria é destruída pelas armas da Fé. A jovem que São Jorge salvou representaria a região da qual ele combateu heresias e instalou a fé cristã.

Oração a São Jorge

“Eu  andarei  vestido  e  armado, com as armas  de  São Jorge. Para  que  meus  inimigos tendo  pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal. Armas de fogo o  meu corpo não alcançarão, facas  e  lanças  se  quebrem  sem  ao  meu corpo chegar, cordas  e correntes se quebrem sem ao meu corpo,  amarrar.       

      São Jorge, cavaleiro corajoso, intrépido e vencedor;  abre os meus caminhos.  ajuda-me a  conseguir  um  bom emprego;   fazei com  que   eu  seja  bem  visto  por  todos:   superiores,  colegas  e subordinados. Que a paz, o amor e a harmonia estejam sempre presentes  no  meu  coração ,  no  meu lar e  no meu serviço;  vela por mim e pelos meus , protegendo-nos sempre ,  abrindo e iluminando os nossos caminhos ,  ajudando-nos também a  transmitirmos  paz, amor e harmonia a todos que nos cercam. Amém.”

 ( rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e 1 Glória ao Pai.)


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 22 de abril de 2024

DIA DE SANTA MARIA DO EGITO - 22 DE ABRIL

 

DIA DE SANTA MARIA DO EGITO - 22 DE ABRIL

HOMILIA - 22.04.24

 

 

HISTÓRIA DE SANTA MARIA DO EGITO

Nasceu no Egito no século V, e com apenas 12 anos tomou a decisão de sair de casa, em busca dos prazeres da vida. Providencialmente, conheceu um grupo de cristãos peregrinos que ia para o Santo Sepulcro e os acompanhou, apenas movida pelo interesse no passeio.

Por três vezes, quis entrar na Igreja, mas não conseguiu. E uma voz interior lhe fez perceber o quanto ela era escrava do pecado. Ela recorreu à Virgem Maria, representada numa imagem que ali estava, e, em oração, se comprometeu a um caminho de conversão. Ingressou na Igreja e saiu de seu sepulcro.

Com a graça do Senhor, ela pôde se arrepender e se propor a um caminho de purificação.

Ela foi levada ao deserto de Judá, onde ficou por quarenta anos, e, nas tentações, recorria sempre à Virgem Maria. Perto de seu falecimento, padre Zózimo foi passar seus últimos dias também nesse deserto e a conheceu, levou-lhe a comunhão, e ela faleceu numa sexta-feira. O padre, ao encontrar seu corpo, enterrou-a como a santa havia pedido em um recado.

Santa Maria Egipcíaca, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 21 de abril de 2024

DIA DE SANTO ANSELMO - 21 DE ABRIL

DIA DE SANTO ANSELMO - 21 DE ABRIL

HOMILIA - 21.04.24

 

 

HISTÓRIA DE SANTO ANSELMO

Origens

Anselmo nasceu em 1033 na cidade de Aosta, que fica no norte da Itália. Seu pai era um nobre e frequentava as altas rodas dos governantes e influentes. Por volta dos 15 anos, Anselmo perdeu a mãe. Seu pai tinha planejado uma carreira brilhante para ele, que seria seu herdeiro natural e faria com que a fortuna da família atingisse patamares ainda maiores. Anselmo, porém, sentia em seu coração o chamado para o sacerdócio e a vida religiosa. Seu pai rejeitava violentamente essa ideia. Anselmo tinha um temperamento manso e dócil. Por isso, fez a vontade do pai até seus 22 anos, mais ou menos.

Vocação

Ao fazer a vontade de seu pai terreno, Anselmo sofria e a tristeza crescia em seu coração. Ele não encontrava nenhum prazer nas festas, banquetes e vida luxuosa que seu pai lhe oferecia. Estudava com os beneditinos e isso era um alento para sua alma. Por outro lado, aumentava ainda mais sua dor, sabendo que, se continuasse obedecendo ao pai, não poderia viver a vida que queria.

Fuga

A situação se agravou e ele viu que a única solução seria fugir de casa. Assim, um dia não aguentou mais e fugiu, abandonando a herança, a riqueza e o luxo a que tinha direito em sua família. Andou vagando pela região da Borgonha, França e, por fim, chegou à Normandia, onde encontrou um monge conterrâneo seu chamado Lanfranco. Esse o acolheu no mosteiro. Lá, Anselmo dedicou-se ao estudo da religião tendo como Mestre Lanfranco.

 

Teólogo e sacerdote

Em pouco tempo, Anselmo formou-se em teologia e ordenou-se sacerdote. Em pouco tempo também foi eleito abade do mosteiro, por causa de sua sabedoria e busca de santidade. Começou, então, a anunciar o Evangelho pela região tanto quanto podia. Além disso, sentiu a necessidade de uma grande reforma na vida monástica e começou a implementá-la. Por tudo isso, ficou famoso e sua obra começou a influenciar os ambientes acadêmicos, religiosos e seculares. Seus escritos foram em tamanha quantidade e qualidade que ele é chamado o criador da Ciência Teológica no mundo Ocidental.

Arcebispo da paz e da bondade

Por causa de sua grande obra intelectual e espiritual, Santo Anselmo foi proclamado arcebispo-primaz da Inglaterra. Nesse cargo, enfrentou grande perseguição dos reis Guilherme e Henrique I, porque seu pensamento era contrário aos interesses políticos e mesquinhos desses reis. Porém, durante os mais duros embates, mantinha a paz, a mansidão e a bondade. Sua fala permanecia mansa e seus argumentos eram de tal forma pacíficos, que desarmava os inimigos e sempre conseguia atingir seus objetivos.

Morte

Santo Anselmo faleceu em Canterbury, aos setenta e seis anos. Era o dia 21 de abril de 1109. Por causa de sua extensa obra teológica e também literária, ele foi proclamado "doutor da Igreja" através do papa Clemente XI, no ano 1720. Sua obra influencia a Igreja até os dias de hoje.

 

Oração a Santo Anselmo

Por intercessão de Santo Anselmo, eu vos peço, Senhor, despertai em mim um forte interesse pela Doutrina Católica. Dai-me perseverança na busca da Verdade ensinada nas Sagradas Escrituras. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 20 de abril de 2024

DIA DE SANTA INÊS DE MONTEPULCIANO - 20 DE ABRIL

DIA DE SANTA INÊS DE MONTEPULCIANO - 20 DE ABRIL

HOMILIA - 20.04.24

 

 

HISTÓRIA DE SANTA INÊS DE MONTEPULCIANO

Origens

Inês nasceu no dia 28 de janeiro de 1268, numa aldeia chamada Graciano, vizinha da cidade de Montepulciano, Itália. Por isso, ela é chamada de Santa Inês de Montepulciano. Filha de uma família riquíssima chamada Segni, desde muito pequena manifestou vocação para a vida religiosa. Aos seis anos, disse a seus pais que queria se tornar freira. Por isso, quando completou nove anos, seus pais a entregaram aos cuidados das freiras de São Domingos, onde ela passou a viver.  

Precocidade

No convento, Santa Inês de Montepulciano abraçou a vida religiosa e fez desabrochar seu espírito de santidade e sabedoria. Tanto que, com apenas quinze anos, foi eleita superiora. Essa decisão foi estudada e aprovada pelo Papa Nicolau VI através de documento oficial. E, apesar da pouca idade e de ter vivido grande parte de sua vida no convento, Santa Inês de Montepulciano demonstrou grande percepção da realidade para além dos muros do convento.

Um prostíbulo se torna o alvo de Santa Inês de Montepulciano

Havia na cidade de Montepulciano um prostíbulo famoso, frequentado por um grande número de mulheres. A partir de determinada época, Madre Inês começou a dizer para as freiras que, um dia, aquela casa seria transformada num convento. As irmãs não estranharam, pois já conheciam a determinação, o dom da profecia e a santidade da jovem Madre Inês. E assim aconteceu. Ela mesma começou a visitar as mulheres do prostíbulo apresentando a elas o Evangelho de Jesus, um sentido novo para a vida e a misericórdia de Deus, que deseja que todos cheguem ao conhecimento da verdade. Ela percebeu no prostíbulo almas generosas, que estavam ali por ignorância, por falta de oportunidades e pelas tragédias da vida.

Transforma o prostíbulo num convento

Quando as prostitutas começaram conhecer a fé, a esperança e a caridade vividas por Santa Inês de Montepulciano, a prostituição começou a perder o sentido para elas. E aquelas mulheres marcadas, marginalizadas e sem horizonte, foram recuperando a dignidade e se transformando em pessoas cheias de vida e amor. Conhecedoras da miséria humana como ninguém, elas passaram a ser conhecedoras da misericórdia de Deus que cura e que transforma os corações. Assim, depois de algum tempo, aquele prostíbulo famoso tinha se transformado num convento habitado por ex-prostitutas. E este convento em especial, se tornou modelo de virtude, de ordem, de amor, de oração e de fraternidade entre as irmãs. Todos reconheciam a presença de Deus agindo e recuperando pessoas que não tinham mais nenhuma esperança.

Morte

A precocidade de Santa Inês de Montepulciano ocorreu em todos os aspectos, inclusive na sua morte. Com efeito, ela tinha menos de cinquenta anos quando foi acometida por uma dolorosa enfermidade. Pressentindo sua morte, ela bendisse a Deus, sabendo que tinha deixado discípulas fiéis, inclusive entre as ex-prostitutas. Assim, faleceu na paz do Senhor em 20 de abril do ano 1317. Sua sepultura passou a ser alvo de peregrinações e grandes milagres aconteceram ali por sua intercessão. Os maiores dentre eles, foram conversões de pecadores conhecidos e famosos, que mudaram suas vidas ao conhecerem a história de Santa Inês de Montepulciano e pedirem sua intercessão.

Corpo incorrupto

Por causa do grande movimento de fiéis no túmulo, decidiram traslada-lo para uma igreja dominicana. Quando abriram sua tumba, vários anos após sua morte, viram que seu corpo estava incorrupto, em perfeito estado de conservação. Assim, seu corpo foi levado para uma bela Igreja Dominicana em Orvieto, onde se encontra até hoje. Ela foi canonizada em 1726 pelo Papa bento XIII e brilha nos altares como uma luz da sabedoria, da misericórdia e do amor de Deus especialmente para com os pecadores.

Oração a Santa Inês de Montepulciano

Santa Inês, exemplo de humildade, caridade, vigilância, vida de intensa oração, abençoai-me e olhai para mim. Pois vos olho como a uma mãe misericordiosa, que intercederá junto a Deus por mim e minha família, já que necessitamos de tantas virtudes e graças. Que esta fome de Deus em nós seja saciada, que a perseverança na oração, conceda-nos tudo o que nosso coração tanto deseja e precisa. Concedei-nos a vossa fé, vossa beleza interior, o vosso amor.

Que assim seja. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 19 de abril de 2024

DIA DE SANTO EXPEDITO - 19 DE ABRIL

DIA DE SANTO EXPEDITO - 19 DE ABRIL

HOMILIA - 19.04.24

 

 

HISTÓRIA DE SANTO EXPEDITO 

Santo Expedito não tem uma data de nascimento conhecida. Sabe-se que ele era Romano. Sabe-se também que foi Senador de Roma, Príncipe-Consul do Império Romano na Armênia, militar, Comandante da XII Legião Romana e, mesmo nessa condição, converteu-se ao cristianismo.

História de Santo Expedito

A XII Legião tinha o nome de Fulminata, nome que significa algo como vem como um raio. A Fulminata tinha cerca de 8 mil homens contando soldados, escravos e cavaleiros. No tempo de Expedito, ela defendia as fronteiras orientais do Império Romano contra os bárbaros asiáticos. Expedito comandou a XII Legião de 296 a 303 d. C. Para ser comandante de uma Legião Romana era preciso muita competência e bravura. Tanto que, alguns anos antes, a mesma XII Legião tinha sido comandada por um Imperador romano, Marco Aurélio, numa campanha onde hoje é a Eslováquia. Sabe-se que Expedito era um líder competente. Seu cargo equivaleria hoje ao de um general. Ele se tornou famoso por manter a disciplina dos soldados e todos o respeitavam. Por outro lado, como a maioria dos soldados romanos, o Comandante Expedito tinha uma vida devassa, rodeada de luxo, prazeres e fama.

Conversão ao Cristianismo

O primeiro contato do Comandante Expedito com o Cristianismo aconteceu dentro da própria XII Legião. Com efeito, uma parte dos soldados da XII era formada de cristãos. Além disso, em suas andanças pelas fronteiras orientais do império, Expedito teve ainda mais contato com o cristianismo. E, para completar, a XII Legião teve um soldado chamado Polieucto de Melitene, que morreu mártir no ano 193. A semente do Cristianismo e do sangue dos mártires nunca cai na terra em vão.

A Procrastinação de Santo Expedito

Expedito era um líder competente na condução da XII Legião tanto nos tempos de paz quanto  nas batalhas. Um comandante vitorioso na carreira militar. Porém, quanto à sua vida espiritual, tinha o vício da procrastinação, isto é, deixar para depois, adiar. Ele simpatizava com a mensagem de Jesus. Admirava os ensinamentos do Mestre de Nazaré e via no Evangelho palavras que ninguém jamais tinha dito antes na história humana. Por isso, ele pensava em um dia converter-se de verdade. Esse dia, porém, ficava sempre para mais tarde, era sempre adiado.

O toque de Deus

Depois de alguns anos procrastinando, Expedito foi tocado pela graça de Deus. Certa noite teve um sonho que mudou sua vida. No sonho, com um corvo representando o espírito do mal, grasnava diante dele a palavra cras, do latim, que significa amanhã, deixe sua conversão para amanhã. O corvo grasnava forte e parecia poderoso. Porém, de repente, Expedito decidiu e pisoteou o corvo dizendo: hodie, que significa hoje, em latim. O Comandante Expedito acordou do sonho decidido e confirmou sua conversão. Por isso ele é considerado o Santo das causas urgentes. Convertido, ele continuou por um tempo ainda chefe da sua legião, conseguindo converter seus soldados também ao cristianismo.

A ira contra Santo Expedito

Com a conversão de Expedito e da sua tropa, o imperador Diocleciano começou a perseguir o Santo e seus soldados. A importância de seu posto fazia dele uma influência muito forte a favor do Cristianismo dentro do Império Romano. Por isso, ele se tornou alvo especial do Imperador.

A Morte de Santo Expedito

Santo Expedito foi preso pela ordem de Diocleciano e foi forçado a renunciar à sua nova fé. Porém, ele não renunciou. Seus castigos começaram pela flagelação romana: 39 chicotadas com o flagrus, chicote que dilacera a pele e causa hemorragia. Expedito tinha aplicado este mesmo castigo a bandidos e indisciplinados. Agora, ele os recebia por causa de Jesus Cristo. E ele permaneceu firme e julgando-se indigno de sofrer o mesmo castigo que Jesus sofrera, aplicado por soldados romanos, como estava acontecendo com ele. Por fim, não renunciando à sua fé, Santo Expedito foi decapitado com espada, por ordem do Imperador Diocleciano, no dia 19 de abril de 303, em Melitene na Armênia.

Canonização

Como Santo Expedito foi morto por causa de Jesus Cristo, ele se tornou um mártir da Igreja e santo reconhecido oficialmente. Sua bravura diante dos sofrimentos por causa da fé serviu de exemplo para grande parte dos soldados de sua Legião, fazendo-os permanecer firmes em sua fé. O exemplo de Santo Expedito arrastou milhares de cristãos na Armênia e, logo, ele passou a ser venerado como santo, o santo das causas urgentes.

Imagem de Santo Expedito

Santo Expedito é representado como um Comandante Romano, vestindo uma túnica branca, uma armadura de superior e um manto vermelho sobre os ombros. Em sua mão direita ele levanta uma cruz com a palavra Hodie (Hoje). Na mão esquerda ele tem uma palma, representando o martírio e a vitória dos mártires. Seu pé direito pisa sobre um corvo, que grita a palavra Cras, (amanhã). A imagem simboliza a grande mensagem de Santo Expedito: Não adie sua conversão, não deixe para amanhã aquilo que deve ser feito hoje, não procrastine!

Oração de Santo Expedito

A PODEROSA ORAÇÃO DE SANTO EXPEDITO

Meu Santo Expedito das Causas Justas e Urgentes.

Socorrei-me nesta hora de aflição e desespero, interceda por mim junto ao Nosso Senhor Jesus Cristo.

Vós que sois um Santo guerreiro.

Vós que sois o Santo dos aflitos.

Vós que sois o Santo dos desesperados.

Vós que sois o Santo das causas urgentes.

Protegei-me. Ajudai-me. Dai-me força, coragem e serenidade.

Atendei ao meu pedido. (fazer o pedido).

Ajudai-me a superar estas horas difíceis, protegei-me de todos que possam me prejudicar.

Protegei minha família, atendei o meu pedido com urgência.

Devolva-me a paz e a tranquilidade.

Serei grato pelo resto de minha vida e levarei se nome a todos que tem fé.

Santo Expedito, rogai por nós. Amém.  


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 18 de abril de 2024

DIA DE SANTO APOLÔNIO - 18 DE ABRIL

DIA E SANTO APOLÔNIO - 18 DE ABRIL

HOMILIA - 18.04.24

 

 

HISTÓRIA DE SANTO APOLÔNIO 

Filósofo, Apologeta e Mártir

Origens

Apolônio era um romano ilustre e pertencente à nobreza. Mais precisamente, foi senador romano no tempo do imperador Cômodo, que reinou entre 161-192 dC. Destacou-se no senado como homem cheio de talentos, pautado por uma ética irrepreensível, extremamente culto e educado. Versado na filosofia grega e romana, ele encontrou no Cristianismo a consumação da verdadeira ética e da sabedoria que vem de Deus. Ele encontrou em Jesus Cristo a verdade suprema que ilumina todo homem que vem a este mundo. Por isso, converteu-se e foi batizado.

Um senador cristão no tempo da perseguição

Apolônio assumiu a fé cristã sem receios no senado romano. Por algum tempo, ele foi respeitado por causa de seu passado ilustre e sem mancha. Muitos se perguntavam “Por que um homem da envergadura do Senador Apolônio abraçou a fé cristã, uma fé proibida pelo imperador? E ele respondia dizendo que a verdade mais profunda e o verdadeiro sentido da vida só se encontra em Jesus Cristo. Dizia ainda como filósofo que a ética perfeita só será encontrada no cristianismo. Como Apolônio era um orador excepcional, conquistava o coração de muitos, que se convertiam à nova fé.

Senador denunciado

O comportamento de Santo Apolônio, porém, ao mesmo tempo que agradava a alguns, desagradava a outros. E não demorou muito até que ele fosse denunciado a Perennuius, prefeito pretoriano de Roma, como cristão e disseminador do cristianismo. Como era senador, Santo Apolônio teve a possibilidade de apresentar sua defesa diante do senado romano. Lá, leu um volume admirável de escritos que defendiam a fé cristã e a colocavam como a única esperança para a humanidade e para o império romano.

Apologeta

Santo Apolônio defendeu a fé cristã brilhantemente, com argumentos irrefutáveis diante da lógica, ciência na qual era um expert. Por esta razão, Santo Apolônio é chamado de “Apologeta”, uma palavra de origem latina que significa “aquele que defende sua fé” com argumentação lógica e contundente.

Condenação

Diante toda a força da argumentação de Santo Apolônio no senado romano, muitos se tornaram simpatizantes da fé cristã e, mais tarde, muitos se converteram. Porém, mesmo assim Apolônio foi condenado pela prática e disseminação do cristianismo. A acusação teve como base não uma argumentação à altura, ou que refutasse seus argumentos, mas sim a breve citação da lei outorgada por Trajano, imperador romano, que proibia a prática do cristianismo.

Coragem

Santo Apolônio disse, diante de sua condenação, que não tinha medo de morrer e afirmou: "Há algo melhor esperando por mim: vida eterna, dada |a quem viveu bem na terra". Além disso, não deixou de argumentar sobre a superioridade da Doutrina Cristã no que diz respeito à vida, à morte, à ética, ao amor, à justiça e à verdade. Muitos se convenceram ao ouvirem seus argumentos, mas não tiveram força política para evitarem sua condenação.

Morte

Como senador e cidadão romano, Santo Apolônio tinha direito à pena de morte aplicada aos romanos: a decapitação. Era uma morte “honrosa”, que não infringia ao condenado as torturas terríveis destinadas aos que não eram cidadãos romanos. Antes da aplicação da pena, ele teve ainda a oportunidade de renegar a fé cristã e escapar da morte, mas ao invés de renega-la, fez uma bela e solene profissão de fé. Preferiu morrer a negar Jesus Cristo, seu Senhor. Assim, foi decapitado no dia 18 de abril do ano 185. Seu testemunho de fé entrou para a história do cristianismo e muitos se converteram por causa de seu exemplo. Como mártir, passou a ser venerado como santo no dia de sua morte, 18 de abril.

Oração a Santo Apolônio

Ó Deus, que destes a Santo Apolônio a graça de conhecer-vos profundamente e de conhecer e propagar a Doutrina Cristã, dai-nos a graça deste conhecimento para que possamos defender a fé onde quer que estejamos com coragem e sabedoria. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 17 de abril de 2024

DIA DE SANTO ANICETO - 17 DE ABRIL

DIA DE SANTO ANICETO - 17DE ABRIL

HOMILIA - 17.04.24

 

 

HISTÓRIA DE SANTO ANICETO 

Aniceto nasceu na Síria, em 9 de dezembro de 92, e foi sucessor do Papa são Pio I, em 155, no tempo em que Antonio era o imperador romano. Entretanto, além da perseguição sistemática por parte do Império, o papa Aniceto teve de enfrentar, também, cismas internos que abalaram o cristianismo.

A começar por Valentim, passando por Marcelina, que fundou a seita dos carpocratitas, considerada muito imoral pela Igreja, e chegando a Marcion, um propagador, com dotes de publicitário, que arregimentou muita gente, e muitos outros.

Sem contar a questão da celebração da Páscoa. Todas elas formaram seitas paralelas dentro do catolicismo, dividindo e confundindo os fiéis e até colocando-os contra a autoridade do papa, desrespeitando a Igreja de Roma. Contudo o papa Aniceto tinha um auxiliar excepcional, Policarpo, que depois também se tornou um santo pelo testemunho da fé, e o ajudou a enfrentar todas essas dificuldades. Policarpo exerceu, também, um papel fundamental para que pagãos se convertessem, por testemunhar que a Igreja de Roma era igual à de Jerusalém.

Outro de seus auxiliares foi Hegesipo, que escreveu um livro defendendo o papa Aniceto e provando que ele, sim, seguia a doutrina cristã correta, e não os integrantes das seitas paralelas. Mesmo com tão excelente ajuda, o papa Aniceto teve uma árdua missão durante os quase onze anos de seu pontificado, morrendo no ano 166, quase aniquilado pela luta diária em favor da Igreja.

Embora tenha morrido num período de perseguição aos cristãos, a Igreja não cita a sua morte como a de um mártir. Mas pelo sofrimento que teve ao enfrentar, durante todo o seu governo, os inimigos do cristianismo e da Igreja de Roma, por si só se explica o porquê da reverência a seu nome.

O seu corpo - aliás, foi a primeira vez que ocorreu com um bispo de Roma - foi sepultado nas escavações que depois se transformaram nas catacumbas de São Calisto, na Itália.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 16 de abril de 2024

DIA DE SANTA BERNADETE SOUBIROUS - 16 DE ABRIL

DIA DE SANTA BERNADETE SOUBIROUS - 16 DE ABRIL

HOMILIA - 16.04.24

 

 

HISTÓRIA DE SANTA BERNADETE SOUBIROUS  

Bernarda, era o nome a filha de Francisco Soubirous e Luisa Casterot, nascida em 7 de janeiro de 1844, em Lourdes, uma região montanhosa da França, os famosos Pirineus. Mas era chamada pela forma carinhosa do nome no diminutivo: Bernadete. A família de camponeses era numerosa, religiosa e muito pobre. Desde a infância, a pequena tinha problemas de saúde em consequência da asma. Era analfabeta, mas tinha aprendido a rezar o terço, o que fazia diariamente enquanto cuidava dos afazeres da casa.

Numa tarde úmida e fria, Bernadete foi, junto com a irmãzinha e algumas companheiras, procurar gravetos. Tinham de atravessar um riacho, mas ela se atrasou porque ficou com receio de molhar os pés, quando ouviu um barulho nos arbustos, ergueu os olhos e viu uma luz, dentro da gruta natural na encosta da montanha. Olhando melhor, viu Nossa Senhora vestida de branco, faixa azul na cintura, terço entre as mãos, que a chamou para rezar. Era o dia 11 de fevereiro de 1858.

Quando chegaram em casa, a sua irmãzinha contou o ocorrido para os pais, que a proibiram de sair de casa. Bernadete chorou muito e adoeceu, então os pais deixaram que ela voltasse para lá. A aparição se repetiu, sete dias depois, quando Nossa Senhora lhe disse: “Não te prometo a felicidade neste mundo, mas no outro”. Voltou mais dezoito vezes, até 16 de julho, na gruta de Massabielle, nos montes Pirineus.

O pároco da diocese, no início, mostrou-se incrédulo quanto às aparições, por isso disse a Bernadete: “Peça a essa senhora que diga o seu nome”. A resposta foi: “Eu sou a Imaculada Conceição”. O que mais se admirou em Bernadete foi a sua modéstia, autenticidade e simplicidade. Compreendeu que tinha sido escolhida como instrumento para a mensagem que a Virgem queria transmitir ao mundo, que era a conversão, a necessidade de rezar o terço e o seu próprio nome: “Imaculada Conceição”.

Bernadete sofreu muitas e pesadas provações para ser acreditada em suas visões, que só os numerosos milagres confirmaram como obra divina. Enquanto o Santuário de Nossa Senhora de Lourdes se tornava um dos lugares mais visitados pelos peregrinos do mundo e a água da fonte era considerada milagrosa pelos devotos, Bernadete se recolhia na sombra.

Ingressou na Congregação das Irmãs de Caridade de Nevers, sendo admitida no noviciado seis anos depois por motivo de saúde. Ao tomar o hábito definitivo, recebeu o nome de Maria Bernarda. Mas nunca recebeu um privilégio das irmãs, parecia que essa frieza fazia parte de sua provação. Sempre bem-humorada, trabalhou como enfermeira no interior do convento, depois foi sacristã. Contudo sua doença se agravou e ela viveu nove anos numa cama, entre a vida e a morte.

Rezava não para livrar-se do sofrimento, mas para ter paciência e forças para tudo suportar, pois queria purificar-se para poder rever Nossa Senhora. Bernadete morreu em 16 de abril de 1879. O papa Pio XI canonizou-a em 8 de dezembro de 1933, dia da Imaculada Conceição, designando sua festa para o dia de sua morte.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 15 de abril de 2024

DIA DE SÃO CRESCENTE - 15 DE ABRIL

DIA DE SÃO CRESCENTE - 15 DE ABRIL

HOMILIA - 15.04.24

 

 

HISTÓRIA DE SÃO CRESCENTE 

Nasceu em Mira, na Ásia Menor. Crescente chorou muitas vezes quando percebia pessoas que se entregavam a religiões politeístas, de muitas divindades, longe daquele que é o único Senhor e Salvador: Jesus Cristo.

Seu esforço era o de levar a sua experiência. Primeiro, através de uma oração de intercessão constante pela conversão de todos.

Certa vez, numa festa pagã aos deuses, ele se fez presente e, movido pelo Espírito Santo, começou a evangelizar. Inimigos da fé cristã o levaram a um juiz, que propôs que ele “apenas” expressasse exteriormente o culto às divindades pagãs, com o objetivo de preservar sua vida.

Crescente desprezou a proposta, e foi martirizado por não negar a Jesus Cristo.

São Crescente, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 14 de abril de 2024

DIA DE SANTA LUDOVINA - 14 DE ABRIL

DIA DE SANTA LUDOVINA - 14 DE ABRIL

HOMILIA - 14.04.24

 

 

HISTÓRIA DE SANTA LUDOVINA 

Ludovina, Lidvina ou Liduína, como costuma ser chamada por nós, nasceu em Schiedan, Holanda, em 1380, numa família humilde e caridosa. Ainda criança, recolhia alimentos e roupas para os pobres e doentes abandonados. Até os quinze anos, Ludovina era uma menina como todas as demais. Porém, no inverno daquele ano, sua vida mudou completamente.

Com um grupo de amigos foi patinar no gelo e, em plena descida da montanha, um deles se chocou violentamente contra ela. Estava quase morta com a coluna vertebral partida e com lesões internas. Imediatamente, foi levada para casa e colocada sobre a cama, de onde nunca mais saiu, até morrer.

Depois do trágico acidente, apareceram complicações e outras doenças, numa sequência muito rápida. Apesar dos esforços, os médicos declararam que sua enfermidade não tinha cura e que o tratamento seria inútil, só empobrecendo ainda mais a família.

Os anos se passavam e Ludovina não melhorava, nem morria. Ficou a um passo do desespero total, quando chegou em seu socorro o padre João Pot, pároco da igreja. Com conversas serenas, o sacerdote recordou a ela que: ‘Deus só poda a árvore que mais gosta, para que produza mais frutos; e aos filhos que mais ama, mais os deixa sofrer’. E pendurou na frente da sua cama um crucifixo. Pediu que olhasse para ele e refletisse: se Jesus sofreu tanto, foi porque o sofrimento leva à glória da vida eterna.

Ludovina entendeu que sua situação não foi uma fatalidade sem sentido, ao contrário, foi uma bênção dada pelo Senhor. Do seu leito, podia colaborar com a redenção, ofertando seu martírio para a salvação das almas. E disse ao padre que gostaria de receber um sinal que confirmasse ser esse o seu caminho. E ela o obteve, naquela mesma hora. Na sua fronte apareceu uma resplandecente hóstia eucarística, vista por todos, inclusive pelo padre Pot.

A partir daquele momento, Ludovina nunca mais pediu que Deus lhe aliviasse os sofrimentos; pedia, sim, que lhe desse amor para sofrer pela conversão dos pecadores e pela salvação das almas. Do seu leito de enferma ela recebeu de Deus o dom da profecia e da cura pela oração aos enfermos. Após doze anos de enfermidade, também começou a ter êxtases espirituais, recebendo mensagens de Deus e da Virgem Maria.

Em 1421, as autoridades civis publicaram um documento atestando que nos últimos sete anos Ludovina só se alimentava da sagrada Eucaristia e das orações. Sua enfermidade a impossibilitava de comer e de beber, e nada podia explicar tal prodígio. Nos últimos sete meses de vida, seu sofrimento foi terrível. Ficou reduzida a uma sombra e uma voz que rezava incessantemente. No dia 14 de abril de 1433, após a Páscoa, Ludovina morreu serena e em paz. Ao padre e ao médico que a assistiam, pediu que fizessem de sua casa um hospital para os pobres com doenças incuráveis. E assim foi feito.

Em 1890, o papa Leão XII elevou santa Ludovina ao altar e autorizou o seu culto para o dia da sua morte. A igreja de Schiedan, construída em sua homenagem, tornou-se um santuário, muito procurado pelos devotos que a consideram padroeira dos doentes incuráveis.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 13 de abril de 2024

DIA DE SÃO MARTINHO I - 13 DE ABRIL

DIA DE SÃO MARTINHO I - 13 DE ABRIL

HOMILIA - 13.04.24

 

HISTÓRIA DE SÃO MARTINHO I 

Originário de Todi, Itália, e diácono da Igreja romana, Martinho foi eleito ao sumo pontificado após a morte do papa Teodoro (13 de maio de 649) e logo mostrou mão firme no governo do leme da barca de Pedro. Não pediu nem aguardou o consentimento à sua eleição da parte do imperador Constante II que no ano anterior promulgara o Tipo, documento em defesa da tese herética dos monotelitas. Para barrar a difusão dessa heresia, três meses após sua eleição, o papa Martinho convocou, na basílica de São João de Latrão, grande concílio, para o qual foram convidados todos os bispos do Ocidente.

A condenação de todos os escritos monotelitas, sancionada nas cinco sessões solenes, provocou irritadíssima reação da corte bizantina. O imperador ordenou ao exarca de Ravena, Olímpio, que fosse a Roma e prendesse o papa. Olímpio quis cumprir as ordens imperais com algumas alterações e tentou, por meio do seu escudeiro, assassinar o papa durante a celebração da missa em Santa Maria Maior. No momento de receber a hóstia consagrada das mãos do pontífice o sicário puxou o punhal, mas foi imediatamente atingido por uma cegueira total.

Provavelmente esse fato convenceu Olímpio a trocar de atitude e a reconciliar-se com o santo pontífice e projetar uma luta armada contra Constantinopla. Em 653, morto Olímpio de peste, o imperador pôde cumprir a sua vingança, fazendo com que o novo exarca de Ravena, Teodoro Calíopa, prendesse o papa.

Martinho, acusado de ter-se apossado ilegalmente do alto cargo de sumo pontífice e de haver tramado com Olímpio contra Constantinopla, foi conduzido por via marítima até à cidade do Bósforo. A longa viagem, que durou quinze meses, foi o início de um cruel martírio. Durante as numerosas escalas, a nenhum dos tantos fiéis que foram encontrar-se com o papa foi concedido aproximar-se dele. Ao prisioneiro não era dada nem água para se lavar. Chegando a Constantinopla a 17 de setembro de 654, o papa ficou estendido numa cama na rua pública recebendo os insultos do povo durante um dia inteiro, antes de ser fechado por três meses na prisão Prandiária. Depois iniciou-se o longo e exaustivo processo, durante o qual os sofrimentos foram tão grandes a ponto de o acusado murmurar: “Façam de mim o que quiserem; qualquer morte será para mim um benefício”.

Humilhado publicamente, despido e exposto aos rigores do frio, carregado de correntes, foi fechado na cela reservada aos condenados à morte. A 16 de março de 655 fizeram-no partir secretamente para o exílio em Quersoneso, na Crimeia. Sofreu fome e foi se enfraquecendo no mais absoluto abandono durante outros quatro meses, até que a morte o colheu, fraco de corpo, mas não de vontade, aos 16 de setembro de 655.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 12 de abril de 2024

DIA DE SÃO JÚLIO I - 12 DE ABRIL

DIA DE SÃO JÚLIO I - 12 DE ABRIL

HOMILIA - 12.04.24

 

 

HISTÓRIA DE SÃO JÚLIO I

O nome do Papa S. Júlio figura no Martirológico Romano no dia de hoje, 12 de abril,  com o comentário de que ele lutou muito pela fé católica contra os arianos.

O Martirológio Romano enumera nove santos e oito santas com esse nome e quase todos são mártires do primeiro século do cristianismo. Mas o Júlio, o primeiro papa a tomar este nome, dirigiu a Igreja de 337 a 352.

Júlio era de origem romana, filho de um certo cidadão chamado Rústico. Viveu no período em que a Igreja respirava a liberdade religiosa concedida pelo imperador Constantino, o Magno, em 313. Essa liberdade oferecia ao cristianismo melhores condições de vida e expansão da religião. Por outro lado, surgiram as primeiras heresias: donatismo, puritanismo na moral, e o arianismo, negando a divindade de Cristo.

Com a morte de Constantino, os sucessores, infelizmente, favoreceram os partidários do arianismo. O papa Júlio I tomou a defesa e hospedou o patriarca de Alexandria, Atanásio, o grande doutor da Igreja, batalhador da fé no concílio de Nicéia e principal alvo do ódio dos arianos, que o tinham expulsado da sede patriarcal. O papa Júlio I convocou dois sínodos de bispos em que, com a condenação do semiarianismo, Atanásio foi reabilitado, recebendo cartas do papa que se felicitava com a Igreja de Alexandria, baluarte da ortodoxia cristã.

O papa Júlio I construiu várias igrejas em Roma: a dos Santos Apóstolos, a da Santíssima Maria de Trastévere, e três mandou construir nos cemitérios das vias Flavínia, Aurélia e Portuense, respectivamente as igrejas de São Valentim, de São Calisto e de São Félix. Cuidou da organização eclesiástica e da catequese catecumenal, ou seja, dos adultos e mais velhos.

Morreu 12 de abril 352, após quinze anos de pontificado. Foi sepultado no cemitério de Calepódio, na via Aurélia, numa igreja que ele também havia mandado edificar. Sua veneração começou entre os fiéis a partir do século VII. Suas relíquias, segundo a tradição, foram transladadas para a basílica de São Praxedes a pedido do papa Pascoal I. O seu culto, que já fora autorizado, refloresceu em 1505, quando do seu translado para a basílica da Santíssima Maria de Trastévere, em Roma.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 11 de abril de 2024

DIA DE SANTA GEMMA GALGANI E DE SANTO ESTANISLAU - 11 DE ABRIL

 

DIA DE SANTA GEMMA GALGANI E SANTO ESTANISLAU - 11 DE ABRIL

HOMILIA - 11.04.24

 

 

HISTÓRIA DE SANTA GEMMA GALGANI 

“Eu não procuro mais nada; sacrifiquei tudo e todos a Deus; agora eu me preparo para morrer. Agora é mesmo verdade que não me resta mais nada, Jesus. Eu recomendo a minha pobre alma a Ti… Jesus!”

Infância e caminho de fé

Santa Gemma Galgani (1878-1903) nasceu em Lucca, um vilarejo italiano e desde criança manifestou grande desejo pela oração graças a sua mãe. Esta morreu muito cedo de tuberculose e o pai de Gemma deixou a pequena aos cuidados do semi-internato das Irmãs de Santa Zita.

De tanto insistir, recebeu a primeira comunhão aos 9 anos. Ela dizia: “Dá-me Jesus… e verás quão boa eu serei. Eu vou mudar bastante“.

Anos mais tarde, quando ela já tinha 19 anos, seu pai veio a falecer e infelizmente os gestores de sua empresa não souberam administrar o dinheiro, perdendo tudo, o que deixou ela e seus irmãos em condições de pobreza.

O sofrimento começava a fazer parte de sua vida. Ela desenvolveu uma séria doença na coluna e além disso, contraiu meningite; em pouco tempo seus braços e pernas começaram a paralisar. Foi neste momento que se apegou a São Gabriel Possenti de Nossa Senhora das Dores (na época Venerável) e passou vê-lo todas as noites perto de sua cama.

Certa noite, quando achava que sua morte se aproximava, ouviu o barulho de um terço a mover-se; era o santo. Este lhe pediu de fazer uma novena em honra ao Santíssimo Coração de Jesus para alcançar a cura. Ao final dos nove dias Gemma estava de pé para a alegria e espanto de todos.


Estigmas

Gemma cultivava em seu coração a ideia de entregar-se a vida religiosa, todavia o Senhor lhe reservava outros planos.

Certo dia, enquanto pensava sobre isto, ela se pôs a orar e de súbito entrou em êxtase, sentindo um profundo pesar pelos seus pecados. Foi então que a Virgem Maria se apresentou e disse: “Meu filho Jesus te ama sem medida e deseja dar-te uma graça. Eu serei uma Mãe para ti. Serás uma verdadeira filha.”

Foi então que ela viu Jesus com todas as suas chagas em fogo e rapidamente as chamas atingiram suas mãos, pés e coração.

“Senti como se estivesse morrendo, e eu teria caído no chão, se minha Mãe não me tivesse segurado, enquanto todo esse tempo eu permanecia sob o seu manto”.

Gemma relata que permaneceu naquela posição por várias horas e quando acabou, caiu de joelhos, sentindo fortes dores nas mãos, nos pés e no coração.

“Levantei para ir para a cama, e percebi que saía sangue dessas partes onde sentia dor. Cobri-as o melhor que pude, e, ajudada então pelo meu Anjo, pude ir para a cama…”

Entre anjos e demônios

Gemma tinha experiências muitos ricas com seu Anjo da Guarda; muito provavelmente sua pureza atraiu seu fiel guardião e tinham longas conversas. Oravam juntos diversas orações e os salmos, além de meditarem a Paixão de Cristo.

Foi então que no ano de 1902 Gemma se ofereceu a Deus como vítima pela salvação das almas; logo depois ficou extremamente doente. Seu estômago não aceitava nenhum tipo de alimento, tempos depois começou a expelir sangue.

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Junto a isso iniciou-se em sua alma um período intenso de aridez espiritual, com ataques do próprio demônio. Ele tentava convencê-la de que Deus a havia abandonado e como não obtinha sucesso por vezes a atacava fisicamente.

Testemunhas diziam que ela recebia golpes e que o demônio lhe aparecia em forma de bestas que a atacavam de forma feroz.

Seu corpo se fragilizava mais e mais até que no dia 11 de abril 1903, já sem forças, pediu o viático:

“Eu não procuro mais nada; sacrifiquei tudo e todos a Deus; agora eu me preparo para morrer”. Agora é mesmo verdade que não me resta mais nada, Jesus. Eu recomendo a minha pobre alma a Ti… Jesus!”

Gemma sorriu e pendeu a cabeça para o lado dando seu último suspiro. Ela tinha 25 anos.

Orações para pedir a intercessão de Santa Gemma

Aqui me tens prostrada a vossos pés Santíssimos, meu querido Jesus, para manifestar-vos em cada instante meu reconhecimento e gratidão por tantos e tão contínuos favores como me haveis dado e que todavia quereis conceder-me.

Quantas vezes os tenho invocado, Oh! Jesus, me haveis deixado sempre satisfeita; tenho recorrido a vós, e sempre me haveis consolado.

Como poderei expressar meus sentimentos amado Jesus? Vos dou graças… mas outra graça quero de Vós. Oh!, Deus meu, se é de vosso agrado… (Aqui se manifesta a graça que se deseja conseguir). Se não fosseis Todo-Poderoso não vos faria esta súplica. Oh! Jesus, tende piedade de mim. Faça-se em tudo vossa Santíssima vontade.

Pai-Nosso, Ave-Maria e glória…

Oração para obter a cura de um enfermo

Oh! minha celeste padroeira Santa Gemma, por vossa ardente caridade para com o próximo sofreste, na terra, longas e cruéis enfermidades. Lembrai-vos de que, se Deus vos exaltou a tão grande glória, por para que, do Céu, consolásseis os aflitos, convertêsseis os pecadores e curásseis os enfermos.

O pensamento de que milhares dos que a vós recorreram foram socorridos, me anima a pedir a graça que tanto desejo. Restituí, pois, pelo amor de Jesus, restituí perfeita saúde ao meu enfermo.

Oh! Santa Gemma, ouvi esta minha prece! Vós não me haveis de recusar esta graça, se for da vontade de Deus. Eu não a mereço, mas confio inteiramente em vossa poderosa intercessão. Amém.

 

HISTÓRIA DE SANTO ESTANISLAU 

Celebramos a vida de Santo Estanislau, que nasceu no ano 1030, pouco tempo depois do Cristianismo ter entrado na Polônia. Santo Estanislau foi sacerdote na Igreja de Cracóvia.

O lugar geográfico da Polônia era causa de muitos transtornos internos e externos, porém, nada se comparava ao rei da Polônia – Boleslau II -, que era guerreiro, cruel, devasso e opressor. Por escolha do Espírito Santo, Estanislau tornou-se bispo daquela região; e, como tal, teve de se tornar um “João Batista”, já que o rei dava um grande vexame no campo moral.

Estanislau é amado por toda a Polônia como um santo que profundamente amou os pobres, evangelizou e morreu mártir. Em 1079, o rei Boleslau, num ato de loucura, atingiu com um punhal Estanislau, durante a Santa Missa, lugar onde o santo uniu seu sacrifício ao Sacrifício de Cristo.

Santo Estanislau, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 10 de abril de 2024

DIA DE SANTA MADALENA DE CANOSSA - 10 DE ABRIL

DIA DE SANTA MADALENA DE CANOSSA - 10 DE ABRIL

HOMILIA - 10.03.24

 

 

HISTÓRIA DE SANTA MADALENA DE CANOSSA 

Fundadora da Congregação das Filhas da Caridade

Origens

Filha de família nobre e muito rica, Madalena Gabriela Canossa nasceu no dia 1º de março de 1774, em Verona, Itália. Sua família era bastante influente na importante cidade de Verona. Aos cinco anos, porém, um grande sofrimento marcou sua vida: seu pai veio a falecer, e sua mãe simplesmente abandonou os filhos a fim de se casar de novo. Madalena e seus irmãos foram deixados num orfanato de péssima qualidade. Ali, a pequena Madalena ficou doente muitas vezes. Mas a menina Madalena guardava dentro de si um admirável dom de Deus.

Chamada à vida religiosa

Ao completar dezessete anos, a jovem Madalena tentou ingressar no Carmelo duas vezes. Nas duas vezes, percebeu que essa não era sua vocação. Ao mesmo tempo, ela não sabia ainda qual era o plano de Deus para sua vida. Sabendo que essa decisão seria a mais importante de sua vida, guardou o chamado em seu coração e voltou para junto de seus irmãos.

Descobre-se excelente administradora

Irmã mais velha e emancipada, teve condições jurídicas de assumir o controle do enorme patrimônio familiar do qual ela e seus irmãos eram herdeiros. Nessa missão, Madalena descobriu-se excelente administradora e dona de um excepcional tino para os negócios, o que surpreendeu muita gente. Sua vocação para a vida religiosa, porém, permaneceu firme em seu coração. Por causa disso, nunca demonstrou interesse pelo matrimônio.

A descoberta do plano de Deus

A situação política e social da Itália, por volta de 1800, com influência da revolução francesa e governos de imperadores estrangeiros na Itália, levaram esse país a cair em grave situação econômica, favorecendo o surgimento de um grande número de pobres, bem como de crianças abandonadas. No meio dessa crise, no ano 1801, bateram à porta do palácio da família de Madalena duas adolescentes, à procura de abrigo. Santa Madalena acolheu as duas. Logo, apareceram outras, e ela percebeu nesses acontecimentos o chamado de Deus para sua vida.

A semente começa a germinar

Em pouco tempo, Santa Madalena de Canossa tinha transformado grande parte do palácio de sua família numa comunidade de mulheres caridosas e religiosas que se dispunham a cuidar das meninas abandonadas e carentes de tudo. Seus familiares, porém, não aprovavam essa conduta, e a situação ficava, por vezes, tensa.

A força do chamado

Sete anos após assumir esse trabalho com as meninas carentes, Santa Madalena de Canossa conseguiu superar as resistências de seus familiares e saiu de seu palácio, deixando o controle dos bens de sua família com seus irmãos. Foi morar na região mais carente da cidade de Verona para, ali, realizar em plenitude o chamado de Deus para a sua vida: dedicar-se à evangelização dos pobres e à sua promoção humana. Para isso, Santa Madalena de Canossa fundou a Congregação das Filhas da Caridade, cujas religiosas seriam formadas como educadoras e evangelizadoras de crianças e adolescentes carentes.

 A confirmação de Deus

Logo, um grande número de moças e mulheres ingressaram na congregação imbuídas do mesmo ideal de educar e evangelizar os pobres. Em pouco tempo novas casas começaram a ser fundadas em várias regiões da Itália e da Europa. Santa Madalena de Canossa escreveu as Regras de Vida da nova Congregação em 1812. Em 1826, já com várias casas pela Europa, o Papa Leão XII aprovou as regras. Em 1831 era inaugurada a primeira casa masculina da Congregação dos Filhos da Caridade na cidade de Veneza. Esta casa foi destinada à formação e evangelização de jovens e adultos carentes.

