Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)
Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 12 de agosto de 2024
DIA DE SANTA HILÁRIA DE AUGSBURGO - 12 DE AGOSTO
DIA DE SANTA HILÁRIA D AUGSBURGO - 12 DE AGOSTO
HOMILIA - 12.08.24
HISTÓRIA DE SANTA HILÁRIA DE AUGSBURGO
O Dia de Santa Hilária celebra-se a 12 de agosto.
Santa Hilária foi uma mártir cristã. Era mãe de Santa Afra. Ambas as cortesãs eram pagãs, mas se converteram ao cristianismo, depois de receberem a visita do Bispo Narciso e do seu Diácono Félix. Elas foram batizadas na mesma altura, juntamente com as suas criadas.
Afra foi presa e condenada à fogueira em Augsburgo, na Baviera, Alemanha, no ano de 304, durante a perseguição de Diocleciano. Sua mãe enterrou o corpo da filha, assim como o corpo das servas Degna, Eumenia e Euprepia.
Santa Hilária recusava-se a deixar o túmulo de sua filha Afra, onde permanecia em oração. Um dia, em 304, enquanto estava a rezar na campa da filha, foi apanhada por pagãos que a prenderam a uma coluna e a queimaram viva.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 11 de agosto de 2024
DIA DE SANTA CLARA DE ASSIS - 11 DE AGOSTO
DIA DE SANTA CLARA DE ASSIS - 11 DE AGOSTO
HOMILIA - 11.08.24
História de Santa Clara de Assis
Batizada pelo nome de Chiara d’Offreducci, na cidade italiana de Assis, Clara nascera aos 16 de julho de 1194. Segundo o que diz a tradição, sua mãe teria lhe dado este nome devido a uma inspiração que teve. Ela acreditava que sua filha viria para iluminar o mundo.
Clara pertencia a uma família nobre e era muito bela. Desde muito nova se mostrava caridosa e respeitava os mais pobres. Ao se deparar com a decisão de São Francisco de Assis em viver uma vida austera e de completa pobreza, Clara foi tomada por uma irresistível decisão de segui-lo na vida religiosa. Da mesma forma que São Francisco, Clara também enfrentou forte oposição da família, que não aceitava que sua filha abandonasse a vida nobre para viver na completa miséria, mas nada a demoveu de seu ideal. No dia 18 de março de 1212, aos dezoito anos de idade, Clara fugiu de casa, decidindo-se radicalmente pela vida religiosa. Apresentou-se, então, na igreja de Santa Maria dos Anjos, onde se encontrou com São Francisco e seus frades. Ele, então, cortou seus cabelos e pediu que vestisse um hábito de lã e pronunciasse os votos de pobreza, castidade e obediência. Clara foi a primeira mulher a aderir aos ideais franciscanos.
Seguindo o conselho de São Franciso, Clara ingressou primeiramente no Mosteiro beneditino de São Paulo das Abadessas, com o objetivo de familiarizar-se com a vida religiosa. Em seguida, foi para a Ermida de Santo Ângelo de Panço, onde sua irmã de sangue, Inês, juntou-se a ela. Algum tempo depois, Francisco levou-as para o Convento de São Damião, onde seria sediada a Ordem Segunda Franciscana, das monjas. Primeiramente, elas seriam chamadas “Damianitas”, e, depois, a escolha de Clara, de “Damas Pobres”, e, por último, como são chamadas até hoje, “Irmãs Clarissas”.
A decisão de Clara foi tamanha que sua mãe e mais uma de suas irmãs, Beatriz, foram também viver ao seu lado, abandonando seus palácios e suas riquezas.
Por volta de 1224, Clara foi acometida de uma enfermidade e aos poucos foi enfraquecendo. Dois anos depois, em 1226, Francisco viria a morrer, e, depois disso, Clara viveria ainda 27 anos, continuando a vida que havia aprendido com ele.
No dia 11 de Agosto de 1253, algumas horas antes de morrer, Clara recebeu do Papa Inocêncio IV a bula de aprovação canônica da ordem das irmãs Clarissas. Dois anos após a sua morte, foi proclamada santa Clara de Assis, pelo Papa Alexandre IV.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 10 de agosto de 2024
DIA DE SÃO LOURENÇO, DIÁCONO E MÁRTIR - 10 DE AGOSTO
DIA DE SÃO LOURENÇO, DIÁCONO E MÁRTIR - 10 DE AGOSTO
HOMILIA - 10.08.24
São Lourenço
Festejamos, neste dia, a vida de santidade e martírio do Diácono que nem chicotes, algozes, chamas, tormentos e correntes puderam contra sua fé e amor ao Cristo. Lourenço, espanhol, natural de Huesca, foi um Diácono de bom humor que servia a Deus na Igreja de Roma durante meados do Século III.
Conta-nos a história que São Lourenço como primeiro dos Diáconos tinha grande amizade com o Papa Sisto II, tanto assim que ao vê-lo indo para o martírio falou: “Ó pai, aonde vais sem o teu filho? Tu que jamais ofereceste o sacrifício sem a assistência do teu Diácono, vais agora sozinho, para o martírio?”. E o Papa respondeu: “Mais uns dias e te aguarda uma coroa mais bonita!”. São Lourenço era também responsável pela administração dos bens da Igreja, que sustentava muitos necessitados.
Diante da perseguição do Imperador Valeriano, o prefeito local exigiu de Lourenço os tesouros da Igreja, para isso, o Santo Diácono pediu um prazo, o qual foi o suficiente para reunir no átrio os órfãos, os cegos, os coxos, as viúvas, os idosos… todos os que a Igreja socorria, e no fim do prazo – com bom humor – disse: “Eis aqui os nossos tesouros, que nunca diminuem, e podem ser encontrados em toda parte”.
Sentindo-se iludido, o prefeito sujeitou o santo a diversos tormentos, até colocá-lo sobre um braseiro ardente; São Lourenço, que sofreu o martírio em 258, não parava de interceder por todos, e mesmo assim encontrou no Espírito Santo força para dizer no auge do sofrimento na grelha: “Vira-me que já estou bem assado deste lado”.
A Roma cristã venera o santo espanhol com a mesma veneração e respeito com que honra seus primeiros Apóstolos. Depois de São Pedro e São Paulo, a festa de São Lourenço foi a maior da antiga liturgia romana. O que foi Santo Estevão em Jerusalém, isso mesmo o foi São Lourenço em Roma.
São Lourenço, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 09 de agosto de 2024
DIA DE SANTA TERESA BENEDITA DA CRUZ - 09 DE AGOSTO
DIA DE SANTA TERESA BENEDITA DA CRUZ - 09 DE AGOSTO
HOMILIA - 09.08.24
Santa Teresa Benedita da Cruz
A santa de hoje também é conhecida pelo nome de Santa Edith Stein. Beatificada em 1 de Maio de 1987, acabou sendo canonizada 11 anos depois, em 11 de Outubro de 1998, pelo Papa João Paulo II.
Última de 11 irmãos, nasceu em Breslau (Alemanha), a 12 de Outubro de 1891, no dia em que a família festejava o “Dia da Expiação”, a grande festa judaica. Por esta razão, a mãe teve sempre uma predileção por essa filha. O pai, comerciante de madeiras, morreu quando Edith ainda não tinha completado os 2 anos. A mãe, mulher muito religiosa, solícita e voluntariosa, teve que assumir todo o cuidado da família, mas não conseguiu manter nos filhos uma fé viva. Stein perdeu a fé: “Com plena consciência e por livre eleição”, ela afirma mais tarde. Edith dedica-se, então, a uma vida de estudos na Universidade de Breslau, tendo como meta a Filosofia. Os anos de estudos passam até que, no ano de 1921, Edith visita um casal convertido ao Evangelho. Na biblioteca desse casal, ela encontra a autobiografia de Santa Teresa de Ávila. Edith lê o livro durante toda a noite. “Quando fechei o livro, disse para mim própria: é esta a verdade”, declarou ela mais tarde. Em janeiro de 1922, Stein é batizada e, no dia 2 de fevereiro desse mesmo ano, é crismada pelo Bispo de Espira. Em 1932, foi atribuída a ela uma cátedra numa instituição católica, onde desenvolve a sua própria antropologia, encontrando a maneira de unir ciência e fé. Em 1933, a noite fecha-se sobre a Alemanha.
Edith Stein tem que deixar a docência, e ela própria declarou nessa altura: “Tinha-me tornado uma estrangeira no mundo”. E, no dia 14 de outubro desse mesmo ano, entra para o Mosteiro das Carmelitas de Colônia, passando a chamar-se Teresa Benedita da Cruz. Após cinco anos, faz a sua profissão perpétua. Da Alemanha, Edith é transferida para a Holanda juntamente com sua irmã Rosa, que também é batizada na Igreja Católica e prestava serviço no convento. Nesse período do regime nazista, os bispos católicos dos Países Baixos fazem um comunicado contra as deportações dos judeus. Em represália a esse comunicado, a Gestapo invade o convento na Holanda e prende Edith e sua irmã. Ambas são levadas para o campo de concentração de Westerbork. No dia 7 de agosto, ela parte para Auschwitz, ao lado de sua irmã e um grupo de 985 judeus. Por fim, no dia 9 de agosto, a Irmã Teresa Benedita da Cruz, juntamente com a sua irmã Rosa, morre nas câmaras de gás e depois tem seu corpo queimado. Assim, através do martírio, Santa Teresa Benedita da Cruz recebe a coroa da glória eterna no Céu.
Santa Teresa Benedita da Cruz, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 08 de agosto de 2024
DIA DE SÃO DOMINGOS DE GUSMÃO - 08 DE AGOSTO
DIA DE SÃO DOMINGOS DE GUSMÃO - 08 DE AGOSTO
HOMILIA - 08.08.24
São Domingos de Gusmão
Neste dia lembramos aquele que, ao lado de São Francisco de Assis, marcou o século XIII com sua santidade vivida na mendicância e no total abandono em Deus e desapego material.
São Domingos nasceu em Caleruega, na Castela Velha em 1170, Espanha, e pertencia à alta linhagem dos Gusmão. O pai, Félix de Gusmão, queria entusiasmá-lo pelas armas; o menino preferia, porém andar com a mãe, Joana de Aza, grande esmoler, e com clérigos e monges. Interessante é que antes de Domingos nascer sua mãe sonhou com um cão, que trazia na boca uma tocha acesa de que irradiava grande luz sobre o mundo. Mais do que sonho foi uma profecia, pois Domingos de Gusmão, de estatura mediana, corpo esguio, rosto bonito e levemente corado, cabelos e barba levemente vermelhos, belos olhos luminosos, não fez outra coisa senão iluminar todo o seu tempo e a Igreja com a Luz do Evangelho, isso depois de se desapegar a tal ponto de si e das coisas, que chegou a vender todos os seus ricos livros, a fim de comprar comida aos famintos.
Homem de oração, penitência e amor à Palavra de Deus, São Domingos acolheu o chamado ao sacerdócio e ao ser ordenado (no ano de 1203 em Osma, onde foi nomeado cônego). No ano de 1204, Domingos seguiu para Roma a fim de obter do Papa licença para evangelizar os bárbaros na Germânia.
No entanto, o Papa Inocêncio III orientou-o para a conversão dos Albigenses, que infestavam todo o Sul da França com suas heresias. Desta forma, Domingos fez do sul da França, o seu principal campo de ação. Quando os hereges depararam com a verdadeira pobreza evangélica de São Domingos de Gusmão, muitos aderiram à Verdade, pois nesta altura já nascia, no ano de 1215 em Tolosa, a primeira casa dos Irmãos Pregadores, também conhecidos como Dominicanos (cães do Senhor) que, na mendicância, amor e propagação do Rosário da Virgem Maria, rígida formação teológica e apologética, levavam em comunidade a Véritas, ou seja, a verdade libertadora.
São Domingos de Gusmão entrou no Céu com 51 anos e foi canonizado pelo Papa Gregório IX, em 1234.
São Domingos de Gusmão, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 07 de agosto de 2024
DIA DE SÃO CAETANO DE THIENE - 07 DE AGOSTO
DIA DE SÃO CAETANO DE THIENE - 07 E AGOSTO
HOMILIA - 07.08.24
São Caetano de Thiene
São Caetano de Thiene, nasceu em Vicenza, Itália, em outubro de 1480 em uma família cristã, demonstrando desde cedo um grande zelo e preocupação pelos mais pobres e necessitados.
São Caetano de Thiene ficou conhecido por abrir asilos para os idosos, e hospitais para os enfermos, principalmente os que não tinham mais cura ou se encontravam desenganados.
São Caetanoteve sua formação em direito na cidade de Pádua, onde se formou, com 24 anos de idade, porém sua vida mudaria bastante ao trabalhar como secretário particular do Papa Júlio II.
Durante seu período com o Papa Júlio II, São Caetano de Thiene fez contato com inúmeros cardeais famosos, aprendendo muito sobre eles. Devido a sua grande humildade, preferia observar antes de reprovar o mal alheio.
São Caetano participou do movimento laical Oratório do Divino Amor, que buscava se manter sempre na prática das Sagradas Escrituras. Então, aos trinta e seis anos de idade, foi ordenado sacerdote e celebrou sua primeira missa na Basílica de Santa Maria de Maior.
Em 1523 fundou a Ordem dos Teatinos Regulares, que tinha como objetivo a renovação do clero. A nova congregação começou somente com quatro pessoas, depois passou para doze, e esse número aumentou em pouco tempo. São de vida ativa, vivendo em obediência, sob uma regra de vida comum.
Morreu aos sessenta e seis anos de idade em Nápoles, no ano de 1547.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 06 de agosto de 2024
DIA DE SÃO JUSTO E SÃO PASTOR E DA TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS CRISTO - 06 DE AGOSTO
DIA DE SÃO JUSTO E SÃO PASTOR
DIA DA TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS CRISTO
HOMILIA - 06.08.24
SÃO JUSTO E SÃO PASTOR
Com alegria, toda a Igreja festeja neste dia, a Transfiguração de Nosso Senhor Jesus Cristo, a qual se encontra testemunhada nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. Nesse fato bíblico, nós nos deparamos com o segredo da santidade para todos os tempos: “Este é o meu Filho bem-amado, aquele que me aprouve escolher. Ouvi-o!” (Mc 9,7)
Sem dúvida, os santos que estamos lembrando hoje, somente estão no Eterno Tabor, por terem vivido essa ordem do Pai. Conta-se que eram jovens cristãos e estavam na escola, quando souberam que o perseguidor e governador Daciano acabara de entrar na cidade. Sendo assim, os Santos Justo e Pastor, fugiram, mas foram pegos e entregues por pagãos ao grande perseguidor dos cristãos.
Diante do governador que estava sobre o seu cavalo, os corajosos discípulos de Cristo não recuaram diante das ameaças, tanto assim que, frente à possibilidade do martírio, a resposta de São Justo e Pastor foi um canto de felicidade. O governador, ridicularizado pela fé que transfigurava aqueles jovens, mandou que lhes cortassem as cabeças, isto ocorreu em Alcalá de Henares, em Castela, no ano de 304.
A TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR
A Transfiguração de Jesus é um dos milagres que se encontram nos Evangelhos. É um dos cinco marcos da vida de Cristo, a par do Batismo, da Crucificação, da Ressurreição e da Ascensão.
Nesse milagre, ocorreu a transfiguração de Jesus no topo da montanha Tabor, na Galileia, revelando-se um casamento entre a natureza humana e a divina, sendo Jesus a ponte entre os dois mundos.
Acompanhado de Pedro, Tiago e João, aos quais se juntaram Moisés e Elias, Jesus ouve uma voz no céu que diz “Filho” e as suas roupas brilham, tornando-se extraordinariamente radiante.
Segundo as Escrituras, uma nuvem surgiu e encobriu os apóstolos de sombra, ouvindo-se as palavras: "Este é o meu Filho, o Escolhido; a Ele dai toda atenção!". O milagre reforçou a identificação de Jesus como o Messias e preparou os apóstolos para o que se seguiria.
A festa da Transfiguração do Senhor é celebrada desde o século V no Oriente, e desde 1457 no Ocidente. O seu significado prende-se na preparação dos cristãos para a permanência na fé, que rasga a escuridão da morte com a sua resplandecência.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 05 de agosto de 2024
DIA DE SANTO APOLINÁRIO - 05 DE AGOSTO
DIA DE SANTO APOLINÁRIO - 05 DE AGOSTO
HOMILIA - 05.08.24
SANTO DO DIA 05 DE AGOSTO: SANTO APOLINÁRIO
Hoje é um dia em que comemoramos a dedicação da Basílica de Santa Maria Maior, na cidade de Roma, mas também nos lembramos com alegria para a santidade deste que foi o mais antigo Bispo de Ravena e que é santo do dia 05 de agosto, Santo Apolinário.
Santo Apolinário nasceu em uma família pagã no século I d.C. Ele foi convertido por Deus em Roma por meio da pregação do apóstolo São Pedro, a ponto de ter se tornado exemplo de testemunho de fé e entrar na lista de santos católicos.
Durante o tempo em que viveu Apolinário, o paganismo e o sincretismo estavam espalhados, dominando a todo o Império. Dessa forma, todo e qualquer evangelizador cristão corria muitos riscos de vida. Ainda assim, o santo do dia de hoje, Santo Apolinário, abraçou sua missão que lhe foi confiada, realizando a evangelização do norte da Itália.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 04 de agosto de 2024
DIA DO PADRE - SÃO JOÃO MARIA VIANNEY - 04 DE AGOSTO
DIA DO PADRE - SÃO JOÃO MARIA VIANNEY
HOMILIA - 04.08.24
HISTÓRIA DE SÃO JOÃO MARIA VIANEY
O Dia do Padre é comemorado anualmente em 4 de agosto no Brasil.
O padre é um dos membros do clero da Igreja Católica, um sacerdote consagrado por um bispo, cuja missão é evangelizar, celebrar a Eucaristia (missa), ouvir confissões, ministrar o batismo, o sacramento da cura, abençoar os fiéis, etc..
Historicamente, a figura do padre é de grande importância, pois era uma pessoa de muita influência junto à comunidade.
Um sacerdote deve estudar muitos anos até receber a ordenação. Os padres católicos podem pertencer a uma ordem religiosa,como os franciscanos, vicentinos, jesuítas, e um sem-número de outras. Essas possuem um "carisma" próprio, seja ele educacional ou de cuidado aos doentes, e vivem sob a supervisão de um superior.
Já os padres diocesanos estão ligados diretamente ao bispo de sua diocese e têm como missão cuidar dos seus paroquianos.
Na Igreja Católica, a figura do padre é considerada semelhante a de um "pai" (padre), que intercede por seus "filhos" (fiéis) em nome de Deus e Jesus Cristo.
Quem acha que ser padre é para qualquer um, está muito enganado! Os padres são pessoas com personalidade e espírito especial, capazes de abdicar de todas as tentações mundanas para viver uma vida de comprometimento com sua fé. Agradeço muito a sua dedicação e paixão pelo que faz! Feliz Dia do Padre!
Padre, foi Deus quem te fez para o mundo, para a nossa igreja, para nós. Tu és amigo, irmão... pastor. Tua vida é exercício de amor. É doação silenciosa. É testemunho eloquente. É vocação vivida todos os dias. Somos felizes por tua existência!
O teu jeito de viver é edificante, fala mais que muitas palavras, porque expressa através das obras. Viver assim faz a maior diferença! Que bom que tu existes! Deus seja louvado!
Origem do Dia do Padre
O Dia do Padre é celebrado oficialmente em 4 de agosto, data da festa de São João Maria Vianney, comemorada desde 1929, quando o Papa Pio XI o proclamou padroeiro dos padres e das demais pessoas que servem aos ensinamentos de Deus.
João Maria Vianney nasceu na França, em 1786, e foi considerado um dos mais notáveis conselheiros do mundo católico em sua época. O Papa Pio XI o canonizou em 1925.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 03 de agosto de 2024
DIA DE SANTA LÍDIA - 03 DE AGOSTO
DIA DE SANTA LÍDIA - 03 DE AGOSTO
HOMILIA - 03.08.24
HISÓRIA DE SANTA LÍDIA
Padroeira dos tintureiros e comerciantes. Primeira mulher a se fazer cristã na Europa e uma das primeiras aclamadas santas e veneradas desde o início do cristianismo. Filha espiritual de São Paulo e seus companheiros Lucas, Timóteo e Silas.
Origens
O que se sabe sobre Santa Lídia está escrito no livro dos Atos dos Apóstolos 16, 14-40. Pela descrição de São Lucas, que a conheceu pessoalmente, Lídia era uma mulher rica, influente, líder e empreendedora. Ela era comerciante de púrpura, nascida Em Tiatira, Grécia, e estabelecida em Filipos, colônia romana, também na Grécia. O comércio de púrpura era dos mais caros e promissores da época. As roupas na cor púrpura eram usadas somente por reis, rainhas e pessoas da nobreza. A cor púrpura era tirada de um molusco nativo do Mar Mediterrâneo, abundante na região da Fenícia, chamado mmurici.
Conversão e liderança de uma mulher
Santa Lídia tinha algumas características incomuns para a época: era empresária, dona do próprio comércio e chefe de família. É o que lemos em At 16, 14 e 15. O versículo 15 diz que depois de ouvir São Paulo falar sobre Jesus Cristo. ela quis ser batizada juntamente e levou junto toda a sua família. Este fato mostra a liderança que ela tinha sobre os seus, fato notável numa sociedade tão machista quanto a que ela vivia. E, pelo que lemos nos Atos dos Apóstolos, a influência e a posição social de Santa Lídia ajudaram decisivamente a São Paulo e seus companheiros na missão em Filipos.
Busca da verdade
O texto de São Lucas diz que Santa Lídia era prosélita, isto é, ela era de origem pagã (não judaica) e que tinha se convertido ao judaísmo. O fato mostra que Santa Lídia já vinha de uma caminhada de busca da verdade. Abandonou as crenças politeístas gregas e abraçou o monoteísmo pregado pelo judaísmo. Porém, ao ouvir São Paulo, reconheceu prontamente a verdade e abraçou-a. Em seguida, tornou-se evangelizadora, anunciando a Boa Nova para a sua família e ajudando na missão de São Paulo e seus companheiros.
Primeira igreja da Europa
São Paulo e seus companheiros pensavam em ficar em Filipos apenas alguns dias e partir em missão. Porém, Santa Lídia insistiu: "Se vocês me consideram fiel ao Senhor, permaneçam em minha casa". E os forçou a aceitar. (At 16, 15) Então, os Apóstolos mudaram seus planos e ficaram. Em Filipos, São Paulo sofreu várias perseguições. Ele e seus amigos foram presos e soltos milagrosamente por um terremoto. Depois disso, voltaram para a casa de Santa Lídia onde confortaram os irmãos na fé – vários que tinham ouvido Paulo e se fizeram batizar, formando a a comunidade cristã de Filipos, para a qual, mais tarde, São Paulo escreveu sua “Carta aos Filipenses”. A casa de Santa Lídia transformou-se na primeira Igreja da Europa, como vemos em At 15, 14.
Missionária
Santa Lídia influenciou não apenas sua família como também outras mulheres e pessoas de todos os tipos com quem lidava em seu comércio de púrpura. Por isso, ela também foi missionária, mostrando através de seu testemunho, a verdade sobre Jesus Cristo. Ela é uma das grandes responsáveis pela sustentação da Comunidade Cristã de Filipos. Santa Lídia e São Paulo tiveram um profundo laço de amizade cristã, admirado por todos.
Culto
O culto a Santa Lídia faz parte da Tradição cristã desde os tempos mais antigos. Seu nome aparece nas inscrições nas catacumbas. No Livro dos Atos dos Apóstolos seu nome é mencionado duas vezes. Por causa de sua profissão Santa Lídia passou a ser invocada como Padroeira dos tintureiros e dos comerciantes, sendo comemorada no dia 3 de agosto.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 02 de agosto de 2024
DIA DE SÃO PEDRO JULIÃO EYMARD - 02 DE AGOSTO
DIA DE SÃO PEDRO JULIÃO EYMARD - 02 DE AGOSTO
HOMILIA - 02.08.2024
HISTÓRIA DE SÃO PEDRO JULIÃO EYMARD
Pedro Julião Eymard nasceu no norte da França, em Esère, no dia 4 de fevereiro de 1811, primeiro filho de um casal de simples comerciantes, profundamente religioso. Todos os dias, sua mãe levava-o à igreja, para receber a bênção eucarística. Assim, aos cinco anos de idade, despontou sua vocação religiosa e sacerdotal.
Mas encontrou a objeção do seu pai. Apesar de muito religioso, ele não concordou com a decisão do filho, porque precisava da sua ajuda no trabalho, para sustentar a casa. Além disso, não tinha condições de pagar as despesas dos estudos no seminário. Diante desses fatos, só lhe restava rezar muito enquanto trabalhava e, às escondidas, estudar o latim. Em 1834, conseguiu realizar o seu sonho, recebendo a ordenação sacerdotal na sua própria diocese de origem.
Após alguns anos no ministério pastoral, em 1839, padre Eymard entrou na recém-fundada Congregação dos Padres Maristas, em Lyon. Nessa Ordem, permaneceu durante dezessete anos, chegando a ocupar altos cargos. Foi quando recebeu de Maria Santíssima a missão de fundar uma obra dedicada à adoração perpétua da eucaristia.
Aliás, padre Eymard já notava que havia um certo distanciamento do povo da Igreja. Algo precisava ser feito. Rezou muito, pediu conselhos aos superiores e para o próprio Papa Pio IX. Entretanto, percebeu que por meio do Instituto dos Maristas não poderia executar o que era preciso. Deixou o Instituto e foi para Paris.
Lá, em 1856, com a ajuda do arcebispo de Paris, fundou a Congregação dos Padres do Santíssimo Sacramento. E, depois de três anos, a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento. Mais tarde, também fundou uma Ordem Terceira, em que leigos comprometem-se na adoração do Santíssimo Sacramento.
Padre Pedro Julião Eymard foi incansável, viajando por toda a França, para levar sua mensagem eucarística. Como seu legado, além da nova Ordem, deixou inúmeros escritos sobre a espiritualidade eucarística.
Muito doente, ele faleceu na sua cidade natal no dia 1º de agosto de 1868, com apenas cinquenta e sete anos de idade. Beatificado pelo Papa Pio XI em 1925, foi canonizado pelo Papa João XXIII em 1962. Na ocasião, foi designado que a memória litúrgica de São Pedro Julião Eymard deve ser celebrada em 2 de agosto, um dia após o de sua morte.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 01 de agosto de 2024
DIA DE SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO - 01 DE AGOSTO
DIA DE SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO - 01 DE AGOSTO
HOMILIA - 01.08.2024
HISTÓRIA DE SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO
Origens
Nascido em 27 de setembro de 1696, na vila de Marianela, na cidade de Nápoles, Itália, Afonso de Ligório era filho de família cristã, nobre e rica. Seus pais perceberam logo que Afonso tinha uma inteligência privilegiada. Por isso, fizeram questão de dar a ele as condições para estudar nas melhores escolas e universidades. Seu pai dedicava-se a prepará-lo nos estudos, e sua mãe ocupava-se em formá-lo na fé cristã. E, de fato, sua mãe fez dele um cristão fervoroso. Além disso, Afonso destacou-se como escritor, poeta e músico. Com apenas dezesseis anos, já era advogado, tendo conseguido o doutorado em direito civil e eclesiástico.
O exercício do direito em favor dos pobres
O brilhante e jovem advogado Afonso de Ligório começou a exercer sua profissão no fórum de Nápoles. Ao mesmo tempo, cultivava uma intensa vida espiritual. Por enxergar a corrupção entre os detentores do poder, ele decidiu nunca advogar em favor da corte. Fora a corte, atendia a todos com a mesma atenção e empenho. Mas fazia questão de dar o primeiro lugar de seus atendimentos aos pobres, àqueles que não teriam como pagar os honorários de um advogado.
Uma decepção muda sua vida
Após dez anos de trabalho intenso, Afonso de Ligório tornou-se um advogado de sucesso, famoso em toda a Itália. Porém, a política lhe reservava uma triste surpresa. Devido à influência de alguns poderosos, ele perdeu uma causa importante, injustamente. A perda dessa causa teve uma enorme repercussão, prejudicando uma faixa social menos favorecida. Isso fez com ele tivesse uma grande desilusão. Ele já vinha refletindo e escrevendo sobre a corrupção moral de sua época. Assim, depois desse fato, ele abandonou tudo e decidiu entrar para a vida religiosa.
O advogado se torna padre
O pai de Santo Afonso, a princípio, não queria que ele seguisse a vida religiosa. Porém, quando percebeu a alegria do filho ao renunciar aos títulos de nobreza e à herança, aceitou e viu que essa era sua vocação. Afonso estudou teologia e foi ordenado padre aos trinta anos, em 1726. Na ocasião, acrescentou o nome de Maria ao seu sobrenome, como forma de prestar homenagem a Jesus Cristo, através de sua Mãe. A partir daí, todos os seus talentos e inteligência foram colocados a serviço do Evangelho. Logo, destacou-se sua caridade e bondade para com os pobres. Tinha especial apreço em levar conforto espiritual a todos. Tornou-se um grande pregador, mesclando a ciência da oratória com o poder de Deus. Suas palavras reconciliavam inimigos, orientavam os desnorteados, consolavam os aflitos e curavam corações.
Funda a Congregação dos Redentoristas
Santo Afonso tinha um poderoso lema de vida, tirado do Evangelho de São Lucas: "Deus me enviou para evangelizar os pobres." Para melhor viver e aplicar esse lema, ele fundou a Congregação do Santíssimo Redentor, que ficou conhecida em todo o mundo como a Congregação dos Padres Redentoristas. A missão dos Redentoristas é exclusivamente a da pregação aos pobres, procurando regiões de população menosprezada, levando missões e retiros espirituais. O próprio Santo Afonso foi missionário no sul da Itália, reunindo multidões, pregando a Palavra de Deus, ensinando tudo sobre a devoção a Maria. Além disso, mesclava sua atividade missionária com a de escritor. Escreveu livros importantes de conteúdo ascético e teológico. Por causa de sua obra falada e escrita, muitas conversões aconteceram.
Sagrado bispo
No ano de 1762, o Papa convidou Santo Afonso para ser o bispo da diocese de Santa Águeda dos Godos. Ele aceitou e foi bispo dessa diocese durante treze anos. Ao final desse tempo, ele se retirou para um convento dos Redentoristas, impossibilitado de continuar à frente da diocese por causa de uma artrite degenerativa deformante. Mas, no convento, ele não ficou parado. Já quase cego, e paralítico, ele completou sua obra literária, extensa e importantíssima. Ele escreveu nada menos que cento e vinte livros e tratados. Entre os mais conhecidos, destacam-se: "Glórias de Maria", "Teologia moral"; "Visitas ao Santíssimo Sacramento" e o "Tratado sobre a oração".
Falecimento
Santo Afonso Maria de Ligório viveu ainda doze anos, passando por muito sofrimento físico e veio a falecer com noventa e um anos. Era o dia 1º de agosto de 1787, na cidade de Salerno, Itália. Foi Canonizado no ano 1839. Alguns anos mais tarde, em 1871, foi declarado doutor da Igreja. Em 1950, o papa Pio XII declarou-o Padroeiro dos Confessores e dos Teólogos de Teologia Moral.
Oração a Santo Afonso
“Senhor, concedei-me pelos méritos de Santo Afonso Maria de Ligório, o dom do verdadeiro amor fraternal. Com Vossa Graça, ajudai-me, pois não quero mais julgar, condenar, desprezar, excluir. Que eu tenha humildade para aceitar os meus defeitos e procurar melhorá-los. Amém. Maria, Espelho da Justiça, rogai por nós.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 31 de julho de 2024
DIA DE SANTO INÁCIO DE LOYOLA - 31 DE JULHO
DIA DE SANTO INÁCIO DE LOYOLA - 31 DE JULHO
HOMILIA - 31.07.2024
HISTÓRIA DE SANTO INÁCIO DE LOYOLA
Origens
Seu nome de batismo era Iñigo Lopez de Loyola. Nasceu em 1491, numa família rica, nobre e cristã, na cidade de Azpeitia, pertencente à província basca de Guipuzcoa, Espanha. Era o caçula de treze irmãos. Sua educação foi toda voltada para fazer dele um aristocrata. Por isso, ele cresceu no meio do luxo da corte. Era praticante de esportes, dedicando-se mais aos equestres.
Poder e esportes
No ano 1506, sua família Lopez de Loyola prestava serviço ao tesoureiro do reino de Castela chamado João Velásquez de Cuellar, de quem Iñigo era parente. Um ano depois, Iñigo foi feito cortesão e pagem no grande castelo desse tesoureiro. Lá, estudou e adquiriu grande cultura. Tornou-se excelente cavaleiro e passou a apreciar as aventuras militares. Por seu temperamento, valorizava mais o orgulho que os prazeres da luxúria.
Militar
Dez anos mais, em 1517, aos 26 anos, Iñigo abraçou a carreira militar. Como tal, foi prestar seus serviços a outro parente muito importante, conhecido como duque de Najera. Este era nada menos que o vice-rei de Navarra. Iñigo defendeu seu parente real em inúmeras batalhas, tanto militares quanto diplomáticas.
Uma bala de canhão muda sua história
Aconteceu, porém, que no dia 20 de maio de 1521, a bala de um canhão mudou sua história. Esta causou-lhe um grave ferimento na tíbia da perna esquerda, quando ele lutava defendendo a cidade de Pamplona. Por causa desse ferimento, Iñigo teve que ficar um longo tempo em recuperação. Nesse período, por acaso, deixou de ler romances de guerra e infantaria e começou a ler livros sobre a vida de vários santos e sobre a Paixão de Cristo. E assim, a graça de Deus o tocou. Incentivado e poiado por irmã de sangue que cuidava dele, Iñigo abandonou de vez os livros que antes amava e passou a ler apenas e tão somente livros religiosos. Uma vez curado, decidiu trocar a vida militar pela dedicação a Deus.
Uma espada ficou pendurada
Um gesto marcou a decisão de Iñigo. Ele foi à capela do santuário de Nossa Senhora de Montserrat e, lá, deixou sua espada pendurada no altar. Tendo feito isso, deu as costas ao mundo, à corte e às aparências. De 1522 a 1523, retirou-se passando a vier numa caverna em Manresa. Vivia vida de eremita e mendigava para sobreviver. Passou esse tempo em penitência e solidão. Passou por sérias necessidades. Por outro lado, esse período foi bastante fértil. Durante esse tempo ele preparou toda a base de sua obra mais importante: o livro intitulado "Exercícios espirituais". Do campo de batalhas, Iñigo assumiu a grande batalha espiritual, indo, depois, estudar filosofia e teologia nas cidades de Paris e Veneza.
Nasce a Companhia de Jesus
Em Paris, Iñigo conheceu seis amigos. Juntos, eles fundaram a Companhia de Jesus, em 15 de agosto de 1534. Entre esses amigos, estava São Francisco Xavier, um dos maiores missionários da Ordem, grande evangelizador da Ásia e do Japão. Esse grupo de irmãos na fé só recebeu a ordenação sacerdotal em 1537, ao concluir os estudos. Na ordenação, Iñigo assumiu o nome de Inácio. Depois de três anos, o Papa Paulo III deu aprovação oficial à nova Ordem. Inácio de Loyola foi eleito para assumir o posto de Superior-geral.
Missionário enviando missionários
Santo Inácio de Loyola formou e enviou missionários jesuítas a várias partes do mundo. Eles tinham a missão de implantarem a fé cristã, especialmente entre povos nativos pagãos das terras mais longínquas das Américas e da Ásia. Seus missionários jesuítas levaram o Evangelho de Jesus Cristo de maneira heroica e poderosa aos lugares mais improváveis e desconhecidos. Muitos morreram martirizados por causa da fé em Cristo, deixando maravilhosos testemunhos de coragem, fé e amor a Deus.
Morte
Por outro lado, desde que Santo Inácio assumiu o cargo de superior geral da Ordem, sua saúde só piorou. Muito debilitado, ele veio a falecer em 31 de julho de 1556, em Roma. Tinha, então, 65 anos. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Gregório XV no ano 1622. Em 1922 o Papa Pio XI o declarou Padroeiro dos Retiros Espirituais. Santo Inácio de Loyola contribuiu enormemente para a Igreja e para a humanidade. Sua busca interior trouxe revelações e afirmações que vêm se confirmando sempre atuais. Ele tocou no cerne da pessoa humana.
Oração “Alma de Cristo”
Composta por Santo Inácio de Loyola
“Alma de Cristo, santificai-me. Corpo de Cristo, salvai-me. Sangue de Cristo, inebriai-me. Água do lado de Cristo, lavai-me. Paixão de Cristo, confortai-me. Ó bom Jesus, ouvi-me. Dentro das vossas chagas, escondei-me. Não permitais que de Vós me separe. Do espírito maligno, defendei-me. Na hora da minha morte, chamai-me. E mandai-me ir para Vós, para que vos louve com os vossos Santos, por todos os séculos. Amém.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 30 de julho de 2024
DIA DE SÃO PEDRO CRISÓLOGO - 30 DE JULHO
DIA DE SÃO PEDRO CRISÓLOGO - 30 DE JULHO
HOMILIA - 30.07.2024
HISTÓRIA DE SÃO PEDRO CRISÓLOGO
Pedro Crisólogo, Pedro "das palavras de ouro", pois é exatamente este o significado do seu sobrenome, dado sabiamente pelo povo e pelo qual se tornou conhecido para sempre. Ele nasceu em Ímola, uma província de Ravena, não muito distante de Roma, no ano 380. E mereceu esse título, assim como os outros que a Igreja lhe concedeu.
Filho de pais cristãos, foi educado na fé e cedo ordenado diácono. Considerado um dos maiores pregadores da história da Igreja, era assistido, frequentemente, pela Imperatriz romana Galla Plácida e seus filhos. Ela o fez seu conselheiro pessoal e, em 424, influenciou para que ele se tornasse o arcediácono de Ravena. Numa época em que a cidade era a capital do Império Romano no Ocidente e, também, a metrópole eclesiástica.
Mais tarde, o próprio imperador romano, Valentiniano III, filho de Galla Plácida, indicou-o para ser o bispo de Ravena. Em 433, Pedro Crisólogo tornou-se o primeiro bispo ocidental a ocupar essa diocese, sendo consagrado pessoalmente pelo papa Xisto III.
Pedro Crisólogo escreveu, no total, cento e setenta e seis homilias de cunho popular, pelas quais dogmas e liturgias foram explicados de forma simples, direta, objetiva e muito atrativa, proporcionando incontáveis conversões.
Em 448, recebeu a importante visita de um ilustre bispo do seu tempo, Germano de Auxerre, que, fatidicamente, adoeceu e, assistido por ele, morreu em Ravena. Também defendeu a autoridade do papa, então Leão I, o Grande, sobre a questão monofisita, que pregava Cristo em uma só natureza. Essa heresia, vinda do Oriente, propagava-se perigosamente, mas foi resolvida nos concílios de Éfeso e Calcedônia.
Pedro Crisólogo morreu na sua cidade natal, numa data incerta. Alguns historiadores dizem que foi em 31 de julho de 451, mas ele é venerado pela Igreja no dia 30 de julho de 450, data mais provável do seu falecimento.
A autoria dos seus célebres sermões, ricos em doutrina, conferiu-lhe outro título, o de Doutor da Igreja, concedido em 1729 pelo papa Bento XIII. São Pedro Crisólogo, ainda hoje, é considerado um modelo de contato com o povo e um exemplo de amor à pregação do Evangelho, o ideal de pastor para a Igreja.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 29 de julho de 2024
DIA DE SANTA MARTA - 29 DE JULHO
DIA DE SANTA MARTA - 29 DE JULHO
HOMILIA - 29.07.24
HISTÓRIA DE SANTA MARTA
Origens
Marta é contemporânea de Jesus. Ela é mencionada treze vezes nos Evangelhos. Era irmã de Lázaro, grande amigo de Jesus, e de Maria, aquela que se sentava aos pés do Mestre para ouvi-lo. A família de Marta vivia no vilarejo de Betânia, a três quilômetros de Jerusalém. A casa e Marta era um verdadeiro local de descanso para Jesus e seus discípulos. Convivendo com o Mestre, ouvindo-o e servindo-o, Marta conheceu o Reino dos céus. Ela presenciou a ressurreição de seu irmão Lázaro, operada por Jesus, quatro dias após sua morte.
Repreendida carinhosamente por Jesus
Certa vez Jesus se hospedou na casa de Marta, em Betânia. Para agradar e bem receber Jesus e seus discípulos, Marta mergulhou nos afazeres domésticos, sem perceber, talvez, que Jesus gostaria de ter sua presença, ao lado da irmã Maria, como ouvinte atenta e carinhosa, da mensagem do Reino dos Céus. Tal comportamento lhe rendeu uma repreensão carinhosa de Jesus, que, afinal, se tornou grande ensinamento para todos nós: o de que as coisas espirituais, a palavra do Senhor, são mais importantes que as materiais. Vejamos na passagem abaixo:
“Estando Jesus em viagem, entrou numa aldeia, onde uma mulher, chamada Marta, o recebeu em sua casa. Tinha ela uma irmã por nome Maria, que se assentou aos pés do Senhor para ouvi-lo falar. Marta, toda preocupada na lida da casa, veio a Jesus e disse: Senhor, não te importas que minha irmã me deixe só a servir? Dize-lhe que me ajude. Respondeu-lhe o Senhor: Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas; no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada”. (Lucas 10, 38-42)
Padroeira
Apesar da chamada de atenção recebida de Jesus, o serviço que Marta prestava era importante e necessário. E jesus, em momento algum, questiona tal importância. Ele quer apenas colocar as coisas nos seus devidos lugares e valores. Assim, pela preocupação de Santa Marta com a alimentação, a acolhida e o bem-estar de Jesus e de seus discípulos, Santa Marta se tornou a Padroeira dos anfitriões, hoteleiros, nutricionistas, cozinheiros e nutrólogos.
Coragem de expressar seus sentimentos a Jesus
No episódio da doença, morte e ressurreição de Lázaro, seu irmão, Marta sofre. Ela manda chamar Jesus e Jesus aparentemente não atende. Seu irmão morre e é sepultado. Fica quatro dias no túmulo e, só então, Jesus chega. Marta corre até ele, ajoelha-se aos pés do Mestre e diz: "Senhor, se tivesses estado aqui, o meu irmão não teria morrido. Jo 11,21 . Esse desabafo mostra a confiança e a intimidade que Marta tinha com o Senhor. E a frase que ela diz em seguida, mostra toda a sua fé incondicional em Jesus: “Mas mesmo agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Deus dará". Trata-se de uma das passagens mais emocionantes do Novo Testamento em que, no final, Jesus ressuscita Lázaro, e muitos passam a crer nele.
A confissão de Marta
Em todo o episódio da ressurreição de Lázaro, marta tem a oportunidade de fazer uma bela profissão de fé em Jesus. O capítulo 11 do Evangelho de São João conta essa história em detalhes. Destacamos aqui a confissão de Marta. Ela afirma que Jesus é o Cristo, o Enviado de Deus, que devia vir ao mundo:
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisto? Respondeu Marta: Sim, Senhor. Eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que devia vir ao mundo. João 11, 25-27.
