DIA DE SANTO ARNOLFO DE METZ - 18 DE JULHO
HOMILIA - 28.07.24
HISTÓRIA DE SANTO ARNOLFO DE METZ
Arnolfo nasceu em 582, na região de Metz, antiga Gália e atual França. Filho de família rica, nobre e cristã, ele teve a oportunidade de estudar. Posteriormente, casou-se com uma jovem aristocrata. O casal teve dois filhos. Sua família viveu numa época muito difícil. A Gália estava dominada pelos francos. Além disso, estava dividida em vários reinos menores, que guerreavam uns com os outros. Isso causava enormes tragédias familiares, dor, desejo de vingança e muita corrupção.
Por causa de sua competência e caráter, Arnolfo foi chamado para trabalhar para um dos reinos da Gália, o chamado Reino da Austrásia, governado pelo rei Teodeberto II. Tudo ia bem no pequeno reino até que o rei faleceu. A partir desse momento, o rei dos francos, chamado Clotário II, invadiu e anexou a região. Além disso, mandou que todos os descendentes de Teodeberto II fossem mortos. Parecia que o futuro de Arnolfo estava destruído.
A fama da competência, do caráter, da justiça e da fé cristã de Arnolfo chegou ao conhecimento do rei Clotário II. Por isso, o rei, agora senhor de uma enorme região, chamou Arnolfo para ser seu conselheiro. Percebendo que Arnolfo era realmente digno de confiança, confiou a ele a formação e educação de seu próprio filho, chamado Dagoberto. Santo Arnolfo formou o príncipe de tal maneira, na justiça, na fé e na caridade cristã que, quando se tornou rei, Dagoberto foi um governantes mais justos da história da Gália e França. É notável que, durante seu governo, nenhuma atrocidade tenha sido cometida, coisa que era comum naquela época. Somente pela formação do rei Dagoberto, Santo Arnolfo mereceria ser lembrado na história da humanidade. Mas ele não fez só isso.
Impressionado com a conduta irrepreensível de Santo Arnolfo, o rei Clotário II decidiu nomeá-lo bispo de Metz. Arnolfo, com efeito, não se julgava digno da missão, sabendo que era um homem pecador e limitado. Além disso, sabia que participando da corte real, seria difícil manter-se sem pecados, pois a corte era cheia de corrupção e oportunidades de pecado. Por isso, num momento de decisão espiritual, quando estava propenso a renunciar, jogou seu anel de bispo no rio Mosela e rezou: "Senhor, se me perdoa, faze-o retornar". A tradição conta que, mais tarde, o anel retornou a suas mãos dentro de um peixe que lhe foi servido. Por isso, ele aceitou a missão e se tornou um dos grandes bispos de seu tempo.
No tempo de Santo Arnolfo, o celibato ainda não era uma regra disciplinar da Igreja, de forma que era comum os clérigos serem pais de família. Aliando sua experiência de tantos anos, como bispo, ele participou dos Concílios de Reims e de Clichy. Anos mais tarde, um de seus filhos, Clodolfo, também veio a se tornar bispo, substituindo o pai na liderança da diocese de Metz. Outro de seus filhos, Ansegiso, herdando a capacidade de formação do pai, passou a ser Mestre do Palácio do tempo Carolíngio.
Quando a idade não permitiu mais que Santo Arnolfo exercesse a função de bispo com a dedicação que ela exige, ele renunciou ao cargo, deixando-o na mão de seu filho Clodolfo. Em seguida ingressou num mosteiro que tinha sido fundado por um amigo seu chamado Romarico. Ali Santo Arnolfo viveu sua velhice dedicando-se à penitência, à oração e à caridade. Santo Arnolfo faleceu em 18 de julho de 641. Tão logo os habitantes de Metz ficaram sabendo de sua morte, pediram que seu corpo fosse trasladado para a basílica da cidade, que passou a ser dedicada a Santo Arnolfo.
“Ó Deus, que destes a Santo Arnolfo a graça de permanecer incorruptível numa corte onde reinava a corrupção e o pecado, dai também a nós a graça de permanecermos puros e limpos diante da corrupção moral que invade o nosso tempo. Suscitai também políticos capazes de se manterem honestos, visando o verdadeiro bem do povo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém. Santo Arnolfo, rogai por nós.”