Santidade

Santa Madalena de Canossa tinha uma profunda vida de oração e mística. Desenvolveu um profundo amor para com Jesus crucificado, que a tornava cada vez mais sensível à dor e a necessidade do próximo. Seu amor para com os mais necessitados era ardente e admirado por todos. Até mesmo Napoleão Bonaparte tomou conhecimento de sua santidade e passou a chama-la de “Anjo da Caridade”.

Morte

Santa Madalena de Canossa faleceu em 10 de abril de 1835. Era uma sexta-feira santa. Em 1860, suas obras masculinas e femininas se estenderam para o Oriente. Hoje, conhecidos como “Canossianos”, eles estão presentes em todos os continentes fiéis ao mesmo carisma que o Senhor despertou em Santa Madalena de Canossa: dar formação humana e evangelização a crianças, adolescentes e jovens carentes, dando uma maravilhosa contribuição para a construção de um mundo melhor. Santa Madalena de Canossa foi canonizada em 1988 pelo Papa João Paulo II.

Oração a Santa Madalena de Canossa

Ó Deus, que destes a Santa Madalena de Canossa a graça de conhecer-te profundamente e, assim, reconhecer a dor do próximo e fazer de tudo para aliviá-la, dai também a nós a graça deste profundo conhecimento de Vós, para que possamos enxergar o sofrimento do próximo e trabalhar pelo seu alívio, por Cristo, Senhor nosso, amém. Santa Madalena de Canossa, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 09 de abril de 2024

DIA DE SANTA MARIA DE CLÉOFAS - 09 DE ABRIL

DIA DE SANTA MARIA DE CLÉOFAS - 09 DE ABRIL

HOMILIA - 09.04.24

 

 

HISTÓRIA DE SANTA MARIA DE CLÉOFAS

Origens

Santa Maria de Cléofas é uma tia de Jesus citada nos Evangelhos. A forma como ela é chamada, Maria “de Cléofas” é uma referência ao seu marido chamado Cléofas. Em algumas versões ele é chamado de Cléopas ou de Clopas, mas trata-se da mesma pessoa. Cléofas Alfeu era irmão de São José e Maria de Cléofas era irmã da Virgem Maria segundo algumas tradições. Santa Maria de Cléofas acompanhou Jesus desde a gravidez da Virgem Maria até sua morte e ressurreição. É, portanto, uma testemunha ocular e preciosa dos fatos relativos à História da Salvação.

A confusão com os chamados “irmãos de Jesus”

Santa Maria de Cléofas e seu marido tiveram três filhos mencionados nos Evangelhos: Simão, Tiago Menor, José e Judas Tadeu. Eles foram muitas vezes confundidos como sendo “irmãos do Senhor”, mas, na realidade, eram primos. É que nas línguas semíticas não existe uma palavra para designar “primo” e outros graus de parentesco. Por isso, parentes como tios e primos são chamados de irmãos.

Testemunha

Santa Maria de Cléofas vivia em Nazaré com sua família e, provavelmente, tinha sua casa ao lado da casa de Nossa Senhora, como era o costume das famílias naquele tempo. Por isso, ela certamente acompanhou a Virgem Maria em todos os momentos do Mistério de Cristo. Como tia, carregou Jesus no colo, amparou-o, encantou-se com a bondade do sobrinho e alegrou-se ao ver seus filhos seguindo os passos de Jesus.

Presente nos Evangelhos

Os Evangelhos atestam Santa Maria de Cléofas acompanhando Jesus em várias passagens. Encontramo-la fiel no sofrimento, aos pés da cruz de Jesus, ao lado da Virgem Maria:

"Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena". (Jo 19,25) São Mateus confirma esta presença (Mateus 27, 56 e 61). Depois, na madrugada do domingo da ressurreição (Mt 28,1).

São Marcos relata a presença de Santa Maria de Cléofas aos pés da Cruz (Mc 15, 40 e 47) e também que Santa Maria de Cléofas foi uma das testemunhas da ressurreição de Cristo:

"E passado o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo (...) O mensageiro divino anunciou às piedosas mulheres: Por que procuram o vivo entre os mortos?" (Mc 16,1 e seguintes).

E depois, muito provavelmente, ela e seu marido Cléofas estiveram no Cenáculo no dia de Pentecostes quando o Senhor enviou o Espírito Santo, dando início à Igreja.

Apoio a Nossa Senhora

Santa Maria de Cléofas foi, sem dúvida, um apoio humano para a Virgem Maria. Na alegria e na tristeza ela é citada nos Evangelhos. Seus filhos certamente cresceram como irmãos de Jesus na pequena aldeia de Nazaré, que tinha, no máximo, 500 habitantes. É admirável sua fidelidade aos pés da cruz de seu sobrinho Jesus, e na alegria da ressurreição, quando ela e outras mulheres foram ao túmulo para ungir o corpo do Mestre e acabaram encontrando-o vivo, ressuscitado. Por tudo isso, Santa Maria de Cléofas pode ser chamada carinhosamente de padroeira das tias, pois ela foi tia amada e presente na vida de Jesus.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 08 de abril de 2024

DIA DE SÃO WALTER DE PONTOISE - 08 DE ABRIL

DIA DE SÃO WALTER DE PONTOISE - 08 DE ABRIL

HOMILIA - 08.04.24

 

HISTÓRIA DE DÃO WALTER DE PONTOISE 

São Walter de Pontoise  foi um santo francês do século XI. Nascido em Andainville, foi professor de filosofia e retórica antes de se tornar monge beneditino em Rebais (diocese de Meaux ). Uma história que conta a seu respeito é que, quando era novato, Walter teve pena de um prisioneiro na prisão do mosteiro e ajudou o prisioneiro a escapar. [2]

Filipe I o nomeou abade de uma nova fundação em Pontoise , apesar dos protestos de Walter. A fundação de Pontoise foi inicialmente dedicada a São Germano de Paris, mas depois foi dedicada a São Martinho . A disciplina nessa nova fundação era frouxa, e Walter fugiu de casa várias vezes para evitar essa responsabilidade. 

Walter deixou sua posição em Pontoise para se tornar um monge em Cluny sob Hugh, mas foi forçado a retornar a Pontoise. Uma história contada dele é que certa vez pegou a estrada para Touraine e se escondeu em uma ilha no Loire , antes de ser levado de volta à abadia.  Ele também escapou para um oratório perto de Tours dedicado a Cosmas e Damião antes de ser reconhecido por um peregrino lá. 

 

Depois de ser forçado a retornar, desta vez Walter decidiu ir a Roma para apelar diretamente ao papa . Walter deu ao Papa Gregório VII sua renúncia por escrito, mas Gregório ordenou que ele assumisse suas responsabilidades como abade e nunca mais partisse. 

 

Depois disso, ele fez campanha contra os abusos e corrupções de seus companheiros beneditinos, e foi espancado e preso. Ele retomou seu trabalho após ser libertado. Fundou, em 1094, em Berteaucourt-les-Dames, perto de Amiens , um mosteiro para mulheres, com o auxílio de Godelinda e Elvige (também grafados Godelende e Héleguide). 

Veneração

Walter foi enterrado na abadia de Pontoise. Ele foi canonizado por Hugo, o arcebispo de Rouen, em 1153, e foi o último santo na Europa Ocidental a ter sido canonizado por uma autoridade que não o papa. “Diz-se que o último caso de canonização por um metropolita foi o de St. Gaultier, ou Gaucher, abbat [sic] de Pontoise, pelo arcebispo de Rouen, em 1153 DC. Um decreto do Papa Alexandre III , AD 1170, deu a prerrogativa ao papa desde então, no que dizia respeito à Igreja Ocidental.” 

Durante a Revolução Francesa , seu corpo foi transladado para o cemitério de Pontoise, sendo posteriormente perdido. O Colégio de São Martinho de Pontoise, hoje fundação oratoriana , celebra sua festa. 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 07 de abril de 2024

DIA DE SÃO JOÃO BATISTA DE LA SALLE - 07 DE ABRIL

DIA DE SÃO JOÃO BATISTA DE LA SALLE - 07 DE ABRIL

HOMILIA - 07.04.24 

 

HISTÓRIA DE SÃO JOÃO BATISTA DE LA LA SALLE 

Origens

João batista de La Salle nasceu no dia 30 de abril de 1651, em Reims, na França. Filho de família nobre e profundamente cristã, ele recebeu a fé cristã pelo testemunho dos pais. Foi o mais velho entre quatro irmãos, que também se tornaram religiosos. Uma foi freira no Mosteiro de Santo Estêvão na cidade de Reims. Outros dois foram padres diocesanos. João Batista, porém, destacou-se por causa de seus dons espirituais.

Formação e arte

Desde criança, João Batista brincava de repetir as celebrações litúrgicas das quais participava com a mãe, num altarzinho montado por ele. Ao mesmo tempo, seu pai despertou nele o gosto pelas artes, especialmente a música clássica e sacra. Seu pai promovia encontros musicais toda semana em sua casa, com os mais renomados músicos da região. João Batista tomava parte nessas apresentações executando sempre músicas sacras. Por isso, seus pais o ajudaram a entrar no Coral dos Cônegos da Catedral. Seu pai imaginava que, pela desenvoltura do menino, ele se tornaria um bom político. Contudo, o desejo que brotava no coração do pequeno João Batista era outro.

Vocação

Chegando o tempo de escolher que profissão seguir, o jovem João Batista de La Salle declarou seu desejo: queria ser padre. O pai se surpreendeu, mas aceitou, entendendo que não poderia, nem deveria, disputar o filho com o Pai Celestial. Assim, o jovem passou a ser coroinha. Ao completar dezesseis anos, recebeu a nomeação de Cônego da Catedral da cidade de Reims. João Batista vinha se dedicando aos estudos desde menino. Por isso, quando completou dezoito anos, tinha uma bagagem enorme, o que o levou a receber o título de Mestre das Artes Livres. Pouco tempo depois, ingressou na Universidade de Sorbonne.

Estudos e vida missionária

Enquanto estudava na Sorbonne, sua residência passou a ser o Seminário São Sulpício, na cidade de Paris. Ele dividia o tempo entre os estudos, a oração, a caridade e o trabalho de catequista. Seu trabalho foi tão frutuoso que ele lecionou para quatro mil crianças, ensinando a elas os rudimentos da fé cristã, preparando-as para receberem a primeira comunhão e formando-as para, no futuro, tornarem-se cristãos fervorosos. Com essa experiência, ele descobriria sua vocação de educador.

Cuidado com os irmãos 

Assim que terminou seus estudos na Sorbonne e saiu do seminário os pais de João Batista de La Salle faleceram. Isso interrompeu os planos do jovem teólogo, mas ele compreendeu que sua missão, no momento, era cuidar de seus irmãos. E foi isso que ele fez. E o fez com tanta profundidade que seus irmãos se tornaram também religiosos. Quando viu que seus irmãos estavam prontos para assumirem suas vidas e caminharem com as próprias pernas, João Batista pôde, então, realizar seu sonho. Ele foi ordenado padre no ano de 1678.

Ministério frutuoso

Exercendo seu talento de educador, o Padre João Batista de La Salle fundou uma escola destinada à formação de professores leigos, para tentar sanar um pouco da falta de formação que via na sociedade. Paralelamente, ele retomou o estudo da teologia visando atingir o doutorado, meta que conseguiu em 1681.

Fundador

Após o doutorado e seguindo sua vocação de educador, São João Batista de La Salle fundou a Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, cujo carisma é a formação humana e espiritual de crianças e adolescentes pobres. Em pouco tempo, várias casas estavam abertas e cheias de alunos. Em 1700, apenas nove anos depois, a congregação iniciou um seminário. Lá, os alunos aprendiam pedagogia, gramática, leitura, matemática, física, catecismo da Igreja Católica e música litúrgica.

Explosão da obra

São João Batista de La Salle teve a felicidade de ver sua obra crescer como ele jamais sonhara. Ele a viu com mais de setecentos irmãos distribuídos entre cento e quatorze casas e o que é mais importante, atendendo a mais de trinta mil alunos, todos oriundos das classes pobres. Mais tarde, sua congregação se espalhou pelo mundo e chegou ao Brasil em 1907, formando crianças em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Morte

São João Batista de La Salle faleceu num dia muito especial: uma Sexta-feira Santa, 7 de abril do ano 1719, na cidade de Rouen. Seu carisma de educador atravessou os séculos e formou milhares de pessoas, dando a elas ensino, formação humana, espiritual e oportunidades de trabalho. O Papa Pio X elevou-o às honras dos altares em 1900. Mais tarde, o Papa Pio XII proclamou-o padroeiro de todos os educadores.

Oração a São João Batista de La Salle

Ó Deus que concedestes inumeráveis Graças ao Vosso filho São João de La Salle, inspirando-o no desenvolvimento do ensino e aprendizagem, concedei-me também a nós, por sua intercessão, a graça de sermos sempre felizes nos meus estudos e aprendizado e também no ensino do próximo, quando este serviço se fizer necessário. Por Cristo Nosso Senhor jesus Cristo, vosso Filho. Amém. São João de La Salle, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 06 de abril de 2024

DIA DE SÃO MARCELINO DE CARTAGO - 06 DE ABRIL

 

DIA DE SÃO MARCELINO DE CARTAGO - 06 DE ABRIL

HOMILIA - 06.04.24 

 

 

HISTÓRIA DE SÃO MARCELINO DE CARTAGO 

Origens

São Marcelino viveu por volta do ano 410. Era um alto funcionário a serviço do Império Romano na cidade de Cartago, no extremo Norte da África, a poucos quilômetros da Sicília, na Itália. Era tabelião, ou seja, trabalha com o reconhecimento de assinaturas e escrituras. Além disso, era Tribuno, uma espécie de porta-voz do povo frente às autoridades romanas.

Esses cargos eram bastante valorizados no Império Romano.

Discípulo de Santo Agostinho

Não se sabe como Marcelino se tornou cristão, mas sabe-se que ele foi um fiel sábio, extremamente dedicado, além de ser discípulo e amigo pessoal de Santo Agostinho, o convertido que se tornou bispo de Hipona, também no Norte da África. Sabe-se também que São Marcelino foi casado, pai de família honrado e respeitado por todos.

Participação nas obras de Santo Agostinho

Santo Agostinho escreveu algumas de suas obras mais importantes após consultas realizadas por São Marcelino. Entre elas estão: "Sobre o Espírito Santo", "Sobre a remissão dos Pecados", e a mais importante, intitulada "Sobre a Santíssima Trindade". Infelizmente, porém, São Marcelino não pôde ler nenhum deles, pelo fato de ter sido martirizado.

Perseguições e heresia

No ano 310, Diocleciano, imperador romano, ordenou que o povo entregasse os livros sagrados contrários às crenças romanas e que estes fossem queimados. Alguns cristãos que entregaram as Sagradas Escrituras passaram a ser considerados traidores da Igreja. Nesse mesmo ano um novo bispo foi eleito em Cartago. Chamava-se Ceciliano. Porém, sua eleição não foi aceita porque contou com o voto de vários bispos traidores. Um desses traidores era um bispo chamado Donato. Ele ensinava que somente pessoas santas podiam administrar os sacramentos. Pessoas comuns, pecadores, não poderiam administrar sacramentos segundo o donatismo. E a igreja de então se dividiu entre donatistas e não donatistas.

São Marcelino assume a posição da Igreja

São Marcelino era contrário ao donatismo, pois defendia que os sacramentos podem ser administrados por pessoas comuns, pois, na verdade, ninguém é santo senão Deus. E São Marcelino estava certo. Pouco tempo depois, a Igreja baniu a heresia donatista. Porém, por ser contrário ao donatismo, São Marcelino foi denunciado como cúmplice de Heracliano, um inimigo do então imperador Honório. Por isso, foi preso e condenado á morte.

Justiça romana reconhece o erro

Somente um ano após a morte de São Marcelino a justiça de Roma reconheceu oficialmente que errou. Assim, a acusação de traição que pesava sobre ele foi anulada. Então, São Marcelino passou a ser venerado como mártir, pois afinal, morreu por defender a posição da Igreja de Jesus Cristo, não cedendo nem para salvar sua vida.

Oração a São Marcelino

Deus eterno e todo-poderoso, quiseste que São Marcelino governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 05 de abril de 2024

DIA DE SÃO VICENTE FERRER - 05 DE ABRIL

DIA DE SÃO VICENTE FERRER - 05 DE ABRIL

HOMILIA - 05.04.24

 

 

HISTÓRIA DE SÃO VICENTE FERRER 

São Vicente Ferrer nasceu em Valência, na Espanha, em 1350. Era filho de Guilherme Ferrer e Constância Miguel. De família nobre, Vicente foi o quarto filho do casal. Seu irmão, Bonifácio Ferrer, foi Superior dos frades Capuchinhos e realizou importantes missões diplomáticas para o antipapa Bento XIII. Sua vida é um testemunho de que a ciência e a sabedoria não são contrárias à fé, mas sim a complementam.

Vida religiosa

Depois de sua profissão religiosa, que aconteceu em 1368, até chegar o tempo de ele ser ordenado padre, em 1374, São Vicente ensinava filosofia e estudava teologia nas regiões de Lérida, Tolosa e Barcelona. Com um conhecimento da exegese bíblica que chegava à perfeição e, igualmente, possuindo um profundo conhecimento da língua hebraica, ele voltou para Valência em 1373. Lá, lecionou teologia, fez inúmeros pregações,  escreveu suas obras e aconselhou aos que o procuravam. Durante um período de seca na região, São Vicente ficou famoso ao prever que navios carregados de grãos chegariam à região.

São Vicente Ferrer recusa a oferta de se tornar cardeal

Em 1379 Vicente foi trabalhar com o Cardeal Pedro de Luna. Ele era o Núncio Apostólico no palácio de Aragão, e futuro antipapa Bento XIII. São Vicente ensinou teologia na escola que funcionava na Catedral de Valência, de 1385 a 1390. Ele foi convidado para ser o confessor apostólico de Bento XIII, que era, na verdade, um antipapa, na cidade de Avignon, França. Vicente não aceitou o cargo e ainda recusou a chance de se tornar cardeal, percebendo que Bento XIII não tinha realmente a autoridade papal vinda dos apóstolos.

O dom milagroso de São Vicente Ferrer

São Vicente adoeceu e por pouco não morreu durante a invasão de Avignon, mas ele se recuperou milagrosamente. A história diz que ele teve uma visão de Jesus Cristo junto com São Francisco de Assis e São Domingos. Na bendita visão ele teria sido orientado a pregar o Evangelho fervorosamente.

Porém, ele encontrou a resistência do antipapa que relutava em dar a sua permissão para Vicente deixar Avignon. Em 1389, Bento XIII finalmente deu a sua permissão e Vicente saiu em pregação por todas as regiões da Europa do Ocidente. Com muita sabedoria e eloquência ele atraia multidões, ficando bem conhecido no meio cristão.

Ao ouvirem sua voz, as inimizades públicas cessavam, reconciliando-se. Os pecadores sentiam-se movidos ao arrependimento e as pessoas sedentas de perfeição o seguiam. Às vezes mais de 15.000 pessoas se juntavam para ouvi-lo, o que naquela época, era coisa difícil de acontecer. Contemporâneos de São Vicente Ferrer relatam que, mesmo quem não falava sua língua podia entendê-lo.

O milagre de São Vicente Ferrer

São Vicente Ferrer foi um dos santos que mais trabalhou pela conversão dos judeus e dos muçulmanos. E ele fez isso com todo o seu coração. Alguns historiadores chegam a  afirmar que converteu cerca de 25.000 judeus e mais de 8.000 islamitas. Por ocasião do Domingo de Ramos de 1407, estando ele em pregação na igreja de Ecija, Espanha, uma mulher judia, cheia de riquezas e poder, ia assistir os sermões de São Vicente por mera curiosidade. Ela fazia questão de manifestar sarcasmos e desprezo pelas palavras de São Vicente Ferrer. Por fim, ela atravessou no meio do povo para ir embora. Estava claramente cheia de raiva e não se continha.

Todos os presentes ficaram indignados. Mas São Vicente disse bem alto: "Deixai-a sair, porém afastai-vos do pórtico". O povo obedeceu. Quando a mulher passou sob o pórtico, este caiu sobre ela, e ela faleceu. Ela permaneceu por vários minutos ali, morta, inerte, sem batimentos cardíacos confirmado por várias testemunhas. São Vicente caminhou até o corpo da mulher e ordenou com voz forte e poderosa: "Mulher, em nome de Jesus Cristo, volte à vida!" E a mulher ressuscitou. Todos ficaram maravilhados. Após o milagre, a senhora se converteu ao catolicismo. Todos os anos, em Ecija, uma procissão comemorava o extraordinário fato da morte e conversão da mulher judia.

Cisma

São Vicente Ferrer foi nomeado como juiz para escolher o sucessor da coroa de Aragon. Ferdinando I foi coroado rei. Seu grande feito foi por fim ao Cisma que dividia a Igreja desde o ano de 1378. Vicente pediu publicamente para que o papa Bento XIII renunciasse ao pontificado para o bem geral da Igreja Católica. Ele pregou no Concílio de Constance, em 1418, para a reconciliação da Igreja.

Devoção a São Vicente Ferrer

Vicente Ferrer faleceu em Vannes Bretanha, em 1419, e foi canonizado na igreja dominicana de Santa Maria Sopra Minerva, em Roma, a 3 de Junho de 1455, pelo Papa Callistus III. Porém, sua festa celebrada no dia 6 de abril só foi autorizada pelo Papa Pio II, em 1458.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 04 de abril de 2024

DIA DE SANTO ISIDORO DE SEVILHA - 04 DE ABRIL

DIA DE SANTO ISIDORO DE SEVILHA - 04 DE ABRIL

HOMILIA - 04.04.24

 

 

HISTÓRIA DE SANTO ISIDORO DE SEVILHA 

Origens

Isidoro nasceu no ano 560, na capital da Andaluzia, Sevilha Espanha. Foi o caçula entre quatro irmãos. Nasceu numa família hispano-romana bastante fiel e praticante da fé católica.

Seu pai se chamava Severiano e exerceu o cargo de prefeito em Cartagena, também na Espanha. O mandato de Severiano foi marcado pela disciplina e pela doutrina católica, que ele procurava exercer na política. A mãe de Santo Isidoro se chamava Teodora. Foi uma santa mulher que educou os filhos na sabedoria e na fé católica. O fruto dessa educação não poderia ser mais expressivo: seus quatro filhos foram elevados aos altares: Isidoro, Leandro, Fulgêncio e Florentina.

Dificuldade de aprendizado

Severiano faleceu quando Isidoro era ainda criança. Por isso, o pequeno Isidoro começou a estudar a religião por influência do irmão mais velho, Leandro, que passou a representar para ele a figura do pai. Quando iniciou na escola formal, Isidoro apresentou grande dificuldade no aprendizado. Por isso, ele mesmo tomou a iniciativa de procurar ajuda com seus irmãos e alguns professores. Procurou também a oração e confiou na Providência Divina. A iniciativa deu certo e ele “aprendeu a aprender”, superando suas dificuldades e revelando grande capacidade intelectual.

Sacerdote

O jovem Isidoro formou-se em latim, grego e hebraico, na cidade de Sevilha. Lá, ele sentiu o chamado para a vida sacerdotal. Por isso, com a aprovação do bispo e da comunidade cristã, ordenou-se sacerdote. Sua formação ajudou para que ele pudesse trabalhar na evangelização dos visigodos arianos, iniciando pela evangelização do rei de então. Mais tarde, o Padre Isidoro trabalhou na evangelização e conversão de muitos judeus espanhóis. Além disso, teve uma vida pastoral intensa e frutuosa.

Arcebispo de Sevilha 

Com o falecimento de seu irmão Leandro, que era o bispo de Sevilha, padre Isidoro foi o nome natural indicado para sucedê-lo. Ele aceitou e governou a arquidiocese de Sevilha por quase quarenta anos. No começo de seu bispado, Santo Isidoro organizou pequenos núcleos de estudo e ensino dentro das casas de religiosos. Esta “instituição” é considerada hoje como que o “embrião” dos seminários como conhecemos hoje.

Influência cultural

A influência cultural que Santo Isidoro exerceu na Espanha e Europa foi muito expressiva. Aquele menino que tinha dificuldade de aprender tornou-se o dono de uma das maiores e melhores bibliotecas da Espanha e Europa. Sua influência neste sentido foi tal, que muitos começaram a se dedicar a leituras boas e ao estudo.

Caridade e oração

Em meio a toda a agitação de dirigir uma arquidiocese como a de Sevilha, Santo Isidoro nunca deixava de lado a oração, que alimentava seu espírito e a caridade para com os necessitados. Atendia a todos os que o procuravam e saia em busca daqueles que tinham se perdido do redil das ovelhas. Ele se dedicava tanto aos pobres que sua casa estava sempre cheia de mendigos e necessitados de todos os tipos.

O Pai dos Concílios

Por causa de sua profundidade teológica e conhecimento, foi convidado a presidir o II Concílio de Sevilha, no ano 619. Presidiu também o IV Concílio de Toledo.

Morte

Faleceu em 4 de abril de 636, em Sevilha.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 03 de abril de 2024

DIA DE SÃO RICARDO DE CHICHESTER - 03 DE ABRIL

DIA DE SÃO RICARDO DE CHICHESTER - 03 DE ABRIL

HOMILIA - 03.04.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO RICARDO DE CHICHESTER 

Nasceu em 1197, na Inglaterra. Seus pais que eram nobre e ricos, faleceram, mas deixaram como herança muitas dividas e um casal de irmãos. Por isto teve que deixar os estudos no Convento Beneditino em Worcester. Voltou para sua casa, para ajudar a restaurar as finanças. Colocou as finanças em dia e deixou as propriedades aos cuidados de um administrador de sua confiança. Se preocupou também com o futuro de seus irmãos. Todo sobre controle, retornou para o Estudo.

Terminando os estudos secundários, foi estudar na Universidade de Oxford, onde se formou e foi ser professor da Universidade, depois foi eleito reitor. Então começou a trabalhar a favor da Igreja, que vivia anos de grandes corrupção moral. O povo ignorante e supersticioso, aceitava passivamente, o luxo e a vida devassa dos nobres e do clero. A vida monástica estava em decadência. São Ricardo, que levava uma vida correta, começou a procurar um meio de reformar os meios católicos, moralizando, começou a elevar o nível de vida do povo, tanto material como espiritual.

Na Universidades, conheceu Frades Franciscanos e Dominicanos, que começaram a resgatar a disciplina e a humildade entre os religiosos e seus agregados.

Mas sua atitudes de moralização, não foi bem aceita por todos, a começar pelo rei Henrique III, que passou a perseguir o Bispo de Cantuária, que era quem orientava São Ricardo. O Bispo teve que deixar o pais e se exilou na França, São Ricardo o acompanhou fielmente até a morte do Bispo.

O Bispo insistiu tanto, que São Ricardo, se ordenou sacerdote, quando tinha 45 anos. Um anos depois o Arcebispo de Cantuária, consagrou São Ricardo Bispo de Chichester. Isto irritou muito o rei Henrique III, que apossou-se dos bens da diocese e proibiu São Ricardo de assumir o cargo de Bispo. Mas o Bispo São Ricardo, se disfarçou de mendigo, foi para Chischester, assumindo a diocese na clandestinidade, em dois anos organizou o trabalho pastoral de diocese junto ao povo.

O Papa Inocêncio IV, sabendo da situação, ameaçou excomungar o rei, que foi obrigado a aceitar oficialmente São Ricardo como Bispo de Chischester. Assim pôde comandar diocese, livremente.

Morreu em 3 de abril de 1253, com 56 anos, em Dover, a caminho de uma cruzada. Foi sepultado no cemitério da Catedral de Chichester. Foi Canonizado pelo Papa Ubaldo IV, em 1262.

Em 1276, seu corpo foi transferido para um relicário dentro do altar maior da Catedral de Chichester. Um 1528 o rei Henrique VIII, destruiu o local. Suas relíquias foram pegas pelos fieis, e levadas para várias Igreja da Diocese. Em 1990, suas relíquias, foram reunida novamente na Catedral de Chichester, onde estão em uma urna no mesmo altar, que estava anteriormente. São Ricardo é padroeiro dos cavaleiros e dos cocheiros.

São Ricardo de Chichester, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 02 de abril de 2024

DIA DE SÃO FRANCISCO DE PAULA - 02 DE ABRIL

DIA DE SÃO FRANCISCO DE PAULA - 02 DE ABRIL

HOMILIA - 02.04.24

 

 

HISTORIA DE SÃO FRANCISCO DE PAULA 

São Francisco de Paula nasceu na região da Calábria, Itália, numa cidade chamada Paula. Seus pais se chamavam Viena de Fuscaldo e Giácomo Daléssio. O casal tinha muita devoção a São Francisco de Assis. Por isso, os dois sempre pediam a seu santo de devoção a graça de terem um filho. O casal foi atendido em suas orações. Assim, no dia 27 de março de 1416 o filho deles nasceu e recebeu o nome de Francisco, em homenagem ao santo de Assis.

O chamado de Deus

Aos 12 anos, o pequeno Francisco foi levado para o Convento de São Marcos. O menino permaneceu lá durante 1 ano, mas não se sentiu tocado pelo tipo de vida que levavam lá. Assim, voltou para sua cidade. Depois disso, Francisco e seus pais fizeram uma bela viagem visitando lugares santos da Itália.  Nessa viagem, o jovem São Francisco de Paula ficou tocado pela graça.

Ao visitar o Monte Cassino (Mosteiro fundado por São Bento), o jovem conheceu a história do patriarca São Bento e se sentiu chamado para a vida de eremita. Assim, ele pediu a seus pais que o deixassem viver isolado, numa vida de rigores, oração e penitência. Sofrendo por um lado e alegrando-se por outro, os pais de São Francisco de Paula permitiram.

O jovem e fundador São Francisco de Paula

O jovem São Francisco de Paula passou a morar isolado numa gruta no deserto. Fazia grandes sacrifícios, orações e jejuns, aos quais ele chamava de quaresmas. Num desses momentos de profunda oração, o próprio Arcanjo São Miguel lhe fez uma visita, entregando a Francisco uma espécie de ostensório, no qual se via escrita a palavra Caridade.

Francisco uniu esta palavra a dois outros lemas que tinha adotado em sua vida: humildade e penitência. Daí em diante, começou a pensar na fundação de uma ordem religiosa. A inspiração foi tomando corpo em seu coração e ele decidiu pedir autorização ao Papa. O Papa concedeu. Assim, tendo somente 19 anos, São Francisco de Paula começou a fundação da ordem que ele chamou de Ordem dos Mínimos.

E este nome tinha um alcance muito claro em toda a filosofia de vida da nova ordem. Para poderem entrar na Ordem dos Mínimos, seria preciso tornar-se pequeno, o menor entre todos, o último, atendendo ao que disse Jesus: os últimos serão os primeiros.  O nome, aliás, foi sugerido pelo Papa Alexandre VI, em 1435.

Construção do mosteiro na cidade de Paula

O Jovem São Francisco de Paula começou, então, a construir um mosteiro numa colina que ficava não muito distante de sua cidade natal, Paula.  Nesse tempo, Deus lhe tinha dado o dom dos milagres. Por isso, sua fama crescia. Os habitantes de Paula vinham ajudá-lo em todas as necessidades da construção.

Depois disso, a Ordem dos Mínimos cresceu. São Francisco de Paula fundou mosteiros em vários outros lugares como na Cicília, na França e na Calábria. Como o movimento que ele iniciou crescia, ele fundou também um mosteiro para mulheres que seguiam as regras da Ordem dos Mínimos.

Milagres de São Francisco de Paula

Vários milagres são relatados na história de São Francisco de Paula. O mais extraordinário é a ressurreição de um sobrinho seu chamado Nicolas. Ele tinha o dom da cura. Por isso, o povo o procurava incessantemente em suas enfermidades. Inúmeras curas são relatadas pela intercessão de São Francisco de Paula. E as curas, através de sua intercessão, continuaram após sua morte. Além disso, ele tinha também o dom de profetizar e o dom da Palavra, que arrebatava a todos em suas pregações.

O santo analfabeto

Por incrível que pareça, São Francisco de Paula era analfabeto. Mesmo assim, rezava e pregava para todos, e todos corriam até ele para ouvi-lo, por causa do dom da Palavra e da grande sabedoria que Deus lhe dera.

Morte de São Francisco de Paula

São Francisco de Paula teve uma vida longa. Ao final de sua vida, percebendo que sua morte era iminente, ele reuniu os monges que estavam no mosteiro de Plessis, na França, e deu a eles as últimas instruções. Depois, pediu que rezassem juntos. São Francisco de Paula faleceu aos 91 anos. Era a sexta feira santa, 2 de abril do ano 1507.

Devoção a São Francisco de Paula

São Francisco de Paula foi canonizado pelo Papa Leão X no ano 1519. Em 1943 São Francisco de Paula foi declarado padroeiro dos marinheiros e dos casais que querem engravidar, pelo fato de ele mesmo ter sido concebido depois de muita oração de seus pais.

Oração a São Francisco de Paula

Ó São Francisco de Paula que vos distinguistes na igreja pelo grande espírito de penitência, e em vida convertestes tantos pecadores com vossa palavra, socorrestes tantos necessitados com os vossos prodígios, alcançai-nos também a versão aos vícios e verdadeira contrição dos nossos pecados. Vós que fizestes tudo por caridade, pela caridade reconciliastes tantos homens fazendo-os abandonar o ódio e a inimizade, concedei a paz a cada um de nós, às nossas famílias e ao mundo inteiro, e fazei que também nós, seguindo o vosso exemplo, nos amemos uns aos outros como irmãos, e amemos a Deus sobre todas as coisas. Amém.

São Francisco de Paula, rogai por nós. 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 01 de abril de 2024

DIA DE SÃO HUGO DE GRENOBLE - 01 DE ABRIL

DIA DE SÃO HUGO DE GRENOBLE - 01 DE ABRIL

HOMILIA - 01.04.24

 

HISTÓRIA DE SÃO HUGO DE GRENOBLE 

Existem uns dezesseis santos com o nome de Hugo. Os dois mais importantes tiveram muitas coisas em comum. Além do nome são quase do mesmo tempo e lugar. Um é  Hugo, abade de Cluny (1024-1109), e o outro, bispo de Grenoble (1053-1132)

Hugo nasceu numa família de condes, em 1053, em Castelnovo de Isère, sudoeste da França. Seu pai, Odilon de Castelnovo, foi um soldado da corte que, depois de viúvo, se casou de novo. Hugo era filho da segunda esposa. Sua mãe preferia a vida retirada à da corte, e se ocupava pessoalmente da educação dos filhos, conduzindo-os pelos caminhos da caridade, oração e penitência, conforme os preceitos cristãos.

Aos vinte e sete anos, Hugo ordenou-se e foi para a diocese de Valence, onde foi nomeado cônego. Depois, passou para a arquidiocese de Lyon, como secretário do arcebispo. Nessa época, recebeu a primeira de uma série de missões apostólicas que o conduziriam para a santidade. Foi designado, por seu superior, para trabalhar na delegação do papa Gregório VII. Este, por sua vez, reconhecendo sua competência, inteligência, prudência e piedade, nomeou-o para uma missão mais importante ainda: renovar a diocese de Grenoble.

Grenoble era uma diocese muito antiga, situada próxima aos Alpes, entre a Itália e a França, que possuía uma vasta e importante biblioteca, rica em códigos e manuscritos antigos. A região era muito extensa e tinha um grande número de habitantes, mas suas qualidades terminavam aí. Havia tempos a diocese estava vaga, a disciplina eclesiástica não mais existia e até os bens da Igreja estavam depredados.

Hugo foi nomeado bispo e começou o trabalho, mas eram tantas as resistências que renunciou ao cargo e retirou-se para um mosteiro. Mas sua vida de monge durou apenas dois anos. O papa insistiu porque estava convencido de que ele era o mais capacitado para executar essa dura missão e fez com que o próprio Hugo percebesse isso também, reassumindo o cargo.

Cinco décadas depois de muito trabalho árduo mas frutífero, a diocese estava renovada e até abrigava o primeiro mosteiro da ordem dos monges cartuchos. O bispo Hugo não só deixou a comunidade organizada e eficiente, como ainda arranjou tempo e condições para acolher e ajudar seu antigo professor, o famoso monge Bruno de Colônia, que foi elevado aos altares também, na fundação dessa ordem. Planejada sobre os dois pilares da vida monástica de então, oração e trabalho, esses monges buscavam a solidão, a austeridade, a disciplina pelas orações contemplativas, pelos estudos, mas também a prática da caridade pelo trabalho social junto à comunidade mais carente, tudo muito distante da vida fútil, mundana e egoísta que prevalecia naquele século.  Foram cinquenta e dois anos de um apostolado profundo, que uniu o povo na fé em Cristo.

Já velho e doente, o bispo Hugo pediu para ser afastado do cargo, mas recebeu do papa Honório II uma resposta digna de sua amorosa dedicação: ele preferia o bispo à frente da diocese, mesmo velho e doente, do que um jovem saudável, para o bem do seu rebanho.

Hugo morreu com oitenta anos de idade, no primeiro dia 1132, cercado pelos seus discípulos monges cartuchos que o veneravam pelo exemplo de santidade em vida. Tanto assim que, após seu trânsito, muitos milagres e graças foram atribuídos à sua intercessão. O culto a são Hugo foi autorizado dois anos após sua morte, pelo Papa Inocente II, sendo difundido por toda a França e o mundo católico.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 31 de março de 2024

DIA DE SANTO AMÓS - 31 DE MARÇO

DIA DE SANTO AMÓS - 31 DE MARÇO

HOMILIA - 31.03.24

 

 

HISTÓRIA DE SANTO AMÓS 

Entre os grandes profetas de Deus, Amós foi o primeiro a deixar suas mensagens por escrito, encabeçando uma lista onde se sucedem: Oseias, Isaías, Jeremias e outros.

Com o desenvolvimento e a popularização da escrita se desenrolando em toda a cultura mundial, no século VIII a.C., as profecias passaram a ser registradas e distribuídas com maior rapidez e eficiência do que com o método oral, expandindo a comunicação da palavra do Criador.

Profetas são pessoas com os pés no chão, profundamente conhecedoras da vida de seu povo e de sua realidade. Conhecem e vivem a realidade, mas são extremamente sensíveis a Deus.

Por isso são escolhidos e se tornam anunciadores da vontade de Deus para aquele momento histórico. E por isso denunciam tudo aquilo que fere a vontade de Deus.

Assim, aconteceu com as profecias de Amós que ficaram para a posteridade e pouco sobreviveu de sua história pessoal. Sabe-se ainda que antes de se entregar totalmente à sua religiosidade, Amós foi pastor de ovelhas em Tácua, nos limites do deserto de Judá, não há sequer razão para considerá-lo um proprietário de grandes proporções.

Um pequeno sítio talvez, com condições razoáveis para garantir-lhe sustento, a si e sua gente, onde permaneceu muito tempo, pois nem pertencia à corporação oficial dos profetas.

Teve um curto ministério religioso na região de Betel e Samaria, mas foi expulso de Israel e voltou à atividade anterior. Pregou depois durante o reinado de Jeroboão II, entre os anos 783 e 743 antes de Cristo.

Julgam os historiadores que Amós era ainda muito jovem quando recebeu um chamado irresistível de Deus para proclamar suas mensagens. Os Escritos registram também que seu trabalho espiritual abriu uma esperança para o povo, que sentia o peso do Senhor sobre certos habitantes.

No seu ministério profético aconteceu quando o povo de Israel vivia a divisão entre norte e sul. Amós embora originário do sul profetizou no norte, que viveu anos de instabilidade econômica, alternados com anos de prosperidade.

Esta que foi construída por alguns para si mesmos, enquanto que outros foram oprimidos. Por um lado havia luxo e fartura; por outro, empobrecimento e miséria.

O profeta Amós deixa claro que junto à tudo isso, vem a decomposição social, a corrupção religiosa e a falsidade no culto. O culto em sua falsidade encobria na verdade o grande pecado: a injustiça social.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 30 de março de 2024

DIA DE SÃO JOÃO CLÍMACO - 30 DE MARÇO

DIA DE SÃO JOÃO CLÍMACO - 30 DE MARÇO

HOMILIA - 30.03.24

 

 

HISTÓRIA DE SÃO JOÃO CLÍMACO 

Origens

João nasceu no ano 579, na Síria. Desde cedo, demonstrou inteligência brilhante. Teve boa formação religiosa e também literária. De família rica e nobre e com um futuro bastante promissor na sociedade, ele preferia a simplicidade e a oração. Assim, os dezesseis anos, sentiu-se chamado para a vida monástica eremítica.

Discípulo no Monte Sinai

Por isso, foi para o Monte Sinai, onde havia vários mosteiros com comunidades monásticas vivas. No Monte Sinai, João se fez discípulo de um dos mestres mais conhecidos, que habitava o mosteiro mais famoso da região. O mestre era conhecido como o ancião e venerável Raiuthi. No mosteiro, João destacou-se pelo amor à oração, aos sacrifícios, ao trabalho pesado e aos estudos.

Ascetismo

João levou muito a sério seu chamado para a vida monástica. E sua vocação era para o ascetismo, isto é, a uma vida reclusa, dedicada à oração, à solidão e à ascese (daí a palavra “ascetismo”. Ascese significa “elevação espiritual”. E era isso que João buscava através da vida simples no mosteiro. Ele só saia das dependências do mosteiro quando precisava colher frutas, raízes e outros alimentos para si e para os monges. Além disso, ele só se encontrava com os outros monges nos finais de semana, quando faziam orações e celebrações coletivas.

Situação histórica 

No século IV, as perseguições dos romanos contra os cristãos tinham terminado. Ao mesmo tempo, inúmeros mosteiros muito simples tinham sido construídos na região do Monte Sinai por muitos monges, que buscavam a vida de oração e de contemplação. Esses mosteiros ficaram famosos na época por causa da hospitalidade dedicada aos peregrinos e pelas bibliotecas que guardavam manuscritos valiosos. Nesse ambiente São João Clímaco viveu e atuou, tornando-se o maior dentre os monges que habitavam o Monte Sinai, o local onde Deus entregou a Moisés as Tábuas da Lei.

Escondido e famoso

Disse Jesus que “Não se acende uma lâmpada para colocá-la em baixo da mesa”. E isso aconteceu com São João Clímaco. Mesmo estando “escondido” no mosteiro, procurando a solidão, os monges e, depois, o povo, o descobriram. Todos começaram a procura-lo para pedir conselhos e orientação espiritual quando souberam que tratava-se de um homem santo e sábio. Assim, sua fama se espalhou. O povo atravessava o deserto para ouvi-lo, aprender com ele e pedir conselhos, bênçãos e orações.

Abade geral

Quando completou sessenta anos, São João Clímaco foi eleito unanimemente como o abade geral de todos os monges e eremitas que habitavam a serra onde se encontra o Monte Sinai. Como abade, São João Clímaco escreveu bastante. Porém, apenas um livro seu se conservou. Trata-se de um livro importantíssimo e famoso, que alcançou grande divulgação na Idade Média. O livro é intitulado "Escada do Paraíso". Foi por causa deste livro que São João recebeu o apelido de Clímaco. Trata-se de uma expressão grega que significa "aquele da escada".

Escada do Paraíso

Neste livro, São João Clímaco apresenta trinta degraus para subir até alcançar o estado de perfeição da alma. É como se fosse um manual. Nele, é apresentada toda a doutrina monástica, tanto para os noviços quanto para os monges. São descreve no livro “degrau por degrau” mostrando as dificuldades que virão, como superá-las e a felicidade do Paraíso que será alcançada no fim da escada, depois da morte, que é a passagem para a eternidade junto com Nosso Senhor Jesus.

Morte 

São João Clímaco faleceu no dia 30 de março do ano 649. Faleceu como exemplo de vida, amado, venerado e admirado por todos os cristãos tanto do Oriente quanto do Ocidente. Logo após sua morte, passou a ser celebrado pelos cristãos, no mesmo dia de sua morte, ou seja, de sua entrada no paraíso.

Oração a São João Clímaco

“Ó Deus, que destes a São João Clímaco a graça de buscar-vos acima de tudo e em primeiro lugar, dai também a nós a graça de desejar-vos e procurarmos o precioso encontro convosco, para que, a exemplo de São João Clímaco, consigamos viver o amor e a caridade para com todos os que nos rodeiam, por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém. São João Clímaco, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 29 de março de 2024

DIA DE SÃO JONAS E SÃO BARACHISO - 29 DE MARÇO
 

DIA DE SÃO JONAS E SÃO BARACHISO - 29 DE MARÇO

HOMILIA - 29.03.24


 

HISTÓRIA DE SÃO JONAS E SÃO BARACHISO

Origens

Jonas e Barachiso eram irmãos, cristãos, cheios de fé. Sabe-se que nasceram na Pérsia, atual Iraque, na cidade de Beth-Asa. O que se sabe sobre a vida deles resume-se ao porque foram presos e às terríveis torturas que sofreram. Tais torturas, ocorridas no ano 327, contém um dos momentos mais violentos infringidos aos cristãos de todos os tempos. Tudo foi descrito por um pagão, que era comandante da cavalaria do imperador persa chamado Sapor.

Corajosos e misericordiosos

O pouco que se sabe dos dois irmãos antes se serem mortos, é que eles visitaram cristãos presos na cidade de Hubahan. Na época, a Igreja Persa sofria uma das mais terríveis perseguições de que se sabe até hoje. O ódio aos cristãos foi decretado pelo cruel imperador Sapor. Os irmãos Jonas e Barachiso decidiram enfrentar o perigo para levar consolo e força aos cristãos presos. Estes seriam martirizados dali a poucos dias. Somente na prisão daquela cidade, nove condenados aguardavam a morte, pelo simples fato de serem cristãos.

Prisão e mentira

Por causa dessas visitas, os irmãos foram presos e levados a julgamento. O juiz obrigou-os a renunciarem à fé em Cristo e a adorarem o imperador, bem como a outros deuses, ao sol e à lua. Os dois, claro, não obedeceram. Então, começaram as torturas. O juiz separou os irmãos com o fim de enganá-los. Barachiso foi para a masmorra e Jonas foi cruelmente açoitado. Depois, ficou amarrado num rio com água gelada e não se sabe como ele sobreviveu.

Coragem que assombra

O juiz mandou chamar, então, Barachiso. Quando ele chegou, contou detalhadamente as torturas infringidas a Jonas, e completou dizendo-lhe que seu irmão tinha renunciado à fé cristã e oferecido sacrifícios aos deuses persas. Barachiso, conhecendo o irmão, não acreditou. E, em seguida, e fez um discurso tão cheio de força e poder em defesa da fé cristã, que o juiz fez o julgamento continuar somente à noite, sem a presença do público. Com efeito, ele ficou receoso de que as palavras de Barachiso tocassem o povo e convertessem muitos ali mesmo.

Torturas a Barachiso

O juiz mandou que os carrascos queimassem os braços de Brarachiso com ferros em brasa. Além disso, os torturadores derramaram chumbo derretido em suas narinas e em seus olhos. Depois disso, permanecendo ainda vivo, o herói cristão persa foi levado de volta à masmorra e foi pendurado por apenas um dos pés.

Mais torturas e morte de São Jonas

No dia seguinte, descobrindo espantado que Jonas ainda estava vivo, o juiz ordenou que ele fosse tirado das águas geladas e levado à sua presença. Em seguida, disse a Jonas que Barachiso renegara a fé cristã. Mas Jonas também não acreditou e respondeu ao juiz com outras palavras cheias de fervor. Por isso, os torturadores cortaram suas mãos e seus pés. Depois, arrancaram sua língua e seu couro cabeludo. Não satisfeitos com a barbárie, jogaram São Jonas no piche fervendo. Depois, ainda esquartejaram seu corpo e jogaram numa cisterna.