Culto a Santa Marta
Os primeiros a realizarem uma festa dentro da liturgia da Igreja dedicada a Santa Marta foram os franciscanos, no ano 1262. Para tal celebração, escolheram o dia 29 de julho. A festa se difundiu e os cristãos passaram a celebrar Santa Marta já como Padroeira dos Anfitriões, Hospedeiros, Cozinheiros, Nutricionistas e Nutrólogos. Mais tarde a Igreja confirmou oficialmente a celebração na mesma data.
Oração a Santa Marta
“Santa Marta, santa minha, acolhe-me a vossa proteção, pois entrego-me ao vosso amparo, e em prova de meu afeto por Vós, ofereço esta luz, que acenderei todas terças-feiras durante esta novena.
Pela felicidade que tiveste em hospedar em vossa casa o Divino Salvador do Mundo, consolai-me nas minhas penas. Intercedei hoje e sempre por mim e minha família, para que tenhamos o auxílio de Deus Todo Poderoso, nas dificuldades de nossa vida.
Suplico-vos que tenhais misericórdia infinita para comigo, concedendo-me a graça que hoje vos peço de todo coração. (Faz-se o pedido). Rogo-vos que me façais vencer os obstáculos da vida, como vós vencestes o dragão que tendes debaixo de vossos pés. Amém Jesus.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 28 de julho de 2024
DIA DE SANTO INOCÊNCIO I - 28 DE JULHO
HOMILIA - 28.07.24
HISTÓRIA DE SANTO INOCÊNCIO I
Inocêncio I era italiano, nasceu em Albano, uma província romana do Lazio. Ele foi eleito Papa no ano 401 e governou a Igreja por dezesseis anos, num período dos mais difíceis para o cristianismo.
A sua primeira atividade pastoral foi uma intervenção direta no Oriente, exortando a população de Constantinopla a seguir as orientações do seu Bispo, São João Crisóstomo, e assim viver em paz.
Mas um dos maiores traumas de seu pontificado foi a invasão e o saque de Roma, cometidos pelos bárbaros godos, liderados por Alarico. Roma estava cercada por eles desde o ano 408 e só não tinha sido invadida graças às intervenções do Papa junto a Alarico. Pressionado pelo invasor, e tentando salvar a vida dos cidadãos romanos, Inocêncio viajou até a diocese de Ravena, onde se escondia o medroso imperador Honório.
O Papa tentava, há muito tempo, convencê-lo a negociar e conceder alguns poderes especiais a Alarico, para evitar o pior, que ele saqueasse a cidade e matasse a população. Não conseguiu e o saque teve início.
Foram três dias de roubo, devastação e destruição. Os bárbaros respeitaram apenas as igrejas, por causa dos anos de contato e mediação com o Papa Inocêncio I. Mesmo assim, a invasão foi tão terrível que seria comentada e lamentada depois, por Santo Agostinho e São Jerônimo.
Apesar de enfrentar inúmeras dificuldades, conseguiu manter a disciplina e tomou decisões litúrgicas que perduram até hoje. Elas se encontram na inúmera correspondência deixada pelo Papa Inocêncio I. Aliás, com essas cartas se formou o primeiro núcleo das coleções canônicas, que faz parte do magistério ordinário dos pontífices, alvo de estudos ainda nos nossos dias.
Também foi ele que estabeleceu a uniformidade que as várias Igrejas devem ter com a doutrina apostólica romana. Além disso, estratificou em forma e conteúdo a doutrina dos sacramentos da penitência, da unção dos enfermos, do batismo e do casamento.
Durante o seu pontificado difundia-se a heresia pelagiana, condenada no ano 416 pelos concílios regionais de Melevi e de Cartago, convocados por iniciativa de Santo Agostinho e com aprovação do Papa Inocêncio I, que formalmente sentenciou Pelágio e seu discípulo Celestio.
O Papa Inocêncio I morreu no dia 28 de julho de 417, sendo sepultado no cemitério de Ponciano, na Via Portuense, em Roma.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 27 de julho de 2024
DIA DE SÃO PANTALEÃO - 27 DE JULHO
DIA DE SÃO PANTALEÃO - 27 DE JULHO
HOMILIA - 27.07.24
HISTÓRIA DE SÃO PANTALEÃO
São Pantaleão era médico e viveu em uma época que não era permitida professar a fé em Cristo Jesus
Segundo a tradição da Igreja e de acordo com manuscritos guardados no Museu Britânico em Londres, São Pantaleão viveu em uma época que o culto pagão era fortemente disseminado e se declarar cristão era sentença de morte. Morreu no início do século IV, justamente por não aceitar negar Cristo.
Curiosidades sobre a vida de São Pantaleão:
• Nasceu na cidade de Nicomédia, atual Ízmit na Turquia, no ano de 275;
• Os pais de Pantaleão eram cristãos e a mãe o encaminhou na fé;
• O pai o iniciou nos estudos de retórica, filosofia e medicina.
• Teve um amigo, de nome Hermolau, que lhe falou sobre a grandeza de Cristo Jesus;
• Certo dia, se deparou com uma criança morta por uma víbora (cobra) e decidiu comprovar se Cristo era de fato tudo que o amigo lhe tinha dito. Diante da ordem para que a criança se levantasse e a cobra sofresse o próprio mal que fizera à criança, o menino ressuscitou e a cobra morreu;
• Foi diante do fato citado acima que Pantaleão se converteu e assumiu a fé católica;
• Eramédico e, em nome de Jesus, curou a muitos. O que gerou inveja e revolta em seus colegas de profissão, que o acusaram de ser cristão, diante das autoridades da época;
• O imperador Diocleciano de Nicomédia, desejou salvar Pantaleão da morte, em segredo, pedindo-lhe que renunciasse à fé em Cristo Jesus;
• Ele se negou a renunciar à fé e, na presença do imperador, curou um paralitico, para mostrar o poder de Cristo Jesus;
• Foi amarrado em umaárvore seca e degolado, com apenas 29 anos;
• Assim que o santo morreu, a árvore floresceuimediatamente;
• O Museu Britânico em Londres guarda manuscritos do século IV em que São Pantaleão é citado. Tais manuscritos são considerados a única fonte que temos desse santo;
• São Pantaleão é considerado padroeiro dos médicos, parteiras e doenças da cabeça.
Oração a São Pantaleão:
“Deus Pai de amor e bondade, pedimos, pela intercessão de São Pantaleão, cristão e mártir, que nos ajude a renunciar ao caminho do mal e aderir ao chamado do Deus Altíssimo, para escolher, acima de tudo, as coisas do alto. Rogamos para que a mesma ousadia que moveu São Pantaleão, nos impulsione a buscar sempre o bem ao próximo.” Amém!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 26 de julho de 2024
DIA DE SÃO JOAQUIM E DE SANTA ANA - 26 DE JULHO
DIA SÃO JOAQUIM E SANTA ANA - 26 DE JULHO
HOMILIA - 26.07.24
HISTÓRIA DE SÃO JOAQUIM E SANTA ANA
Com alegria, celebramos, hoje, a memória dos pais de Nossa Senhora: São Joaquim e Santa Ana, ou Sant’Ana. Em hebraico, Ana exprime “graça” e Joaquim equivale a “Javé prepara ou fortalece”.
Alguns escritos apócrifos narram a respeito da vida desses que foram os primeiros educadores da Virgem Santíssima. Também os Santos Padres e a Tradição testemunham que São Joaquim e Santa Ana correspondem aos pais de Nossa Senhora. Santa Ana teria nascido em Belém. São Joaquim na Galileia. Ambos eram estéreis. Mas apesar de enfrentarem esta dificuldade, viviam uma vida de fé e de temor a Deus.
O Senhor então os abençoou com o nascimento da Virgem Maria e, também segundo uma antiga tradição, São Joaquim e Santa Ana já eram de idade avançada quando receberam essa graça. A menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até ao tempo do noivado com São José.
A data do nascimento e morte de ambos não possuímos, mas sabemos que vivem no coração da Igreja e nesta são cultuados desde o século VI.
O Dia Mundial dos Avós é celebrado em 26 de julho em homenagem à Santa Ana e São Joaquim. A data recorda a canonização de ambos os santos em 1584 pelo Papa Gregório VII.
São Joaquim e Santa Ana, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 25 de julho de 2024
DIA DE SÃO TIAGO MAIOR E DE SÃO CRISTÓVÃO - 25 DE JULHO
25 DE JULHO
DIA DE SÃO TIAGO MAIOR
E DE SÃO CRISTÓVÃO
HOMILIA - 25.07.24
HISTÓRIA DE SÃO TIAGO MAIOR
Um dos doze Apóstolos de Jesus, São Tiago é conhecido como Tiago Maior, para diferenciá-lo de Tiago Menor, que era de Nazaré e primo de Jesus. Ele é conhecido também como: São Tiago Apóstolo, Santiago e Santiago de Compostela.
É padroeiro dos cavaleiros, peregrinos, farmacêuticos, veterinários, dos químicos. É também padroeiro da Espanha, Guatemala, Chile e Nicarágua.
Origens
São Tiago era irmão de São João Evangelista, o mais novo dos discípulos de Jesus. Era filho de Zebedeu e Salomé. Nascido em Betsaida, às margens do Mar da Galileia. Tal como Pedro e André, vinha de uma família de pescadores. Zebedeu, Tiago e seu irmão João eram sócios de Pedro e André no trabalho da pesca. São Tiago foi um dos primeiros discípulos chamados por Jesus e fazia parte dos principais, dos mais íntimos, ao lado de Pedro e João. Nos momentos mais importantes da missão de Jesus, como a Transfiguração, a ressurreição da filha de Jairo, a Santa Ceia entre outros, esses três estavam sempre presentes.
Filho do trovão
São Tiago e seu irmão João foram apelidados por Jesus de “Filhos do Trovão”, como vemos no Evangelho de Marcos 3, 17. Isso aconteceu porque quando Jesus e uma grande comitiva de discípulos se preparavam para atravessar Samaria, os samaritanos recusaram-se a recebê-los. Tiago e João perguntaram a Jesus se poderiam mandar cair fogo do céu sobre os rebeldes. Mas Jesus os repreendeu dizendo que “Não veio para perder, mas para salvar as pessoas”.
Faz um pedido precipitado ao Senhor
O Evangelista Mateus narra uma passagem curiosa. Quando Jesus estava caminhando para seus últimos dias em Jerusalém, Salomé, mãe de Tiago e João, foi até Jesus com os dois filhos, ajoelhou-se e pediu ao Senhor que, quando viesse em sua glória, colocasse um de seus filhos à sua direita e o outro à esquerda. Jesus respondeu que os dois irmãos beberiam o mesmo cálice de sofrimento que Ele (Jesus) beberia. Porém, quanto a estar à direita ou à esquerda, somente o Pai é quem sabe e determina. Os outros discípulos ficaram indignados com o pedido. Jesus, então, deu-lhes uma lição de humildade dizendo que, no Reino dos Céus, o maior é aquele que se coloca a serviço de todos.
São Tiago na Espanha – Santiago de Compostela
São Tiago é o padroeiro da Espanha. Isso se deve a uma tradição que vem desde os primórdios do cristianismo. Conta-se que, logo após receber o Espírito Santo no dia de Pentecostes, São Tiago teria ido para a Espanha anunciar o Evangelho. Depois de ter passados por vários lugares na Península Ibérica, inclusive Portugal, sem obter muito sucesso no seu intento, voltou para Jerusalém, onde foi aclamado o líder da Igreja local. Após sua morte, seus restos mortais teriam sido trasladados para a Espanha e sepultados no local onde hoje se encontra a famosa Catedral de Santiago de Compostela, erguida em sua homenagem.
Primeiro entre os 12 Apóstolos a ser martirizado
A última vez que São Tiago aparece nas Sagradas Escrituras é em Atos 12, 1-2, onde se noticia seu martírio. O texto diz que Herodes Agripa, filho de Herodes, o grande (aquele que mandou matar os bebês inocentes em Belém), rei da região sul de Israel chamada Judeia, “Mandou matar Tiago, irmão de João, pelo fio da espada”. Isso aconteceu perto do ano 44, na cidade de Jerusalém. Essa é a única morte de um dos 12 Apóstolos a ser narrada na Bíblia.
Ordem de Santiago
Por causa de sua coragem em testemunhar Jesus Cristo a ponto de dar a própria vida por Ele, São Tiago tornou-se patrono do Exército Espanhol e também do Exército Português. A tradição conta que ele inspirou um grande número de soldados no combate à invasão muçulmana na Península Ibérica. Por causa disso, foi criada a famosa Ordem de Santiago, para valorizar a honra, a lealdade, a coragem e a fé. Durante alguns séculos, pertencer a essa Ordem era uma grande honra.
Peregrinação a Santiago de Compostela
Durante a Idade Média, a Igreja concedeu indulgência plenária a todos aqueles que fizessem peregrinação à Catedral de Santiago de Compostela, com espírito de penitência, de arrependimento e de conversão. Por isso, um grande número de fiéis começou a fazer esse caminho de peregrinação. A rota da peregrinação foi se estendendo cada vez mais e, hoje, chega a oitocentos quilômetros. O caminho é feito, na maioria das vezes, a pé. Mas também é feito de bicicleta e outros tipos de veículos movidos pelo esforço humano. A peregrinação sempre transforma o peregrino. É raro o peregrino chegar ao seu destino sem ter sido transformado pela oração, pela penitência e pelo “caminho”, que representa uma elevação espiritual.
Oração a São Tiago Maior
“Apóstolo São Tiago, escolhido entre os primeiros, tu foste o primeiro a beber no cálice do Senhor, e és o grande protetor dos peregrinos; faz-nos fortes na fé e alegre na esperança, em nosso caminhar de peregrino seguindo o caminho da vida de Cristo e alenta-nos para que finalmente, alcancemos a glória de Deus Pai. Que Assim seja. Amém.”
HISTÓRIA DE SÃO CRISTÓVÃO
São Cristóvão é o padroeiro dos viajantes e dos transportadores. Filho de um rei em Canaã, terra de pagãos, recebeu o nome de Reprobus. Quando cresceu, tornou-se um homem muito alto e forte. Por isso, decidiu procurar homens mais fortes do que ele para servi-los. Encontrou um rei poderoso e forte, mas esse tinha medo do diabo. Então, Reprobus decidiu servir a outro que dizia ser o próprio satanás. Porém observou que satanás tinha medo da cruz e de tudo o que dizia respeito a Jesus Cristo. Por isso, Reprobus resolveu servir ao Senhor Jesus. Um monge catequizou-o na fé cristã e Reprobus foi batizado. Decidiu morar à margem de um rio muito perigoso para fazer a travessia de pessoas, as quais levava em seus ombros. Certo dia, transportou um menino que ficava cada vez mais pesado à medida que Reprobus o levava. Reprobus sentia estar levando todo o peso do mundo em seus ombros. Ao final da travessia, o menino revelou ser o próprio Jesus, que lhe confirmou a fé e a missão humilde de atravessar pessoas no rio perigoso. Daí o nome "Cristóvão", que significa: "Aquele que carrega Cristo". A partir de então, São Cristóvão via em todos os que atravessava a pessoa de Jesus. O amor com que São Cristóvão passou a exercer seu humilde serviço converteu a muitos na região. Por isso, ele foi preso. Não renegando sua fé, foi martirizado. Porém São Cristóvão se tornou um dos santos mais conhecidos em todo o mundo. Vamos conhecer sua imagem.
A túnica verde
A túnica verde de São Cristóvão significa a esperança de São Cristóvão de estar a serviço do mais poderoso de todos: Jesus Cristo. A esperança cristã também carrega em si a certeza da vida eterna. Certeza esta que sustentou São Cristóvão na prisão, nas torturas e no martírio. O testemunho de São Cristóvão converteu a muitos.
O avental marrom de São Cristóvão
O avental marrom de São Cristóvão simboliza sua humildade e serviço. Sendo filho de um rei, tornou-se o executor de um serviço simples e humilde: atravessar pessoas num rio perigoso. Esta lição de humildade ajuda-nos a refletir: quem sou eu" Quais são minhas qualidades" O que posso fazer com as qualidades e talentos que Deus me deu" São Cristóvão encontrou na sua altura e força física qualidades que ajudavam os outros. Grande humildade e sabedoria.
O manto vermelho de São Cristóvão
O manto vermelho de São Cristóvão simboliza seu martírio. Tendo conhecido a Jesus Cristo, foi impossível negá-lo diante dos poderosos. Por isso, ele foi morto. O conhecimento de Jesus Cristo excede todo entendimento. Que São Cristóvão interceda por nós a graça de conhecer Jesus.
O menino Jesus
O menino Jesus nos ombros de São Cristóvão significa que cada vez que o santo atravessou alguém no rio, atravessou o próprio Jesus. "Tudo o que fizerdes ao menor dos pequeninos, é a mim que o fazeis" disse Jesus. A caridade e o amor que damos a alguém jamais será esquecido. Todas as vezes que ajudarmos a alguém, saibamos que estamos ajudando ao próprio Jesus. Que São Cristóvão interceda por nós a graça de sempre ajudarmos que quem precisa e com amor.
O globo na mão do Menino Jesus
O globo na mão direita do Menino Jesus simboliza que Jesus é o Senhor. Ele é o dono de tudo e de todos, o mais poderoso. São Cristóvão sentiu em seus ombros uma pequena parte do peso do mundo. Quem realmente tem o mundo em suas mãos é Jesus Cristo. São Cristóvão nos ensina que o cristão também compartilha um pouco do peso do mundo com Jesus. Nossos problemas, às vezes, tem o peso do mundo. Que saibamos leva-lo com a honra de São Cristóvão e com fé no Senhor Jesus.
Oração a São Cristóvão
"Ó São Cristóvão, que atravessastes a correnteza furiosa do rio com tanta firmeza e segurança, porque carregavas nos ombros o Menino Jesus, fazei com que Deus esteja sempre presente em meu coração, para que eu tenha essa firmeza, segurança e responsabilidade no volante do meu carro, e terei também forças para corajosamente enfrentar todas as correntezas, venham elas dos homens ou do Espírito infernal. São Cristóvão, rogai por nós."
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 24 de julho de 2024
DIA DE SANTA CRISTINA - 24 DE JULHO
DIA DE SANTA CRISTINA - 24 DE JULHO
HOMILIA - 24.07.24
HISTÓRIA DE SANTA CRISTINA
Origens
Cristina nasceu no ano 288 d.C., na região da Itália chamada Toscana, vizinha do lago de Bolsena. Era filha de um oficial do exército romano chamado Urbano. Seu pai atuava em Tir, região da Etrúria, que é parte da Toscana. Aproveitando que o império romano perseguia os cristãos, Urbano, que era um homem rude, perseguia os seguidores de Cristo abusando de seu poder militar. Vivendo numa família com tal pai, seria difícil imaginar que Cristina se tornasse cristã. Deus, porém, tem seus caminhos insondáveis.
A força dos cristãos toca o coração da menina
Para tentar sufocar o movimento cristão, que se alastrava no império romano, Urbano submeteu vários seguidores de Cristo a interrogatórios terríveis e humilhantes, no espaço de sua própria casa. Isso aconteceu durante alguns anos. A menina Cristina acompanhava tudo, impressionada com a serenidade e alegria que os cristãos enfrentavam os piores constrangimentos. Através do testemunho dos cristãos, ela começou a conhecer Jesus e quis conhecer mais profundamente esta fé que tantos perseguiam. Vendo a maneira que eles reagiam, ela não conseguia entender porque eles eram perseguidos.
Abraçando a fé contra o próprio pai
Uma escrava cristã ficou presa na casa de Cristina por um bom tempo. Ao ver que Cristina tinha o coração aberto e queria conhecer Jesus, a escrava preparou-a para receber o batismo. Terminada sua preparação, ela foi batizada sem que o pai o soubesse. A partir de então, seu comportamento mudou. Ela passou a defender os cristãos e a se interessar pela comunidade cristã local.
Perseguida pelo próprio pai
O pai desconfiou e começou a pressioná-la, ordenando-a a cultuar os ídolos romanos, oferecendo incenso a eles. Cristina, porém, disse não. Pressionada pelo pai, ela respondeu: "Tolo é vosso medo, tola a vossa advertência; diante de um deus cego aos sofrimentos do povo, surdo ao clamor dos fracos, eu não peço favores e não acendo uma vela. Ao Deus vivo, ao Senhor do céu e da terra que nos enviou seu Filho Jesus, a esse, sim, apresento sacrifícios de verdade e amor".
Testemunho de uma menina em meio à perseguição
O pai, inconformado, ameaçou Cristina, mas pensava que aquilo seria “coisa de criança”. Cristina, porém, seguiu firme, participando da Eucaristia e de reuniões de oração dos cristãos. Além disso, visitava os presos, dava esmola para os pobres e ajudava os doentes. Cheia de coragem, vendeu as imagens de ídolos que tinha em sua casa (e isso valia um bom dinheiro) para ajudar os pobres. Seu pai, ao descobrir tudo isso, ficou furioso. Por isso, ele mesmo chicoteou Cristina. Muitos de sua casa lhe pediram para que ela aceitasse a vontade do pai, mas ela respondia: "Deixar a vida não me custa; abandonar minha fé, isto nunca".
A ira se volta contra o pai
Urbano, pai de Santa Cristina, cada vez mais furioso e inconformado, prosseguiu com as torturas, amarrando a filha e lançando-a ao fogo. A história conta que, nesse momento, um anjo protegeu-a e as chamas não lhe fizeram mal. Mais irado ainda, Urbano mandou prender a filha. Cristina permaneceu em oração, entregando seu coração e sua vida ao Senhor. Urbano, então, mandou amarrá-la a uma pedra de moinho e jogá-la no lago. Conta-se que, milagrosamente, a pedra boiou e Cristina não se afogou. A fúria de Urbano foi tão forte que seu coração não resistiu e ele morreu de infarto.
Morta pelo sucessor do pai
Após a morte do pai, Santa Cristina foi presa, acusada de ser a responsável pela morte de Urbano. O sucessor de Urbano, chamado Dio, submeteu Santa Cristina a terríveis torturas como jogá-la ao fogo. Porém, mais uma vez, o fogo não a queimou. Ordenou, então, que ela fosse jogada às víboras, mas nenhuma picou a menina. Mandou cortar sua língua mas, mesmo assim, ela continuou cantando louvores ao Senhor. A essa altura, os cristãos se fortaleceram na fé e vários outros se converteram a Jesus vendo o testemunho inacreditável de uma menina de apenas doze anos. Então, Dio ordenou que ela fosse morta a flechadas. Aprouve ao Senhor Deus chamar Santa Cristina para si através desse tipo de morte. Ela faleceu no dia 24 de julho do ano 300.
Protetora contra a depressão psicológica
O testemunho de Santa Cristina nos lembra, mais uma vez, que Deus escolhe aquele que é pequeno, fraco, indefeso, para confundir os fortes e poderosos. Através da fragilidade física desta menina, o Senhor mostrou que a verdadeira força vem dEle. Por isso, ela é invocada contra os males da depressão psicológica. O deprimido se sente o último, pequeno, sem forças para reagir. O testemunho de Santa Cristina mostra de onde vem esta força da qual tanto precisamos. Santa Cristina conheceu verdadeiramente o Senhor Jesus e não se desfez deste conhecimento ao preço de sua própria vida. Que o Senhor nos dê a graça de conhece-lo nesta profundidade para enfrentarmos a depressão e todos os obstáculos desta vida, perseverando na fé e prontos para testemunhar que pertencemos a Ele.
Relíquias de Santa Cristina no Brasil
Em 1927, partes de ossos de Santa Cristina foram trazidas de Roma para a cidade de Campinas, SP, pelo segundo bispo da diocese, Dom Francisco de Campos Barreto, fundador da Congregação das Missionárias de Jesus Crucificado. As relíquias foram colocadas na capela da Casa Geral da Congregação. Depois, foram trasladadas para a Basílica Nossa Senhora do Carmo, no centro da cidade, no dia 23 de outubro de 2010. Elas foram assentadas no altar do Sagrado Coração de Jesus, junto com a imagem de Santa Cristina.
Oração a Santa Cristina
“Nós vos suplicamos, Senhor, ouvi as súplicas de Santa Cristina, virgem e mártir que intercede por nós diante de vosso trono. Nós cremos na comunhão dos santos, que nos ajudam porque Vós permitis. Que ela, que sempre vos agradou pelo mérito de sua castidade e pela sua grande fé que a levou a testemunhar vosso poder pelo martírio, possa alcançar de Vós a graça de que tanto necessito: (fazer o pedido). Eu vos peço por Nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém.”
Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e o Glória ao Pai.
Santa Cristina, virgem e mártir, rogai por nós.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 23 de julho de 2024
DIA DE SANTA BRÍGIDA - 23 DE JULHO
DIA DE SANTA BRÍGIDA - 23 DE JULHO
HOMILIA - 23.07.24
HISTÓRIA DE SANTA BRÍGIDA
Origens
Brígida, conhecida também como Brigite, nasceu em 1303, princesa do castelo de Finstad, filha do rei da Suécia. Sua família real era tão piedosa, que forneceu vários Santos à Igreja. Além disso, sua família real também construiu mosteiros, hospitais e igrejas usando a própria fortuna. Seguindo o exemplo de sua família, Brígida ajudava em obras de caridade desde a infância. Além disso, ela tinha um dom de revelações. Essas revelações foram todas escritas por ela na língua sueca. Mais tarde, elas foram traduzidas para o Latim, formando grandes volumes. Tais obras ainda hoje são consultadas por teólogos, historiadores e fiéis como fonte histórica.
Dama de companhia
Durante sua juventude, Brígida foi dama de companhia de uma rainha chamada Bianca, da região de Namur, na atual Bélgica. Por causa dessa função, ela estava sempre presente nas cortes cheias de luxo e riqueza. Contudo, ela não se deixou corromper nestes ambientes de cheios de frivolidades. Pelo contrário, manteve-se fiel à sua consciência cristã e preservou sua fé, nunca se afastando da caridade e da dignidade.
Casamento
Com dezoito anos de idade, Brígida se casou com um nobre de nome Ulf Gudmarsson. Seu marido era também um cristão fervoroso. Brígida e Ulf tiveram oito filhos. Dentre eles destaca-se uma filha que também foi canonizada: Santa Catarina da Suécia. O casal, e especialmente, Brígida, cuidava da educação moral, formal e religiosa dos filhos com toda a dedicação.
Morte de um filho
O casal Brígida e Ulf viveu um duro golpe: a morte de um de seus filhos. Depois disso, eles decidiram ir em peregrinação até o Santuário de Santiago de Compostela, na Espanha. Quando voltavam, Ulf ficou gravemente doente. Quando isso aconteceu, Santa Brígida teve uma revelação, em sonho, por intermédio de São Dionísio. No sonho, ela ficou sabendo que seu marido não morreria. E, realmente, ele ficou curado. Logo depois, porém, decidiu ingressar no Mosteiro de Alvastra. Lá, um de seus filhos já vivia como monge. Em 1344, Ulf faleceu, deixando Santa Brígida viúva.
Fundadora
Uma vez viúva, Santa Brígida retirou-se de uma vez por todas para a vida religiosa. Ela guardava em seu coração um antigo projeto, que era o de fundar um mosteiro duplo, tendo uma área para homens e outra para mulheres. Desse projeto, nasceu a Ordem do Santo Salvador. Os religiosos seguiam as regras de vida de são Agostinho. A própria Santa Brígida passou a viver nesse mosteiro até que a Ordem fundada por ela foi aprovada oficialmente pela Igreja. Depois dessa aprovação, ela mudou-se para Roma.
Influência nos rumos da Igreja
Santa Brígida viveu em Roma durante vinte e quatro anos. Lá, trabalhou pela moralização dos costumes. Também lutou para que o Papa que, na época, por divisões dentro da Igreja, estava em Avignon, na França, voltasse para Roma. Contando com total apoio do rei da Suécia, ela construiu nada menos que setenta e oito mosteiros espalhados pela Europa.
Morte
Santa Brígida faleceu em 23 de julho de 1373. Ela estava numa peregrinação à Terra Santa. A partir de sua morte, a Ordem do Santo Salvador passou a ser dirigida por Santa Catarina da Suécia, sua filha. A Ordem tornou-se muito famosa alguns anos depois. Santa Brígida foi canonizada logo, apenas dezoito anos depois de sua morte. O culto a ela espalhou-se rapidamente por toda a Europa. O local onde ela morou na cidade de Roma foi transformado numa bela igreja dedicada a ela, situada na praça Farnese.
Orações
Santa Brígida deixou escritas 15 orações que se tornaram famosas entre o povo cristão. Cada uma dessas orações foi escrita para uma necessidade humana. Destacamos aqui a oração pelos doentes.
Oração pelos doentes - composta por Santa Brígida
“Ó Jesus, médico celeste, que fostes elevado na Cruz a fim de curar as nossas chagas por meio das Vossas, lembrai-Vos do abatimento em que Vos encontrastes e das contusões que Vos infligiram em Vossos Sagrados membros, dos quais nenhum permaneceu em seu lugar, de tal modo que dor alguma poderia ser comparada à Vossa.
Da planta dos pés até o alto da cabeça, nenhuma parte do Vosso Corpo esteve isenta de tormentos, e, entretanto, esquecido dos Vossos sofrimentos, não Vos cansastes de suplicar a Vosso Pai pelos inimigos que Vos cercavam, dizendo-Lhe:
“PAI, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem”
Por essa grande misericórdia, e em memória desta dor, fazei com que a lembrança da Vossa Paixão, tão impregnada de amargura, opere em mim uma perfeita contrição e a remissão de todos os meus pecados. Assim seja!”
Pai Nosso... Ave Maria ...
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 22 de julho de 2024
DIA DE SANTA MARIA MADALENA - 22 DE JULHO
DIA DE SANTA MARIA MADALENA - 22 DE JULHO
HOMILIA - 22.07.24
HISTÓRIA DE SANTA MARIA MADALENA
Padroeira dos pecadores arrependidos, dos convertidos, das mulheres, das pessoas ridicularizadas por sua piedade, dos boticários, dos cabeleireiros, dos curtumeiros, dos fabricantes de perfumes, dos farmacêuticos, dos fabricantes de luvas, da vida contemplativa e contra a tentação sexual.
Origens
“Madalena”, na verdade, é um apelido e significa “aquela que veio de Magdala”, cidade que ficava às margens do Lago de Genesaré, perto de Cafarnaum, na Terra Santa. Por este apelido sabemos que esta Maria veio de Magdala. No tempo de Jesus, Magdala era uma cidade importante. Para se ter uma ideia, tintureiros e pescadores tinham bairros específicos na cidade. Ali, havia indústrias de barcos e de peixes em conserva. Além disso, sabe-se que um excelente tipo de lã era vendida ali em mais de oitenta lojas. A palavra “Magdala” significa “torre”. Achados recentes indicam, de fato, uma torre nas ruínas de Magdala. Os arqueólogos acreditam que se tratava de um farol.
Santa Maria Madalena – mulher de posses
Sabemos que Maria Madalena foi uma pecadora convertida. Além disso, sabemos que ela era uma mulher de posses, contada entre as mulheres que ajudavam o grupo de Jesus e os doze com suas posses, ao lado da mulher de um procurador de Herodes entre outras. (Lucas 8, 2-3). Além disso, antes da ressurreição do Senhor, “Maria Madalena e outras duas mulheres compraram aromas para ungir Jesus". (Marcos 16,1). Estes aromas usados na preparação dos defuntos eram artigos caros e poucos tinham dinheiro para comprá-los.
Dinheiro a serviço do Reino dos Céus
Se Maria Madalena foi, de fato, uma prostituta, deve ter sido famosa e muito bonita, porque poucas mulheres em Israel tinham posses como ela. O admirável nisso tudo é que, após conhecer Jesus e ter sido salva por Ele, Santa Maria Madalena colocou suas posses, conseguidas, talvez, com o dinheiro da prostituição, a serviço do Reino de Deus, mostrando que a conversão chegou a todas as áreas da vida desta grande santa.
Fiel até o fim
Outra característica marcante de Santa Maria Madalena foi a fidelidade a Nosso Senhor Jesus Cristo. Três versículos do Evangelho de São Mateus que, por vezes, passam despercebidos, revelam-nos esta fidelidade. Primeiro, aos pés da cruz de Jesus, quando todos os discípulos (menos João) tinham fugido, ela estava lá junto com Maria, Mãe de Jesus:
"Entre elas se achavam Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu" ( Mt 27,56). Depois, quando Jesus tinha sido sepultado, "Maria Madalena e a outra Maria ficaram lá, sentadas defronte do túmulo" (Mt 27,61). E, por fim, "Depois do sábado, quando amanhecia o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o túmulo" (Mt 28,1). Tudo isso revela o amor e a fidelidade de Santa Maria Madalena. Não é à toa que seu nome figura entre os primeiros da Ladainha de Todos os Santos.
A primeira a ver Jesus ressuscitado
Outro dado marcante sobre Santa Maria Madalena é o fato de ela ter sido a primeira testemunha ocular de Jesus ressuscitado. Sim, segundo os Evangelhos, ela foi a primeira a ver e a falar com Jesus na madrugada do domingo, logo após a ressurreição do Mestre, como vemos no Evangelho de São João 20, 1-18.
A primeira anunciadora da ressurreição de Jesus
Além de ter sido a primeira testemunha de Jesus ressuscitado, ela foi também a primeira a anunciar o milagre da ressurreição de Jesus. Este primeiro anúncio, chamado “Kerigma”, tão prezado pelos Apóstolos, foi, antes de tudo, feito por uma mulher, em contraponto à mentalidade machista da época. O fato evidencia que Nosso Senhor Jesus Cristo preza a fidelidade e o amor, antes das convenções sociais. A Tradição Cristã também atesta que Santa Maria Madalena foi uma grande anunciadora do Evangelho depois de Pentecostes. Seu exemplo é maravilhoso. Ela foi discípula de Jesus e, depois, evangelizadora. Por tudo isso, Santa Maria Madalena é grande e seu exemplo deve ser seguido por todos nós.
Oração a Santa Maria Madalena
“Santa Maria Madalena, o Deus Todo Poderoso, cujo Filho vos purificou de corpo e alma, fostes chamada para ser testemunha da Sua ressurreição. Misericordiosamente vos foi concedida a graça de serdes purificada de todas as enfermidades físicas e morais. Fazei com que também eu, pobre pecador, conheça o poder da vida infinita. Trazei até mim a bênção do Espírito Santo que vive e reina, o poder do Deus único e de Seu Filho Jesus Cristo. Agora, e para sempre. Amem.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 21 de julho de 2024
DIA DE SÃO LOURENÇO DE BRINDISI - 21 DE JULHO
DIA DE SÃO LOURENÇO DE BRINDISI - 21 DE JULHO
HOMILIA - 21.07.24
HISTÓRIA DE SÃO LOURENÇO DE BRINDISI
Origens
O nome de batismo de São Lourenço de Brindisi era Júlio César Russo. Ele nasceu em 21 de julho de 1559, na cidade de Brindisi, Itália. Com apenas seis anos, o menino já deixava todos encantados memorizando várias páginas de textos e declamando-as perfeitamente. E assim ele cresceu saindo-se brilhante em todos os estudos. Aos quatorze anos, porém, uma reviravolta violenta aconteceu em sua vida: ele ficou órfão. Então, um tio seu o acolheu levando-o para viver na grande cidade de Veneza. Lá, apesar da dor da perda dos pais, teve mais condições de fazer desabrochar seu grande talento para os estudos.
O chamado da fé
Dois anos depois de estar vivendo em Veneza, o jovem Júlio César entrou para a Ordem dos Frades Menores Franciscanos. Depois, entrou para os Capuchinhos de Verona. Estando entre eles, recebeu a ordenação sacerdotal em 1582 e assumiu o nome religioso de Lourenço. Depois de morto, passou a ser chamado de São Lourenço de Brindisi, por causa de sua cidade natal, para diferenciá-lo de São Lourenço mártir. Completou seus estudos na famosa Universidade de Pádua. Em 1586 retornou a Veneza com a missão de ser Mestre de Noviços da Ordem. Seus dons de inteligência afloraram ainda mais e todos se encantavam com sua sabedoria.
Dons a serviço do Reino de Deus
São Lourenço de Brindisi tornou-se um grande orador, especialista e conhecedor de várias línguas. Sua sabedoria e santidade o levaram a ser eleito para vários cargos dentro da Ordem e da Igreja. Ele foi provincial da Ordem em Veneza, Gênova, Toscana e Suíca. Foi comissário de seus confrades na Baviera e no Tirol. Foi um grande e firme pregador da Doutrina Católica contra a reforma protestante. Foi eleito Superior Geral da Ordem dos Capuchinhos e Embaixador do Papa Paulo V. Nessa missão, ele intermediou a paz entre poderosos líderes em conflito.
Lutando contra as invasões
Por sua fé firme e conhecimento da doutrina, animou o povo e as autoridades na luta para barrar as invasões muçulmanas. Essas ameaçavam seriamente chegar ao centro da Europa. São Lourenço de Brindisi, porém, não usava uma espada, mas sim a Palavra de Deus e o dom da sabedoria. Suas armas eram a Palavra e uma pequena cruz de madeira. Ele foi Capelão do exército romano e conselheiro general Filipe Emanuel de Lorena.
Morte
São Lourenço de Brindisi faleceu no mesmo dia em que se comemorava o seu aniversário: 21 de julho de 1619. Esse passou a ser o dia de sua festa litúrgica. Aconteceu quando ele voltou pela segunda vez em missão a Lisboa, Portugal. Sua canonização foi celebrada em 1881. Em 1959, o Papa João XXIII conferiu a ele o título de Doutor da Igreja.
Oração a São Lourenço de Brindisi
“Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de São Lourenço de Brindisi, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamemos em nossas ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. São Lourenço de Brindisi, rogai por nós.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 20 de julho de 2024
DIA DE SANTA MARGARIDA - 20 DE JULHO
DIA DE SANTA MARGARIDA - 20 DE JULHO
HOMILIA - 20.07.24
HISTÓRIA DE SANTA MARGARIDA
Margarida nasceu no ano 275, em Antioquia de Pisídia, Ásia Menor. Órfã de mãe desde pequena e filha de um sacerdote pagão e idólatra, Margarida tinha tudo para jamais se aproximar de Deus. Mas algo divino aconteceu: o pai acabou confiando sua educação a uma ama extremamente católica, e a vida de Margarida seguiu outro caminho.
Cresceu muito dedicada às coisas do espírito. Mas o pai começou a perceber que ela não ia aos cultos ou mesmo ao templo, para participar dos sacrifícios aos deuses. Ele não suspeitava de que ela participasse escondida dos cultos cristãos, até o dia em que alguém o alertou.
Foi aí que começou o suplício de Margarida. Ele exigiu que ela abandonasse o cristianismo. Como ela se recusou, primeiro, lhe impôs um severo castigo, mandando a jovem para o campo trabalhar ao lado dos escravos. Depois, como nem à força fazia a filha mudar de ideia, entregou-a as autoridades para que fosse julgada.
O martírio da jovem Margarida foi terrível. Diante das autoridades, negou-se a abandonar sua fé. Começaram, então, os suplícios físicos e psicológicos. Margarida foi açoitada, depois teve o corpo colocado sobre uma trave e rasgado com ganchos de ferro. Diz a tradição que a jovem ainda foi queimada, jogada num rio gelado e, finalmente, decapitada.
Ela morreu no dia 20 de julho de 290, com a idade de quinze anos, e a fama de sua santidade espalhou-se rapidamente pelo Oriente e pelo Ocidente.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
REFLEXÃO
Outra vez celebramos a memória de uma mártir cristã. Desejosa de unir-se ao Cristo, Margarida suportou os maiores sofrimentos sem desanimar. Soube colocar seu amor a Deus em primeiro lugar. Tantas vezes nós reclamamos diante de qualquer sofrimento e desanimamos no menor sinal de fracasso. Lembremos de santa Margarida e peçamos sua intercessão nos momentos de dor.
ORAÇÃO
Deus de amor e misericórdia, derramai sobre nós, pela intercessão de santa Margarida, as graças necessárias para enfrentarmos as dificuldades do dia a dia. Que o nosso sofrimento se una ao do Cristo Crucificado e nos aproxime cada vez mais das glórias do Reino do Céu. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 19 de julho de 2024
DIA DE SÃO SÍMACO - 19 DE JULHO
DIA DE SÃO SÍMACO - 19 DE JULHO
HOMILIA - 19.07.24
HITÓRIA DE SÃO SÍMACO
Neste dia 19 de julho, celebramos um Santo Papa que enfrentou um período da história em que a Igreja sofria com pressões internas e externas.
Nasceu na Ilha da Sardenha, Itália, no século V. Pertenceu ao clero romano e foi eleito Papa em 498. No tempo de Símaco, a Igreja era duramente atingida por perseguições.
Muitas famílias tradicionais de Roma, bem como o Senado, buscavam de todas as formas influenciar a ação da Igreja, trazendo assim muitos prejuízos; isto perdurou por um tempo até levantar-se Símaco. O Santo Papa combateu e venceu estes “invasores”, recuperando assim a total liberdade da Igreja, na sua organização e disciplina.
Com a queda do império Romano e a invasão dos vândalos, godos, visigodos e longobardos, que começavam a dominar o Ocidente, São Símaco, na ousadia, entrou nas intrigas sociais e políticas, para assim tomar partido da paz e da harmonia e não de algum dos lados. Na função eficiente de pai comum, suscitou a inveja do imperador do Oriente que começou a perseguir os cristãos; em resposta a essa atitude, corrigiu Símaco: “Lança um olhar, o Imperador, a tantos príncipes que perseguiram a Igreja e vê como todos eles tiveram triste fim, ao passo que a Igreja perseguida continua com tanto mais glória, quanto mais violenta lhe foi a perseguição”.
Símaco era conciliador, homem de justiça e sinal de paz.
Em 19 de julho de 514, ele partiu para a glória celeste e intercede por nós, para que nos tempos de hoje, por amor a Cristo e à Igreja, sejamos promotores da paz.
São Símaco, rogai por nós! (Fonte Canção Nova)
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 18 de julho de 2024
DIA DE SANTO ARNOLFO DE METZ - 18 DE JULHO
DIA DE SANTO ARNOLFO DE METZ - 18 DE JULHO
HOMILIA - 28.07.24
HISTÓRIA DE SANTO ARNOLFO DE METZ
Origens
Arnolfo nasceu em 582, na região de Metz, antiga Gália e atual França. Filho de família rica, nobre e cristã, ele teve a oportunidade de estudar. Posteriormente, casou-se com uma jovem aristocrata. O casal teve dois filhos. Sua família viveu numa época muito difícil. A Gália estava dominada pelos francos. Além disso, estava dividida em vários reinos menores, que guerreavam uns com os outros. Isso causava enormes tragédias familiares, dor, desejo de vingança e muita corrupção.
Invasão dos Francos
Por causa de sua competência e caráter, Arnolfo foi chamado para trabalhar para um dos reinos da Gália, o chamado Reino da Austrásia, governado pelo rei Teodeberto II. Tudo ia bem no pequeno reino até que o rei faleceu. A partir desse momento, o rei dos francos, chamado Clotário II, invadiu e anexou a região. Além disso, mandou que todos os descendentes de Teodeberto II fossem mortos. Parecia que o futuro de Arnolfo estava destruído.
