Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 15 de setembro de 2024

DIA DE NOSSA SENHORA DAS DORES - 15 DE SETEMBRO

DIA DE NOSSA SENHORA DAS DORES - 15 DE SETEMBRO

HOMILIA - 15.09.24

 

História de Nossa Senhora das Dores

 

Nossa Senhora das Dores ou Mater Dolorosa (Mãe Dolorosa) é um dos vários títulos que a Virgem Maria recebeu ao longo da história. Esse título, em particular, refere-se às sete dores que Nossa Senhora sofreu ao longo de sua vida terrestre, principalmente nos momentos da Paixão de Cristo.
 

Orani João, Cardeal Tempesta, O. Cist. 

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

Na Semana Santa, uma das imagens que muitos guardam no coração é de N. Sra. das Dores. Com a influência devocional da península ibérica, fomos chamados, desde a infância, a ter esses momentos de contemplar os vários tipos de sofrimentos durante a Semana Santa. Uma das imagens marcantes durante esses dias é justamente a figura de Maria, a Senhora das Dores.

Nossa Senhora sempre guardou e meditou tudo em seu coração, desde quando recebeu a notícia de que seria mãe de Jesus, depois, durante a sua vida infantil e pública e até a sua Morte na Cruz. Maria não gritou, não tentou impedir que levassem seu filho para a morte de Cruz. No caminho do Calvário, Jesus encontra com sua mãe: é claro que Maria estava com muita dor interna, estava com o coração despedaçado, mas não externava, guardava para si, pois sabia, desde o início, com o anúncio do anjo, que a missão de ser a Mãe do Filho de Deus não seria nada fácil.                  

Depois, observamos Maria contemplando, em pé, ao lado do discípulo amado, ao seu filho, Jesus crucificado: ela estava ali, acompanhando os últimos momentos da vida do filho, em silêncio, guardando tudo em seu coração. Jesus entrega a sua mãe ao discípulo amado e o discípulo amado a sua mãe: “Filho, aí está a tua mãe. Mulher, aí está teu filho”, e, partir daí, o discípulo amado a acolheu consigo. Com esse gesto, Jesus entrega sua Mãe a toda humanidade, quando João a acolhe consigo, e toda a humanidade a acolhe, para ser a nossa Mãe.

Ao se encontrarem a Mãe e o Filho, um sente a dor do outro, são os olhares que se encontram e nessa troca de olhares um compreende a missão do outro. Com toda certeza, veio à memória de Maria tudo aquilo que passou em sua vida, desde que aceitou ser a mãe do Salvador, mas, em nenhum momento, ela se desespera. Desde o início, entendeu qual seria a sua missão. E, nos dias de hoje, ela continua intercedendo por nós lá do céu, e de lá eles também trocam olhares de amor e compaixão.

É incomensurável a dor da perda de um filho, mas devemos procurar ser sábios e entendedores da Palavra de Deus, assim como Maria, para compreender os planos de Deus para nossa vida.

A imagem de Nossa Senhora das Dores, com espadas cravadas em seu peito, interpreta o que Maria experimenta na vida, porque expressa o que ela sentiu ao ver o seu filho crucificado e sofrendo cruelmente por nós, como se uma espada atravessasse o seu peito. Maria tem um olhar puro, um olhar de amor, de carinho e, através desse olhar, ela nos encoraja a superarmos as situações difíceis que passamos. E nos ensina a superar as dores assim como ela superou.

Esse título de Nossa Senhora das Dores, assim como todos os outros, tem um grande significado, nasceu da dor, do sofrimento de ver o seu filho sendo morto na Cruz, e nos ensina a lhe dar com o sofrimento, com sabedoria, meditação e oração. Entender que é necessário que passemos por aquele sofrimento para que depois venha a alegria. Que algo tem por trás daquele momento difícil e, muitas vezes, não conseguimos enxergar. Que, ao olhar para trás depois de um tempo, possamos entender que foi um momento ruim que passamos, mas, depois, vem a consolação.

Nossa Senhora das Dores é também conhecida como Nossa Senhora da Consolação, ou seja, ela consola as nossas lágrimas com seu amor nos momentos difíceis da nossa vida. Ela nos consola, também, dando-nos a certeza da ressurreição.

Maria foi fiel à missão dada por Jesus. Após a Morte e Ressurreição de Jesus, ela acompanha os apóstolos em sua missão e estava no cenáculo quando tiveram a experiência da presença do Espírito Santo, que fez os discípulos saírem em missão para anunciar o Reino de Deus. E ela nos ensina, também, a sermos fiéis na nossa missão, vivendo o nosso batismo, anunciando o Reino de Deus.

Que Nossa Senhora, a Mãe das Dores, seja um sinal em todas as situações difíceis de nossa vida e interceda por nós neste tempo de sofrimentos e nos inspire a fé e a coragem para que não desanimemos nas situações de “morte” e nos ajude a crescer e a encontrar a “Ressurreição”.


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