Torturas e morte de São Barachiso

No dia seguinte, os algozes bateram em São Barachiso com ferros pontiagudos. Jogaram enxofre e piche fervendo pela sua boca, e o espancaram mesmo depois de morto.

Fé vencedora

A história do martírio desses dois irmãos é, sem dúvida, uma das mais chocantes da história do cristianismo. Porém, ao mesmo tempo em que é chocante, é também edificante. A fé inabalável desses dois irmãos deve ser um testemunho para toso os cristãos de todos os tempos. Preferiram as torturas e a morte a renegar nosso Senhor Jesus Cristo. E o testemunho deles não foi em vão. Por causa desse testemunho, muito se converteram e também deram a vida por Jesus.

Oração aos santos Jonas e Barachiso

“Ó Deus, que destes aos santos irmãos Jonas e Barachiso a coragem e o destemor para enfrentarem a as torturas e a morte por causa de Nosso Senhor Jesus Cristo, dai também a nós a coragem para testemunharmos a fé em vosso Filho, sem temor, para o bem da vossa Igreja, amém. Santos Jonas e Barachiso, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 28 de março de 2024

DIA DE SÃO GONTRÃO - 28 DE MARÇO

DIA DE SÃO GONTRÃO - 28 DE MARÇO

HOMILIA - 28.03.24

 

 

HISTÓRIA DE SÃO GONTRÃO 

Também conhecido como São Gontran e São Guntrammus. Nasceu em 532, Soissons, França. Filho do Rei Clotaire e de Santa Clotilde. Foi coroado rei de Orleans e Burgundy em 561, enquanto seus irmãos Charibert reinavam em Paris e Sigebert em Metz.


Em geral sua vida foi a de um pacificador. Ele protegeu seus sobrinhos contra as maldades das rainhas Brunehault e Fredegunde. Mas ele tinha períodos de intemperança. Divorciou de sua esposa Maercatrude e ordenou a execução de seu medico. Ele teve depois enorme remorso e lamentou por esses pecados pelo resto de sua vida, por si próprio e por sua nação. Ele jejuava, orava, chorava e oferecia-se ao Deus que tinha ofendido.


Seu reinado foi prospero e ele deu exemplos de como as máximas do Evangelho podiam ser usados efetivamente na política.


Ele foi o protetor dos oprimidos, ajudou os doentes, e cuidou dos parentes de seus súditos. Ele abriu a sua fortuna e a da coroa especialmente nos períodos da fome, seca e das pragas. Ele fez seguir as leis de maneira justa e estrita, independente da pessoa mas estava pronto a perdoar ofensas contra ele, incluído duas tentativas de assassinato.


Gontrão construiu magníficas igrejas e vários monastérios. São Gregório de Tours relata vários milagres feitos pelo Rei antes e após a sua morte, alguns que ele mesmo testemunhou. Na época de sua morte, em 28 de marco de 592, Gontrão havia reinado por 31 anos e imediatamente seus súditos o aclamaram como santo. Ele foi enterrado na igreja de São Marcellus, a qual ele havia construído. Os Huguenots queimaram suas relíquias e espalharam suas cinzas no século 16º mas deixaram, em sua fúria, o crânio intocável. Ele está agora em uma caixa de prata na mesma igreja.


Na arte litúrgica da Igreja ele é representado como um rei encontrando um tesouro e dando para os pobres. Algumas vezes ele é mostrado com três bolsas de tesouros perto dele, um globo e uma cruz.


Ele é o padroeiro dos divorciados, dos guardiões e dos assassinos arrependidos.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 27 de março de 2024

DIA DE SÃO RUPERTO - 27 DE MARÇO

DIA DE SÃO RUPERTO - 27 DE MARÇO

HOMILIA - 27.03.24

 

 

HISTÓRIA DE SÃO RUPERTO 

Origens

Ruperto nasceu na Casa Real Merovíngia, como descendente nobre dos Rupertinos, condes que tinham domínio sobre a região da Áustria conhecida como do médio e do alto Reno, o famoso rio que passa pelos Alpes. Os Rupertinos tinham parentesco com os Carolíngios. O centro de atividades dessas famílias ficava em Worms, na atual Alemanha. Lá, Ruperto recebeu sua primeira formação de monges irlandeses. 

Pregador

No ano 700, depois de receber sólida formação dos monges, começou a se manifestar sua vocação de pregador. Por isso, ele foi para a Baviera, Também na Alemanha, com o intuito ardoroso de pregar o Evangelho. Lá, evangelizou e converteu o conde Téodo da Baviera. Este passou apoia-lo em seus objetivos missionários. Assim, com a ajuda do conde, que lhe ofereceu um terreno, Ruperto fundou uma igreja que foi dedicada a São Pedro. O povo acolheu e a missão começou a florescer.

Salzburgo

A Igreja de São Pedro ficava perto do lago Waller. Mas o local ainda não condizia com o objetivo de Ruperto. Por isso, o conde lhe deu outro terreno. Este ficava perto do rio Salzach, não longe de Juvanum, uma velha cidade romana. Nesse terreno São Ruperto construiu um mosteiro, o primeiro da Áustria. Para tal empreendimento, contou com o apoio de doze homens do local. Dois desses, seguindo o exemplo de São Ruperto, foram canonizados: Gislero e Cunialdo. O local se tornou a origem da famosa cidade de Salzburgo. Por isso, São Ruperto é aclamado como o fundador da cidade. Pouco tempo depois, ele foi aclamado o primeiro bispo da Áustria.

Uma obra para as mulheres

Percebendo que muitas mulheres apresentavam vocação para a vida religiosa, São Ruperto fundou também um mosteiro feminino, que foi construído ao lado do primeiro. Sabiamente, ele entregou a direção da obra feminina à abadessa Erentrudes, que era sua sobrinha e mulher que buscava a santidade.

Cidade do sal

O significado de Salzburgo é “cidade do sal”. Por isso, São Ruperto é sempre representado artisticamente segurando um saleiro na mão. Isso mostra sua profunda ligação com a origem e crescimento da cidade.

 

São Ruperto - Instituto Hesed

Morte

São Ruperto foi o responsável pela cristianização de toda a Baviera e também de toda a Áustria. 

Faleceu num domingo de Páscoa, em 27 de março de 718. Teve a graça de falecer logo após celebrar a missa. Estava no mosteiro de Juvavum. Antes disso, porém, pressentiu a morte próxima. Por isso, fez suas últimas recomendações e pedidos de oração a sua sobrinha, a abadessa Erentrudes. Suas relíquias foram sepultadas na lindíssima catedral de Salzburgo, que foi erguida no século XVII.

Oração a São Ruperto

“Senhor, por intercessão de São Ruperto, queremos hoje vos rogar pelas vocações religiosas; para que os jovens vocacionados encontrem apoio em suas famílias e na sociedade para o desenvolvimento da Igreja. Rogamos também por todo o clero, para que, na santidade, governem com sabedoria o Seu povo. Amém. São Ruperto, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 26 de março de 2024

DIA DE SÃO LUDGERO - 26 DE MARÇO

DIA DE SÃO LUDGERO - 26 DE MARÇO

HOMILIA - 26.03.24

 

 

HISTÓRIA DE SÃO LUDGERO

Origens

Ludgero nasceu Zuilen, Friesland, atual Holanda, no ano 742. Sabe-se que ele descendia de uma família nobre. Por isso, dedicou-se ao estudo da religião católica desde criança. Foi ordenado padre em 777, aos 35 anos, na cidade de Colônia, Alemanha.

Discípulo e apóstolo

Sua missão apostólica começou em sua cidade natal. Depois, expandiu seu apostolado para as regiões pagãs da Holanda, da Suécia e da Dinamarca, onde tinha sido o ponto mais alto da missão de São Bonifácio. O Padre Ludgero foi discípulo de dois discípulos de São Bonifácio: Alcuíno de York e São Gregório.

Defendendo a liberdade cristã

Mais tarde, Padre Ludgero foi requisitado por Carlos Magno, imperador romano que dominava o local. Magno queria evangelizar os povos que dominava. Porém, queria fazer isso à força, obrigando os povos conquistados a se converterem ao cristianismo. Tal obrigação começava pelos soldados vencidos. Se estes não se convertessem e não aceitassem o batismo, eram condenados à morte. Padre Ludgero era totalmente contra essa imposição, sabendo que a adesão à fé cristã deve acontecer por atração, jamais por imposição.

Revolta de Widukindo

Como resultado das imposições de Carlos Magno, estourou uma revolta que ficou conhecida como Revolta de Widukindo. Pelo simples fato de ser padre, Ludgero foi obrigado a fugir para sobreviver. Ele foi, então, para Roma. Em seguida, foi para o mosteiro de Montecassino, que tinha sido fundado por São Bento. Lá, ele aprimorou seu conhecimento sobre a fé católica e vestiu o hábito de monge. Porém, não chegou a emitir os votos. 

Fim da revolta

O próprio imperador Carlos Magno conseguiu, com muito custo, debelar a revolta de Widukindo, no ano 784. Então, o próprio imperador foi até o mosteiro de Montecassino para pedir ao Padre Ludgero que retornasse à sua missão evangelizadora. Desta vez, seguindo o método de Ludgero, de pregar o Evangelho e o amor de Deus sem obrigar ninguém a se converter, a missão produziu inúmeros frutos. Inúmeras conversões aconteciam quando o povo descobria a beleza do amor de Deus e da fé cristã.

Missionário cativante se torna bispo

São Ludgero pregou o Evangelho com força e poder na região da Saxônia e da Vestfália.

Carlos Magno ofereceu-lhe, como recompensa, o bispado da cidade de Treves. São Ludgero, porém, recusou. Ele preferiu emitir seus votos religiosos e vestir o hábito definitivo de monge. Depois, fundou um mosteiro num local deserto. Ao redor dele cresceu uma cidade que passou a se chamar Muester, que significa mosteiro. Ali, ele foi eleito pelos fiéis como o primeiro bispo.

Empreendedorismo pelo Reino de Deus

São Ludgero descobriu também sua vocação de empreendedor e não parou mais. Fundou várias escolas, construiu igrejas, criou paróquias novas. Todas eram entregues aos padres que ele mesmo formava. Além de tudo isso, ainda achou tempo para recomeçar a evangelização na região da Frísia. Conseguiu realizar o sonho de ajudar na conversão de sua pátria, a Holanda. Fundou ainda outro mosteiro na cidade de Werden. Este seguia a regra beneditina, que ele tanto prezava.

Morte

São Ludgero faleceu dia 26 de março de 809. Seu corpo foi sepultado na linda capela do mosteiro de Werden, que ele fundara. O local se tornou alvo de peregrinações de fiéis de várias partes da Holanda e muitas graças foram alcançadas através de sua intercessão. A veneração a São Ludgero é especialmente viva na Holanda, Bélgica, Suécia, Dinamarca, Itália e Alemanha. Todos esses países foram visitados por ele durante seu ministério de evangelizador.

Oração a São Ludgero

“Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Ludgero, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. São Ludgero, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 25 de março de 2024

DIA DE SÃO DIMAS, O BOM LADRÃO - 25 DE MARÇO

DIA DE SÃO DIMAS, O BOM LADRÃO - 25 DE MARÇO

 

 

HOMILIA - 25.03.24

 

HISTÓRIA DE SÃO DIMAS

O Evangelho fala pouco deste Santo. Nem mesmo o nome, os evangelistas fixaram. O que sabemos foi trazido pela tradição que são os nomes: Dimas, o Bom Ladrão e Simas, o mau ladrão.


Sem dúvida alguma, se trata de um santo original, único, privilegiado, que mereceu a honra de ser canonizado em vida por Jesus Cristo, na hora solene de nossa Redenção. Os outros santos só foram solenemente reconhecidos, no outro milênio, a partir do ano 999. A Igreja comemorava os mártires e confessores, mas sem uma declaração oficial e formal. Enquanto que a de São Dimas quem proclamou foi o próprio Fundador da Igreja.


Dimas foi o operário da última hora, o que nos fez ver o mistério da graça derradeira. O mau ladrão resistiu, explodiu em blasfêmias. Rejeitou a graça, visivelmente dada pelo Redentor. O Bom Ladrão, depois de vacilar (Mt 27,44 -Mc 15,32), confessou a própria culpa, reclamou da injustiça contra Aquele que só fez o bem, reconheceu-O como Rei e lhe pediu que se lembrasse dele, quando estivesse no seu Reino.


Segundo a tradição, Dimas não era judeu, mas sim egípcio de nascimento. Dimas e Simas praticavam o banditismo nos desertos de passagem para o Egito. Lá, a Sagrada Família, que fugia da perseguição do rei Herodes, foi assaltada por dois ladrões e um deles a protegeu. Era Dimas. Naquela época, entre os bandidos, havia o costume de nunca roubar, nem matar crianças, velhos e mulheres. Assim, Dimas deu abrigo ao Menino Jesus, protegendo a Virgem Maria e São José.


Dimas foi um bandido muito perigoso da Palestina. E isso, realmente, pode ser afirmado pelo suplício da cruz que mereceu. Essa condenação horrível era reservada somente aos grandes criminosos e aos escravos.


O Martirológio Romano diz apenas no dia 25 de Março: “Em Jerusalém comemoração do Bom Ladrão que na cruz professou a fé de Jesus Cristo”. E no mundo todo São Dimas passou a ser festejado nesse dia.


O Bom Ladrão ou São Dimas foi o primeiro que entrou no céu: “Ainda hoje estarás comigo no Paraíso”. (Lc 23,43). Ele passou a ser popularmente considerado o “Padroeiro dos pecadores arrependidos da hora derradeira, dos agonizantes, da boa morte”. Morreu sacramentado pela absolvição do próprio Cristo, e por Ele conduzido ao Paraíso.

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 24 de março de 2024

DIA DE SANTA CATARINA DA SUÉCIA - 24 DE MARÇO

DIA DE SANTA CATARINA DA SUÉCIA - 24 DE MARÇO

HOMILIA 24.03.24

 

HISTÓRIA DE SANTA CATARINA DA SUÉCIA

Origens

Santa Catarina foi filha, companheira inseparável e discípula fiel de sua mãe, Santa Brígida. Esta é santa mais conhecida e venerada da Suécia. Catarina nasceu em berço nobre, rico e cristão, no ano 1331, na Suécia. Em casa, recebeu, especialmente de sua mãe, educação e formação muito sólida com base cristã. Com apenas sete anos, foi levada para as Irmãs do convento de Risberg. Estas, ajudaram a desenvolver a linda vocação religiosa de Catarina, confirmando todo o ensinamento que ela recebera de sua mãe.

Casamento

Terminado, porém, esse tempo de formação, Catarina teve que se casar, como era costume, com um jovem da corte sueca, chamado Edgard. Esse era cristão fervoroso, porém, doente. Por isso, optou por aceitar um voto de castidade que sua esposa Catarina tinha feito antes mesmo de se casar. Edgar adotou também tal voto em sua vida e os dois passaram a viver como irmãos. Mais tarde, a doença de Edgard se agravou e ele ficou paralítico. Catarina continuou a cuidar dele, dedicando ainda mais carinho, amor e generosidade. 

Órfã de pai e viúva

Quando o pai de Catarina faleceu, sua mãe, Brígida, decidiu dedicar-se totalmente à vida religiosa. E quis iniciar esta nova etapa da vida fazendo uma romaria a Roma, visitando os túmulos dos apóstolos. Tendo sua mãe já partido, Catarina obteve autorização de Edgard, seu marido, para ir a Roma encontrá-la. Aconteceu, porém, que, estando as duas em Roma, Edgard faleceu na Suécia.

Mãe e filha religiosas

Brígida e Catarina, então, vestiram o hábito de religiosas, fizeram os votos e não mais se separaram. Catarina acompanhou, trabalhou e incrementou todo o trabalho de evangelização e caridade que sua mãe desenvolvia. As duas fundaram o mosteiro de Vadstena, na Suécia. Nele, criaram e instalaram a Ordem de São Salvador. Santa Brígida foi abadessa e as freiras de lá passaram a ser são chamadas de brigidinas.

Viajantes

Catarina acompanhou sua mãe em todas as suas viagens. Estas, eram cheias de perigos, tanto na Suécia quanto em outros países. As duas muitas vezes foram salvas de graves perigos através de um cervo selvagem que sempre aparecia quando as duas, e especialmente Catarina, precisavam de socorro.

Morte da mãe

Voltando de uma longa peregrinação à Terra Santa, as duas pararam em Roma. Lá, Santa Brígida faleceu. Catarina levou o corpo da mãe de volta para a Suécia. Lá, foi recebida pela população e aclamada, junto ao corpo da mãe. Sua mãe, a essa altura, já era venerada como santa. 

Abadessa e pedidos de casamento

Catarina foi eleita a nova abadessa do convento. Os livros relatam vários fatos milagrosos ocorridos após sua intercessão. Por outro lado, apareceram pretendentes querendo se casar com Catarina depois da morte de Edgard. Propunham que ela abandonasse a vida religiosa e se casasse. Mas ela recusava terminantemente. Um desses pretendentes, audacioso, tentou atacá-la, mas ficou cego. Ele só recuperou a visão quando se ajoelhou aos pés de Santa Catarina e pediu perdão. Nesse momento, narram os livros, ele viu um cervo selvagem ao lado de Catarina. Por isso, nas representações artísticas de Santa Catarina, ela sempre está perto de um cervo.

Canonização da mãe

Após a morte de Santa Brígida, vários prodígios começaram a acontecer no meio do povo por sua intercessão. Por isso, a abadessa Santa Catarina foi para Roma advogar junto ao Papa pela causa de sua canonização, em nome do povo sueco. Ficou em Roma por cinco anos, morando em um convento. Ali, foi comprovada sua grande disciplina, seu senso de amor e caridade fraterna e sua humildade no trato com todos, especialmente necessitados e doentes.


Morte

Santa Catarina voltou para seu país sendo portadora de uma doença grave. Tinha, então, cinquenta anos. Assim, veio a falecer no dia 24 de março do ano 1381. Sua canonização foi celebrada em 1484, pelo Papa Inocente VIII. Antes disso, porém, seu culto já era bastante conhecido na Europa. Conta-se que, por sua intercessão, a cidade de Roma foi livre de uma grande inundação proveniente do rio Tevere.

Oração a Santa Catarina da Suécia

“Senhor, de muitas bênçãos e virtudes cumulastes Santa Catarina. Pelos méritos de tão querida Santa, nós vos rogamos por nossas famílias. Que possamos ser, a exemplo de Brígida e Catarina, modelos de santidade e fidelidade a vossa doutrina perante os nossos. Dai-nos a graça de, com alegria e paz, semearmos o vosso reino entre aqueles que nos recomendastes. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 23 de março de 2024

DIA DE SÃO TURÍBIO DE MONGROVEJO - 23 DE MARÇO

DIA DE SÃO TURÍBIO DE MONGROVEJO - 23 DE MARÇO 

 

HOMILIA - 23.03.24

 

HISTÓRIA DE SÃO TURÍBIO DE MONGROVEJO

Origens

Turíbio Alfonso de Mongrovejo nasceu em 1538 na cidade de Majorca de Campos, Espanha. Era filho de uma família rica e nobre. Fez seus estudos nas cidades de Salamanca, Valadolid e Santiago de Compostela. Formou-se em Direito e, como advogado, teve participações na inquisição. Desde jovem, as grandes marcas de sua vida eram a honestidade e a justiça.

Numa reviravolta da vida, é lançado na vida religiosa

O rei Felipe II percebeu as qualidades de Turíbio de Mongrovejo e pediu ao Papa Gregório XIII que o nomeasse arcebispo da América Espanhola e o Papa atendeu. Por isso, após um discernimento, Turíbio recebeu todas as ordens sagradas de uma só vez, inclusive a ordenação sacerdotal. Assim, em 1580 ele foi sagrado Arcebispo de Lima, no Peru. Foi dessa maneira, aparentemente improvisada, que nasceu um dos maiores apóstolos da América Latina.

Passando para o outro lado

O bispo Dom Turíbio chegou a Lima em 1581 e ficou estarrecido com a miséria material e espiritual em que os índios viviam. Mas isso o fez agir. Começou aprendendo a língua desses índios. Depois, começou a defendê-los das arbitrariedades dos colonizadores, que os tratavam como animais. Por isso, Dom Turíbio passou a ser venerado pelos fiéis. Todos o viam como um defensor da justiça, contra os opressores europeus.

Evangelização

Com o apoio de todo o povo indígena, Dom Turíbio organizou inúmeras comunidades em sua imensa diocese. Depois disso, realizou assembleias e até mesmo sínodos, isto é, reunião com todos os bispos em atividade na América Espanhola. Assim, todos foram convocados para a evangelização.

Visão e organização

Dom Turíbio realizou e coordenou dez concílios da diocese e três concílios provinciais. Esses eventos formaram a principal estrutura organizacional da Igreja Católica da América espanhola. Essa organização dura até hoje. Um Sínodo Provincial realizado em Lima ganhou destaque. Foi o de 1582. Historiadores o comparam ao famoso Concílio de Trento dada a sua importância. Conta-se que neste encontro, Dom Turíbio chegou a desafiar os espanhóis resistentes, que se achavam muito inteligentes, a aprenderem a língua dos índios. Todos se calaram.

Apóstolo incansável

No ano de 1594, Dom Turíbio já tinha percorrido quinze mil quilômetros em missão pela América Espanhola. Ensinava, pregava, convertia, devolvia dignidade e administrava os sacramentos aos índios. Até este ano, segundo os livros das paróquias, tinha administrado a crisma a nada menos que sessenta mil fiéis.

Formando santos. Dom Turíbio teve a graça de formar e crismar três cristãos peruanos que, mais tarde, foram canonizados: Santa Rosa de Lima, São Francisco Solano e São Martinho de Porres. Estes são frutos preciosos de sua grande missão na América Espanhola.


Legado para o futuro

São Turíbio procedeu a fundação do primeiro seminário instituído nas Américas. Ali, vários missionários ardorosos foram formados, o que ajudou sobremaneira no processo de evangelização da América Espanhola.  

Amor e desapego

Pouco tempo antes de sua morte, São Turíbio doou todas as suas roupas, até mesmo as que cobriam seu próprio corpo. Tudo foi para os pobres e àqueles que trabalhavam a seu serviço. Este gesto resumiu o comportamento de toda sua vida. São Turíbio morreu no dia 23 de março do ano 1606. Ele estava na pequenina cidade chamada Sanã, no Peru. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Bento XIII, em 1726. Na ocasião, o Papa declarou São Turíbio de Mongrovejo como o Apóstolo e Padroeiro do Peru.

Oração a São Turíbio de Mongrovejo

“Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Turíbio de Mogrovejo, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, daí-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. São Turíbio de Mongrovejo, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 22 de março de 2024

DIA DE SANTA LÉIA - 22 DE MARÇO

DIA DE SANTA LÉIA - 22 DE MARÇO

HOMILIA - 22.03.24

 

HISTÓRIA DE SANTA LÉIA

Origens

Léia era uma jovem romana de origem nobre, que viveu por volta do ano 370. Sabe-se que ela recebeu formação cristã sólida e tinha um coração realmente voltado para Deus. Casou-se bem jovem e não teve filhos, porque logo ficou viúva. A viuvez causou-lhe grande transtorno. Mas, ao mesmo tempo, deu-lhe a oportunidade buscar conhecer a vontade de Deus para sua vida e de seguir um novo projeto.

Descobrindo a vontade de Deus

Por causa de sua vida entre a nobreza, um pretendente bastante influente quis se casar com ela. Era Vécio Agorio Pretestato, cônsul romano e nomeado prefeito da cidade. Era homem bom, que poderia dar a Léia uma vida mais luxuosa do que ela já tinha. Além disso, ela teria privilégios e grande prestígio ao se casar com o prefeito de Roma. Porém, o coração de Léia pedia outra coisa. Ela já conhecia a Deus e sentia-se chamada a uma vida dedicada à oração e ao serviço ao próximo. Por isso, recusou a proposta de Vécio.

Abandonando o luxo para viver na pobreza

A jovem Léia mantinha estreita amizade com uma abadessa chamada Marcela. A abadessa, com efeito, tinha fundado uma comunidade de monjas na casa onde Santa Léia vivia, em Roma. Léia convivia com as irmãs, participava das orações, da vida em comunidade e decidiu viver aquela vida, sendo também uma monja, atendendo ao chamado do Senhor em seu coração. Ela trocou o luxo pela simplicidade, escolhendo ter por aposento uma cela pequena, simples, onde ela podia se dedicar à oração e à penitência. E, na vida comunitária, ela podia se dedicar à caridade fraterna e ao convívio santo com as irmãs, vindas de todas as partes e classes sociais.

Vida religiosa

Santa Léia vendeu seus vestidos ricos e finos, doou o dinheiro aos pobres e passou a usar uma hábito rústico, feito de saco. No mosteiro, escolhia sempre fazer os trabalhos mais humildes, procurando sempre agir como uma serviçal das outras irmãs. Passava noites rezando, fazia jejuns. Praticava a caridade para com os pobres sempre de maneira escondida, para não receber elogios de ninguém. Por causa de sua vida santa, foi eleita Madre Superiora do mosteiro e permaneceu no cargo até sua morte, sendo sempre um exemplo de amor, de bondade, de sabedoria e de humildade.

Falecimento

O pouco que se sabe sobre Santa Léia foi encontrado nos escritos de São Jerônimo, que a conheceu pessoalmente. Ela faleceu no ano 384. Nesse mesmo ano, faleceu o prefeito de Roma que ela rejeitou. Logo após sua morte, Santa Léia passou a ser venerada por uma multidão de pessoas que foram beneficiadas pela caridade da Santa. E todos admiravam a lição de Santa Léia: ela deixou o luxo para viver na pobreza e era muito feliz por causa disso.

Oração a Santa Léia

“Senhor Jesus, vós nos disseste: “Eu vim para servir e não para ser servido”. Rogamos, pelo exemplo de Santa Léia, que embora fosse superiora colocou-se como escrava das outras religiosas, saibamos também nós encontrarmos alegria em Vos servir e, em todas as circunstâncias, exercer a verdadeira caridade. Santa Léia, Rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 21 de março de 2024

DIA DE SÃO NICOLAU DE FLUE - 21 DE MARÇO

DIA DE SÃO NICOLAU DE FLUE - 21 DE MARÇO

HOMILIA - 21.03.24

 

HITÓRIA DE SÃO NICOLAU DE FLUE

Origens

É o Santo mais popular da Suíça, conhecido lá como Bruder Klaus, ou seja, “Irmão Klaus”. Ele nasceu em 21 de março de 1417, na Suíça. Filho de família pobre, queria ser monge quando jovem. Porém não pôde realizar tal sonho, pois teve que ajudar os pais no trabalho da roça. O sonho ficou escondido num canto de seu coração. Depois, casou-se. Por isso, mais uma vez teve que adiar seu sonho.

Casamento

O casamento de Klaus foi feliz. Sua esposa era também cristã e muito virtuosa. Chamava-se Doroteia. Com ela, Klaus teve dez filhos. Vários deles vieram a se tornar padres. Um de seus netos, aliás, chamado Conrado Scheuber, faleceu com fama de santidade.

Homem público

Nesse tempo, como pai de família, Klaus não podia dedicar-se à oração como gostaria. Além do mais, por causa de seu admirável senso de justiça, retidão e integridade, ele foi solicitado a assumir muitos cargos públicos. Assim, foi juiz, deputado e conselheiro.

Realização do sonho

Quando chegou aos cinquenta anos, Klaus obteve a concordância de sua família para abandonar tudo e viver a vida monástica. Assumiu, então, o nome de Nicolau. Em seguida, construiu uma cabana num lugar deserto, que ficava perto de sua casa, onde foi viver. Lá, seu travesseiro era uma pedra, e sua cama, uma tábua. Ali, Nicolau viveu feliz durante  dezenove anos.

Milagre da Eucaristia

Um fato extraordinário marcou esse período da vida de São Nicolau de Flue. Há provas obtidas por várias testemunhas, em tempos diferentes, de que, durante esses vários anos, ele alimentou-se somente da EUCARISTIA. Não consumia nenhum outro alimento e sobrevivia com saúde e boa disposição física, mental e espiritual. Por outro lado, ele não conseguia permanecer na solidão. Era sempre amável e acolhedor para com todos, não fugia daqueles que o procurassem. E a Suíça, sua pátria, precisou dele inúmeras vezes.

Pacificador

São Nicolau de Flue revelou-se um grande pacificador. Era inimigo das brigas, das guerras e das batalhas. Por isso, foi chamado várias vezes para ser mediador em situações explosivas como, por exemplo, diante da ameaça de guerra iminente da Suíça contra os austríacos. Depois, também foi chamado para impedir a eclosão de uma guerra civil em seu país. Porém, quando não foi possível conquistar a paz através do diálogo, ele não se esquivou de tomar lugar nos campos de batalha. E fez isso como soldado e também como oficial.

Pai da Pátria

O trabalho de São Nicolau de Flue na reconciliação entre partes magoadas, principalmente nos assuntos de guerra, repercutiu sobremaneira entre o povo suíço. Por isso, Nicolau começou a ser venerado pelo povo, que o chamava de "Pai da Pátria". São Nicolau era uma liderança incontestável, conquistada pela retidão, pela justiça, pela ética e pela santidade. E o povo reconhecia essa autoridade que brotava de seu coração.

Eremita de coração, influente em sua nação

Porém, sempre que podia, retornava à cabana que ele tanto amava. Só saía de lá quando precisavam novamente de sua ajuda. São Nicolau de Flue foi um grande conselheiro espiritual e moral de inúmeras pessoas, desde os mais simples até os mais poderosos. Era extremamente respeitado pelos católicos e pelos protestantes. Há um consenso quase geral de que, se a Suíça é hoje um país pacífico, que muito raramente se envolve em conflitos internacionais, isso se deve à sábia e santa influência do "Irmão Klaus", como ele era, e ainda é chamado carinhosamente pelos suíços. 

Morte

São Nicolau de Flue ou “Irmão Klaus”, faleceu no dia 21 de março de 1487. Era dia de seu aniversário, e ele completava setenta anos. Seu corpo foi sepultado na bela Igreja de Sachslen.

Sua beatificação aconteceu em 1669. A canonização foi celebrada pelo Papa Pio XII, no ano 1947. A festa litúrgica de São Nicolau de Flue foi instituída para o dia 21 de março. Ele é também celebrado como herói da pátria no dia 25 de setembro. São Nicolau de Flue, ou Irmão Klaus, passou a ser o Santo mais popular de toda a Suíça.

Oração escrita por São Nicolau de Flue

“Meu Senhor e meu Deus, arrancai de mim mesmo tudo o que me impede de ir a Vos. 
Meu Senhor e meu Deus, dai-me tudo aquilo que me conduz a Vos. 
Meu Senhor e meu Deus, tiraim-me de mim mesmo e entregai-me todo a Vos.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 20 de março de 2024

DIA DE SANTO AMBRÓSIO DE SENA - 20 DE MARÇO
 
DIA DE SANTO AMBRÓSIO DE SENA

  

HOMILIA - 20.03.24

 

 

HSTÓRIA DE SANTO AMBRÓSIO DE SENA

Origem

Santo Ambrósio de Sena nasceu no ano 1220, em Siena, Itália. Tinha o rosto deformado e sua mãe não aceitava, por isso, deu para os cuidados de uma enfermeira. Há relatos que  a única hora que a criança tinha paz era quando estava dentro da igreja dominicana, especialmente perto das relíquias dos santos.

Vida de Santo Ambrósio de Sena

A enfermeira sempre cobria o rosto de Santo Ambrósio com um lenço. Certo dia, um peregrino que estava por perto disse a ela: “não cubra a face desse bebê. Ele será, um dia, o orgulho desta cidade”. Poucos dias depois, a criança esticou seus membros deformados e pronunciou o nome “Jesus” e toda a deformidade o deixou para sempre.

Ambrósio foi uma criança piedosa, se levantava a noite para orar e meditar. Caridoso, mesmo quando jovem, ele trabalhava com os pobres, os doentes e os abandonados. Quando anunciou que queria se juntar aos frades, seus pais e amigos tentaram dissuadi-lo, mas Ambrósio não mudou sua decisão e entrou para o mosteiro com 17 anos. Ele estudou em Paris com São Tomás de Aquino e com Santo Alberto.

Santidade

Santo Ambrósio queria escrever, mas vendo a grandeza de Santo Tomás de Aquino, decidiu não tentar segui-lo e dedicou-se a pregar. Foi um dos maiores pregadores de seu tempo. Trabalhou em missões de paz com grande sucesso. Evangelizou grande parte da Alemanha, França e Itália. Faleceu em 1287 de causas naturais.

Esse texto é fruto da parceria entre Tenda do Senhor e Todo Santo Dia. Curtam nossos perfis no Instagram e apoiem esse projeto de evangelização. Nosso objetivo é chegar no Céu! Amém? Amém!

Caso queira treinar para chegar ao Céu também, podemos te ajudar! Confira algumas das nossas partilhas espirituais e ditos de santos na Oficina de Santidade!

Santo Ambrósio de Sena, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 19 de março de 2024

DIA DE SÃO JOSÉ - 19 DE MARÇO

DIA DE SÃO JOSÉ - 19 DE MARÇO

HOMILIA - 19.03.24

 

HISTÓRIA DE SÃO JOSÉ

São José é descendente da Casa Real de Davi. É o esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus Cristo. Nos Evangelhos, ele aparece na infância de Jesus. Pode-se ver as citações nos livros de Mateus, Capítulos 1 e 2, e em Lucas, 1 e2. Na Bíblia, São José é apresentado como um justo. Mateus, em seu Evangelho, descreve a história sob o ponto de vista de José. Já Lucas narra o tempo de infância do menino Jesus contando com a presença de José.

São José na História da Salvação

São José estava noivo de Maria e, ao saber que ela estava grávida, decidiu abandoná-la, pois o filho não era dele. Ele pensa em abandoná-la para que ela não fosse punida com a morte por apedrejamento.

Mas teve um sonho com um Anjo, que lhe disse que Maria ficou grávida pela ação do Espírito Santo, e que o menino que iria nascer era Filho de Deus, então, ele aceitou Maria como esposa. Perto do tempo previsto do nascimento de Jesus, por um decreto romano ele foi para Belém participar do recenseamento. Lá, Maria deu à luz o Menino Jesus, e José estava presente no nascimento.

O Anjo, porém, deu novo aviso a José, em sonho. Com efeito, o Anjo avisou a José que Herodes queria matar o Menino Jesus e mandou-o pegar o Menino e sua mãe e fugir para o Egito com eles. José obedeceu. Assim, A Sagrada Família foi para o Egito e viveu lá durante quatro anos. Após esse tempo, o Anjo avisou novamente a José em sonhos, dizendo que eles poderiam voltar para Nazaré, porque Herodes havia morrido. José obedeceu e levou a Sagrada Família novamente para Israel.

Vida Simples

São José devotou sua vida aos cuidados de Jesus e Maria. Vivendo do trabalho de suas mãos, como carpinteiro, sustentou sua família com dignidade e exemplo. A profissão de carpinteiro propiciava dignidade à família. José era um judeu religioso e praticante. Ele consagrou o Menino Jesus no Templo, logo depois que o Menino nasceu. Esse ato só era praticado na época por judeus piedosos. São José levava sua família regularmente às peregrinações de seu povo em Jerusalém, como, por exemplo, na Páscoa. Foi numa dessas peregrinações em que, na volta para Nazaré, o Menino Jesus ficou em Jerusalém, conversando com os doutores da lei. O Menino tinha, então, doze anos. José e Maria, aflitos, voltam ao templo e encontram o Menino Jesus debatendo com os doutores da lei. Nessa ocasião, Jesus afirma que “Tinha que cuidar das coisas de Seu Pai”. Esta é a última vez que José é mencionado nas Sagradas Escrituras. Todos os indícios levam a crer que José faleceu antes de Jesus começar sua vida pública. Caso contrário, ele certamente teria sido mencionado pelos evangelistas, como o foi Maria.

Influência de José na formação da personalidade de Jesus

São José teve papel importantíssimo na formação da personalidade de Jesus enquanto pessoa humana. Claro, Jesus é o Filho de Deus. Porém, se analisarmos o comportamento de Jesus do ponto de vista humano, veremos que ele (Jesus) foi um menino e um homem que teve um pai presente, piedoso e influente. Um pai que ensinou ao filho o caminho da justiça, da verdade, do amor e do conhecimento da Palavra de Deus. Não é à toa que São José é chamado de “Justo” desde os Evangelhos. Por isso, São José é um dos maiores Santos de todos os tempos.

Devoção a São José

São José foi inserido no calendário litúrgico Romano em 1479. Sua festa é celebrada no dia 19 de março. São Francisco de Assis e, mais tarde, Santa Teresa d’Ávila, foram grandes Santos que  ajudaram a divulgar a devoção a São José. No ano de 1870, São José foi declarado oficialmente como o Patrono Universal da Igreja. O autor dessa declaração foi o Papa Pio IX. No ano de 1889, o Papa Leão XIII, num de seus grandes documentos, exaltou as virtudes de São José. O Papa Bento XV declarou São José como o Patrono da Justiça Social. Para ressaltar a grande qualidade e poder de intercessão de São José como “trabalhador”, O Papa Pio XII instituiu uma segunda festa em homenagem a ele, a festa de "São José Operário". Essa, acontece no dia primeiro de maio.

São José é invocado também como o Padroeiro dos Carpinteiros. Na Arte Cristã, ele é representado tendo um lírio na mão, simbolizando a vitória dos Santos. Algumas vezes, ele aparece também com o Menino Jesus ou nos braços, ou ensinando a Ele a profissão de carpinteiro.

Revelações sobre o poder de intercessão de São José

São José é, sem dúvida, uma dos Santos mais importantes da Igreja. Ele é invocado como o Santo que intercede a Deus por todas as nossas necessidades. São José tem, diante de Deus, privilégios únicos. Essa é uma das revelações que foram dadas à Serva de Deus chamada Santa Águeda:“Por sua intercessão alcançamos a virtude da castidade e a vitória sobre as tentações contra a pureza; alcançamos o poderoso auxílio da graça, para sair do pecado e voltar à amizade com Deus; alcançamos a benevolência da Santíssima Virgem Maria e a verdadeira devoção a ela; alcançamos a graça de uma boa morte e a especial proteção contra o demônio nesta hora.” A Igreja afirma que os espíritos do mal estremecem quando ouvem o nome de São José ser invocado. Pela intercessão de São José, podemos alcançar a saúde e a ajuda nas dificuldades. Através dele, as famílias podem alcançar a bênção de uma vida digna.

Nossa Senhora também revelou a Santa Águeda: "Os homens ignoram os privilégios que o Senhor concedeu a São José, e quanto pode sua intercessão junto de Deus. Somente no dia do Juízo, os homens conhecerão sua excelsa santidade e chorarão amargamente por não haverem se aproveitado desse meio tão poderoso e eficaz para sua salvação e alcançar as graças de que necessitavam". SJMJ

Oração a São José

A vós, S. José, recorremos em nossa tribulação e, depois de ter implorado o auxílio de Vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança solicitamos também o Vosso patrocínio. Por esse laço sagrado de caridade, que Vos uniu à Virgem Imaculada Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente Vos suplicamos que lanceis um olhar benigno para a herança que Jesus Cristo conquistou com Seu sangue, e nos socorrais em nossas necessidades com o Vosso auxílio e poder. Protegei, ó Guarda providente da Divina Família, a raça eleita de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício. Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas; e, assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus contra as ciladas de seus inimigos e contra toda adversidade. Amparai a cada um de nós com o Vosso constante patrocínio a fim de que, a Vosso exemplo e sustentados por Vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança. Amém.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 18 de março de 2024

DIA DE SÃO CIRILO DE JERUSALÉM - 18 DE MARÇO

DIA DE SÃO CIRILO DE JERUSALÉM - 18 DE MARÇO

HOMILIA - 18.03.24

 

HISTÓRIA DE SÃO CIRILO DE JERUSALÉM

Origens

Cirilo nasceu em Israel, perto da capital, Jerusalém, no ano 315. Seus pais eram cristãos e bem colocados financeiramente. Por isso, Cirilo foi bem preparado desde a infância. Estudou as Sagradas Escrituras e também as matérias humanísticas. Ainda jovem, sentiu-se chamado para o ministério de evangelizador. No ano 345, aos 30 anos, recebeu a ordenação sacerdotal.

Cirilo viveu num tempo de heresias. Desde o início do Cristianismo várias heresias, isto é, interpretações erradas da fé, se infiltraram na Igreja. Mas no século IV, especialmente, no tempo de São Cirilo, apareceram as heresias chamadas arianismo e nestorianismo. As duas causaram profundas divisões na Igreja.

Bispo perseguido e, depois, reconhecido

No ano 348, o Padre Cirilo foi sagrado Bispo de Jerusalém. Ele exerceu o cargo durante quase trinta e cinco anos. Porém, dezesseis desses anos foram vividos no exílio, em três momentos diferentes.

Primeiro exílio

O primeiro exílio aconteceu porque um Bispo chamado Acácio, muito influente na Igreja, acusou-o de espalhar heresia. Reconhecido o engano, ele voltou afável e sem mágoas.

Segundo exílio

O segundo exílio aconteceu por ordem do Imperador Constâncio. Esse entendeu que Cirílo era simpatizante de hereges e condenou-o ao exílio. Porém, os Bispos Atanásio e Hilário, ambos de autoridade reconhecida e chamados de Padres da Igreja, tal como São Cirilo, saíram em sua defesa, demonstrando que ele não era um herege.

Terceiro exílio

O terceiro exílio foi o mais longo. O Imperador Valente, que era realmente um herege, exilou novamente todos os Bispos que tinha sido anistiados. Por isso, São Cirilo peregrinou por várias cidades da Ásia pelo tempo de onze anos. Esse exílio durou até à morte do Imperador, ocorrida em 378.

Ministério brilhante

O trabalho missionário, catequético e doutrinário de São Cirilo resistiu a todas essas provações e chegou até os dias de hoje. Ele tinha um dom especial de ensinar o Evangelho, e fazia isso como poucos. No começo de seu ministério episcopal, ele era o responsável pela preparação dos catecúmenos, ou seja, dos adultos convertidos, que seriam batizados.

Escritos

Nesse tempo, São Cirilo escreveu dezoito brilhantes discursos catequéticos. Depois, escreveu um maravilhoso sermão, uma carta dirigida ao Imperador Constantino e outros pequenos escritos inspirados e atuais. Outros treze escritos de sua autoria foram dedicados à exposição geral da doutrina cristã. Outros cinco escritos foram dedicados a preciosos comentários sobre os ritos Sacramentais que aconteciam durante a iniciação cristã. Vários de seus escritos dedicam-se a explicar os "como" e os "porquês" de cada uma das orações, do sacramento do batismo, do sacramento da crisma, da confissão, dos sacramentos em geral e dos grandes mistérios da fé cristã, chamados também de dogmas da Igreja.

Não só na teoria

São Cirilo soube como ninguém viver a fé cristã na prática. Num tempo de grande dificuldade, ele não teve dúvidas e vendeu preciosos vasos litúrgicos e outros valiosos objetos eclesiásticos, com o nobre objetivo de matar a fome dos pobres.

Santidade e firmeza na fé

Desde jovem, Cirilo apresentou-se manso, suave e afável. Preferia sempre a catequese a assuntos polêmicos. Aderiu firmemente à Doutrina da Igreja por ocasião do III Concílio de Constantinopla, no ano 382. Ali, ficou clara sua postura de fidelidade à Santa Sé e à Verdade sobre Jesus Cristo. Nesse Concílio, São Cirilo foi chamado por alguns Bispos de "valente lutador para defender a Igreja dos hereges que negam as verdades de nossa religião". 

Morte

São Cirilo de Jerusalém faleceu no ano 386. Seu culto foi instituído em 1882, pelo Papa Leão XIII. Na ocasião, o Papa conferiu a ele os títulos de Doutor da Igreja, por causa da profundidade de seus escritos, e o de Príncipe dos Catequistas Católicos, por causa da brilhante preparação para os catecúmenos que ele escreveu.

Oração a São Cirilo de Jerusalém

“Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de São Cirilo de Jerusalém, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamemos em nossas ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Amém. São Cirilo de Jerusalém, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 17 de março de 2024

DIA DE SÃO PATRÍCIO - 17 DE MARÇO

DIA DE SÃO PATRÍCIO - 17 DE MARÇO

HOMILIA - 17.03.24

 

HISTÓRIA DE SÃO PATRÍCIO

Origens

São Patrício escreveu um livro autobiográfico intitulado "Confissão". Através dele, sabemos que Patrício nasceu numa vila que pertencia a seu pai e ficava numa região entre Inglaterra e a Escócia. Ele nasceu no ano 377. Seu pai, Calpurnius, era cristão. E seu avô era Padre (nesse tempo, os padres ainda podiam se casar). Porém, apesar da influência religiosa, somente na adolescência é que Patrício se interessou pela religião e pelos estudos.

Raptado por piratas

Aos dezesseis anos, Patrício foi raptado por um grupo de piratas irlandeses. Em seguida, foi vendido como escravo. Levado à força para a Irlanda, foi submetido a trabalhos forçados num ambiente terrível, entre pessoas rudes, brutas e pagãs. Tentou fugir duas vezes, sem sucesso. Somente na terceira vez, conseguiu a libertação tão sonhada.

Busca da fé

O jovem Patrício conseguiu embarcar para a Grã-Bretanha. Depois, foi para a França. Lá, partilhou a vida em vários mosteiros e conseguiu se habilitar para a vida religiosa, que unia o estilo de vida monástico, pela disciplina e oração, e também missionário, caracterizando-se pelo desejo de anunciar o Evangelho aos pagãos.

Discípulo e missionário

A princípio, o jovem monge Patrício acompanhou um Santo chamado Germano, que pertencia ao Mosteiro de Auxerre. Ambos empreenderam uma grande missão apostólica nas terras da Grã-Bretanha. Mas o grande desejo de seu coração era evangelizar a Irlanda, aquele povo pagão, que o tinha escravizado. E Patrício entregou a Deus esse santo propósito.

Deus ouviu seu coração

Quando o Bispo responsável pela Missão na Irlanda, chamado Paládio, faleceu, o Papa Celestino I convocou justamente Patrício para dar continuidade à missão. Por isso, ele foi sagrado Bispo e viajou para a Irlanda no ano 432. 

Apóstolo da Irlanda

O que aconteceu na vida de São Patrício e na Irlanda, nas três décadas que se seguiram, foi simplesmente extraordinário. Tanto que a Missão de São Patrício ficou gravada para sempre na História da Irlanda, da Igreja Católica e até mesmo na História da Humanidade. São Patrício fez nada menos do que mudar o destino de um povo através do Evangelho. Sua missão levou à conversão praticamente toda a Irlanda. Tudo isso sem contar com ajuda política e sem jamais usar de violência contra aqueles que preferiam continuar no paganismo. Seu lema era respeitar para ser respeitado.

O respeito é recíproco

Por causa da atitude respeitosa de São Patrício, não aconteceu repressão contra os cristãos na Irlanda. O próprio Rei, chamado Leogário, percebendo a santidade de Patrício, converteu-se e possibilitou que toda a sua Corte se convertesse. A missão de São patrício foi tão eficaz que a fé católica se enraizou na Irlanda. E, de tal forma, que esse país se tornou o berço de um grande número de evangelizadores, missionários e Santos.