Reviravoltas da vida
A fama da competência, do caráter, da justiça e da fé cristã de Arnolfo chegou ao conhecimento do rei Clotário II. Por isso, o rei, agora senhor de uma enorme região, chamou Arnolfo para ser seu conselheiro. Percebendo que Arnolfo era realmente digno de confiança, confiou a ele a formação e educação de seu próprio filho, chamado Dagoberto. Santo Arnolfo formou o príncipe de tal maneira, na justiça, na fé e na caridade cristã que, quando se tornou rei, Dagoberto foi um governantes mais justos da história da Gália e França. É notável que, durante seu governo, nenhuma atrocidade tenha sido cometida, coisa que era comum naquela época. Somente pela formação do rei Dagoberto, Santo Arnolfo mereceria ser lembrado na história da humanidade. Mas ele não fez só isso.
Bispo de Metz
Impressionado com a conduta irrepreensível de Santo Arnolfo, o rei Clotário II decidiu nomeá-lo bispo de Metz. Arnolfo, com efeito, não se julgava digno da missão, sabendo que era um homem pecador e limitado. Além disso, sabia que participando da corte real, seria difícil manter-se sem pecados, pois a corte era cheia de corrupção e oportunidades de pecado. Por isso, num momento de decisão espiritual, quando estava propenso a renunciar, jogou seu anel de bispo no rio Mosela e rezou: "Senhor, se me perdoa, faze-o retornar". A tradição conta que, mais tarde, o anel retornou a suas mãos dentro de um peixe que lhe foi servido. Por isso, ele aceitou a missão e se tornou um dos grandes bispos de seu tempo.
Legado para a França
No tempo de Santo Arnolfo, o celibato ainda não era uma regra disciplinar da Igreja, de forma que era comum os clérigos serem pais de família. Aliando sua experiência de tantos anos, como bispo, ele participou dos Concílios de Reims e de Clichy. Anos mais tarde, um de seus filhos, Clodolfo, também veio a se tornar bispo, substituindo o pai na liderança da diocese de Metz. Outro de seus filhos, Ansegiso, herdando a capacidade de formação do pai, passou a ser Mestre do Palácio do tempo Carolíngio.
Morte
Quando a idade não permitiu mais que Santo Arnolfo exercesse a função de bispo com a dedicação que ela exige, ele renunciou ao cargo, deixando-o na mão de seu filho Clodolfo. Em seguida ingressou num mosteiro que tinha sido fundado por um amigo seu chamado Romarico. Ali Santo Arnolfo viveu sua velhice dedicando-se à penitência, à oração e à caridade. Santo Arnolfo faleceu em 18 de julho de 641. Tão logo os habitantes de Metz ficaram sabendo de sua morte, pediram que seu corpo fosse trasladado para a basílica da cidade, que passou a ser dedicada a Santo Arnolfo.
Oração a Santo Arnolfo
“Ó Deus, que destes a Santo Arnolfo a graça de permanecer incorruptível numa corte onde reinava a corrupção e o pecado, dai também a nós a graça de permanecermos puros e limpos diante da corrupção moral que invade o nosso tempo. Suscitai também políticos capazes de se manterem honestos, visando o verdadeiro bem do povo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém. Santo Arnolfo, rogai por nós.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 17 de julho de 2024
DIA DO BEM-AVENTURADO INÁCIO DE AZEVEDO E COMPANHEIROS MÁRTIRES - 17 DE JULHO
DIA DO BEM-AVENTURADO INÁCIO DE AZEVEDO E COMPANHEIROS MÁRTIRES - 17 DE JULHO
HOMILIA - 17.07.24
HISTORIA DO BEM-AVENTURADO INÁCIO DE AZEVEDO E COMPANHEIROS MÁRTIRES
Quarenta mártires, portugueses e espanhóis, entre eles, 2 padres, 24 estudantes e 14 irmãos auxiliares. Todos pertenciam à Companhia de Jesus.
Inácio de Azevedo nasceu no Porto, Portugal, em 1526. Aos 23 anos já tinha entrado na Companhia de Jesus ocupando vários serviços. Era ardoroso pelas missões além-fronteiras.
Foi quando o Superior-Geral o enviou para o Brasil e ele, ao retornar, testemunhou a necessidade de mais missionários. Saíram, por isso, 3 naus missionárias. Em uma delas estavam Inácio de Azevedo e os 39 companheiros. A nau foi interceptada por 5 navios de inimigos da fé católica, que queriam a morte de todos.
Por amor pela Igreja, ele aceitou o martírio, exortou e consolou seus filhos espirituais. Foi morto e lançado ao mar, e todos os outros foram martirizados, alcançando a coroa da glória na eternidade. Era o ano de 1570.
Inácio e seus companheiros foram assassinados por serem católicos e missionários. Estamos no tempo das novas missões, a começar na nossa casa. Ali, é o primeiro lugar onde devemos testemunhar o amor a Cristo e, se preciso, sofrer por Ele.
O culto desses mártires foi confirmado por Pio IX em 1854.
Bem-aventurado Inácio de Azevedo e Companheiros Mártires, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 16 de julho de 2024
DIA DE NOSSA SENHORA DO CARMO - 16 DE JULHO
DIA DE NOSSA SENHORA DO CARMO - 16 DE JULHO
HOMILIA - 16.07.24
HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA DO CARMO
Nossa Senhora do Carmo tem origem no século XII, quando um grupo de eremitas começou a se formar no monte Carmelo, na Palestina, Terra Santa, iniciando um estilo de vida simples e pobre, ao lado da Fonte de Elias, que se estendeu ao mundo todo.
A palavra Carmo, corresponde ao Monte do Carmo ou Monte Carmelo, em Israel, onde o profeta Elias se refugiou. A palavra carmo ou carmelo significa jardim.
História de Nossa Senhora do Carmo e os carmelitas
A ordem dos carmelitas venera com carinho o profeta Elias, que é seu patriarca, e a Virgem Maria, venerada com o título de Bem Aventurada Virgem do Carmo. Devido ao lugar, esse grupo foi chamado de carmelitas. Lá, esse grupo de eremitas construiu uma pequena capela dedicada à Senhora do Carmo, ou Nossa Senhora do Carmelo.
Posteriormente, os carmelitas foram obrigados a ir para a Europa, fugindo da perseguição dos muçulmanos. Aí se espalhou ainda mais a Ordem do Carmelo.
Devoção a Nossa Senhora do Carmo
Com a expulsão dos carmelitas de Israel, a devoção a Nossa Senhora do Carmo começou a se espalhar por toda a Europa. Também foi levada para a América Latina, logo no começo de sua colonização, passando a ser conhecida em todos os lugares. E não somente no Carmelo. Foram construídas várias igrejas, capelas e até catedrais dedicadas à Senhora do Carmo.
Aparição de Nossa Senhora do Carmo a São Simão
São Simão era um dos mais piedosos carmelitas que vivia na Inglaterra. Vendo a Ordem dos Carmelitas ser perseguida até estar prestes a ser eliminada da face da terra, ele sofria muito e pedia socorro a Nossa Senhora do Carmo.
Sua oração, que os carmelitas usam até hoje, foi a seguinte: Flor do Carmelo, videira florida. Esplendor do Céu. Virgem Mãe incomparável. Doce Mãe, mas sempre virgem. Sede propícia aos carmelitas. Ó Estrela do mar.
Então Maria Santíssima, rodeada de anjos, apareceu para São Simão, entregou-lhe o Escapulário e lhe disse: Recebe, meu filho muito amado, este escapulário de tua ordem, sinal do meu amor, privilégio para ti e para todos os carmelitas. Quem com ele morrer, não se perderá. Eis aqui um sinal da minha aliança, salvação nos perigos, aliança de paz e amor eterno. A partir desse milagre, o escapulário passou a fazer parte do hábito dos carmelitas.
Milagre de Nossa Senhora do Carmo
A partir da aparição de Nossa Senhora do Carmo a São Simão, a Ordem do Carmelo começou a florescer na Europa e em vários lugares do mundo, permanecendo firme até os dias de hoje.
O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, tradição do Carmelo
A palavra escapulário, vem do latim, escápula, que significa armadura, proteção. O escapulário é uma forma de devoção a Maria Santíssima. O uso do escapulário é um sinal de confiança em Nossa Senhora do Carmo. A pessoa que o usa, é coberta com a proteção e as graças da Virgem Do Carmo.
O escapulário, segundo o Concílio do Vaticano II, é um Sacramental, um sinal sagrado, obtendo efeitos de proteção da Igreja Católica. É uma realidade visível que nos conduz a Deus. Santa Tereza dizia que portar o escapulário, era estar vestida com o hábito de Nossa Senhora.
Oração a Nossa Senhora do Carmo
Senhora do Carmo, Rainha dos anjos, canal das mais ternas mercês de Deus para com os homens. Refúgio e advogada dos pecadores, com confiança eu me prostro diante de vós, suplicando-vos que obtenhais a graça que necessito, ( pede-se a graça). Em reconhecimento, solenemente prometo recorrer a vós em todas as minhas dificuldades, sofrimentos e tentações, e farei de tudo que ao meu alcance estiver, a fim de induzir outros a amar-vos, reverenciar-vos e invocar-vos em todas as suas necessidades.
Agradeço as inúmeras bênçãos que tenho recebido de vossa mercê e poderosa intercessão.
Continuai a ser meu escudo nos perigos, minha guia na vida e minha consolação na hora da morte. Amém. Nossa Senhora do Carmo, advogado dos pecadores mais abandonados, rogai pela alma do pecador mais abandonado do mundo. Ó Senhora, rogai por nós que recorremos a vós.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 15 de julho de 2024
DIA DE SÃO BOAVENTURA - 15 DE JULHO
DIA DE SÃO BOAVENTURA - 15 DE JULHO
HOMILIA - 15.07.24
HISTÓRIA DE SÃO BOAVENTURA
Teólogo, Doutor da Igreja e reformador dos franciscanos
Origens
Seu nome de batismo era João de Fidanza. Ele nasceu em 1218, em Bagnoregio, região de Viterbo, Itália. Seu pai era um médico famoso e bem conceituado na região. Contudo, quando o pequeno João de Fidanza teve uma enfermidade grave, o pai não conseguiu curá-lo. A cura aconteceu quando o pai, a mãe e familiares a pediram pela intercessão de São Francisco. Essa cura foi como um sinal profético, pois o pequeno João, no futuro, viria a ser um grande reformador dos franciscanos.
Franciscano catedrático
Aos vinte anos, João de Fidanza entrou no convento dos franciscanos. Apenas dois anos depois, ele vestia o hábito, adotando o nome de Boaventura. Como seus dotes de inteligência e cultura logo afloraram dentro da ordem, ele foi designado para estudar filosofia e teologia na famosa Universidade de Paris. Mais tarde, em 1253, na mesma universidade, foi nomeado professor catedrático nas duas matérias. Sua sabedoria na condução de assuntos difíceis também se destacou.
Amigo de Santo Tomás de Aquino
São Boaventura tornou-se amigo e companheiro de Santo Tomás de Aquino, outro grande nome da intelectualidade católica e também Doutor da Igreja. Essa amizade foi frutuosa para os dois santos e para a Igreja, pois dela nasceram grandes obras literárias e espirituais que definiram rumos na Igreja pelos séculos vindouros.
Teólogo defensor dos franciscanos
São Boaventura viu que a Ordem dos Franciscanos era como que uma miniatura da Igreja, porque as duas se originaram a partir de homens humildes e simples. Somente mais tarde é que os nobres e intelectuais se juntaram a elas. Por isso, São Boaventura defendeu fortemente os franciscanos e as chamadas “Ordens Mendicantes” (muito combatidas pelas ordens seculares). As mendicantes, dizia, representavam as origens da Igreja e isso tinha que ser preservado, mesmo que estas ordens já estivessem presentes nas grandes cidades e universidades da Europa. A origem tinha que ser preservada.
Superior geral dos franciscanos
São Boaventura ficou famoso como orador e teólogo quando começou a defender as Ordens Mendicantes. Mais tarde, em 1257, o Papa Alexandre IV nomeou-o Superior Geral dos Franciscanos, função que ele exerceu durante dezoito anos. O exercício desta função foi tão inspirado que São Boaventura passou a ser chamado de “Segundo Pai” e “Segundo Fundador” da Ordem Franciscana. Com efeito, ele conseguiu unir de maneira maravilhosa as correntes antigas e novas dentro da Ordem, dando a ela um novo impulso.
Doutor da Igreja
Baseado em Santo Agostinho e Platão, São Boaventura escreveu suas obras teológicas em onze volumes, procurando sempre dar fundamentação racional às grandes verdades de fé. Além de superior geral dos franciscanos e de escritor renomado, São Boaventura recebeu a nomeação de bispo e cardeal por meio do Papa Gregório X. Nesse cargo, ele assumiu a responsabilidade de organizar e liderar o Concílio de Lyon.
Morte
São Boaventura teve papel decisivo no Concílio de Lyon, no ano 1274. Ele conseguiu reconciliar as ordens mendicantes e o clero secular, que a essa altura, ainda viviam em contendas. Este foi um dos grandes legados de São Boaventura para a Igreja. Depois disso, talvez sentindo que sua missão neste mundo estava cumprida, ele veio a falecer, estando ainda na cidade de Lyon. Na ocasião, foi atendido diretamente pelo Papa, que o estimava bastante. Era o dia 15 de julho de 1274. São Boaventura foi canonizado no ano 1482, quando recebeu o título de Doutor da Igreja, por causa de suas obras.
Oração a São Boaventura
“Ó bondoso São Boaventura, por uma especial graça de Deus, fostes escolhidos para ser zeloso doutor e pastor da Igreja de Jesus Cristo. Vós sois agradáveis diante de Deus, pela missão de pastor, honrastes e defendestes a Igreja de Jesus, pelo encargo confiado de preparar o segundo concílio de Lyon. Pelo crédito que gozam vossas orações junto de Jesus e Maria, encontrastes no vosso trabalho a expressão generoso da caridade, em favor do bem comum. Soubestes ensinar e vivenciar a caridade, como fundamento da doutrina de Jesus Cristo. Por isso, Deus vos abençoou. Por isso, lembrados de vossas virtudes, vos pedimos que nos alcanceis de Jesus, o Filho de Deus, viveremos unidos a Ele, pela vida em família, no testemunho de vosso trabalho e pela esperança cristã que os vossos sofrimentos cristãmente assumidos, sejam para nós a garantia da ressurreição. Deus honra, glória e louvor. Amém!”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 14 de julho de 2024
DIA DE SÃO CAMILO DE LÉLIS - 14 DE JULHO
DIA DE SÃO CAMILO DE LÉLIS - 14 DE JULHO
HOMILIA - 14.07.24
HISTÓRIA DE SÃO CAMILO DE LÉLIS
Origens
Camilo de Lélis nasceu em 25 de maio de 1550, no vilarejo de Bucchianico, região de Chieti, ao sul da Itália. Seu nascimento lembrou o de São João Batista, pois seus pais já tinham passado da idade de ter filhos. Sua mãe, Camila Compelli, com efeito, tinha quase sessenta anos. Seu pai, João de Lellis, era militar e passava pouco tempo em casa. O parto foi difícil, mas Camilo nasceu saudável e foi a grande alegria de seus pais.
Adolescência conturbada
A mãe foi quem educou Camilo na infância e adolescência. Educou-o na religião, na moral e nos bons costumes. Porém, quando Camilo tinha apenas treze anos, ela faleceu. O baque foi grande. Camilo tornou-se rebelde e passou a detestar os estudos. Então, foi viver com o pai. Foi uma experiência difícil, pois o pai era viciado em jogo. Por isso, não tinha estabilidade. Vivia mudando de quartel por ganhar e perder tudo que tinha nos jogos de azar.
Pai fraco que quer ajudar
Apesar dessa fraqueza, que hoje sabemos ser uma doença (a dependência do jogo) o pai amava Camilo e queria ajudá-lo. Por isso, quando Camilo fez quatorze anos, colocou-o para trabalhar no exército como soldado. A essa altura, Camilo mal sabia ler, mas tinha um corpo atlético. Por isso, sobrava para ele os serviços braçais. Por falta de escolaridade, nunca saiu do posto de soldado.
Um jovem violento e viciado no jogo
Quando Camilo tinha dezenove anos, seu pai faleceu. Como herança, Camilo recebeu apenas a espada e o punhal do pai. Nessa época, Camilo já era famoso por ser um jovem forte, violento, brigador e fanático pelo jogo. A morte do pai acentuou esses desvios de caráter de tal forma que os outros tinham medo dele. Como o pai, ele passou a ganhar e a perder tudo que tinha no jogo.
Uma conversa começa a mudar sua vida
No ano 1570, um frade franciscano não teve medo de Camilo e conversou longamente com ele. Os dois se tornaram amigos. Camilo sentiu que, apesar da violência que ele cultivou, alguém conseguiu enxergar sofrimento e bondade em seu coração. Isso foi tão surpreendente e bom que ele quis entrar para a Ordem dos Franciscanos. Ao chegar no convento, porém, seu ingresso foi barrado por causa de uma enorme ferida no pé.
Tumor incurável
Os franciscanos enviaram Camilo para receber tratamento no hospital de São Tiago, na cidade de Roma. Lá, ele teve um diagnóstico triste: seu tumor era incurável. Como não tinha dinheiro para fazer o tratamento, ofereceu-se para trabalhar como servente e conseguiu trocar sua força de trabalho pelos cuidados médicos. Porém, além da ferida no pé, ele tinha outra doença na alma: o vício no jogo. Por afundar-se no jogo, nas dívidas e em confusões, ele foi demitido.
Uma visão muda seu coração
Na rua, sem trabalho, sem dinheiro, com um tumor incurável, ficou sabendo que os frades capuchinhos estavam construindo um mosteiro. Lá, ele conseguiu o emprego de servente de pedreiro. O contato diário com os franciscanos foi mudando seu coração. Certo dia, quando ia para o trabalho, teve uma visão que mudou sua vida definitivamente. Essa visão nunca foi revelada a ninguém. Porém, depois dela, ele nunca mais voltou a jogar e se converteu profundamente. Ele tinha, então, vinte e cinco anos.
Volta para o hospital
Transformado, Camilo pediu para ingressar novamente na Ordem Franciscana. Porém, por causa de sua ferida, não conseguiu. Os franciscanos, porém, conseguiram que ele fosse internado de novo no hospital de São Tiago. Lá, sua segunda estadia foi bem diferente da primeira. Ele tratava de sua ferida, sim, mas passou a cuidar dos outros doentes fazendo um trabalho de voluntário. Assistia sempre àqueles que eram mais repugnantes, os quais eram simplesmente abandonados pelos funcionários bem remunerados do hospital.
O jovem bizarro se transforma num exemplo de amor
São Camilo de Lélis passou a enxergar nos doentes terminais, rejeitados e repugnantes, o próprio Cristo. Amava-os de todo o coração e passou a viver por eles. Os enfermos que tinham condições de se manifestar, agradeciam emocionados pela atenção e carinho que recebiam daquele jovem forte e cheio de amor cristão. Muitos se converteram ao serem cuidados por São Camilo. Outros tantos faleceram na graça de Deus, pois Camilo os levou ao arrependimento e à confissão.
Nasce a Congregação dos Camilianos
O testemunho de São Camilo de Lélis começou a atrair jovens que se dispunham a segui-lo no cuidado amoroso e gratuito aos doentes. Nesse tempo, uma santa amizade nasceu com um padre, e futuro santo, que foi decisivo em sua vida: São Filipe Neri. Este, percebeu a grande graça que Deus derramara na vida de Camilo. Os dois fundaram, então, a Congregação dos Ministros Camilianos. A princípio, era apenas uma irmandade composta de voluntários dispostos a cuidar dos enfermos pobres, miseráveis, terminais, rejeitados por todos.
A ajuda de São Filipe Néri
São Filipe Néri incentivou e ajudou São Camilo de Lélis a estudar e a vestir o hábito da própria congregação. Em 1591, aprovada pelo Vaticano, a Congregação se tornou uma Ordem Religiosa. São Camilo foi ordenado sacerdote e eleito o superior da Ordem dos Camilianos, conhecida também como a “Ordem dos Padres Enfermeiros”. São Camilo dirigiu a Ordem com firmeza por vinte anos.
Dons extraordinários
Após esse vinte anos, São Camilo de Lélis dedicou os sete restantes de sua vida a ensinar como cuidar e conviver com os doentes. Suportando horríveis dores nos pés, São Camilo ia visitar os doentes nas casas. Quando era preciso, ele mesmo levava-os nas costas para o hospital dando graças a Deus pelo porte físico que tinha. São Camilo teve também o dom da cura pela oração. Por isso, passou a ser procurado por gente de todos os lugares. Tornou-se famoso e amado por toda a Itália. Tido como santo em vida por todos. São Camilo de Léllis faleceu em no dia 14 de julho de 1614, com fama de santidade. Sua canonização foi celebrada em 1746. Ele foi declarado Padroeiro dos Enfermeiros, dos hospitais e dos doentes em 1886.
Oração a São Camilo de Lélis
“Senhor, Deus de toda a consolação,Pai rico em misericórdia, vós sois amor.Conheceis nossas necessidades e estais presente em nossos sofrimentos.Escolhestes São Camilo para cuidar dos doentes e ensinar como servi-los.Pedimos, por vossa intercessão, o dom da caridade que ilumina,fortalece e leva à plenitude a nossa vida para amar-vos também em ossossofrimentos e servir-vos com amor em nossos irmãos e irmãs doentes.Amém. São Camilo de Lélis, rogai por nós.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 13 de julho de 2024
DIA DE SANTO HENRIQUE E DE SANTA CUNEGUNDES - 13 DE JULHO
DIA DE SANTO HENRIQUE E DE SANTA CUNEGUNDES - 13 DE JULHO
HOMILIA - 13.07.24
HISTÓRIA DE SANTO HENRIQUE E DE SANTA CUNEGUNDES
Muitos acusam a Idade Média como um “tempo de trevas” na História, e não tem como não pensar nisso, se não abrirmos os olhos e olharmos para o Alto, pois, nesse lugar, é que se encontram as luzes desse período, ou seja, os inúmeros santos e santas.
Henrique e Cunegundes fazem parte desse “lustre”, pois viveram uma perfeita harmonia de afetos, projetos e ideais de santidade.
Henrique era filho de duque e nasceu num castelo na Alemanha, em 973. Pertencia a uma família santa e, por isso, foi educado também por cônegos e, mais tarde, pelo bispo de Ratisbona, adquirindo, assim, toda uma especial formação cristã.
Conta-se que, espiritualmente, ele se preparou intensamente para assumir o trono da Alemanha, mas isso sem saber, pois, ainda jovem, sonhara com estas breves palavras: “Entre seis”; e, com isso, interpretou primeiramente que teria seis dias antes de morrer, mas, como não aconteceu, preparou-se em vista de seis meses e, em seguida, seis anos até, por Providência, assumir o reinado.
Henrique sucedeu seu pai e, em seguida, também seu primo Otto III, tornando-se, em 1002, rei da Alemanha e, dois anos depois, também da Itália. No entanto, seu irmão Bruno renunciou à vida da corte para se tornar bispo de Augsburg; uma das suas irmãs tornou-se monja, enquanto a outra se casou com aquele que se tornaria Santo Estevão da Hungria. No ano de 1014, o Papa Bento VIII consagrou Henrique Imperador do Sacro Império Romano.
No caso de Henrique, o adágio de que “por trás de um grande homem está uma grande mulher” funcionou, pois se casou com a princesa de Luxemburgo, Cunegundes, uma mulher de muitas virtudes e inúmeros dons, ao ponto de ajudar, por 27 anos, seu esposo na organização do império e implantação do Reino de Deus.
Com a morte de Henrique II e seu reconhecimento de santidade, Cunegundes foi morar num mosteiro, onde cortou o cabelo, vestiu hábito pobre e passou a obedecer suas superioras até ir ao encontro de Henrique no céu, isso quando tinha 61 anos.
Sendo assim, ambos morreram sob a coroa de Sacro Romano, no império terrestre; e a coroa da Glória, no império celeste.
Santo Henrique e Santa Cunegundes, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 12 de julho de 2024
DIA DE SÃO JOÃO GUALBERTO - 12 DE JULHO
DIA DE SÃO JOÃO GUALBERTO - 12 DE JULHO
HOMILIA - 12.07.24
HISTÓRIA DE SÃO JOÃO GUALBERTO
João Gualberto nasceu no ano de 995 em Florença, Itália. Foi educado num dos castelos dos pais, nobres e cristãos. A mãe cuidou do ensino no seguimento de Cristo. O pai fez dos filhos perfeitos cavaleiros, hábeis nas palavras e nas armas, para administrar e defender o patrimônio e a honra da família.
Mas a harmonia acabou quando o primogênito da família foi assassinado. Buscando vingar o irmão, João Gualberto vivia à procura do homicida. Na Sexta-feira Santa de 1028, ele o encontrou vagando solitário, numa das estradas desertas da cidade. João Gualberto empunhou imediatamente sua espada, mas o adversário, desarmado, abriu os braços e caiu de joelhos implorando perdão e clemência em nome de Jesus.
Tocado pelo clamor do assassino, jogou a espada fora, desceu do cavalo e abraçou fraternalmente o inimigo. No mesmo instante, foi à igreja de São Miniato onde, aos pés do altar, ajoelhou-se diante do crucifixo de Jesus. Diz a tradição que a cruz do Cristo se inclinou sobre ele, em sinal de aprovação pelo seu ato.
João Gualberto tornou-se um humilde monge, exemplar na disciplina às Regras, no estudo, na oração, na penitência e na caridade. Por causa de divergências internas, João Gualberto resolveu fundar o próprio mosteiro, segundo as regras de São Bento.
Seguindo com rigor a disciplina e austeridade às regras da ordem, João Gualberto implantou um centro tão avançado e respeitado de estudos, que a própria Igreja enviava para lá seus padres e bispos para aprofundarem seus conhecimentos.
Morreu no dia 12 de julho de 1073, na Úmbria. São João Gualberto é o Santo Padroeiro da Guarda e Engenharia Florestal.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR.
REFLEXÃO
“Quando quiserem eleger um abade, escolham entre os irmãos o mais humilde, o mais doce, o mais mortificado”. Essas palavras de João Gualberto revelam seu espírito abnegado e dedicado aos mais fracos. Que Deus nos conceda a docilidade desse monge e nos inspire sempre boas ações, sobretudo a virtude do perdão.
ORAÇÃO
Amado São João Gualberto, que soubestes perdoar ao assassino de vosso irmão, intercedei por nossa Igreja. Que a cada minuto de nossas vidas sejamos ajudados pela misericórdia divina e por vós, para que aprendamos, também nós, a graça do perdão. Amém!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 11 de julho de 2024
DIA DE SÃO BENTO - 11 DE JULHO
DIA DE SÃO BENTO - 11 DE JULHO
HOMILIA - 11.07.24
HISTÓRIA DE SÃO BENTO
São Bento nasceu na Umbria, Itália, no ano de 480. Era de família nobre romana. Desde pequeno manifestou um gosto especial pela oração. Realizou os primeiros estudos na região de Nurcia, próximo à cidade de Spoleto. Depois foi morar em Roma para estudar filosofia.
Vida de São Bento
Um eremita chamado Romano encontrou Bento e lhe deu um hábito de monge. Romano ensinou a São Bento tudo sobre a vida de eremita e levando-o para uma gruta escondida, (gruta santa), no monte de Subíaco. Lá, o jovem Bento aprofundava-se na vida de eremita e Romano o ajudava regularmente com alimentos.
São Bento ficou ali por 3 anos só em orações e estudos, sem receber visitas. Um dia, porém, um sacerdote da região, fazendo seu jantar, ouviu uma voz dizendo: estás fazendo seu jantar enquanto meu servo Bento morre de fome no deserto. O sacerdote, com muito esforço, partiu para o deserto, encontrou a gruta em que Bento estava escondido e após uma oração, disse que era o dia da Páscoa do Senhor e serviu-lhe a comida.
Tempos depois, o jovem Bento foi descoberto por pastores e assim passou a receber muitas visitas para conselhos e orações. Logo, sua fama começou a crescer, e ele passou a ser visitado por mais e mais pessoas em busca de aconselhamentos e orações.
Tentativa de assassinato
Por causa de sua fama de santidade, São Bento foi chamado para ser o abade (superior) do convento de Vicovaro. Ele aceitou, desejando prestar um serviço. Porém, não combinou com a vida que os monges viviam, porque não era incondicional como ele achava que deveria ser o seguimento de Cristo.
Foi se formando entre os religiosos uma antipatia contra o santo, chegando ao cúmulo de tentarem matá-lo com veneno, mas, abençoando a taça de vinho envenenada, como fazia com todos os alimentos que comia, ela se quebrou. Assim, Bento disse em seguida que Deus perdoe a vocês, meus irmãos. Depois disso, abandonou o convento e voltou para Subíaco.
A primeira ordem monástica da história
São Bento fundou em poucos anos doze mosteiros. Antes de Bento, os monges viviam como eremitas, isolados, sozinhos. São Bento organizou a vida monástica comunitária e os mosteiros começaram a florescer. Todos eles seguiam a famosa Regra de São Bento. As famílias nobres de Roma começaram a mandar seus filhos para estudarem nos mosteiros fundados por São Bento. Santo Plácido e São Mauro estavam entre os educandos de São Bento.
A Regra de São Bento
A Regra de São Bento (Regula Monasteriorum) é um livro escrito por São Bento, com as regras para a vida monástica comunitária. É um livro com 73 capítulos curtos. A regra prioriza o silêncio, a oração, o trabalho, o recolhimento, a caridade fraterna e a obediência. Assim nascia a famosa Ordem dos Beneditinos, ou Ordem de São Bento, que permanece viva e atuante até hoje, seguindo a mesma regra escrita há mais de 1500 anos. A Regra de São Bento foi também adaptada para várias congregações de monges do ocidente.
Milagres de São Bento
No Monte Cassino, Itália, Bento começou a pregar o Evangelho para o povo. Com a pregação e os inúmeros milagres que fazia, inclusive vários exorcismos, o povo começou a se converter. Assim, o povo de Monte Cassino derrubou o templo de Apolo, que fora construído no cume do monte, e, com suas ruínas, construíram dois conventos com as bênçãos de São João Batista e São Martinho. Esta foi a origem do grande mosteiro de Monte Cassino, criado em 529, com a bênção do Papa Felix lll.
Devoção a São Bento
São Bento morreu no ano de 547, aos 67 anos. Predisse sua morte no mesmo ano da morte de sua irmã Santa Escolástica, fundadora do ramo feminino da ordem de São Bento. Mandou abrir sua própria sepultura e depois de falar aos monges, de pé com as mãos para o céu, morreu. Parte de suas relíquias estão no Mosteiro de Monte Cassino e outras na abadia de Fleury, na França. São Bento foi canonizado no ano de 1220 e sua festa é comemorada no dia 11 de julho.
Imagem de São Bento
Sua imagem é representada com o livro das regras; um sino, que representa a voz de Deus; um copo quebrado e a serpente, representando o veneno; um corvo com um pedaço de pão no bico, representando o tempo em que ele passou no deserto, e uma vara,representando a disciplina.
Medalha de São Bento e sua mensagem
A medalha de São Bento foi esculpida primeiramente nas colunas do mosteiro de Monte Cassino. Na frente da medalha lê-se: Ejus in ibitu nostro praesentia muniamur. Sejamos protegidos pela sua presença na hora da nossa morte.
No verso encontra-se as seguintes inscrições:
CSPB - Crux Sancti Patris Benedicti - (cruz do Santo Pai Bento)
CSSML - Crux Sacra Sit Mihi Lux - (a Cruz Sagrada Seja a minha Luz)
NDSMD - Non Draco Sit Mihi Dux - (não seja o Dragão o meu guia)
SMQL - Sunt Mola Quae Libas - (são coisas más que brindas)
IVB - Ipse Venana Bibas - (Bebas do mesmo veneno)
Oração a São Bento
A Cruz sagrada seja a minha Luz. Não seja o dragão o meu guia. Retira-te satanás. Nunca me aconselhe coisas vãs. É do mal o que tu me oferece. Beba tu mesmo do teu veneno. Rogai por nós Bem Aventurado São Bento, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 10 de julho de 2024
DIA DE SANTA VERÔNICA GIULIANI E DE SANTA FELICIDADE E SEUS 7 FILHOS MÁRTIRES - 10 DE JULHO
DIA DE SANTA VERÔNICA GIULIANI E DE SANTA FELICIDADE E SEUS 7 FILHOS MÁRTIRES - 10 DE JULHO
HOMILIA - 10.07.24
HISTÓRIA DE SANTA VERÔNICA GIULIANI
Ela nasceu Orsola [Ursula] Giuliani em Mercatello no Ducado de Urbino, Itália, em 27 de dezembro de 1660. Seus pais eram Francesco e Benedetta Mancini Giuliani. Ela era a mais jovem das sete irmãs, três das quais abraçaram a vida monástica.
Conta-se que, aos três anos de idade, Ursula supostamente começou a mostrar grande compaixão pelos pobres. Ela separava uma parte de sua comida para eles, e até separava suas roupas quando encontrava uma criança pobre vestida com pouca roupa. Sua mãe morreu quando Ursula tinha sete anos de idade [2].
Quando os outros não aderiram prontamente às suas práticas religiosas, ela estava inclinada a ser ditatorial. Na idade de 16 anos, ela experimentou uma visão que corrigiu essa imperfeição de caráter: ela via seu próprio coração como um "coração de aço". Em seus escritos, ela confessa que teve um certo prazer nas circunstâncias mais imponentes que sua família adotou quando seu pai foi nomeado superintendente de finanças em Piacenza. Quando Verônica chegou à maioridade, seu pai acreditava que ela deveria se casar e, por isso, desejava que ela participasse das atividades sociais dos jovens. Mas ela implorou tão fervorosamente ao pai que, depois de muita resistência, ele finalmente permitiu que ela escolhesse seu próprio estado de vida.
Vida no mosteiro
Em 1677, aos 17 anos, Ursula foi recebida no mosteiro das Clarissas Capuchinhas, em Città di Castello, na Úmbria, Itália, levando o nome de Verônica em memória da Paixão. No final da cerimônia de sua recepção, o bispo disse à abadessa: "Recomendo esta nova filha ao seu cuidado especial, pois ela um dia será uma grande santa".
Verônica tornou-se absolutamente submissa à vontade de seus diretores espirituais, embora seu noviciado fosse marcado por extraordinárias provações interiores e tentações para retornar ao mundo. Em seus primeiros anos no mosteiro, ela trabalhou na cozinha, enfermaria e sacristia e também serviu como porteira. Com a idade de 34 anos, ela foi feita amante principiante [3].
Durante cinquenta anos, Ursula Giuliani viveu como Irmã Veronica no convento dos capuchinhos. Com firme determinação moderada pela humildade, ela levou suas irmãs como amante novata por trinta e quatro anos e como abadessa de onze. Santa Verônica governou o convento com óbvio senso comum e guiou os noviços com prudência. Ela não permitiria que lessem livros místicos, exigindo que eles estudassem livros sobre princípios cristãos. Em 1716, ela foi eleita abadessa. Como uma mulher prática, ela melhorou o conforto de suas irmãs ao ampliar as salas do convento e ter água encanada por dentro [4].
Experiências espirituais
Verônica tinha uma devoção ao longo da vida a Cristo crucificado que eventualmente se manifestou em sinais físicos. As marcas da coroa de espinhos apareceram em sua testa em 1694 e as cinco feridas em seu corpo em 1697. Veronica foi humilhada pelos próprios estigmas e pelos testes rigorosos de sua experiência pelo bispo. Ele removeu o santo da vida comum da comunidade e colocou-a sob constante observação. Quando ele determinou que os fenômenos eram autênticos, ele permitiu que ela retornasse à vida normal do convento e continuasse seu serviço para suas irmãs.
HISTÓRIA DE SATNTA FELICIDADE E SEUS 7 FILHOS MÁRTIRES
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 09 de julho de 2024
DIA DE SANTA PAULINA - 09 DE JULHO
DIA DE SANTA PAULINA - 09 DE JULHO
HOMILIA - 09.07.24
HISTÓRIA DE SANTA PAULINA
Fundadora da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada ConceiçãoOrigens
Seu nome de batismo era Amábile Lúcia Visintainer. Ela nasceu em 16 de dezembro de 1865, na cidade de Vigolo Vattaro, região de Trento, que fica ao norte da Itália. Foi a segunda filha de Anna e Napoleão. Seus pais eram cristãos fervorosos, porém muito pobres. Durante a infância de Amábile, toda a Itália passava por uma grave crise econômica e pestes contagiosas. Por isso, quando ela tinha nove anos, seus pais decidiram emigrar para o Brasil.
Chegada ao Brasil
Em 1875 a família de Amábile chegou ao Brasil. Foram para o Estado de Santa Catarina, mais precisamente para a região de Nova Trento, onde vários trentinos já estavam morando. Eles foram se estabelecer num vilarejo recém-fundado no meio da mata chamado Vigolo. Tudo era muito precário e pobre. As famílias procuravam manter-se unidas para sobreviverem, alimentando o sonho de um dia prosperarem.
Uma grande amizade
No vilarejo de Vigolo, Amábile travou amizade com uma menina que a acompanharia por toda a vida: Virgínia Nicolodi. As duas já tinham uma fé sólida e esta afinidade as fez crescer ainda mais na amizade. As duas eram sempre vistas rezando na capelinha de madeira. Elas fizeram a primeira comunhão no mesmo dia. Nessa época, Amábile já tinha doze anos de idade.
Pequena missionária
O vilarejo de Vigolo crescia aos poucos. Por isso, o padre responsável pela região, chamado Servanzi, iniciou um trabalho pastoral ali. Logo ele percebeu o espírito comprometido e sábio da adolescente Amábile e incumbiu-a de lecionar o catecismo às crianças, além da ajuda aos doentes e de manter limpa a capelinha do vilarejo, que era dedicada a São Jorge. Esta incumbência certamente ajudou a amadurecer a vocação religiosa no coração de Amábile.
Adolescente caridosa
Amábile assumiu a missão de corpo e alma, levando sempre consigo a amiga Virgínia. As duas dedicavam-se totalmente à caridade para com os mais pobres, ajudando aos doentes, conseguindo mantimentos para os necessitados, ajudando aos doentes, idosos, crianças, enfim, a todos que precisassem. Amábile e Virgínia começaram a ser reconhecidas por todo o povo italiano que vivia naquela região distante e abandonada do Brasil.
Sonhos proféticos com Nossa Senhora
Em 1888 Amábile teve o primeiro de três sonhos com a Virgem Maria. Nesses sonhos, Nossa Senhora disse a Amábile: “Amábile, é meu ardente desejo que comeces uma obra: trabalharás pela salvação de minhas filhas.” Amábile responde: “Mas como fazer isso minha Mãe? Não tenho meios, sou tão miserável, ignorante…” Quando acordou após o terceiro sonho, Amábile assim respondeu em oração: “Servir-vos Minha querida Mãe…sou uma pobre criatura, mas para satisfazer o vosso desejo, prometo me esforçar o máximo que eu puder!”
Um hospitalzinho para os pobres
Amábile pediu e seu pai a ajudou a construir uma casinha de madeira, num terreno perto da capela, doado por um barão. O casebre se transformaria num pequeno hospital onde Amábile e Virgínia dedicaram-se arduamente ao cuidado dos doentes, mas, também, ao cuidado e à instrução das crianças. As duas nem sabiam, mas ali estava nascendo a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição.
A primeira paciente
A primeira pessoa doente que Amábile e Virgínia receberam no pequeno hospital, foi uma mulher que tinha câncer, em estado terminal. A pobre não tinha ninguém que pudesse cuidar dela. Assim, as duas assumiram a mulher no casebre. Era dia 12 de julho de 1890. Mais tarde, Amábile e Virgínia consideraram essa data como o dia da fundação da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição. A Obra iniciou no dia em que as duas amigas começaram a atuar como enfermeiras.
Uma Obra inspirada por Deus
A Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição foi a primeira congregação feminina fundada no Brasil. Pela santidade e necessidade dessa Obra, ela foi aprovada rapidamente pelo bispo de Curitiba, em agosto de 1895. Quatro meses após a aprovação eclesiástica, Amábile, Virgínia e outra jovem chamada Teresa Maule, fizeram os votos religiosos na Congregação. Na ocasião, Amábile adotou o nome de irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Além disso, ela foi nomeada superiora da pequena congregação. Por isso, passou a ser chamada de Madre Paulina.
A semente germina e cresce
A santidade, a caridade e a prática apostólica de Madre Paulina e suas coirmãs fizeram por atrair muitas outras jovens. Apesar da pobreza e das imensas dificuldades em que as irmãzinhas viviam, o exemplo que elas davam arrastava. Por isso, muitas jovens ingressaram na Congregação. Elas continuaram a cuidar dos doentes, da paróquia, das crianças órfãs e dos pobres. Além disso, começaram uma pequena indústria da seda para terem como sobreviver e manter as obras de caridade.
Convite para se instalar em São Paulo
Em 1903, apenas oito anos após a aprovação eclesiástica, o reconhecimento da Congregação já era notório no Brasil por causa da santidade de vida das Irmãzinhas e do trabalho extremamente necessário que realizavam. Por isso, nesse ano, Madre Paulina foi chamada para estender sua obra a São Paulo. Ela viu no convite um chamado de Deus e aceitou o desafio.
A obra em São Paulo
Em 1903, Madre Paulina e algumas irmãs chegaram a São Paulo. Lá, foram morar no bairro Ipiranga, ao lado de uma capela. Logo ela iniciou uma obra importante: a obra da "Sagrada Família", que tinha como objetivo abrigar ex-escravos e suas famílias após a abolição da escravatura, que tinha acontecido em 1888. Essas famílias viviam em péssimas condições e a obra de Madre Paulina deu a elas um pouco de dignidade.
Afastamento, humildade e obediência
Algum tempo depois, a obra cresceu em número de irmãs e em ações sociais. Nesse ínterim, Madre Paulina passou a ser perseguida e caluniada por uma rica senhora, chamada Ana Brotero. Esta, ajudava nas obras. A perseguição foi tanta que, em 1909 o bispo Dom Duarte destituiu Madre Paulina do cargo de superiora da congregação e a exilou em Bragança Paulista, SP. Madre Paulina, num exemplo de obediência, acatou a ordem do bispo, mesmo que em lágrimas de dor. Na ocasião, ela disse: “Meu único desejo é que a obra da Congregação continue para que Jesus Cristo seja conhecido e amado por todos.” No “exílio”, Madre Paulina sujeitou-se aos trabalhos mais humildes e pesados, sem murmurar nem reclamar, mas entregando tudo ao Senhor.
Reconhecimento
Nove anos depois do chamado “exílio”, Madre Paulina foi chamada pelo mesmo bispo de volta à casa geral da Congregação em São Paulo. Suas virtudes de humildade e obediência foram reconhecidas, depois dessa prova de fogo. Por isso, ela foi chamada para viver entre as novas irmãs e servir de exemplo e testemunho cristão para todas. Nesse tempo, destacou-se seu espírito de oração e a grande caridade que tinha para com todas as irmãs, especialmente as doentes.
Morte
A partir de 1938 Madre paulina iniciou um período de grandes sofrimentos físicos. Por causa do diabetes, seu braço direito teve que ser amputado. Depois disso, ficou cega. Foram quatro anos de sofrimentos físicos e de testemunho de fé. Ela permaneceu firme, louvando ao senhor por tudo e sendo cada vez mais amada e admirada pelas irmãzinhas. Por fim, após quatro anos de dor, ela entregou sua alma a Deus, na casa geral da congregação fundada por ela. Era o dia 9 de julho de1942. O papa João Paulo II celebrou sua beatificação em 1991, em visita ao Brasil. Sua canonização aconteceu em 2002, pelo mesmo Papa. Assim, ela passou a ser a primeira santa canonizada no Brasil.
Oração a Santa Madre Paulina
“Ó Santa Paulina, que puseste toda a confiança no Pai e em Jesus e que, inspirada por Maria, decidiste ajudar o povo sofrido, nós te confiamos a Igreja que tanto amas, nossas vidas, nossas famílias, a Vida Consagrada e todo o povo de Deus.
(Pedir a graça desejada)
Santa Paulina, intercede por nós, junto a Jesus, a fim de que tenhamos a coragem de lutar sempre, na conquista de um mundo mais humano, justo e fraterno. Amém.”
Pai-Nosso - Ave Maria - Glória
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 08 de julho de 2024
DIA DE SÃO PROCÓPIO - 08 DE JULHO
DIA DE SÃO PROCÓPIO - 08 DE JULHO
HOMILIA - 08.07.24
HISTÓRIA DE SÃO PROCÓPIO
Seu nome completo era São Procopius de Scythopolis.
Nasceu na cidade de Jerusalém e faleceu em Systhopolis no dia 7 de julho de 303.
Foi uma das primeiras vítimas do imperador Diocleciano, feroz perseguidor dos cristãos na Palestina. Segundo o historiador Euzebius, em seu texto, conta como Procopius sofreu o seu martírio: O primeiro dos mártires da Palestina foi Procopius, um homem cheio da graça divina que desde sua adolescência devotou a castidade e a pratica das virtudes e da humildade.
Ele vivia apenas com pão e água e somente comia a cada três dias e, às vezes, prolongava seu jejum por uma semana inteira. Enviado com seus companheiros para a Caesarea, pois havia ultrapassado os portões da cidade, desrespeitando as leis romanas vigentes na época, que proibiam o acesso de cristãos em Jerusalém, na antiga Palestina, foi preso e julgado sumariamente pelo juiz local Flaviano, pois acreditava piamente em sua fé e dogmas cristãos, recusando-se a ofertar oferendas, mesmo ao imperador.
Condenado, foi decapitado, sendo o primeiro martírio executado na Caesarea.
Notoriamente, sua conversão é igual a de São Paulo. Quando estava preso converteu seus guardas. Na presença dos juízes, deixou-os boquiabertos com sua notável sabedoria e suas citações de Platão, Aristóteles, Galeno , Homero e Sócrates, o que não impediu a sua morte.
Popularmente, era originalmente chamado de Neanias. Nasceu em Jerusalém e foi feito Duque de Alexandria por Diocleciano que o enviou para combater os cristãos na Alexandria.
A caminho, teve uma visão similar a de São Paulo, tornando-se cristão. Acorrentado é levado de volta Caesarea onde o governador Oulcion mandou torturá-lo. Com a morte repentina de Oulcion, sucedeu-o Flaviano que, mesmo sob tortura e enriquecedores argumentos, foi assim mesmo executado.
É venerado em vários locais construídos em sua homenagem.
A festa litúrgica de São Procópio ocorre a 8 de julho.
Fonte: Sanctorum
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 07 de julho de 2024
DIA DE SÃO PANTENO - 07 DE JULHO
DIA DE SÃO PANTENO - 07 DE JULHO
HOMILIA - 07.07.24
HISTÓRIA DE SÃO PANTENO
Panteno (140?, Sicília, - 216, Alexandria) foi um filósofo, teólogo cristão do século II e Pai da Igreja. Considerado santo pelas Igrejas católica e copta.
Foi o fundador da escola teológica de Alexandria, Escola Catequética de Alexandria, também chamada de Didaskaleion em 190 d. C., onde, com seus discípulos Clemente (que o chamou de “a abelha siciliana “), Orígenes e Alexandre elaborou a dogmática cristã, desenvolvendo a Regula fidei à luz da razão filosófica.
Essa escola, a primeira do gênero no mundo, tornou-se muito influente durante o Cristianismo primitivo e no desenvolvimento da teologia cristã.
Educado na doutrina estoica, vivendo em Alexandria. Converteu-se ao Cristianismo e procurou conciliar a nova fé com a filosofia grega.
O legado de Panteno é conhecido pela influência da escola catequética de Alexandria no desenvolvimento da teologia cristã, em particular nos debates e interpretação da Bíblia, a Trindade e a Cristologia.
Foi mestre de Tito Flávio Clemente, conhecido como Clemente de Alexandria, que viria a substituí-lo posteriormente na direção da escola. Clemente havia sido discípulo de outros seis professores antes de conhecer Panteno. Quando o encontrou, disse: “Encontrei finalmente aquilo que procurava.”
Homem de grande cultura que pertenceu à seita dos estoicos mas que, depois da sua conversão ao Cristianismo, se tornou um ardente e zeloso pregador da Palavra, o que lhe mereceu ser nomeado professor e mais tarde diretor da famosa escola catequética de Alexandria.
As fontes históricas assinalam-nos que nasceu na Sicília (Itália) ao redor do ano 140.
São poucos e inseguros os dados relacionados com a sua vida e atividade. Alguns autores supõem que nasceu na ilha de Sicília; baseiam-se geralmente na alusão do historiador Eusébio de Cesareia à “abelha siciliana” (História Eclesiástica, V,II,2,), pensando que Clemente de Alexandria, discípulo de Panteno, se refere a ele, ainda que sem o nomear expressamente, em Stromata (I,II,2). Se bem que se conheçam mais dados da sua infância e juventude, sabe-se que Panteno era um filósofo estoico.
Mas, tendo conversado e travado amizade com alguns Cristãos, ficou tão apaixonado pela doutrina de Jesus Cristo que abriu os olhos à luz da fé e abraçou de todo o coração a lei do Evangelho, deixando definitivamente as superstições dos falsos deuses e os livros da humana filosofia.
Antes da sua conversão ao Cristianismo era profissional da filosofia em Alexandria. Ainda que carecemos de escritos pessoais de Panteno, segundo Filipo de Sida, o seu ponto de partida teria sido a doutrina pitagórica. Porém esta opinião não é admitida comumente, e a generalidade dos autores, baseados em citações de contemporâneos de Panteno, ainda que não de todo contundentes, pensam que a sua filosofia de origem teria sido a estoica.
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Depois da sua conversão, estudou com grande cuidado as divinas Escrituras, conferenciando sobre elas com alguns varões virtuosos e eruditos que tinham sido discípulos dos santos Apóstolos.
Chegado a Alexandria (no Egito), fez-se aluno dessa famosa escola, em que ensinavam os discípulos de São Marcos Evangelista. Em silêncio escutava todas as suas lições e escondia com tão estranha modéstia e humildade os seus grandes talentos, que custou muito trabalho aos seus professores o descobri-los. No ano de 179, no tempo do imperador Cómodo (180-192) por voz comum, foi eleito professor de dogma e de interpretação da Sagrada Escritura, e como sendo o professor mais ilustre entre todos os do seu tempo, foi eleito diretor da escola (Eusébio, Hist. Ecl. V, 10).
Como ensinava com excelente método, atraía de muitas e longínquas terras a numerosos discípulos os quais, vendo a grande vantagem que fazia aquela doutrina do Céu às dos outros filósofos, abraçavam a fé Cristã e apregoavam por toda parte a admirável sabedoria do seu professor.
Os cristãos da Índia (os escritores gregos e latinos da época aplicavam o nome de “Índia” à Arábia, Etiópia, Líbia, Pártia, Pérsia e às terras dos medos) que estudavam na Escola da Alexandria, rogaram a Panteno que fosse ao seu país “para pregar aos br\~smanes”, conforme menciona São Jerónimo. Vencido por seus rogos, Panteno encaminhou-se àquelas apartadas regiões, confirmado na sua missão por Demétrio, Bispo de Alexandria, que o nomeou pregador do Evangelho nas nações do Oriente. Foi missionário e evangelizador da Índia (segundo alguns autores teria ido ao Iémen e à Etiópia).
Também o historiador Eusébio assinala que Panteno encontrou naquelas terras a semente da fé, posto que achou uma cópia do Evangelho de São Mateus, em carateres hebraicos e aramaicos, levado àqueles lugares por Bartolomeu, um dos doze Apostolo do Senhor Jesus Cristo.
De volta a Alexandría, Panteno, já de idade muito avançada, continuou ensinando algumas lições até que cheio de méritos e virtudes foi chamado pelo Pai, em tempos do imperador Antonino Caracalla (211-217). Sucedeu-lhe na direção da escola o seu discípulo, Clemente da Alexandria, que reconheceu em Panteno o melhor dos seus professores e chamou-lhe “a abelha siciliana” pela sua eloquência.
Esse laico e muito sapiente Doutor da Igreja é lembrado pela Igreja Católica a 7 de julho, e pela Igreja Copta a 22 de junho.
Ignora-se a data exata da sua morte, mas supõe-se que terá falecido em 216.
Fonte: Caminho de Jesus
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 06 de julho de 2024
DIA DE SANTA MARIA GORETTI - 06 DE JULHO
DIA DE SANTA MARIA GORETTI - 06 DE JULHO
HOMILIA - 06.07.24
HISTÓRIA DE SANTA MARIA GORETTI
Santa Maria Goretti nasceu na cidade de Corinaldo, Itália, a 16 de outubro de 1890. Era filha de Luigi Goretti e de Assunta Carlini. Sua família era muito pobre, porém, temente a Deus. Os pais ensinavam a fé cristã para os filhos. Maria Goretti teve 5 irmãos: Tereza, Ersília, Angelo, Sandrino e Marciano.
Vida de Santa Maria Goretti
Por causa de situações da época, a família de Maria Goretti ficou mais pobres ainda e perdeu a fazenda onde moravam. Por isso, tiveram que mudar para uma casa compartilhada com uma outra família chamada Serenelli. O pai de Santa Maria Goretti foi trabalhar para outros fazendeiros e acabou morrendo de malária quando Maria Goretti tinha 9 anos de idade.
Morando na casa compartilhada, a beleza de Maria Goretti, com apenas onze anos, despertou paixões desequilibradas em Alessandro Serenelli, um jovem de 20 anos. Alessandro assediava Maria Goretti, mas a menina não cedia aos desejos do jovem.
Foi então, que, no dia 5 de julho de 1902, quando Maria Goretti estava costurando e vigiando sua irmã menor, Alessando entrou e a ameaçou de estupro. Ela se defendeu e começou a rezar, dizendo que era pecado e que ele iria para o inferno. Não conseguindo o que queria, ele lutou com Goretti.
Ela continuava rezando e lutando para se proteger. Vendo que nada conseguiria, Alessandro lhe deu 11 facadas. Goretti gritou e tentou fugir. Então, ele acertou mais três facadas na pobre menina e fugiu. O pai de Alessandro chegou e levou Maria Goretti para o hospital. Ela foi operada sem anestesia, mas os médicos nada puderam fazer porque os ferimentos eram muito grandes.
Antes de morrer, para admiração de todos, Santa Maria Goretti perdoou seu agressor, dizendo que queria encontrar com ele no céu. Disse que ele tentou estuprá-la várias vezes, mas que ela se defendeu sempre. Para a comoção de todos, Maria Goretti faleceu no outro dia, olhando para uma pintura da Virgem Maria.
Milagre de Santa Maria Goretti
Seu assassino foi preso logo depois, julgado e condenado a 30 anos de prisão. Três anos mais tarde, ele recebeu a visita do Bispo local e se arrependeu, dizendo que teve um sonho com Santa Maria Goretti, no qual ela lhe entregava flores e estas pegaram fogo assim que ele as segurou. Depois, escreveu para o bispo agradecendo a visita e pedindo que ele o incluísse em suas orações.
Quando terminou de cumprir sua pena, Alessandro Serenelli foi à casa da mãe de Santa Maria Goretti implorar seu perdão. A mãe da Santa disse: Se minha filha, em seu leito de morte te perdoou, eu também te dou meu perdão. Depois disso, os dois foram participar juntos da Santa Missa.
Profundamente arrependido, tocado por Deus e pelo perdão de Maria Goretti e de sua mãe, Alessandro entrou para o Mosteiro da ordem menor dos frades Capuchinos. Lá, ele trabalhou como porteiro e jardineiro. Dizia que Santa Maria Goretti, era sua pequena Santa. Alessando viveu ali até o fim de sua vida, em 1970 e teve a graça de participar da Canonização de Santa Maria Goretti. Certamente, Alessandro se encontrou com a Santa Maria Goretti no céu!
Devoção a Santa Maria Goretti
O Papa Pio Xll celebrou a Beatificação de Maria Goretti, no dia 27 de abril de 1947. E em 24 de junho de 1950, celebrou a Canonização da Santa. Foi uma das mais jovens santas da Igreja católica. Sua mãe e 4 irmãos estavam presentes na cerimônia, inclusive seu assassino arrependido, Alessandro Serenelli.
Mais de 500 mil pessoas assistiram à celebração na praça de São Pedro, em Roma. Foi um momento inesquecível para a história da Igreja, onde todos puderam ver como a misericórdia de Deus pode transformar tudo, inclusive situações quase sem esperança, como o assassinato de uma menina de onze anos.
Festa a Santa Maria Goretti
A festa de Santa Maria Goretti é celebrada no dia 6 de julho. Ela é tida como a Santa da castidade, da juventude, da pobreza, das vítimas de estupro, da pureza de coração e do perdão. Ela é representada carregando lírios, sinal de pureza, e com vestes brancas, sinal de sua virgindade.
Oração a Santa Maria Goretti
Oh Santa Maria Goretti, que, reforçada pela graça de Deus, não hesitou, mesmo com a idade de 11 anos, em derramar teu sangue em sacrifício da própria vida para defender tua pureza virginal, olhai graciosamente para a infeliz raça humana, que se desvia muito longe do caminho da eterna salvação.
Ensinai-nos a todos, e especialmente à juventude, com coragem e presteza, que devíamos fugir, por amor a Jesus, de tudo o que possa ofender ou manchar as nossas almas com o pecado.
Obtenha para nós a partir de Nosso Senhor, vitória na tentação, conforto nas tristezas da vida, e a graça que fervorosamente imploro-te, (fazer seu pedido), e possamos desfrutar um dia da imperecível glória do Céu. Amém.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 05 de julho de 2024
DIA DE SANTO ANTÔNIO MARIA ZACARIAS - 05 DE JULHO
DIA DE SANTO ANTÔNIO MARIA ZACARIAS - 05 DE JULHO
HOMILIA - 05.07.24
HISTÓRIA DE SANTO ANTÔNIO MARIA ZACARIAS
Antônio Maria nasceu na rica família Zacarias, da tradicional nobreza italiana, na cidade de Cremona, em 1502. Era o filho único de Lázaro e Antonieta, e seu pai morreu quando ele tinha apenas dois anos de idade. Nessa ocasião, não faltaram os pretendentes à mão da jovem viúva, que contava com dezoito anos de idade. Mas Antonieta preferiu afastar-se de todos. Tornou-se exemplo de vida austera, séria e voltada para a fé, dedicando-se exclusivamente à educação e formação do filho. E seu empenho ilustra a alma do homem que preparou para o mundo e para a Igreja.
Em pouco tempo, Antônio Maria era conhecido por sua inteligência precoce e, ao mesmo tempo, pela disposição à caridade e humildade. Contam os escritos que era comum chegar do colégio sem seu caro manto de lã, pois o deixava sobre os ombros de algum mendigo que estava exposto ao rigor do frio.
Ao completar dezoito anos de idade, doou toda sua herança para sua mãe, e foi estudar filosofia em Pávia e medicina em Pádua. Ao contrário dos demais estudantes, que pouco aprendiam e mais se dedicavam à vida de diversões das metrópoles, como em todas as épocas, Antônio Maria usava todo o seu tempo para estudar e meditar. Em vez de vestir-se como fidalgo, preferia as roupas simples e comportava-se com humildade.
Depois de formado, exerceu a medicina junto ao povo, cuidando principalmente dos que não tinham recursos. Conta a tradição que, além de curar os males do corpo, ele confortava as tristezas da alma de seus pobres pacientes.
Distribuía os remédios científicos juntamente com o conforto, a esperança e a paz de espírito. Finalmente, sua espiritualidade venceu a ciência e, em 1528, Antônio Maria ordenou-se sacerdote.
Com as bênçãos da mãe, que ficou feliz, mas sozinha, ele foi exercer seu apostolado em Milão. Ali, na companhia de Tiago Morigia e Bartolomeu Ferrari, fundou a Congregação dos Clérigos Regulares de São Paulo, cujos membros ficaram conhecidos como "barnabitas", pois a primeira Casa da Ordem foi erguida ao lado da igreja de São Barnabé, em Milão. Depois, com apoio da condessa de Guastalla, Ludovica Torelli, fundou também a Congregação feminina das Angélicas de São Paulo e criou o Grupo de Casais, para os leigos. Toda a sua Obra se voltou à reforma do clero e dos leigos, reaproximando-os dos legítimos preceitos cristãos.
Tendo como modelo são Paulo, era também um devoto extremado da santa eucaristia. Foi o padre Antônio Maria que instituiu as "quarenta horas de adoração ao Santíssimo Sacramento", e também o soar dos sinos às quinze horas para indicar a Paixão de Jesus na cruz.
Durante uma de suas numerosas missões de oração e pregação que efetuava na Itália meridional, foi acometido pela epidemia que se alastrava na região. Não tinha ainda completado os trinta e sete anos de idade quando isto aconteceu. Como médico que era, sabia que a morte se aproximava, voltou então para os braços da dedicada mãe Antonieta.
Ele morreu, sob o teto da mesma casa onde nasceu, em 5 de julho de 1539, e foi canonizado em 1897. Tendo em vista a criação do Grupo de Casais, Santo Antônio Maria Zacarias é considerado o pioneiro da Pastoral Familiar na história da Igreja.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 04 de julho de 2024
DIA DE SANTA ISABEL DE PORTUGAL - 04 DE JULHO
DIA DE SANTA ISABEL DE PORTUGAL - 04 DE JULHO
HOMILIA - 04.07.24
HISTÓRIA DE SANTA ISABEL DE PORTUGAL
Isabel de Aragão ou Santa Isabel de Portugal (1271-1336) foi rainha consorte de Portugal, esposa do rei D. Diniz. Reputada como fazedora de milagres, foi beatificada pelo Papa Leão X, em 1516, e canonizada pelo Papa Urbano VIII, em 1625.
Isabel de Aragão nasceu no Palácio de Aljaferia, em Saragoça, Espanha, no dia 4 de janeiro de 1271. Era filha de D. Pedro III, Rei de Aragão, e de D. Constança de Hohenstaufen. Muito católica, desde pequena, já rezava e fazia jejuns.
Isabel era muito formosa, de grande coração e muita caridade. Ela não gostava de música, passeios, nem de joias e enfeites, vestia-se sempre com simplicidade.
Com apenas 12 anos, foi pedida em casamento por três príncipes, mas seus pais escolheram D. Diniz, herdeiro do trono de Portugal, apesar de Isabel estar mais inclinada a encerrar-se em um convento.
Isabel de Aragão teve dois filhos, Constança e Afonso, o herdeiro, mas seu coração era grande, pois dava guarita aos filhos ilegítimos do rei.
Conhecidos eram seus esforços para apaziguar as negociações de paz entre D. Diniz e seu irmão D. Afonso, que reclamava ser o legítimo herdeiro, pelo fato de D. Diniz ter nascido antes de o Papa ter reconhecido seu casamento com D. Beatriz de Castela.
Conta-se que D. Isabel tentou mediar uma discórdia entre D. Diniz e seu filho Afonso, mas, não conseguindo, se interpôs entre os dois exércitos. Comoveu pai e filho e obteve a paz.
Milagres de Santa Isabel de Portugal
D. Isabel costumava dizer:
“Deus tornou-me rainha para me dar meios de fazer esmolas.”
Com esse espírito, não foi difícil criar em sua volta uma lenda de santidade, atribuindo-lhe diversos milagres, como a cura de sua dama de companhia e de diversos leprosos.
Diz-se também que fez com que uma criança pobre e cega começasse a ver e que curou em uma só noite os graves ferimentos de um criado.
Um dos mais conhecidos milagres de santa Isabel é o das rosas. Conta-se que, durante o cerco de Lisboa, D. Isabel estava a distribuir moedas de prata para socorrer os necessitados da região de Alvalade quando D. Diniz apareceu.
O rei perguntou a D. Isabel: “O que levas aí, senhora?” Para não desgostar o marido, que era contra essas doações, ela respondeu: “Levo rosas, senhor.” E, abrindo o manto, perante o olhar surpreso do rei, não se viam moedas, mas sim rosas vermelhas.
Em outra versão, conta-se que, certa vez, numa manhã de inverno, D. Isabel, decidida a ajudar os mais desfavorecidos, teria enchido uma dobra de seu vestido com pães para distribuir.
Tendo sido apanhada pelo rei, que a questionou sobre onde ia e o que levava, ela exclamou: “São rosas, senhor!” Mas o rei indagou: “Rosas no Inverno?” A rainha mostra ao rei os pães e o que ele vê são rosas.
As rosas aparecem ainda em outras lendas. Uma na construção de um templo em Alenquer, quando pagou aos operários com rosas que se transformaram em dinheiro. Em outra, estava a pagar com moedas de ouro a construção do Convento de Santa Clara quando apareceu o soberano e ela, outra vez mais, mostrou-lhe rosas.
Com a morte de D. Diniz, em 1325, D. Isabel retirou-se para o Mosteiro das Clarissas de Coimbra, onde passou a viver como religiosa, sem votos, após ter deposto a coroa real no santuário de Compostela e haver dado todos os seus bens pessoais aos mais necessitados.
Morte
D. Isabel de Aragão passou o resto de sua vida na pobreza voluntária. Fixou residência em Coimbra, junto do Convento de Santa Clara, nos Paços de Santa Ana. Mandou construir os hospitais de Coimbra, e Santarém e de Leiria, para receber os pobres.
Quando D. Isabel deixou Coimbra para pacificar o filho D. Afonso IV de Portugal, e o neto, Afonso XI de Castela, que ameaçavam uma guerra, faleceu durante a viagem, vítima de lepra.
D. Isabel de Aragão ou Santa Isabel de Portugal faleceu em Estremoz, Portugal, no dia 4 de julho de 1336. Seu corpo foi enterrado no Mosteiro de Santa-Clara-a-Nova, em Coimbra.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 03 de julho de 2024
DIA DE SÃO TOMÉ APÓSTOLO - 03 DE JULHO
DIA DE SÃO TOMÉ APÓSTOLO - 03 DE JULHO
HOMILIA - 03.07.24
HISTÓRIA DE SÃO TOMÉ APÓSTOLO
Origens
Tomé foi um dos doze Apóstolos escolhidos por Jesus (Marcos 3, 18; Mateus 10, 3) Era judeu, da Galiléia e provavelmente pescador. Seu nome aparece onze vezes no Novo Testamento. Tomé ou Tomás, significa “gêmeo”. No grego, a palavra equivalente é Didymus. Isso nos faz supor que ele tinha um irmão gêmeo. Ele acompanhou Jesus como discípulo durante os três anos de vida pública do Mestre. Após a morte de Jesus, Tomé estava entre os Apóstolos que receberam o Espírito Santo no dia de Pentecostes. Depois disso, sabe-se que ele foi pregar o Evangelho na Índia.
A Dúvida de São Tomé
A memória de São Tomé está fortemente relacionada ao fato de ele ter duvidado de seus companheiros, quando estes lhe afirmaram terem visto Jesus ressuscitado (João 20, 24-29). Ele quis “ver para crer”. Nesse sentido, ele representa a cada um de nós quando passamos por momentos de dúvida. Por outro lado, sua dúvida nos ajuda a entender que Deus não rejeita a necessidade de certeza, mas elogia aqueles que “creem sem terem visto”. Porém, que possamos nos inspirar também no seu testemunho de fé quando a verdade se apresenta.
Tomé no Novo Testamento
O nome de Tomé aparece onze vezes no Novo Testamento:
Mt 10,3 - Filipe e Bartolomeu. Tomé e Mateus, o publicano. Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu.
Mc 3,18 - Ele escolheu também André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador;
Lc 6,15 - Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Simão, chamado Zelador;
Jo 11,16 - A isso Tomé, chamado Dídimo, disse aos seus condiscípulos: Vamos também nós, para morrermos com ele.
Jo 14,5 - Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?
Jo 20,24 - Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.
Jo 20,26 - Oito dias depois, estavam os seus discípulos outra vez no mesmo lugar e Tomé com eles. Estando trancadas as portas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse: A paz esteja convosco!
Jo 20,27 - Depois disse a Tomé: Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé.
Jo 20,28 - Respondeu-lhe Tomé: Meu Senhor e meu Deus!
Jo 21,2 - Estavam juntos Simão Pedro, Tomé (chamado Dídimo), Natanael (que era de Caná da Galiléia), os filhos de Zebedeu e outros dois dos seus discípulos.
Atos 1,13 - Tendo entrado no cenáculo, subiram ao quarto de cima, onde costumavam permanecer. Eram eles: Pedro e João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelador, e Judas, irmão de Tiago.
Três passagens
O Evangelho de São João apresenta três passagens importantes onde Tomé se torna protagonista, revelando um temperamento melancólico, pessimista e para quem tudo tem que ser muito esclarecido.
A primeira delas é quando emissários de Lázaro, amigo de Jesus, pede que o mestre vá curar Lázaro que está doente. Jesus estava sendo perseguido pelos líderes judeus. Então Tomé diz: “Vamos também nós, para morrermos com ele” (Jo 11,16).
A segunda intervenção importante de Tomé, mostra, mais uma vez, seu pessimismo, mas dá a Jesus a oportunidade de fazer uma de suas revelações mais importantes: “Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho? Ao que Jesus respondeu: Eu sou o Caminho, a verdade e a vida.Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14,5-6)
E a terceira passagem, como vimos, foi quando Tomé duvidou da ressurreição de Jesus e quis “ver para crer” (Jo 20, 24-29). A incredulidade de São Tomé transformou-se numa das provas da ressurreição de Cristo, pois foi atestada por um cético.
Apóstolo
Após a ressurreição de Cristo e a vinda do Espírito Santo em Pentecostes, Tomé, como todos os outros apóstolos, saiu para pregar o Evangelho onde Deus o levasse. Sabe-se que ele anunciou a Boa Nova entre os partas, os medos e os persas. A Tradição aponta também que foi ele quem levou o Evangelho pela primeira vez à Índia. Lá, foi perseguido por líderes religiosos.
Missionário e mártir na Índia
Os católicos de Malabar, na Índia, cultuam São Tomé há dois mil anos. A Tradição local conservou a história de São Tomé como evangelizador daquele local. Conservam também a história de seu martírio através dos hindus, que o feriram mortalmente com lanças por causa do poder de sua pregação. Com efeito, a pregação de São Tomé converteu a muitos na região e nasceu ali uma fervorosa comunidade cristã que dura dois mil anos.
Comprovação
Documentos antiquíssimos atestavam a ida de São Tomé para a Índia e seu martírio através de lanças. Muito mais tarde, no Século XVI, quando os portugueses chegaram àquele país, descobriram a cripta onde está sepultado o corpo de São Tomé, bem como suas relíquias, um pouco de sangue coagulado e um pedaço de uma lança que o feriu de morte. São Francisco Xavier, também no Século XVI encontrou a herança cristã deixada por São Tomé na Índia.
Milagre da Tsunami
No ano de 2004 um fato mexeu com toda a região. Em dezembro desse ano, como foi noticiado, uma terrível tsunami devastou totalmente a região. Porém, a Igreja de São Tomé onde se conversam suas relíquias, ficou intacta. Uma tradição local conta que São Tomé fincou um poste em frente ao local onde fica a igreja, afirmando que as águas do mar jamais ultrapassariam aquela marca. O poste se conserva até hoje e fica em frente do local onde, mais tarde, construiu-se a igreja dedicada a ele. Por causa disso, alguns sacerdotes hindus da região decidiram não mais perseguir os cristãos do local.
Oração a São Tomé
“Ó Apóstolo São Tomé, experimentaste o desejo de querer morrer com Jesus, sentiste a dificuldade de não conhecer o Caminho, e viveste na incerteza e na obscuridade da dúvida, no dia de Páscoa. Na alegria do encontro com Jesus Ressuscitado, na comoção da fé reencontrada, num ímpeto de terno amor, exclamaste: "Meu Senhor e meu Deus!"O Espírito Santo, no dia de Pentecostes, transformou-te num corajoso missionário de Cristo, incansável peregrino do mundo, até aos extremos confins da terra.Protege a tua Igreja, a mim e à minha família e faz com que todos encontrem o Caminho, a Paz e a Alegria para anunciar, com paixão e abertamente, que Cristo é o único Salvador do Mundo, ontem, hoje e sempre. Amém.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 02 de julho de 2024
DIA DE SÃO BERNARDINO REALINO - 02 DE JULHO
DIA DE SÃO BERNARDINO REALINO - 02 DE JULHO
HOMILIA - 02.07.24
HISTÓRIA DE SÃO BERNARDINO REALINO'
Origens
Bernardino nasceu na ilha de Capri, Nápoles, Itália, em 1 de dezembro ao ano 1530. Era filho de uma família rica e nobre, a família Realino. Na infância, recebeu formação cristã tradicional. Quando jovem, destacou-se pela inteligência. Seus pais o enviaram para estudar na famosa Academia de Modena e, mais tarde, para a não menos famosa Universidade de Bolonha. Lá, ele se formou em direito civil e eclesiástico, além de filosofia e medicina.
Político
Aos vinte e cinco anos, o brilhante Bernardino ingressou na carreira da administração, por indicação de um cardeal amigo de sua família e governador da cidade de Milão. A partir desse momento, sua carreira decolou e ele passou a ocupar cargos importantes da administração e da política em vários lugares. Em dez anos, ele foi prefeito da cidade italiana de Felizzano de Monferrato, depois, advogado fiscal na famosa Alexandria, prefeito da cidade de Cassine, prefeito de outra cidade chamada Castel Leone e, por fim, foi nomeado auditor e lugar-tenente da grande cidade de Nápoles. Nesse tempo, ele nunca deixou de ajudar os pobres.
Um toque da Virgem Maria
A carreira política de Bernardino ia de vento em popa quando, em 1564, ele caiu gravemente doente. No leito, procurou novamente a oração. Certo dia, teve a visão da Virgem Maria com o Menino Jesus no colo e ficou curado. O fato causou uma profunda mudança no coração de Bernardino. Ele percebeu que Deus estava lhe dando uma segunda chance e que tinha uma missão muito mais importante para cumprir neste mundo. Por isso, procurou um sacerdote jesuíta, que o acolheu e se tornou seu diretor espiritual.
Vida religiosa
Aos trinta e cinco anos, Bernardino ingressou na vida religiosa e foi ordenado sacerdote jesuíta. Como padre, intensificou o trabalho que já realizava junto aos pobres e tornou-se um grande evangelizador. Manifestou-se nele o dom da cura e dom extraordinário do conselho. Por isso, passou a ser procurado por todos, desde os príncipes, as autoridades religiosas e o povo em geral. Todos buscavam seu conselho iluminado. O Papa Paulo V e alguns reis escreveram a ele pedindo orientação.
Padroeiro em vida
No ano 1574, o Padre Bernardino foi enviado à cidade de Lecce para fundar ali um colégio da Ordem dos Jesuítas. Lá, ele exerceu seu ministério sacerdotal por quarenta e dois anos. A sua atuação nessa comunidade foi tão marcante, que, quando adoeceu e estava prestes a falecer, o Conselho Municipal se reuniu à sua volta para pedir que ele aceitasse ser o padroeiro da cidade e intercedesse a Deus por ela. De viva voz, São Bernardino aceitou. Trata-se do único fato desse tipo registrado na tradição católica.
Morte
São Bernardino faleceu quanto tinha oitenta e seis anos. Era o dia 2 de julho do ano 1616. Desde então, passou a ser o padroeiro de Lecce mesmo antes de ter sido canonizado. Sua beatificação aconteceu em 1895, e a canonização, em 1947. Mais tarde, ele se tornou também o padroeiro da cidade de Capri.
Oração a São Bernardino Realino
“Ó Deus, que destes a São Bernardino Realino a graça de conhecer-vos a ponto de abandonar as honras, o luxo e as glórias humanas por causa de vós, dai também a nós a graça de conhecer-vos profundamente, para que possamos produzir frutos de santidade e amor como São Bernardino Realino. Por nosso Senhor Jesus Cristo vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém. São Bernardino Realino, rogai por nós.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 01 de julho de 2024
DIA DE SÃO GALO - 01 DE JULHO
DIA DE SÃO GALO - 01 DE JULHO
HOMILIA - 01.07.24
HISTÓRIA DE SÃO GALO
Filho de pais nobres e ricos, Galo nasceu na cidade de Clermont, França, no ano 489. Na sua época, era costume os pais combinarem os matrimônios dos filhos. Por isso, ele estava predestinado a se casar com uma jovem donzela de nobre estirpe. Mas Galo, desde criança, já havia dedicado sua alma à vida espiritual. Para não ter de obedecer à tradição social, ele fugiu de casa, refugiando-se num convento.
Ele era tão dedicado às cerimônias da Santa Missa, que se especializou nos cânticos. Contam os escritos que, além do talento para a música, era também dotado de uma voz maravilhosa, que encantava e atraía fiéis para ouvi-lo cantar no coro do convento.
Sua atuação religiosa fez dele uma pessoa querida. Foi designado para atuar na corte de Teodorico. Em 527, quando morreu o bispo Quinciano, Galo era tão querido e respeitado que o povo o elegeu para ocupar o posto.
Se não bastasse sua humildade, piedade e caridade, para atender às necessidades do seu rebanho, Galo protagonizou vários prodígios ainda em vida. Salvou sua cidade de um pavoroso incêndio, que ameaçava transformar em cinzas todas as construções locais, e livrou os habitantes de morrerem vítimas de uma peste que assolava a região.
Ele morreu em 01 de julho de 554, causando forte comoção na população, que logo começou a invocá-lo como santo nas horas de dor e necessidade.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 30 de junho de 2024
DIA DOS SANTOS PROTOMÁRTIRES DA IGREJA DE ROMA - 30 DE JUNHO
DIA DOS SANTOS PROTOMÁRTIRES DA IGREJA DE ROMA - 30 DE JUNHO
HOMILIA - 30.06.24
HISTÓRIA DOS SANTOS PROTOMÁRTIRES DA IGREJA DE ROMA
A atual celebração introduzida pelo novo calendário romano universal se refere aos protomártires da Igreja de Roma, vítimas da perseguição de Nero, em seguida ao incêndio de Roma, ocorrido a 19 de julho de 64. Por que Nero perseguiu os cristãos? Diz-nos Cornélio Tácito no XV livro dos Anais: “Como circulavam vozes que o incêndio de Roma tivesse sido fraudulento, Nero apresentou como culpados, punindo-os com penas excepcionais, os que, odiados por suas abominações, eram chamados pelo vulgo cristãos”.
Nos tempos de Nero, em Roma, ao lado da comunidade judaica, vivia a pequena e pacífica comunidade dos cristãos. Sobre estes, pouco conhecidos, circulavam notícias caluniosas. Nero descarregou sobre eles, condenando-os a cruéis sacrifícios, as acusações feitas a ele. Por outro lado, as ideias professadas pelos cristãos eram desafio aberto aos deuses pagãos, ciumentos e vingativos. “Os pagãos — lembrará mais tarde o escritor Tertuliano — atribuem aos cristãos toda sorte de calamidade pública, todo flagelo. Se as águas do Tibre saem do leito e invadem a cidade, se ao contrário as águas do Nilo não crescem para inundar os campos, se houver seca, carestia, peste, terremoto, é tudo culpa dos cristãos, que desprezam os deuses, e de todos os lados se grita: os cristãos aos leões!”
Nero teve a responsabilidade de haver dado início à absurda hostilidade do povo romano que, na verdade, era muito tolerante em matéria de religião, em relação aos cristãos: a ferocidade com a qual atingiu os presumíveis incendiários não encontra justificação nem no supremo interesse do império. Episódios horrendos como os das tochas humanas, cobertas de piche e incendiadas nos jardins da colina Oppio, ou como o de mulheres e crianças vestidas com peles de animais e abandonadas à mercê dos animais ferozes no circo, foram tais que chegaram a produzir sentimento de piedade e de horror no povo romano. “Então — escreve ainda Tácito — manifestou-se um sentimento de piedade, ainda que se tratasse de gente merecedora dos mais exemplares castigos, porque se via que eram eliminados não pelo bem público, mas para satisfazer a crueldade de um indivíduo”, Nero. A perseguição não se limitou àquele verão fatal de 64, mas se prolongou até 67.
Entre os mais ilustres mártires está o príncipe dos apóstolos, crucificado no circo de Nero, onde surgiu a Basílica de São Pedro, e o apóstolo dos gentios, São Paulo, decapitado nas Águas Salvianas e sepultado na via Ostiense. Após a festividade conjunta dos dois apóstolos, o novo calendário quis justamente celebrar a memória dos numerosos mártires que não tiveram um lugar especial na liturgia.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 29 de junho de 2024
DIA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO - 29 DE JUNHO
DIA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO - 29 DE JUNHO
HOMILIA - 29.06.24
HISTÓRIA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO
Em 29 de junho é celebrado o Dia de São Pedro e São Paulo.
Estas são festividades típicas da Igreja Católica, em honra ao martírio dos apóstolos São Pedro e São Paulo, principais líderes no surgimento da Igreja Cristã.
A festa de São Pedro é uma das mais comemoradas entre as chamadas “festas juninas”. Normalmente, nessas celebrações, são feitas muitas quermesses e grandes fogueiras, assim como acontece no Dia de São João.
Os cristãos ortodoxos também realizam essa festa, mas o fazem no dia 12 de julho.
Origem do Dia de São Pedro e São Paulo
A origem dessa celebração é muito antiga e, supostamente, ocorre em 29 de junho, pois teria sido a data do aniversário de morte e do translado das relíquias de ambos os santos.
Acredita-se que essas festas juninas foram inspiradas nos rituais de comemoração da fertilidade da terra, no período pré-gregoriano, durante o solstício de verão na Europa.
Posteriormente, foram adotadas pela Igreja Católica como homenagem aos santos do mês. No Brasil, os registros históricos apontam que desde o século XVII as festas juninas eram comemoradas.
O dia de São Pedro e o de São Paulo tem como objetivo manter viva na memória dos cristãos as origens da Igreja e, por isso, são celebrados no mesmo dia, pois estavam unidos no mesmo propósito.
Essa data ainda é considerada o Dia do Papa, pois São Pedro, segundo os católicos, foi o primeiro Papa da Igreja, além de ter sido o que permaneceu por mais tempo com esse título (37 anos).
São Pedro e São Paulo: conheça a história dos santos juninos
Pedro era um pescador no Mar da Galileia e largou sua vida para seguir Jesus, sendo apontado como seu sucessor entre os doze apóstolos, e teve a missão de construir uma igreja que continuasse a obra do Messias.
Uma das histórias mais conhecidas sobre a vida de Pedro foi a ocasião em que o apóstolo negou Jesus três vezes ao ser preso, sendo tomado pelo arrependimento em seguida.
Para os católicos, São Pedro recebeu a missão de ser líder da Igreja de Cristo, assim como diz as escrituras “Tu és pedra, e sobre essa pedra edificarei a minha igreja” (Mateus 16:18).
Por outro lado, a conversão de Paulo de Tarso ocorreu quando estava em direção a Damasco, conforme os registros de Atos 9:3-5: “Durante a viagem, estando já em Damasco, subitamente o cercou uma luz resplandecente vinda do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: ‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’. Saulo então diz: ‘Quem és, Senhor?’. Respondeu Ele: ‘Eu sou Jesus, a quem tu persegues.”
Paulo não esteve entre os doze discípulos que seguiram Jesus mais de perto. No entanto, converteu-se e tornou-se um dos grandes evangelizadores da Igreja primitiva, sendo um dos grandes responsáveis pela sua expansão.
Ambos morreram martirizados. São Pedro foi crucificado, mas pediu para que a cruz ficasse de cabeça para baixo, pois não se sentia digno de ter a mesma morte que seu mestre. Já São Paulo foi degolado em Roma.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 28 de junho de 2024
DIA DE SANTO IRINEU - 28 DE JUNHO
DIA DE SANTO IRINEU - 28 DE JUNHO
HOMILIA - 28.06.24
HISTÓRIA DE SANTO IRINEU
O Dia de Santo Irineu é celebrado em 28 de junho.
Esta data homenageia o santo tido como o primeiro teólogo do cristianismo, Irineu ou Ireneu de Lyon.
Não existem muitas informações sobre a vida de Irineu, mas sabe-se que teria nascido na região da Ásia Menor, em Esmirna, por volta de 130 - 135 e de pais cristãos.
Irineu foi discípulo de São Policarpo que, por sua vez, foi seguidor do Apóstolo São João, o Evangelista.
Santo Irineu desempenhou um importante papel para o fortalecimento da Igreja primitiva, além de também ter contribuído para o fortalecimento da Igreja do Oriente. Grande parte dos dados históricos sobre a Igreja Cristã do século II, é obra desse bispo.
Versado em idiomas e muito estudioso, Santo Irineu atuou ao lado do primeiro bispo de Lyon, na França, combatendo a heresia dos hereges montanhistas.
Foi bispo da cidade de Lyon e aí faleceu. Os originais de suas obras foram perdidos, mas sobrevivem as traduções de livros como “Contra as heresias” e “Demonstração da pregação apostólica”.
Santo Irineu de Lyon é venerado pela Igreja Católica, Igreja Luterana, Igreja Ortodoxa e pela Comunhão Anglicana. A Igreja Ortodoxa celebra a sua festa litúrgica em 23 de agosto, diferentemente das demais, que comemoram o 28 de junho, data do seu martírio.
O nome "Irineu" vem do grego e significa literalmente "pacificador" ou "pacífico", uma característica que faz jus ao trabalho desse santo durante a sua vida.
São Irineu é padroeiro daqueles que combatem as heresias.
Oração a Santo Irineu
"Deus, nosso Pai, vós concedestes ao bispo Santo Irineu firmar a verdadeira doutrina e a paz da Igreja; pela intercessão de vosso servo, renovai em nós a fé a caridade, para que nos apliquemos constantemente em alimentar a união e a concórdia. Amém."