Dinamismo

Além de viver uma vida santa, que tocava os corações, São Patrício era um homem de grande visão e dinamismo. Ele fundou incontáveis mosteiros pelo país. Com isso, a Irlanda se tornar um centro que irradiava a fé e a cultura. De lá partiu um grande número de Monges Missionários. Esses peregrinaram por muitas terras estrangeiras anunciando o Evangelho. Alguns exemplos mais famosos são os apóstolos Donato, Columbano, Willibrordo, Galo, Tarásio, entre tantos outros. 

Mitos cristãos

Enquanto outros países têm como ídolos e mestres reis e ditadores que empreenderam guerras e mortandade, a Irlanda passou a ter seus mitos culturais nos monges e missionários evangelizadores e suas histórias de milagres, graças e heroísmo cristão. Esse é um efeito direto da enculturação do Evangelho levada a temo por São Patrício.

Morte

São Patrício faleceu no dia 17 de março do ano 461, na cidade de Down. Hoje, a cidade se chama Downpatrick (Cidade de Patrício) em sua homenagem.  Há séculos, o dia 17 de março é feriado nacional, quando se celebra o dia de São Patrício, conhecido como a glória da Irlanda. Existem hoje, na Irlanda, mais de duzentos santuários construídos em honra a São Patrício, Padroeiro do país.

Oração de São Patrício

Enfrentando a resistência e as armadilhas do paganismo na Irlanda, São Patrício compôs e rezou esta oração por sua proteção e eficácia na missão:

Cristo comigo,
Cristo em minha frente,
Cristo atrás de mim,
Cristo em mim,
Cristo abaixo de mim,
Cristo sobre mim,
Cristo à minha direita,
Cristo à minha esquerda,
Cristo quando me deito,
Cristo quando me sento,
Cristo quando me levanto,
Cristo no coração de cada um que pensa em mim,
Cristo na boca de cada um que fala de mim,
Cristo em todo olho que me vê,
Cristo em todo ouvido que me ouve.

Amém!"


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 16 de março de 2024

DIA DE SANTA LUÍSA DE MARILLAC - 16 DE MARÇO

 

DIA DE SANTA LUÍSA DE MARILLAC - 16 DE MARÇO

HOMILIA - 16.03.24

 

HISTÓRIA DE SANTA LUÍSA DE MARILLAC

A Santa que lembramos neste dia nasceu em Paris, no ano de 1591, com o nome de Luísa. Recebeu ótima formação humana e cristã. Casou-se com Antônio e tiveram apenas um filho.

Depois de um certo tempo, Antônio morreu, mas Luísa, em Deus, conseguiu superar a dor da perda. Santa Luísa, muito religiosa, começou a fazer direção espiritual com São Vicente de Paulo, que percebendo o coração de Luísa, a envolveu nas confrarias de caridade.

Essa mulher de Deus se identificou e assumiu com tanto amor a obra de caridade para com os doentes e pobres, que não demorou em tomar a liderança deste projeto de Deus, até fundar, no ano de 1634, a Congregação das Irmãs da Caridade.

O lema dessa Congregação era o clamor de São Paulo: “A caridade de Cristo me impele”. Mesmo nos tempos mais difíceis, Santa Luísa viveu plenamente o carisma com suas irmãs, as quais iam crescendo em número e santidade.

Durante uma peste que arruinou Paris, Santa Luísa chegou a atender todas as classes sociais, já que na sua espiritualidade encarnada, via e servia a Cristo no pobre. Entrou no Céu com 70 anos, depois de haver se consumido na caridade para com os irmãos.

Santa Luísa de Marillac, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 15 de março de 2024

DIA DE SÃO CLEMENTE MARIA HOFBAUER - 15 DE MARÇO

DIA DE SÃO CLEMENTE MARIA HOFBAUER - 15 DE MARÇO

HOMILIA - 15.03.24

 

HISTÓRIA DE SÃO CLEMENTE MARIA HOFBAUER

Batizado com o nome de João, ele nasceu num pequeno povoado da Morávia, República Tcheca, em 26 de dezembro de 1751. De família muito cristã e pobre, não pôde se dedicar aos estudos até a adolescência. Seus pais, Paulo Hofbauer e Maria Steer, tiveram doze filhos, e ele tinha apenas sete anos quando ficou órfão de pai. Consta de suas anotações que, nesse dia, sua mãe lhe mostrou um crucifixo e lhe disse: "A partir de hoje, este é o teu Pai". João entendeu bem a orientação, decidindo, a partir de então, que se tornaria Padre e missionário.

Mas as condições em que vivia a família dificultaram a realização de seu sonho. Aos quinze anos de idade, foi morar na cidade de Znaim, onde aprendeu o ofício de padeiro. Três anos depois, conseguiu o emprego que mudou sua vida: padeiro do Convento em Bruk, dos Premonstratenses. A vocação do jovem foi notada pelo Abade, que o deixou estudar, inclusive latim. Quando seu benfeitor morreu, João foi viver como eremita, primeiro na Áustria e, depois, com a permissão do Bispo de Tívoli, próximo à capela de Quintilio. Aí, foi onde mudou o nome para o de Clemente Maria, recebendo o hábito do Bispo que, mais tarde, se tornaria o Papa Pio VII. Certa vez, em outra viagem a Roma, entrou por acaso numa igreja de Redentoristas. Foi o primeiro contato que teve com essa Ordem. Depois de assistir à missa, pediu uma entrevista com o Superior e, impressionado com as Regras e a atuação da Congregação, pediu para ingressar nela e foi admitido.

Um ano depois, tornou-se Sacerdote Redentorista. Seu sonho estava realizado, mas seu trabalho, apenas começando. Fixou residência em Varsóvia, onde fundou casas e recebeu dezenas de noviços. Reformou a igreja de São Benon, que estava caindo aos pedaços, e a pequena casa da igreja tornou-se um grande e espaçoso convento. Durante vinte anos, Padre Clemente atuou nessa Paróquia, convertendo pagãos e atraindo multidões. Tanto que eram necessários vinte e cinco padres para atender aos fiéis, celebrando diariamente duas missas em alemão e duas em polonês. Com a expansão do trabalho, pôde fundar mais três conventos e ativar as paróquias em volta da sua. Como Capelão do convento e da igreja das Ursulinas, teve uma influência extraordinária na cidade inteira e até além da mesma. Fundou também um asilo para abrigar as crianças vítimas das sucessivas guerras da região, uma escola para crianças pobres e outra, de ensino superior, para meninos. Essa atividade ele a continuou até 1808, quando Napoleão Bonaparte fechou a igreja e dispersou a comunidade. Enfrentou, com serenidade, com outros Redentoristas, a perseguição na Polônia, o fechamento da Casa da Ordem e até a prisão.

Clemente não desistiu. Foi realizar missões na Alemanha, Suíça e na Áustria, onde fez o clero retomar os conceitos cristãos esquecidos. Principalmente, aconselhou e encorajou alguns líderes do novo movimento romântico e outros que trabalhavam para a renovação católica nos países de idioma alemão. A intensa atividade dele chamou a atenção da polícia.
Mas, só a morte poderia impedir Clemente Maria de atuar, o que se deu em Viena, no dia 15 de março de 1820, cuja população consternada assumiu o luto como o de um parente.

Foi beatificado em 1888, e canonizado pelo Papa Pio X, em 1909. Cinco anos depois, o mesmo pontífice proclamou São Clemente Maria Hofbauer o Padroeiro de Viena e, também, dos padeiros, numa singela lembrança da profissão exercida na sua adolescência. É venerado como o principal propagador da Congregação Redentorista, fora da Itália.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 14 de março de 2024

DIA DE SANTA MATILDE - 14 DE MARÇO

DIA DE SANTA MATILDE - 14 DE MARÇO

HOMILIA - 14.03.24

 

 

HISTÓRIA DE SANTA MATILDE

Origens

Matilde era descendente de nobres saxões. Nasceu na região de Westfalia, na Alemanha, por volta de 895. Foi educada por sua avó, que também se chamava Matilde e era Abadessa de um Mosteiro de Monjas Beneditinas em Herford. Por causa dessa educação, ela aprendeu a ler e a escrever. Além disso, estudou Filosofia e Teologia. Isso era raríssimo entre as mulheres, mesmo entre as nobres de seu tempo. Os livros da época atestam que Matilde possuía inteligência brilhante e grande beleza tanto física quanto de alma.

Casamento

A bela Matilde casou-se, com apenas catorze anos, com um Duque da Saxônia, chamado Henrique. Esse, em pouco tempo, veio a se tornar Rei da Alemanha, com o nome de Henrique I. Com o Rei, Matilde viveu um casamento feliz, que durou vinte anos. 

Influente sobre o Rei

O reinado de Henrique I foi justo e bom para o povo. Segundo os livros, a Rainha Matilde teve grande influência nele, lutando pela justiça e pela bondade, sempre nos bastidores do governo. Ela sempre se mostrou cheia de bondade e portadora de grande generosidade para com os súditos, especialmente os pobres e doentes.

Obras

Em tempo de paz, a Rainha Matilde passou a assistir à população, erguendo conventos, igrejas, hospitais e escolas. O Rei, por sua vez, fazia da Alemanha o país líder da Europa. Ele salvou seu país da invasão dos húngaros. Depois, regularizou a situação da Alemanha com a França e a Itália. Em seguida, passou a exercer domínio sobre os dinamarqueses e os eslavos. O reinado de Henrique I ficou bastante fortalecido.

Divisão na família

A paz, porém, chegou ao fim quando o Rei Henrique I faleceu. Antes de sua morte, o Rei deixou indicado para sucedê-lo seu filho mais velho, chamado Oton. Porém, um filho mais novo, chamado Henrique, quis o trono, a despeito da vontade do pai. Então, exércitos aliados de cada um desses príncipes começaram a guerrear, para grande tristeza de Santa Matilde. Por fim, Oton venceu e assumiu o trono.

Exilada pelos próprios filhos

Depois de tudo isso, os filhos, surpreendentemente, se voltaram contra a própria mãe. Alegaram que ela vivia esbanjando os bens do reino com os pobres e com a Igreja. Por isso, retiraram toda a fortuna que pertencia a ela e ordenaram que ela fosse exilada. Santa Matilde, com grande sofrimento, foi viver no Mosteiro de Engerm. Lá, dedicou-se à oração e aos sacrifícios, pedindo incessantemente pela conversão dos filhos. 

Os filhos se arrependem

Muitos anos depois, os irmãos Oton e Henrique caíram em si e se arrependeram do terrível gesto de ingratidão que tiveram para com a própria mãe. Por isso, procuraram a mãe, pediram perdão, receberam-na de volta no reino e devolveram a ela tudo o que lhe era de direito. Com autoridade sobre seus bens novamente, Santa Matilde distribuiu tudo entre os pobres, salvando famílias inteiras da miséria e da perdição. Depois disso, voltou para a vida religiosa no Mosteiro. Lá, recebeu o dom da profecia e ajudou a muitos com suas orações, escuta e aconselhamento.

Morte 

A Santa Rainha Matilde faleceu no ano 968. Foi sepultada ao lado do dos restos mortais de seu marido, no mosteiro de Quedlinburgo. Logo, passou a ser venerada pelo povo como Santa. Sua fama se propagou rapidamente pelo mundo católico do Ocidente chegando até ao Oriente. Hoje, ela é bastante celebrada na Alemanha e também na Itália e em Mônaco. Sua festa é celebrada no dia 14 de março. É dessa Santa Matilde que des­cenderam os Reis de Portugal e, por conseguinte, a Família Imperial do Brasil.

Oração a Santa Matilde

“Pai Celeste, pelos méritos de Santa Matilde, que procurou a caridade em tudo e em todos, nunca deixando de ajudar aos mais necessitados, nós Vos rogamos a graça de administrarmos os talentos e bens que Vós nos destes para o bem de Vossos fiéis e da Vossa Igreja. Amém. Santa Matilde, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 13 de março de 2024

DIA DE SANTA EUFRÁSIA - 13 DE MARÇO
 

DIA DE SANTA EUFRÁSIA - 13 DE MARÇO

HOMILIA - 13.03.24

 

HISTÓRIA DE SANTA EUFRÁSIA

Origens 

Eufrásia nasceu no ano 380, na Ásia Menor. Era filha única de pais muito ricos e cristãos. Seus pais eram parentes do então Imperador Romano Teodósio. Por isso, Eufrásia foi educada na Corte romana. Sua infância e juventude foram rodeadas de luxo e prazeres. Ela, porém, nunca sentiu-se atraída por nada disso. Tinha o exemplo e a educação cristã recebida de seus pais que, apesar da riqueza que possuíam, viviam na humildade.

Mudança para o Egito

Quando o pai de Eufrásio faleceu, sua mãe passou a ser cortejada por vários interesseiros da Corte. Por isso, resolveu mudar-se para o Egito. Lá, usou de sua fortuna para reconstruir a vida e fazer caridade para com os necessitados. Eufrásia estava sempre acompanhando sua mãe nas visitas aos pobres, aos conventos e aos hospitais que ela ajudava na manutenção. Eufrásio tinha, então, apenas sete anos e gostava muito dessas ações.

Vocação de menina

Numa das visitas que mãe e filha fizeram a um convento, Eufrásia pediu para ficar com as irmãs. Tinha apenas sete anos e já queria ficar no convento definitivamente. Sua mãe permitiu, vendo nisso um chamado de Deus para sua filha. Assim, apesar da pouca idade, Eufrásia conseguia acompanhar as freiras em todas as atividades, mostrando grande disciplina e grande pontualidade, o que deixava as freiras impressionadas pela precoce maturidade da menina.

O tesouro escondido

O tempo passou, e Eufrásia, que continuava no convento, se tornou uma linda jovem. Mantinha uma vida regular, cheia de Deus, praticava o jejum e a vida de oração. Então, sua mãe veio a falecer. Ao vê-la órfã, o Imperador Teodósio, seu parente, quis proteger seu futuro. Por isso, procurou por ela, oferecendo uma proposta de casamento que vinha da parte de um senador. Tal casamento daria a Eufrásia grande status social e aumentaria ainda mais sua fortuna, que já era grande. Santa Eufrásia, porém, recusou a proposta e afirmou que queria continuar virgem, seguindo a vida religiosa. Além disso, pediu a Teodósio que distribuísse todos os bens que ela possuía aos pobres. Santa Eufrásia tinha encontrado um tesouro muito maior.

Dons extraordinários

Os escritos sobre Santa Eufrásia relatam inúmeras graças e acontecimentos milagrosos ocorridos por sua intercessão. Um desses fatos é que um menino que estava à beira da morte foi curado quando ela fez o sinal da cruz sobre ele. Assim, sua fama de santidade se espalhou por toda a região. 

Morte anunciada

No dia 12 de março do ano 412 a Superiora do Convento teve uma visão profética, na qual recebeu um aviso de que a freira Eufrásia morreria e seria proclamada santa. Santa Eufrásia, ainda jovem, nada sentia. Porém, acreditou na mensagem e pediu para receber os Sacramentos. Então, no dia seguinte, 13 de março de 412, como tinha sido previsto, ela teve uma febre muito forte e veio a falecer. Venerada como santa pelo grande exemplo de vida, de fraternidade, de amor e caridade, Santa Eufrásia foi sepultada no mesmo convento onde passou a vida e ao qual tanto amor devotava.

Culto

O culto a Santa Eufrásia passou a ser bastante difundido por todo o Oriente e também no Ocidente. Ela é admirada pela simplicidade da vida que escolheu, pela caridade para com todos e pelas incontáveis graças que até hoje acontecem quando se pede sua intercessão. Sua celebração litúrgica foi instituída para o dia 13 de março, dia de sua entrada no céu.

Oração a Santa Eufrásia

“Pai Santo, Vós nos criastes para Vos amar e servir. Ajudai-nos a viver essa sublime vocação, seguindo os passos de Santa Eufrásia e aprendendo com ela a virtude de servir sem jamais exigir nada em troca. Isso Vos pedimos por Jesus Cristo Vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo, amém. Santa Eufrásia, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 12 de março de 2024

DIA DE SÃO LUÍS ORIONE - 12 DE MARÇO

 

DIA DE SÃO LUÍS ORIONE - 12 DE MARÇO

HOMILIA - 12.03.24

 

HISTÓRIA DE SÃO LUÍS ORIONE

Origens

Luís Orione nasceu em Pontecuore, Itália, no dia 23 de junho de 1872. Era filho de uma família pobre. Seus pais eram camponeses e muito simples. Porém, sua família era bem estruturada, rica em honestidade e sabedoria. Sua mãe, sábia educadora, serviu de inspiração e modelo por toda a vida. Luís Orione recebeu os fundamentos da sua fé no aconchego de seu lar e isso o marcou para o resto a vida.

Contato com um Santo

No início da juventude, Luís Orione já pensa em ser sacerdote. Apoiado por sua família, ele ingressou no Oratório Salesiano em Turim, uma obra dedicada à educação e formação de crianças, adolescentes e jovens pobres. O fundador dessa obra era São João Bosco, ou, simplesmente, Dom Bosco. Esse ainda era vivo quando Luís Orione ingressou no Oratório. Dom Bosco tinha grande estima por Orione e percebeu logo a vocação do jovem. Por isso, dedicou especial atenção na formação de Orione.

Fundador dinâmico 

Em 1892, sendo ainda seminarista, Luís Orione fundou duas escolas dedicadas à formação de crianças e jovens. Ordenado em 1895, passou, então, a se dedicar aos necessitados com todo ardor e devoção. Sua meta era acolher e evangelizar os mais necessitados.

Missionário da caridade

O Padre Luís Orione era incansável na sua luta em favor dos necessitados. Por várias vezes, empreendeu viagem por toda a Itália, pedindo doações e ajuda material para as obras de caridade que ele fundara. Colocava-se como um instrumento nas mãos da Providência Divina, tendo sempre como objetivo o alívio dos sofrimentos e das necessidades humanas.

Terremoto

Em 1908, um terremoto terrível colocou abaixo a região da Sicília e Calábria, na Itália. Luís Orione fez um grande trabalho no socorro das inúmeras vítimas. Tanto que o Papa Pio X pediu que ele ficasse lá por mais tempo. Padre Orione atendeu, permanecendo na região por três anos.

Fundador

Em 1915, o Padre Luís Orione fundou uma Congregação que ele chamou de “Pequena Obra da Divina Providência”. O objetivo da obra era atender aos pobres, humildes trabalhadores, doentes, necessitados e, principalmente, aos esquecidos pela sociedade. Posteriormente, fundou a Congregação dos Padres Orionitas. Depois, fundou a Congregação das Irmãzinhas Missionárias da Caridade. Mais tarde, fundou a Congregação das Irmãs Sacramentinas. Finalmente, fundou a Congregação dos Eremitas de Santo Alberto. Nessas duas últimas Fundações, um dos objetivos era admitir religiosos cegos, coisa que, na época, era difícil. 

A obra se estende pelo mundo

A Congregação dos Filhos da Divina Providência e a das Missionárias da Caridade se expandiram por vários países da Europa. Depois, pelas Américas e pela Ásia. Hoje, a Obra de São Luís Orione tem milhares de Casas e Instituições espalhadas pelo mundo, atuando principalmente na área assistencial e educativa.

No Brasil

A Obra de São Luís Orione está no Brasil desde 1914. São várias casas que abrigam órfãos, excepcionais, deficientes, idosos. Há também hospitais para os necessitados. A obra da Divina Providência sempre foi e ainda hoje continua recebendo toda a manutenção vinda de esmolas e doações. 

Morte

São Luís Orione faleceu como uma vela que se desgastou, queimando pelo cansaço o missionário. Ele tinha sessenta e oito anos quando entregou sua alma a Deus, na cidade de San Remo, Itália. Era o dia 12 de Março de 1940. Sua canonização foi celebrada em 2004, pelo Papa João Paulo II, em Roma. São Luís Orione foi um sacerdote humilde e gigante no apostolado da caridade. Foi chamado de Pai dos Pobres e Grande Benfeitor da Humanidade aflita e sofredora.

Oração a São Luís Orione

“Ó Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, nós Vos adoramos e Vos damos graças pela imensa caridade que infundistes no coração de São Luiz Orione e por ter-nos dado nele o Apóstolo da Caridade, o Pai dos Pobres e o Benfeitor da Humanidade, sofredora e abandonada. Concedei-nos que possamos imitar o amor ardente e generoso que São Luiz Orione tinha para conVosco, a Santíssima Virgem, a Igreja, o Papa e todos os aflitos. Pelos seus méritos e sua intercessão, concedei-nos a graça que Vos pedimos (pedir a graça) para experimentar a Vossa Divina Providência. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 11 de março de 2024

DIA DE SANTA FLORA E SANTO EULÓGIO - 11 DE MARÇO

DIA DE SANTA FLORA E SANTO EULÓGIO - 11 DE MARÇO

HOMILIA - 11.03.24

 

HISTÓRIA DE SANTA FLORA

Os mártires são verdadeiros luzeiros que nos iluminam com a luz de Cristo e nos chamam ao testemunho radical da fé. Flora é uma destas pessoas santas, por isso a lembramos neste dia, ela que era natural da cidade de Córdoba, Espanha.

No época de Santa Flora, os cristãos estavam sendo duramente perseguidos pelo fanatismo árabe da "Guerra Santa de Maomé", que buscava destruir o culto ao Cristo. Flora aprendeu da família o amor e fidelidade ao Cristo e carregava consigo o testemunho de santidade de seu irmão mártir e, por isso, por volta de 851, mesmo presa duas vezes, colocada numa prisão, interrogada e, enfim, torturada , com o auxílio da graça não abandonou a fé no Deus Vivo.

Um Padre santo que a visitou na cadeia testemunhou: "Eu toquei com minhas mãos as cicatrizes de sua cabeça e de seu rosto desfigurado pelo sofrimento". Santa Flora, no século IX, com firmeza e na alegria da fé de quem receberá a Vida Eterna, aceitou martirizações pelos muçulmanos da época, mas não negou seu seguimento ao Cristo.

Santa Flora, rogai por nós!

 

HISTÓRIA DE SANTO EULÓGIO

Nascido em Córdoba, Espanha, no século VIII, descobriu seu chamado ao sacerdócio e fez um ótimo caminho formativo, também nas áreas da ciência, aprofundando-se nas ciências teológicas. Era um homem de muito estudo, oração e amor.

A Espanha foi afetada por invasões, e o Príncipe perseguia cruelmente a Igreja, prendendo e matando a muitos cristãos.

São Eulógio deixou muitos escritos, com testemunhos de mártires e santos, assim como obras apologéticas e a ‘Exortação ao Martírio’, que escreveu na prisão.

Ele foi decapitado no dia 11 de março de 859, recebendo a coroa da vida imortal.

Santo Eulógio, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 10 de março de 2024

DIA DOS QUARENTA MÁRTIRES DE SEBASTE - 10 DE MARÇO

DIA DOS QUARENTA MÁRTIRES DE SEBASTE - 10 DE MARÇO

HOMILIA - 10.03.24

 

HISTÓRIA DOS QUARENTA MÁRTIRES DE SEBASTE

O martírio dos quarenta legionários ocorreu no ano 320, em Sebaste, na Armênia. Nessa época, foi publicada na cidade uma ordem do Governador Licínio, grande inimigo dos cristãos, afirmando que todos aqueles que não oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos seriam punidos com a morte. Contudo se apresentou diante da autoridade uma legião inteira de soldados, afirmando serem cristãos e recusando-se a queimar incenso ou sacrificar animais. Para testar até onde ia a coragem dos soldados, o Prefeito local mandou que fossem presos e flagelados com correntes e ferros pontudos.

De nada adiantou o castigo, pois os quarenta se mantiveram firmes em sua fé. O Comandante os procurou, então, dizendo que não queria perder seus mais valorosos soldados, pedindo que renegassem sua fé. Também de nada adiantou, e os legionários foram condenados a uma morte lenta e extremamente dolorosa. Foram colocados, nus, num tanque de gelo, sob a guarda de uma sentinela. A região atravessava temperaturas muito baixas, de frio intenso. Ao lado, havia uma sala com banhos quentes, roupas e comida para quem decidisse salvar a vida. Mas eles preferiram salvar a alma, e ninguém se rendeu durante três dias e três noites.

Foi na terceira e última noite que aconteceram fatos prodigiosos e plenos de graça. No meio da gélida madrugada, o sentinela viu uma multidão de anjos descer dos céus e confortar os soldados. Isto é, confortar trinta e nove deles, pois um único legionário desistira de enfrentar o frio e se dirigira à sala de banhos. Morreu assim que tocou na água quente. Por outro lado, o sentinela que assistira à chegada dos anjos se arrependeu de estar escondendo sua condição religiosa, jogou longe as armas, ajoelhou-se, confessou ser cristão tirando as roupas e se juntou aos demais. Morreram quase todos congelados.

Apenas um deles, bastante jovem, ainda vivia quando os corpos foram recolhidos e levados para cremação. A mãe desse jovem soldado, sabendo do que sentia o filho, apanhou-o no colo e seguiu as carroças com os cadáveres. O legionário morreu em seus braços e teve o corpo cremado junto com os companheiros.

Eles escreveram na prisão uma carta coletiva, que ainda hoje se conserva nos arquivos da Igreja e que cita os nomes de todos. Eis todos os mártires: Acácio, Aécio, Alexandre, Angias, Atanásio, Caio, Cândido, Chúdio, Cláudio, Cirilo, Domiciano, Domno, Edélcion, Euvico, Eutichio, Flávio, Gorgônio, Heliano, Helias, Heráclio, Hesichio, João, Bibiano, Leôncio, Lisimacho, Militão, Nicolau, Filoctimão, Prisco, Quirião, Sacerdão, Severiano, Sisínio, Smaragdo, Teódulo, Teófilo, Valente, Valério, Vibiano e Xanteas.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 09 de março de 2024

DIA DE SANTA FRANCISCA ROMANA - 09 DE MARÇO

DIA DE SANTA FRANCISCA ROMANA - 09 DE MARÇO

HOMILIA - 09.03.24

 

 

HISTÓRIA DE SANTA FRANCISCA ROMANA 

Origens 

Seu nome de batismo era Francisca Bussa de Buxis de Leoni. Nascida em 1384 numa família nobre e cristã de Roma, desde jovem manifestou-se chamada para uma vida de oração, recolhimento e penitência. Seu desejo era tornar-se freira. Por isso, buscava, cada vez mais, instruir-se na fé e na prática das virtudes cristãs. Desde adolescente, Francisca era vista como um anjo de doçura e delicadeza para com todos.

 Casamento

O pai de Francisca, porém, tinha prometido a filha em casamento ao também nobre Lourenço Ponciano. Assim, em obediência ao pai, ela se casou. Felizmente, Lourenço era cristão e procurava viver a fé. Por isso, tiveram um casamento feliz, apesar dos sofrimentos que a vida impôs ao casal. O casal teve seis filhos e viveu a fidelidade, o amor e a paternidade responsável e evangelizadora. Além disso, sempre que possível, praticava a caridade para com os necessitados. Se Lourenço não podia dedicar-se a essas obras, autorizava Francisca. E a obra se expandiu de tal maneira que a casa rica dos dois foi se transformando num asilo-albergue-hospital para os necessitados.

Sofrimento e amor

Santa Francisca de Roma teve seis filhos com Lourenço. Na época, Roma estava dividida em facções a favor e contra o Papa, e que guerreavam entre si. Era uma verdadeira situação de guerra civil. Além disso, a cidade foi assolada por epidemias, fomes, revoluções. Nessas situações, Santa Francisca assistiu à morte de três de seus filhos. Mais tarde, outro filho foi feito refém, seu marido foi ferido na guerra e, depois, feito prisioneiro. Ainda assim, ela prosseguiu com sua obra de caridade. Vendeu quase tudo o que possuía para mantê-la funcionando. Foi nessa época que o povo, agradecido, deu a ela título de “Mãe de Roma”.

Dinamismo para o amor

Santa Francisca Romana frequentava a abadia de Santa Maria Nova, dos Monges Beneditinos. Lá, em contato com as ricas matronas de Roma, convenceu um bom número delas a se unirem para prestar um serviço social aos pobres, doentes e necessitados. Fundou uma espécie de “instituto das mães de Roma”. Tratava-se de um organismo sem votos, sem regras, sem hábito, formado por mães romanas. Elas viviam seu cotidiano de mães e esposas, mas procuravam tempo para a oração e para a prática da caridade efetiva para com os necessitados acolhidos na casa de Santa Francisca e em outras paróquias de Roma.

Reconciliação

Terminada a guerra, Lourenço, o marido de Francisca, voltou para casa e teve grande parte de seus bens restituídos. Ele apoiava Santa Francisca na caridade e também participava. A santa esposa conseguiu, com muita oração e conselhos, que seu marido se reconciliasse com inimigos surgidos nas guerras de Roma. E ela conseguiu seu intento. Antes de falecer, seu marido tinha se reconciliado com todos os antigos inimigos e estava em paz.

Nasce uma Ordem nova

Após a morte de seu marido, Santa Francisca intensificou seu trabalho junto aos pobres. A essa altura, cinco de seus filhos e filhas tinham falecido. Quando o último filho sobrevivente se casou, ela entregou o governo da casa à sua nora. Essa nora convertera-se à fé cristã por causa de Santa Francisca. Em seguida, Santa Francisca e suas companheiras viúvas de Roma, fundaram a Ordem das Irmãs Oblatas Olivetanas de Santa Maria Nova. Em 1433, dez oblatas da nova Ordem receberam o hábito religioso e começaram a viver em comunidade. Daí a poucos meses, o Papa Eugênio IV instituiu a Congregação dando-lhe o nome de Congregação das Oblatas da Santíssima Virgem. Mais tarde, após a morte de Santa Francisca, esse nome foi mudado para Congregação das Oblatas de Santa Francisca Romana. A congregação continuou bravamente a obra começada por Santa Francisca.

Humildade

Santa Francisca Romana fez questão de ingressar na Congregação que fundara como qualquer outra, sendo uma simples postulante. Em pouco tempo, porém, foi eleita a Superiora e exerceu seu ministério com humildade e santidade, procurando sempre descobrir e cumprir a vontade de Deus para a Obra.

Dons sobrenaturais

Santa Francisca Romana teve vários dons sobrenaturais e carismas, que serviram para a edificação da Congregação e da Igreja em geral. Ela tinha visões de seu Anjo da Guarda, do combate entre as forças satânicas e as forças celestiais, profecias, êxtases, colóquios com Jesus Cristo e Nossa Senhora. Teve também visões dos sofrimentos do inferno, do purgatório e da felicidade profunda do céu, deixando claro que o maior sofrimento na terra, não tem comparação com a felicidade do céu. Por isso, suportava tudo com amor, paciência e perseverança.  

Falecimento

Santa Francisca Romana viveu apenas três anos no convento. Sua última semana de vida foi de muito sofrimento, mas ela permaneceu firme, sabendo que sua hora estava chegando. Assim, conseguiu dar suas últimas orientações às irmãs. Ela faleceu em 09 de março de 1440, aos 56 anos de idade. Seus funerais precisaram ser estendidos por três dias para que toda a cidade de Roma pudesse se despedir dela. Ela foi canonizada em 1608 e recebeu o título de Santa Mística da Igreja.

Oração a Santa Francisca Romana

Ó Deus, que destes a Santa Francisca Romana a graça de viver o sacramento do matrimônio, a maternidade e a vida religiosa com toda fidelidade e perseverança, dai também a nós a graça de vivermos bem nosso estado de vida (casados, solteiros ou consagrados). Que nossa vida seja abençoada pela intercessão de Santa Francisca Romana e que suas visões do céu nos ajudem a desejar e a procurar de todo o coração a pátria celestial. Amém. Santa Francisca Romana, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 08 de março de 2024

DIA DE SÃO JOÃO DE DEUS - 08 DE MARÇO

DIA DE SÃO JOÃO DE DEUS - 08 DE MARÇO

HOMILIA - 08.03.24

 

HISTÓRIA DE SÃO JOÃO DE DEUS

Origens

João Cidade Duarte era seu nome de batismo. Ele nasceu em 08 de março de 1495, em Montemor-o-novo, Portugal. Seu pai vivia de vender frutas na rua. Da sua infância, sabe-se apenas que, aos oito anos, fugiu ou foi levado por um viajante que tinha se hospedado na sua casa. Vinte dias após seu sumiço, sua mãe morreu de tristeza. Seu pai foi para um convento de franciscanos, que o receberam. Lá, ele encerrou seus dias. 

Um menino levado pelo vento

Sabe-se que João foi levado a pé para a cidade de Madrid, na Espanha. Caminhou ao lado de saltimbancos e mendigos. Perto da cidade de Toledo, o viajante o entregou a um bom homem, chamado Francisco Majoral. Este administrava os rebanhos do Conde de Oropesa, afamado por ser caridoso. Nessa época, o menino recebeu o apelido de “João de Deus”, porque ninguém sabia ao certo quem ele era e, muito menos, de onde vinha. 

Uma nova família

Durante seis anos, Francisco Majoral educou João como a um filho, juntamente com a pequenina filha que a família tinha. Depois, dos catorze aos vinte e oito anos, João trabalhou para Francisco como um pastor. A relação entre eles era quase como a de pai e filho. Porém, quando a filha de Francisco atingiu idade para casar-se, Francisco quis casá-la com João de Deus. João, sem querer o casamento e sem saber o que fazer, fugiu e começou uma vida errante.

Vida errante

João de Deus alistou-se soldado do Rei Carlos V. Como soldado, lutou na Batalha de Paiva, contra o Rei Francisco I e seu exército. Vencedor, abandonou o exército e ganhou o mundo.

Peregrinou por toda a Europa. Depois, foi para a África. Lá, fez-se vendedor ambulante na cidade de Gibraltar. Então, como um filho pródigo, voltou à cidade onde nascera. Ninguém, porém, o reconheceu. Seus pais já tinham morrido. Por isso, voltou para a Espanha e abriu uma livraria na cidade de Granada.

Conversão

Em Granada, no ano 1538, João de Deus ouviu um sermão inflamado pregado pelo futuro São João D’Ávila. O sermão tocou-o de tal maneira que ele saiu da igreja aos gritos de "misericórdia, Senhor, misericórdia". O povo, sem compreender, ou ria dele, ou estranhava. Mas ele não deu importância a isso. Distribuiu os bens que tinha acumulado aos pobres e iniciou uma vida de penitências rigorosas.

Internado como louco

Tido como louco por muitos, João de Deus foi internado num hospício. Lá, recebeu tratamento desumano, conforme a ignorância da época quanto às doenças mentais. Depois de ter sofrido cruelmente, foi acolhido e orientado por São João d'Ávila. Então, ele decidiu fundar o que chamou de “casa-hospitalar”, cujo objetivo era dar tratamento mais adequado aos tidos como “loucos”.

Uma Ordem religiosa para cuidar dos doentes mentais

A Casa Hospitalar de João de Deus começou a dar frutos, curando a muitos doentes mentais, para espanto da sociedade de então. Com isso, nascia uma Ordem Religiosa, que ele chamou de Ordem dos Irmãos Hospitaleiros. Apesar de nunca ter estudado medicina, João de Deus conseguia a cura de vários doentes mentais utilizando sua própria experiência, aliada à fé cristã. Tinha como princípio o fato de que, se a alma for curada, meio caminho estava feito para a cura do corpo.

Loucura? 

Por ter sido tratado como louco, João de Deus conhecia em profundidade a difícil situação dos doentes mentais. Ele dizia que pertencia ao mundo dos loucos. Dizia também que pertencia e ao mundo dos pecadores, dos indignos. Mas isso era o que o entusiasmava a trabalhar pela reabilitação, dignificação e inserção tanto dos doentes mentais quanto dos pecadores. Num mundo onde qualquer distúrbio mental era sumariamente classificado como “loucura”, João de Deus criou um modelo de empatia, de tratamento, de contato e de convicções profundas, que ajudaram a milhares de sofredores e inspirou várias outras instituições. Essas, seguiram suas inspirações e orientações. Muitas ainda seguem nos tempos de hoje. 

São João de Deus, o precursor da psicanálise

Para cuidar dos doentes mentais, São João de Deus usava um processo próprio, que unia a conversa, o acolhimento, a oração, a cura interior. Por tudo isso, ele é considerado o precursor do método de tratamento psicanalítico e da compreensão de que as doenças têm origens psicossomáticas, ou seja, uma alma ou mente perturbada gera doenças físicas. Os traumas, os rancores, as mágoas causam doenças físicas. Freud e seus discípulos chegaram a isso quatro séculos depois.

A obra se espalha

O sucesso, da obra de São João de Deus foi tão grande que, acima de oitenta casas-hospitalares foram fundadas pela Europa. A princípio, elas abrigavam os doentes mentais e os doentes terminais. Depois, São João de Deus e seus seguidores começaram a atender a todos os tipos de doentes. Seu lema resumia uma verdade para toda a vida: "fazei o bem, irmãos, para o bem de vós mesmos".

Morte

São João de Deus faleceu no mesmo dia de seu nascimento, em 8 de março. Era o ano 1550. Ele tinha apenas cinquenta e cinco anos de idade. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Leão XIII, que, na ocasião, o proclamou padroeiro dos hospitais, padroeiro dos doentes e padroeiro de todos os que trabalham para a obtenção da cura dos doentes.

Legado

Nos dias de hoje, a Ordem Hospitaleira de São João de Deus tem as dimensões de um instituto religioso internacional. Sua sede fica em Roma. O instituo é formado por homens que se consagram à misericordiosa hospitalidade cristã, que visa acolher os doentes e os mais necessitados. A obra está presente em quarenta e cinco países.

Oração a São João de Deus

“Senhor, que inflamastes São João de Deus no fogo da caridade para que fosse na terra o apóstolo dos pecadores, socorro dos pobres e saúde dos doentes; no céu o constituístes alívio dos que sofrem, Padroeiro e Modelo dos profissionais de saúde. Concedei-nos, por sua intercessão, a graça que neste momento Vos pedimos, prometendo imitá-lo nas suas virtudes, na construção do Vosso Reino de Paz, Justiça, Amor e Misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho na Unidade do Espírito Santo. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 07 de março de 2024

DIA DE SANTAS PERPÉTUA E FELICIDADE - 07 DE MARÇO

 

 

DIA DE SANTAS PERPÉTUA E FELICIDADE - 07 DE MARÇO

HOMILIA - 07.03.24

 

HISTÓRIA DE SANTAS PERPÉTUA E FELICIDADE

Origens

Uma nobre e uma escrava. O que sabemos sobre as origens das duas é pouco, porém digno de nota. Perpétua era nobre da cidade de Car­tago, no Norte da África. Felicida­de era escrava de Perpétua, também de Cartago. As duas tinham por volta de 20 anos e eram cristãs, numa região dominada pelo Império Romano, em tempos de perseguição contra os cristãos.

Escrava e senhora unidas pela fé

Perpétua era rica, de família tradicional e nobre. Seu pai era pagão. Quando da prisão, tinha ela apenas vinte e dois anos e era mãe de um bebê recém-nascido. Felicidade, sua escrava, estava com oito meses de gravidez.

Prisão

As duas foram presas no ano 203, por ordem do Imperador Romano Severo, pelo simples fato de serem cristãs. Severo, cujas origens familiares também estavam na África, tinha emitido um decreto de pena de morte aos cristãos. As duas sofreram as atrocidades da prisão unidas pela fé, em oração e dando força uma a outra.

O diário da prisão

Estando na prisão, Perpétua escreveu um diário, que está entre os mais comoventes e realistas da história da Igreja. Nesse diário, ela narra todo o sofrimento por que passaram e descreve a fé e a esperança cristã na vida eterna de maneira maravilhosa. No diário, ela conta que seu pai foi visitá-la na prisão para pedir que ela renunciasse à fé cristã e salvasse sua vida. Ela, porém, preferiu a morte a negar o Senhor de sua vida, Jesus Cristo.

Um parto na prisão

Temendo a pena de morte, Felicidade pedia diariamente a Deus que seu filho nascesse antes que ela fosse executada. Assim aconteceu. Embora tivesse um parto muito sofrido, seu filho nasceu livre. O filho de Santa Felicidade nasceu apenas dois dias antes de seu martírio na arena.

Batismo na prisão

As Santas Perpétua e Felicidade, senhora e escrava, mantinham-se firmes na oração e no sustento da fé, apoiadas por outros seis cristãos também presos. Esses tornaram-se seus companheiros de vida, de morte e de testemunho para o mundo. Perpétua e Felicidade, mesmo demonstrando tanta fé, ainda não tinham sido batizadas. Por isso, receberam o batismo na prisão. Isso fortaleceu ainda mais a fé dessas duas santas.

Torturas e martírio

Segundo os relatos oficiais da época, que completam o diário de Santa Perpétua, os cristãos homens foram martirizados primeiro, tendo sido jogados aos leopardos famintos. Esses os despedaçaram. Perpétua e Felicidade foram jogadas a touros selvagens. Perpétua viu sua amiga e irmã de fé ser atingida pelos animais e ainda conseguiu ampará-la em seus braços e recompor sua roupa estraçalhada, numa demonstração de respeito, dignidade e amor. Os pagãos que assistiam ao “espetáculo” se emocionaram por um curto espaço de tempo. Porém, logo começaram a gritar pedindo a morte de Perpétua. Então, os touros atingiram as duas e, logo em seguida, elas foram degoladas. Aconteceu no dia 07 de março do ano 203. Pelo fato de terem sido martirizadas, ou seja, morreram por causa da fé em Jesus Cristo, as duas foram canonizadas e se tornaram exemplo de fé e coragem, fazendo aumentar bastante o número dos cristãos.

Oração a Santas Perpétua e Felicidade

“Deus todo-poderoso, que destes às mártires Santas Perpétua e Felicidade a graça de sofrer pelo Cristo, ajudai também a nossa fraqueza, para que possamos viver firmes em nossa fé, como ambas não hesitaram em morrer por Vosso Amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Amém. Santas Perpétua e Felicidade, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 06 de março de 2024

DIA DE SANTA ROSA DE VITERBO - 06 DE MARÇO

DIA DE SANTA ROSA DE VITERBO - 06 DE MARÇO

HOMILIA - 06.03.24

 

HISTÓRIA DE SANTA ROSA DE VITERBO 

A santidade é uma graça que o Espírito Santo quer dar a todos, porém, é Ele que vai no tempo d’Ele manifestando para o mundo esse dom dado a quem luta diariamente. Por exemplo, Santa Rosa – que lembramos neste dia – muito cedo começou a externar atitudes extraordinárias de coragem e amor ao Senhor.

Nasceu em Viterbo, Itália a 9 de julho 1233, numa pobre e humilde família; quando tinha apenas três anos conta-se que, pela sua oração, Jesus reviveu uma tia. Com sete anos, Rosa pegou uma forte doença que acabou sendo um meio para sua vida de consagração, pois Nossa Senhora apareceu a ela, restituindo sua saúde e chamando-a à uma total entrega de vida.

Santa Rosa, antes mesmo de alcançar idade, resolveu livremente vestir um hábito franciscano, já que sua meta era entrar na Ordem de Santa Clara de Assis. Menina cheia do Espírito Santo, não ficou parada diante dos hereges cátaros, que semeavam a rejeição às autoridades.

Com apenas doze anos, era instrumento eficaz nas mãos do Pai Celeste, por isso anunciava o Evangelho e denunciava as artimanhas de satanás. Banida pelo imperador, continuou profetizando. Com o falecimento do imperador, ela voltou como heroína para Viterbo. Mesmo sem ser aceita com dezesseis anos pelas Irmãs Clarissas, Santa Rosa perseverou no caminho da santidade e, aos dezoito anos, foi acometida de uma doença que a levou para a Eterna Morada de Deus. Isso aconteceu em Viterbo,  no dia 6 de março de 1251.

Santa Rosa de Viterbo, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 05 de março de 2024

DIA DE SÃO JOÃO JOSÉ DA CRUZ - 05 DE MARÇO

DIA DE SÃO JOÃO JOSÉ DA CRUZ - 05 DE MARÇO

HOMILIA - 05.03.24

 

 

HISTÓRIA DE SÃO JOÃO JOSÉ DA CRUZ 

Origens

Nasceu no dia 15 de agosto de 1654, na cidade de Ponte, que ficava na ilha de Ischia, Itália. Seu nome de batismo era Carlos Caetano Calosirto. Seus pais eram nobres e ricos e se chamavam José e Laura. O ensino básico e os alicerces da fé cristã ele recebeu no Colégio dos Agostinianos, que ficava na ilha Ischia.

Vocação

Aos quinze anos, Carlos fez a opção pela vida religiosa, dando curso à grande vocação que em seu coração sentia. Ingressou na Ordem dos Franciscanos Descalços, conhecidos como “Alcantarinos”, porque eram oriundos da Reforma de São Pedro de Alcântara. Essa Congregação lhe causou interesse por causa da austeridade das Regras, especialmente dessa Comunidade, que era ligada ao Convento de Santa Lucia, em Nápolis. Ao ingressar na Ordem, Carlos assumiu o nome de João José da Cruz. Seu noviciado aconteceu sob a direção do Padre José Robles.

Primeira missão como Padre

Em 1671, o Irmão João José da Cruz foi enviando para Piedimonte d'Alife. Sua missão era construir um Convento. Ele foi acompanhado de onze sacerdotes, sendo ele o mais novo. O grupo encontrou muitas dificuldades no local. Ele, porém, não hesitou: juntou pedras com as próprias mãos e trabalhou com cal, madeira, enxadão. Assim, fez os alicerces. Sua ação motivou os outros padres e também o povo. No começo, todos, de fato, pensaram que ele era louco. Porém, percebendo a força de seu caráter e a perseverança, mudaram de opinião e começaram a ajudá-lo. Dessa maneira, um grande Convento foi construído em tempo recorde.

Ordenação, missão e construções

O Irmão João José da Cruz foi ordenado Padre em 1677. Quando completou vinte e quatro anos, recebeu a missão de Mestre dos Noviços. Em seguida, foi nomeado também guardião da ordem do Convento de Piedimonte. Durante sua estadia nesse Convento, construiu um outro pequeno Convento, num local afastado, na borda do bosque. O local era chamado "ermo". Ainda hoje, esse lugar é procurado como alvo de peregrinações, por pessoas que buscam retiro espiritual. Seguindo seu tino de construtor, São José João da Cruz construiu ainda o Convento do Granelo, em Portici, na cidade de Nápolis.

Austeridade, humildade e caridade

O Padre João José da Cruz era homem austero. Fazia jejuns, comia apenas uma vez por dia e dormia pouco. Levantava-se sempre à meia noite para agradecer e louvar a Deus pelo novo dia que chegava como presente. Entre o povo, ele ficou famoso por causa de sua humildade. A população passou a venerá-lo quando ele ainda era vivo, por causa de sua dedicação desprendida aos pobres e aos doentes. Buscava a pobreza na própria vida e até mesmo em sua personalidade, procurando sempre seguir os passos de São Francisco, seu pai espiritual e modelo de conduta.

Provincial

No ano 1702, o Padre  João José da Cruz recebeu a nomeação de Vigário Provincial dos Alcantarinos da Reforma de São Pedro. Desse momento em diante, a Ordem se expandiu de Norte a Sul da Itália e cresceu em vida de santidade. Essa fama chegou à Santa Sé. Por isso, os dois ramos dos Alcantarinos voltaram a se unir. Assim, o Convento de Santa Lúcia retornou aos padres da Itália e o Padre João José da Cruz voltou para lá. Nesse Convento, ele viveu por mais doze anos. Nesse tempo, como sempre, buscou a austeridade e a santidade de vida. Vários prodígios e curas foram realizados por sua intercessão em favor dos pobres e doentes, coroando seus últimos anos de vida.