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 27 de junho de 2024
DIA DE NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO E DE SÃO CIRILO DE ALEXANDRIA - 27 DE JUNHO
DIA DE NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO E DE SÃO CIRILO DE ALEXANDRIA
HOMILIA - 27.06.24
HISTÓRIA E NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro nasceu de um ícone (pintura de Nossa Senhora) milagroso, que foi roubado de uma Igreja na ilha de Creta, Grécia, no século XV. Trata-se de uma pintura sobre a madeira, em estilo bizantino.
Imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Na pintura, Maria é representada segurando o menino Jesus em seu colo. O menino Jesus observa dois anjos que lhe mostram os elementos de sua paixão; Os anjos seguram uma cruz, uma lança e uma vara com uma esponja. O menino se assusta, abraça a Mãe e uma sandália lhe cai dos pés. Arcanjo Gabriel e arcanjo Miguel flutuam acima dos ombros de Maria. O ícone seria uma “cópia do quadro de Maria Pintado por São Lucas”.
História de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é um título que os cristãos deram a Maria em homenagem e agradecimento à sua atenção constante e perpétua para com a humanidade. Perpétuo socorro quer dizer socorro eterno, socorro sempre. Sempre que precisar. Socorro de Mãe. A mãe nunca esquece o filho, nunca abandona os filhos. Assim é o Perpétuo Socorro de Maria.
Um homem que ganhava a vida como comerciante roubou a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no século XV. Sua intenção era vendê-la em Roma. Durante a travessia do mar Mediterrâneo, uma violenta tempestade quase fez o navio naufragar. Após chegar em Roma, ele adoeceu. Arrependido, contou a um amigo sua história e pediu para que ele devolvesse o ícone a uma Igreja para ser venerado pelos fiéis.
A esposa desse amigo não quis devolvê-la, mas, após ficar viúva, Nossa Senhora apareceu a sua filha de seis anos e lhe disse para colocar o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em uma Igreja, ou na Igreja de São João Latrão, ou na de Santa Maria Maior. No dia 27 de março de 1499 o ícone foi entronizado na Igreja de São Mateus, ficando lá por mais de 300 anos.
Esquecimento e reencontro
Quando Roma foi invadida pelos franceses, no século XVIII, aconteceu algo muito triste: a Igreja de São Mateus foi destruída. Com isso, os Agostinianos que guardavam a Obra, levaram-na para um lugar oculto. Ali ela permaneceu esquecida, por 30 anos. Mas um monge agostiniano que tinha muita devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, antes de morrer, contou a história da imagem e da devoção a um coroinha, que tempos depois se tornou padre Redentorista. Passado um tempo os Redentoristas compraram uma área para fazer a sua Casa Mãe da congregação e o jovem padre ajudou a reencontrar o ícone.
Redescoberta do ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
No começo de 1866, o Papa Pio IX entregou a guarda da imagem aos Redentoristas. Na ocasião, o papa fez a eles esta recomendação: “Fazei com que todo o mundo conheça esta devoção.” Fizeram então muitas cópias do ícone e a difundiram por todas as partes do mundo.
Devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Depois desta missão recebida do papa, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro passou a ser oficialmente a Padroeira dos Redentoristas. Sua festa é comemorada em 27 de junho. Após a restauração da imagem, ela foi devolvida à Igreja de Santo Afonso. Lá passou a ser venerada pelo povo. O quadro, atualmente, em se tratando de ícone bizantina, é o mais venerado em todo o mundo.
Oração a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Ó mãe do Perpétuo Socorro, nós vos suplicamos, com toda a força de nosso coração, amparar a cada um de nós em vosso colo materno, nos momentos de insegurança e sofrimento. Que o vosso olhar esteja sempre atento para não nos deixar cair em tentação. Que em vosso silêncio aprendamos a aquietar nosso coração e fazer a vontade do Pai. Intercedei junto ao Pai pela paz no mundo e em nossas famílias. Abençoai todos os vossos filhos e filhas enfermos. Iluminai nossos governantes e representantes, para que sejam sempre servidores do povo de Deus.
Concedei-nos ainda muitas e santas vocações religiosas, sacerdotais e missionárias, para a maior difusão do reino de filho Jesus Cristo. Enfim derramai nos corações de vossos filhos e filhas a Vossa Benção de amor e misericórdia.
Sede sempre o nosso Perpétuo Socorro na vida e principalmente na hora da nossa morte. Amém.
HISTÓRIA DE SÃO CIRILO DE ALEXANDRIA
Cirilo nasceu no ano de 370, no Egito. Era sobrinho de Teófilo, bispo de Alexandria, e substituiu o tio na importante diocese do Oriente de 412 até 444, quando faleceu aos setenta e quatro anos de idade.
Foram trinta e dois anos de episcopado, durante os quais exerceu forte liderança na Igreja, devido à rara associação de um acurado e profundo conhecimento teológico e de uma humildade e simplicidade próprias do pastor de almas. Deixou muitos escritos e firmou a posição da Igreja no Oriente. Primeiro, resolveu o problema com os judeus que habitavam a cidade: ou deixavam de atacar a religião católica, ou deviam mudar-se da cidade. Depois, foi fechando as igrejas onde não se professava o verdadeiro cristianismo.
Mas sua grande obra foi mesmo a defesa do dogma de Maria, como a Mãe de Deus. Ele se opôs e combateu Nestório, patriarca de Constantinopla, que professava ser Maria apenas a mãe do homem Jesus e não de Um que é Deus, da Santíssima Trindade, como está no Evangelho. Por esse erro de pregação, Cirilo escreveu ao papa Celestino, o qual organizou vários sínodos e concílios, onde o tema foi exaustivamente discutido. Em todos, esse papa se fez representar por Cirilo.
O mais importante deles talvez tenha sido o Concílio de Éfeso, em 431, no qual se concluiu o assunto com a condenação dos erros de Nestório e a proclamação da maternidade divina de Nossa Senhora. Além, é claro, de considerar hereges os bispos que não aceitavam a santidade de Maria.
Logo em seguida, todos eles, ainda liderados por Nestório, que continuaram pregando a tal heresia, foram excomungados. Contudo as ideias "nestorianas" ainda tiveram seguidores, até pouco tempo atrás, no Oriente. Somente nos tempos modernos elas deixaram de existir e todos acabaram voltando para o seio da Igreja Católica e para os braços de sua eterna rainha: Maria, a Santíssima Mãe de Deus.
Cultuado na mesma data por toda a Igreja Católica, do Oriente e do Ocidente, são Cirilo de Alexandria, célebre Padre da Igreja, bispo e confessor, recebeu o título de doutor da Igreja treze séculos após sua morte, durante o pontificado do papa Leão XIII.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 26 de junho de 2024
DIA DE SÃO JOÃO E SÃO PAULO, MÁRTIRES - 26 DE JUNHO
HOMILIA - 26.06.24
HISTÓRI DE SÃO JOÃO E SÃO PAULO, MÁRTIRES
João e Paulo são dois santos que foram martirizados em Roma no dia 26 de junho. Eles não devem ser confundidos com os Apóstolos de mesmo nome (João e Paulo). O ano da morte deles é incerto, de acordo com os seus Atos, mas se sabe que foi durante o reinado de Juliano, o Apóstata (r. 361-363).
História: Na segunda metade do século IV, Bizâncio, um senador romano e Pamáquio, seu filho, fizeram de sua casa, no monte Célio, uma basílica cristã. No século V, os presbyteri tituli Byzantii (sacerdotes do titulus de Bizâncio) foram mencionados numa inscrição e aparecem entre os signatários da ata de um concílio em Roma em 499. A igreja era também chamada de titulus Pammachii em homenagem a Pamáquio, um amigo de São Jerônimo. Nos antigos aposentos do piso térreo da casa de Bizâncio, que ainda existe e está sob a basílica, está o túmulo de dois mártires romanos, João e Paulo, um local que já era objeto de veneração no início do século V. Porém, o Sacramentarium Leonianum indica, em seu prefácio à festa dos santos, que seus restos foram depositados nas muralhas da cidade após o martírio, enquanto que em um dos primeiros itinerários de visita às tumbas dos mártires romanos, o túmulo deles estava indicado como estando numa igreja no monte Célio. Seja como for, o titulus Byzantii ou Pammachii ficou conhecido, já há muito, pelo nome dos dois mártires (titulus SS. Joannis et Pauli). Não se discute que os dois foram de fato mártires, mas como e quando seus restos foram transportados para a casa de Bizâncio sob a basílica, só sabemos que ocorreu após o século IV. Os aposentos do térreo da citada casa de Pamáquio foram redescobertos sob a Basílica de Santi Giovanni e Paolo, em Roma. Eles estão decorados com importantes afrescos e o túmulo original dos mártires (confessio) está coberto de pinturas sobre eles. Os aposentos e a tumba são um dos primeiros e mais importantes memoriais cristãos em Roma.
De acordo com os seus "Atos" (Acta), os mártires eram eunucos de Constantina, filha de Constantino, e conheceram um tal Galicano, que construiu uma igreja em Ostia. Por ordem do imperador romano Juliano, o Apóstata, eles foram decapitados secretamente por Terenciano na casa deles, no monte Célio, local onde uma igreja foi posteriormente erguida e onde eles foram enterrados.
Desde a construção da basílica, os dois santos são objeto de grande devoção e o seus nomes são parte do Cânone da Missa. A Basílica de Santi Giovanni e Paolo, em Roma, é dedicada a eles, assim como a Basílica de San Zanipolo ("Zanipolo" é o termo para João e Paulo na língua veneziana), em Veneza.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 25 de junho de 2024
DIA DE SÃO GUILHERME DE VERCELLI - 25 DE JUNHO
DIA DE SÃO GUIHERME DE VERCELLI - 25DE JUNHO
HOMILIA - 25.06.24
HISTÓRIA DE SÃO GUILHERME DE VERCELLI
Com grande devoção, hoje, lembramos a santidade de vida de São Guilherme, que nasceu em Vercelli, Itália, no ano de 1085. Órfão muito cedo, foi morar com os familiares, que em nada o impediram de seguir Jesus e realizar seus anseios de vida religiosa.
Quando tinha apenas 14 anos, Guilherme saiu com vestes penitenciais para visitar o Santuário de Santiago de Compostela, na Espanha, visando expressar sua caminhada espiritual. Aconteceu que desejava peregrinar para a Terra Santa, mas, devido às turbulências políticas, desviou-se e acabou se retirando no Monte Partênio (Monte da Virgem) e ali permaneceu em silêncio, penitência e oração.
São Guilherme, ao começar a construção do Santuário de Nossa Senhora do Monte Virgine, com o tempo, teve de organizar a comunidade dos monges formada a partir de sua total consagração. E dessa forma nasceu o primeiro dos vários mosteiros fundados pelo Santo.
Combatente contra o mal, durante os 57 anos de existência ele não admitiu o pecado em sua vida, tanto que, diante da malícia de uma mulher, ele preferiu jogar-se em brasas acesas do que nos braços do pecado; e, por graça, foi preservado milagrosamente de qualquer ferimento.
São Guilherme morreu no dia 25 de junho de 1142, no mosteiro de Goleto. Em 1942, o papa Pio XII canonizou-o e declarou São Guilherme de Vercelli padroeiro principal da Irpínia.
São Guilherme de Vercelli, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 24 de junho de 2024
DIA DE SÃO JOÃO BATISTA - 24 DE JUNHO
DIA DE SÃO JOÃO BATISTA - 24 DE JUNHO
HOMILIA - 24.06.24
HISTÓRIA DE SÃO JOÃO BATISTA
São João Batista nasceu milagrosamente em Aim Karim, cidade de Israel, que fica a 6 quilômetros do centro de Jerusalém. Seu pai era um sacerdote do Templo de Jerusalém chamado Zacarias. Sua mãe foi Santa Isabel, que era prima de Maria Mãe de Jesus. São João Batista foi consagrado a Deus desde o ventre materno. Em sua missão de adulto, ele pregou a conversão e o arrependimento dos pecados manifestos através do batismo. João batizava o povo. Daí o nome João Batista, ou seja, João, aquele que batiza.
A importância de São João Batista
São João Batista é muito importante no Novo Testamento, pois foi o precursor de Jesus, anunciou sua vinda e a salvação que o Messias traria para todos. João Batista era a voz que gritava no deserto e anunciava a chegada do Salvador. Ele é também o último dos profetas. Depois dele, não houve mais nenhum profeta em Israel.
Nascimento milagroso de São João Batista
A mãe de João Batista, Santa Isabel, era idosa e nunca tinha engravidado. Todos a tinham como estéril. Mas, então, o Anjo Gabriel apareceu a Zacarias, quando este prestava seu serviço de sacerdote no templo, e anunciou que Isabel teria um filho e que este deveria se chamar João. Zacarias não acreditou e ficou mudo. Pouco tempo depois, Isabel engravidou como o Anjo havia dito.
Isabel e a Ave Maria
Nesse mesmo tempo, o Anjo apareceu também a Maria e anunciou que ela seria a mãe do Salvador. Então, Maria foi visitar Isabel, pois o Anjo lhe havia dito que Isabel estava grávida. Quando Maria chegou e saudou Isabel, João mexeu no ventre da mãe, e Isabel fez aquela maravilhosa saudação a Maria santíssima: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! De onde me vem a graça que a mãe do meu Senhor me visite? (Lc 1-41-43) Essa saudação de Isabel, inclusive, se tornou parte da oração da Ave Maria.
Vida no deserto
Quando São João Batista ficou adulto, percebeu que chegara sua hora. Então, foi morar no deserto para rezar, fazer sacrifícios e pregar para que as pessoas se arrependessem. Vivendo uma vida extremamente difícil e com muita oração, passou a ser conhecido como profeta, homem enviado por Deus. Ele sempre anunciava a vinda do Messias. Batizava a todos que se arrependiam, e multidões sempre iam ver suas pregações no rio Jordão.
O batismo de Jesus
Por causa de seu carisma, algumas vezes o povo pensava que São João Batista era o Messias. Mas ele sempre dizia: Eu não sou o Cristo, eu não sou digno de desatar nem a correia de suas sandálias. (Jo. 1-27). Em outra passagem, ele disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. (Jo.1-29) Quando o próprio Jesus, o verdadeiro Salvador, foi ao encontro de João Batista, para ser batizado, São João disse: Eu é que devo ser batizado por ti, e tu vens a mim? (Mt3-14). Mas Jesus confirmou, e São João Batista batizou Jesus. Assim, Jesus começou sua vida pública.
Prisão e morte de João Batista
Nas pregações de São João, ele não poupava o rei local, Herodes Antipas, rei fantoche de Roma na Pereia e na Galileia. João denunciava a vida adultera do rei. Herodes tinha se unido a Herodíades, sua cunhada. São João Batista denunciava também a vida desregrada de Herodes em seu governo.
São Marcos em seu evangelho narra que Salomé, filha de Herodíades, dançou para Herodes. O rei ficou deslumbrado com ela e disse que daria tudo o que lhe pedisse. Então, Salomé fala com sua mãe e pede a cabeça de São João Batista numa bandeja. Herodes, triste, fez como havia prometido diante dos convivas. (Mar 6.14-29)
Devoção a São João Batista
São João Batista é o primeiro mártir da Igreja, e o último dos profetas. Sua festa é celebrada desde o começo da Igreja, no dia 24 de junho. Ele é venerado como profeta, santo, mártir, precursor do Messias e arauto da verdade, custe o que custar. Sua representação é mostrada batizando Jesus e segurando um bastão em forma de cruz.
Oração a São João Batista
São João Batista, voz que clama no deserto, endireitai os caminhos do Senhor, fazei penitência, porque no meio de vós está quem não conheceis, e do qual eu não sou digno de desatar os cordões das sandálias. Ajudai-me a fazer penitência das minhas faltas, para que eu me torne digno do perdão daquele que vós anunciastes com estas palavras: Eis o Cordeiro de Deus, eis aquele que tira o pecado do mundo. São João Batista rogai por nós. Amém.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 23 de junho de 2024
DIA DE SÃO JOSÉ CAFASSO - 23 DE JUNHO
DIA DE SÃO JOSÉ CAFASSO - 23 DE JUNHO
HOMILIA - 23.06.23
HISTÓRIA DE SÃO JOSÉ CAFASSO
Origens
José Cafasso nasceu na mesma cidade de Dom Bosco, chamada Castelnuovo d'Asti, Itália, no ano 1811. Era quatro anos mais velho que seu conterrâneo Dom Bosco, o grande evangelizador dos Jovens. Ambos trabalharam, na mesma época, em favor do povo e dos menos favorecidos, material e espiritualmente. Cafasso ajudou muito a Dom Bosco.
Conselheiro sábio
José Cafasso estudou teologia na cidade de Turim. Foi ordenado padre com apenas vinte e dois anos. Logo, destacou-se por causa de sua serenidade e sabedoria. Por isso, era muito procurado por seus colegas sacerdotes, que buscavam nele aconselhamento, oração e discernimento.
Mestre
Depois de ordenado, padre José Cafasso também foi professor. Nessa missão, teve João Bosco, o futuro São João Bosco (Dom Bosco) como um de seus alunos. Conhecendo os ideais de Dom Bosco, passou a apoiá-lo em todas as suas ações em favor dos adolescentes e jovens. Até mesmo quando Dom Bosco encheu a escola de meninos pobres da região, aqueles que eram marginalizados do processo de educação.
Amigo dos presidiários
Dom Bosco tornou-se um padre eloquente e carismático em sua lida com os jovens e adolescentes. Já o padre José Cafasso era dado à contemplação. Dedicava muito tempo a ouvir o povo em confissão e a aconselhar com grande sabedoria. Esse amor pela confissão o levou às prisões. Tomou como um dos grandes objetivos de sua vida atender os presos e criminosos que se abriam à confissão. Fora da confissão, procurava também orientá-los, instruí-los e confortá-los nesse tempo difícil da vida. Muitos foram os presidiários que se converteram ou se recuperaram por causa de suas orientações e orações.
Suporte para Dom Bosco
Quando Dom Bosco levou um grande número de crianças e adolescentes para sua própria casa, padre José Cafasso prestou vultosa ajuda financeira, sem a qual tal ação não seria possível. E São José Cafasso fez ainda mais: pouco tempo antes de falecer, doou todos os bens que tinha a São João Bosco, para que este continuasse com sua magnífica obra com os adolescentes e jovens.
Amor e misericórdia
São José Cafasso faleceu ainda jovem, tendo apenas quarenta e nove anos de idade. Era o dia 23 de junho de 1860. O belo título de "Padroeiro dos Encarcerados e dos Condenados à Pena Capital" mostra claramente como ele viveu sua missão apostólica. As visitas que ele fazia ás prisões eram grande consolo para os presos. Ele se fez presente em quase todos os enforcamentos que aconteceram em Turim. Por sua presença constante entre os condenados à morte, recebeu o apelido de Padre da Força; Além disso, socorreu inúmeras famílias necessitadas, evitando que os filhos se desviassem do caminho de Deus. Sua canonização aconteceu em 1947.
Oração a São José Cafasso
“São José Cafasso que fostes tão generoso para com nosso amado são João Bosco, assistindo-o em suas necessidades e que como sacerdote acompanhastes à força a inúmeros condenados à morte, mostrando sempre atenção aos encarcerados, vós que tínheis o dom do conselho, e morrestes tão santamente em oração e na paz, pedimos que intercedais junto a Deus para que nos dê o dom do sábio conselho e nunca deixemos de orar por todos os que estão à beira da morte, principalmente pelos mais abandonados. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 22 de junho de 2024
DIA DE SÃO PAULINO DE NOLA - 22 DE JUNHO
DIA DE SÃO PAULINO DE NOLA - 22 DE JUNHO
HOMILIA - 22.06.24
HISTÓRIA DE SÃO PAULINO DE NOLA
Paulino nasceu no ano de 355, na cidade de Bordeaux, na França. Seu pai era um alto funcionário imperial, e toda a família ocupava posição de destaque na economia e na corte.
Antes de tornar-se religioso, o próprio Paulino foi cônsul e substituiu o governador da Campânia. Nessa posição, manteve contato com o bispo Ambrósio, de Milão, bem como com o jovem Agostinho, que se tornara bispo de Hipona, os quais o encaminharam à conversão.
Assim, aos vinte e cinco anos de idade Paulino foi batizado.
Um ano antes, tinha se casado com Terásia, uma cristã espanhola que também o influenciou a aprofundar-se nos ensinamentos do Evangelho. Quando perderam, ainda criança, o único filho, Celso, os dois resolveram abandonar de vez a vida social e abraçar a vida monástica. De comum acordo, dividiram as grandes riquezas que possuíam com os pobres e as obras de caridade voltadas para o atendimento de doentes e desamparados e se dirigiram para a Catalunha, na Espanha.
Pouco tempo depois, Paulino, que se tornara conhecido e estimado por todo o povo, encaminhou ao bispo um pedido para que este o ordenasse sacerdote. O que aconteceu, além de ser convidado a participar do clero local ou, se preferisse, ingressar no de Milão, mas recusou a ambos. Queria, de verdade, uma vida de monge recluso, por isso mudou-se para a Campânia, onde a família ainda tinha como propriedade o túmulo de um mártir, são Félix. Paulino começou a construir ali um santuário para o santo e, ao mesmo tempo, fez levantar uma hospedaria para os peregrinos pobres.
Em seguida, transformou um dos andares em mosteiro e deu início a uma comunidade religiosa formada por ele, a esposa e alguns amigos. A principal característica desses monges era a comunicação feita somente por meio de correspondência escrita. Foram cinquenta e uma cartas dirigidas aos amigos e personalidades do mundo cristão, entre eles Agostinho, o bispo de Hipona.
Paulino revelou-se um grande poeta, escritor e pregador, foi uma figura tão brilhante quanto humilde. Entretanto, a vida calma que almejara quando abdicou de sua condição de herdeiro político de bons cargos no Império Romano para levar uma vida pobre em dinheiro e poder, mas rica em fé e dignidade, terminaria em 409.
Na ocasião, foi eleito e consagrado bispo de Nola, diocese de Nápoles, cargo que ocupou até morrer, no ano 431, um ano após a morte do amigo e companheiro Agostinho, hoje também santo e doutor da Igreja.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 21 de junho de 2024
DIA DE SÃO LUIZ GONZAGA - 21 DE JUNHO
DIA DE SÃO LUIZ GONZAGA - 21 DE JUNHO
HOMILIA - 21.06.24
HISTÓRIA DE SÃO LUIZ GONZAGA
Padroeiro da Juventude, dos Estudantes e dos Seminaristas
Seu nome de batismo era Castiglione delle Stiviere (Luiz Gonzaga S.J.). Nasceu em 9 de março de 1568, em Roma, Itália. Primogênito, filho de um príncipe do Sacro Império chamado Ferrante Gonzaga. Seu pai era um nobre comandante do exército imperial que detinha o título de “Marquês de Castiglione”. Esse era irmão do Duque de Mântua e herdeiro do feudo de Castiglione.
Perto dos militares e da nobreza
O desejo natural de seu pai era que seu filho mais velho seguisse seus passos, tornando-se soldado e comandante no exército imperial. Por isso, tendo apenas cinco anos, o pequeno Castiglione já marchava seguindo o exército do pai, habituando-se à crueza da vida militar ao lado de soldados rudes. Por outro lado, sua mãe lhe deu uma educação primorosa e sólida formação cristã. Além disso, frequentava os ambientes ricos e aristocráticos da nobreza italiana.
Um chamado diferente
Aquele menino, porém, surpreenderia a família Gonzaga de maneira muito diferente. Quando tinha apenas dez anos, foi enviado à cidade de Florença para servir como pajem do grão-duque da Toscana. A partir desse momento, Castiglione decidiu fazer um voto perpétuo de virgindade. Serviu como pajem do filho do rei dom Filipe II, na Espanha durante alguns anos. Nesse tempo, procurou e conseguiu estudar filosofia na Universidade de Alcalá. Nas horas vagas, dedicava-se à oração e às leituras espirituais.
Primeira comunhão - uma reviravolta em sua vida
Estando com 14 anos e ainda na Espanha, Luiz recebeu a primeira comunhão das mãos de um Santo: São Carlos Borromeu. Tocado pelas palavras do Santo e pela força da Eucaristia, Luiz sentiu o grande chamado de sua vida. Nesse momento, ele decidiu se tornar religioso ingressando na Ordem dos Jesuítas. A surpresa foi geral.
Seu pai, mesmo de longe, sentiu que todos os planos que tinha para o filho foram por água abaixo.
Provação por parte do pai
Quando seu pai soube que Luiz desejava se tornar padre, chamou-o de volta a Roma e tentou desaconselhá-lo de todas as maneiras. Vendo que o filho não mudava de ideia, começou a levá-lo a festas e banquetes cheios de ofertas de os tipos de prazeres mundanos. Mas, ao perceber que essas coisas não preenchiam o coração do filho, perguntou a ele se mesmo depois de tudo isso, ainda queria ser padre. Luiz Gonzaga respondeu: “É nisso que penso noite e dia.” Então, o pai autorizou-o a entrar para a Companhia de Jesus.
Vivendo a aventura da humildade
Castiglione delle Stiviere entrou no noviciado da Companhia de Jesus em Roma. Nesse ato, assumiu o nome de Luiz Gonzaga, renunciou ao seu título de nobreza e à herança a que tinha direito. Seu mestre nesse tempo foi São Roberto Belarmino. Luiz Gonzaga deixou de lado sua origem nobre, escolhendo sempre os serviços mais humildes. Nesta aventura da humildade, ele sabiamente constatou: "Também os príncipes são pó como os pobres: talvez, cinzas mais fétidas".
De que serve isto para a Eternidade?
São Luiz Gonzaga tinha uma pergunta que norteou totalmente a sua vida e lhe serviu de discernimento nas grandes e pequenas decisões da vida. Sempre, diante de algo a fazer ou decidir, ele se perguntava: "De que serve isto para a Eternidade?" Ou, de forma diferente: “Isso que estou prestes a fazer tem alguma coisa a ver com a eternidade? Vai contribuir para que eu conquiste a vida eterna?” Se compreendia que tal coisa ou atividade não ajudaria a leva-lo para a vida eterna, ele não fazia. Este seu “modelo de discernimento” já ajudou a muita gente ao longo de séculos.
Sentido na vida
Por essas decisões, perseverança amor e fé, São Luiz Gonzaga se tornou modelo para os jovens. Ele encontrou o verdadeiro sentido da vida, que é conhecer, amar e servir a Deus. Quem procura isso, vive uma vida cheia de sentido. Por isso, na cidade de Coimbra, onde ele também estudou, há uma estátua em sua homenagem, pois ele se tornou um modelo e exemplo de pureza de coração, de discernimento e de busca do verdadeiro sentido da vida para todos os jovens.
Morte
Por motivos de estudo, São Luiz Gonzaga precisou ir para Roma. Era o ano 1590. Ao chegar lá, deparou-se com as vítimas de uma doença contagiosa chamada tifo. Ao ver o sofrimento do povo, compadeceu-se de tal forma que passou a ajudar os doentes. Depois de um tempo cuidando dos doentes como podia, ele próprio contraiu a doença e veio a falecer. Era o dia 21 de junho de 1591. São Luiz Gonzaga tinha apenas 23 anos e entregou sua vida em favor da caridade e da pureza de coração. Por isso, São Luiz Gonzaga é o padroeiro da juventude e dos estudantes. Seus restos mortais foram sepultados na Igreja de Santo Inácio, fundador da ordem Jesuíta, em Roma.
Oração a São Luiz Gonzaga
“Ó Luiz, Santo, adornado de angélicos costumes, eu, vosso indigníssimo devoto, vos recomendo singularmente a castidade da minha alma e do meu corpo. Rogo-vos por vossa angélica pureza, que intercedais por mim ante ao Cordeiro Imaculado, Cristo Jesus e sua santíssima Mãe, a Virgens das virgens, e me preserveis de todo o pecado. Não permitais que eu seja manchado com a mínima nódoa de impureza; mas quando me virdes em tentação ou perigo de pecar, afastai do meu coração todos os pensamentos e afetos impuros e, despertando em mim a lembrança da eternidade e de Jesus crucificado, imprime profundamente no meu coração o sentimento do santo temor de Deus e inflamai-me no amor divino, para que, imitando-vos cá na terra, mereça gozar a Deus convosco lá no céu. Amém.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 20 de junho de 2024
DIA DE SÃO SILVÉRIO, PAPA E MÁRTIR - 20 DE JUNHO
DIA DE SÃO SILVÉRIO, PAPA E MÁRTIR - 20 DE JUNHO
HOMILIA - 20.06.24
HISTÓRIA DE SÃO SILVESTRE, PAPA E MÁRTIR
A data do nascimento deste Papa é desconhecida. Era filho do Papa Hormisdas, que se unira em legítimo matrimónio antes de se tornar alto clérigo. Silvério entrou ao serviço da Igreja, e era subdiácono em Roma quando o Papa Agapito faleceu em Constantinopla, no dia 22 de Abril de 536.
Acontece que a Imperatriz Teodora, esposa de Justiniano, princesa orgulhosa e imperiosa favorecedora do monofisismo – doutrina herética que afirmava que Jesus Cristo possuía apenas a natureza divina –, quis que fosse eleito um Papa que favorecesse os hereges. O seu candidato era o diácono Vigílio, que estava então em Constantinopla, e que lhe tinha dado garantias de proteger os monofisitas. Com efeito, essa foi a mais importante das primeiras heresias, e nenhum grupo de hereges ou de heresias produziu, até o século vi, tão vasta e importante literatura.
Teodora esperava que o novo Papa anulasse o que o seu predecessor, Agapito, tinha feito contra os hereges. Deu, pois, a Vigílio cartas endereçadas ao General Belisário, seu representante na Itália, ordenando-lhe que tudo fizesse para que o seu candidato fosse eleito Papa.
Mas Teodato, Rei dos Ostrogodos, que era o senhor de Roma, quis impedir a eleição de um Papa que fosse conectado com Constantinopla e, por sua influência, o subdiácono Silvério foi eleito. Embora a eleição de um simples subdiácono fosse invulgar, quando Silvério foi consagrado bispo, provavelmente no dia 8 de Junho de 536, todos os presbíteros romanos aprovaram a sua eleição.
Depois da eleição, a Imperatriz Teodora procurou conquistar Silvério para os monofisitas. Desejava especialmente que ele entrasse em comunhão com o Patriarca de Constantinopla, Antimus, que havia sido ganho para a seita, sendo por isso excomungado e deposto pelo Papa Agapito, e com Severo de Antioquia, igualmente monofisita. Como o Papa nisso não consentiu, a Imperatriz resolveu derrubá-lo do trono, para entregar a sé papal a Vigilio.
Ordenou então a Belisário, que tinha conquistado Roma aos ostrogodos, que expulsasse o verdadeiro pontífice, colocando o intruso em seu lugar.
Durante o cerco a Roma pelos bizantinos para conquistar a cidade aos ostrogodos, houve muitos tumultos na Cidade Eterna. As igrejas construídas sobre as catacumbas no exterior da cidade foram devastadas, os túmulos dos mártires partidos e violados. Belisário acabou por derrotar os ostrogodos, tornando-se senhor de Roma. E, em Dezembro de 536, o general bizantino recebeu o Papa Silvério amigável e cortesmente.
Foi então que recebeu ordem de Teodora para o depor, no que foi pressionado também por sua esposa, Antonia. Para dar uma aparência de legalidade a essa deposição arbitrária, os inimigos do Papa acusaram-no de alta traição por, durante o cerco de Roma, ter mantido correspondência com o inimigo. Para tal, forjaram uma carta ao rei dos ostrogodos, em que Silvério o convidava a entrar na cidade, comprometendo-se a abrir-lhe as portas.
Como o Papa Silvério permanecesse firme em relação aos hereges, tiraram-lhe o pálio, despojarm-no de todos os ornamentos pontificais e revestiram-no de um hábito monástico. Foi então publicado que Silvério havia sido deposto, tornando-se monge. No dia seguinte, 22 de Novembro de 537, Vigilio foi eleito para o seu lugar. O Papa verdadeiro foi exilado em Pátara, cidade da Lícia, na Ásia.
Um ano depois, São Silvério morria de fome e dos outros incômodos do exílio. Foi enterrado em Palmária, e logo Deus testemunhou, por muitos milagres, que a sua morte era preciosa a seus olhos: todos os doentes que acorriam ao seu túmulo eram curados.
São Silvério ocupou a Sé de Pedro durante dois anos e alguns dias. A sua morte ocorreu no dia 20 de Junho do ano 538.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 19 de junho de 2024
DIA DE SÃO ROMUALDO - 19 DE JUNHO
DIA DE SÃO ROMUALDO - 19 DE JUNHO
HOMILIA - 19.06.24
HISTÓRIA DE SÃO ROMUALDO
Nasceu em Ravena (Itália) no ano de 952, numa família rica. Deixou-se influenciar livremente numa vida distante do Evangelho. Sua juventude era feita de caça, exercícios bélicos e diversões. A diversão era o centro de sua vida. A vaidade era o seu deus. Uma vida sem sentido acompanhava o jovem.
Um acontecimento foi o ponto da “virada” em sua história: seu pai tinha um temperamento nervoso e matou, na presença de Romualdo, um inimigo pessoal. Foi nessa altura que Romualdo percebeu os caminhos e ambições em que a sua família vivia, e começou a repensar sua história, ao ponto de se dirigir para uma alta montanha e lá conhecer um Mosteiro Beneditino, onde pediu acolhida para reflexão.
Ficou ali durante três anos e tornou-se monge. Saiu das vaidades do mundo e encontrou em Deus o sentido para tudo.
Deus quis dele ainda mais: fez dele fundador da Ordem Camaldulense, em 1012, marcada pelo silêncio, pelo trabalho e pela penitência.
São Romualdo formou dois homens em sua Ordem, que se tornaram Papas.
Morreu em 1027, aos 75 anos, consumido na vivência do carisma de sua Ordem. Viveu a radicalidade do Evangelho pela ação do Espírito Santo. Peçamos a transformação de nosso coração e que Jesus seja o centro de nossa vida.
São Romualdo, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 18 de junho de 2024
DIA DE SÃO GREGÓRIO JOÃO BARBARIGO - 18 DE JUNHO
DIA DE SÃO GREGÓRIO BARBARIGO - 18 DE JUNHO
HOMILIA - 18.06.23
HISTÓRIA DE SÃO GREGÓRIO BARBARIGO
Origens
Gregório João Barbarigo nasceu na bela cidade de Veneza, Itália, em 16 de setembro de 1625. Era filho de uma família rica e nobre da Itália. Tendo apenas quatro anos, sua mãe faleceu. Por isso, foi educado pelo pai. Este, muito cristão, educou os filhos na fé cristã e na sabedoria de vida.
Jovem promissor
O pai de Gregório desempenhou tão bem sua missão de educador e formador que, tendo apenas dezoito anos, Gregório já exercia a profissão de secretário do embaixador de Veneza. Cargo que exerceu com eficiência e desenvoltura.
Vocação
No ano de 1648, Gregório teve que acompanhar o embaixador numa viagem à Alemanha, onde iriam tratar das negociações sobre o Tratado de Vestefália. Tal tratado se referia à Guerra dos Trinta Anos. Nessa ocasião, Gregório ficou conhecendo Dom Fábio Chigi, que era o núncio apostólico. Dom Fábio ajudou-o a discernir a vocação sacerdotal e orientou-o dali para a frente nos estudos e na ordenação sacerdotal.
Cardeal
Aconteceu que Dom Fábio, seu amigo e orientador espiritual foi eleito Papa e assumiu o nome de Alexandre VII. O Papa nomeou, então, O Padre Gregório Barbarigo como cônego da cidade de Pádua. Depois, em 1655, nomeou-o prelado da Casa pontifícia. Dois anos depois, o mesmo Papa consagrou-o bispo da diocese de Bérgamo. Por fim, no ano 1660, ele foi nomeado Cardeal.
Imprensa poliglota
O Papa Alexandre VII sabia exatamente o que estava fazendo. Com efeito, as atividades evangelizadoras de São Gregório Barbarigo já tinham deixado marcas profundas na sua época. Enquanto estava no Seminário de Pádua, ele contratou notáveis professores, vindos não apenas da Itália, como também de vários outros países. Com isso, ele capacitou o seminário para o ensino das línguas do Oriente. Depois, fundou o que chamava de “imprensa poliglota”. E esta, foi uma das melhores que já houve na Itália.
Fundador
Mesmo sendo Cardeal São Gregório Barbarigo nunca deixou de desenvolver seu trabalho pastoral. Fundou escolas para o povo juntamente com instituições dedicadas ao ensino da religião e à orientação dos pais e dos educadores. Quando uma peste assolou a Itália, ele se dedicou ao máximo em favor de todos os doentes e trabalhou para que o cuidado e a ajuda aos doentes atingisse mais de treze mil pessoas.
Pacificador e fundador
São Gregório Barbarigo ainda fundou vários seminários. Esses ele instituiu sob as regras criadas por São Carlos Borromeu. E não para por aí. Ele fundou também a Congregação dos Oblatos dos Santos Prosdócimo e Antônio. Além de tudo isso, exerceu a nobre função de pacificador. Interviu pessoalmente em graves disputas políticas, fazendo com que as divergências ficassem apenas no campo das ideias, evitando guerras e contendas.
Morte
Depois de realizar tão grande obra reformista na Igreja, São Gregório Barbarigo faleceu na cidade de Pádua, em 18 de junho de 1697. Sua canonização foi celebrada por um Papa que era seu conterrâneo: João XXIII, no ano 1960.
Oração a São Gregório João Barbarigo
“São Gregório Barbarigo, fundador de escolas e instituições de caridade, que tivestes a graça de nascer em uma família cristã e bem estruturada, nós vos louvamos por vossa vida de santidade e pedimos vossa intercessão: olhai por nossos estudantes e professores, pelos responsáveis por nossa nação e por todas as nações do mundo, para que se voltem a Deus e somente assim cumpram os Mandamentos, as Leis de Deus e assim esta terra se tornará um novo céu. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 17 de junho de 2024
DIA DE SÃO RANIERI DE PISA - 17 DE JUNHO
DIA DE SÃO RANIERI DE PISA - 17 DE JUNHO
HOMILIA - 17.06.24
HISTÓRIA DE SÃO RANIERI DE PISA
Padroeiro dos viajantes e da cidade de Pisa
Origens
Ranieri Scacceri nasceu em Pisa, Itália, no ano 1118. Foi filho único do casal Gandulfo e Emengarda. Seus pais eram mercadores muito ricos, descendentes de famílias nobres e tradicionais. Foi educado pelo bispo de Kinzica, tendo recebido formação religiosa e para os negócios.
Juventude conturbada
Pisa era um cidade “badalada” no começo do primeiro milênio. Por ser um porto importante e grande polo comercial da Itália, tinha uma vasta “vida mundana”, cheia de encantos e tentações especialmente para os mais jovens. O jovem Ranieri tinha vocação para as artes, especialmente para tocar lira e cantar. Por isso, entregou-se às festas e às futilidades, apresentando-se na corte e tornando-se muito popular.
O encontro com a realidade
Quando Ranieri tinha dezenove anos, começou a observar os pobres da cidade e a vida miserável que levavam. Essa observação levou-o a perceber que sua própria vida tinha sido inútil até então. Constatar a inutilidade de sua vida foi um choque para o jovem artista Ranieri. Nesse mesmo tempo, ele se encontrou com um eremita chamado Alberto da Córsega. Este fez Ranieri enxergar que havia uma semente de Deus plantada em seu coração pelo batismo e pela formação que ele tinha recebido, e que, se Ranieri quisesse, esta semente poderia germinar para lhe trazer a verdadeira vida. E Ranieri quis.
Conversão
Tocado pela graça de Deus, Ranieri se confessou e passou a procurar a Deus na oração e na caridade para com os pobres. Esta experi6encia transformou seu coração. Ele, então, decidiu abandonar a vida fútil que levava e entrou no Mosteiro de São Vito, na mesma cidade de Pisa. Quis ele ser apenas um irmão leigo, para dedicar sua vida ao Senhor da verdadeira vida, aquela que não tem futilidade.
Peregrino
São Ranieri de Pisa passou quatro anos no mosteiro, vivendo uma vida de oração, escondido das orgias da nobreza e dos prazeres passageiros do mundo. Então ele doou toda a fortuna que tinha herdado de seus pais aos pobres e partiu para uma peregrinação à Terra Santa. Lá, ele viveu por treze anos. Peregrinou por todos os lugares santos e pregou a Palavra de Deus pela oratória e também pelo seu exemplo de vida.
Milagres
Durante o tempo em que passou na Terra Santa, manifestou-se na vida de São Ranieri o dom dos milagres. Usando sempre roupas pobres e vivendo de doações, ele pregava o Evangelho com poder. Expulsava os demônios, curava os doentes pela oração, libertava pessoas revelando os segredos de seus corações. Por isso, inúmeras eram as conversões entre aqueles que dele se aproximavam.
Volta a Pisa
Treze anos depois, São Ranieri voltou a Pisa. Instalou-se novamente no Mosteiro de São Vito, mantendo-se como irmão leigo. Sua fama de santidade, porém, chegou a Pisa antes dele. Por isso, ele se tornou diretor espiritual de um grande número de fiéis, inclusive dos monges. Todos os procuravam para pedir orações e conselhos e nunca voltavam decepcionados.
Ranieri da Água Benta
Um grande número de relatos atestam que quando São Ranieri abençoava a água e o pão, vários milagres aconteciam. Ele sempre abençoava estes elementos e distribuía-os para o povo. Nesses momentos, muitas graças aconteciam. Por isso, São Ranieri recebeu o apelido do Ranieri da Água.
Morte, Água Benta e os milagres
Quando fazia sete anos da volta de São Ranieri, ele adoeceu e morreu. Era o dia 17 de junho de 1161. E as graças continuaram a acontecer pela intercessão de São Ranieri. Elas aconteciam por meio da oração a São Ranieri e da água benta e também quando se colocava a água benta sobre seu túmulo e se fazia as orações. A canonização de São Ranieri de Pisa foi celebrada pelo papa Alexandre III.
Oração a São Ranieri de Pisa
“São Ranieri de Pisa, vós que durante toda a vida realizastes curas e conversões e que ainda hoje atende as preces dos que vos procuram, peço vossa intercessão por todos aqueles a quem amamos, para que encontrem o caminho da cura, da conversão, da libertação. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 16 de junho de 2024
DIA DE SÃO FRANCISCO RÉGIS - 16 DE JUNHO
DIA DE SÃO FRANCISCO RÉGIS - 16 DE JUNHO
HOMILIA - 16.06.24
HISTÓRIA DE SÃO FRNCISCO RÉGIS
O Dia de São Francisco Régis é celebrado em 16 de junho.
Francisco de Régis nasceu em 1597, na pequena aldeia de Narbone, na França. Desde pequeno foi educado de acordo com os ensinamentos cristãos.
Ao entrar para a Companhia de Jesus, em 1616, começa oficialmente a sua vida de missionário, que o levaria a fazer inúmeras obras.
Apesar de querer levar a Palavra de Deus aos territórios ultramarinos franceses, seus superiores preferiram que ele ficasse no país. Nessa época, a França tinha terminado as guerras de religião que acabaram por dividir o país em católicos e protestantes.
Dessa maneira, esse santo ficou conhecido por seu intenso trabalho de evangelização em hospitais e prisões, além de construir um abrigo para prostitutas que desejassem mudar de vida.
Ainda intercedeu junto às autoridades da cidade de Toulouse para que os habitantes do município de Puy pudessem continuar a fabricar rendas, o meio de sustento dos mais pobres.
O jesuíta era descrito como um valente missionário, tendo enfrentado duas epidemias da peste que assolaram a sua comunidade.
Foi transferido para a cidade de Lalousvec, em pleno inverno, e contraiu pneumonia. Mesmo assim,m continuou pregando e atendendo confissões, mas não resistiu. Aos 43 anos, em 1640, Francisco Régis faleceu; e, mais tarde, pelo seu exemplo de santidade, o Papa Clemente XII o canoniza, em 1737.
São Francisco Régis é padroeiro dos jesuítas na França e das rendeiras.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 15 de junho de 2024
DIA DE SÃO VITO - 15 DE JUNHO
DIA DE SÃO VITO - 15 DE JUNHO
HOMILIA 15.06.24
HISTÓRIA DE SÃO VITO
Vito nasceu no final do século III, na antiga cidade de Mazara, na Sicília ocidental, Itália, numa família pagã, muito rica e de nobre estirpe. Sua mãe morreu quando ele tinha tenra idade, e seu pai, Halaz, contratou uma ama, Crescência, para cuidar do pequenino. Ela era cristã, viúva e tinha perdido o único filho havia pouco tempo, era de linhagem nobre, mas em decadência financeira. Ele ainda providenciou um professor, chamado Modesto, para instruir e formar seu herdeiro. Entretanto, o professor também era cristão.
Halaz era um obstinado pagão que encarava o cristianismo como inimigo a ser combatido. Por isso, Modesto e Crescência nunca revelaram que eram seguidores de Cristo, contudo, educaram o menino dentro da religião. Dessa forma, aos doze anos, embora clandestinamente, Vito já estava batizado e demonstrava identificação total com os ensinamentos de Jesus.
Ao saber do batismo, o pai tentou convencê-lo a abandonar a fé, o que não deu resultado. Halaz partiu para a força e castigou o próprio filho, entregando-o, então, ao governador Valeriano, que o encarcerou e maltratou por vários dias, tentando fazer Vito abdicar de sua fé. Modesto e Crescência, entretanto, conseguiram arquitetar uma fuga e, segundo a tradição, com a ajuda de um anjo, tiraram Vito das mãos do poderoso governador. Fugiram os três para Lucânia, em Nápoles, onde esperavam encontrar paz. Mas, depois de algum tempo, foram reconhecidos e passaram a viver de cidade em cidade, fugindo dos algozes.
Nesse período, Vito, que desde os sete anos havia manifestado dons especiais, patrocinou muitos prodígios. Como o mais célebre deles, lembrado pela tradição, quando ele ressuscitou, em nome de Jesus, um garoto que tinha sido estraçalhado por cães raivosos.
A perseguição a eles teve uma trégua apenas quando o filho epilético do imperador Diocleciano ficou muito doente. O soberano, tendo conhecimento dos dons de Vito, mandou que o trouxessem vivo à sua presença. Na oportunidade, pediu que ele intercedesse por seu filho. Vito, então, rezou com todo fervor e, em nome de Jesus, foi logo atendido. Porém Diocleciano pagou com a traição. Mandou prender Vito, que não aceitou renegar a fé em Cristo para ser libertado. Diante da negativa, foi condenado à morte, que ocorreu no dia 15 de junho, possivelmente de 304, depois de muitas torturas, quando ele tinha apenas quinze anos de idade.
Essa narrativa é tão antiga que alguns acontecimentos podem ser, em parte, apenas uma vigorosa tradição cristã. Como esta outra que diz que Vito, Modesto e Crescência teriam sido levados diante da multidão no Circo, submetidos a torturas violentíssimas e, finalmente, jogados aos cães raivosos. Entretanto, um milagre os salvou. Os cães, em vez de atacá-los, deitaram-se aos seus pés. Irado, o sanguinário Diocleciano mandou que fossem colocados dentro de um caldeirão com óleo quente, onde morreram lentamente.
O jovem mártir Vito existiu conforme consta no Martirológio Gerominiano, enquanto Modesto e Crescência só foram incluídos no calendário da Igreja no século XI. Suas relíquias que, depois de sua morte, foram sepultadas em Roma, em 755, foram enviadas para Paris. Mais tarde, foram entregues ao santo rei da Boêmia, Venceslau, que era muito devoto do santo. Em 958, esse rei fez construir a belíssima catedral que leva o nome de São Vito e que conserva suas relíquias até hoje.
Desde a Idade Média, ele é considerado um dos "quatorze santos auxiliares", os santos cuja intercessão é muito eficaz em ocasiões específicas e para cura determinada. No caso de são Vito, principalmente na Europa, é invocado para a cura da epilepsia da "coreia", doença conhecida popularmente como "doença de São Vito", e da mordida de cão raivoso. Além de ser padroeiro de muitas localidades.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 14 de junho de 2024
DIA DE SANTA CLOTILDE - 14 DE JUNHO
DIA DE SANTA CLOTILDE - 14 DE JUNHO
HOMILIA - 14.06.24
HISTÓRIA DE SANTA CLOTILDE
A Santa que lembramos neste dia marcou a história política cristã da França, já que era filha de Rei Ariano.
Santa Clotilde nasceu em Leão – França – no ano de 475, e, ao perder os pais bem cedo, acabou sendo muito bem educada pela tia, que a introduziu na vida da Graça.
Clotilde era ainda uma bela princesa que, interiormente e exteriormente, comunicava formosura, quando se casou com um rei pagão, ambicioso e guerreiro, tendo com ele cinco filhos, que acabaram herdando o gênio do pai.
Como Rainha, Clotilde foi paciente, caridosa, simples e, como mãe e esposa, investiu tudo na conversão destes que amava de Coração, por amor a Deus. O Soberano se propôs a conversão caso vencesse os alemães que avançavam sobre a França; ao conseguir este feito, cumpriu sua Palavra, pois, tocado por Jesus e motivado pela esposa, entrou na Catedral para receber o Batismo e começar uma vida nova.
O esposo morreu na Graça, ao contrário dos filhos, revoltados e mortos a espada em guerras. Dessa forma, Santa Clotilde se mudou para Tours, empenhou-se nas obras religiosas e ajudou na construção de Igrejas e Mosteiros, isso até entrar no Céu, em 545.
Santa Clotilde, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 13 de junho de 2024
DIA DE SANTO ANTÔNIO - 13 DE JUNHO
DIA DE SANTO ANTÔNIO - 13 DE JUNHO
HOMILIA - 13.06.24
HISTÓRIA DE SANTO ANTÔNIO
Santo Antonio ou Fernando Antônio de Bulhões, seu nome de nascença, nasceu em Lisboa, Portugal, em 15 de agosto do ano de 1195. De família nobre e rica, era filho único de Martinho de Bulhões, oficial do exercito de Dom Afonso e de Tereza Taveira. Sua formação inicial foi feita pelos cônegos da Catedral de Lisboa. Antônio gostava de estudar e de ficar mais recolhido.
Vida de Santo Antonio
Aos 19 anos entrou para o Mosteiro de São Vicente dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, contra a vontade de seu pai. Morou lá por 2 anos. Com uma grande biblioteca em mãos, Antônio avança na sua história pelo estudo e pela oração. É transferido para Coimbra, que é um importante centro de estudos de Portugal, ficando lá por 10 anos. Em Coimbra ele foi ordenado sacerdote. Logo se viu o dom da palavra que transbordava do jovem padre agostiniano. Ele tinha conhecimento e grande poder de pregação.
O Padre Agostiniano torna-se frei Franciscano
Em Coimbra o Padre Antônio conhece os freis franciscanos, entusiasma-se pelo fervor e radicalidade com que estes viviam o Evangelho e, pouco depois, torna-se Frei Antônio, mudando-se para o mosteiro de São Francisco de Assis.
O Encontro de Santo Antonio com São Francisco de Assis
Santo Antonio faz o pedido de ir para o Marrocos pregar o evangelho, e os Franciscanos permitem. No meio do caminho, porém, Frei Antônio fica muito doente e é forçado a voltar para Portugal. Na viagem de volta, o barco é desviado e vai para a Itália, terminando por parar na Sicília, em um grande encontro de mais de 5 mil frades franciscanos chamado Capítulo das Esteiras. Lá, Antônio conhece pessoalmente São Francisco de Assis. A mão de Deus o tinha guiado por trilhas e cainhos diferentes.
A luz deve brilhar para todos
Após conhecer São Francisco, Frei Antônio passa 15 meses como um eremita no monte Paolo. São Francisco enxerga os dons que Deus deu a ele, chama-o de Frei Antônio, meu Bispo, e o encarrega da formação teológica dos irmãos do Mosteiro.
No capítulo geral da ordem dos franciscanos, ele é enviado a Roma para tratar de assuntos da ordem com o Papa Gregório IX, que fica impressionado com sua inteligência e eloquência e o chama de Arca do Testamento.
Tinha uma força irresistível com as palavras, e São Francisco o nomeou como o primeiro leitor de Teologia da Ordem. Em seguida, mandou-o estudar teologia para ensinar seus alunos e pregar ainda melhor. Juntavam-se as vezes mais de 30 mil pessoas para ouvi-lo pregar, e muitos milagres aconteciam. Após a morte de São Francisco, ele foi enviado a Roma para apresentar ao Papa a Regra da Ordem de São Francisco.
Milagres Santo Antonio
Protetor das coisas perdidas. Protetor dos casamentos. Protetor dos pobres. É o Santo dos milagres. Fez muitos ainda em vida. Durante suas pregações nas praças e igrejas, muitos cegos, surdos, coxos e muitos doentes ficavam curados. Redigiu os Sermões, tratados sobre a quaresma e os evangelhos, que estão impressos em dois grandes volumes de sua obra.
Falecimento
Santo Antônio morreu em Pádua, na Itália, em 13 de junho de 1231, com 36 anos. Por isso ele é conhecido também como Santo Antônio de Pádua. Antes de falecer nas portas de Pádua, Santo Antônio diz: ó Virgem gloriosa que estais acima das estrelas. E completou, estou vendo o meu Senhor. Em seguida, faleceu.
Os meninos da cidade logo saíram a dar a notícia: o Santo morreu. E em Lisboa os sinos das igrejas começaram a repicar sozinhos e só depois o povo soube da morte do Santo. Ele também é chamado de Santo Antônio de Lisboa, por ser sua cidade de origem.
Devoção a Santo Antonio
Aconteceram tantos milagres após sua morte, que onze meses após ele foi beatificado e canonizado. Quando seu corpo foi exumado, sua língua estava intacta. São Boaventura estava presente e disse que esse milagre era a prova de que sua pregação era inspirada por Deus. Está exposta até hoje na Basílica de Santo Antônio na cidade de Pádua.
Sua canonização foi realizada pelo Papa Gregório IX, na catedral de Espoleto, em 30 de maio de 1232, sendo o processo mais rápido da história da Igreja.
Em 1934 foi declarado Padroeiro de Portugal.
Em 1946 foi proclamado Doutor da Igreja pelo Papa Pio XII.
Oração a Santo Antonio
Meu querido Santo Antônio dos mais carinhosos, o vosso ardente amor a Deus, as vossas sublimes virtudes e grande caridade para o próximo vos mereceram durante a vida o poder de fazer milagres espantosos. Nada vos era impossível senão deixar de sentir compaixão pelos que necessitavam da vossa eficaz intercessão. A vós recorremos e vos imploramos que nos obtenhais a graça especial que nesse momento pedimos. Ó bondoso e santo taumaturgo, cujo coração estava sempre cheio de simpatia pelos homens, segredai as nossas preces ao Menino Jesus, que tanto gostava de repousar nos vossos braços. Uma palavra vossa nos obterá as mercês que pedimos.
Responsório de Santo Antônio.
Se milagres desejais
Recorrei a Santo Antônio
Vereis fugir o demônio
E as tentações infernais.
Recupera-se o perdido
Rompe-se a dura prisão
E no auge do furacão
Cede o mar embravecido.
Pela sua intercessão
Foge a peste, o erro a morte
O fraco torna-se forte
E torna-se o enfermo são.
Todos os males humanos
Se moderam e retiram
Digam-no aqueles que o viram
E digam-nos os paduanos.
Rogai por nós Santo Antônio, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 12 de junho de 2024
DIA DE SÃO GASPAR DE BÚFALO - 12 DE JUNHO
DIA DE SÃO GASPAR DE BÚFALO - 12 DE JUNHO
HOMILIA - 12.06.24
HISTORIA DE SÃO GASPAR DE BÚFALO
O Dia de São Gaspar de Búfalo é celebrado em 12 de junho. No entanto, existem alguns calendários litúrgicos que celebram em 28 de dezembro, data da sua morte.
Conhecido como "o anjo da paz", esta data é uma homenagem ao trabalho eucarístico e apostólico de São Gaspar de Búfalo.
Esse sacerdote é descrito como um "terremoto espiritual", um homem pacífico e muito caridoso, sendo essas as principais características que marcavam as suas pregações pela Itália.
Biografia
Gaspar de Búfalo nasceu em 6 de junho de 1786, em Roma, Itália, e, desde cedo, sentiu-se atraído para a vida religiosa. Os tempos, contudo, eram tumultuosos, com a Revolução Francesa e a posterior invasão de Napoleão Bonaparte aos Estados Pontifícios.
Naquele momento, os padres deveriam fazer um juramento de fidelidade ao imperador, e quem não o fizesse seria preso e exilado. Quando chegou a hora de Gaspar de Búfulo, ele recusou com estas palavras: “Não devo, não posso, não quero”. A recusa lhe valeu a prisão e ele só voltaria a Roma em 1815, após a derrota de Bonaparte.
Na "Cidade Eterna", atuava como um pregador da palavra de Deus, e seu trabalho e modo como o executava ajudou a diminuir o banditismo em Roma.
Também é de São Gaspar de Búfalo a fundação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue de Jesus.
O sacerdote faleceu em 1837, sendo canonizadopelo Papa Pio XII, em 12 de junho 1954. Aliás, a celebração do Dia de São Gaspar de Búfalo é uma homenagem à data da sua canonização.
Oração a São Gaspar de Búfalo
Ó S. Gaspar, tu amaste a Igreja perseguida e, para seres fiel a Deus, aceitaste a prisão e o exílio. Pedimos-te que intercedas pela Igreja de hoje e ajuda-nos a saber pregar e viver o Evangelho todos os dias da nossa vida. Aumenta o nosso amor ao Sangue de Jesus Cristo para estarmos também dispostos a arriscarmos as nossas vidas.
Bendizemos e agradecemos ao Pai a tua obra, a fundação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue e o exemplo que nos deixaste. Alcança-nos de Deus ... (dizer a graça que se deseja receber) e fortalece a nossa união com Cristo e a Igreja para alcançarmos a salvação eterna. Amém.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 11 de junho de 2024
DIA DE SÃO BARNABÉ APÓSTOLO - 11 DE JUNHO
DIA DE SÃO BARNABÉ APÓSTOLO - 11 DE JUNHO
HOMILIA - 11.06.24
HISTÓRIA DE SÃO BARNABÉ APÓSTOLO
Padroeiro de Chipre
Origens – primo de São Marcos
São Barnabé foi um dos primeiros cristãos a serem mencionados nominalmente no Novo Testamento, onde seu nome aparece 29 vezes. Sabe-se que seus pais eram judeus gregos de Chipre e que seu nome original era José. Era descendente da tribo de Levi e sobrinho de Maria, mãe de João Marcos, autor do segundo Evangelho (Colossenses 4, 10). Portanto, Barnabé era primo de São Marcos. Sabemos que Marcos era discípulo de Pedro. Esta proximidade com Apóstolos e Evangelistas certamente influenciou sua vida.
Um homem bom
O Evangelista Lucas menciona Barnabé como um “homem bom”. Ele possuía uma área de terras na ilha de Chipre. Porém, depois de sua adesão total a Jesus Cristo, vendeu tudo e entregou o dinheiro aos líderes da Igreja em Jerusalém. Por causa disso, os Apóstolos lhe deram um nome novo: Barnabé. São Lucas, em Atos 4, 36, dá o significado do nome: “Filho da Consolação ou Filho da Exortação”.
Amigo de Paulo e Apóstolo
Algumas fontes dizem que Barnabé e Paulo estudaram juntos em Chipre, na escola do grande Mestre Gamaliel. Quando Paulo voltou a Jerusalém após converter-se, foi Barnabé quem o apresentou aos Apóstolos (Atos 9, 27). Um detalhe do livro dos atos dos Apóstolos 14, 14 muitas vezes passa despercebido: Barnabé é citado antes de Paulo quando a dupla é mencionada. “Barnabé e Paulo”. Ambos são denominados Apóstolos. Esse detalhe mostra a importância de Barnabé no início do cristianismo. Além disso, Barnabé é mencionado entre os setenta e dois discípulos enviados pelo próprio Jesus a pregar pela Palestina.
Profeta e Mestre
São Barnabé é citado como um dos primeiros profetas e mestres atuando na Igreja de Antioquia (Atos 13, 1). Ele foi enviado para lá por ordem dos Apóstolos de Jerusalém, a fim de supervisionar, orientar e conduzir a comunidade cristã mais próspera da região. Porém, o trabalho era tanto, que ele foi buscar seu amigo Paulo, em Tarso, para que este o ajudasse. Os dois trabalharam juntos durante um ano e meio em Antioquia (At 11, 25-26). Depois disso, foram pra Jerusalém levando uma importante ajuda financeira dos cristãos de Antioquia para os irmãos pobres de Jerusalém (At 11, 28-30)
Missionário com São Paulo na primeira viagem missionária
Depois disso, Barnabé e Paulo foram enviados em missão pela Ásia Menor. Estiveram anunciando o Evangelho em Chipre, Panfília, Licaônia e Pisídia (At 13, 14). Em Lídia, os dois passaram por uma experiência inusitada. Por causa do dom da palavra e dos milagres, começaram a ser considerados como dois deuses gregos Hermes (Paulo) e Zeus (Barnabé). Os dois tiveram muito trabalho para convencer a população que não eram “deuses”, mas simplesmente enviados em nome do Único e Verdadeiro Deus. (At 14, 12)
No Concílio de Jerusalém
Barnabé e Paulo estiveram presentes na reunião dos Apóstolos que ficou conhecida como Concílio de Jerusalém (Gálatas 2, 1 e Atos 15, 2). A decisão mais importante tomada neste Concílio, certamente por influência de Barnabé e Paulo, foi a de que os gentios, ou seja, os “não judeus”, conhecidos também como “pagãos”, poderiam abraçar a fé em Jesus Cristo e serem batizados. Assim, a fé em Cristo se espalhou pelo mundo fora do judaísmo. Foi um grandioso passo da Igreja nascente.
Separação de Paulo
Voltando a Antioquia, Paulo convidou Barnabé para empreenderem outra viagem missionária. Barnabé quis levar seu primo Marcos. Paulo, porém, não concordou. Por isso, Barnabé e Paulo se separaram e seguiram rotas geográficas diferentes. Barnabé e Marcos foram anunciar o Evangelho na ilha de Chipre, como vemos em Atos 15. Alguns estudiosos atribuem a São Barnabé a autoria da Carta aos Hebreus. Isso pode ser possível porque o conteúdo é de um bom conhecedor do judaísmo e profundo conhecedor do cristianismo. Este era o caso de São Barnabé.
Morte
Relatos indicam que São Barnabé tenha sido morto em Salamina, Chipre, por judeus. Estes não suportaram o grande sucesso que Barnabé alcançou entre os judeus, prenderam-no e depois apedrejaram-no. Marcos, seu primo evangelista, sepultou o corpo numa caverna. Séculos mais tarde, em 488, suas relíquias foram encontradas e um mosteiro foi construído em sua homenagem em Salamina. Por isso São Barnabé passou a ser venerado como Padroeiro de Chipre.
Oração a São Barnabé
“Santo Apóstolo, Barnabé, que fostes eleito a levar o Evangelho a Antioquia e orientar os neófitos, tendo a cooperação de são Paulo e posteriormente de Marcos em Salamina e em tantos outros lugares, vós que fostes o primeiro bispo de Milão, que morrestes apedrejado por pagãos impiedosos, volvei o vosso olhar a nós e a todos os apóstolos da Igreja, para que servindo ao Evangelho, possam encontrar a fortaleza necessária para nunca se desanimar. Olhai para as pedras que se encontram em nosso caminho, pois elas vos apressaram vosso encontro com Deus: que as nossas nos levem à santidade também, aceitando-as nos sofrimentos, com brandura e paciência. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 10 de junho de 2024
DIA DE SÃO LANDERICO DE PARIS - 10 DE JUNHO
DIA DE SÃO LANDERICO DE PARIS - 10 DE JUNHO
HOMILIA - 10.06.24
HISTÓRIA DE SÃO LANDERICO DE PARIS
São Landerico foi um oficial da chancelaria real de Clovis II, filho de Dagobert. Ele foi eleito bispo na sede episcopal de Paris em meados do século VII, tornando-se o vigésimo oitavo Bispo de Paris.
Não ficou ocioso: entregou-se de coração e sem limites para incorporar a ternura de Deus em um mundo difícil e indiferente. Em seu episcopado, durante uma época de fome, vendeu até seus móveis e vasos sagrados para alimentar os famintos, deixando a memória de uma imensa caridade.
Ele é, sem dúvida, o fundador do Hôtel-Dieu (Albergue de Deus), por volta de 650. De fato, ele dissocia o palácio episcopal e o Hôtel-Dieu, pois o bispado não podia mais acomodar e cuidar de acordo com a tradição, todos aqueles que chegavam lá pedindo ajuda. Ele então criou um edifício dedicado a acolher os doentes e os pobres.
Na ocasião era o único hospital da cidade. Como tal, o edifício atendia a região toda. Em seu início, o Hôtel-Dieu serviu tanto aos doentes como aos pobres, oferecendo comida e abrigo, bem como cuidados médicos. Seguiria essa tradição até o século 17, quando a elite da sociedade começou a criar instalações separadas para os pobres.
Faleceu por volta do ano 657.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 09 de junho de 2024
DIA DE SÃO JOSÉ ANCHIETA, O APÓSTOLO DO BRASIL - 09 DE JUNHO
DIA DE SÃO JOSÉ DE ANCHIETA, O APÓSTOLO DO BRASIL - 09 DE JUNHO
HOMILIA - 09.06.24
HISTÓRIA DE SÃO JOSÉ DE ANCHIETA, O APÓSTOLO DO BRASIL
Apesar de ter nascido na Ilha de Tenerife, no arquipélago das Canárias, na Espanha, a 19 de março de 1534, padre José de Anchieta ficou conhecido como o “Apóstolo do Brasil” por sua atuação no País. Chegou ao Brasil em julho de 1553, com outros seis jesuítas e, em menos de um ano, dominava o tupi com perfeição. Ao longo dos 43 anos em que viveu no Brasil, participou da fundação de escolas, cidades e igrejas.
Anchieta não só trabalhou como catequista, mas também tornou-se dramaturgo, poeta, gramático, linguista e historiador. Vale ressaltar que foi o autor da primeira gramática brasileira.
Em janeiro de 1554, participou da missa de inauguração do Colégio de São Paulo de Piratininga, hoje Pateo do Collegio, local que deu origem à cidade de São Paulo.
Entre as características marcantes da atuação de Anchieta estão a disseminação dos preceitos cristãos utilizando particularidades locais e, assim como os demais jesuítas, a oposição ferrenha aos abusos cometidos pelos colonizadores portugueses contra os indígenas.
Em 1563, com o apoio dos franceses, a tribo dos Tamoios rebelou-se contra a colonização portuguesa. Anchieta e Pe. Manuel da Nóbrega, chefe da primeira missão jesuíta no Brasil, viajaram à aldeia de Iperoig (atual cidade de Ubatuba, litoral norte de São Paulo) visando conter a revolta. Anchieta ofereceu-se como refém, enquanto Manuel da Nóbrega partiu para negociar a paz. Durante o cativeiro, o jesuíta sofreu a tentação da quebra da castidade, uma vez que era costume entre os índios oferecer mulheres aos prisioneiros antes de sua morte. Anchieta fez, então, uma promessa a Nossa Senhora: dedicaria o mais belo poema em sua homenagem se conseguisse sair casto do cativeiro, que durou cinco meses. Com versos escritos na areia, ele deu vida ao Poema à Virgem.
Em 1566, Anchieta foi ordenado sacerdote. Três anos depois, fundou o povoado de Reritiba, atual Anchieta, no Espírito Santo. E, em 1577, foi nomeado Provincial da Companhia de Jesus no Brasil, função que exerceu até 1585. Em 1595, Anchieta retirou-se para Reritiba, onde permaneceu até seu falecimento, aos 63 anos de idade, em 9 de junho de 1597.
A assinatura do decreto de canonização do Apóstolo do Brasil ocorreu 417 anos depois de sua morte, no dia 24 de abril de 2014, pelo papa Francisco, em Roma. No relatório final dos postuladores sobre a vida do jesuíta, um documento de 488 páginas, há o registro de 5.350 histórias de pessoas que alcançaram graças rezando a José de Anchieta.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 08 de junho de 2024
DIA DE SANTO EFRÉM - 08 DE JUNHO
DIA DE SANTO EFRÉM - 08 DE JUNHO
HOMILIA - 08.06.24
HISTÓRIA DE SANTO EFRÉM
Origens
Efrém nasceu na cidade de Nisibi, situada na Turquia, no ano 306. Sua mãe era cristã e seu pai era um sacerdote pagão. Esta divergência familiar sintetiza o mundo em que Efrém viveu sua infância e juventude. Sua mãe era favorável à liberdade religiosa e educou o filho na fé cristã. Seu pai, porém, não aceitava a fé praticada por sua esposa e seu filho.
Tempo de cismas, conflitos e heresias
No tempo da infância e juventude de Efrém, sua região passava por grandes conflitos religiosos e a Igreja enfrentava heresias que poderiam abalar profundamente a unidade da fé. Em meio a tudo isso, Efrem apegou-se a uma profunda devoção a Nossa Senhora e conservou sua fé pura e cristalina em Jesus Cristo.
Intransigência do pai
O pai de Efrém nunca aceitou a fé cristã que sua esposa e seu filho professavam. Ele tentou, de todas as maneiras, convencer o filho deixar a fé cristã. A princípio, com argumentos, depois, através da força e da violência. Porém, não conseguiu. Por isso, expulsou Efrém de casa. Então, aos dezoito anos, Efrém se fez batizar e vivia do trabalho de suas mãos. Seu trabalho era num balneário que existia na região.
Diácono
Efrém cresceu na prática cristã em sua comunidade de fé e sentiu o chamado de Deus para se tornar diácono. E assim ele fez. Tornou-se diácono e colocou seus dons a serviço da comunidade cristã e dos mais necessitados. Em 338, a cidade de Nisibi sofreu uma grande invasão dos persas. Por isso, Efrém mudou-se para Edessa, que também fica na Turquia.
Professor cristão
Efrém vivia uma vida austera e ensinava a austeridade como forma de autodomínio. Em Edessa, ele assumiu a direção de uma escola que adotava a doutrina cristã e seus princípios. Além de dirigir, Efrém também lecionou e escreveu várias obras sobre os princípios cristãos de conduta. A obra de Efrém ficou praticamente isenta de da influência de teólogos de seu tempo porque ele não sabia a língua grega. Isso o deixou isolado das controvérsias sobre a Santíssima Trindade que invadiam a Igreja de seu tempo. Sua fé, expressa em seus escritos, guardou a pureza e a verdade.
Poeta e compositor cristão
Efrém tinha a veia poética e aplicava isso nos seus sermões. Por isso, multidões o procuravam em sua escola. Sua didática era simples, inspiradora e bela. Ela tocava os corações das pessoas mais simples e humildes. Além disso, Efrém, influenciado pelo famoso bispo Santo Ambrósio de Milão e ainda Diodoro de Antioquia, passou a compor cânticos cristãos na língua nativa de sua região. Seus cânticos passaram a ser usados pela comunidade cristã e espalharam rapidamente por toda a região. Efrém usava a arte e a emoção de suas belas melodias para levar as pessoas a Deus e elevar os corações.
Sucesso
Por causa de sua linguagem poética unidas a canções simples e emocionantes, Efrém recebeu o apelido de “Harpa do Espírito Santo”. Compôs mais de vinte canções que se tornaram hinos a Nossa Senhora. A partir da Síria, seus cânticos passaram a ser conhecidos e cantados por todo o Oriente Médio, tendo sido cuidadosamente traduzidos para a língua grega, para que toda a inspiração fosse conservada. Suas canções tocaram o coração de muitos e muitos fiéis ao longo de muitos séculos.
Morte
Santo Efrém faleceu em 9 de junho de 373, na cidade de Edessa, onde dedicou sua vida a Deus. Ele não foi ordenado padre. Sentiu que sua vocação era o diaconato, aquele que se coloca a serviço de todos. Assim, viveu sua vida. Após sua morte, Santo Efrém passou a ser venerado como santo e muitas graças foram atribuídas à sua intercessão. Ele é venerado hoje pelos católicos orientais e ocidentais. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Bento XV em 1920. Na ocasião, o Papa outorgou a ele o título de Doutor da Igreja.
Oração composta por Santo Efrém
“Não me sepulteis com aromas suaves, porque essa honra de nada me serve. Nem useis incensos e perfumes, porque essa honra não me traz benefícios.
Queimai incenso no lugar sagrado; quanto a mim, acompanhai-me somente com vossas orações.
Oferecei vosso incenso a Deus; e enviai hinos para o lugar onde eu estiver. Em vez de perfumes e aromas, lembrai-vos de mim em vossas orações...
Foi decretado que eu não possa me demorar aqui por muito tempo. Dai-me como provisão para a viagem vossas orações, salmos e sacrifícios... Amém.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 08 de junho de 2024
DIA DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA - SÁBADO SEGUINTE AO SEGUNDO DOMINGO DE PENTECOSTES
DIA DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA
IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA
HOMILIA - 08.06.2023
HISTÓRIA DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA
“O Meu coração exulta no senhor, meu Salvador”.
Quando celebramos a festa do Imaculado Coração de Maria; saboreamos a insondável bondade de Deus que desejou amar com um coração humano, um coração da Virgem de Nazaré. Foi no coração Imaculado de Maria, que o Senhor encontrou um espaço transbordante de santidade, beleza e doação total.
O Coração de Maria é fonte de graças e virtudes, devemos contemplá-lo e imitá-lo na entrega total aos desígnios de Deus! Faça-se!
É verdade que de uma forma ou de outra aprendemos a amar, e é sobretudo com os pais e na famlíia, que aprendemos os mais diversos sinais de amor.
Quantas vezes Jesus recostado no colo de sua mãe, adormece com pulsar do coração Imaculado e amoroso de sua mãe.
Maria ao mostrar-nos o seu coração é sobretudo a vida que ela mostra. Ela quer ensinar-nos que o amor repara os pecados, reanima a esperança, leva á vida, une, constrói, perdoa, santifica, defende os pequeninos e liberta os humilhados.
São Lucas nos lembra que era no Coração de Maria que todas as coisas estavam conservadas, ou seja guardadas! As lembranças do Sim, do nascimento, da infância, da juventude e da missâo do filho de Deus, que era seu menino!
A Celebração
Liturgicamente, a festa do Imaculado Coração de Maria deve ser celebrada no sábado seguinte ao segundo domingo de Pentecostes.
Os Santos Padres, místícos da idade média, os teólogos e os ascetas dos séculos seguintes foram todos grandes devotos do Coração de Maria assim como do Coração de Jesus.
Porém foi São João Eudes(1601-1680) o grande promotor do culto litúrgico que se devia tornar em devoção e patrimônio dos fiéis.
Esta festa tornou-se pública de 1648 entrando assim na liturgia comum e a partir daí, muitos bispos autorizaram nas próprias dioceses o culto ao coração de Maria.
Porém, devemos entender que foi sobretudo a partir das aparições da Virgem Maria em Fátima, que a devoção tomou grande impulso, conforme escreveu o Cardeal Cerejeira: “A Missão especial de Fátima é a divulgação no mundo do culto ao Imaculado Coração de Maria.”
No dia 13 de junho, em Fátima, a Senhora apresenta o Coração circundado de espinhos pedindo a reparação e pronunciando estas palavras “Jesus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração.”
...Vistes o inferno, para onde vãos as pobres almas dos pecadores...
-Para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. No dia 4 de Maio de 1944, o Papa Pio XII ordenou que esta festa fosse observada em toda Igreja para obter a intercessão de Maria para: A paz entre as nações, a liberdade para a Igreja, a conversão dos pecadores e o amor pela pureza e pelas virtudes.
Dois anos mais tarde o mesmo Papa Pio XII consagra o genero humano ao Imaculado Coração de Maria.
No dia 25 de março de 1984, portanto há 25 anos atrás, o então Papa João Paulo II realizou na Basílica de São Pedro, acompanhado por uma multidão de mais de 150 mil peregrinos e diante da imagem da Virgem peregrina de Fátima, vinda de Portugal, proferiu a solene consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria em união espiritual com os bispos do mundo inteiro. João Paulo II na ocasião, pediu a Nossa Senhora que livrasse a humanidade da fome, das guerras, e de todos males.
Nas aparições da Virgem Maria á Irmã Lucia, na Espanha ela pede reparação pelas ofensas, rezar pela conversão dos pecadores, confessando, comungando, e recitando o Santo Terço ao longo de cinco meses seguidos e sempre no primeiro sábado do mês.
Nosso Papa Bento XVI, assim nos exorta sobre a devoção: “Vemos que o coração de Maria é visitado pela graça do Pai, é penetrado pela força do Espírito e impulsionado interiormente pelo filho; isto é vemos um coração humano perfeitamente introduzido no dinamismo da Santissima Trindade.”
Que os Corações unidos de Jesus e Maria sejam nossa salvação.
Paz e Bem!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 07 de junho de 2024
DIA DE SANTO ANTÔNIO MARIA GIANELLI - 07 DE JUNHO
DIA DE SANTO ANTÔNIO MARIA GIANELLI - 07 DE JUNHO
HOMILIA - 07.06.24
HISTÓRIA DE SANTO ANTÔNIO MARIA GIANELLI
Nascido no ano da Revolução Francesa, a 12 de abril de 1789, em Cereta, perto de Chiavari, itália, Antônio Maria Gianelli foi, a seu modo, revolucionário. Ingressou no seminário aos 19 anos e foi ordenado padre quatro anos depois. Professor de letras e de retórica, teve entre seus alunos jovens destinados a brilhar no firmamento cristão, como o venerável Frassinetti. Para recepcionar o novo bispo, dom Lambruschini, o professor Gianelli organizou em Gênova um recital intitulado A reforma do seminário, que teve notável repercussão. Eram os anos da Restauração, após o incêndio napoleônico.
De 1826 a 1838 foi arcipreste de Chiavari. Este período, que ele chamará de “má cultivação”, foi marcado por muitas inovações pastorais na sua paróquia e pela criação de várias instituições, como um seminário próprio e a redescoberta da Suma de santo Tomás na pregação teológica e filosófica dos candidatos ao sacerdócio. Sob o nome incomum de Sociedade Econômica, encaminhou uma instituição beneficente cultural e assistencial confiada por padre Gianelli “aos cuidados das Damas da Caridade’’ para a instrução gratuita das meninas pobres. Era o esboço da fundação que nasceria em 1829, das Filhas de Maria, conhecidas ainda como irmãs Gianellinas, destinadas a rápida expansão e a profícuo apostolado na América Latina.
Dois anos antes criara pequena congregação missionária, posta sob o patrocínio de santo Afonso Maria de Ligório para a pregação de missões ao povo e organização do clero. Em 1838 foi eleito bispo de Bobbio; ajudado pelos ligorianos, a sua jovem congregação, que ele reconstituiu com o nome de Oblatos de Santo Afonso, reorganizou o tecido eclesiástico da sua diocese, removendo párocos pouco zelosos e expulsando os indignos. Entre os seus ligorianos existiu também um apóstata, padre Cristovão Bonavino, brilhan-tíssima inteligência, mais conhecido com o pseudônimo de Ausônio Franchi; racionalista e ateu, que voltou depois à genuína fé cristã, abjurando suas obras precedentes com Última crítica, e prestando um testemunho público de devoção a Gianelli, que esteve ao seu lado nos momentos mais agudos de sua crise espiritual. O santo das irmãs, como é chamado na América Latina, onde ainda florescem suas instituições femininas, acabou prematuramente sua vida terrena, na idade de 57 anos, a 7 de junho de 1846. Foi beatificado em 1925 e canonizado por Pio XII a 21 de outubro de 1951.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 07 de junho de 2024
SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS (SEXTA-FEIRA APÓS O SEGUNDO DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES)
SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
(XEXTA-FEIRA APÓS O SEGUNDO DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES)
SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
HISTÓRIA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
O Sagrado Coração de Jesus foi revelado no dia 27 de dezembro de 1673. O próprio Jesus Cristo apareceu a Santa Margarida Maria Alacoque, freira que pertencia a uma Congregação conhecida como Ordem da Visitação. A aparição aconteceu durante uma exposição do Santíssimo Sacramento. Santa Margarida teve a visão de Jesus Cristo mais duas vezes. Nas aparições, o próprio Senhor pediu para que ela divulgasse a devoção a seu Sagrado Coração.
Palavras de Jesus sobre as nove primeiras sextas feiras do mês:
Mostrando o seu Coração transpassado pela espada, Jesus disse a Santa Margarida:
Eis o coração que tanto tem amado os homens e em recompensa não recebe da maior parte deles, senão ingratidões pelas irreverências e sacrilégios, friezas e desprezos que tem por mim nesse sacramento do Amor. E continuou dizendo: Prometo-te pela minha excessiva misericórdia, a todos que comungarem nas primeiras sextas de nove meses consecutivos, a graça da penitência final. Estes não morrerão em minha inimizade, nem sem receberem os sacramentos. O meu Sagrado Coração lhes será refugio seguro nessa última hora.
As primeiras sextas-feiras, devem ser dias de reparação pela frieza, desprezo e sacrilégios, que muitas vezes sofreu na Eucaristia, por parte dos maus cristãos e dos que não acreditam em Jesus Cristo.
Devoção ao Sagrado Coração de Jesus
Nessas aparições Jesus deixou 12 promessas e pediu para que Santa Margarida difundisse essa devoção para o mundo inteiro. Ela foi responsável pelo início da devoção.
A Beata Maria do Divino Coração pediu ao Papa Leão XIII que consagrasse solenemente esta devoção. Em resposta, no dia 11 de junho de 1889 após a publicação de encíclica Annum Sacrum o Papa disse: A devoção ao Sagrado Coração de Jesus é uma forma por excelência de religiosidade. Essa devoção que recomendamos a todos, será muito proveitosa. No Sagrado Coração está o símbolo e a imagem expressa do Amor Infinito de Jesus Cristo, que nos leva a retribuir-lhe esse amor. Sua festa é comemorada na primeira sexta-feira após a festa de Corpus Christi, Corpo de Cristo, na oitava da Páscoa e todo o mês de junho, é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus.
Em todas as Igrejas nas primeiras sextas-feiras, se fazem atos solenes de reparação, para estimular os cristãos e retribuir com amor tantas e tão grandes provas de amor que Jesus fez e faz por toda a humanidade.
Milagres do Sagrado Coração de Jesus
São conhecidos vários milagres no Brasil e no mundo obtidos pela misericórdia do Sagrado Coração de Jesus. Muitos casais passaram a viver em harmonia no lar, filhos foram resgatados de caminhos de perdição, pessoas se converteram, padres e religiosos perseveraram na vocação que Deus lhes deu, doenças foram curadas e infinitas graças foram concedidas. Todos esses milagres do Sagrado Coração de Jesus são obtidos pelas orações fervorosos feitas de acordo com a Vontade de Deus.
As 12 promessas do Sagrado Coração de Jesus
Jesus pediu para que os fiéis participassem da Santa Missa durante as primeiras sextas-feiras em nove meses consecutivos, com uma confissão reparadora e a sagrada comunhão. E fez as doze promessas aos que atendessem ao seu pedido:
1- Dar-lhes-ei todas as graças necessárias ao seu estado de vida.
2- Estabelecerei a paz nas famílias.
3- Abençoarei os lares onde for exposta e honrada a imagem do meu Sagrado Coração.
4- Hei de consolá-los em todas as dificuldades.
5- Serei o seu refugio durante a vida e, em especial, durante a morte.
6- Derramarei bênçãos abundantes sobre seus empreendimentos.
7- Os pecadores encontrarão no meu Sagrado Coração, uma fonte e um oceano sem fim de misericórdia.
8- As almas tíbias (tímidas e vacilantes na fé) tornar-se-ão fervorosas.
9- As almas fervorosas ascenderão rapidamente a um estado de grande perfeição.
10- Darei aos sacerdotes o poder de tocar nos corações mais empedernidos.
11- Aqueles que propagarem esta devoção terão os seus nomes escritos no meu Sagrado Coração, e dele nunca serão apagados.
E a grande promessa:
12- Prometo-vos, no excesso da misericórdia do meu Coração, que o meu Amor Todo Poderoso, concederá a todos aqueles que comungarem na primeira sexta-feira de nove meses seguidos a graça da penitência final; não morrerão no meu desagrado, nem sem receberem os Sacramentos. O meu divino Coração será o seu refúgio de salvação nesse derradeiro momento.
Oração de consagração ao Sagrado Coração de Jesus
Divino Salvador que, perseguido pelos inimigos e ferido no Coração, pela tibieza de seus amigos, vos queixastes a Santa Margarida: Tenho procurado consoladores e não os tenho encontrado.
Aqui estou Senhor para vos consolar. Quero adorar vossa Majestade escondida, quero reparar as ofensas minhas e as dos outros. Quero amar o vosso amor desprezado e abandonado.
Consagro-me inteiramente ao vosso Coração. Sede Vós somente o meu Rei. Ajudai-me Senhor, a difundir nas almas o reino do vosso Coração.
Acendei a chama do vosso amor no coração dos vossos sacerdotes, para que se tornem apóstolos infatigáveis e portadores das bênçãos do vosso divino Coração.
Fazei que compreendam finalmente, a honra e a obrigação que tem de Vos amar, para que unidos entre si com os laços de vossa caridade, glorifiquem todos, o vosso Divino Coração, que é para nós, fonte de vida e salvação.
Divino Coração de JESUS, reinai em meu coração.
Jesus, manso e humilde de coração, fazei nosso coração semelhante ao vosso!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 06 de junho de 2024
DIA DE SÃO NORBERTO - 06 DE JUNHO
DIA DE SÃO NORBERTO - 06 DE JUNHO
HOMILIA - 06.06.24
HISTÓRIA DE SÃO NORBERTO
O Dia de São Norberto é celebrado em 6 de junho.
Esta data homenageia o santo fundador da Ordem dos Premonstratenses, onde os seus membros são popularmente conhecidos como os Monges Brancos, pela cor do hábito que usavam.