Morte

São João José da Cruz faleceu em 05 de março 1734. Foi sepultado no mesmo Convento de Santa Lúcia. Sua beatificação foi celebrada pelo Papa Gregório XVI, no ano 1839. Seus restos mortais foram trasladados para o Convento da Ordem Franciscana, que fica na ilha de Ischia, local onde ele nasceu. O dia de sua festa, como sempre é feito na Igreja, foi instituído para o dia 5 de março, dia de sua partida para o céu.

Oração a São João José da Cruz

São João José da Cruz, vós, que edificastes com vossas próprias mãos em uma obediência incontestável, dá-nos esse grande dom de dizer sempre "sim" à vontade de Deus, mesmo em meio às nossas dificuldades. Que vivamos toda nossa vida em conformidade aos desígnios de Nosso Senhor para que um dia possamos estar juntos num só único louvor a quem que nos criou unicamente para sermos santos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 04 de março de 2024

DIA DE SÃO CASIMIRO - 04 DE MARÇO

DIA DE SÃO CASIMIRO - 04 DE MARÇO

HOMILIA - 04.03.24

 

HISTÓRIA DE SÃO CASIMIRO 

Origens

Casimiro nasceu no dia 03 de outubro de 1458, na Croácia. Foi o décimo terceiro filho do Rei Casimiro IV, da Polônia. Sua mãe era a Rainha Elisabete d'Asburgo. Ele tinha o direito de assumir um território na Polônia e reinar sobre ele, mas preferiu seguir o caminho do amor e da caridade.

Chamado desde pequeno

Desde pequeno, Casimiro procurou a simplicidade e abriu mão do luxo da realeza. As ricas festas e as facilidades da nobreza não o seduziam. Ainda adolescente, optou por fazer um voto de castidade e por viver uma vida simples recolhido no seu quarto, que, aliás, foi transformado numa cela, como seria a de um eremita. Ali, Casimiro dedicou-se à oração, à penitência, à disciplina e à solidão. Essa sua vocação foi notada desde a infância.

Recusa uma coroa

Quando Casimiro tinha apenas treze anos, os húngaros depuseram o Rei Mateus Corvino e ofereceram a coroa a Casimiro. Ele, porém, recusou por não buscar o poder e também porque seu pai não era a favor daquela deposição. A única “ambição” de Casimiro era, de fato, o ideal monástico, a vida de oração e a santidade.

Cumprindo deveres políticos

O jovem Casimiro, no entanto, não se eximia de deveres políticos que estivessem ao seu alcance e que não o desviassem de sua vocação. Assim, orientado pai, iniciou-se nos assuntos do Reino, a partir dos dezessete anos. Ajudou a resolver problemas da Lituânia e se tornou muito querido por todos de lá. Mas ele não queria nenhuma coroa. Quando o Rei da Hungria se converteu ao Cristianismo e deixou tudo para ingressar num mosteiro, o pai de Casimiro, o rei Casimiro IV, passou a ser o dono daquelas terras, que incluíam a então Prússia e a Hungria. Nem assim o jovem Casimiro quis reinar sobre esses territórios.

Governante por um tempo

O pai de Casimiro teve que se ausentar da sede do Reino para negociar sua  ampliação até aos mares Negro e Báltico, tornando seu império gigantesco. Por isso, confiou a Regência da sede ao filho Casimiro. O filho, cumpriu suas obrigações com grande competência e passou a ser mais amado pelo povo. Porém, o poder não o seduziu. Assim, quando seu pai voltou, entregou o poder com alívio, preferindo a caridade para com os pobres e a vida simples.

Rejeitando um casamento

O pai de São Casimiro negociou um casamento para o filho. Seria com uma bela princesa de um reino vizinho e amigo. São Casimiro, porém, recusou, alegando que sua vocação era para a vida celibatária e uma dedicação total a Deus e aos pobres. A contragosto, seu pai desfez o contrato de casamento e Casimiro seguiu sua vocação.

Morte 

São Casimiro faleceu com apenas vinte e cinco anos, vítima de tuberculose. Seu corpo foi sepultado na cidade de Vilnius, capital da Lituânia. Era o dia 04 de março de 1484. Em pouco tempo, ele começou a ser venerado pelos povos da Polônia, Lituânia, Hungria e Rússia. O culto a São Casimiro foi introduzido na Europa ocidental por peregrinos que iam visitar sua sepultura e se encantavam com sua história. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Leão X. Depois disso, passou a ser o Padroeiro da Lituânia e da Polônia. Ele também é o Padroeiro da Juventude Lituana e protetor dos pobres.

Oração a São Casimiro

“São Casemiro, vós que tivestes tudo para reinar soberanamente e usufruir do que desejásseis, preferistes o caminho doa santidade. Quanto vos louvo por essa vossa escolha cheia de sabedoria ante a efemeridade desta vida! Dai aos nossos jovens do mundo inteiro, por vossa intercessão junto a Jesus Cristo e a Santa Mãe dos Céus, o despertar das mais santas vocações sacerdotais. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 03 de março de 2024

DIA DE SÃO MARINO E SANTO ASTÉRIO - 03 DE MARÇO
DIA DE SÃO MARINO E SANTO ASTÉRIO - 03 DE MARÇO

DIA DE SÃO MARINO E SANTO ASTÉRIO - 03 DE MARÇO

HOMILIA - 03.03.24 

 

HISTÓRIA DE SÃO MARINO E SANTO ASTÉRIO

 

Origem

São Marino era um Oficial Romano crente na verdade do Evangelho. Marino era um homem que evangelizava, por sua postura firme e sua intrepidez. Por tais características, foi nomeado para ser Centurião Romano em Cesareia, fato que aguçou a inveja e a cobiça de muitos.

Vida e santidade

Antes de tomar posse, Marino foi levado ao tribunal sob a acusação de ser cristão, o que era inadmissível, já que a Igreja era muito perseguida na época. Teria que escolher entre a espada e a Palavra de Deus, e diante das autoridades, com firmeza e coragem, escolheu a Bíblia e afirmou ser seguidor de Jesus Cristo. Lá também estava outro cristão, o Senador Astério, que incentivou sua atitude.

Logo após o martírio, Astério tomou o corpo de Marino e o ofereceu um enterro digno. Por tal atitude, também foi martirizado e, no mesmo dia, dividem a coroa da glória pela força de seus testemunhos. Isso ocorreu porvolta do ano de 260.

 

São Marino e Santo Astério, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 02 de março de 2024

DIA DE SÃO SIMPLÍCIO - 02 DE MARÇO

DIA DE SÃO SIMPLÍCIO - 02 DE MARÇO

HOMILIA - 02.03.24

 

HISTÓRIA DE SÃO SIMPLÍCIO 

Origens

Simplício nasceu em Tivoli, Itália. Sabe-se que seu pai era chamado Castino. Não se sabe mais nada sobre sua infância, adolescência ou juventude. Os dados que existem sobre ele são referentes ao Pontificado que ele exerceu na Igreja. E, diga-se, ele comandou a “Barca da Igreja” numa época muito difícil historicamente: no tempo da queda do poderoso Império Romano do Ocidente. E, mesmo num tempo tão difícil, tempestuoso, Simplício teve um longo Pontificado de quinze anos, entre 468 e 483.

Papa durante a queda de Roma

Quando Simplício começava seu Pontificado, Roma tinha resistiu a invasões de godos, visigodos, vândalos, hunos, e vários povos chamados bárbaros. Depois, acabou sendo derrotada pelos hérulos, liderados pelo Rei Odoacro, que defendia o arianismo. Ele depôs o Imperador Romano Rômulo Augusto.

Herdeiro moral de São Leão Magno

Quando membro do Clero Romano, São Simplício adquiriu grande experiência na atividade pastoral da igreja. Tornou-se um grande Pastor. Além disso, conviveu com o Papa Leão Magno que, mais tarde, foi canonizado. Essa convivência transmitiu a ele as virtudes da fé e da coragem. O Papa Leão Magno foi aquele que conseguiu pessoalmente barrar a invasão dos hunos, liderados por Átila. Isso influenciou o futuro Papa Simplício.

Única autoridade moral

Desse momento em diante, invasores de vários lugares saquearam, destruíram e dividiram o que restou do Império que, por séculos, foi o centro do mundo. Roma, a Capital do Império, sobreviveu, mas decaiu em todos os aspectos. Nesse triste fim, o Papa Simplício passou a ser a única autoridade moral que restou. A única que ficou do lado do povo sofrido. A única que deu acolhida, socorro, esconderijo, abrigo e ajuda para o povo pudesse enfrentar o horror da guerra. Seu testemunho fez com que Roma, em decadência, deixasse de ser a Roma dos Césares e passasse a ser a Roma dos Papas.

Grandes obras do Papa São Simplício

Ele conseguiu manter em plena atividade as grandes Basílicas de Roma: a de São Pedro, a de São Paulo Fora dos Muros e a Basílica de São Lourenço. A partir do Pontificado de São Simplício essas igrejas passaram a receber os peregrinos católicos que iam visitar os túmulos dos Apóstolos. Além disso, São Simplício construiu várias igrejas. Algumas se tornaram famosas, como a de Santa Bibiana e a de Santo Estêvão Rotondo. O Papa Simplício fortaleceu e expandiu as dioceses e confirmou a obediência à Igreja de Roma e à fé em Cristo.

Combate a heresias 

Estão conservadas várias cartas do Papa Simplício dirigidas aos Bispos. Nelas, ele orienta sobre como enfrentar as heresias conhecidas como nestorianismo e o monofisitismo. Essas heresias ameaçavam a Doutrina Católica e se espalhavam no mundo cristão. A ação de São Simplício foi decisiva para a conservação da pureza da fé católica durante esses tempos conturbados.

Preservando a arte em favor da humanidade

O Santo Papa Simplício nunca deixou de estar ao lado do povo, como um verdadeiro pastor que ama, ensina, prega, admoesta e dá exemplo de vida. Além disso, ele reconhecia o grande valor da arte para a humanidade. Por isso, ele mandou que se escondessem os mosaicos da igreja de Santo André, preservando-os da invasão dos bárbaros. Esses mosaicos eram tidos como pagãos. Mesmo assim, por causa de seu valor artístico, São Simplício quis preservá-los.

Morte

São Simplício faleceu amado e respeitado pelo povo e até mesmo pelos reis hereges, Era o dia 10 de março do ano 483. Suas relíquias passaram a ser veneradas em Tívoli, sua cidade natal. A festa litúrgica do Papa São Simplício foi instituída no dia 2 de março.

Oração a São Simplício

Deus eterno e todo-poderoso, quisestes que São Simplício governasse todo o Vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de Vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 01 de março de 2024

DIA DE SÃO DAVI DE MENÉVIA - 01 DE MARÇO

DIA DE SÃO DAVI DE MENÉVIA - 01 DE MARÇO

HOMILIA - 01.03.24

 

HISTÓRIA DE SÃO DAVI DE MENÉVIA 

Davi nasceu no ano de 500, na cidade de Menévia (atual Saint David), País de Gales. Da Casa Real, era filho do Rei Santo de Gales do Sul e neto de Ceredig, Príncipe de Cardigan.

Sob a direção de São Paulino, estudou e recebeu a instrução cristã inicial. Teve influência de diversos monásticos da época e tornou-se bastante rígido em relação à doutrina cristã. Fundou 12 Monastérios em Croyland e Pembrokeshire. Esses Monastérios tinham regras muito duras, baseadas nos Monges Egípcios, incorruptíveis e inflexíveis.

Deu notável contribuição ao Sínodo de Brevi, em Cardiganshire, e, por honra, foi escolhido Primaz da Igreja de Cambrian. Em seguida, indicado Arcebispo de Caerleon, às margens do rio Usk. Diz a tradição que, ao ser consagrado Arcebispo, uma pomba desceu em seus ombros para mostrar que ele tinha a bênção do Espírito Santo.

Após alguns anos, foi para Jerusalém, a fim de converter pagãos e não-cristãos. Converteu vários pagãos e anticristãos. Quando o povo não o escutava, ele, simplesmente, com orações, curava os doentes e levantava os paralíticos, assim como Jesus fazia. Com essa ação atraiu centenas de fiéis. Daí vem a sua essência divina e que lhe rendeu a honra de ser incluído no Livro dos Santos.

Faleceu de causas naturais em 1° de março de 589, em Pembrokeshire, País de Gales. Canonizado pelo Papa Calixto II, em 1123. na pintura litúrgica, especialmente na iconografia, é representado pregando sobre um monte com uma pomba nos ombros, rememorando sua vida gloriosa.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 29 de fevereiro de 2024

DIA DE SANTO OSVALDO - 29 DE FEVEREIRO

 

HOMILIA - 29.02.2024

 

 

HISTÓRIA DE SANTO OSVALDO

 

Osvaldo, de origem dinamarquesa, era sobrinho de Odo, Arcebispo de Cantuária e parente de Oskyll, Arcebispo de York. Educado sob os cuidados do seu tio, recebeu as santas ordens e tomou-se decano do clero de Winchester. A vida levada pelo clero secular não o agradava de forma nenhuma; alimentava o desejo de entrar numa abadia beneditina, o que de facto se realizou, vestindo o hábito monástico em Fleury-sur-Loire, em França.

O seu tio, no leito da morte, fez saber a Osvaldo que desejava tê-lo junto de si nos últimos momentos; mas o jovem monge, apenas desembarcado em Douvres, soube que o Arcebispo de Cantuária acabara de expirar. Foi, portanto, a York ter com o seu outro parente, que o acolheu com bondade e convenceu a acompanhá-lo numa viagem a Roma. No regresso dessa viagem, Osvaldo ficou em Fleury-sur-Loire e com ele Germano, jovem que se tomara seu amigo durante a viagem. Mas Oskyll, ao desejar fazer certas reformas na sua diocese, chamou Osvaldo para perto de si, para que se tornasse parte ativa na administração diocesana.

Nomeado Bispo de Worcester, Osvaldo mostrou-se ativo, justo, hospitaleiro e generoso para com os pobres; tornou-se assim muito amado pelos seus diocesanos. Em comum entendimento com Dunstan, Arcebispo de Cantuária – que influenciara a sua nomeação episcopal – e Ethelwold, Bispo de Winchester, restabeleceu a disciplina monástica, procedendo sempre com grande doçura.

Foi nomeado Arcebispo de York, em 972, pelo rei Edgar, conservando a administração da diocese de Worcester para levar a cabo a reforma dos mosteiros. Para fazer da abadia de Ramsay um centro de estudo científico, fez ir de Fleury o monge Abbon, que ali ficou durante dois anos, isto é até à sua eleição como abade de Fleury. Como o clero da catedral de Worcester recusou a aceitar a reforma imposta por Osvaldo, este mandou construir aí uma abadia e uma igreja dedicadas a Nossa Senhora. Instalou ali beneditinos, que frequentemente visitava e com isto a igreja abacial acabou por tomar a igreja catedral. Teve Osvaldo grande devoção pelas relíquias dos Santos. Na quaresma costumava lavar diariamente os pés de doze pobres; no dia 29 de fevereiro de 992, no fim desta cerimônia, entregou a alma a Deus, ao canto da doxologia “Glória ao Pai”.

 

Homem de grande santidade, ativo, generoso e bom, Osvaldo apreciava também a ciência. Favoreceu o seu desenvolvimento nos mosteiros, que estiveram sob os seus cuidados. Muitos milagres aconteceram no seu túmulo e o seu nome foi inscrito nos calendários. Alguns deram-no como mártir, mas erradamente, confundindo-o com o seu homônimo, o rei Osvaldo. A sua comemoração é feita no dia 29 de fevereiro, nos anos não bissextos a sua festa celebra-se no dia 28 de fevereiro.

Oração a Santo Osvaldo

Ó Deus, que aos vossos pastores associaste Santo Osvaldo, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, pela sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos da sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 28 de fevereiro de 2024

DIA DE SÃO ROMÃO E SÃO LUPICINO - 28 DE FEVEREIRO

DIA DE SÃO ROMÃO E SÃO LUPICINO - 28 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 28.02.24

 

HISTÓRIA DE SÃO ROMÃO E SÃO LUPICINO - GÊMEOS 

Origem

Romão nasceu em 390. Era monge, discípulo do mosteiro de Ainay, um dos primeiros do Ocidente, perto de Lion, na França. No século IV, quando começava a florescer a vida monástica no Ocidente, Romão se torna um dos primeiros monges da França.

Em busca de um modelo cristão de vida

Para Romão as regras de vida do Mosteiro de Ainay eram muito brandas. Assim, ele decide se retirar. Levando apenas uma Bíblia, que era para ele mais do que suficiente para viver, partiu para os montes desertos fora da cidade, na fronteira entre França e Suíça. Ele só foi encontrado depois de alguns anos pelo irmão gêmeo,  Lupicino. Romão havia se tornado um monge solitário, mas aceitou Lupicino como seu seguidor e aluno. Com o tempo, juntaram-se outros que também desejavam ser monges eremitas.

Os ataques do demônio

Conta-se que Romão e Lupicino viviam em paz e felicidade, quando o demônio resolve perturbá-los durante um retiro de oração. Quando se ajoelhavam para rezar, o demônio fazia chover pedras cortantes sobre eles, impedindo-os de continuar. Eles resistiam por um tempo, mas logo abandonaram as orações e o retiro. Ao chegarem numa pequena aldeia, hospedaram-se na casa de uma pobre mulher. Sem nenhuma vergonha, eles disseram o que havia acontecido, ao que a mulher lhes disse: “Vós deveríeis lutar corajosamente contra o demônio e não temer os embustes e ódio daquele que tão frequentemente foi vencido pelos amigos de Deus. Se ele ataca os homens, é por medo de que eles, por suas virtudes, subam ao lugar de onde a perfídia diabólica o fez cair. ” Envergonhados, consideraram sua fraqueza, voltaram e, com orações, venceram o maligno.

Os frutos da oração

Devido à procura pela vida monástica, Romão fundou dois Mosteiros Masculinos, um em Lancome e o outro em Condat. Construiu, também, um Mosteiro de Clausura Feminino, em Beaume, colocando sua irmã como Abadessa. Os três Mosteiros seguiam as regras severas disciplinares que Romão havia escrito e que, para ele, seria o correto para a vida nos Mosteiros. Romão e Lupicino orientavam espiritualmente os Mosteiros Masculinos. Quanto ao Mosteiro de Beaume, Romão orientava pessoalmente a Abadessa.

Milagres por amor ao próximo

Consta nos documentos da Igreja que, numa viagem feita por Romão e um dos seus discípulos, chamado Pelade, ao Sepulcro de São Maurício, em Genebra, eles ficaram hospedados num casebre onde viviam dois leprosos. Romão abraçou a ambos num gesto de acolhimento, solidarizou-se com suas dores e, na manhã seguinte, ambos estavam curados. Os documentos mostram que essa viagem foi cheia de prodígios e milagres.

De volta à oração silenciosa

Depois dessa peregrinação, Romão voltou a viver recluso em sua cela, no Mosteiro de Ainay, reencontrando-se com a ansiada solidão.

Graças e prodígios depois da morte

Romão morreu em 28 de fevereiro de 463, aos 73 anos de idade. O culto a São Romão espalhou-se pela França, Bélgica, Suíça, Itália e por toda a Europa. São numerosos as graças e prodígios que aconteceram e continuam a acontecer sob sua intercessão, de acordo com os fiéis e os devotos que mantêm viva sua devoção ainda nos dias de hoje. São Lupicino faleceu no ano de 480.

Oração a São Romão e São Lupicino

Senhor Deus, nós Vos bendizemos pela vida de Vossos servos Romão e Lupicino, e pedimos a graça de saber imitar seus exemplos, lutando contra o pecado, para a maior glória de Vosso Santo Nome. Pela intercessão de Vossos servos, São Romão e São Lupicino, livrai-nos das ciladas do inimigo, aumentai as vocações sacerdotais e religiosas e protegei a Vossa Igreja. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém. ”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 27 de fevereiro de 2024

AGENDA DES SHOWS EM BRASÍLIA É INTENSA EM 2024: CONFIRA A PROGRAMAÇÃO

Agenda de shows para Brasília é intensa em 2024; Confira a programação

O vocalista Bruce Dickinson, perform Iron Maiden, o tenor italiano Andrea Bocelli, Ivete Sangalo, Ludmilla , Maria Rita e Emicida são algumas das atrações em 2024

 
Ivete Sangalo promete agitar os fãs brasilienses -  (crédito: Rafa Mattei/Ivete Sangalo/Instagram)
Ivete Sangalo promete agitar os fãs brasilienses - (crédito: Rafa Mattei/Ivete Sangalo/Instagram)
 
Pedro Ibarra 
Foto de perfil do autor(a) Gabriel Borges
Gabriel Borges* 
postado em 27/02/2024 10:27 / atualizado em 27/02/2024 10:30

São muitos os shows que chegam à capital federal neste ano. De Alcione a Jão, e nomes de proeminência internacional, como o tenor italiano Andrea Bocelli e o vocalista da banda de heavy metal Iron Maiden, Bruce Dickinson, o quadradinho será palco de apresentações musicais e turnês de porte estrondoso. Isso porque muitos dos artistas que têm passagem confirmada por Brasília comemoram aniversário de carreira. Ivete Sangalo, com a turnê A festa — clara referência ao hit homônimo que a cantora emplacou em 2001 —, é exemplo dessa onda de shows comemorativos que tem Brasília como destino em 2024. Com ingressos que chegam ao impressionante valor de R$ 3.000 (sem taxa), Veveta comemora, neste ano, 30 anos de carreira.

Em 20 de dezembro de 2023, Ivete fez história no Maracanã mais uma vez — a última foi no show de 2006 que rendeu a gravação de um dos álbuns mais vendidos da cantora, o Multishow ao vivo: Ivete no Maracanã. Na ocasião, a baiana agitou o estádio carioca com canções como Alô paixão, Se eu não te amasse tanto assim, Não precisa mudar e a música que se tornou o hit de maior sucesso do carnaval deste ano, Macetando. A apresentação de Ivete Sangalo em Brasília está prevista para 13 de julho, no Mané Garrincha. Inclusive, a turnê A festa tem impressionado por anunciar shows apenas em estádios e arenas espalhados pelo Brasil, tamanha a demanda de público para comemorar os 30 anos de carreira ao lado de Ivete.
 
Outra cantora que faz apresentações comemorativas este ano é a sambista Alcione. Próximo de completar 50 anos desde o lançamento, o álbum de estreia da vocalista maranhense, A voz do samba (1975), ganhou o gosto do grande público ao colocar em voga sucessos da discografia da Marrom, como Não deixe o samba morrer e O surdo. Durante a passagem que fará por Brasília, Alcione sobe ao palco ao lado de Maria Rita para reviver clássicos da carreira. O show está previsto para 23 de março, no Ginásio Nilson Nelson. A noite promete emocionar fãs do samba, uma vez que Maria Rita também apresenta o show inspirado no disco ao vivo Samba da Maria (2023).

Mas não só de estrelas da música nacional Brasília vai receber apresentações. A agenda de shows de artistas internacionais também se destaca pela versatilidade de vozes e ritmos para embalar o ano dos brasilienses. O cantor e compositor italiano Andrea Bocelli, por exemplo, promete reunir multidões durante a passagem que fará pelo país. O cantor de ópera tem datas confirmadas em Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP) e, claro, Brasília. Dono de uma voz potente, Andrea Bocelli vai se apresentar no Mané Garrincha em 21 de maio. O estádio foi dividido nos setores bronze, prata, ouro, esmeralda, diamante e platinum para a venda de ingressos, com preços que variam entre R$ 99,50 (meia-entrada/setor bronze/sem taxa) e R$ 4.620 (inteira/setor platinum/sem taxa).

Outro astro da música internacional que aterrissa em Brasília em 2024 é Bruce Dickinson, vocalista da banda britânica de heavy metal Iron Maiden. O novo projeto do rockeiro é The mandrake project (2024), previsto para ser lançado na próxima sexta-feira (1/3).  Bruce Dickinson revela estar bastante animado com o resultado do trabalho de parceria com o guitarrista e produtor musical Roy Z. "Roy Z e eu planejamos, escrevemos e gravamos há anos, e estou muito animado para que as pessoas finalmente ouçam. Estou ainda mais animado com a perspectiva de cair na estrada com essa banda incrível que montamos, para poder dar vida a este projeto", comenta Bruce, em nota. A apresentação do roqueiro em terras candangas está marcada para 27 de abril, no Opera Hall.

 Mais um ponto de destaque para as atrações internacionais que se preparam para realizar apresentações aqui em Brasília são os grupos de cover, que desta vez comportam sucessos de bandas como ABBA e Dire Straits. For you South America 2024, da Dire Straits Legacy, é um exemplo de turnê que se propõe a recriar sucessos da banda de músicos britânicos, donos de hits que marcaram gerações, como Sultans of swing e Walk of life. Eles sobem ao palco em 1º de maio, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. No dia seguinte (2/5), é a vez da turnê ABBA the show tour Brazil 2024 apresentar sucessos como Dancing queen e Gimme! Gimme! Gimme! (A man after midnight) para o público brasiliense. E, por falar em festival, duas fortes presenças que marcaram as últimas edições de festivais como Lollapalooza e The Town, Jão e Ludmilla também têm passagens confirmadas em Brasília este ano. A Superturnê — como é chamada a mais recente turnê do cantor e compositor Jão — surpreendeu fãs do artista, que se apresentou no Allianz Parque, em São Paulo, ao lado de uma superestrutura que impressionou pela utilização de efeitos pirotécnicos, projeções e transições nos telões. O show de Jão em Brasília ocorrerá em 27 de abril no Ginásio Nilson Nelson.

Enquanto isto, Ludmilla só chega a Brasília em 24 de agosto. A cantora, que despontou como uma potência do pagode nos últimos anos — a exemplo do projeto Numanice —, bebeu em referências como Beyoncé e Taylor Swift ao anunciar a turnê Ludmilla in the house. A proposta da série de shows é revisitar as diferentes fases da carreira da cantora natural de Duque de Caxias, que iniciou a vida artística no funk e, desde então, transitou entre variados gêneros, como pop, R&B, trap e samba. A apresentação de Ludmilla ocorrerá na Arena Lounge do Estádio Mané Garrincha, espaço reservado para eventos embaixo das arquibancadas.

Um dos maiores sambistas da geração e eterno líder do grupo Revelação, Xande de pilares decidiu mergulhar no repertório de um dos ídolos que moldaram a paixão dele pela música brasileira: Caetano Veloso. O cantor lançou um álbum exclusivamente de músicas do compositor baiano e conseguiu sucesso de público e crítica. Ainda sem data definida, Xande canta Caetano em Brasília possivelmente no segundo semestre, visto que a série de shows está programada para começar em junho pelo Brasil. 

Os amantes do pagode 90 não estarão desamparados e terão dois shows para viver a nostalgia mais uma vez. Belo se junta ao grupo Soweto em 17 de agosto para celebrar os 30 anos de carreira do cantor e do grupo consagrado pela canção Farol das estrelas. Os mineiros do grupo Só pra contrariar, conhecidos como SPC, desembarcam na capital em 21 de junho e desfilam o repertório com a voz de Alexandre Pires. Os shows acontecem no Mané Garrincha e os ingressos para apresentação de Soweto custam a partir de R$ 80. Já para a turnê do SPC o valor previsto é de R$ 120. Ambos disponíveis no site oficial da Bilheteria Digital.

Festivais

Os shows solo chamam atenção, mas Brasília é uma cidade de festivais. Ao Correio, três eventos importantes do calendário anual brasiliense confirmaram edição em 2024. A começar pelo lendário Porão do Rock, que ainda não tem data, mas está previsto para o segundo semestre deste ano. Outro que já caiu no gosto do espectador candango é o Coma, que, segundo a organização, está nos últimos detalhes para fechar uma data em meados de agosto. Uma novidade de 2023 que volta em 2024 é o RPB, que deve ser anunciado ainda para o primeiro semestre.

Assim como o RPB, outro festival de 2023 que volta este ano é o Meskla. Mais uma vez com Matuê entre as atrações, o festival promete trazer o melhor do trap nacional para o Mané Garrincha no dia 11 de maio. No ano anterior, nomes como MC Ryan de SP, L7nnon, Wiu e Teto. Em 2024, a expectativa é de que seja uma festival maior do que no ano de estreia. Outro festival que também está confirmado para o primeiro semestre de 2024 é o Cena2k. O festival seria em dezembro de 2023 e foi adiado para 2024, os ingressos comprados ainda estão válidos para a nova data, ainda não anunciada.

Colaborou Davi Cruz*


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 27 de fevereiro de 2024

DIA DE SÃO GABRIEL DAS DORES - 27 DE FEVEREIRO

DIA DE SÃO GABRIEL DAS DORES - 27 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 27.02.24

 

HISTÓRIA DE SÃO GABRIEL DAS DORES 

Nascido a 1838, em Assis, na Itália, dentro de uma família nobre e religiosa, recebeu o nome de batismo Francisco, em homenagem a São Francisco.

Na juventude andou desviado por muitos caminhos e era dado à leitura de romances, festas e danças. Por outro lado, o jovem se sentiu chamado a consagrar-se totalmente a Deus, no Sacerdócio Ministerial. Mas vivia "um pé lá, outro cá". Ou seja, nas noitadas e na oração e penitência.

Aos 18 anos, desiludido, desanimado e arrependido, entrou numa procissão onde tinha a imagem de Nossa Senhora. Em meio a tantos toques de Deus, ouviu uma voz serena, a voz da Virgem Maria, que dizia que aquele mundo não era para ele, e que Deus o queria na religião.

Obediente a Santíssima Virgem, na fé, entrou para a Congregação dos Padres Passionistas. Ali, na radicalidade ao Evangelho, mudou o nome para Gabriel e, de acordo também com a sua devoção a Nossa Senhora, chamou-se então: Gabriel das Dores.

Antes de entrar para a Congregação, já tinha a saúde fraca, e, com apenas 23 anos, partiu para a Glória, deixando o rastro da radicalidade em Deus.

Em meios às dores, São Gabriel viveu o Santo Evangelho.

São Gabriel das Dores, rogai por nós!

 

HOJE TAMBÉM É DIA DE SÃO LEANDRO DE SERVILHA.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 26 de fevereiro de 2024

DIA DE SANTO ALEXANDRE DO EGITO - 26 DE FEVEREIRO

DIA DE SANTO ALEXANDRE DO EGITO - 26 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 26.02.24

 

História de Santo Alexandre do Egito 

Dia de Santo Alexandre é comemorado anualmente em 26 de fevereiro.

Essa data é celebrada como uma festa litúrgica do Calendário Religioso Cristão, principalmente pela Igreja Católica.

Existem diversos Santos que levam esse nome, mas esta data é destinada a homenagear o Patriarca de todos: Santo Alexandre do Egito.

Santo Alexandre teria nascido por volta do ano 250 d.C, em Alexandria, Egito, e ficou conhecido pela sua oposição e luta contra a heresia Ariana, que dizia ser Jesus Cristo uma criatura que não era dotada de Divindade, ou seja, que Jesus não era Deus, como acreditavam os católicos.

Santo Alexandre também é reconhecido pela sua extrema bondade e inteligência, que o levaram a ser consagrada Bispo de Alexandria.

Atualmente, Santo Alexandre do Egito é considerado o Patriarca da Cidade de Alexandria.

Santo Alexandre teria morrido poucos meses após conseguir reunir o Concílio de Niceia e pôr fim às teorias Arianas, em 26 de fevereiro de 328, data que foi escolhida para sua homenagem.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 25 de fevereiro de 2024

DIA DE SANTA VALBURGA - 25 DE FEVEREIRO

DIA DE SANTA VALBURGA - 25 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 25.02.24

 

HISTÓRIA DE SANTA VALBURGA 

Valburga, de origem inglesa, era filha de São Ricardo, Rei dos Saxões do Oeste, no Reino Unido. Nasceu por volta de 710 e tinha apenas onze anos quando seu pai e seus dois irmãos, Vunibaldo e Vilibaldo, partiram em peregrinação para os Lugares Santos. Foi confiada, juntamente com sua mãe, à abadessa de Wimburn. Em 722, seu pai faleceu, no caminho de volta.

Recebeu educação austera em Wimburn. Escreveu a vida de seu irmão São Vilibaldo e compôs em latim uma narrativa das viagens de São Vilibaldo pela Palestina. Em 748, a pedido de São Bonifácio, sua Abadessa, Tetta, enviou-a à Alemanha com mais algumas religiosas para fundar mosteiros e escolas em meio a populações recém-convertidas. Na viagem, uma grande tempestade foi aplacada pelas preces de Valburga. Foi, com santa alegria, que Bonifácio acolheu as religiosas.

Vilibaldo construíra uma abadia de monges em Heidenheim, na Diocese de Eichstadt. Valburga, depois de passar algum tempo em Bischofsheim, sob a Abadessa Lioba, foi ao encontro de seu irmão, que projetava uma abadia feminina em Heidenheim. Valburga tornou-se Abadessa dessa nova fundação; parece que, após a morte de Vilibaldo, ela governou monjas e monges.

Transpareceu a santidade de sua vida nos exemplos de mortificação que deu, bem como no seu amor ao silêncio e na sua devoção. Era animada por verdadeiro zelo pelo serviço de Deus. Teve muita prudência e doçura no governo de sua comunidade, e, por ela, Deus operou muitos milagres.

Dois milagres ficaram famosos em sua vida: um, o da luz sobrenatural que envolveu a sua cela e iluminou o dormitório das Irmãs, luz que ela atribuiu aos méritos de São Vilibaldo, seu irmão; o outro, o da cura da filha de um barão, junto à qual ela permaneceu em oração, obtendo no final da noite a perfeita cura da jovem.

Em 776, Santa Valburga assistiu à trasladação do corpo de seu irmão Vunibaldo, presidida por seu outro irmão, Vilibaldo, então Bispo de Eichstadt. Pouco tempo depois, caiu doente e veio a falecer, assistida em seus últimos momentos por seu irmão Vilibaldo.

O corpo de Valburga, sepultado em seu Mosteiro de Heidenheim, permaneceu aí perto de oitenta anos, até a trasladação para Eichstadt. Essa se realizou sob a determinação do Bispo Otkar, sendo qualificada de canonização, e provocou a multiplicação de festas em honra da Santa.

O corpo da Santa foi encontrado incorrupto e coberto por maravilhoso fluido qual puríssimo óleo. O mesmo se notou quando, em 893, o sucessor de Otkar colocou as relíquias sob o altar-mor da igreja que dedicou à Santa. O óleo continuou, em certos tempos, a correr do seu túmulo gota por gota em uma concha de prata preparada para recebê-lo. O óleo posto em garrafinhas é mandado para o mundo inteiro e opera inumeráveis milagres, mesmo em nossos dias.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 24 de fevereiro de 2024

DIA DE SÃO SÉRGIO - 24 DE FEVEREIRO

 

DIA DE SÃO SÉRGIO - 24 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 24.02.24

 

HISTÓRIA DE SÃO SÉRGIO 

São Sérgio foi um mártir de Cesarea da Capadócia, Turquia. Consta que nasceu na segunda meatde do século III. Ele passaria totalmente desconhecido do cristianismo moderno se não fosse uma redação romana, da época do imperador Diocleciano. Nessa página em Latim, foi descrito pouquíssimo sobre sua origem, seu martírio e o local onde os cristãos o sepultaram.

Origens - um Magistrado convertido

Sabe-se que São Sérgio fora um Magistrado, ou seja, Juiz Romano, antes de se converter ao Cristianismo. Para conseguir o posto de Magistrado no Império Romano, era preciso muita influência política e dinheiro. A profissão era bastante lucrativa. Sabe-se também que o Magistrado Sérgio estudou e conheceu o Cristianismo em profundidade. Por isso, se converteu, foi batizado e abandonou todo o luxo em que vivia para se dedicar à vida monástica no deserto. Ali, passou grande parte de sua vida na oração, nos sacrifícios e no louvor a Deus.

Perseguição

Segundo o texto e confirmado pela história, em 304, uma violenta perseguição contra os cristãos tinha sido deflagrada pelo Imperador Diocleciano. Os Governadores Romanos, em todas as províncias, eram obrigados a seguir as ordens do Imperador, senão perdiam o cargo e os bens. Sapricio, Governador da Capadócia e Armênia, atual Turquia, era fiel ao Imperador e famoso por ser bajulador. Não perdia oportunidades de agradá-lo.

O cerco se fecha

E aconteceu que durante uma festa anual dedicada a Júpiter, um famoso senador visitava a província. Para mostrar serviço e lealdade a Roma, Sapricio ordenou que os cristãos fossem levados para a frente do templo de Júpiter e obrigados a prestarem culto ao deus romano, sob pena de serem condenados à prisão e à morte. Forçados por uma legião romana, os cristãos foram chegando ao local.

São Sérgio intervém

Estando no deserto em oração, São Sérgio sentiu em seu coração o impulso para se dirigir a Cesarea da Capadócia. Ele não precisava fazer isso, pois não tinha sido denunciado. Aliás, ninguém mais se lembrava dele nem imaginavam que ele ainda pudesse estar vivo e atuante. Quando chegou, porém, foi logo reconhecido pelos cristãos e pelos romanos, de forma que todas as atenções se voltaram para ele. Os cristãos o viam como uma força espiritual. Tanto que as tochas acesas para os sacrifícios a Júpiter se apagaram espontaneamente. Os romanos, o viram, então, como uma ameaça perigosa. Os sacerdotes de júpiter ficaram furiosos. O senador, curioso, e o governador, embaraçado.

A caminho do martírio

São Sérgio colocou-se à frente de todos e fez um ardente discurso mostrando que o único Deus Verdadeiro era justamente Quem os romanos perseguiam: Jesus Cristo. São Sérgio esclareceu ainda que os deuses pagãos, a que ele mesmo servira antes, não passavam de ilusão e farsa que alimentavam os cofres dos sacerdotes e de vários outros aproveitadores.

Martírio

Sapricio, o Governador, mandou prenderem São Sérgio imediatamente, pensando que prendendo um “peixe grande” atingiria todos os cristãos e agradaria mais ao senador e ao Imperador. O Governador ordenou que São Sérgio prestasse culto a Júpiter ali, diante de todos os cristãos, sob pena de ser decapitado. São Sérgio não obedeceu e disse diante de todos que só prestava culto a Jesus Cristo. Por essa razão, foi decapitado diante de todo o povo. São Sérgio entregou sua vida pela fé em Jesus Cristo, Deus Único e Verdadeiro. Era 24 de fevereiro.

Engano do Governador

Sapricio, o Governador Romano da província pensou, erroneamente, que, matando um grande líder cristãos, os demais se dispersariam. O senador concordou. Os restos mortais de São Sérgio foram retirados pelos cristãos e sepultados na casa de uma cristã fiel. Porém, ao contrário do que o Governador pensou, São Sérgio se tornou uma força de união e testemunho de fé para os cristãos. A partir de então, eles se tornaram mais fortes e mais missionários. São Sérgio entregou sua vida salvando a de muitos cristãos. Seu sangue tornou-se semente de novos cristãos na Capadócia e nos arredores. Mais tarde, os restos mortais de São Sérgio foram levados para a cidade de Ubeba, Espanha.

Oração a São Sérgio

Ó Deus, que destes a São Sérgio a graça de conhecer-Vos tão profundamente, que ele não hesitou em dar a vida por Vós, dai também a nós a graça de conhecer-Vos, para que em vida se realize o Vosso plano de amor por nós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo, amém. São Sérgio, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 23 de fevereiro de 2024

DIA DE SÃO POLICARPO DE ESMIRNA - 23 DE FEVEREIRO

DIA DE SÃO POLICARPO DE ESMIRNA - 23 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 23.02.24

 

HISTÓRIA DE SÃO POLICARPO DE ESMIRNA

Origens

São Policarpo, conhecido também como São Poilicarpo de Esmirna, foi discípulo de São João Evan­gelista. Ainda no tempo dos Apóstolos, foi nomeado Bispo da cidade de Esmirna, na atual Turquia. O grande Santo Irineu, Bispo de Lyon, foi seu discípulo, continuador e biógrafo. Policarpo nasceu numa família cristã, rica e nobre, no ano 69, em Esmirna. Foi discípulo de São João e teve a graça de conhecer outros Apóstolos do Grupo dos Doze, que conviveram com Jesus. Batizado, tornou-se exemplo íntegro de fé e vida, respeitado até pelos adversários.

Bispo de Esmirna, amigo de Santos

Sua dedicação e exemplo de santidade levaram São João Evangelista a sagrá-lo Bispo de Esmirna. O Bispo Policarpo foi amigo pessoal de Santo Inácio Antioquia. Esse mártir esteve em sua residência quando caminhava para o martírio em Roma, no ano 107. Inácio escreveu cartas a Policarpo e à Igreja de Esmirna antes de ser entregue às feras no Coliseu Romano. Nessas cartas, ele enaltece as qualidades de Policarpo, zeloso Bispo.

Divergências e união

No tempo do Papa Aniceto, São Policarpo visitou a cidade de Roma, como representante das igrejas da Ásia. Sua missão era discutir com os coirmãos a mudança da celebração da Páscoa, que, então, era comemorada em dias diferentes no Ocidente e no Oriente. Apesar de, naquela época, não chegarem a um acordo, despediram-se celebrando a liturgia juntos, numa demonstração de união na fé, que não foi abalada pelas divergências em questões de liturgia.

Pastor

São Policarpo foi um Bispo menos interessado na Administração Eclesiástica. Sua vocação era a de Pastor. Sua alegria era fortalecer a fé das ovelhas de seu rebanho. Nesse sentido, ele escreveu inúmeras cartas. Infelizmente, porém, somente uma ficou preservada. Essa foi enviada aos filipenses, em 110. Nela, São Policarpo exalta a fé em Jesus Cristo, fé que precisa ser confirmada no trabalho árduo, diário e no dia a dia dos cristãos. Ela também cita trechos da famosa Carta de São Paulo aos Filipenses e os Santos Evangelhos. Policarpo repetiu ainda nesta carta as muitas e preciosas informações que ele próprio recebera diretamente dos Apóstolos, especialmente de São João Evangelista. Por isso, a Igreja concedeu a ele o título de "Padre Apostólico". Assim, aliás, foram chamados os primeiros discípulos dos Doze Apóstolos.

Mártir

Durante a dura perseguição do Imperador Marco Aurélio, São Policarpo, em oração, teve uma visão profética acerca do martírio que o aguardava. Tal visão aconteceu três dias antes de ele ser preso. Por isso, ele avisou aos irmãos na fé que seria queimado vivo. Assim, estando ele em oração, foi preso pelas forças do imperador romano e levado a julgamento.

Testemunha fiel

São Policarpo foi julgado por um pró-cônsul chamado Estácio Quadrado. Esse insistia raivosamente para que o Santo renegasse a Jesus Cristo. Policarpo, porém, disse em alta voz no tribunal: "Eu tenho servido a Cristo por 86 anos, e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu Redentor? Ouça bem claro: eu sou cristão"! Por isso, ele foi condenado à morte pelo fogo. Ele próprio fez questão de subir os degraus para a fogueira. De lá, gritou para todo o povo que assistia a seu martírio: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o Vosso Nome adorável seja glorificado por todos os séculos".

A profecia não se cumpriu

De certa forma, porém, a profecia de São Policarpo não se cumpriu exatamente como ele previra. Os relatos narram que, mesmo com toda a intensidade da fogueira à sua volta e a seus pés, o fogo não lhe fez mal algum. Impressionados, os carrascos decidiram matá-lo à espada. Somente depois de morto seu corpo foi queimado. Nesse momento ele exalou um forte aroma de pão cozido. Os discípulos de São Policarpo recolheram o que restou de seus ossos e depositaram numa sepultura digna. Seu martírio foi descrito um ano após sua morte, numa carta de 23 de fevereiro de 156. A carta foi enviada pelos cristãos de Esmirna aos irmãos da igreja de Filomélio. Essa carta é, aliás, o registro mais antigo que existe do martirológio cristão.

Oração a São Policarpo de Esmirna

“Ó Deus, que destes a São Policarpo a graça de conhecer-Vos tão profundamente, a ponto de entregar sua vida pelo testemunho do vosso Santo Nome, dai-nos, por sua intercessão, o amor e a coragem para testemunharmos a fé onde quer que seja preciso, para a glória do Vosso Nome, amém. São Policarpo, rogai por nós.”

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 22 de fevereiro de 2024

DIA DE SANTA MARGARIDA DE CORTONA - 22 DE FEVEREIRO

DIA DE SANTA MARGARIDA DE CORTONA - 22 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 22.02.24

 

HISTÓRIA DE SANTA MARGARIDA DE CORTONA 

Origens 

Margarida nasceu no ano de 1247, em Toscana, Itália. Perdeu a mãe ainda muito criança. Isso foi determinante em sua vida. Seu pai casou-se novamente. Com isso, Margarida iniciou uma vida de grandes sofrimentos nas mãos de sua madrasta. Abandonada dentro da família, ela cresceu sem limites e desenvolveu várias desordens emocionais e uma abertura perigosa aos luxos e prazeres desregrados.

Amante

Ainda adolescente, Margarida tornou-se amante de um homem nobre e muito rico. Daí em diante, passou a usufruir da fortuna do amante e entregou-se às diversões mundanas. Levava uma vida frívola, vazia e preocupada apenas com prazer e diversão.

Um choque muda sua vida

Um dia, porém, seu amante foi fazer vistorias em alguns terrenos seus e foi assassinado. Margarida só encontrou o corpo dias depois, porque, estranhando a demora do homem, decidiu seguir a cachorrinha de estimação que o tinha acompanhado na viagem. Quando ela viu o corpo do homem já em putrefação, teve a iluminação do arrependimento. Percebeu, ali, a futilidade da vida que vivia e voltou para a casa de seu pai. Seu objetivo era passar o resto de sua vida em penitência.

Penitência pública e perseguição da madrasta

Com o intuito de mostrar publicamente sua conversão, Margarida foi à missa tendo uma corda amarrada no pescoço. Pediu perdão a todos pelo desrespeito de sua vida passada. Essa atitude, porém, despertou a inveja de sua madrasta. Essa tramou e agiu até conseguir que Margarida fosse expulsa da Paróquia. Margarida sofreu bastante por causa disso. Chegou a pensar em voltar à sua vida de riqueza e luxuria. Porém venceu a tentação e, com firmeza, manteve-se na decisão que tinha tomado.

Franciscana terceira

Margarida procurou os Franciscanos de Cortona e conseguiu ser aceita na Ordem Terceira. Porém, para ser aceita definitivamente, teria que enfrentar três anos de provações. Nessa época, ela infligiu a si mesma as penitências mais severas, com o intuito de vencer as tentações. Os Superiores Franciscanos passaram, então, a orientá-la. Isso a impediu de voltar a cometer excessos em suas penitências.

Mística

Com apenas vinte e três anos, Santa Margarida de Cortona, foi agraciada com várias experiências religiosas e místicas, presenciadas e confirmadas por seus Diretores Espirituais Franciscanos. Entre essas experiências, há relatos de visões, revelações, visitas do Anjo da Guarda e até mesmo aparições de Jesus Cristo. Aliás, com Jesus ela conversava frequentemente nos momentos de orações contemplativas.