História de São Norberto
Norberto nasceu em 1080, em Xanten, numa família nobre e rica da Alemanha. O jovem viveu por muitos anos uma vida mundana, desfrutando unicamente dos prazeres e luxos materiais.
Um dia, no entanto, foi atingido por um raio enquanto cavalgava e, segundo a história, teria visto a sua vida passar diante dos seus olhos. Nesse momento, Norberto soube que tinha uma importante missão na vida e não deveria recusá-la.
Estudou no mosteiro de Sieburgo e ali foi ordenadosacerdote. Promoveu uma intensa reforma no clero e na nobreza que apenas praticavam o cristianismo de forma superficial. Norberto os exortava a buscarem um contato mais profundo com Deus e assim alcançarem a santidade.
Em 1121, na localidade francesa de Prémontré, fundou a ordem religiosa que levaria o seu nome e que se espalharia por toda a Europa. Atualmente, a ordem chama-se Premonstratense, em alusão a cidade onde foi criada.
Norberto ainda seria nomeado arcebispo da cidade de Magdeburgo, atualmente na Alemanha. Seu maior desafio aconteceu após a morte do papa Honório II, em 1130, pois dois religiosos se disseram herdeiros do trono de São Pedro: Inocêncio II e Anacleto II.
Por meio da pregação de Norberto, o rei Lotário (1075-1137), do Sacro-Império Romano Germânico, reconheceu a Inocêncio II como verdadeiro pontífice na Igreja.
Em 6 de junho de 1134, Norberto falece e seria canonizado em 1582. É conhecido como São Norberto de Magdeburgo ou de Xanten.
São Norberto é padroeiro da Boêmia(atualmente uma região da Tchecoslováquia).
Oração a São Norberto
"Ó Deus, que fizestes de São Norberto fiel ministro da vossa Igreja, pela oração e zelo pastoral, concedei-nos por suas preces e méritos, alcançar um dia, com a vossa graça, a realização de tudo o que nos ensinou por palavras e exemplos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!"
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 05 de junho de 2024
DIA DE SÃO BONIFÁCIO - 05 DE JUNHO
DIA DE SÃO BONIFÁCIO - 5 DE JUNHO
HOMILIA - 05.06.24
HISTÓRIA DE SÃO BONIFÁCIO
Origens
Seu nome de batismo era Winfrid. Filho de uma família de nobres ingleses, nasceu em 673, na região de Devonshire, sudoeste da Inglaterra. Seguindo o costume da época, ainda na infância seus pais o levaram para um mosteiro beneditino para que ele recebesse a melhor educação possível, tanto acadêmica quanto religiosa. No mosteiro Winfrid se adaptou bem e quando chegou à juventude percebeu que tinha vocação para a vida religiosa e um desejo ardente de levar o nome de Jesus Cristo aos lugares mais distantes.
Vida religiosa
Quando completou dezenove anos, Winfrid fez seus votos religiosos na abadia beneditina de Exeter, também na Inglaterra. Lá, ele começou sua vida de professor. Lecionou regras monásticas em Exeter e também na abadia de Nurslig. Este tempo como professor o ajudou a descobrir sua vocação missionária, pois exercitou a oratória e a lida com pessoas de origens diferentes, saindo-se muito bem.
Primeira tentativa missionária frustrada
Dom Winfrid sentia em seu coração o desejo de anunciar o Evangelho aos povos germânicos que viviam além do rio Reno. Por isso, fez uma primeira tentativa de chegar à Alemanha para levar a fé cristã. Porém, por causa de divergências políticas entre um duque chamado Radbod, que era pagão, e o rei Carlos Martel, cristão, essa tentativa foi frustrada e ele não conseguiu realizar seu sonho.
Uma luz ilumina seu caminho
No ano 718 Dom Winfrid fez uma peregrinação a Roma. Lá, conseguiu uma audiência com o Papa Gregório I,I e este decidiu apoiar seu intento de evangelização da Alemanha. Na ocasião, o Papa orientou Dom Winfrid a assumir o nome de Bonifácio, em homenagem a um famoso santo e mártir romano. Winfrid obedeceu e partiu para sua grande missão de evangelizar os povos germânicos, que ainda não conheciam Jesus Cristo.
O começo da missão na Alemanha
Em território alemão, Dom Bonifácio chegou primeiramente à Turíngia. Depois, dirigiu-se à Frísia. Nos dois locais suas pregações conquistaram corações que se converteram à fé cristã. Depois disso, ele andou por quase toda a Alemanha levando a Boa Nova de Jesus Cristo e conquistando os corações dos germânicos. Sua missão frutificou e belas comunidades cristãs se firmaram em território alemão.
Bispo de Mains
São Bonifácio voltou a Roma numa segunda peregrinação. O Papa nessa época, já era outro. Porém, ficou muito entusiasmado com o trabalho missionário na Alemanha e nomeou São Bonifácio como bispo de Mains. A partir desse momento, o apostolado de São Bonifácio ganhou nova força. Ele ordenou inúmeros padres e diáconos, fundou vários mosteiros masculinos e femininos, seguindo sua origem beneditina. Dentre esses mosteiros, destaca-se o de Fulda, que se tornou o grande centro da cultura religiosa da Alemanha. Liderou também a construção de várias igrejas e catedrais por todo o país. Para tanto, conseguiu a ajuda de um grande número de monges beneditinos vindos da Inglaterra. Estes ajudavam não só nas construções, mas também na evangelização do povo. Seu trabalho principal, porém, consistia na construção do templo invisível, que é a Igreja de Cristo. Por isso, ele viajou incansavelmente, participou de vários concílios e ajudou na promulgação de leis que tornaram a Alemanha um país melhor.
O Evangelho chega mais longe
Devido ao grande sucesso de sua ação missionária, São Bonifácio estendeu sua missão até a França. Depois, em 754, foi para a Holanda. Lá exerceu também seu frutuoso apostolado, levando milhares de pessoas ao conhecimento de Jesus Cristo.
Morte
São Bonifácio estava na Holanda. No dia 5 de junho de 754, dia de Pentecostes, ele foi celebrar a crisma de um enorme grupo de catecúmenos na cidade de Dokkun. Assim que ele iniciou a santa missa, uma horda de pagãos da Frísia invadiu a Igreja e matou todos os que estavam lá dentro. São Bonifácio recebeu um golpe de espada que partiu ao meio sua cabeça e ele entregou sua alma a Deus. Por isso, São Bonifácio é considerado mártir, pois deu sua vida por causa da fé em Cristo. Mas a semente que ele lançou, ganhou raízes profundas e se firmou para sempre no coração dos povos germânicos. Seus restos mortais foram levados para a igreja do belo mosteiro de Fulda.
Oração a São Bonifácio
“Ó Deus, que destes a São Bonifácio o espírito missionário que o fez deixar seu país para evangelizar os povos germânicos, cumprindo a vossa vontade, dai também a nós a graça de um renovado ardor missionário e a bênção de realizar vosso plano de amor em nossas vidas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo, amém. São Bonifácio, rogai por nós.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 04 de junho de 2024
DIA DE SÃO CRISPIM E SÃO FRANCISCO CARACCIOLO- 04 DE JUNHO
V
DIA DE SÃO CRISPIM E SÃO FRANCISCO CARACCIOLO - 04 DE JUNHO
HOMILIA - 04.06.24
HISTÓRIA DE SÃO CRISPIM, O PRIMEIRO SANTO CANONIZADO PELO PAPA JOÃO PAULO II
Neste dia 4 de junho, lembramos o primeiro santo canonizado pelo Papa João Paulo II: São Crispim, que nasceu em Viterbo, na Itália, em 1668.
Chamado à vida religiosa, recebeu uma formação jesuíta. Porém, acabou entrando para a família franciscana, despertado pela piedade dos noviços. Ocupou cargos de grande simplicidade dentro da comunidade, como a horta, a cozinha, e tantos outros serviços onde ele testemunhava em tudo o amor de Deus.
Falava e vivia a seguinte frase: “Quem ama a Deus com pureza de coração, vive feliz e morre contente”.
Crispim deixou essa marca da pureza e da alegria. Ele viveu tudo com pureza de coração, foi feliz e morreu contente em 1748.
Que nosso caminho seja marcado pelo amor e pela verdadeira alegria.
São Crispim, rogai por nós!
HISTÓRIA DE SÃO FRANCISCO CARACCIOLO
Ascânio Caracciolo era um italiano descendente, por parte de mãe, de santo Tomás de Aquino, portanto, como ele, tinha vínculos com a elite da nobreza. Nasceu próximo de Nápoles, na Vila Santa Maria de Chieti, em 13 de outubro de 1563. A família, muito cristã, preparou-o para a vida de negócios e da política, em meio às festas sociais e aos esportes.
Na adolescência, decidiu pela carreira militar. Mas foi acometido por uma doença rara na pele, parecida com a lepra e incurável também. Quando todos os tratamentos se esgotaram, Ascânio rezou com fervor a Deus, pedindo que ele o curasse e prometendo que, se tal graça fosse concedida, entregaria a sua vida somente a seu serviço. Pouco depois a cura aconteceu.
Cumprindo sua determinação, tinha então vinte e dois anos, foi para Nápoles, onde estudou teologia e ordenou-se sacerdote. Começou seu trabalho junto aos “Padres Brancos da Justiça”, que se dedicavam ao apostolado dos encarcerados, doentes e pobres abandonados.
Entretanto, Deus tinha outros planos para ele. Na organização dos “Padres Brancos” havia um outro sacerdote que tinha exatamente o seu nome: Ascânio Caracciolo, só que era mais velho. Certo dia de 1588, o correio cometeu um erro, entregando uma carta endereçada ao Ascânio mais velho para o mais jovem, no caso ele. A carta fora escrita pelo sacerdote João Agostinho Adorno e por Fabrício Caracciolo, abade de Santa Maria Maior de Nápoles. E ambos se dirigiam ao velho Ascânio Caracciolo para pedir que colaborasse com a fundação de uma nova Ordem, a dos “Clérigos Regulares Menores”, dando alguns detalhes sobre o carisma que desejavam implantar.
O jovem Ascânio percebeu que a nova Ordem vinha ao encontro com o que ele procurava e foi conversar com os dois sacerdotes. Depois, os três se isolaram no mosteiro dos camaldulenses, para rezar, jejuar e pedir a luz do Espírito Santo para a elaboração das Regras. Ao final de quarenta dias, com os regulamentos prontos, Ascânio propôs que fosse incluído um quarto voto, além dos três habituais de pobreza, obediência e castidade: o de não aceitar nenhum posto de hierarquia eclesiástica. O voto foi aceito e incorporado à nova Ordem.
Quando a comunidade contava com doze integrantes, os três foram ao papa Xisto V pedir sua aprovação, concedida no dia 1o de junho de 1588. Um ano depois, Ascânio vestiu o habito dos Clérigos Regulares Menores, tomando o nome de Francisco, em homenagem ao santo de Assis, no qual se espelhava.
Eles pretendiam estabelecer-se em Nápoles, mas o papa sugeriu que fossem para a Espanha, região que carecia de novas Ordens. Porém, ao chegarem em Madri, o rei não permitiu a sua fundação. Voltaram para Nápoles. Nessa ocasião, morreu Adorno, que era o prepósito-geral da Ordem, tarefa que Francisco Caracciolo assumiu com humildade até morrer.
Fiel ao pedido do papa, não desistiu da Espanha, para onde voltou outras vezes. Entre 1595 e 1598, Francisco fundou, em Valadolid, uma casa de religiosos; em Alcalá, um colégio; e, em Madri, um seminário, no qual foi mestre dos noviços. Mais tarde, retornou para a Casa-mãe em Nápoles, que fora transferida para Santa Maria Maior devido ao seu rápido crescimento.
Foram atividades intensas de que seu corpo frágil logo se ressentiu. Adoeceu durante uma visita aos padres do Oratório da cidade de Agnone e morreu, aos quarenta e quatro anos de idade, em 4 de junho de 1608. Canonizado em 1807 pelo papa Pio VII, são Francisco Caracciolo foi consagrado co-padroeiro de Nápoles em 1840.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 03 de junho de 2024
DIA DE SÃO CARLOS LWANGA E COMPANHEIROS MÁRTIRES - 03 DE JUNHO
DIA DE SÃO CARLOS LWANGA E CONPANHEIROS MÁRTIRES - 03 DE JUNHO
HOMILIA - 03.06.24
HISTÓRIA DE SÃO CARLOS LWANGA E COMPANHEIROS MÁRTIRES
Neste dia 03 de junho, celebramos a memória destes grandes mártires que, na África, testemunharam o nome de Jesus. Carlos Lwanga era chefe dos pajens, que serviam na corte do rei Muanga da Uganda.
Acontece que a entrada da evangelização na África sofreu muito pelas invasões dos homens brancos, por isso os missionários tinham que ser homens verdadeiramente de Deus, ou seja, de caridade, pois facilmente eram confundidos como colonizadores. Depois da entrada dos padres que fizeram um lindo trabalho de evangelização, que atingiu Carlos Lwanga e outros, o rei se revoltou e decretou pena de morte para os que rezassem.
Decidido a acabar com a presença cristã em Uganda, o rei Muanga apanhou um pajem de dezessete anos, chamado Dionísio, ensinando religião. De próprio punho, o rei atravessou seu peito com uma lança, deixou-o agonizando por toda a noite, e só permitiu sua decapitação na manhã seguinte. Usou este exemplo para avisar que mandaria matar todos os que rezavam.
São Carlos, depois de muito se preparar junto com seus companheiros, apresentou-se diante do rei com o firme propósito de não negar a fé, por isso foi queimado vivo diante de todos. Seguindo o irmão na fé, nenhum deles renegou, até que, em 1887, o último deles morreu afogado, como parte dos corajosos mártires de Uganda, na África.
São Carlos Lwanga e os 22 mártires de Uganda foram beatificados, em 1920, por Bento XV. Em 1934, São Carlos Lwanga foi declarado “Padroeiro da Juventude Africana”, e, em 1964, o Papa Paulo VI canonizou esse grupo de mártires.
São Carlos Lwanga e companheiros, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 02 de junho de 2024
DIA DOS SANTOS MARCELINO E PEDRO, MÁRTIRES - 02 DE JUNHO
DIA DOS SANTOS MARCELINO E PEDRO, MÁRTIRES - 02 DE JUNHO
HOMILIA - 02.06.24
HISTÓRIA DOS SANTOS MARCELINO E PEDRO, MÁRTIRES
Os santos de hoje foram mártires por causa do amor a Jesus e pertenceram ao clero romano no século IV, quando era grande perseguição contra a Igreja de Cristo por parte do Imperador Diocleciano. Essa página da história da Igreja foi-nos confirmada pelo próprio papa Dâmaso, que na época era um adolescente e testemunhou os acontecimentos. Foi assim que tudo passou.
Na Roma dos tempos terríveis e sangrentos do imperador Diocleciano, padre Marcelino era um dos sacerdotes mais respeitados entre o clero romano. Por meio dele e de Pedro, outro sacerdote, exorcista, muitas conversões ocorreram na capital do império. Como os dois se tornaram conhecidos por todos daquela comunidade, inclusive pelos pagãos, não demorou a serem denunciados como cristãos. Isso porque os mais visados eram os líderes da nova religião e os que se destacavam como exemplo entre a população. Intimados, Marcelino e Pedro foram presos para julgamento. No cárcere, conheceram Artêmio, o diretor da prisão.
Alguns dias depois, notaram que Artêmio andava triste. Conversaram com ele, e o miliciano contou que sua filha Paulinha estava à beira da morte, atacada por convulsões e contorções espantosas, motivadas por um mal misterioso que os médicos não descobriam a causa. Para os dois, aquilo indicava uma possessão demoníaca. Falaram sobre o cristianismo, Deus e o demônio e sobre a libertação dos males pela fé em Jesus Cristo. Mas Artêmio não lhes deu crédito. Até que naquela noite presenciou um milagre que mudou seu destino.
Segundo consta, um anjo libertou Pedro das correntes e ferros e o conduziu à casa de Artêmio. O miliciano, perplexo, apresentou-o à sua esposa, Cândida. Pedro, então, disse ao casal que a cura da filha Paulinha dependeria de suas sinceras conversões. Começou a pregar a Palavra de Cristo e pouco depois os dois se converteram. Paulinha se curou e se converteu também.
Dias depois, Artêmio libertou Marcelino e Pedro, provocando a ira de seus superiores. Os dois foram recapturados e condenados à decapitação. Entrementes, Artêmio, Cândida e Paulinha foram escondidos pelos cristãos, mas eles passaram a evangelizar publicamente, conseguindo muitas conversões. Assim, logo foram localizados e imediatamente executados. Artêmio morreu decapitado, enquanto Cândida e Paulinha foram colocadas vivas dentro de uma vala que foi sendo coberta por pedras até morrerem sufocadas.
Quanto aos santos, o prefeito de Roma ordenou que fossem também decapitados, porém fora da cidade, para que não houvesse comoção popular. Foram levados para um bosque isolado onde lhes cortaram as cabeças. Era o dia 2 de junho de 304.
Os seus corpos ficaram escondidos numa gruta límpida por muito tempo. Depois, foram encontrados por uma rica e pia senhora, de nome Lucila, que desejava dar uma digna e cristã sepultura aos santos de sua devoção. O culto dedicado a eles se espalhou no mundo católico até que o imperador Constantino mandou construir sobre essas sepulturas uma igreja. Outros séculos se passaram e, em 1751, no lugar da igreja, foi erguida a belíssima basílica de São Marcelino e São Pedro, para conservar a memória dos dois santos mártires, a qual existe até hoje.
A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Erasmo e Blandina.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 01 de junho de 2024
DIA DE SÃO JUSTINO - 01 DE JUNHO
DIA DE SÃO JUSTINO - 01 DE JUNHO
HOMILIA - 01.06.24
HISTÓRIA DE SÃO JUSTINO
Filósofo cristão e cristão filósofo, como foi acertadamente definido, Justino (nascido em Flávia Neápolis, na Samaria, Israel, no início do século II) pertence àquela plêiade de pensadores que em cada período da história da Igreja tentaram uma síntese da provisória sabedoria humana e das inalteráveis afirmações da revelação cristã. O itinerário da sua conversão a Cristo passa pela experiência estoica, pitagórica, aristotélica e neoplatônica. Daí o desenlace quase inevitável, ou melhor, providencial e a adesão à verdade integral do cristianismo.
Ele mesmo conta que, insatisfeito com as respostas dadas pelas várias filosofias, retirou-se para um lugar deserto, à beira-mar, para meditar e que um velho, a quem tinha confiado sua desilusão, respondeu-lhe que nenhuma filosofia podia satisfazer o espírito humano, porque a razão sozinha é incapaz de garantir a posse plena da verdade sem o auxílio de Deus.
Foi assim que Justino aos trinta anos descobriu o cristianismo, tornou-se seu propagador e para proclamar ao mundo essa sua descoberta escreveu suas duas Apologias. A primeira delas dedicou-a ao imperador Antonino Pio e ao filho Marco Aurélio, ao Senado e ao povo romano. Escreveu outras obras, pelo menos oito, entre as quais a mais considerável é intitulada Diálogo com Trifão e é relembrada porque abre o caminho à polêmica antijudaica na literatura cristã. Mas as duas Apologias permanecem como o documento mais importante, porque destes escritos aprendemos como era explicado o cristianismo naquela época e como eram celebrados os ritos litúrgicos, em particular a administração do batismo e a celebração do mistério eucarístico. Aqui não há argumentações filosóficas, mas comoventes testemunhos de vida da primitiva comunidade cristã, à qual Justino está feliz de pertencer: “Eu, um deles…”. Tal afirmação podia custar-lhe a vida. De fato Justino pagou com a vida a sua pertença à Igreja.
Por ocasião de sua ida a Roma, foi denunciado por um hipócrita e cínico filósofo, Crescêncio, com quem havia disputado por muito tempo. Também o magistrado que o julgou era filósofo estoico, amigo e confidente de Marco Aurélio. Mas para o magistrado, Justino não passava de simples cristão, igual a seus seis companheiros, entre os quais uma mulher, todos condenados à decapitação pela sua fé em Cristo. Do martírio de são Justino e companheiros se conservam as Atas autênticas.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 31 de maio de 2024
DIA DA VISITAÇÃO DA VIRGEM MARIA - 31 DE MAIO
DIA DA VISITAÇÃO DA VIRGEM MARIA - 31 DE MAIO
HOMILIA - 31.05.24
VISITAÇÃO DA VIRGEM MARIA
Hoje, dia 31 de maio, celebramos a Festa litúrgica da Visitação de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel.
O Anjo anunciara à Virgem Maria coisas misteriosas. Para fortalecer sua fé com um exemplo, anunciou-lhe a maternidade de uma mulher idosa e estéril, como prova de que é possível a Deus tudo o que Ele quer.
Logo depois de ser avisada pelo anjo Gabriel de que sua prima Isabel, apesar da idade avançada, esperava um filho, Maria dirigiu-se à cidadezinha onde residia a futura mãe de São João Batista. Tal viagem, de cerca de cem quilômetros através de região montanhosa, não estava isenta de fadigas e perigos, porém a Virgem Santíssima caminhava alegremente, não apenas pelo desejo de auxiliar a parenta, mas também porque sabia que tinha dentro de suas entranhas o Filho de Deus, o Salvador do Mundo.
Trazendo Jesus em seu seio, ela ia levar a graça à família do sumo sacerdote Zacarias, tornando-se, assim, desde então, por vontade de Deus, a medianeira de todas as graças.
No primeiro instante em que Maria saudou a prima, Santa Isabel cheia do Espírito Santo, respondeu-lhe: –“Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” e, ao sentir o filho exultando em seu seio, continuou: –“De onde me vem a honra de receber a visita da Mãe do Meu Senhor?” Então, Maria não sabendo mais conter alegria que transbordava em seu coração desde a Anunciação, respondeu-lhe com as belíssimas palavras do “Magnificat”:“Minha alma glorifica o Senhor e meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador”, profetizando em seguida que todas as gerações a chamariam de Bem-aventurada. Maria passou cerca de três meses na casa de sua prima auxiliando-a em todos os serviços.
Nossa Senhora, neste dia, quer também nos visitar. Quer estar junto de nós, nos ajudando em tudo o que necessitamos. Ela entra como Mãe amorosa que é, vê nossas aflições e angústias, nossas alegrias e conquistas.
Não permitamos, porém, que Ela seja somente mais uma visita, mas sim nossa Mãe. Ela deseja permanecer em nossa casa, participar da nossa família. Se atualiza, hoje, o que Jesus nos disse no alto da cruz ao olhar sua Mãe e o discípulo João: “Mulher, eis o teu filho! Depois disse ao discípulo: “Eis a tua Mãe” diz-nos as escrituras que “A partir daquela hora, o discípulo a acolheu no que era seu.” (Jo,9.26-27)
Que possamos acolher a visita da Mãe, pois tudo muda com Sua presença. A tristeza dá lugar à alegria, como aconteceu com Isabel, que, ao receber a visita de Nossa Senhora, ficou cheia do Espírito Santo, assim como a criança em seu ventre.
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 30 de maio de 2024
DIA DE SANTA JOANA D*ARC - 30 DE MAIO
DIA DE SANTA JOANA D'ARC - 30 DE MAIO
HOMILIA - 30.05.24
HISTÓRIA DE SANTA JOANA D'ARC
Origens
Joana nasceu em 1412, no vilarejo de Domrémy, pertencente ao Ducado de Lorena, na França. Filha de camponeses trabalhadores e honrados, ela viveu ali sua infância, como qualquer outra menina de sua idade. Ocupava-se de trabalhos domésticos e, às vezes, pastoreava rebanhos de ovelhas do pai.
Chamada desde criança
Desde a infância, Joana demonstrava uma piedade singular. Sentia-se atraída à contemplação, gostava de subir a lugares elevados para contemplar o panorama. Gostava muito de participar das celebrações na igreja e teve grande interesse em aprender o catecismo e a doutrina católica.
Um anjo guiando nos caminhos de Deus
Aos treze anos, Joana começou a ouvir uma voz, que lhe orientava no caminho de Deus. Veja como ela mesma narrou esses fatos com muita simplicidade: "Quando eu tinha mais ou menos 13 anos, ouvi a voz de Deus que veio ajudar-me a me governar. Eu ouvi a voz do lado direito, quando ia para a Igreja. Depois que ouvi essa voz três vezes, percebi que era a voz de um anjo. Ela me ensinou a me conduzir bem e a frequentar a igreja". Há um detalhe muito importante nessa fala: segundo ela mesma afirma, a voz veio para ajudá-la a governar a si mesma, ou seja, o anjo de Deus ensina a adolescente Joana a ter autodomínio, um fruto do Espírito Santo. Mais tarde, ela descobriu que era São Miguel Arcanjo quem falava com ela e que ela deveria partir em socorro do rei da França.
A França em grande sofrimento
Há setenta e cinco anos, a França sofria demasiadamente vivendo a chamada “Guerra dos cem anos”. Tal guerra se dava contra a Inglaterra. A França, então, um dos grandes países católicos, sofria a tentativa de invasão por parte dos ingleses desde 1337. A França, por sua vez, vinha dividida por discórdias internas e queda na moral e na religião. Em 1420. o rei francês perdeu o trono para o rei inglês, e a França corria o risco de deixar de existir como país.
A hora de Santa Joana D’Arc
Ao completar 17 anos, a voz vinda do céu avisou a Joana que sua hora de agir tinha chegado. Então, ela saiu da casa de seus pais e conseguiu convencer um Capitão francês chamado Roberto de Baudricourt a levá-la até o rei “não empossado” da França, Carlos VII, que estava em Chinon. Joana dizia ser da vontade de Deus que Carlos recebesse a coroa e que ela, Joana, tinha sido chamada para liderar os exércitos da França na expulsão dos ingleses.
Comprovação na corte real
Depois de superar grandes dificuldades, Santa Joana chegou à corte real. Era o dia 6 de março de 1429. Para testar a veracidade do que ouvira dizer sobre Joana, o rei disfarçou-se na sala e colocou um falso rei no trono. Quando Santa Joana foi apresentada ao falso rei, não deu a ele nenhuma importância. Imediatamente, passou a procurar entre os presentes no recinto até encontrar Carlos, que estava se escondendo em um canto. Fixando nele o olhar, fez-lhe a devida reverência e disse: "Muito nobre senhor Delfim (rei), aqui estou. Fui enviada por Deus para trazer socorro a vós e vosso reino". Todos os presentes ficaram assombrados e aclamaram calorosamente a jovem e santa Joana.
À frente dos exércitos
Depois de ouvir atentamente a Joana, Carlos VII colocou os exércitos franceses à disposição dela. E ela partiu liderando os guerreiros para as batalhas decisivas. A presença de Santa Joana, virgem, cheia de inocência, sabedoria e força, impunha grande respeito e dava novo ânimo aos soldados. Como medida de união, ela proibiu a bebida alcoólica e os jogos entre os soldados. Além disso, convenceu os soldados a se confessarem e comungarem para enfrentar os ingleses com o poder de Deus.
Grandes vitórias
Os conselhos de guerra de Santa Joana nunca falharam, deixando grandes generais cheios de admiração. Sob sua liderança, os exércitos franceses acumularam vitórias importantíssimas. Em meio às batalhas, ela sempre portava um estandarte com a imagem de Cristo e os nomes: Jesus e Maria. Graças a Santa Joana D’Arc o ideal de unificação renasceu na França, bem como a esperança de reconquistar o que tinha sido perdido para os ingleses. Por isso, o povo não se cansava de manifestar gratidão e apoio a Santa Joana.
O rei francês é coroado
Graças à liderança de Santa Joana D’Arc, Carlos foi coroado em 17 de julho de 1429. Ela estava lá, a seu lado, portando seu estandarte. Embora alguns territórios estivessem ainda sob o domínio inglês, o reino da França tinha sido restaurado graças a Santa Joana D’Arc.
Ingratidão
Carlos VII, sentindo-se firme e poderoso no trono, esqueceu-se da gratidão que devia a Santa Joana D’Arc e abandonou-a. Ela, por sua vez, continuou a luta, por amor a seu país e para ver seu povo livre dos sofrimentos impostos pelos ingleses. Assim, na tentativa de salvar a cidade de Compiègne da mão dos ingleses, ela acabou presa e levada a um falso tribunal de Inquisição, chefiado por um bispo corrupto, que recebera grande soma para condenar a Santa. Assim, apesar da defesa feita assombrosa pela própria Joana, inspirada por Deus, sem um defensor do Estado a que tinha direito, ela foi condenada por bruxaria e heresia.
Morte
Assim, Santa Joana D’Arc recebeu a pena de ser queimada em praça pública. Aconteceu no dia 30 de maio de 1431, quando ela tinha apenas dezenove anos. Amarrada, no meio das chamas, com os olhos fixos em seu crucifixo, ela entregou sua vida sem esmorecer, cumprindo sua missão e afirmando crer naquela voz do anjo que guiou seus passos e libertou a França através dela.
Oração a Santa Joana D’Arc
“Ó Deus, que nos alegrais com a comemoração de Santa Joana d'Arc, concedei que sejamos ajudados pelos seus méritos e iluminados pelos seus exemplos de castidade e fortaleza. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Amém.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 29 de maio de 2024
DIA DE SÃO MAXIMINO - 29 DE MAIO
DIA DE SÃO MAXIMINO - 29 DE MAIO
HOMILIA - 29.05.24
HISTÓRIA DE SÃO MAXIMINO
São Jerônimo coloca são Maximino entre os homens ilustres de seu tempo e o define como “um dos bispos mais corajosos”.
Conforme a lenda, durante uma viagem a Roma, Maximino teria sido atacado por um urso, que devorou o jumento em cuja garupa levava as bagagens. O santo — que assistira, impávido, a essa trágica cena —, em seguida, teria obrigado o urso a transportar os pesados fardos.
Lendas como essa leem-se em Vida de São Maximino, escrita no século VIII, por um monge anônimo do mosteiro de Tréveris, na Renânia, onde o santo deste dia foi bispo, vindo a ocupar a sede que fora de santo Agrício, seu mestre.
Nasceu em Silly, perto de Poitiers, na Aquitânia, França; era irmão de são Maxêncio, bispo de Poitiers.
O urso — contra o qual o santo bispo de Tréveris teve de lutar, metaforicamente falando — era Constâncio, imperador ariano de Constantinopla, que mandara ao exílio os dois grandes campeões da ortodoxia, Santo Atanásio, de Alexandria, e São Paulo, de Constantinopla. Em tais circunstâncias, mostrou-se corajoso, oferecendo não só hospitalidade e apoio aos dois exilados, como também se empenhou com êxito com o próprio imperador que, por fim cedeu, permitindo que os dois bispos voltassem às suas respectivas dioceses.
Maximino morreu longe da própria sede, provavelmente durante uma estada em sua terra natal. São Paulino, seu sucessor, fez trasladar seu corpo da Aquitânia para a basílica de São João, a qual mais tarde recebeu o nome de São Maximino.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 28 de maio de 2024
DIA DE SÃO GERMANO DE PARIS - 28 DE MAIO
DIA DE SÃO GERMANO DE PARIS - 28 DE MAIO
HOMILIA - 28.05.24
HISTÓRIA DE SÃO GERMANO DE PARIS
Nascer e prosseguir vivendo não foram tarefas fáceis para Germano. Ele veio ao mundo na cidade de Autun, França, no ano 496. Diz a tradição que sua mãe não o desejava, por isso tentou abortá-lo, mas não conseguiu. Quando o menino atingiu a infância, ela atentou novamente contra a vida dele, tentando envenená-lo. Também foi em vão.
Acredita-se que ele pertencia a uma família burguesa e rica, pois, depois disso, foi criado por um primo, bem mais velho, ermitão, chamado Escapilão, que o fez prosseguir os estudos em Avalon. Germano, com certeza, viveu como ermitão durante quinze anos, ao lado desse parente, em Lazy, aprendendo a doutrina de Cristo.
Decorrido esse tempo, em 531, ele foi chamado pelo bispo de Autun para trabalhar ao seu lado, sendo ordenado diácono e, três anos depois, sacerdote. Quando o bispo morreu, seu sucessor entregou a direção do mosteiro de São Sinforiano a Germano que, pela decadência ali reinante, o supervisionava com certa dificuldade. Acabou deixando o posto por intrigas e pela austeridade que desejava impor às regras da comunidade.
Foi, então, para Paris, onde, pelos seus dons, principalmente o do conselho, ganhou a estima do rei Childeberto, que apreciava a sua sensatez. Em 536, o rei o convidou a ocupar o bispado de Paris, e Germano aceitou, exercendo grande influência na corte merovíngia. Nessa época, o rei Childeberto ficou gravemente enfermo, sendo curado com as orações do bispo Germano. Como agradecimento, mandou construir uma grande igreja e, bem próximo, um grande convento, que mais tarde se tornou o famoso Seminário de Paris, centro avançado de estudo eclesiástico e de vida monástica.
Germano participou, ainda, de alguns importantes acontecimentos da Igreja da França: do Concilio de Tours, em 567, e dos Concílios de Paris, inclusive o de 573, e a consagração do bispo Félix de Bourges em 570.
Entrementes, não eram apenas os nobres que o respeitavam, ele era amado pelo povo pobre da diocese. Germano era pródigo em caridade e esmolas, dedicando ao seu rebanho um amor incondicional. Frequentemente, era visto apenas com sua túnica, pois o restante das roupas vestira um pobre; ficava feliz por sentir frio, mas tendo a certeza de que o pobre estava aquecido. Quando nada mais lhe restava, permanecia sentado, triste e inquieto, com fisionomia mais grave e conversação mais severa.
Assim viveu o bispo Germano de Paris, até morrer no dia 28 de maio de 576. Logo os milagres e graças começaram a acontecer e o seu culto foi autorizado pela Igreja, mantendo a data de sua morte para a celebração. Suas relíquias se encontram na majestosa igreja de São Germano de Paris, uma das mais belas construções da cidade.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 27 de maio de 2024
DIA DE SANTO AGOSTINHO DE CANTUÁRIA - 27 DE MAIO
DIA DE SANTO AGOSTINHO DE CANTUÁRIA - 27 DE MAIO
HOMILIA - 27.05.24
HISTÓRIA DE SANTO AGOSTINHO DE CANTUÁRIA
Um século após São Patrício ter convertido os irlandeses ao catolicismo, a atuação de Agostinho foi tão importante para a Inglaterra que modificou as estruturas da região da mesma forma que seu antecessor o fizera. No final do século VI, o cristianismo já tinha chegado à poderosa ilha havia dois séculos, mas a invasão dos bárbaros saxões da Alemanha atrasou sua propagação e quase destruiu totalmente o que fora implantado.
Pouco se sabe a respeito da vida de Agostinho antes de ser enviado à Grã-Bretanha. Ele nasceu em Roma, Itália. Era um monge beneditino do mosteiro de Santo André, fundado pelo papa Gregório Magno naquela cidade. E foi justamente esse célebre papa que ordenou o envio de missionários às ilhas britânicas.
Em 597, para lá partiram quarenta monges, todos beneditinos, sob a direção do monge Agostinho. Mas antes ele quis viajar à França, onde se inteirou das dificuldades que a missão poderia encontrar, pedindo informações aos vários bispos que evangelizaram nas ilhas e agora se encontravam naquela região da Europa. Todos desaconselharam a continuidade da missão. Mas, tendo recebido do papa Gregório Magno a informação de que a época era propícia apesar dos perigos, pois o rei de Kent, Etelberto havia desposado a princesa católica Berta, filha do rei de Paris, ele resolveu, corajosamente, enfrentar os riscos.
A chegada foi triunfante. Assim que desembarcaram, os monges seguiram em procissão ao castelo do rei, tendo a cruz à sua frente e entoando pausadamente cânticos sagrados. Agostinho, com a ajuda de um intérprete, colocou ao rei as verdades cristãs e pediu permissão para pregá-las em seus domínios. Impressionado com a coragem e a sinceridade do religioso, o rei, apesar de todas as expectativas em contrário, deu a permissão imediatamente.
No Natal de 597, mais de dez mil pessoas já tinham recebido o batismo. Entre elas, toda a nobreza da corte, precedida pelo próprio rei Etelberto. Com esse resultado surpreendente, Agostinho foi nomeado arcebispo da Cantuária, primeira diocese fundada por ele.
A notícia chegou ao papa Gregório Magno, que, com alegria, enviou mais missionários à Inglaterra. Assim, Agostinho prosseguiu e ampliou o trabalho de evangelização, fundando as dioceses de Londres e de Rochester. Não conseguiu a conversão de toda a ilha porque a Inglaterra era dividida entre vários reinos rivais, mas as sementes que plantou se desenvolveram no decorrer dos séculos.
Agostinho morreu no dia 25 de maio de 604. O corpo de Agostinho foi originalmente sepultado no pórtico do que hoje é a Abadia de Santo Agostinho, em Cantuária, mas foi posteriormente exumado e recolocado num túmulo dentro da igreja da abadia, que se tornou um local de peregrinação e veneração. Após a conquista normanda, o culto de Agostinho passou a ser ativamente promovido e o seu santuário passou a ter uma posição central entre as capelas laterais, ladeado por santuários de seus sucessores, Lourenço e Melito. O rei Henrique I da Inglaterra concedeu à abadia uma feira de seis dias a ser celebrada na época em que as relíquias foram transladadas para o seu novo santuário, de 8 a 13 de setembro, anualmente.
O Martirológio Romano indica a festa litúrgica de santo Agostinho da Cantuária no dia 27 de maio.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 26 de maio de 2024
DIA DE SÃO FELIPE NÉRI - 26 DE MAIO
DIA DE SÃO FELIPE NÉRI - 26 DE MAIO
HOMILIA - 26.05.24
HISTÓRIA DE SÃO FELIPE NÉRI
Nascido em Florença, Itália, em 21 de julho de 1515, Felipe Néri pertencia a uma família rica. Junto com a irmã Elisabete, foi educado pela madrasta. Felipe surpreendia pela alegria, bondade, lealdade e inteligência. Cresceu na sua terra natal, estudando e trabalhando com o pai, sem demonstrar vocação para vida religiosa, mesmo frequentando regularmente a igreja.
Em 1535, aceitou o convite para ser o tutor dos filhos de uma nobre e rica família, estabelecida em Roma. Nessa cidade, foi estudar Filosofia e Teologia com os agostinianos. No tempo livre, praticava a caridade junto aos pobres e necessitados, atividade que exercia com muito entusiasmo e alegria, principalmente com os pequenos órfãos de filiação ou de moral.
Somente aos trinta e seis anos de idade, ele se consagrou sacerdote, sendo designado para a igreja de São Jerônimo da Caridade. Tão grande era sua consciência dos problemas da comunidade que formou um grupo de religiosos e leigos para discutir os problemas, rezar, cantar e estudar o Evangelho.
Viveu até o dia 26 de maio de 1595. São Felipe Néri é chamado até hoje de Santo da alegria e da caridade. Felipe se preocupou com a integração das minorias e a educação dos meninos de rua. Com bom humor, ele dizia aos que reclamavam do barulho das crianças: “Contanto que os meninos não pratiquem o mal, eu ficaria contente até se eles me quebrassem paus na cabeça”.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
REFLEXÃO
A alegria é a grande virtude dos santos. Uma alegria serena e confiante no amor do Cristo Ressuscitado. Ser alegre não significa dar risadas o dia todo, mas conservar o semblante calmo e tranquilo. A tristeza enfraquece o coração e provoca desânimo. Peçamos ao bom Deus que nos alimente sempre com a virtude cristã da alegria.
ORAÇÃO
Ó Pai, pela vossa misericórdia São Felipe Néri anunciou as insondáveis riquezas de Cristo. Concedei-nos, por sua intercessão, crescer no vosso conhecimento e viver na vossa presença segundo o Evangelho, frutificando em boas obras. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 25 de maio de 2024
DIA DE SÃO BEDA, O VENERÁVEL - 25 DE MAIO
DIA DE SÃO BEDA, O VENERÁVEL - 25 DE MAIO
HOMILIA - 25.05.24
HISTÓRIA DE SÃO BEDA, O VENERÁVEL
O Dia de São Beda, o Venerável comemora-se a 25 de maio.
Conhecido como Venerável Beda, esse bispo e Doutor da Igreja foi autor da “Histórica Eclesiástica do Povo Inglês”, que o eternizou como o “Pai da História Inglesa”.
Esse monge inglês, proclamado Doutor da Igreja pelo Papa Leão XIII (único Santo inglês com esse título), foi também um tradutor e um linguista exímio, levando à divulgação e ao desenvolvimento do Cristianismo na Grã-Bretanha, mesmo passando quase toda a vida em mosteiros e recusando convites para altos cargos no clero. Estudo, oração e escrita eram os verbos que resumiam a vida e o trabalho de Beda, o Venerável.
São Beda morreu a 25 de maio de 735 em Jarrow, Inglaterra. É o padroeiro dos escritores ingleses, dos historiadores e dos contemplativos.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 24 de maio de 2024
DIA DE SÃO VICENTE DE LÉRINS - 24 DE MAIO
24 DE MAIO, DIA E DE SÃO VICENTE DE LÉRINS
HOMILIA - 24.10.24
HOSTÓRIA DE SÃO VICENTE DE LÉRINS
As notícias que temos sobre o religioso Vicente são poucas. Ele viveu no mosteiro de Lérins, França, onde foi ordenado sacerdote no século V. Os dados sobre sua vida antes desse período também não são muitos. Tudo indica que ele era um soldado do exército romano e que sua origem seria o norte da França, hoje território da Bélgica.
Alguns registros encontrados em Lérins, escritos por ele mesmo, induzem a crer que seu irmão seria o bispo de Troyes. E ele decidira abandonar a vida desregrada e combativa do exército para "espantar a banalidade e a soberba de sua vida e para dedicar-se somente a Deus na humildade cristã". Vicente, então, optou pela vida monástica e nela despontou como teólogo e escritor famoso, grande reformador do mosteiro de Lérins.
Ingressou nesse mosteiro, fundado por santo Honorato, na ilha francesa localizada defronte a Cannes, já em idade avançada. Ali se ordenou sacerdote e foi eleito abade, pela retidão de caráter e austeridade de vida religiosa.
Transformou o local num florescente centro de cultura e de espiritualidade, verdadeiro celeiro de bispos e santos para a Igreja. Em 434, escreveu sua obra mais famosa, o "Comnitorium", também conhecido como "manual de advertência aos hereges". Mais tarde, são Roberto Belarmino definiu essa obra como "um livro de ouro", porque estabelece alguns critérios básicos para viver integralmente a mensagem evangélica.
Profundo conhecedor das Sagradas Escrituras e dotado de uma grande cultura humanística, os seus escritos são notáveis pelo vigor e estilo apurado, e pela clareza e precisão de pensamento. As obras possuem grande relevância contra a doutrina herética, e outros textos cristológicos e trinitários. Sua obra, em especial a "Advertência aos hereges" teve uma grande difusão e repercussão, atingindo os nossos dias.