Morte

Santa Margarida de Cortona percebeu a aproximação de sua morte e partiu para o Pai serenamente. Era o dia 22 de fevereiro de 1297. A canonização de Santa Margarida de Cortona foi celebrada pelo Papa Bento XIII no ano 1728. Sua veneração litúrgica ficou instituída para o dia de sua morte.

Oração a Santa Margarida de Cortona

“Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santa Margarida de Cortona, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em Vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 21 de fevereiro de 2024

DIA DE SÃO PEDRO DAMIÃO - 21 DE FEVEREIRO

DIA DE SÃO PEDRO DAMIÃO - 21 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 21.02.24

 

HISTÓRIA DE SÃO PEDRO DAMIÃO

Origens

Pedro nasceu na cidade de Ravena, Itália, no ano 1007. Sua origem foi bastante modesta e sofrida. Ele chegou a ser guar­dador de porcos, na infância. Conheceu a orfandade muito cedo. Foi criado de maneira improvisada por seus irmãos, que eram numerosos. Seu irmão mais velho, chamado Damião, acabou sendo o responsável por seus estudos.

Estudos e vocação

Pedro estudou nas cidades de Ravena, Pádua e Faenza. Depois, ensinou na cidade de Parma. Então, decidiu ingressar no Convento Camaldulense de Fonte Avelana, na região da Úmbria. Esse local tornou-se o centro de várias atividades reformadoras iniciadas por ele. Em retribuição a seu irmão mais velho, Pedro assumiu o nome “Damião” ao receber a ordenação  sacerdotal.

As reformas começam

Aos vinte e um anos, Pedro Damião foi eleito Superior da Ordem Camaldulense. As regras de vida da Ordem já eram severas. São Pedro Damião, porém, tornou-as mais duras ainda. Começou a criticar com severidade os Conventos que abandonavam a pobreza. A influência de São Pedro Damião se estendeu por vários Mosteiros da Europa, entre eles Montecassino na Itália e Cluny na França. Esses, especialmente, passaram a seguir os conceitos de Pedro Damião. Ele lutou incansavelmente para fazer com que a vida religiosa voltasse a seu sentido inicial de consagração total a Deus, na austeridade e na penitência.

Austeridade e simplicidade

Pedro Damião era um padre de vocação contemplativa, simples, amante da vida monástica. Por isso, criticava duramente o luxo de autoridades eclesiásticas. Para isso, mencionava os apóstolos Pedro e Paulo, que percorreram vários países evangelizando, levando vida austera, e caminhando descalços. Inspirado nos conselhos de Jesus, insistia que, para anunciar a Palavra de Deus, era essencial despojar-se de apegos materiais. Assim, ele solidificou a austeridade na vida religiosa e deu este exemplo em toda sua vida.

Contra a venda de cargos

Na época, era comum dentro da Igreja a venda de títulos, cargos e funções, como era feito com títulos feudais. Por isso, vários postos na Igreja acabavam sendo ocupados por gente totalmente despreparada. Esses, não raro, vinham a causar escândalos e se tornavam rebeldes diante de várias disciplinas eclesiásticas, como, por exemplo, o celibato. Por isso, o Padre Pedro Damião foi chamado a Roma para ajudar nesses combates. Atuou junto de seis Papas como Embaixador da Paz. Ajudou especialmente o Cardeal Hildebrando, outro grande reformador que, veio a se tornar o Papa Gregório VII.

Cardeal

São Pedro Damião realizou várias peregrinações a Milão, à Alemanha e à França. Depois disso, foi nomeado cardeal e enviado à Diocese de Óstia. Lá, realizou um fecundo apostolado e escreveu bastante. Após sua morte, seus escritos continuaram influenciando religiosos importantes. Graças à sua ajuda, a Igreja foi melhorando de situação. Já idoso, foi enviado à cidade de Ravena para solucionar uma questão sobre um antipapa.

Morte

São Pedro Damião faleceu em 1072, em Faenza, quando retornava de uma missão de paz. E passou a ser venerado como Santo. No ano 1828, foi canonizado pelo Papa Leão XII que,  ocasião, declarou São Pedro Damião Doutor da Igreja, por causa de seus inúmeros  escritos de Teologia e pela incansável e eficaz atuação em favor da unidade da Igreja Católica.

Oração a São Pedro Damião

“Ó Deus, nós Te suplicamos que todos os homens possam encontrar-Te pessoalmente e responder-Te com a mesma fé de Abraão, dos Apóstolos e dos Santos. Amém. São Pedro Damião, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 20 de fevereiro de 2024

DIA DE SANTO ELEUTÉRIO - 20 DE FEVEREIRO
 

DIA DE SANTO ELEUTÉRIO - 20 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 20.02.24

 

HISTÓRIA DE SANTO ELEUTÉRIO

Eleutério nasceu no ano de 456, na cidade de Tournai, França. São Gregório de Tours, que foi um dos primeiros historiadores da Igreja da França, narrou que, na infância, enquanto Eleutério brincava com os amiguinhos, um deles lhe disse que ele iria chegar a ser um bispo. Não foi um aviso profético. Certamente foi um gracejo maldoso, pois na sua época, as responsabilidades desta função geralmente incluíam ameaças de morte.

Ele viveu num período conturbado da história da França, que ainda estava sendo evangelizada, e sentia o domínio dos povos do norte europeu. Foi alvo de sucessivas invasões, ora dos visigodos ora dos burgundis, que só obedeciam à força militar, identificada na pessoa do rei ou dos generais. Assim, tornou-se, em parte, um território dos Francos, cujo rei era Clodoveo, ainda pagão.

Eleutério seguiu a carreira eclesiástica, desenvolvendo sua ação pastoral nesse campo.


Chegou de fato a ser eleito Bispo, o primeiro da Diocese de Tournai, da qual foi o desbravador, que, com imenso sacrifício, mas vencendo as dificuldades, fixou as bases para a futura grandeza daquela Diocese. Somou-se ao incessante esforço da Igreja da França pela conversão dos povos recém-migrados, começando com o Rei Clodoveo e a Rainha Clotilde, que ele conseguiu converter, com ajuda do amigo, também Santo, Bispo Remígio, de Reims.

Naquela época, era muito difícil organizar uma diocese com estruturas mínimas de clero, igrejas, centro de evangelização. O trabalho mais árduo era criar o espírito pacífico entre os habitantes da região, que viveram grande parte do tempo em confrontos por um pedaço de terra onde sobreviver. Além disso, havia a complicada questão das conversões em massa, que se desencadeava a partir da conversão do rei. Confundindo nação com religião, a maioria da população queria se converter também. Deste modo, as conversões não eram bem feitas, a maioria era puramente exteriores, ou apenas uma questão de política, não modificavam o interior das pessoas.

Mas o Bispo Eleutério conseguiu, com poucos padres e monges, fazer uma evangelização sólida e bem feita, durante os dez anos que dirigiu aquela igreja. Foi um verdadeiro operário de Cristo, tenaz, zeloso, enérgico, vigilante contra as heresias e bondoso na tarefa de conversão dos pagãos. Mesmo assim, Eleutério foi vítima de uma conspiração, morrendo como mártir em 531, na sua querida Tournai.

Os restos mortais desse humilde Bispo, foram guardados numa urna na Catedral de Tournai, e o local se tornou meta de peregrinação. A cidade de Tournai está situada hoje na Bélgica e se destaca como uma das maiores dioceses do mundo. A Igreja canonizou Santo Eleutério, designando o dia 20 de fevereiro para a sua festa, data em que a Catedral foi dedicada a ele.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 19 de fevereiro de 2024

DIA DE SÃO CONRADO DE PIACENZA - 19 DE FEVEREIRO

DIA DE SÃO CONRADO DE PIACENZA - 19 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 19.02.24

 

HISTÓRIA DE SÃO CONRADO DE PIACENZA 

Conrado nasceu em Piacenza, ao sul de Milão, Itália, por volta do ano 1290, da nobre familia dos Confalonieri. Quando jovem, tornou-se soldado e se casou com a adolescente Eufrosina de Lodi. Seus divertimentos eram os torneios, as armas e as caçadas a lebres e javalis. Certo dia, para emboscar uma presa, acabou provocando um incêndio em todo um bosque. O fogo resultou em estragos materiais e também em culturas de campos vizinhos.

Os colonos se revoltaram, porque tiveram muitos prejuízos. O Governador, Galeazzo Visconti, para aplacar a ira dos camponeses, condenou à morte o primeiro suspeito, que, na ocasião, pegaram no bosque. Mas Conrado demonstrou toda a sua nobreza também de coração. Para não permitir que um inocente pagasse por um erro seu, apresentou-se ao Governador e confessou sua culpa. Comprometeu-se a indenizar os prejudicados. Para isso, vendeu todas as suas posses, ficando completamente pobre.

Na pobreza, ele e sua esposa buscaram refúgio em Deus. E encontraram. Após um período de sofrimentos e meditações, resolveram se dedicar, os dois, marido e esposa, ao serviço do Senhor. Era o ano de 1315. Eufrosina ingressou no Convento Franciscano de Santa Clara de Piacenza, onde passou o resto de sua vida. Conrado retirou-se, passando a peregrinar de Santuário em Santuário, em busca de um lugar adequado para viver como ermitão, dedicado à penitência e oração.

Em Calendasco, no ano de 1315, vestiu o hábito da Ordem Terceira de São Francisco. Mas, algum tempo depois, continuou sua marcha eremítica. Visitou Roma e seguiu caminhando até que um dia acampou no estreito de Messina. Perambulou pelas terras entre Catânia e Siracusa, talvez entre os anos de de 1331 e 1335, e chegou à cidade de Noto.

Ele se fixou em Noto, numa cela junto à Igreja de São Miguel. Após 30 anos de caminhada, pareceu que ele ia finalmente parar de perambular. Dedicou-se a cuidar dos enfermos no Hospital de São Martinho. Começou a crescer sua fama de santidade, e ele passou a ser procurado por devotos.

Acostumado à solidão, procurou refúgio na gruta de Pizzoni, fora da cidade. Lá, se encontrou com outro ermitão terciário franciscano, o Beato Guillermo Buccheri de Scicli. Na gruta, eles passaram a viver em oração e penitência, pedindo a Deus a conversão dos pecadores, a proteção contra desastres da natureza, e a cura da multidão de enfermos que continuou procurando por eles, oriundos de todas as regiões vizinhas. Uma de suas visitas frequentes foi a do Bispo de Siracusa. Essa gruta é conhecida hoje como "Gruta de São Currau, ou gruta de São Conrado".

Conrado morreu na gruta de Pizzoni, no dia 19 de fevereiro de 1351. Foi enterrado na cidade de Noto, onde os habitantes, para homenagear o "Santo que veio do continente", o sepultaram na mais bela igreja de Noto, a igreja de são Nicolau, que, em 1844, se tornou a Catedral da nova Diocese.

Seu processo de beatificação passou pelos Papas Leão X, Paulo III e Urbano VIII. Este último o canonizou no dia 12 de setembro de 1625. Conrado é hoje, junto com São Nicolau, Patrono da cidade e da Diocese de Noto. É particularmente invocado para a cura de hérnias.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 18 de fevereiro de 2024

DIA DE SÃO TEOTÔNIO - 18 DE FEVEREIRO
 

DIA DE SÃO TEOTÔNIO - 18 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 18.02.24

 

História de São Teotônio 

Nascido em Ganfei, Portugal, no ano de 1082, São Teotônio recebeu uma ótima formação. Primeiramente, junto a um Convento Beneditino de Coimbra; depois, ao ser assumido por seu tio Crescêncio, Bispo de Coimbra, ele foi correspondendo à graça de Deus em sua vida. Com a morte do tio, dirigiu-se para Viseu, onde terminou seus estudos básicos e recebeu o dom da ordenação sacerdotal.

Homem de oração e penitência, centrado no mistério da Eucaristia, e peregrino, fez duas viagens à Terra Santa, que muito marcaram a sua história, até que os cônegos de Santo Agostinho pediram que ele ficasse ali como um dirigente, mas, em nome da obediência, ele não poderia fazê-lo, uma vez que já ocupava o cargo de Prior da Sé de Viseu. No retorno, abriu mão desse serviço e se dedicou ainda mais à evangelização.

Ele já era conhecido e respeitado por muitas autoridades. Inclusive, o Rei Afonso Henriques e a rainha, Dona Mafalda, por motivos de guerra, acabaram retendo muitos cristãos, e ele foi interceder em prol desses cristãos. Muitos foram liberados, mas o Santo foi além. Como já tinha fundado, a pedido de amigos, a Nova Ordem dos Cônegos Regulares sob a Luz da Santa Cruz, aos pés do Mosteiro, ele não só acolheu aqueles filhos de Deus, mas também pôde mantê-los como um verdadeiro pai. No Mosteiro, ele era um pai, um prior, não só por serviço e autoridade, mas um exemplo, refletindo a misericórdia do Mistério da Cruz do Senhor, refletindo o seu amor apaixonado pelo Mistério da Eucaristia.

Mariano e devoto dos Santos Anjos, ele despojou-se e se retirou em contemplação e intercessão. Foi assim que, em 18 de fevereiro, esse grande Santo português, em 1162, partiu para a Glória.

Peçamos a intercessão de São Teotônio para que possamos glorificar a Deus pela obediência, sempre voltando-nos para os mais pequeninos.

São Teotônio, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 17 de fevereiro de 2024

DIA DE OS SETE FUNDADORES DA ORDEM DOS SERVITAS - 17 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 17.02.24

 

HISTÓRIA DE OS SETE FUNDADORES DA ORDEM DOS SERVITAS 

Origens

Durante os séculos XII e XIII, aconteceu na Europa uma enorme perda dos valores cristãos entre a sociedade civil e entre os religiosos. Em reação contrária, surgiu um grande número de confrarias voltadas para a penitência. Através delas, os leigos buscavam viver o Evangelho, opondo-se à ganância, ao luxo, aos prazeres passageiros e à busca pelo poder. Algumas dessas ordens se tornaram bem conhecidas. Uma delas, porém, espalhou-se por muitos países: a Ordem dos Servos de Maria, ou Servitas.

O chamado

Sete jovens faziam parte desse grande grupo inconformado com o mundo de então. Seus nomes: Aleixo Falconieri, Bonfiglio Monardi, Amadio de Amadei, Bonaiuto Manetti, Ugoccio de Ugoccioni, Maneto d'Antela e Sostenio de Sosteni. No dia 15 de agosto do ano 1233, eles estavam reunidos em oração. Costumavam cantar cânticos dedicados à Virgem Maria. Foi, então, que, de repente, viram que a imagem de Nossa Senhora se mexeu. Todos ficaram intrigados. Depois disso, eles atravessavam uma ponte voltando para casa, quando a própria Virgem Maria lhes apareceu vestida toda de luto e chorava. Em seguida, contou-lhes a razão de suas lágrimas: a guerra civil que não cessava em Florença, já fazia dezoito anos.

O começo

Depois desse encontro com Maria, os setes jovens abandonaram tudo o que tinham, bem como suas famílias. Passaram a se dedicar totalmente à vida de oração e à caridade para com os pobres. O grande objetivo deles era viver a pobreza, a humildade e a caridade. Logo aquele grupo de jovens e nobres ficou famoso pela fraternidade que havia entre eles, pelo espírito de oração e pela caridade eficiente que praticavam. Aí, nasceu no coração deles o sonho de formarem uma Comunidade Religiosa.

Apoio do Bispo

O Bispo de Florença vinha da vida monástica. Ele via o grupo dos sete jovens com enorme estima. Quando ele ouviu dizer sobre o projeto dos jovens de fundar uma comunidade religiosa, resolveu ajudá-los doando um terreno em Monte Senário, que ficava a dezoito quilômetros da cidade.

Embrião da Ordem dos Servos de Maria

No Monte Senário, os sete jovens fundaram a Comunidade. No começo, ela se chamava “Companhia de Nossa Senhora das Dores”. Eles passaram a se vestir com um hábito preto, em homenagem a Nossa Senhora de luto que viram na ponte. Passaram a viver reclusos em orações e penitências. Uma vez por semana, saíam da reclusão e iam rezar numa pequena capela dedicada a Nossa Senhora, que ficava na estrada de Cafagio, perto da cidade.

Nasce a Ordem dos Servos de Maria

O grupo dos sete era visto muitas vezes mendigando pelas ruas da cidade e estradas. Eles pediam ajuda para os pobres, doentes e necessitados. Certo dia, quando distribuíam mantimentos e alimentos aos pobres de uma região, um menino passou e lhes fez uma pergunta: "Vocês são os servos de Maria?". Os sete perceberam naquele momento que este era mais um sinal da Virgem Maria. Então, fundaram a ordem dos Servos de Maria, seguindo as Regras de Santo Agostinho.

Crescimento

A Ordem passou a receber apoio das autoridades religiosas e também das civis. Tempos depois, a capelinha usada pelos sete jovens foi transformada num grandioso santuário. Ele foi dedicado a Nossa Senhora das Dores e se tornou um dos santuários marianos mais visitados do mundo. Seis dos fundadores foram ordenados sacerdotes. Somente Santo Aleixo não o foi, por não se achar digno.

A Ordem dos Servos de Maria se espalha pelo mundo

A Ordem dos Servitas cresceu e se espalhou por vários países, inclusive o Brasil, onde eles fundaram casas em São Paulo, Santa Catarina e Acre. Ainda hoje, existe uma Missão Servita em Rio Branco, Acre. Os "Sete Fundadores", como passaram a ser conhecidos, foram canonizados em 1888, através do Papa Leão XIII. Eles passaram a ser celebrados no mesmo dia, em 17 de fevereiro. Esse é o dia do falecimento do último dos fundadores: Santo Aleixo Falconieri, aquele que se recusara a receber a ordenação sacerdotal, por não se considerar digno dessa honra.

Oração aos Sete Fundadores da Ordem dos Servos de Maria

“Ó Deus, que despertastes no coração desses sete homens as virtudes da humildade, da caridade, da oração, do serviço e do amor à Virgem Maria, dai também a nós, por intercessão dos Sete Fundadores, a graça de crescermos nas virtudes cristãs para que a Vossa glória brilhe no mundo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo, amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 16 de fevereiro de 2024

DIA DE SANTO ONÉSIMO - 16 DE FEVEREIRO

DIA DE SANTO ONÉSIMO - 16 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 16.02.24

 

HISTÓRIA DE SANTO ONÉSIMO

 

Onésimo, o escravo

Onésimo era literalmente escravo de um homem rico importante da Frígia, atual Turquia, no final do Século I. Seu “dono” chamava-se o Filemon. A bela história de Filemon e Onésimo se cruzam com a história de São Paulo, formando uma das mais belas páginas do Novo Testamento.

Ladrão

Aconteceu que Filemon (o dono), sua esposa e filho ouviram uma pregação do Apóstolo Paulo e, tocados pelo poder da Palavra de Deus, converteram-se. São Paulo ministrou o batismo a toda a família de Filemon e os dois passaram a ser grandes amigos. Onésimo, por sua vez, não se sabe por que, roubou dinheiro de Filemon, seu amo. Por isso, temendo ser duramente castigado, como de fato acontecia, resolveu fugir. Por uma ironia, o nome Onésimo, em Grego, significa “útil”.

Preso em Roma

Temendo por seu destino, Onésimo fugiu para Roma. Ele sabia que o castigo para os escravos infratores e recapturados era uma marca definitiva: eles tinham a letra "F" marcada com brasa na testa. Para os ladrões, isso era quase como a morte, pois passavam a ser rejeitados e cruelmente hostilizados. Por isso, Onésimo fugiu para Roma. Lá, porém, deve ter cometido algum outro delito, pois foi preso.

O inesperado encontro com Paulo

Na prisão, um presente inesperado de Deus: Onésimo conheceu o Apóstolo Paulo que, na ocasião, estava preso por perseguição dos judeus, sob o poder da Justiça Romana. Esse encontro mudou a vida de Onésimo. Ao conhecer a história de Jesus Cristo e o poder de sua paixão e ressurreição, através do ardoroso Paulo, Onésimo se converteu e descobriu uma nova vida jamais sonhada. Nesse processo de conversão, Onésimo caiu em si, reconheceu seu pecado, confessou-o a Paulo e foi perdoado. Uma nova jornada começava para Onésimo.

Onésimo: motivo de uma carta que entrou para a história

Na prisão, Paulo ministrou a Onésimo o batismo. E, tendo Onésimo cumprido sua pena, recebeu a liberdade. Mas Paulo o enviou de volta a seu amo, o também amigo e irmão na fé, Filemon. E enviou-o com uma carta. Essa carta, escrita de próprio punho, é uma das páginas mais lindas do Novo Testamento. Nela, Paulo mostra seu coração misericordioso e cheio de amor para com seus filhos espirituais, especialmente Onésimo.

A carta

Na carta a Filemon, Paulo explica que está disposto a pagar pelo erro do escravo, caso Filemon não o perdoe, pois tem a convicção de que Onésimo convertera-se radicalmente e tornara-se um cristão firme e forte. Ele conta como foi a conversão de Onésimo e, cheio do Espírito Santo, escreve: "Venho suplicar-te por Onésimo, meu filho, que eu gerei na prisão. Ele outrora não te foi de grande utilidade, mas agora será muito útil, tanto a mim como a ti. Eu envio-o a ti como se fosse o meu próprio coração....Portanto, se me consideras teu irmão na fé, recebe-o como a mim próprio". (Filemon 18 e 19)

De escravo a apóstolo

Conhecedor da santidade de Paulo e do poder da Palavra de Deus, que é capaz de transformar pessoas, Filemon não só perdoou Onésimo como, também, deu a ele a liberdade. Depois, reconhecendo a vocação apostólica de Onésimo, Filemon apoiou totalmente seu ex-escravo. Este que passou a ser um pregador da Palavra de Deus, tanto oralmente quanto pelo seu exemplo de vida.

Apóstolo enviado por Paulo

Onésimo, como filho espiritual de Paulo ficou muito ligado a seu pai espiritual. Paulo, por sua vez, certo da vocação de Onésimo, mesmo da prisão enviou-o à cidade de Colossos, como pregador. Depois da maravilhosa experiência em Colossos, Onésimo foi para Éfeso. Lá, foi sagrado Bispo, substituindo outro Santo e discípulo de Paulo, chamado Timóteo.

Mártir

A missão episcopal de Santo Onésimo na cidade de Éfeso foi promissora. Seu ardor missionário e virtudes cristãs ultrapassaram Éfeso e sua fama se espalhou. Por causa disso e de sua liderança cristã fortemente reconhecida, Onésimo foi preso pelas forças do Imperador Romano Domiciano. Levado a Roma, foi julgado e condenado a morrer apedrejado. Santo Onésimo entregou sua vida por causa de Jesus Cristo e do Evangelho.

Oração a Santo Onésimo

“Ó Deus, que destes a Santo Onésimo a graça de conhecer-Vos quando estava na prisão, já sem esperança de uma vida melhor, por intercessão de Santo Onésimo, dai também a nós a graça de conhecer-Vos, mesmo estando em nossas prisões interiores. Libertai-nos de toda escravidão como fizestes a Santo Onésimo e fazei de nós evangelizadores pela Palavra e pelo testemunho de vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, amém. Santo Onésimo, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 15 de fevereiro de 2024

DIA DE SÃO CLÁUDIO DE LA COLOMBIÈRE - 15 DE FEVEREIRO

DIA DE SÃO CLÁUDIO DE LA COLOMBIÈRE - 15 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 15.02.24

 

HISTÓRIA DE SÃO CLÁUDIO DE LA COLOMBIÈRE 

Origens

Cláudio de La Colombière nasceu nas proximidades de Lion, na França, em 02 de fevereiro de 1641. Seus pais eram nobres, ricos e cristãos. Por isso, planejavam dedicar o filho ao serviço de Deus. Cláudio, porém, era totalmente contrário a essa ideia. Acontece que ele tinha realmente a vocação religiosa, mas por causa da insistência dos pais, passou sua infância e adolescência lutando contra essa possibilidade.

Enxergando sua vocação

O que o fez mudar de ideia foi o contato com os jesuítas de Lion, onde estudou. Ali, vendo o exemplo de vida e a sabedoria dos jesuítas, descobriu que, realmente, tinha vocação religiosa. Por isso, ingressou na Companhia de Jesus e continuou seus estudos. De Lion, foi transferido  passa a cidade de Avinhon e, depois, para Paris. Em Paris, foi ordenado padre três anos mais tarde. Em 1675, professou os votos solenes na Ordem dos Jesuítas e foi dirigir uma pequena comunidade jesuíta em Parai-le-Monial, França. Ali, a missão que o esperava mudaria sua vida.

Confessor de uma Santa

Em Parai-le-Monial Padre Cláudio recebeu a missão de ser Confessor do Mosteiro da Visitação. Ali, vivia uma religiosa de vinte e oito anos, acamada há tempos por causa de fortes dores reumáticas. Seu nome: Margarida Maria Alacoque, uma mulher de grande poder espiritual. Sua santidade e sabedoria influenciavam a todos que dela se aproximavam. Margarida Alacoque tinha recebido do próprio Jesus as revelações da poderosa devoção ao Sagrado Coração de Jesus.

Missão de esclarecimento

Naquela época, porém, os devotos do Sagrado Coração eram tidos como idólatras. Por isso, eram atacados com palavras e ameaças. Coube ao Padre Cláudio a missão de ouvir Santa Margarida, estudar as revelações e, à luz da Teologia, legitimá-las perante os resistentes. A partir de sua intervenção, a devoção ao Sagrado Coração de Jesus deixou de ser perseguida para se tornar uma das maiores e mais duradouras devoções de todos os tempos.

Confortando uma igreja perseguida

Em 1674, o Padre Cláudio de La Colombière foi transferido para Londres. Sua nova missão era a de ser o Capelão de Maria Beatriz D'Este, esposa do Duque de York, Carlos II, futuro Rei da Inglaterra. Naquela época, a Igreja Católica era uma instituição fora da lei na Inglaterra e, por isso, perseguida. Entretanto, por ser Capelão da esposa do Duque de York, Padre Cláudio celebrava missas numa capelinha. Assim,  acabou passando a ser procurado por inúmeros cristãos clandestinos: padres exilados, freiras, religiosos. Todos vinham, aflitos, ansiosos por ouvir seus conselhos. Ali, Padre Cláudio de La Colombière alimentou a fé dos cristãos perseguidos e encorajou-os a perseverarem dando-lhes grande conforto espiritual.

Perseguições na América

Depois de um tempo em Londres, Padre Cláudio de La Colombière foi enviado às colônias inglesas da América como jesuíta missionário. Dezoito meses após sua chegada, ele foi acusado pelos colonos de querer restaurar a Igreja Católica no reino. Por isso, foi preso. Porém, por graça de Deus, ele era protegido do Rei da França. Isso fez com que ele não permanecesse na prisão e fosse expulso das colônias inglesas da América.

De volta à França

Padre Cláudio de La Colombière volta à França, no ano 1681. Nessa época, porém, ele se encontrava muito doente. Seu irmão quis ajudá-lo tentando levá-lo para locais mais saudáveis, mas ele não quis. Na verdade, ele tinha recebido uma mensagem de Santa Margarida Alacoque, que afirmava: "O Senhor me disse que sua vida findará aqui". Assim, São Cláudio de La Colombière faleceu em Parai-le-Monia, no dia 15 de fevereiro de 1683. Seu corpo fica sepultado no convento dos padres jesuítas. Foi beatificado em 1929, pelo Papa Pio IX, e canonizado pelo Papa João Paulo II, em 1992, em Roma.

Oração a São Cláudio de La Colombière

“Ó Pai, pela Vossa misericórdia, São Cláudio de La Colombière anunciou as insondáveis riquezas de Cristo. Concedei-nos, por sua intercessão, crescer no Vosso conhecimento e viver na Vossa presença segundo o Evangelho, frutificando em boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Amém. São Cláudio de La Colombière, rogai por nós.

 
 

Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 14 de fevereiro de 2024

DIA DE SÃO VALENTIM - 14 DE FEVEREIRO

DIA DE SÃO VALENTIM - 14 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 14.02.24

 

HISTÓRIA DE SÃO VALENTIM 

Dia de São Valentim é comemorado anualmente em 14 de fevereiro em diversos países do mundo, tais como Argentina, Espanha, Portugal, França, etc.

Também conhecido como o Dia dos Namorados ou Valentine’s Day, essa é uma data especial celebrada por casais de várias partes do planeta, onde se comemora o amor e a união das pessoas que se amam.

Esse dia foi escolhido por ser a data em que um Bispo da Igreja Católica, chamado Valentim, foi morto em Roma pelo fato de ter desobedecido o Imperador realizando casamentos às escondidas.

Curiosamente, os brasileiros não têm o costume de celebrar o Dia de São Valentim, pois essa é uma tradição dos países anglo-saxões, que não encontrou muita acolhida por aqui.

No Brasil, o Dia dos Namorados é comemorado no dia 12 de junho, véspera de Santo Antônio, popularmente conhecido como Santo Casamenteiro.

História de São Valentim

A História conta que existem dois mártires com o nome de Valentim. Um deles, nasceu em 175, perto de Roma, onde foi consagrado Bispo. Naquela época, Valentim lutou contra as ordens do Imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras, pois acreditava que os solteiros eram melhores combatentes.

Valentim continuou celebrando casamentos mesmo com as proibições. Mais tarde, foi descoberto, preso e condenado à morte, porém, enquanto estava preso, muitos jovens ofereciam-lhe flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor.

Enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sua sentença, ele se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão.

Origem do Dia de São Valentim

A Igreja Católica decretou o Dia de São Valentim como Dia dos Namorados, ainda durante o século V, com o intuito de incentivar os casais que pretendiam seguir com o matrimônio como uma forma "legítima" de constituir uma família.

A intenção da Igreja era substituir o tradicional festival romano Lupercalia - que consistia na veneração da deusa da fertilidade, e marcava o início da Primavera - pelo Dia de São Valentim. Assim, aos poucos, os povos da Europa começaram a substituir a celebração profana pelo dia do Santo.

No entanto, no final do século XVIII, a Igreja Católica retirou o Dia de São Valentim do calendário religioso, visto que não existiam provas históricas concretas da existência do Santo. Apesar disso, a data permaneceu como uma celebração popular.

Atualmente, os restos mortais de São Valentim repousam na igreja de Santo Antão, em Madrid.

Dia de São Valentim nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos, o Dia de São Valentim é comemorado como se fosse o Dia dos Namorados no Brasil.

Dessa maneira, na época dessa comemoração, é comum ver as lojas decoradas com temas românticos. Nesse dia, os casais saem para jantar, trocam presentes, cartões e declaram seu amor um pelo outro.

É uma data sugestiva para pedidos de casamentos, e uma ocasião que não deixa nem as crianças menores de fora, uma vez que elas também comemoram a data na escola, fazendo cartões e os trocando com os colegas da sala, juntamente com doces.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 13 de fevereiro de 2024

DIA DE SÃO MARTINIANO - 13 DE FEVEREIRO

DIA DE SÃO MARTINIANO - 13 DE FEVEREIRO

HOMILIA 13.02.24

 

HISTÓRIA DE SÃO MARTINIANO 

Origens

Martiniano nasceu em Cesareia, na Palestina, no século IV. Sabe-se que desde criança ele quis dedicar sua vida ao serviço de Deus. Por isso, ainda criança, procurava a oração e o conhecimento da vida cristã. Aos dezoito anos, convicto de sua vocação para a vida religiosa, abraçou o celibato, a pobreza e a obediência, ingressando numa comunidade de monges eremitas que ficava perto de Cesareia. Cada um vivia numa pequena casa muito simples e se reuniam em alguns momentos para rezar. Ali, ele viveu por sete anos.

Fama de santidade

O monge Martiniano passou a ser procurado por pessoas que precisavam de conselho e orientação espiritual. Por isso, logo sua fama de sabedoria e santidade se espalhou através daqueles que recebiam seus conselhos e orientações. Muitos testemunhavam, inclusive, a cura de doenças e a libertação dos demônios através da oração de São Martiniano. Assim, sua fama se espalhou por toda a região.

Armadilha

A fama de santidade do monge Martiniano atraiu uma bela jovem cortesã chamada Cloé. Tratava-se de uma mulher muito rica, bonita e cheia de costumes libertinos. A jovem Cloé apostou com seus amigos e amigas que conseguiria fazer o casto Mariniano se perder. Para isso, deixou suas roupas luxuosas e vestiu-se como uma mendiga. Depois, foi à procura de Martiniano e pediu-lhe abrigo. O santo, agindo com caridade, abrigou-a na cela onde ficava e foi para o fundo da casa. Lá, fez suas orações, cantou salmos de louvor e se recolheu para dormir.

O amor de Deus vence a tentação

A jovem Cloé não desistiu da ideia de seduzir Martiniano. Assim, quando o Santo adentrou à casa, encontrou-a trajando uma veste toda sensual. Então, ela tentou seduzi-lo através de sua beleza e de argumentos cheios de doçura e encantamento. O monge, porém, percebeu que por dentro daquele corpo bonito havia uma mulher triste, que sofria por não se sentir verdadeiramente amada e por não ter um sentido de vida. Ele, então, refletiu esta verdade a ela como se fosse um espelho de sua alma. Depois, falou-lhe sobre o profundo e insondável amor de Deus, que nos ama porque Ele é amor e não porque mereçamos esse amor. Sentindo o toque da graça e percebendo-se amada pelo Pai, Cloé acabou se convertendo. A partir de então, ela ingressou no Convento de Santa Paula, na cidade de Belém. Lá, ela viveu o resto de sua vida, santificando-se na vida religiosa.

Martiniano paga o preço

Martiniano, por sua vez, tinha se sentido tentado ao lidar com Cloé. Por isso, decidiu mudar-se para uma ilha. Seu desejo era ficar livre de influências exteriores que pudessem vir a tentá-lo novamente. Porém, aconteceu que, nas águas que circundavam aquela ilha, um navio naufragou. Por isso, uma jovem chamada Fotinia, que conseguiu se salvar, chegou à ilha agarrada aos restos do navio, encontrou a casa de São Martiniano e lhe pediu abrigo. Movido pels caridade, ele a abrigou. Porém, para não voltar a sentir a tentação, decidiu abandonar a ilha nadando, apesar de estar a uma boa distância do continente. A tradição diz que que Deus enviou dois golfinhos que o ajudaram na travessia, fazendo-o chegar em terra firme são e salvo.

Andarilho

Depois deste fato, São Martiniano optou por uma decisão radical. Abriu mão do direito de ter um endereço fixo para nunca mais ter que dar abrigo a alguém. Ele quis evitar a todo custo que voltasse a ser tentado pelo pecado. Por isso, passou a ser um andarilho e a viver da caridade dos outros. Assim, viveu o resto de seus dias. São Martiniano faleceu na cidade de Atenas, no ano 400. Ele pressentiu sua morte. Então, parou sua caminhada numa igreja da Capital grega. Ali, um padre percebeu que ele estava falecendo e ministrou-lhe os sacramentos. E São Martiniano partiu para o céu na serenidade e na paz.

Oração a São Martiniano

“Ó Deus, que destes a São Martiniano a graça de ser fiel à vocação para a qual o chamastes, dando a ele forças para vencer todas as tentações que pudessem desviá-lo do caminho, dai também a nós, por sua intercessão, a graça da fidelidade à nossa vocação e a coerência de vida, por Nosso senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Amém. São Martiniano, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 12 de fevereiro de 2024

DIA DE SANTA EULÁLIA - 12 DE FEVEREIRO

DIA DE SANTA EULÁLIA - 12 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 12.02.24

 

HISTÓRIA DE SANTA EULÁLIA 

Origens

Eulália nasceu numa região próxima a Barcelona, Espanha, no ano 290. Filha de uma família nobre e rica, seus pais possuíam uma grande propriedade nos arredores da Corte. Os pais cuidaram da filha com toda dedicação, enchendo-a de mimos e carinhos, tendendo para uma superproteção. Eulália, por usa vez, desde pequena, já demonstrava caráter e força de vontade.

Oração e caridade

Desde criança Eulália descobriu as delícias da oração e dedicava-se a ela com prazer. Logo, passou a demonstrar grandes virtudes cristãs como a humildade, sabedoria, prudência. Além disso, sua inteligência era brilhante. Porém a maior virtude da menina Eulália era, sem dúvida, a caridade. E essa caridade nascia da oração, do encontro com Jesus Cristo. Com efeito, Eulália reunia-se com suas amiguinhas em seu quarto, e, ali, passavam horas cantando salmos e hinos de louvor ao Senhor. Depois disso, saíam distribuindo os melhores bens que possuíam às crianças pobres da redondeza. Essas, por sua vez, estavam sempre batendo à porta de sua casa, sabendo que seriam atendidas com amor.

Perseguição romana

Aos treze anos, Eulália começou a sentir os efeitos da perseguição romana contra os cristãos. Nesse tempo, chegou a Barcelona um juiz chamado Daciano, enviado pelos Imperadoes Romanos Maximiano e Diocleciano. Daciano tinha como missão acabar com o cristianismo nascente na região da Espanha. Ele fora escolhido por ser implacável com os seguidores da Doutrina de Cristo. Os pais de Eulália, temendo por sua vida, levaram-na para uma segunda propriedade, mais distante. Ali, pensavam, ela estaria mais segura, porque sua fé e prática cristãs tinham se tornado famosas onde viviam.

Coragem 

Para Eulália, porém, fugir dos exterminadores de cristãos era covardia. Por isso, numa certa madrugada, ela fugiu da segurança de seus pais e, escondida, apresentou-se voluntariamente ao arrogante juiz. Esse ficou admirado de ver a coragem da menina. Consta nos livros que ela teria dito ao magistrado: "Querem cristãos? Eis aqui uma".

Consequências

Como era seu desejo, Eulália foi levada a julgamento. O juiz ordenou que ela prestasse culto a um deus pagão. Entregou a ela sal e incenso e ordenou que ela os colocasse ao pé do altar. Eulália, porém, negou-se decididamente. Aproximou da estátua do deus pagão e derrubou-a. Em seguida, espalhou pelo chão os grãos de sal e incenso. Essa sua atitude deixou Daciano furioso. Por isso, ele ordenou que ela fosse chicoteada. Os algozes obedeceram de tal forma que seu corpo todo ficou em chagas abertas. Mesmo assim, ela não negou sua fé em Jesus. Então, Daciano ordenou que ela fosse queimada viva. Era o dia 12 de fevereiro do ano 304.

Culto

O corpo de Santa Eulália foi sepultado no interior da igreja de Santa Maria das Arenas. Essa igreja foi destruída, mais tarde, por um incêndio. Porém, as relíquias de Santa Eulália foram mantidas intactas.  Durante a dominação dos muçulmanos, quando a fé cristã voltou a ser proibida, suas relíquias foram escondidas. Mais tarde, foram recuperadas. A devoção a Santa Eulália foi mantida, principalmente na região de Barcelona. De lá, estendeu-se por toda a Espanha. Depois, chegou a todo o mundo cristão. Santa Eulália tornou-se Padroeira de Barcelona, juntamente com a Virgem das Mercês.

Oração a Santa Eulália

“Deus, nosso Pai, Santa Eulália confessou com sua própria vida que existe um só Senhor e Deus. Hoje, vos pedimos humildemente: libertai-nos dos deuses que construímos, segundo a nossa imagem e semelhança. Somente vós sois digno de todo louvor, de toda honra no céu e na terra. Somente vós o Senhor da história, Aquele que é, Que era e Que vem. Não nos deixeis, Senhor, prostituir aos ídolos do dinheiro, do poder, do ter mais e mais, mesmo à custa dos valores mais altos e mais nobres da pessoa humana. Que, a exemplo de Santa Eulália, confessemos com a nossa vida de cada dia que não temos outro Deus senão a Vós, e que em Vós depositamos toda a nossa confiança. Amém. Santa Eulália, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 11 de fevereiro de 2024

DIA DE NOSSA SENHORA DE LOURDES - 11 DE FEVEREIRO

DIA DE NOSSA SENHORA DE LOURDES - 11 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 11.02.2024

 

HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA DE LOURDES 

Nossa Senhora em Lourdes e sua devoção começaram no dia 11 de fevereiro de 1858, na pequena vila de Lourdes, França. Nesse dia, três amigas foram buscar lenha na mata que ficava perto da vila: Bernadete Soubirus de 14 anos, sua irmã Marie Toinette de 11 anos e a amiga Jeane Abadie, de 12 anos. 

História de Nossa Senhora em Lourdes

A caminho do rio Gave, passaram por uma gruta. Ali, Bernadete ouviu a voz de uma mulher chamando-a carinhosamente. A voz vinha de dentro da gruta. Curiosa e obediente, Bernadette entrou e viu a figura de uma jovem senhora vestida de branco, com uma faixa azul na cintura e um rosário de contas de pérolas em suas mãos.

As duas começaram a rezar juntas, e, pouco depois, Maria desapareceu. Por um período de cinco meses, Nossa Senhora de Lourdes apareceu para as três meninas, sempre marcando o dia e a hora que iria aparecer para elas.

Sofrimento de Bernadete e das crianças

A notícia se espalhou e muitas pessoas foram à gruta no desejo de ver Nossa Senhora de Lourdes, mas só as crianças viam, o que gerou muita desconfiança e dúvida na população. Muitas vezes, Bernadete foi vitima de agressões e zombarias feitas pela população.

O próprio governo francês se envolveu na polêmica e interditou a gruta por um determinado tempo. Nessa ocasião, Bernadete, porém, fortalecida pela graça de Deus, se manteve firme e insistia que Nossa Senhora pediu para que se construísse uma capela no local das aparições.

Milagres de Nossa Senhora de Lourdes

Tanto a população quanto a Igreja desconfiaram de Bernadete e das crianças que viam Nossa Senhora de Lourdes. E essa resistência começou a ficar muito séria. Por isso, Nossa Senhora, numa de suas últimas aparições, disse a Bernadete que fosse à gruta em determinado dia e hora e começasse a cavar o chão com as próprias mãos. Bernadete obedeceu e, no local onde ela cavou, começou a brotar água e nunca mais parou. E era sabido por todos que ali, era um lugar seco onde jamais tivera fonte de água.

Ao saber da água que brotou na gruta, o povo começou a ir até lá em busca de cura. Então, começaram a acontecer curas inexplicáveis entre o povo que se banhava nas águas da gruta de Lourdes. Curas de pessoas deficientes físicas, paraplégicos e de portadores de enfermidades incuráveis, confirmadas por médicos e cientistas. As curas, aliás, nunca deixaram de acontecer em Lourdes até hoje. Tanto que lá existe uma comissão de médicos pronta para avaliar e atestar se determinada cura foi ou não um milagre.

A posição da Igreja Católica

No dia 18 de janeiro de 1862, Dom Laurence, Bispo de Tarbes, deu a declaração oficial proclamando a posição da Igreja diante dos acontecimentos de Lourdes: Inspirados pela Comissão composta por sábios, doutores e experientes sacerdotes que questionaram a criança, estudaram os fatos, examinaram tudo e pesaram todas as provas.

Chamamos também a ciência, e estamos convencidos de que as aparições são sobrenaturais e divinas, e, que por consequência, o que Bernadete viu foi a Santíssima Virgem Maria. Nossas convicções são baseadas no depoimento de Bernadete, mas, sobretudo, sobre os fatos que têm acontecido, coisas que não podem ser outra coisa senão uma intervenção Divina.

Vida de Bernadete depois das aparições de Nossa Senhora de Lourdes

Depois que Nossa Senhora de Lourdes apareceu pela última vêz, Bernadete ingressou na congregação das Irmãs de Caridade de Nevers. Ela estava com 22 anos e morreu aos 34 anos.

Imaculada Conceição

Uma das grandes revelações de Maria em Lourdes foi afirmar que Ela era a Imaculada Conceição, título que o Papa Pio IX havia dado a Maria, 4 anos antes em Roma. Bernadete e as meninas não tinham conhecimento disso. Esse título é um Dogma de Fé da Igreja, uma verdade de fé que os católicos acreditam.

Devoção a Nossa Senhora de Lourdes

No ano de 1876, foi edificada a Basílica de Lourdes, no local em que Maria havia aparecido. Um local que recebe anualmente milhões de peregrinos do mundo inteiro. Hoje, esse Santuário está em uma área com várias Igrejas e outras instituições construídas em torno da gruta.

Bernadete foi Canonizada pelo Papa Pio XI no dia 8 de dezembro do ano de 1933, e Lourdes tornou-se um dos maiores locais de visitação dos peregrinos do mundo todo.

A mensagem de Nossa Senhora de Lourdes

A grande mensagem de Nossa Senhora de Lourdes é uma mensagem de conversão e de penitência. Nossa Senhora chamou insistentemente que aqueles que estão distantes de Deus voltem para a casa do Pai, pois estamos num tempo de grandes dificuldades. Oração do terço, penitência e conversão, essa é a grande mensagem de Nossa Senhora de Lourdes.

Oração a Nossa Senhora de Lourdes

Ó Virgem Puríssima, Nossa Senhora de Lourdes, que vos dignastes aparecer a Bernadette, no lugar solitário de uma gruta, para nos lembrar que é no sossego e recolhimento que Deus nos fala, e nós falamos com Ele. Ajudai-nos a encontrar o sossego e a paz da alma, que nos ajudam a conservar-nos sempre unidos em Deus. Nossa Senhora da gruta, dai-me a graça que vos peço e tanto preciso, (pedir a graça). Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 10 de fevereiro de 2024

DIA DE SANTA ESCOLÁSTICA - 10 DE FEVEREIRO

DIA DE SANTA ESCOLÁSTICA - 10 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 10.02.24

 

Santa Escolástica

HISTÓRIA DE SANTA ESCOLÁSTICA 

Origens

Santa Escolástica e São Bento, gêmeos, nasceram na cidade de Nórcia, no centro da Itália, no ano 480. Filhos de família rica e nobre, sofreram uma grande perda logo ao nascer, pois a mãe faleceu no parto. Apesar da ausência da mãe, receberam educação primorosa e sólida formação na fé cristã. Tanto que Santa Escolástica, quando era ainda muito jovem, e antes mesmo de se tornar monja, decidiu consagrar-se totalmente a Deus, com o voto de castidade.

Vocação

O voto de castidade feito por Santa Escolástica, antes mesmo de se tornar freira, mostra a certeza de sua vocação. Porém ela ainda não sabia como deveria viver esse chamado profundo que Deus lhe fizera. No tempo de seu amadurecimento vocacional, seu irmão, São Bento, fundou a Ordem Beneditina e o primeiro mosteiro cristão do Ocidente. A regra de vida dos beneditinos era a inspiração que faltava para Santa Escolástica discernir por completo sua vocação. Assim, ela seguiu os passos do irmão e fundou o ramo feminino da Ordem Beneditina. Um pequeno grupo de moças a acompanhou nessa jornada.

A Ordem das Beneditinas

Santa Escolástica contou com toda a ajuda do irmão no que diz respeito à adaptação da regra de vida dos beneditinos ao modo de ser feminino. Assim, nasceu o primeiro mosteiro cristão feminino do Ocidente, fundamentado, principalmente, na vida em comunidade e no princípio “Ora et Labora” (Oração e Trabalho) criado por São Bento. Até então, monges e monjas eram eremitas que viviam isolados, sem uma vida em comunidade. Já os beneditinos viviam com horários e atividades bem definidos ao longo de todo o dia.

A ordem floresce

O Mosteiro das Beneditinas, que começou pequeno, logo floresceu e várias moças começaram a procurá-lo para ali ingressarem e viverem a consagração total a Deus na oração, no trabalho, no estudo e na vida em comunidade, ajudando, compartilhando e suportando umas às outras com caridade e amor cristão.

A relação com o irmão São Bento

A relação de Santa Escolástica com seu irmão gêmeo São Bento, era profunda. Havia entre eles uma ligação inspiradora. Os mosteiros masculino e feminino ficavam perto um do outro. Porém os dois irmãos só se viam uma vez por ano, no tempo da Páscoa, por causa das regras de vida e das mortificações que se impunham.

O último encontro entre os irmãos

Certa vez, num desses encontros em que estavam São Bento, Santa Escolástica e mais alguns monges e monjas dos dois mosteiros, eles passaram o dia conversando sobre as coisas espirituais e as riquezas do Reino dos Céus. Ao anoitecer, São Bento, rígido, avisou que era hora de voltarem para seus mosteiros. Santa Escolástica, porém, insistia em ficar mais, pois o crescimento espiritual e o colóquio entre os irmãos estavam preenchendo sua alma. São Bento, porém, permanecia irredutível. Então, Santa Escolástica orou pedindo ajuda a Deus. Nesse momento, caiu uma chuva torrencial, que impedia a todos de irem embora. Assim, permaneceram toda a noite ali, partilhando as coisas de Deus e rezando. Ao amanhecer, todos foram para seus mosteiros. Três dias depois, Santa Escolástica faleceu. São Bento, em oração, viu o espírito da irmã, como uma pomba, entrar no paraíso. Por isso, Santa Escolástica é também representada com uma pomba branca na mão ou no peito. Era o dia 10 de fevereiro do ano 547.

Morte de São Bento

São Bento sepultou a irmã no túmulo que ele tinha preparado para sua própria sepultura. Quarenta dias após a morte da irmã, era a vez de São Bento ser levado para o céu. Ele faleceu no mosteiro que fundara, levando para Deus uma vida santa. A mensagem e a forma de vida de São Bento e de Santa Escolástica influenciaram todo o Ocidente cristão. Das Ordens religiosas criadas por eles, várias outras foram criadas, todas vivendo sob a regra de vida baseada no lema “Oração e Trabalho”.

Oração a Santa Escolástica

“Ó Deus, Pai de misericórdia, Santa Escolástica mostrou que nossa missão é servir, é carregar os fardos uns dos outros, é promover a harmonia e a paz entre todos os homens. Dá-nos compreender em profundidade esses Teus desígnios, para que nos aproximemos de Ti, para que Te reconheçamos nos irmãos e para que Te louvemos e bendigamos sem cessar. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 09 de fevereiro de 2024

DIA DE SANTA APOLÔNIA - 09 DE FEVEREIRO

DIA DE SANTA APOLÔNIA - 09 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 09.02.24

 

HISTÓRIA DE SANTA APOLÔNIA 

Registros históricos

Santa Apolônia viveu no tempo do Império Romano, por volta do ano 249. Era o tempo do Imperador Felipe, que foi derrotado por Décio. Este tornou-se um dos  mais cruéis perseguidores dos cristãos. Apolônia era filha de um rico magistrado de Alexandria, cidade importante do Egito, então sob o domínio do Império Romano. Apolônia teve sua história contada pelo então Bispo de Alexandria, São Dionísio, em cartas ao Bispo Fabio de Antioquia.

Perseguição

Na sétima investida do Imperador Décio contra os cristãos, ela foi capturada. Como Décio sempre fazia, Apolônia foi obrigada a renunciar à sua fé cristã pelas forças do império. Além disso, foi obrigada a prestar culto aos deuses romanos e a obedecer o Imperador. Santa Apolônia, porém, firme na fé e tomada por uma coragem impressionante, negou-se a obedecer. Por isso, ela passou a sofrer terríveis torturas em praça pública, diante de todo o povo, que se impressionava com tudo o que via.

Padroeira dos dentistas

Em meio às grandes torturas que sofreu sem negar sua fé, Santa Apolônia teve seus dentes arrancados por pedras afiadas. Mesmo sofrendo a dor lancinante de ter seus dentes quebrados, ela não renunciou à sua fé em Jesus Cristo. Ao ver sua firmeza na fé, os carrascos quebraram sua face com pancadas. Em seguida, foi condenada a morrer queimada. Depois de sua morte, seus dentes foram recolhidos e levados para vários mosteiros. Existe um dente e um pedaço de sua mandíbula no Mosteiro de Santa Apolônia, em Florença, Itália.

Morte de Santa Apolônia

Depois de todos os sofrimentos pelos quais tinha passado, Santa Apolônia ainda reunia forças para mostrar a todos sua fé inabalável. Assim, mesmo amarrada, ela própria se jogou na fogueira onde morreria, dizendo que preferia a morte a renunciar sua fé em Cristo Jesus. Deus, porém, protegeu Santa Apolônia e ela escapou ilesa da fogueira. Muitos dos presentes se converteram ao presenciar este fato. Então os algozes lhe deram vários golpes de espada e lhe deceparam a cabeça. Santa Apolônia faleceu no ano de 249.

Reverência de Santo Agostinho

Mais tarde Santo Agostinho explicou que esse ato de Santa Apolônia foi inspirado pelo Espírito Santo, como um ato de coragem ao enfrentar todas as forças da época em nome de Jesus Cristo.

Canonização e festa

Santa Apolônia foi canonizada no ano 300. Seu culto é mais conhecido e divulgado na Europa, principalmente na Alemanha, França e Itália. Sua festa litúrgica é realizada no dia 9 de fevereiro. Ela é padroeira da Odontologia e dos cirurgiões-dentistas, dos que sofrem de dores na boca e problemas nos dentes.

Representação

Por ter tido os seus dentes arrancados, ela é representada por uma imagem de uma senhora com vestes simples, adornada de um véu. Tem a seus pés uma palma e um fórceps na mão, segurando um dente.

Oração a Santa Apolônia

"Óh bom Deus. Rogamos que a intercessão da gloriosa mártir de Alexandria, Santa Apolônia, nos livre de todas as enfermidades do rosto e da boca. Lembrai-Vos principalmente das criaturas inocentes e indefesas. Afastai, se possível, a amargura das dores de dente. Iluminai, fortificai e protegei os cirurgiões-dentistas, para que sempre se dediquem ao próximo com o amor que de Vós emana, e nos seja dado usufruir de Vosso reino. Santa Apolônia, intercedei a Deus por nós. Amém."


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 08 de fevereiro de 2024

DIA DE SANTA JOSEFINA BAKHITA - 08 DE FEVEREIRO

DIA DE SANTA JOSEFINA BAKHITA - 08 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 08.02.24

 

HISTÓRIA DE SANTA JOSEFINA BAKHITA 

Origens

Nasceu em 1869, em Darfur, no Sudão, um dos países mais pobres da África. O nome Bakhita, que significa “afortunada”, não é o nome que ela recebeu de seus pais, mas sim o que recebeu dos que a raptaram e escravizaram, quando ela ainda era criança. A violência, o trauma, a dor de ter sido raptada e feita escrava foram tão profundos em sua alma, que ela esqueceu seu próprio nome. Essa doce alma africana experimentou a humilhação e todo o tipo de sofrimento, tanto físico quanto moral, que acompanham a situação de escravidão.

Vendida

Depois de um bom tempo na Capital do Sudão, Bakhita, ainda menina, foi vendida para um cônsul italiano. Este a levou para a Itália. O cônsul fez essa viagem acompanhado por um casal muito amigo. Durante a viagem, ele percebeu que esposa desse seu amigo gostou muito de Bakhita. Por isso, entregou Bakhita a essa família. A nova “mãe” de Bakhita morava em Veneza e tratava Bakhita com carinho. Algum tempo depois, nasceu uma filha desse casal. Bakhita passou, então, a ser a babá da menina e, depois, sua grande amiga.

Mais uma reviravolta na vida

A família com a qual Bakhita vivia tinha negócios na África. A um dado momento, esses negócios exigiram que o casal voltasse à África. Eles até pensaram em levar as duas meninas para a África, mas foram aconselhados a deixa-las na Itália, sob os cuidados das irmãs da Congregação de Santa Madalena de Canossa, em Veneza. Ali, vivendo com as irmãs, Bakhita, recebeu a mensagem do Evangelho e conheceu Jesus.

Batismo e vida religiosa

Bakhita foi batizada aos vinte e um anos, em 1890. Na ocasião, recebeu o nome de Josefina em homenagem a São José. Mais um tempo se passou, e o casal retornou da África para buscar as duas “filhas”. Para surpresa de todos, Bakhita pediu para ficar, manifestando a vontade de se tornar uma freira canossiana. Ela queria servir a Deus, depois de “tantas provas de amor recebidas”, dizia. Seus “pais” concordaram e ela ficou. Começava ali uma nova jornada em sua vida. Ela ainda passou por um tempo de discernimento da vocação. Então, quando teve certeza do chamado, assumiu a vida religiosa. Em 1896, ela fez seus votos, consagrando para sempre ao Senhor, a quem ela chamava carinhosamente de “Meu Patrão”.

Perseverança a toda prova

Santa Josefina Bakhita permaneceu na vida religiosa por mais de meio século, até sua morte. Durante esse tempo, cheia de humildade e amor, ela se dedicou a todos os tipos de atividades da congregação. Ela cuidou do guarda roupas, foi cozinheira, sacristã, porteira e bordadeira. As irmãs e os fiéis a chamavam carinhosamente de “Irmã Morena” As irmãs a admiravam bastante pela bondade, generosidade e pelo seu grande desejo de fazer com Jesus fosse cada vez mais conhecido. Ela sempre dizia: "Sede boas, amai a Deus, rezai por aqueles que não O conhecem. Se soubésseis que grande graça é conhecer a Deus!".

Fé e sorriso

Além da simplicidade e humildade, o seu sorriso constante conquistava o coração de todo tipo de gente que a conhecia. Com o passar dos anos, ela ficou doente, sofrendo longa e dolorosamente. Porém, continuou firme no seu sorriso, oferecendo seu precioso testemunho de fé. Tinha ela a grande capacidade de rir de si mesma e brincar, falando muito seriamente. Ela dizia: "Vou devagar, passo a passo, porque levo duas grandes malas: numa vão os meus pecados, e na outra, muito mais pesada, os méritos infinitos de Jesus. Quando chegar ao céu, abrirei as malas e direi a Deus: Pai Eterno, agora podeis julgar. E a São Pedro: fechai a porta, porque fico".

Na agonia final, a libertação da escravidão

Ao final de sua vida, Santa Josefina Bakhita reviveu os horrores da escravidão, que ainda estavam gravados em seu inconsciente. Segundo seu próprio testemunho, foi Nossa Senhora quem a libertou destes sofrimentos. Assim, a lembrança da escravidão não lhe fazia mais sofrer. Suas últimas palavras antes de fechar definitivamente os olhos foram: "Nossa Senhora!". Irmã Josefina Bakhita entregou sua doce alma a Deus em 8 de fevereiro de 1947. Estava na casa da Congregação na cidade de Schio, Itália. A partir de então, muitos milagres e graças fpram alcançados por intercessão de Santa Bakhita. Em 1992, ela foi beatificada por João Paulo II. Em 2000, foi canonizada pelo mesmo Papa. Ficou assim instituído o dia para a celebração da "Santa Irmã Morena" em 8 de fevereiro, dia de sua morte.

Oração a Santa Josefina Bakhita

“Ó Santa Josefina Bakhita, que, desde menina, foste enriquecida por Deus com tantos dons e a Ele correspondeste com todo o amor, olha por nós. Intercede junto ao Senhor para que cresçamos no Seu amor e no amor a todas as criaturas humanas, sem distinção de idade, de raça, de cor ou de situação social. Que pratiquemos sempre, como tu, as virtudes da fé, da esperança, da caridade, da humildade, da castidade e da obediência. Pede, agora, ao Pai do Céu, oh Bakhita, as graças de que mais preciso, especialmente (pedido). Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 07 de fevereiro de 2024

DIA DE SÃO RICARDO - 07 DE FEVEREIRO

DIA DE SÃO RICARDO - 07 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 07.02.24

 

HISTÓRIA DE SÃO RICARDO 

Um Santo que foi Rei

O Rei da Inglaterra Egberto l, que governou por 11 anos o país, morreu no ano de 675, deixando vago o Cargo , pois seu filho Eadric l ainda era uma criança. Então, Ricardo, que era seu tio, assumiu a coroa e governou até que seu sobrinho atingisse a idade certa. No ano de 685, Ricardo l passa o trono da Inglaterra para o sobrinho e legítimo herdeiro, Eadric l. Pouco depois, Ricardo ficou viúvo. Por isso, ele e seus três filhos foram morar no Mosteiro de Waltham, seguindo todas as regras de São Bento.

Sábio conselheiro

São Ricardo foi Rei da Inglaterra. Ele foi considerado por seus contemporâneos como um dos melhores conselheiros, pois tinha grande sabedoria. Sempre resolvia as contendas com dialogo e paz. Não ficou muito tempo como Rei, porque queria oferecer seu tempo e seu dinheiro para Deus. Teve 3 filhos que o seguiram e também se tornaram Santos: São Vinebaldo, São Vilibaldo e Santa Valberga.

Viagem dos monges

Após alguns anos morando no mosteiro, Ricardo e os filhos se tornaram sacerdotes. Querendo aprofundarem-se na vida espiritual, planejaram fazer uma viagem. Iriam primeiro a Roma e, depois de visitarem as relíquias de São Pedro e São Paulo, iriam a Jerusalém cumprir o resto de sua santa peregrinação.

Morte de São Ricardo

Assim, saíram da Inglaterra entrando pela França e, após um longo tempo de viagem a pé, São Ricardo ficou gravemente doente. Por isso, pararam na cidade de Luca, na Toscana, para que fosse atendido e medicado. A família planejava seguir viagem, mas por causa da gravidade da enfermidade, São Ricardo não suportou e morreu. Era o ano de 722.

Milagres de são Ricardo

O povo começou a chamá-lo de Rei Santo, pois quando foi enterrado na igreja de São Frediano, muitos milagres começaram a acontecer favorecendo as pessoas que rezavam em seu túmulo. Por isso, começaram a vir romarias de todos os lugares da Europa para rezarem no túmulo de São Ricardo.

Missão dos filhos de São Ricardo

Os filhos de São Ricardo passaram, então, a divulgar os milagres que aconteciam por intercessão do pai. Vilibaldo tornou-se Bispo de Eichstat, Vunibaldo tornou-se Abade de Heidenheim. A filha de São Ricardo,  Valberga, tornou-se Abadessa na Inglaterra. Por causa do exemplo do pai, os filhos se tornaram Santos. Por isso, São Ricardo é o Padroeiro dos pais de família.

Oração a São Ricardo

"São Ricardo, vós que soubestes com tanto amor e responsabilidade encaminhar vossos filhos pela senda da virtude da santidade com vossas palavras, ensinamentos, exemplos de vida, intercedei junto a Deus para que as crianças e jovens de hoje possam obter, por vossa graça, pais com esse mesmo amor pelas almas de seus filhos, pois a única e maior herança que podemos dar a eles é o caminho que os conduza aos Céus. Por Cristo Nosso Senhor. Amém! São Ricardo, rogai por nós."


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 06 de fevereiro de 2024

DIA DE SÃO PAULO MIKI E COMPANHEIROS MÁRTIRES - 06 DE FEVEREIRO

DIA DE SÃO PAULO MIKI E COMPANHEIROS MÁRTIRES - 06 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 06.02.24

 

HISTÓRIA DE SÃO PAULO MIKI E COMPANHEIROS MÁRTIRES 

Origens

Paulo Miki nasceu no ano 1564, na província de Harima, no Japão. Era filho de um nobre e famoso militar japonês, pertencente a uma família de samurais. Sua família era cristã, fruto da evangelização de São Francisco Xavier, alguns anos antes de seu nascimento, de 1549 a 1551. Paulo Miki recebeu sua formação no Colégio Jesuíta de Anziquiama, Japão. Essa formação seria decisiva em sua vida.

Vida religiosa

Estudando no Colégio Jesuíta, Paulo Miki teve a oportunidade de conhecer mais profundamente a fé cristã. Esse conhecimento despertou em seu coração o desejo de se tornar jesuíta. Por isso, pediu seu ingresso na Ordem e foi aceito. Por causa de sua capacidade intelectual e, principalmente, dos dons espirituais que recebera de Deus, Paulo Miki conquistava conversões impressionantes e se tornava uma luz em território japonês.

Pregador, catequista e padre

Homem de oração profunda, o Irmão Paulo Miki tornou-se um pregador de grande eloquência. Suas pregações arrebatavam os corações e confirmavam os japoneses na fé. Seu desejo de se tornar sacerdote teve que esperar, pois não havia bispo na região japonesa de Fusai. Mesmo assim, Paulo Miki continuou com seu ministério de pregação. Alguns anos depois, ele se tornou o primeiro japonês a ser ordenado padre no Japão. Uma vez padre, conquistou inúmeros corações por causa de seu testemunho de humildade e paciência.

Perseguição

O Imperador Toyotomi Hideyoshi simpatizava-se com o Catolicismo e permitia-o em suas terras. Porém, de repente, tornou-se um feroz perseguidor da fé em Cristo. O motivo foi político. Por ter conquistado a Coreia, o Japão rompeu relações com a Espanha e com todo o Ocidente. Isso motivou uma terrível perseguição contra os mais de trezentos mil cristãos japoneses de então. Até missionários franciscanos espanhóis que tinham sido bem recebidos pelo Imperador passaram a ser perseguidos.

Prisão

Os católicos passaram a ser expulsos do Japão. Muitos, porém, decidiram ficar. E a repressão não tardou. O imperador mandou prender seis franciscanos. Em seguida, prendeu o Padre Paulo Miki, juntamente com outros dois jesuítas e um grupo de dezessete leigos companheiros de Paulo Miki e membros de ordens terceiras. Esse grupo de vinte e seis cristãos foi vítima de humilhações e torturas públicas das mais terríveis.

Condenação à morte

O grupo dos vinte e seis cristãos foi levado para Nagasaki. Tanto nas estradas quanto nas cidades, foram vítimas escárnio e zombarias. Alguns dos companheiros de São Paulo Miki eram muito novos. Sabemos de alguns nomes, como Tomaz Cozaki, 14 anos; Antônio, 13 e Luis Ibaraki, 11. Nenhum deles se dispôs a voltar atrás e renunciar à fé em Cristo em troca da liberdade. Todo os do grupo dos vinte e seis foram crucificados na colina que ficou conhecida como “Monte dos Mártires”, em Nagasaki, no ano de 1597.

Semente de novos cristãos

Os cristãos que sobreviveram à perseguição se dispersaram para escapar dos massacres. Um grande número deles construiu morada às margens do rio Urakami, perto de Nagasaki. Lá, continuaram a praticar a fé cristã, apesar da ausência de sacerdotes. A comunidade conseguiu guardar no coração os ensinamentos de São Paulo Miki e dos outros evangelizadores que passaram por lá. Quando o Japão voltou a se abrir à Europa, missionários voltaram, igrejas foram reconstruídas em várias cidades e em Nagazaki, perto de onde os cristãos viviam clandestinamente.

A mãe reencontra os filhos 

A comunidade cristã do Japão passou cerca de 250 anos sem contato com a Igreja Católica. Porém guardava cuidadosamente três critérios escritos em livros e no coração de todos para reconhecer os verdadeiros líderes e padres católicos: "os padres não são casados, haverá uma imagem de Maria e esta Igreja obedecerá ao Papa-sama, isto é, ao Bispo de Roma". A comunidade japonesa, inspirada pelo exemplo e ensinamentos de São Paulo Miki e Companheiros, manteve a chama acesa da esperança de um dia voltar a poder manifestar sua fé publicamente. E assim aconteceu.

Canonização

São Paulo Miki e seus Companheiros foram canonizados no ano 1862, pelo Papa Pio IX. Os ensinamentos e o exemplo que esses mártires deixaram alimentaram a fé dos cristãos japoneses por dois séculos e meio e, depois disso, até hoje, são inspiração e devoção entre todos os católicos japoneses.

Oração a São Paulo Miki

“Deus, nosso Pai, pela força dos Santos São Paulo Miki e seus Companheiros que, em Nagazaki, chamastes à vida da glória pelo martírio, concedei-nos, por sua intercessão, perseverar até o fim na fé que professamos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo, amém. São Paulo Miki e Companheiros, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 05 de fevereiro de 2024

DIA DE SANTA ÁGUEDA - 05 DE FEVEREIRO

DIA DE SANTA ÁGUEDA - 05 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 05.02.24

 

HISTÓRIA DE SANTA ÁGUEDA 

Origem

Águeda nasceu em Catânia, Itália, no ano de 231. Era filha de nobres e teve uma educação esmerada, principalmente na fé cristã. Foi evangelizada ainda criança, e isso determinou todo o seu futuro. A menina experimentou o amor de Deus e não mais trocou esse amor por nada neste mundo.

Vida com Deus

Era de família muito rica e sempre foi muito bonita. Mas, ainda jovem, consagrou a sua vida a Cristo, sempre ajudando os mais pobres e procurando uma vida de constante oração. Ela sentia em seu coração o forte desejo de uma consagração total e cada vez mais profunda, para dedicar sua vida à missão de anunciar a Boa Nova de Cristo a todos e ajudar os mais necessitados. Esse era o grande desejo de seu coração. Nisso estava a sua felicidade.

Pedido de casamento

Porém, Quinciano, que era um nobre rico, poderoso e Cônsul da Itália, apaixonou-se por Águeda. Ficou encantado pela beleza e nobreza da jovem e queria de todas as formas casar-se com ela. Águeda, no entanto, já havia entregue seu coração para Deus e recusava-se terminantemente a se casar. Na sociedade em que ela viveu, isso era estranho, pois as mulheres eram obrigadas a aceitarem pedidos de casamentos como esse. Por isso, não se conformando com a recusa, Quinciano buscou ajuda até com uma feiticeira, para ver se conseguia mudar o coração de Águeda. Nada disso, porém, deu resultado. Foi quando o Cônsul descobriu que Águeda era cristã e havia feito uma consagração a Jesus Cristo.

Revolta e castigos do pretendente

Revoltado com esta situação, o Cônsul enlouqueceu e mandou prender Santa Águeda na Sicília, sob a acusação de prática de bruxaria e participação de seitas proibidas. O Imperador, na época, era Trajanus Décius, um grande perseguidor dos cristãos, que deu retaguarda a Quinciano. Este, em seguida, impôs a Santa Águeda grandes torturas.

Submeteu-a a vários interrogatórios cheios de muito sofrimento. Ele exigia que ela renegasse sua fé, mas ela não cedia. Então, ela foi colocada em um calabouço, mas dizia sempre que sua salvação era Jesus Cristo.

Torturas

Não renegando sua fé, e não aceitando se casar com o Cônsul, Águeda foi submetida a torturas com ferro e fogo. Foi esticada na roda, açoitada, marcada com ferros em brasa. Furioso, Quinciano mandou arrancar os seios de Santa Águeda. Depois, jogaram-na no calabouço sem curativos. Lá, porém, ela teve uma visão de São Pedro com um Anjo, que a curou com óleos. Quinciano ficou furioso ao ver que ela estava curada. Então, mandou amarrá-la e que fosse arrastada sobre carvão em brasa e vidros. Santa Águeda rezava dizendo: "Meu Senhor Jesus Cristo, Vós sois o meu coração e a minha mente. Levai-me e fazei-me Sua." Santa Águeda pedia a própria  morte a Deus, para aliviar seus sofrimentos.

Morte

No meio das torturas de Santa Águeda, houve um grande tremor de terra por causa do vulcão Etna. Assim, Santa Águeda morreu de joelhos, em oração, soterrada pelo terremoto. Era o dia 5 de fevereiro do ano 251.

Morte do perseguidor

O imperador Trajanus Décius deu retaguarda a Quinciano em suas torturas contra Santa Águeda. Por isso, ele fez todas aquelas barbaridades. Porém, pouco tempo depois da morte da Santa, o cavalo de Quinciano derrubou-o dentro de um rio, e ele morreu afogado.

Milagre do vulcão

No aniversário de morte de Santa Águeda, o vulcão Etna iniciou uma grande erupção. Os moradores pegaram o véu da Santa, que era guardado como relíquia pelos cristãos de Catânia, e subiram no monte em oração, pedindo que o vulcão, que aliviara os sofrimentos de Santa Águeda adiantando sua morte, aliviasse os sofrimentos do povo local, parando sua atividade. Foi, então, que a lava simplesmente parou e cessou a erupção.

A tumba de Santa Águeda está na Catânia, e seu véu está exposto na Catedral de Florença.

Ela é invocada contra erupções e terremotos.

São Gregório consagrou a Igreja dos Góticos em seu nome.

Ela é mostrada com uma palma na mão e, também, com os dois seios em uma bandeja.

Oração

"Concedei-nos, Senhor, o amor constante ao Vosso Santo Nome e a graça da perseverança nas coisas do alto durante toda a nossa vida, mesmo diante das perseguições, calúnias, torturas e sofrimentos. E pela intercessão de Santa Águeda, dai-nos, Senhor Onipotente, a graça que humildemente Vos pedimos, (pedido), por Cristo Nosso Senhor, amém. Santa Águeda, rogai por nós."


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 04 de fevereiro de 2024

DIA DE SÃO JOÃO DE BRITO - 04 DE FEVEREIRO

DIA DE SÃO JOÃO DE BRITO - 04 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 04.02.24

 

HISTÓRIA DE SÃO JOÃO DE BRITO

 

Origens

Nascido na cidade de Lisboa, Portugal,  em 1 de março do ano 1647, João era filho de Salvador de Brito Pereira e Brites de Portalegre, nobres membros da Corte de Portugal. Seu pai, mais tarde, viria a ser um Governador do Rio de Janeiro. Desde a infância, sendo de família cristã, alimentou o desejo de se tornar um missionário evangelizador em terras distantes, apesar da saúde frágil. Dedicou-se aos estudos e fez o máximo de sua parte, contando com a Providência Divina.

Estudos e vida religiosa

Mesmo com suas dificuldades de saúde, o jovem João de Brito perseverou no anseio de dedicar sua vida à missão nas terras mais longínquas. Era o tempo das grandes navegações, e ele sonhava ir para a Índia como missionário. Por isso, completou seus estudos chamados “superiores”, na grande Universidade de Coimbra. Ao completar vinte e seis anos, João de Brito foi ordenado sacerdote e ingressou na Companhia de Jesus. Apesar da saúde frágil, viajou para a Índia, onde se sentia chamado a pregar a Palavra de Deus.

Missionário na Índia

O Padre João de Brito iniciou sua missão apostólica em Malabar, na Índia. Desde o início procurou fazer igual aos nativos em tudo o que fosse possível. Andava descalço por enormes distâncias portando tão-somente uma simples manta de algodão e livros cristãos. O Padre João de Brito criou uma nova maneira de evangelizar, que foi seguida por vários outros missionários. O segredo era seguir a máxima de São Paulo: “Fiz-me tudo para todos, a fim de ganhar alguns para Cristo.” 1Coríntios 9.

Tornando-se hindu como os hindus

Para se aproximar dos hindus, o Padre João de Brito passou a caminhar com um cajado de  bambu, vestir-se com um roupão avermelhado e calçar palmilhas de madeira. Procurava viver em tudo como um hindu, inclusive no comportamento e nos costumes alimentares. Porém sem jamais deixar de pregar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, São João de Brito conquistou muitos corações. Estes abraçavam a fé em Cristo com firmeza e renovação de coração.

Perseguições

Porém a fé cristã desmontava vários princípios hindus, principalmente a divisão da sociedade em castas, como destino irreversível de todos os seres humanos. O cristianismo prega exatamente o contrário, afirmando que todos são filhos de Deus, iguais, irmãos, filhos do mesmo Pai. Por isso, São João de Brito passou a sofrer severas perseguições. Foi preso e vítima de terríveis torturas, mas não desistiu.

Missão frutuosa

E sua missão frutificou. Chegou a converter várias comunidades hindus à fé em Jesus Cristo. E essas comunidades se tornaram vivas, cheias de fé, maduras e exemplares na prática da caridade entre os irmãos. Os cristãos indianos convertidos por São João de Brito se sentiam particularmente felizes ao se libertarem da crendice na sina das castas e ao se reconhecerem todos irmãos, filhos do mesmo Pai. O apostolado de São João de Brito na Índia durou quinze anos.

De volta a Portugal

No fim desses quinze anos na Índia, São João de Brito voltou para Portugal. Lá, recebeu um convite irrecusável para muitos: o de ser Conselheiro do rei Pedro II e mestre de seu filho. O Padre João de Brito, porém, recusou essa honraria. Atendeu o pedido de seu coração e voltou para a Índia.

Martírio

Quando São João de Brito pisou em Malabar, voltando de Portugal, deparou-se com um cenário devastador: os cristãos tinham sido mortos; as casas e as igrejas de todos eles foram saqueadas e incendiadas. Tratava-se de uma revolta dos líderes religiosos hindus, conhecidos como brâmanes. Eles se revoltaram especialmente contra todos os que se diziam cristãos. Por isso, São João de Brito foi igualmente preso e decapitado. Aconteceu no dia 04 de fevereiro de 1693. Antes de ser executado, São João de Brito obteve permissão para orar. No mesmo local, seu corpo teve os membros decepados e foi exposto. O Papa Pio XII celebrou sua canonização em 1947 e determinou sua festa litúrgica para o dia de sua morte.

Oração a São João de Brito

“Senhor, que fortalecestes com invencível constância o mártir São João de Brito para pregar a fé entre os povos da Índia, concedei-nos, por seus méritos e intercessão, que, celebrando a memória do seu triunfo, imitemos os exemplos da sua fé. Por Nosso Senhor. Amém. São João de Brito, rogai por nós.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 03 de fevereiro de 2024

DIA DE SÃO BRÁS - 03 DE FEVEREIRO

DIA DE SÃO BRÁS - 03 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 03.02.24

 

HISTÓRIA DE SÃO BRÁS

 

São Brás, médico, sacerdote e bispo. Protetor contra os males da garganta e dos animais.

São Brás foi um homem de fé, valoroso médico que não só curava as pessoas de suas doenças, mas também dos males da alma. Tinha grande compaixão dos mais necessitados e usava de seu oficio para ajudar a todos sem discriminação.

Um médico começa a se questionar

São Brás nasceu na cidade de Sebaste, Armênia, perto do ano no final do século III. Num certo tempo, começou a questionar sobre sua profissão de médico, pois queria servir a Deus, mas não sabia como. Resolveu, então, tornar-se um eremita e ficar em constante oração. Assim, viveu numa gruta por muitos anos.

Fama de santidade

Logo, sua fama de santo se espalhou por toda a região da Capadócia, pois ele atendia a todos que o procuravam e, muitas vezes, as pessoas ficaram curadas de suas doenças do corpo e da alma. Até os animais selvagens conviviam em total harmonia com o Santo.

O médico se torna bispo

Quando o Bispo local morreu, a população de toda a região foi ao seu encontro, pedindo para que ele se tornasse padre para tomar conta do povo de Deus.  Ele aceitou e foi morar na cidade. Estudou e se ordenou padre. E, não muito tempo depois, foi sagrado Bispo. Construiu uma casa para abrigar a Diocese aos pés da gruta em que ele morou, e dali comandava a igreja de toda a região.

Vivendo em meio aos perseguidores

O prefeito de Sebaste na Capadócia era um tirano que combatia o Cristianismo em toda a região. Ele se chamava Agricola, era amigo do Imperador do Oriente, Licinius Lacinianus, que era cunhado de Constantino, Imperador do Ocidente, o qual parou de perseguir os cristãos.

As perseguições começam

Um dia, Agricola mandou seus soldados buscarem feras, leões, tigres, para servirem de espetáculo no martírio dos cristãos presos. Quando os soldados chegaram perto da gruta do Santo, viram todo o tipo de animal da floresta convivendo em harmonia com ele. Com espanto geral, correram para contar ao prefeito Agricola o que estava acontecendo.

Prisão de São Brás

Muito nervoso com o fato, o Governador mandou prender São Brás. Ele não se opôs, não tiveram nenhum tipo de resistência. Chegando à presença de Agricola, foi ordenado que São Brás renunciasse a Jesus Cristo e à Igreja, e adorasse os seus deuses. São Brás, então, disse que nunca deixaria de adorar a Deus e a Jesus Cristo. Disse ainda que a Igreja jamais acabaria porque era guiada pelo Espírito Santo. Por várias vezes, o Prefeito chamou-o para tentar mudá-lo de opinião, mas ele nunca cedeu. Muitas pessoas visitavam o Santo na prisão para vê-lo e pedir orações. São Brás, apesar do sofrimento das torturas, atendia a todos com conselhos e orações.

Um milagre que trouxe a bênção das gargantas

Um dia, uma mãe desesperada o procurou porque seu filho estava quase morrendo com um espinho encravado na garganta. São Brás olhou para o céu, rezou e, em seguida, fez o sinal da cruz na garganta do menino. No mesmo instante, ele ficou milagrosamente curado. Por esse milagre, até os dias de hoje, São Brás é invocado para curar os males da garganta.

Em todos os lugares do mundo, quando uma criança ou qualquer pessoa se engasga, a invocação direta ao Santo logo é rezada: "São Brás te proteja." Ou simplesmente: "São Brás."

Nas igrejas de todo o mundo essa benção é feita especialmente no seu dia, com duas velas cruzadas sobre a garganta dos fiéis, que recebem a benção de São Brás.

Milagres e morte do Santo na prisão.

Algumas mulheres foram à prisão ajudar São Brás por causa dos ferimentos das torturas que ele sofrera. Porém elas foram mortas pelos soldados do Governador, após terem jogado em um lago os ídolos dados pelos soldados para que elas renunciassem a Jesus e à Igreja. São Brás gritou com os soldados e contra o governador, que também mandou jogar o Santo no lago, mas, por milagre, ele andou sobre as águas e nada lhe aconteceu.

A morte de São Brás

Voltando à terra, o governador enfurecido mandou decapitar São Brás. Assim, ele foi morto tendo sua garganta cortada pela espada. Era o dia 3 de fevereiro de 316. Sua festa é comemorada no dia 3 de fevereiro.

Até 732, o corpo e as relíquias de São Brás ficaram na catedral de Sebaste, na Armênia; depois, quando iam ser levadas para Roma, uma tempestade conduziu o barco até a cidade de Maratea, em Potenza, onde os moradores fizeram uma igreja e, posteriormente, a Basílica  de São Brás, mudando o nome do local para "Monte São Brás".

Oração a São Brás

"Ó glorioso São Brás, que restituístes com uma breve oração a perfeita saúde a um menino que, por uma espinha de peixe atravessada na garganta, estava prestes a expirar, obtende para nós todos a graça de experimentarmos a eficácia do vosso patrocínio em todos os males da garganta. Conservai a nossa garganta sã e perfeita para que possamos falar corretamente e assim proclamar  e cantar os louvores a Deus. Amém".

A bênção de São Brás:

"Por intercessão de São Brás, Bispo e Mártir, livre-te Deus do mal da garganta e de qualquer outra doença. Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. São Brás, rogai por nós. Amém."


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 02 de fevereiro de 2024

DIA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR - 02 DE FEVEREIRO

DIA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR - 02 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 02.02.2024

 

Apresentação do Senhor

 

A data de hoje lembra o cumprimento, por Maria e José, de um preceito hebraico. Quarenta dias após dar à luz, a mãe deveria passar por um ritual de "purificação" e apresentar o filho ao Senhor, no templo. Desde o século quatro, essa festa era chamada de "Purificação de Maria".

Com a reforma litúrgica de 1960, passou-se a valorizar o sentido da "apresentação", oferta de Jesus ao Pai, para que seu destino se cumprisse, marcando, em consequência, a aceitação por parte de Maria do que o Pai preparara para o Fruto de sua gestação. A data passou a ser lembrada, então, como a da "Apresentação do Senhor".

No templo, a família foi recebida pelo Profeta Simeão e pela Profetisa Ana, num encontro descrito por São Lucas no seu Evangelho, da seguinte maneira:

"Assim que se completaram os dias da purificação, conforme a Lei de Moisés, levaram o Menino a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor, segundo está escrito na Lei do Senhor, que "todo varão primogênito será consagrado ao Senhor", para oferecerem em sacrifício, segundo o que está prescrito na Lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos.

Havia em Jerusalém um homem justo chamado Simeão, muito piedoso, que esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele. Pelo Espírito Santo, foi-lhe revelado que não veria a morte antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, veio ele ao templo e, ao entrarem os pais com o Menino Jesus, também ele tomou-o em seus braços, bendizendo a Deus, e disse: "Agora, Senhor, já podes deixar Teu servo morrer em paz segundo a Tua palavra, porque meus olhos viram a Tua salvação, que preparaste ante a face de todos os povos, luz para iluminação das gentes e para a glória do Teu povo, Israel". José e Maria estavam maravilhados com as coisas que se diziam de Jesus. Simeão os abençoou e disse a Maria, sua Mãe: "Este Menino será um sinal de contradição, para ruína e salvação de muitos em Israel; e uma espada atravessará a tua alma para que se descubram os pensamentos de muitos corações". (Lc 2,22-35).

Ambos, Simeão e Ana, reconheceram em Jesus o esperado Messias e profetizaram o sofrimento e a glória que viriam para Ele e a família. É na tradição dessa profecia que se baseia também a outra festa comemorada nesta data, a de Nossa Senhora da Candelária, ou da Luz, ou ainda dos Navegantes.

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 01 de fevereiro de 2024

DIA DE SANTA VERIDIANA - 01 DE FEVEREIRO
 

DIA DE SANTA VERIDIANA - 01 DE FEVEREIRO

HOMILIA - 01.02.24

 

 

HISTÓRIA DE SANTA VERIDIANA

Santa Veridiana

Origens

Veridiana nasceu no ano 1182, em Castel Fiorentino (Castelo Florentino), na cidade de Florença, região da Toscana, Itália. Era filha de família rica e nobre, conhecida como família Attavanti. É certo que sua família estava em decadência na época de sua infância e juventude, mas ainda tinha muito prestígio. Desde criança, Veridiana mostrou-se caridosa e atenciosa para com o próximo, principalmente os mais necessitados.

Administradora caridosa

Quando jovem, muito fervorosa, quis consagrar sua virgindade a Deus, para poder servi-lo melhor e dedicar-se à caridade. Nesse tempo, um tio seu bastante rico  confiou-lhe a administração de seus bens. Ela só aceitou com a condição de poder continuar praticando a caridade e ajudando aos necessitados. Certa vez, num tempo de grande fome, seu tio vendeu uma grande quantidade de grãos a um comerciante. Porém, Veridiana tinha dado quase tudo aos pobres. Quando seu tio soube, ficou furioso e deu apenas vinte e quatro horas para que ela devolvesse tudo. Veridiana rezou pedindo socorro a Deus, pois não tinha como recuperar quase nada do que dera. Então, no dia seguinte, sem explicação, todos os mantimentos estavam lá. O comprador levou tudo, muito satisfeito.

Peregrinação

Após esta experiência do socorro divino, Veridiana decidiu fazer uma peregrinação a dois centros importantes para a espiritualidade cristã: o túmulo de São Tiago de Compostela na Espanha, e Roma. Essa peregrinação foi decisiva para a vida de Santa Veridiana. Tanto que, quando voltou à sua terra natal, após meses de peregrinação, decidiu viver somente para Deus, dedicando toda a sua existência à oração, aos exercícios espirituais, à penitência e à solidão.

Consagração total

Santa Veridiana comunicou sua decisão a amigos e parentes. Estes, para manter a Santa por perto, construíram uma cela muito simples e pobre onde ela passou a viver. A cela ficava bem perto do Oratório de Santo Antônio. Ali, Santa Veridiana viveu por trinta e quatro anos de oração, penitência e solidão. A cela tinha somente uma janela pequenina. Através dessa janela Santa Veridiana recebia suas refeições e visitas. Através da janela ela também assistia à missa no Oratório. Os alimentos que recebia eram muito simples e em pouca quantidade, sendo suficientes para que ela não viesse a morrer de fome.

Santidade

Santa Veridiana viveu trinta e quatro anos na cela onde livremente escolheu viver, sendo feliz na doce presença de Deus. Na cela também, ela venceu fraquezas pessoais e tentações diabólicas. Por isso, ela é representada apresentando uma cruz a duas serpentes. Santa Veridiana também aconselhava pessoas que a procuravam com problemas diversos. Ela atendia a todos sempre que podia. Todos voltavam com o coração confortado.

Visita de São Francisco de Assis

Sua fama de santidade atraiu não só os peregrinos locais, como também outros santos. São Francisco de Assis foi um deles. O pobrezinho de Assis, sabendo da santidade de Veridiana, visitou-a, abençoou-a em sua cela e a acolheu como membro da Ordem Terceira no ano 1221. Por isso, ela é representada com um hábito franciscano.

Morte

A morte de Santa Veridiana teve um sinal marcante de sua santidade. No dia 1 de fevereiro do ano 1242, todos os sinos do Castelo Florentino, onde ela nascera e vivera, começaram a tocar sozinhos, ao mesmo tempo. Não demorou para que os habitantes compreendessem que aqueles sinos anunciavam a morte de Santa Veridiana. Então, correram à sua cela e encontraram-na morta. Velaram-na com muito sentimento e sepultaram-na perto da cela onde passara a maior parte de sua vida.

Culto

O culto oficial a Santa Veridiana foi aprovado em 1533 pelo Papa Clemente VII. Por causa de sua opção pela reclusão, o povo a aclamou protetora do presídio feminino da cidade de Florença. Depois, passou a ser protetora dos presídios femininos e intercessora por todas as presidiárias, pois encontrou a Deus, felicidade e paz na prisão. A devoção a Santa Veridiana até hoje é muito popular em toda a região da Toscana, Itália.

Oração a Santa Veridiana

“Santa Veridiana, pedimos, por vossa intercessão, que Deus nos dê a graça de sermos humildes e praticarmos, com ardor, verdadeiros atos de caridade, engrandecendo o coração de Deus, e ajudando o próximo. Amém! Santa Veridiana rogai por nós!”

Oração da presidiária

“Santa Veridiana, tu escolheste livremente viver numa cela, dedicando toda a tua a vida a Deus. Eu estou aqui, presa, não por minha vontade, mas porque pequei contra a justiça dos homens e a Justiça de Deus. Por isso, peço que tu me ajudes a pagar minha pena com paz no coração e com esperança de dias melhores. Dá-me paz enquanto estou aqui. DÁ-me a consciência de que Deus não deixou de me amar mesmo depois de tudo o que eu fui capaz de cometer. Ele conhece a minha fraqueza. Ele tem misericórdia de mim e quer que eu seja feliz. Dá-me a vitória sobre meus pecados. Dá-me a graça de conhecer a Deus mesmo estando na prisão. Dá-me a graça de sair daqui pronta para uma vida nova, feliz, guiada por Deus. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 31 de janeiro de 2024

DIA DE SÃO JOÃO BOSCO - 31 DE JANEIRO

DIA DE SÃO JOÃO BOSCO, O DOM BOSCO - 31 DE JANEIRO

HOMILIA - 31.01.24

 

HISTÓRIA DE SÃO JOÃO BOSCO, O DOM BOSCO

 

São João Bosco, também chamado de  Dom Bosco, aclamado pelo Papa João Paulo II como o Pai e Mestre da Juventude, nasceu em 16 de agosto de 1815 em uma comuna italiana chamada Colle dos Becchi, na região de Piemonte, Itália, perto da cidade de Castelnuovo de Asti. Hoje a cidade se chama Castelnuovo Dom Bosco, em homenagem a ele e conta com apenas 3.036 habitantes.

Dom Bosco foi Padre, educador e criador do sistema preventivo em educação. Dedicou toda sua vida à educação e à religião, além de se empenhar no desenvolvimento da Imprensa Católica.

Morreu no ano de 1888, na cidade de Turim, Itália, com 72 anos. A beatificação de João Bosco, aconteceu em 1929, pelo então Papa Pio XI.

A infância difícil de Dom Bosco

Filho de camponeses pobres e analfabetos, o pequeno João Bosco ficou órfão de pai aos dois anos de idade. Por isso, sua infância e juventude transcorreram em meio a grandes dificuldades, tanto financeiras quanto familiares. Uma grande marca de sua personalidade era a persistência na busca dos objetivos. Quando menino, era muito determinado nos estudos, mas, sem ter meios para tanto, chegou a mendigar para continuar estudando. João Bosco trabalhou como sapateiro, ferreiro, carpinteiro, alfaiate e, quando conseguia um tempo livre, estudava música, uma de suas grandes aptidões.

A influência da mãe

Sua mãe era analfabeta, mas cheia de fé e sabedoria. Era ela a principal fonte de incentivo de Dom Bosco. Ela o ajudou a crescer no amor de Deus e na ética cristã. Isso o auxiliou em todos os momentos e fez com que  não desistisse, mesmo diante de tantas dificuldades.

Dom Bosco, Apóstolo desde pequeno

Desde menino, João Bosco se sentia chamado a falar de Deus a seus amigos, pois ele enxergava a realidade à sua volta: muitas crianças vindas do campo, na maioria órfãs como ele, em busca de emprego, mas que acabavam na rua passando fome, convivendo com o crime ou explorados por aqueles que buscavam mão de obra barata. Quando podia, João Bosco atraía um grupo de meninos, apresentando-lhes uma performance de teatro, de mágica ou de música e, logo depois, dava-lhes uma mensagem de fé, de amor, de catequese.

Entende-se que tal vocação tenha surgido de um sonho, onde Dom Bosco estava brigando com outros meninos, e um homem, alguns acreditam ser Jesus Cristo, se aproximou e disse para educar, não com pancadas, mas com carinho.

Com sua missão em mente, o menino manifestou sua vocação sacerdotal. João Bosco dizia: Quando crescer, quero ser padre para cuidar dos meninos. Todo menino é bom; se há meninos maus, é porque não há quem cuide deles.

Padre Dom Bosco a serviço dos meninos de rua

Em 1835, com 20 anos, entrou para o seminário. Tornou-se Padre seis anos depois, em 5 de junho de 1841, quando passou a ser chamado de Dom Bosco. Logo, começou seu trabalho com meninos de rua, evangelizando-os e ensinando a eles uma profissão.

O trabalho frutificou e, em 1846, Dom Bosco pensava em organizar uma Associação Religiosa. Contudo, a disputa pela separação entre Estado e Igreja na Itália não permitia uma Ordem em moldes religiosos. A solução veio com a ideia de se criar uma organização de cidadãos que se dedicavam às atividades educativas, tudo em moldes civis, que serviriam como uma associação de cidadãos aos olhos do Estado e como uma associação de religiosos perante a Igreja.

Dom Bosco, então, conseguiu um terreno no bairro de Valdocco, em Turim. Mudou-se para lá e fundou a obra que mudaria a vida de muitos meninos, oferecendo a eles moradia, segurança, diversão, catequese e profissionalização. Chamou esse local de Oratório São Francisco de Sales. Assim, começou a maravilhosa obra dos oratórios festivos de Dom Bosco.

A grande obra dos Salesianos

Vendo os frutos desse trabalho, muitos colaboradores se juntaram a ele para trabalhar na missão de evangelizar e dar um futuro a adolescentes e jovens desamparados. Em 1855, Dom Bosco deu o nome de Salesianos a seus colaboradores. Os primeiros Salesianos fizeram os votos religiosos de castidade, pobreza e obediência. Em 1859, fundou a Congregação Salesiana, com a missão de cuidar dos meninos. O nome Salesiano foi uma homenagem a São Francisco de Sales, o Santo da delicadeza no trato com as pessoas.

Salesianas para cuidar das meninas

Maria Mazzarello, juntamente com sua amiga Petronilla, fundou uma oficina de costura para meninas. O projeto deu certo e logo, em 1863,  a Organização passou a acolher meninas órfãs. Vendo o trabalho de Maria, Dom Bosco fundou, em 1872, o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, que teriam a missão de cuidar das meninas. Maria Domingas Mazzarello, mais tarde, foi canonizada e passou a ser chamada de Santa Maria Domingas Mazzarello. Sua obra, em conjunto com o Oratório São Francisco de Sales, socorreu milhares de crianças meninas carentes proporcionando formas de educação e aprendizado profissional.

A obra de Dom Bosco se espalha pelo mundo

A obra de Dom Bosco não se conteve apenas na Itália. Em 1875, foram enviados os primeiros Missionários Salesianos para a América do Sul. Em seguida, enviou Salesianos ao Brasil, para fundar o Colégio Santa Rosa, em Niterói, RJ, e o Liceu Coração de Jesus, em São Paulo. Ambos com a mesma missão de resgatar e formar adolescentes, nos moldes do Oratorio São Francisco de Sales. A Congregação se espalhou pelo mundo e se tornou uma das maiores da Igreja Católica.

Dom Bosco vai para o céu

Dom Bosco faleceu aos 72 anos, em 31 de janeiro de 1888. Deixou a Congregação Salesiana espalhada por vários países. Logo, sua fama de taumaturgo (intercessor de milagres), de educador da juventude, de Defensor da Igreja Católica e de Apóstolo da Virgem Auxiliadora se espalhou pelo mundo. Com tantos atributos, o Papa Pio XI, que era amigo de Dom Bosco, canonizou-o na Páscoa de 1934 e consagrou sua celebração anual no dia 31 de Janeiro.

Legado para a humanidade

Hoje, no Século 21, a herança de Dom Bosco continua atual. Seu amor pelos jovens e sua sabedoria pedagógica ainda não foram superados. Dom Bosco é o grande Santo Mestre e Pai da Juventude. Sua obra salvou milhares de jovens e seu pedido de que os jovens sejam amados, mas que eles próprios saibam que são amados, ainda é levado por todo o mundo.

A Medalha de Dom Bosco

Por tudo isso, usar uma Medalha de Dom Bosco significa mostrar um grande ideal: o do amor à juventude e de esperança por mundo melhor. Veja como o pensamento dele ainda condiz com a realidade do mundo atual:

Basta que sejam jovens para que eu os ame.

Prometi a Deus que até meu último suspiro seria para os jovens.

O que somos é presente de Deus; no que nos transformamos é o nosso presente a Ele. Ganhem o coração dos jovens por meio do amor.

A música dos jovens se escuta com o coração, não com os ouvidos.

Oração a São João Bosco

Oh Pai e Mestre da Juventude, São João Bosco, que tanto trabalhastes pela salvação das almas, sede nossa guia em buscar o bem da nossa e a salvação do próximo; ajudai-nos a vencer as paixões e o respeito humano; ensinai-nos a amar a Jesus Sacramentado, a Maria Santíssima Auxiliadora e ao Papa, e obtende-nos de Deus uma santa morte, para que possamos, um dia, achar-nos juntos no Céu.

Assim seja.

O SONHO DE DOM BOSCO

Muitos acreditam que santo italiano profetizou a construção de Brasília no século 19

“Entre os graus 15 e 20, havia uma enseada bastante longa e bastante larga, que partia de um ponto onde se formava um lago. Disse, então, uma voz, repetidamente: - Quando se vierem a escavar as minas escondidas no meio destes montes, aparecerá aqui a terra prometida, de onde jorrará leite e mel. Será uma riqueza inconcebível.”

Tais palavras são consideradas por muitos como uma profecia da construção de Brasília. São o relato de um sonho de São João Bosco, Santo italiano, fundador da Congregação dos Salesianos. Elas aparecem no livro “Memórias Biográficas de São João Bosco”, escrito por seu assistente, Padre Lemoyne.

Em agosto de 1883, Dom Bosco, como é mais conhecido, sonhou que fazia uma viagem à América do Sul – continente que jamais visitou. No sonho, ele passou por várias terras entre a Colômbia e o Sul da Argentina, vislumbrando povos e riquezas. Ao chegar à região entre os paralelos 15° e 20°, viu um local especial, onde, nas palavras de um Anjo que o acompanhava em sua visão, apareceria “a terra prometida” e que seria “uma riqueza inconcebível”.

Setenta e sete anos depois do sonho, era inaugurada no Planalto Central brasileiro a cidade de Brasília, exatamente dentro do intervalo de coordenadas geográficas mencionado na visão de Dom Bosco e emoldurada pelo Lago Paranoá.

A vinculação com o sonho do Santo existiu desde o começo da construção da capital, tanto que a primeira obra de alvenaria a ser erguida foi a Ermida Dom Bosco, uma pequena capela em forma piramidal, projetada por Oscar Niemeyer e localizada às margens do Lago Paranoá. Foi construída em 1957. como uma homenagem ao Santo – mais tarde feito padroeiro de Brasília, ao lado de Nossa Senhora Aparecida – e como um pedido para que ele abençoasse a nova cidade. Além disso, a Congregação fundada por São João Bosco, a dos Salesianos, desde 1956 se fez presente nos acampamentos dos trabalhadores – foi a primeira ordem religiosa a chegar ao Distrito Federal.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 30 de janeiro de 2024

DIA DE SANTA JACINTA MARESCOTTI - 30 DE JANEIRO
 

DIA DE SANTA JACINTA MARESCOTTI - 30 DE JANEIRO

 

HOMILIA - 30.01.24

 

 

HISTÓRIA DE SANTA JACINTA MARESCOTTI

Origens 

Jacinta nasceu na província de Viterbo, próximo a Roma, na Itália, em 1585. Seu nome de batismo era Clarice. Ela pertencia a uma família nobre. Era filha do príncipe Marco Antônio Marescotti e de Otávia Orsini. Tinha parentesco com os Príncipes Orsini.

Educação e falta de interesse pela religião

Jacinta recebeu uma refinada educação, digna dos nobres, bem como os irmãos. Esses nobres, da aristocracia de Roma, tinham vínculos fortes com a Igreja Católica. Por isso, a educação cristã que recebiam era uma herança preciosa a ser passada aos filhos. Ainda criança, foi entregue às Religiosas Franciscanas onde Inocência, sua irmã mais velha, já vivia uma vida religiosa fervorosamente, como uma Santa. Seus pais queriam que Jacinta vivesse a mesma vida com a irmã, mas ela nunca demonstrou a mesma vocação. Muito pelo contrário, não queria saber da vida religiosa.

Vida fútil em busca dos prazeres mundanos

Jacinta era uma mulher bonita, independente e culta, mas gostava de levar uma vida fútil, cheia de vaidade e com muito luxo. Sonhava com o casamento e não pensava numa vida religiosa. Mas teve uma grande decepção quando a irmã mais nova casou-se com o Marquês de Capizuochi, que Jacinta queria conquistar. Tempos depois, com outro pretendente, o casamento também não aconteceu. Após esses acontecimentos, Jacinta tornou-se mais altiva, fútil e insuportável. Ela procurava as diversões oferecidas pela alta sociedade.

Vestiu o hábito a contragosto e dava maus exemplos

Vendo a vida que levava, seus pais enviam Jacinta para o Mosteiro de São Bernardino de Viterbo, da Ordem Terceira de São Francisco, junto à irmã, Inocência. Muito a contragosto, vestiu o hábito, trocou seu nome para Jacinta e iniciou sua experiência religiosa. Infelizmente, suas vaidades a acompanharam no Convento e, por dez anos, ela não foi exemplo para suas irmãs de hábito. Não respeitava o espírito de pobreza da vida religiosa, vivendo no luxo de um quarto que mandou decorar e usando belas roupas de seda. Porém, Deus havia reservado a hora certa para a conversão definitiva de Jacinta.

A mudança de vida acontece por amor ou pela dor

Sua mudança interior começou com a notícia de que seu pai tinha sido assassinado. Jacinta começou a questionar os valores da vida, da riqueza e dos títulos da nobreza. Depois, ao ficar gravemente doente, o Capelão que servia o Convento não quis atender sua confissão, recusando-se a entrar no luxuoso quarto de Jacinta, e dizendo-lhe com severidade: “O Paraíso não é feito para pessoas vãs e soberbas”. Essas palavras tocaram profundamente Jacinta, a ponto de ela falar ao Confessor: “Quer dizer que não há mais salvação para mim! ” O Capelão respondeu-lhe que a única maneira de salvar sua alma era pedindo perdão a Deus, reparando os maus exemplos que ela havia dado às companheiras e mudando de vida.

O tempo de Deus havia chegado para Jacinta

Jacinta prometeu tudo ao Capelão. Depois, seguindo os conselhos do religioso, foi até o refeitório do Convento no momento que toda a comunidade estava reunida e, sob muitas lágrimas, prostrou-se reconhecendo suas falhas e erros em voz alta, pedindo perdão de todos os escândalos. As irmãs, espantadas e comovidas com seu ato de humildade, alegraram-se e prometeram unir suas orações às dela, a fim de que tamanha graça fosse consumada.

Bons exemplos e influência positiva

Tempos depois, contra a sua vontade, Jacinta foi eleita como Superiora do Convento e Mestra das Noviças. Suas penitências severas e prolongadas orações eram sempre em favor de todos os pecadores. Sob sua orientação, muitas pessoas, depois de convertidas, fundaram instituições religiosas, orfanatos e asilos.

Mesmo vivendo no convento, ela e suas amigas encontraram meios de exercer a caridade. Durante uma grave epidemia que atingiu a região, ela criou duas associações: uma para conseguir esmolas para os mendigos, convalescentes e presos; a outra para construir um hospital. A essas duas associações ela chamou de Oblatas de Maria. Elas existem até hoje em Viterbo.

Morte e canonização

Jacinta não tinha completado 50 anos, quando foi atacada por um mal súbito que a levou à morte em poucas horas. Ela faleceu no dia 30 de janeiro de 1640 e foi sepultada na igreja do Convento, em Viterbo, onde se converteu. O Cardeal Marescotti, sobrinho de Jacinta, solicitou a sua beatificação, que foi pronunciada em 1726 pelo Papa Bento XIII, membro da família. O Papa Pio VII a canonizou em 24 de maio de 1807.

Oração a Santa Jacinta de Marescotti

“Ó Deus, que fizestes da virgem Santa Jacinta, abrasada no fogo do vosso amor, modelo de contínua mortificação, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de chorar os nossos pecados e permanecer no Vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, Amém. ”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 29 de janeiro de 2024

DIA DE SÃO PEDRO NOLASCO - 29 DE JANEIRO

DIA DE SÃO PEDRO NOLASCO - 29 DE JANEIRO

HOMILIA - 29.01.24

 

História de São Pedro Nolasco

Na história das deportações, encontramos um capítulo tristíssimo e infelizmente não último, que se refere às devastações dos sarracenos ao longo das costas italianas e espanholas para saquear e capturar homens e mulheres, levados à força aos confins da África para serem vendidos como escravos e depois restituídos aos parentes mediante volumosa soma de resgate. Nessa calamidade, insere-se um capítulo de exultante caridade e devoção mariana. Em Barcelona, na noite entre 1º e 2 de agosto de 1218, Nossa Senhora teria aparecido a Pedro Nolasco, um jovem de vinte e nove anos, para convidá-lo a fundar uma Ordem Religiosa com o fim principal de resgatar os prisioneiros.

Pedro Nolasco, nascido na região francesa de Languedoc em 1189, de família nobre, ficou órfão de pai aos quinze anos e pôs-se a seguir Simão de Montfort na Cruzada contra os albigenses. Na luta contra os guerreiros hereges, cai o Rei de Aragão, Pedro II, deixando o primogênito e herdeiro do trono, Tiago, com apenas seis anos de idade. Pedro Nolasco teve a incumbência de Mestre e tutor do futuro Rei de Aragão, ao qual deu uma educação religiosa caracterizada por filial devoção mariana. Foi nesse período que Pedro Nolasco, já empenhado com todos os meios no resgate dos cristãos caídos nas mãos dos mouros, teve a visão de Nossa Senhora. Nasceu, então, a Ordem Religiosa dos Mercedários, assim chamados porque, particularmente devotos de Nossa Senhora, a honram sob o título de Santa Maria da Misericórdia, ou das Mercês dos escravos.

A regra deles, redigida sob a direção de são Raimundo de Penafort, os obriga a um quarto voto: a oferecer-se como escravo dos muçulmanos, quando necessário, para livrar um cristão em perigo de apostasia. Dos vinte e seis mil prisioneiros libertados por Mercedários, no seu primeiro século de vida, nada menos que 890 foram resgatados e reconduzidos à pátria por Pedro Nolasco. Mas ele não se limitava a estabelecer com os mouros o preço do resgate. A um preço bem mais árduo de sofrimentos, torturas, prisões, Pedro Nolasco pregava o Evangelho aos infiéis, arriscando a própria vida.

Morreu no dia de Natal de 1258, murmurando as palavras do salmo: “O Senhor remiu o seu povo”. A primeira imagem de Nossa Senhora que tocou o solo americano foi a da Virgem das Mercês, pintada por ordem de Isabel, a Católica, e doada aos Mercedários que partiam em missão para São Domingos. A festa de hoje é dedicada à Virgem das Mercês, enquanto a memória de são Pedro Nolasco é lembrada no Martirológio Romano a 31 de janeiro.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 28 de janeiro de 2024

DIA DE SANTO TOMÁS DE AQUINO - 28 DE JANEIRO

DIA DE SANTO TOMÁS DE AQUINO - 28 DE JANEIRO

HOMILIA - 28.01.24

 

História de Santo Tomás de Aquino 

Neste dia, 28 de janeiro, lembramos uma das maiores figuras da Teologia Católica: Santo Tomás de Aquino. Conta-se que, quando criança, com cinco anos, Tomás, ao ouvir os monges cantando louvores a Deus, cheio de admiração perguntou: "Quem é Deus?".

A vida de santidade de Santo Tomás foi caracterizada pelo esforço em responder, inspiradamente para si, para os gentios e a todos sobre os Mistérios de Deus. Nasceu em 1225, em Roccasecca, Itália, numa nobre família, a qual lhe proporcionou ótima formação, porém, visando a honra e a riqueza do inteligente jovem, e não a Ordem Dominicana, que pobre e mendicante atraía o coração de Aquino.

Diante da oposição familiar, principalmente da mãe condessa, Tomás chegou a viajar às escondidas para Roma, com dezenove anos, para um Mosteiro Dominicano. No entanto, ao ser enviado a Paris, foi preso pelos irmãos, servidores do Império. Levado ao lar paterno, ficou, por ordem da mãe, um tempo detido. Tudo isso com a finalidade de fazê-lo desistir da vocação, mas nada adiantou.

Livre e obediente à voz do Senhor, prosseguiu nos estudos, sendo discípulo do mestre Alberto Magno. A vida de Santo Tomás de Aquino foi tomada por uma forte espiritualidade eucarística, na arte de pesquisar, elaborar, aprender e ensinar pela Filosofia e Teologia os Mistérios do Amor de Deus.

Pregador oficial, professor e consultor da Ordem, Santo Tomás escreveu, dentre tantas obras, a Suma Teológica e a Suma contra os gentios. Chamado "Doutor Angélico", Tomás faleceu em 1274, deixando para a Igreja o testemunho e, praticamente, a síntese do pensamento católico.

Santo Tomás de Aquino, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 27 de janeiro de 2024

DIA DE SANTA ÂNGELA MÉRICI - 27 DE JANEIRO

DIA DE SANTA ÂNGELA MÉRICI - 27 DE JANEIRO

HOMILIA - 27.01.24

 

HISTÓRIA DE SANTA ÂNGELA MÉRICI 

Origens

Ângela Mérici nasceu em Desenzano del Garda, Norte da Itália, em 1470. Foi no período da Reforma da Igreja, no combate à doutrina luterana, e do Renascimento. Seus pais eram camponeses e muito religiosos. Desde pequena, ela demonstrava inclinação à vida religiosa, dando preferência a leituras sobre a vida de Santos.

Provações

Ângela foi provada na vida desde a infância, ao ficar órfã de pai e mãe, e também perder sua irmãzinha, com quem tinha muita ligação. Foi adotada por um tio, que vivia em outra cidade, mas que também acabou falecendo. Assim, ela volta à sua terra natal. Aos treze anos de idade, passando ainda por muito sofrimento, ingressou num Convento da Ordem Terceira de São Francisco de Assis.

Experiência de vida e vida religiosa

Conhecendo bem os males que a Renascença estava fazendo às famílias, funda a Congregação das Irmãs Ursulinas, sob inspiração de Nossa Senhora. O nome era para homenagear Santa Úrsula, martirizada no século IV, que, com um pequeno grupo de moças, foi morta defendendo a virgindade, a castidade e a religião católica. As irmãs da nova Comunidade se dedicavam à educação, principalmente das jovens, preparando-as para se tornarem mães de família com raízes e fortes bases cristãs.

Sensibilidade humana

Ângela começa a perceber que, naquele momento da vida local, as meninas estavam perdidas, sem ter alguém para educá-las e orientá-las sobre os perigos morais, intelectuais, e sobre as novas ideias que faziam com que as pessoas se afastassem de Deus, da fé e da Igreja. Para derrotar as ideias pagãs era necessário restaurar as famílias. Dessa forma, Ângela se torna portadora de mensagens inovadoras para a época.

Sábia conselheira

Apesar de ter somente o curso primário, Ângela foi conselheira de bispos, sacerdotes, governadores e doutores. Os conhecimentos adquiridos através dos seus sofrimentos, de sua total entrega a Deus e da vida de penitência meditativa lhe proporcionaram, pela graça do Divino Espírito Santo, o dom do conselho.

Trabalho revolucionário de evangelização

Ângela e mais vinte e oito moças começam a ensinar o Catecismo em toda a região. As Ursulinas, como eram chamadas, desenvolveram uma nova concepção, revolucionária, numa época em que todos acreditavam que para uma moça obter uma boa formação cristã, ela deveria estar numa clausura.

Acontecimentos extraordinários

Ângela discerniu que as Ursulinas deveriam se tornar uma Congregação Religiosa. Conta-se que, antes de dar início a esse projeto, indo à Roma, ela quis realizar uma peregrinação a Jerusalém. Porém, logo que chegou, ficou cega e só conseguia ver espiritualmente os lugares sagrados que visitou. Na volta, ao parar numa cidade onde havia um crucifixo milagroso, rezou e recuperou a visão.

A Congregação e a morte de Ângela

Em 1525, depois de um encontro com o Papa Clemente VII, Ângela deu início oficial no processo de fundação da Congregação, que foi implantada definitivamente na Brescia, em 1535.

Nesse mesmo local, Ângela morreu em janeiro de 1540, aos 70 anos de idade. Foi canonizada em 1807. Santa Ângela de Mérici é a protetora dos doentes, das pessoas com deficiência, dos males do corpo e da perda dos pais.

Oração à Santa Ângela de Mérici

“Ó Deus, que por meio de nossa Mãe Santa abençoou Santa Ângela, a fundar uma nova Ordem de Santas Virgens para florescer na tua Igreja, conceda, por sua intercessão, que possamos imitar suas virtudes angelicais e, abandonando todas as coisas terrenas, possamos ser considerados dignos da bem-aventurança eterna. Por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 26 de janeiro de 2024

DIA DE SÃO TIMÓTEO E SÃO TITO - 26 DE JANEIRO
 

DIA DE SÃO TIMÓTEO E SÃO TITO - 26 DE JANEIRO

HOMILIA - 26.01.24

 

História de São Timóteo e São Tito

Ambos foram colaboradores do Apóstolo dos Gentios. Por isso, o novo calendário inseriu-os logo após a Festa da Conversão de São Paulo, em 25 de janeiro.

Timóteo foi o discípulo exemplar: obediente, discreto, corajoso, trabalhador. Por essa razão, São Paulo preferiu-o a João Marcos como companheiro no apostolado, na segunda viagem missionária, no outono de 50.

Nasceu em Listra, onde São Paulo o encontrou na primeira viagem. Foi um dos primeiros a se converter ao Evangelho. Timóteo foi educado na religião hebraica pela mãe, Eunice, e pela avó, Loide. Desde pequeno, tinha grande amor às Escrituras. Acompanhou São Paulo a várias cidades: Filipos, Tessalônica, Atenas, Corinto, Éfeso e até Roma. Por meio dele, Paulo tinha, com maior facilidade, contato com as comunidades cristãs.

Entre 63 e 66, quando recebeu a Primeira Carta (1Tm), era Bispo da Igreja de Éfeso; na Segunda Carta, São Paulo convida-o a passar o inverno com ele em Roma. É comovente a súplica do velho apóstolo ao filho Timóteo de trazer-lhe a capa que havia deixado em Trôade. Com certeza, estava muito frio o cárcere romano. Timóteo presenciou o martírio de São Paulo. Segundo uma tradição, Timóteo foi martirizado em Éfeso no ano 97.

Tito foi o segundo grande colaborador de São Paulo. Provinha do paganismo. Foi convertido e batizado por São Paulo. Em 49, já estava com Paulo em Jerusalém. Paulo o chama “meu filho”. Foi seu companheiro na terceira viagem e ajudou-o a escrever uma Carta aos Coríntios.

Libertado da prisão romana, o Apóstolo passou por Creta, onde fundou uma comunidade cristã e confiou-a a Tito. Foi ali que recebeu a carta de Paulo. É testemunha da Igreja Apostólica. Tito foi depois a Roma avistar-se com o Mestre, que o mandou provavelmente evangelizar a Dalmácia, onde seu culto ainda hoje é intenso. Segundo uma tradição, Tito morreu em Creta, após longa vida.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 25 de janeiro de 2024

DIA DA CONVERSÃO DE SÃO PAULO - 25 DE JANEIRO

DIA DA CONVERSÃO DE SÃO PAULO - 25 DE JANEIRO

HOMILIA - 25.01.24

 

Conversão de São Paulo

 

O apóstolo dos gentios e das nações nasceu em Tarso, Turquia, no ano 5 da Era Cristã. Da tribo de Benjamim, era judeu de nação. Tarso era mais do que uma colônia de Roma, era um município. Logo, ele recebeu também o título de cidadão romano. O seu pai pertencia à seita dos fariseus. Foi nesse ambiente, em meio a tantos títulos e adversidades, que ele foi crescendo e buscando a Palavra de Deus.

Combatente dos vícios, foi um homem fiel a Deus. Paulo de Tarso foi estudar na escola de Gamaliel, em Jerusalém, para aprofundar-se no conhecimento da lei, buscando colocá-la em prática. Nessa época, conheceu o Cristianismo, que era tido como um seita na época. Tornou-se, então, um grande inimigo dessa religião e dos seguidores desta. Tanto que a Palavra de Deus testemunha que, na morte de Santo Estevão, primeiro mártir da Igreja, ele fez questão de segurar as capas daqueles que o [Santo Estevão] apedrejam, como uma atitude de aprovação. Autorizado, buscava identificar cristãos, prendê-los, enfim, acabar com o Cristianismo. O intrigante é que ele pensava estar agradando a Deus. Ele fazia seu trabalho por zelo, mas de maneira violenta, sem discernimento. Era um fariseu que buscava a verdade, porém fechado à Verdade Encarnada. Mas Nosso Senhor veio para salvar todos.

Encontramos, no capítulo 9 dos Atos dos Apóstolos, o testemunho: “Enquanto isso, Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Apresentou-se ao príncipe dos sacerdotes e pediu-lhes cartas para as sinagogas de Damasco, com o fim de levar presos, a Jerusalém, todos os homens e mulheres que seguissem essa doutrina. Durante a viagem, estando já em Damasco, subitamente o cercou uma luz resplandecente vinda do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: ‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’. Saulo então diz: ‘Quem és, Senhor?’. Respondeu Ele: ‘Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro te é recalcitrar contra o aguilhão’. Trêmulo e atônito, disse Saulo: ‘Senhor, que queres que eu faça?’ respondeu-lhe o Senhor: ‘Levanta-te, entra na cidade, aí te será dito o que deves fazer'”.

O interessante é que o batismo de Saulo é apresentado por Ananias, um cristão comum, mas dócil ao Espírito Santo.

Hoje, estamos comemorando o testemunho de conversão de São Paulo. Sua primeira pregação foi feita em Damasco. Muitos não acreditaram em sua mudança, mas ele perseverou e se abriu à vontade de Deus, por isso se tornou um grande Apóstolo da Igreja, modelo de todos os cristãos.

São Paulo, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 24 de janeiro de 2024

DIA DE SÃO FRANCISCO DE SALES - 24 DE JANEIRO

 

DIA DE SÃO FRANCISCO DE SALES - 24 DE JANEIRO

HOMILIA - 24.01.24

 

HISTÓRIA DE SÃO FRANCISCO DE SALES

Origens

Francisco de Sales nasceu em 21 de agosto de 1567, no castelo de Sales, em Saboia, atual Ródano-Alpes, na França. Foi o primogênito de treze filhos que os Barões de Boisy tiveram. Seu nome foi escolhido por causa da devoção que a família tinha a São Francisco de Assis. Para cada filho, os pais escolheram um mentor, e o de Francisco foi o Pe. Deage, que o acompanhou por toda a sua vida, até a hora de sua morte.

Formação

Francisco estudou em Paris, fazendo seus estudos universitários com os jesuítas. Estudou Filosofia, Retórica e Teologia. Por essa formação, tornou-se diretor espiritual e grande pregador, características marcantes de sua vida apostólica. Ele recebeu, também, aulas de dança, esgrima e equitação. Aos 24 anos de idade, Francisco volta para a terra natal e para junto de sua família, que já lhe tinha arrumado um cargo como Senador de Saboia e escolhido, para sua noiva, uma jovem rica e nobre.

Vocação

Apesar de ser o principal herdeiro da família e de ter seu futuro garantido, sentia-se fortemente chamado para servir exclusivamente a Deus, a ponto de fazer voto de castidade. A Virgem Maria, por quem tinha especial devoção, era a sua principal protetora.

Seu pai ficou sabendo de seu desejo através do Cônego de Genebra, tio de Francisco. Nessa época o Capelão da Catedral de Chamberi faleceu, e seu tio conseguiu sua nomeação para ocupar o posto. Assim, seu pai permitiu que ele se entregasse inteiramente a Deus, sem saber que seu filho Francisco estava predestinado às honras dos altares, como Doutor da Igreja.

Combatendo as heresias

Pe. Francisco ocupou-se da evangelização da cidade de Chablais, às margens do lago de Genebra. Talvez sua principal missão era a de converter os calvinistas, correndo o risco de perder a própria vida. Para esse difícil trabalho, distribuía folhetos combatendo heresias, apresentando as verdades do catolicismo, através da Palavra de Deus. Ele conseguiu muitas conversões, reconduzindo as pessoas ao seio da Igreja novamente. Pe. Francisco tornava-se um importante confessor e diretor espiritual. Isso nos primeiros 5 anos de sua ordenação sacerdotal.

Um Bispo revolucionário

Francisco de Sales foi sagrado Bispo auxiliar de Genebra em 1599, assumindo definitivamente a Diocese três anos depois. Dom Francisco catequisava crianças e adultos, fundou escolas e conduziu à uma vida de santidade importantes pessoas da nobreza. Com ele, essas pessoas, juntamente com Madre Joana de Chantal, foram responsáveis por uma grande mudança religiosa na região. Com Dom Francisco, Madre Joana foi cofundadora da Ordem da Visitação, em 1610, tornando-se, depois, Santa. Pelos escritos, pela pregação e aconselhamentos, Francisco realizou verdadeiros milagres em seu apostolado.

Pregador e escritor

Todos queriam ouvir as palavras do Bispo-Príncipe de Genebra, convidado a anunciar o Evangelho em todos os lugares, inclusive para a família real da Saboia.

Dom Francisco escreveu alguns livros revolucionários, como “Introdução à vida devota”. Escreveu, especialmente para as Filhas da Visitação, o célebre “Tratado do Amor de Deus”, desenvolvendo a ideia de que “a medida de amar a Deus é amá-lo sem medida”.

Morte e canonização

Dom Francisco de Sales faleceu em Lion, na França, em 28 de dezembro de 1622. Porém, a Igreja o celebra no dia 24 de janeiro, pois, nesse dia, em 1623, seus restos mortais foram levados para Anneci, atual capital da Alta Saboia. Ele foi beatificado em 1661. Foi a primeira beatificação ocorrida na Basílica de São Pedro, em Roma. Sua canonização aconteceu quatro anos depois, em 1665.

Doutor da Igreja

Francisco de Sales foi declarado Doutor da Igreja pelo Papa Pio IX e proclamado Padroeiro dos jornalistas e escritores católicos pelo Papa Pio XI.

Tempos depois, pela admiração que Dom Bosco nutria por São Francisco de Sales, ele deu o nome de Congregação Salesiana à magnifica Obra que criou para a educação de jovens.

Oração a São Francisco de Sales

“Oh! São Francisco de Sales, que em sua vida mortal se fez sobressair em todas as virtudes, especialmente no amor a Deus e ao próximo, eu, humildemente, suplico colocar-me sob a sua proteção imediata, para obter de Deus a minha perfeita conversão, e a de todos os pecadores, especialmente... (mencionar os nomes das pessoas para quem você quiser rezar).

Ensine-me, São Francisco de Sales, a fixar os olhos no céu; que eu possa enfrentar todos os obstáculos que se apresentam no meu caminho, e de atingir, um dia, a glória no céu, com auxílio de sua intercessão.

Obtenha, também, o especial favor... (mencionar intenção). Ajudai-nos, ó Senhor, nós vos suplicamos, através dos méritos de São Francisco de Sales. Que aquilo que os nossos esforços não podem obter possa ser-nos dada por sua intercessão.

Oremos: Ó Deus, que, para a salvação das almas, fez São Francisco de Sales seu Confessor e Bispo, que lutava para que todos os homens e mulheres se submetessem a Vossa misericordiosa vontade, e fossem infundidos com a suavidade da caridade, guiados por seus ensinamentos, pedimos, pela intercessão desse vosso servo, a graça de obter a felicidade eterna, através de Cristo, Nosso Senhor. Amém. ”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 23 de janeiro de 2024

DIA DE SANTO ILDEFONSO - 23 DE JANEIRO

DIA DE SÃO ILDEFONSO - 23 DE JANEIRO

HOMILIA - 23.01.24

 

HISTÓRIA DE SANTO ILDEFONSO

Nasceu no ano de 606, em Toledo, Espanha, no dia 8 de dezembro. Um homem de oração, foi discernindo a vontade de Deus também nas perdas. Ficou órfão e, em meio aos bens que possuía, fez de tudo para a construção de um mosteiro para religiosos. Um homem de discernimento, que não quer dizer sem medo, sem dificuldades.

Os Santos não foram super-homens, mas pessoas de carne e osso que foram se deixando transformar por Aquele que é o Santo dos Santos: Jesus Cristo. Ele que, pelo poder do Espírito Santo, opera maravilhas no coração que se abre.

Santo Ildefonso, um coração aberto para as vontades de Deus, mesmo contra a própria vontade. Aconteceu que o Bispo de sua localidade havia falecido, e o povo o elegeu. Ele se escondeu num convento, mas foi descoberto e aceitou esse grande serviço para o povo de Deus. Foi um grande instrumento de Deus e devoto da Santíssima Virgem. Ele propagou a Festa da Expectação de Nossa Senhora, em 18 de dezembro – Nossa Senhora do Ó, como ficou conhecida. Fruto desse amor, ele recebeu a graça de uma aparição da Virgem Maria, chamando-o de “meu Capelão” e presenteando-o com uma casula do céu. Assim diz o seu testemunho.

Um homem revestido de humildade, de vida, de oração na vida sacramental, por isso foi um grande pastor para o seu povo. Não evangelizou sozinho, pois os Santos bem sabiam e continuam a saber o quanto nós precisamos uns dos outros para que a evangelização aconteça, para que muitos conheçam esse doce nome que tem Nosso Senhor Jesus Cristo. Os Santos foram aqueles que se consumiram pelo Evangelho para que muitos conheçam Jesus Cristo.

Santo Ildefonso, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 22 de janeiro de 2024

DIA DE SÃO VICENTE, DIÁCONO E MÁRTIR - 22 DE JANEIRO

DIA DE SÃO VICENTE, DIÁCONO E MÁRTIR - 22 DE JANEIRO

HOMILIA - 22.01.24

 

História de São Vicente, Diácono e Mártir

 

A história da origem do nome de São Vicente começou há muito tempo, no ano 325, na cidade espanhola de Huesca, uma então Província de Saragoza. Lá nasceu o jovem Vicente.

O diácono espanhol, São Vicente, é o mártir mais célebre da Península Ibérica. Um século após o seu martírio, Santo Agostinho dedicava-lhe o dia 22 de janeiro, e, nesse dia, fazia um sermão sobre ele. Os atos de seu martírio, em grande parte apócrifos, têm também muita verdade. Nasceu sob Diocleciano, esteve preso em Valência, foi processado junto com seu Bispo diante do Governador Daciano e, em Valência mesmo, sofreu o martírio.

Essas lacônicas notícias são preenchidas com os coloridos dos Atos. O Bispo de Saragoça não era bom pregador, era um pouco gago. Providencialmente, apareceu Vicente, com bastante cultura e muita facilidade de expressão. Ordenado Diácono, Vicente foi encarregado da pregação do Evangelho. Explodia a cruel perseguição por todo o Império Romano. Em Valência, o Governador Daciano mandou prender os mais célebres representantes, os líderes da Igreja espanhola. Com seu Bispo, Vicente foi obrigado a ir a pé, de Saragoça até Valência. Não sucumbiu. Chegando à presença do Governador refutou-lhe as acusações e ainda expôs-lhe a Mensagem Evangélica. O Governador ordenou que fosse torturado.

O Diácono de Saragoça, todo ferido e inchado, foi atirado a uma cela escura, cujo piso estava forrado de cacos de vidro para atormentá-lo. Vicente, porém, com voz forte, entoava hinos de agradecimento a Deus. O Governador, para rebaixá-lo, ordenou que o colocassem numa cama muito confortável, mas ele já estava morto.

Jogaram seu corpo para ser comido pelos animais selvagens. Uma grande águia não deixava os animais se aproximarem. Daciano, então, ordenou que jogassem seu corpo no rio, depois de tê-lo amarrado a uma pedra. O corpo não afundou. Voltou à margem, e os cristãos o sepultaram. No local, os cristãos erigiram-lhe uma igreja como túmulo.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 21 de janeiro de 2024

DIA DE SANTA INÊS, VIRGEM E MÁRTIR - 21 DE JANEIRO

DIA DE SANTA INÊS, VIRGEM E MÁRTIR - 21 DE JANEIRO

 

HOMILIA - 21.01.24

 

 

HISTÓRIA DE SANTA INÊS, VIRGEM E MÁRTIR 

Santa Inês tem o nome originário do grego e significa pura. Inês nasceu em Roma, no ano 304. Era de família nobre, descendente da família Cláudia. Desde pequena, foi educada na fé cristã. Foi cuidada por uma Aia, uma babá. Desde criança, demonstrou personalidade forte e decidiu consagrar sua pureza para Deus.

Vida de Santa Inês

Com apenas 13 anos, já era cheia de pretendentes, por causa de sua beleza. Inês foi cobiçada por sua beleza e riqueza por um jovem romano chamado Fúlvio, que era filho de Simprônio, o Prefeito de Roma. Fúlvio fez o pedido de casamento formal à família. Inês, porém, não aceitou, por causa de sua consagração a Deus.

Fúlvio, indignado, denunciou Inês como cristã. E era tempo de perseguição contra os cristãos. Por isso, Inês foi presa, e após um julgamento forjado, foi condenada a vários castigos. Os pais de Santa Inês nada puderam fazer em seu favor, pois o Prefeito de Roma era superior a eles.

Santa Inês, castigada pelos homens e defendida por Deus

Assim, sem poder contar com o socorro de seus pais, queriam obrigar Inês a manter aceso o fogo da deusa romana do lar e do fogo chamada Vesta, no templo dedica à deusa. O castigo era uma maneira de obrigar Inês renunciar à sua fé.

Mas Inês  recusou-se e disse ao Prefeito: Se recusei seu filho, que é homem, como pode pensar que eu aceite prestar honras a uma estátua? Meu esposo não é desta terra (Jesus Cristo). Sou jovem, é verdade, mas a fé não se mede pelos anos e sim pelas obras. Deus mede a alma, não a idade. Quanto aos deuses, podem até ficar furiosos, que eu não os temo. Meu Deus é amor.

O Prefeito, irado, condenou Inês a uma pena pior: ser exposta nua num prostíbulo do Circo Agnolo, em Roma, para que todos os homens a vissem. Inês pediu proteção a Deus. Então, uma luz celestial a protegeu, de forma que ninguém conseguiu se aproximar dela. Em seguida, seus cabelos cresceram rápido e protegeram seu corpo.

Milagres de Santa Inês

O primeiro homem que tentou agarrar Inês nua no prostíbulo ficou cego por causa da luz que a protegia. Ao ver o homem cego, porém, Santa Inês rezou por ele, perdoou-o e ele pôde ver novamente, convertendo-se. O homem passou a ver não uma jovem nua, mas uma filha de Deus, da qual emanava o amor de Deus, que equilibra e coloca as paixões humanas em seu devido lugar.

Não obstante esse milagre, outro homem tentou violentá-la. Dessa vez, porém, um anjo do Senhor o matou. Santa Inês, mais uma vez, ficou com pena e orou a Deus. O homem ressuscitou. Por causa desses acontecimentos, no local onde foi esse prostíbulo, hoje se ergue a Basílica de Santa Inês, em Roma.

Torturas à pequena Santa Inês

Simprônio, o Prefeito de Roma, ao ver tudo isso, teve medo e passou o caso da jovem Inês para o Vice-Prefeito, chamado Aspásio. Este era ainda mais cruel e mandou queimá-la. Porém as chamas nada fizeram a ela e sim aos os soldados que estavam em volta.

Depois disso, Santa Inês passou por vários castigos sob as ordens de Aspásio. Foi acorrentada e esticada na roda de tortura, mas nada a afetava. Inês, por sua vez, perseverava louvando a Jesus e nunca cedendo a qualquer pressão.

Morte de Santa Inês

Por fim, Aspasio, mandou cortar sua cabeça. Assim, com apenas 13 anos, ela foi morta. Foi em 21 de janeiro do ano 317. Por causa da data da sua morte, a festa de Santa Inês é realizada no dia 21 de janeiro, que celebra o dia do seu nascimento no céu.

Consolo para os pais da Santa

Oito dias depois de sua morte, seus pais estavam desconsolados rezando em seu túmulo. Então, Santa Inês apareceu a eles para consolá-los. Ela estava cercada por várias jovens virgens e anjos, segurando um cordeirinho e um lírio. Ela relatou sua felicidade a seus pais que, desse momento em diante, viveram felizes em Roma e perseveraram na fé.

Comprovação arqueológica

Havia um crânio no tesouro de relíquias do Sancta Sanctorum da Basílica de Latrão, em Roma, que há séculos era guardado como sendo de Santa Inês. Recentemente, foram realizados exames forenses sobre esse crânio e foi comprovado que se trata realmente do crânio de uma menina de 13 anos. Hoje, o crânio de Santa Inês está na Igreja de Santa Inês em Agonia (Sant'Agnese in Agone), localizada na Praça Navona, em Roma.

Imagem de Santa Inês

Nas imagens de Santa Inês, ela é representada frequentemente com um cordeiro nos braços, símbolo de Jesus, o Cordeiro de Deus, e também porque seu nome vem do latim agnus (cordeiro). Ela também segura um lírio, símbolo da pureza.

O pálio dos Bispos

Todos os anos, os Padres da Basílica de Santa Inês levam dois cordeiros para o Papa abençoar. Os cordeiros, depois, são tosquiados, e sua lã é levada para fazer os pálios, 2 tiras de lã branca, que são usados na liturgia pelos Arcebispos da Igreja Católica. O pálio é um símbolo que lhes confere o poder da jurisdição. Santa Inês é cantada na ladainha de Todos os Santos. Santa Inês é Padroeira da Pureza e da castidade, é também a padroeira dos noivos.

Oração a Santa Inês

Ó dulcíssimo Senhor Jesus Cristo, fonte de todas as virtudes, amigo das almas virginais, vencedor fortíssimo das ciladas dos poderosos, severíssimo extirpador de todos os vícios, lançai propício vosso olhar para a minha fraqueza, e, pela intercessão de Vossa Santíssima Mãe, a Virgem Maria e de Santa Inês, concedei o auxilio de vossa divina graça.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 20 de janeiro de 2024

DIA DE SÃO SEBASTIÃO - 20 DE JANEIRO

DIA DE SÃO SEBASTIÃO - 20 DE JANEIRO

HOMILIA - 20.01.24

 

HISTÓRIA DE SÃO SEBASTIÃO

 

São Sebastião

 

São Sebastião era um soldado romano que foi martirizado por professar e não renegar a fé em Cristo Jesus. Sua história é conhecida somente pelas Atas Romanas de sua condenação e martírio. Nessas Atas de martírio de cristãos, os escribas escreviam dando poucos detalhes sobre o martirizado e muitos detalhes sobre as torturas e sofrimentos causados a eles antes de morrerem. Essas Atas eram expostas ao público nas cidades com o fim de desestimular a adesão ao cristianismo.

São Sebastião, soldado romano e cristão

São Sebastião nasceu na cidade de Narbona, na França, em 256 d.C. Seu nome de origem grega, Sebastós, significa divino, venerável. Ainda pequeno, sua família mudou-se para Milão, na Itália, onde ele cresceu e estudou. Sebastião optou por seguir a carreira militar de seu pai.

No exército romano, chegou a ser Capitão da 1ª da Guarda Pretoriana. Esse cargo só era ocupado por pessoas ilustres, dignas e corretas. Sebastião era muito dedicado à carreira, tendo o reconhecimento dos amigos e até mesmo do Imperador Romano, Maximiano. Na época, o Império Romano era governado por Diocleciano, no oriente, e por Maximiano, no ocidente. Maximiano não sabia que Sebastião era cristão. Não sabia também que Sebastião,  sem deixar de cumprir seus deveres militares, não participava dos martírios nem das manifestações de idolatria dos romanos.

Por isso, São Sebastião é conhecido por ter servido a dois Exércitos: o de Roma e o de Cristo. Sempre que conseguia uma oportunidade, visitava os cristãos presos, levava uma ajuda aos que estavam doentes e aos que precisavam.

Missionário no exército romano

De acordo com Atos apócrifos atribuídos a Santo Ambrósio de Milão, Sebastião teria se alistado no Exército Romano já com a única intenção de afirmar e dar força ao coração dos cristãos, enfraquecidos diante das torturas.

Martírio de São Sebastião

Ao tomar conhecimento de cristãos infiltrados no exército romano, Maximiano realizou uma caça a esses cristãos, expulsando-os do Exército. Só os filhos de soldados ficaram obrigados a servirem o Exército. E esse era o caso do Capitão Sebastião. Para os outros jovens, a escolha era livre. Denunciado por um soldado, o Imperador se sentiu traído e mandou que Sebastião renunciasse à sua fé em Jesus Cristo. Sebastião se negou a fazer esta renúncia. Por isso, Maximiano mandou que ele fosse morto para servir de exemplo e desestímulo a outros. Maximiano, porém, ordenou que Sebastião tivesse uma morte cruenta diante de todos. Assim, os arqueiros receberam ordens para matarem-no a flechadas. Eles tiraram suas roupas, o amarraram num poste no estádio de Palatino e lançaram suas flechas sobre ele. Ferido, deixaram que ele sangrasse até morrer.

Recuperação

Irene, uma cristã devota, e um grupo de amigos, foram ao local e, surpresos, viram que Sebastião continuava vivo. Levaram-no dali e o esconderam na casa de Irene que cuidou de seus ferimentos.

Segundo martírio de São Sebastião

Depois de curado, Sebastião continuou evangelizando e se apresentou ao imperador Maximiano, que não atendeu ao seu pedido. Sebastião insistia para que ele parasse de perseguir e matar os cristãos. Dessa vez, o imperador mandou que o açoitassem até morrer e depois fosse jogado numa fossa, para que nenhum cristão o encontrasse. Porém, após sua morte, São Sebastião apareceu a Lucina, uma cristã, e disse que ela encontraria o corpo dele pendurado num poço. Ele pediu para ser enterrado nas catacumbas junto dos a Apóstolos.

Sepultamento

Alguns autores acreditam que Sebastião foi enterrado no jardim da casa de Lucina, na Via Ápia, onde se encontra sua Basílica. Construíram, então, nas catacumbas, um templo, a Basílica de São Sebastião. O templo existe até hoje e recebe devotos e peregrinos do mundo todo.

Devoção a São Sebastião

Tal como São Jorge, Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge nos séculos XIV e XV, tanto na Igreja Católica como na Igreja Ortodoxa. São Sebastião é celebrado no dia 20 de janeiro. Existe também uma capela em Palatino, com uma pintura que mostra Irene tratando das feridas de Sebastião. Irene também foi canonizada e sua festa é no dia 30 de março.

Oração a São Sebastião

São Sebastião glorioso mártir de Jesus Cristo e poderoso advogado contra a peste, defendei a mim, minha família e todo o país do terrível flagelo da peste e de todos os males para que servindo a Jesus Cristo alcancemos a graça de participar de vossa Glória no céu. Amém.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 19 de janeiro de 2024

DIA DE SÃO CANUTO - 19 DE JANEIRO

DIA DE SÃO CANUTO - 19 DE JANEIRO

HOMILIA - 19.01.24

 

História de São Canuto

São Canuto nasceu no ano de 1040, na Dinamarca. Filho de um Rei, era sucessor natural. Mas aconteceu que, pela sua vida de oração, testemunho, caridade e justiça, quando o pai faleceu, muitos moveram-se com artimanhas para colocar seu irmão no trono, de maneira injusta. Quanto à sua posição, ele não era apegado ao poder nem o queria para si, então esperou. Depois do falecimento do irmão, ocupou o seu lugar que era de justiça.

Homem de Deus, um sinal para o povo, ele contribuiu para a evangelização. Primeiro, com o seu exemplo, pois acreditava que a melhor forma de educar uma nação é o bom exemplo. Ele viveu para sua esposa e para seu filho Carlos, que mais tarde se tornaria também um Santo. Pai santo, esposo santo, um governador, um homem de poderes; mas que usou esses poderes para servir, ao modelo de Nosso Senhor Jesus Cristo.

São Canuto, amado por muitos e odiado também como Nosso Senhor, foi vítima de artimanhas por pessoas fechadas para Deus e para o bem, pois tinha muita sensibilidade com as viúvas, os órfãos e os mais necessitados. Nele, batia um coração que se assemelhava ao de Jesus. Como Rei, enfrentou muitos desafios e, ao perceber os inimigos se armando, participou de uma Eucaristia como era de costume. Nela, ele não só recebeu o Nosso Senhor, mas, em nome de Jesus, perdoou todos os seus inimigos. Foi, então, assassinado.

São Canuto, rogai por nós!


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