Enaltecido pelos católicos e protestantes, porque traz toda a doutrina dos Padres analisadas nas fontes da fé cristã e todos os critérios da doutrina ortodoxa, Vicente era um grande polemista, respeitado até mesmo por são Jerônimo, futuro doutor da Igreja, seu contemporâneo. Os dois travaram grandes debates através de uma rica corresponderia, trazendo luz sobre muitas divergências doutrinais.
Vicente de Lérins teve seu reconhecimento exaltado pelo próprio antagonista, que fez questão de incluí-lo num capítulo da sua famosa obra "Homens ilustres". Morreu no mosteiro no ano 450. A Igreja católica dedica o dia 24 de maio a são Vicente de Lérins, celebrado na mesma data também no Oriente.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 23 de maio de 2024
DIA DE SÃO JOÃO BATISTA DE ROSSI - 23 DE MAIO
DIA DE SÃO JOÃO BATISTA DE ROSSI - 23 DE MAIO
HOMILIA - 23.05.24
HISTÓRIA DE SÃO JOÃO BATISTA DE ROSSI
Origens
João Batista de Rossi nasceu em Voltagio, que fica na província de Gênova, Itália, em 22 de fevereiro de 1698. Com apenas dez anos, foi trabalhar em Gênova, como pajem, na casa de uma família muito rica. Ali, conseguia se manter e estudar. Depois de três anos, mudou-se em definitivo para a capital, Roma.
Capacidades
Em Roma, foi morar na casa de um primo padre e estudar no Colégio Romano dos Jesuítas. Lá, conseguiu o doutorado em filosofia. Conviveu ali com os mais preparados religiosos de sua geração. Depois disso, concluiu o curso de teologia com os frades dominicanos de Minerva. Juntamente a esse esforço acadêmico, João Batista exercia uma extenuante missão evangelizadora. Ajudava, especialmente, os jovens, os pobres e os abandonados.
Epilepsia
Acredita-se que, por causa dessa atividade intensa, João Batista atingiu um esgotamento físico e mental tão grande, que começou a ter crises epiléticas e, depois, uma doença grave nos olhos. Desses males ele não mais se recuperou, tendo que conviver com isso por toda a sua vida. Mesmo assim, não abandonou a prática da penitência. Alimentava-se pouco. Isso ajudou a enfraquecer ainda mais o seu já frágil corpo. Seu espírito, porém, estava sempre forte e pronto para o amor cristão.
Padre e fundador
Em 1721 São João Batista de Rossi recebeu a ordenação sacerdotal. Uma vez padre, fundou a Pia União de Sacerdotes Seculares. Ele mesmo dirigiu essa obra por alguns anos, empregando ali a experiência que adquiriu anteriormente dirigindo grupos de estudantes. No seminário fundado por ele, até 1935, estudaram grandes personalidades do clero de Roma. Alguns desses foram canonizados. Outros foram eleitos bispos e Papas.
Obras para moços e moças
São João Batista de Rossi, no entanto, ainda não estava satisfeito. Queria obras mais abrangentes. Por isso, fundou a Casa de Santa Gala, para moços necessitados e, depois, a Casa de São Luiz Gonzaga, destinada a atender moças carentes. São Luiz Gonzaga era o santo de sua devoção e exemplo de vida que buscava seguir na sua missão apostólica.
Dons carismáticos
São João Batista de Rossi dedicava grande parte de seu ministério sacerdotal aos mais pobres, aos doentes, aos presidiários e aos pecadores. Em favor desses, manifestava o dom do conselho. Era sempre atencioso e cheio de paciência para com todos. Por isso, formavam grandes filas para se aconselharem e se confessarem com ele. Tinha também os dons da consolação, da exortação e da orientação. Assim, o povo da região o procurava mais e mais. São João Batista de Rossi era sempre incansável. Agia e dirigia suas obras sempre com delicadeza e firmeza, fervor e espiritualidade forte.
Morte
São João Batista de Rossi faleceu em 23 de maio de 1764. Tinha, então, sessenta e seis anos quando a doença o abateu. Pobre, não tinha dinheiro para pagar seus funerais. Esses foram pagos pelos devotos que o amavam e eram eternamente gratos a ele. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Leão XIII no ano 1881.
Oração a João Batista de Rossi
“São João Batista de Rossi que fostes chamado a tão sublime missão do sacerdócio e que tivestes a graça de servir a Deus nos irmãos mais abandonados, obtende de Deus a nosso favor, esse amor, essa fortaleza de espírito, esta perseverança principalmente aos futuros sacerdotes e a todo o clero para que apenas a presença de cada um deles possa ser o primeiro passo para a conversão dos povos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 22 de maio de 2024
DIA DE SANTA RITA DE CÁSSIA - 22 DE MAIO
DIA DE SANTA RITA DE CÁSSIA - 22 DE MAIO
HOMILIA - 22.05.24
HISTÓRIA DE SANTA RITA DE CÁSSIA
Santa Rita de Cássia era filha única. Nasceu em maio do ano de 1381, nas montanhas em Roccaporena, perto de Cássia, região da Umbria, Itália. Era filha de Antônio Mancini e Amata Ferri, casal de muita oração e do qual todos gostavam. Não sabiam ler nem escrever, mas ensinaram à filha tudo sobre a fé em Jesus e Nossa Senhora. Eles contavam a ela também histórias de vida de muitos santos e santas, o que muito contribuiu para sua formação.
Vida de Santa Rita de Cássia
Santa Rita de Cássia queria ser religiosa, mas seus pais escolheram para ela um marido, como era costume na época. O marido escolhido foi Paolo Ferdinando. Não foi uma boa escolha, pois Paolo era um infiel no matrimônio e tinha o hábito de beber demais. Por causa dele, Santa Rita sofreu por 18 anos, período em que foi casada. O casal teve dois filhos. Durante o tempo de casada, Rita demonstrou muita paciência e resignação por tudo que sofreu.
Mesmo sofrendo, ela nunca deixou de rezar pela conversão dele. Por fim, a mansidão e o amor de Rita transformaram aquele homem rude e bruto. Paolo se converteu e mudou sua vida conjugal de tal forma que as amigas de Rita e as mulheres da cidade vinham aconselhar-se com ela.
Paolo, embora verdadeiramente convertido, tinha deixado um rastro de violência e rixas entre alguns grupos da cidade. Assim, um dia, ele saiu para trabalhar e não voltou para casa. Santa Rita de Cássia teve a certeza de que algo horrível tinha acontecido.
No dia seguinte ele foi encontrado morto. Tinha sido assassinado. Seus dois filhos, que já eram jovens, juraram vingar a morte do pai. Santa Rita, então, pediu a Deus que não deixasse eles cometerem esse pecado mortal. Logo, os dois ficaram muito doentes, de forma incurável. Antes que eles morressem, porém, Santa Rita ajudou os dois a se converterem, ao amor de Deus e ao perdão. A graça foi tão grande que os dois conseguiram perdoar o assassino do pai, e morreram.
Parece estranho, mas a morte dos dois filhos de Santa Rita quebrou uma corrente de ódio e vingança que poderia durar anos, causando muito mais sofrimentos e mortes. Depois disso, Santa Rita de Cássia teve a certeza em seu coração de que os três estavam juntos no céu. Assim, tudo tinha valido a pena.
Deus coloca Santa Rita de Cássia no convento
Santa Rita, estando sozinha na vida, quis entrar para o convento das irmãs Agostinianas, obedecendo ao chamado que sentia desde menina. As irmãs, porém, estavam em duvida sobre sua vocação, visto que tinha sido casada, o marido fora assassinado e os dois filhos morreram de peste. Por tudo isso, elas não queriam aceitar Rita no convento.
Então, numa noite, Santa Rita dormia, quando ouviu uma voz chamando: Rita. Rita. Rita.
Ela abriu a porta e estavam ali, São Francisco, São Nicolau e São João Batista. Eles pediram que ela os seguisse e depois de andarem pelas ruas, os santos desapareceram e Rita sentiu um suave empurrão. Ela caiu em êxtase e, quando voltou a si, estava dentro do mosteiro, estando este com as portas trancadas. Então as freiras não lhe puderam negar a entrada. Rita viveu ali por quarenta anos.
Milagres de Santa Rita de Cássia
Em dúvida se vocação de Rita era verdadeira, a superiora mandou-a regar um pedaço de madeira seca que estava no jardim do convento. Ela deveria fazer aquilo por um ano. Rita obedeceu com paciência e amor. Depois de um ano, para a surpresa de todos, mais um milagre aconteceu: o galho se transformou numa videira que dá uvas até hoje.
Sofrimento de Cristo no corpo de Santa Rita de Cássia
Orando aos pés da cruz Santa Rita de Cássia pediu a Jesus que pudesse sentir um pouco das dores que ele sentiu na sua crucificação. Então, um dos espinhos da coroa de Jesus cravou-se em sua cabeça e Santa Rita sentiu um pouco daquela dor terrível que Jesus passou.
O espinho fez em Santa Rita uma grande ferida, de tal forma que ela tinha que ficar isolada de suas irmãs. Assim, ela fazia mais orações e jejuns para Deus. Santa Rita de Cássia ficou com a ferida por 15 anos. A chaga só foi curada quando Irmã Rita foi a Roma, no ano santo. Quando voltou ao mosteiro, porém, a ferida se abriu novamente.
Morte de Santa Rita de Cássia
No dia 22 de maio de 1457, o sino do convento começou a tocar sozinho. Santa Rita estava com 76 anos. Sua ferida cicatrizou-se e seu corpo começou a exalar um perfume de rosas. Uma freira chamada Catarina Mancini, que tinha um braço paralítico, ao abraçar Santa Rita de Cássia em seu leito de morte, ficou curada.
No lugar da ferida apareceu uma mancha vermelha que exalava um perfume celestial que encantou a todos. Logo apareceu uma multidão para vê-la. Então, tiveram que levar seu corpo para a igreja e lá está até hoje, exalando suave perfume, que a todos impressiona.
Devoção a Santa Rita de Cássia
Santa Rita de Cássia foi beatifica no ano 1627, em Roma, pelo Papa Urbano Vlll. Sua canonização foi no ano de 1900, no dia 24 de maio, pelo Papa Leão Xlll e sua festa foi é comemorada no dia 22 de maio de todo ano.
No nordeste do Brasil, na cidade de Santa Cruz, Rio Grande do Norte, ela é sua padroeira, inclusive lá está a maior estátua católica do mundo, com 56 metros de altura. Santa Rita é considerada a Madrinha dos sertões. Em Minas Gerais existe a Cidade de Cássia que Santa Rita também é a padroeira, e seu aniversário é no dia 22 de maio também.
Oração a Santa Rita de Cássia
Ó Poderosa e Gloriosa Santa Rita de Cássia, eis, a vossos pés, uma alma desamparada que, necessitando de auxilio, a vós recorre com a doce esperança de ser atendida por vós que tem o título de Santa dos casos impossíveis e desesperados. Ó cara Santa, interessai-vos pela minha causa, intercedei junto a Deus para que me conceda a graça, de que tanto necessito, (fazer o pedido). Não permitais que tenha de me afastar de vossos pés sem ser atendido. Se houver em mim algum obstáculo que impeça de alcançar a graça que imploro, auxiliai-me para que o afaste. Envolvei o meu pedido em vossos preciosos méritos e apresentai-o a vosso celeste esposo, Jesus, em união com a vossa prece. Ó Santa Rita, eu ponho em vós toda a minha confiança. Por vosso intermédio, espero tranquilamente a graça que vos peço. Santa Rita, advogada dos impossíveis, rogai por nós.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 21 de maio de 2024
DIA DE SÃO CRISTÓVÃO DE MAGALHÃES - 21 DE MAIO
DIA DE SÃO CRISTÓVÃO DE MAGALHÃES - 21 DE MAIO
HOMILIA - 21.05.24
HISTÓRIA DE SÃO CRISTÓVÃO DE MAGALHÃES
Nasceu no dia 30 de julho de 1869, em Totatiche, Jalisco, México. Durante sua infância trabalhava com o pastoreio. Entrou no seminário aos 19 anos e, quando ordenado sacerdote, foi enviado para a paróquia de sua cidade natal.
Tornou-se um sacerdote de grande fé e pastor zeloso que se entregou à promoção humana e cristã de seus fiéis. Foi missionário entre os indígenas e fervoroso propagador do Rosário à Santíssima Virgem Maria.
Em 1917, foi promulgada a constituição anticlerical do México, assinada pelo então presidente Venustiano Carranza, dando início às perseguições religiosas e outras arbitrariedades contra a população no país.
A Igreja se posicionou contra as novas leis e, por isso, foi duramente perseguida gerando a reação da sociedade e dos leigos que se organizaram formando a Liga em Defesa da Liberdade Religiosa. Entrando em confronto, até mesmo armado, com os integrantes do governo.
Uma década depois, em 1926, a situação só tinha piorado. O então presidente Plutarco Elias tornou a perseguição ainda mais violenta, expulsando os sacerdotes estrangeiros, fechando escolas privadas e obras assistenciais de organizações religiosas.
Quando os perseguidores da Igreja fecharam o seminário de Guadalajara, Cristóvão se ofereceu para fundar em sua paróquia um seminário com a finalidade de proteger, orientar e formar os futuros sacerdotes.
Perseguido, em 25 de maio de 1927 foi fuzilado em Colotlán, Jalisco, diocese de Zacatecas. O Papa João Paulo II, em 2000, canonizou vários mártires mexicanos desse período, entre eles São Cristóvão de Magalhães.
São Cristóvão de Magalhães, rogai por nós!
Oração
Ó Deus, que na tua misericórdia, quiseste enriquecer São Cristóvão Magallanes com grandes virtudes apostólicas para anunciar o Evangelho às gentes, concede-nos, por sua intercessão, de arder no mesmo espírito e de tender unicamente ao serviço da Igreja e à salvação das almas. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
Reflexão
São Cristóvão tornou-se um sacerdote de grande fé e pastor zeloso que se entregou à promoção humana e cristã de seus fiéis. Foi missionário entre os indígenas e fervoroso propagador do Rosário à Santíssima Virgem Maria. Quando os perseguidores da Igreja fecharam o seminário de Guadalajara, Cristóvão se ofereceu para fundar em sua paróquia um seminário com a finalidade de proteger, orientar e formar os futuros sacerdotes.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 20 de maio de 2024
DIA DE SÃO BERNARDINO DE SENA - 20 DE MAIO
DIA DE SÃO BERNARDINO DE SENA - 20 DE MAIO
HOMILIA - 20.05.24
HISTÓRIA DE SÃO BERNARDINO DE SENA
Origens
Bernardino nasceu de uma família nobre de Sena, de sobrenome Albizzeschi, no dia 8 de setembro do ano 380, na pequenina aldeia de Massa Marítima, em Carrara, Itália. Quando tinha apenas três anos, ficou órfão de mãe. Depois, tendo ainda sete anos, seu pai faleceu. Diante disso, ele foi criado por duas tias, na cidade de Sena. Suas tias eram mulheres de fé e alimentaram no coração de Bernardino a devoção à Virgem Maria e a Jesus Cristo.
Franciscano
Bernardino estudou na Universidade de Sena, terminado seus estudo com vinte e dois anos. Nessa idade, decidiu abandonar tudo e ingressar na Ordem dos Franciscanos, abraçando as regras de São Francisco com fidelidade e alegria. Na época, apoiou com vigor um movimento chamado “Observância”. Tal movimento vinha se firmando entre os frades da Ordem e buscava um rigor maior na vivência da pobreza. Por seu entusiasmo, os franciscanos o elegeram Vigário Geral de todos os conventos que seguiam a Observância.
Missionário itinerante atual
Com trinta e cinco anos, Frei Bernardino iniciou sua missão de pregador e seguiu nesse caminho até sua morte. E tornou-se um grande pregador. Viajou pela Itália inteira pregando o Evangelho e convertendo a muitos.
Sermões registrados por taquigrafia
Os discursos e sermões de São Bernardino de Sena foram taquigrafados por um de seus discípulos. O método foi inventado pelo próprio santo. Por isso, seu legado chegou até nós integralmente. Seus discursos com estilo rápido, leve, acessível e contundente, são bastante atuais. Seus temas preferidos eram a caridade, a concórdia, a humildade, e a justiça. Tinha palavras muito duras para aqueles que, como ele mesmo dizia, "renegam a Deus por uma cabeça de alho". Também denunciava o abuso dos poderosos, chamando-os de "feras de garras compridas que roem os ossos dos pobres".
Mensageiro da paz
Na época de São Bernardino de Sena, a Europa passava por enormes calamidades: a peste e as divisões causadas por das facções políticas e também religiosas, causavam morte de muita gente e destruição. Porém, por onde São Bernardino passava, ele fazia com que a paz fosse restituída. Sua pregação era insuperável, empolgante e cheia de ardor. Muitos se convertiam ao ouvi-lo pregar. Além disso, levava sempre consigo um quadro de madeira com as iniciais JHS, que significam Jesus Salvador dos Homens. Depois de seus sermões, ele o apresentava para que fosse beijado por todos os fiéis.
Morte
Sua vida de missionário itinerante, inúmeras pregações, jejuns e sacrifícios constantes, aliados a uma alimentação fraca e pouco repouso, aos poucos enfraqueciam seu corpo, já velho. Porém, ele não quis parar. Pregou o Evangelho enquanto conseguiu. Faleceu aos sessenta e quatro anos, em 20 de maio de 1444. A impressão que São Bernardino de Sena deixou na Igreja foi tamanha que, depois de apenas seis anos de sua morte, ele foi canonizado. Mais tarde, foi declarado padroeiro dos publicitários da Itália e também do mundo inteiro.
Oração a São Bernardino de Sena
“Ó Deus, que destes ao presbítero São Bernardino de Sena ardente amor pelo Nome de Jesus, acendei sempre em nossos corações a chama da Vossa caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. São Bernardino de Sena, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 19 de maio de 2024
DIA DE SANTO IVO - 19 DE MAIO
DIA DE SANTO IVO - 19 DE MAIO
HOMILIA - 19.05.24
HISTÓRIA DE SANTO IVO
Infância
Nasceu em 17 de outubro de 1253, perto de Treguier, na baixa Bretanha, França. Seu nome, Yves Hélory, (Helori ou Heloury) era filho do lorde Helory de Kermartin e Azo Du Kenquis. Era de família da pequena nobreza, com educação apurada e cristã.
Quando termina os primeiros estudos é enviado em 1267 com 14 anos de idade à Universidade de París, onde estudou teologia, tendo a oportunidade de ser aluno do grande e famoso Santo Tomás de Aquino.
Juventude e estudos
Participou com São Boaventura de várias conferências aprendendo o espírito franciscano, depois foi para Orléans em 1277, onde se especializou em Direito Civil e Direito Canônico, voltando posteriormente para a Bretanha.
A profissão de Advogado
Foi conselheiro jurídico e juiz eclesiástico, trabalhando como juiz episcopal em 1280, na arquidiocese de Rennes, cidade capital de Ducado da Bretanha por quatro anos, depois volta para Tréguier. Julgava todo tipo de litígio, contratos, heranças, casos matrimoniais, menos os processos criminais.
Sacerdote e advogado
Em 1824, foi ordenado Sacerdote a convite de seu Bispo, continuando a trabalhar como advogado e juiz, multiplicando suas atividades, pois naquele tempo ainda era permitido varias atividades para o sacerdote, e muitas pessoas se recorriam a ele. Obteve o título de "Advogado dos Pobres" por sua intransigente defesa dos menos favorecidos, construindo até um hospital onde ajudava a cuidar dos doentes pessoalmente, pois era um Frade Franciscano.
Vida de oração
Gostava de passar a noite em vigília alimentando-se apenas de pão e água. Essas noites ele passava em estudo e orações, mas também saía à procura dos mais necessitados para pregar, orientar, ajudar com seu dinheiro os mais pobres. Com isso, Ivo conseguia o respeito e a admiração de todos.
Falecimento
Santo Ivo de Kemartin (como também era conhecido), morreu aos 50 anos de causas naturais em 19 de maio de 1303. Está sepultado na Catedral de Tréguier, onde é objeto de devoção dos fiéis até os dias de hoje.
Canonização
No ano de 1347 a pedido de Bispos e autoridades civis, após processo de investigação conduzido pelo Vaticano, o Papa Clemente VI, com a solene Bula de 19 de maio, assinada em Avignon, proclama Ivo inscrito no catálogo dos Santos e confessores, sendo venerado como Santo da Igreja Católica. Sua festa é , anualmente no dia 19 de maio.
Representação
A igreja de Sant’Ivo Allá Sapienza em Roma (Itália) é dedicada a Santo Ivo.
Sua imagem é representada com uma bolsa na mão direita por todo o dinheiro que ofertou aos pobres, e um papel enrolado na outra, por causa de seu oficio de advogado e magistrado. Outra representação do Santo é entre um homem rico e um pobre.
Legado para a humanidade
A criação da Instituição dos Advogados dos Pobres, como a Defensoria Pública dos dias atuais, foi inspiração de Santo Ivo, que sempre defendeu as causas dos pobres, viúvas e menos favorecidos. Por isso, em vários países, na data de seu falecimento comemora-se o dia da Defensoria Pública. A Constituição brasileira em seu artigo 134 e parágrafo único foi uma das pioneiras a instituir no mundo a Defensoria Pública, realizando, de certa forma, o sonho de Santo Ivo.
Devoção
No Brasil existe uma relíquia de Santo Ivo, doada pelo Bispo de Saint-Brieuc em Tréguier, para o Bispo de Santa Maria no Rio Grande do Sul. Ela está na capela em honra ao Santo, na cripta do Santuário da Medianeira de todas as Graças, com o altar inaugurado em 19 de maio de 1986, local de peregrinação de muitos fiéis e de muitos advogados do Brasil.
Ele é o Patrono dos advogados, dedicando toda a sua vida à defesa dos pobres e fracos contra os poderosos, conquistando o respeito de todos. Umas de suas grandes frases era:
"Jura-me que sua causa é justa e eu a defenderei gratuitamente."
Oração a Santo Ivo:
Glorioso Santo Ivo, lírio da pureza, apóstolo da caridade e defensor intrépido da justiça. Vós que, vendo nas leis humanas um reflexo da lei eterna, soubestes conjugar maravilhosamente os postulados da justiça e o imperativo do amor cristão, assisti, iluminai, fortalecei a classe jurídica, os nossos juízes e advogados, os cultores e intérpretes do direito, para que nos seus ensinamentos e decisões, jamais se afastem da equidade e da retidão. Amem eles a justiça, para que consolidem a paz; exerçam a caridade, para que reine a concórdia; defendam e amparem os fracos e desprotegidos, para que, posposto todo interesse subalterno e toda afeição de pessoas, façam triunfar a sabedoria da lei sobre as forças da injustiça e do mal. Olhai também para nós, glorioso Santo Ivo, que desejamos copiar os vossos exemplos e imitar as vossas virtudes. Exercei junto ao trono de Deus vossa missão de advogado e protetor nosso, a fim de que nossas preces sejam favoravelmente despachadas e sintamos os efeitos do vosso poderoso patrocínio. Amém.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 08 de maio de 2024
DIA DE SÃO VÍTOR - 08 DE MAIO
DIA DE SÃO VÍTOR - 08 DE MAIO
HOMILIA - 08.05.24
HISTÓRIA DE SÃO VÍTOR
Origens
Vítor, era apelidado de “o Mouro” porque era nascido na Mauritânia, de língua árabe, que fica no Norte da África. Vitor nasceu num lar cristão e recebeu fé sólida desde criança. Depois de adulto, ingressou nas legiões romanas, tomando parte no exército do então imperador Maximiano. Progrediu na carreira militar e se tornou centurião, isto é, comandante de um destacamento de cem soldados.
Transferido para Milão
Aconteceu que o imperador Maximiano quis acabar com uma rebelião que estava acontecendo na Gália, hoje França. Para tanto, o imperador recrutou um enorme contingente de soldados das legiões que ficavam no Oriente e das que ficavam no norte da África. O centurião Vitor deslocou-se para Milão, no norte da Itália.
Heroísmo cristão
O imperador, entretanto, exigia que os soldados oferecessem sacrifícios aos deuses romanos antes de partirem para as batalhas. Quem se recusasse, recebia como castigo a morte. Quando chegou a vez do centurião Vitor, este recusou. Não cultuou deuses pagãos e afirmou perante todo o destacamento sua fé no Deus único, Jesus Cristo. E as consequências vieram.
Prisão
Por causa de sua recusa, Vitor foi levado a um tribunal e passou por um interrogatório. Diante do juiz, confessou sua fé em Cristo e argumentou que isso não ia contra sua lealdade ao imperador. Assim, prometeu lealdade ao imperador no que diz respeito às ordens militares e laicas. Quanto à fé, reafirmou que não renegaria sua fé em Cristo. Por isso, ele foi preso e permaneceu por seis dias sem água nem comida. A cadeia onde São Vitor ficou preso fica ao lado da Porta Romana. Até os dias de hoje ela é conhecida como o “cárcere de São Vítor”.
Torturas e testemunho
Terminados os seus dias, o centurião Vítor foi cruelmente arrastado pelas ruas de Milão, sendo levado para o hipódromo do Circo, junto a onde é hoje a Porta Ticinense. Lá, foi interrogado novamente. Dessa vez, pelo próprio imperador. Vitor não renegou sua fé em Jesus Cristo. Então, por ordem do imperador, foi duramente flagelado. Porém, para a admiração de todos, manteve-se firme. De volta à prisão, os carrascos cobriram suas feridas com chumbo derretido. Mesmo assim, por milagre, saiu ileso do horrendo castigo.
Fuga e morte
Vítor recuperou-se extraordinariamente rápido e todos os que presenciaram ficaram espantados. Na primeira chance que teve, fugiu da prisão. Refugiou-se em uma estrebaria que ficava junto a um teatro. Hoje, neste local, encontra-se a Porta Vercelina. Por fim, foi descoberto. Levaram-no a uma floresta perto dali e o decapitaram. Aconteceu no dia 8 de maio do ano 303.
Corpo guardado por feras
A Tradição conta que o corpo de São Vitor ficou jogado, sem sepultura, durante uma semana. Ele foi achado por um bispo santo, chamado São Materno. Este encontrou o corpo de São Vitor intacto e sendo incrivelmente vigiado por dois animais ferozes. Quando o bispo chegou, as feras se foram. No mesmo local construída uma grande igreja dedicada a São Vitor. Depois, várias outras igrejas foram construídas em Milão dedicadas a São Vitor. Construíram também monumentos em sua homenagem. O mais significativo, porém, é o cárcere onde ele ficou preso.
Santo amado
São Vítor é um dos santos mais venerados, respeitados e amados pelos moradores de Milão. O fato de ele ter sido preso, torturado e martirizado ali, permanece vivo para o ovo. A maioria dos habitantes conhece a história do santo e sabe conta-la com todos os detalhes. O culto a São Vítor, o Mouro, se tornou famoso no mundo católico. Ele passou a ser invocado o padroeiro dos prisioneiros e exilados.
Oração a São Vitor
“Deus, nosso Pai, ouvi esta prece que a vós elevam todos os aflitos, prisioneiros e exilados: Eu sou o homem que conheceu a miséria sob a vara de seu furor. Ele me guiou e me fez andar na treva e não na luz; só contra mim está ele volvendo e revolvendo sua mão todo o dia. Consumiu minha carne e minha pele, despedaçou os meus ossos. Edificou contra mim e envolveu minha cabeça de tormento. Fez-me habitar nas trevas como os que estão mortos para sempre. Cercou-me com um muro, não posso sair; tornou pesadas minhas cadeias. Por mais que eu grite por socorro ele abafa minha oração. Murou meus caminhos com pedras lavradas, obstruiu minhas veredas … Os favores do Senhor não terminaram, suas compaixões não se esgotam; elas se renovam todas as manhãs, grande é a sua felicidade!” (Lamentações 3,1ss).
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 07 de maio de 2024
DIA DE SANTA FLÁVIA DOMITILA - 07 DE MAIO
DIA DE SANTA FLÁVIA DOMITILA - 07 DE MAIO
HOMILIA - 07.05.24
HISTÓRIA DE SANTA FLÁVIA DOMITILA
Origens
Santa Flávia Domitila era uma nobre dama da Roma antiga, esposa de um cônsul chamado Flávio Clemente. De linhagem nobre, era sobrinha de um dos mais famosos imperadores romanos, Vespasiano, pai de Domiciano. O pouco que se sabe hoje sobre Santa Flávia Domitila foi encontrado numa inscrição que data aproximadamente do ano 100 e está conservada na basílica italiana dos santos Nereu e Aquiles. Estes dois ficaram conhecidos como eunucos de Flávia. Nereu e Aquiles são considerados santos e mártires, pois morreram decapitados por causa da fé em Cristo.
Conversão ao cristianismo
Por volta do ano 100, Santa Flávia Domitila já era casada com Flávio Clemente. O casal era simpatizante do cristianismo, enxergando na fé nascente os valores mais nobres. Nereu e Aquiles eram dois eunucos que serviam diretamente a ela. Eles conquistaram sua confiança, amizade e fé. Os dois eram cristãos fervorosos e conseguiram conquista-la de vez para a fé em Cristo.
Correndo os riscos de assumir a fé
Encantada com a beleza da fé cristã e com o conhecimento de Jesus Cristo, Flávia Domitila assumiu sua fé diante da corte romana. As consequências não demoraram a aparecer. Santa Flávia Domitila foi presa, julgada e, como não renunciasse à fé cristã, foi condenada ao exílio na ilha de Ponza. Quanto ao seu marido Flávio Clemente, alguns escritos dizem que ele foi decapitado.
Morte lenta e sofrida
A ilha de Ponza, no Mar Tirreno, era um lugar inóspito, abandonado, sem nenhuma condição de vida para um ser humano. Ali, Santa Flávia Domitila passou seus últimos dias vendo sua vida definhar de forma lenta e sofrida. Porém, manteve sua fé e sua esperança no encontro definitivo com Jesus Cristo. Ali, ela entregou sua alma a Deus. Ela e seu marido tiveram a coragem de enfrentar o imperador romano por causa da fé em Jesus Cristo.
Celebração conjunta
O calendário tridentino mantinha uma festa conjunta de Nereu, Aquiles e Flávia Domitila no dia 12 de maio, por serem os dois eunucos os responsáveis pela conversão de Santa Flávia. Nos primeiros tempos do cristianismo o nome de Santa Flávia Domitila ficou muito conhecido por causa de sua coragem de levar a fé até as últimas consequências. Ela se tornou um exemplo para muitos cristãos de sua época.
Oração a Santa Flávia Domitila
“Ó Deus, que destes a Santa Flávia Domitila a graça do conhecimento de Jesus Cristo, vosso Filho e, a partir deste conhecimento, a graça da perseverança até o fim, dai também a nós o mesmo conhecimento de Cristo e a perseverança na fé, mesmo em meio às adversidades da vida e perseguições. Amém. Santa Flávia Domitila, rogai por nós.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 06 de maio de 2024
DIA DE SÃO DOMINGOS SÁVIO - 06 DE MAIO
DIA DE SÃO DOMINGOS SÁVIO - 06 DE MAIO
HOMILIA - 06.05.24
HISTÓRIA DE SÃO DOMINGOS SÁVIO
São Domingos Sávio nasceu em 2 de abril de 1842, no vilarejo chamado Riva, pertencente a Castelnuovo d'Asti, na Itália. Era um dos três filhos de Carlos Sávio, ferreiro, e Brígida Agagliate, costureira. Uma família simples, mas rica na fé. São Domingos Sávio foi aluno de um mestre muito especial: São João Bosco. Sabe-se hoje que toda a sua vida, tão curta e intensa, foi uma grande e linda busca pela santidade.
A maturidade precoce de São Domingos Sávio
Domingos Sávio foi um jovem cheio de grande sensibilidade, São João Bosco disse em citação que ele era “de boa índole e muito piedoso”. Ele teve uma vida curta, mas sempre traçada em direção à santidade que muitos idosos não conseguiram. Isso foi obra do Espírito de Deus. Pode-se dizer também que foi fruto da maravilhosa pedagogia criada por São João Bosco.
Suas atitudes e devoção chamava a atenção de todos. Ainda quando criança ia à igreja para rezar. Se o templo estivesse fechado, ele simplesmente se ajoelhava de frente a porta e ficava ali em oração até abrirem a igreja. Ele permanecia assim, na neve ou na chuva, no frio ou no calor.
Primeira comunhão
A infância de Domingos Sávio teve uma grande marca: a Primeira Eucaristia. Naquele tempo, ela era feita somente aos doze anos. Mas o pequeno Domingos, a recebeu aos sete anos, cheio de fervor se distinguiu pelo cumprimento de um lema de vida criado por ele mesmo: “Antes morrer que pecar”. Percebia-se facilmente o amadurecimento espiritual do pequeno Domingos nos propósitos por ele mesmo estabelecido quando fez a Primeira Comunhão. Nessa ocasião, ele escreveu seus propósitos conservados até hoje. Veja os escritos de Domingos Sávio:
1) Confessar frequentemente e receber a Eucaristia quando o confessor permitir;
2) Santificar os dias de festa;
3) Serei amigo de Jesus e de Maria;
4) Prefiro morrer que pecar”.
Esses propósitos revelam maturidade na vida espiritual e mostram que, para Deus, a idade é um fator relativo quando se trata amor a Deus e vida virtuosa.
Imitação de Cristo
São Domingos Sávio ficava longe dos meninos bagunceiros e só fazia amizade com os de boa índole. Certo dia, alguns colegas de classe encheram com pedras a estufa da sala de aula. Este ato era considerado uma falta grave e sua punição era a expulsar o aluno desobediente. E os colegas acusaram Domingos de ter colocado as pedras. O mestre, que era um padre, mesmo percebendo que Domingos não o fizera aquilo, não tinha escolha diante das “provas” que os colegas forjaram.
O Padre, então, ordenou que ele se ajoelhasse diante de todos os colegas e deu-lhe uma bronca severa. Domingos só não foi expulso da escola porque aquela era a primeira falha que ele cometera. São Domingos Sávio permaneceu com a cabeça baixa diante da classe não abriu a boca. Apenas um dia depois, a verdade veio à tona.
O padre procurou Domingos e perguntou por que ele se calara diante de uma falsa acusação sem se defender. Domingos disse ao padre que precisava imitar o Senhor Jesus. O padre pediu para Domingos explicar melhor. Domingos disse Jesus também tinha sido acusado sem ter culpa e ficou em silêncio, assumindo uma culpa que não era dele.
Domingos ainda disse que se falasse em sua defesa os outros alunos poderiam ser expulsos e ele não queria o mal para seus colegas. O Padre ficou impressionado e fez uma retratação formal de Domingos diante de toda a classe.
O encontro de São Domingo Sávio com Dom Bosco
Aos doze anos de idade São Domingos Sávio se encontrou com São João Bosco e passou a fazer os estudos secundários, como eram chamados na época. Domingos era inteligente, sempre com boas notas. E ele nunca deixou de lado sua meta de alcançar a santidade. Por isso, ele reza e empenha-se nos estudos.
Tocado pelo carisma de São João Bosco, e pelo grande ideal que se resumia na expressão “Dai-me almas”, Domingos quis, mais do que nunca, salvar mais e mais pessoas. Por isso, ele fundou a Companhia da Imaculada Conceição. Dessa entidade simples saíram os melhores ajudantes de São João Bosco
Ele não pensava só em si. Várias vezes disse a Dom Bosco: “Quantas almas esperam nosso auxílio na Inglaterra! Oh! Se eu tivesse forças e virtude, quisera ir agora mesmo, e com sermões e bom exemplo, convertê-las todas, a Deus”.
Dons extraordinários de São Domingo Sávio
São Domingos Sávio tornou-se conhecido como uma pessoa com dons espirituais especiais e que reconhecia a necessidade das pessoas, bem além do percebido pelo padre comum, e tinha uma habilidade de profetizar.
Devoção a São Domingo Sávio
Tomado pela tuberculose aos quinze anos, voltou à casa dos pais, onde morreu serenamente com a alegria de ir ao encontro do Senhor, exclamando aos pais: “Adeus queridos pais. Estou tendo uma visão linda! Que lindo!”
Domingos Sávio foi beatificado em 1950 e canonizado em 12 de junho de 1954 pelo Papa Pio XII. Ele é o padroeiro das pessoas que sofrem falsas acusações, dos jovens delinquentes e dos cantores do coro da igreja. Sua festa é celebrada no dia 5 de março.
Oração a São Domingos Sávio
Querido São Domingos, vós que ofereceu sua curta vida totalmente ao amor de Jesus e de Sua Mãe. Ajudai a juventude de hoje a compreender a importância de Deus em suas vidas. Vós tornastes um santo através de permanente participação nos sacramentos, iluminai os meus parentes e filhos da importância da frequente Confissão e da Santa Comunhão. Quando jovem vós meditastes no sofrimento da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, obtenha para nós a graça de um ardoroso desejo de sofrer por amor a Ele. Nós desesperadamente necessitamos de sua intercessão para proteger as crianças de hoje das tentações e das zombarias do mundo. Olhai por eles e guiai-os na estrada para o Paraíso. Peça a Deus que nos dê a graça de santificar nossos deveres diários fazendo-os por amor a Ele. Nos lembre sempre da necessidade de praticar as virtudes em tempos de atribulações e dificuldades. São Domingos Sávio, preservai a vossa inocência em nossos corações e rogai ao Senhor por nós e pela salvação de nossa alma. Amem.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 05 de maio de 2024
DIA DE SANTO ÂNGELO - 05 DE MAIO
DIA DE SANTO ÂNGELO - 05 DE MAIO
HOMILIA - 05.05.24
HISTÓRIA DE SANTO ÂNGELO
Origens
Ângelo nasceu no ano 1185, em Jerusalém, Israel. Seus pais, judeus de religião, se chamavam José e Maria. Esses nomes eram comuns na região. Eles se converteram ao catolicismo depois que Ângelo recebeu um aviso de Nossa Senhora quando estava em oração. O aviso é que seus pais teriam outro filho. Acontece que isso, humanamente, não seria possível porque os pais de Ângelo já estavam em idade avançada.
Conversão dos pais
Aconteceu que a profecia dita por Ângelo se cumpriu. Seus pais tiveram outro filho ao qual puseram o nome de João. Encantados com a misericórdia de Deus, converteram-se e foram batizados juntamente com o novo filho. Mais tarde, João também se tornou um frade carmelita.
Carmelita
Ângelo ingressou na Ordem Carmelita com dezoito anos. Passou cinco anos no monte Carmelo, em Israel. Este é o mesmo lugar onde viveu o profeta Elis. Morou também em vários conventos carmelitas instalados na Palestina e na Ásia Menor. Recebeu vários dons carismáticos, especialmente o da profecia e o dom dos milagres.
Ordenação e peregrinação
No ano 1213, frei Ângelo foi ordenado padre na Ordem dos Carmelitas. Ele foi um dos carmelitas que saíram do Monte Carmelo e foram até Roma para pedirem ao Papa Honório III que a Regra do Carmelo fosse por ele aprovada. Depois disso, os carmelitas instalaram-se na Sicília.
Encontro com santos
Na Sicília, Padre Ângelo e os carmelitas visitaram a basílica de São João. Lá, providencialmente se encontraram com dois santos: Padre Domingos de Gusmão e frei Francisco de Assis. Nesse encontro, Santo Ângelo recebeu o aviso de que morreria como mártir de Jesus Cristo.
Vivendo entre os hereges
Entre as grandes realizações de Santo Ângelo, a que mais cama a atenção foi a missão evangelizadora que realizou entre os hereges chamados cátaros, na Sicília. Inúmeras foram as conversões que aconteceram quando o povo o ouvia pregar e via os milagres que se operavam por sua intercessão. Dentre essas conversões, destaca-se a de uma mulher que vivia uma relação de incesto com um homem bastante rico do lugar.
Uma conversão que lhe custou a vida
Era o dia 5 de maio de 1220. O Padre Ângelo acabava de fazer uma linda pregação na igreja dedicada a São Tiago de Licata, na Sicília. Pouco depois dessa pregação ele foi assassinado por um estranho. Depois se soube a morte de Santo Ângelo tinha sido encomendada por aquele senhor rico, que não tinha se conformado com a conversão da amante e queria continuar com a relação incestuosa que mantinham.
Venerado pela população
Logo após sua morte, o povo começou a venerá-lo como santo. Uma igreja foi construída no local onde ele foi assassinado. Ali também seu corpo foi sepultado. Sua canonização aconteceu em 1498. Em 1662 seus restos mortais foram transladados para a igreja dos carmelitas. O culto a Santo Ângelo passou a ser bastante difundido entre dos fiéis e na Ordem dos Carmelitas. A devoção a Santo Ângelo mantém-se viva até os dias de hoje. Ele é invocado pelos devotos nas dificuldades da vida.
Oração a Santo Ângelo
“Ó Deus de admirável providência, que, no mártir Santo Ângelo destes ao vosso povo pastor corajoso e forte, concedei-nos, pela sua intercessão, ajuda nas tribulações e firme constância na fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. Santo Ângelo, rogai por nós.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 04 de maio de 2024
DIA DE SÃO FLORIANO - 04 DE MAIO
DIA DE SÃO FLORIANO - 04 DE MAIO
HOMILIA - 04.05.24
HISTÓRIA DE SÃO FLORIANO
São Floriano é o padroeiro dos bombeiros, protetor contra os incêndios e de todos os que combatem o fogo. É também protetor dos limpadores de chaminés. Ele viveu no século III d.C. Sua festa é celebrada no dia 4 de maio. Sua imagem conta a história de sua vida. Vamos conhecê-la.
A farda de São Floriano
A farda de São Floriano, com detalhes em dourado e azul, revela que ele foi oficial do exército romano, ocupando um cargo acima do de centurião. De fato, ele atuou numa legião fixada na região da atual Áustria, no vale do rio Danúbio. Devido à sua inteligência, perspicácia e coragem, foi designado administrador militar numa vila chamada Noricum, onde sua legião se fixara.
A cruz na mão esquerda
A cruz na mão esquerda de São Floriano simboliza a fé cristã que ele professava mesmo sendo um oficial do exército romano. Fixado numa legião romana distante de Roma foi mais fácil para ele e para milhares de soldados viverem a fé cristã. Com efeito, um grande número de mártires cristãos dos séculos II e III era soldados romanos.
O balde de São Floriano
O balde de São Floriano, às vezes segurado por ele, ou, às vezes, por um anjo, retrata a missão que ele assumiu em sua legião. Em determinada época do ano a região de Noricum era assolada por incêndios que ameaçavam seriamente a vila. Por isso, São Floriano treinou e coordenou um grupo de soldados que se tornaram especialistas no combate ao fogo. Este grupo passou a se chamar "Combatentes do Fogo". Certa vez, um grande incêndio surpreendeu a vila de madrugada. O fogo se alastrou tão rapidamente que os soldados não tiveram tempo para combatê-lo. Por isso, São Floriano fez uma oração pedindo a Deus um milagre. Em seguida, sentiu no coração o impulso de pegar um balde de água e atirá-la ao fogo. Quando fez isso, o fogo cessou imediatamente, para espanto de todos. Por causa disso, muitos soldados de sua legião se tornaram cristãos. E, também por causa disso, ele é o protetor dos bombeiros, protetor contra os incêndios e de todos os combatentes do fogo.
O anjo ao lado de São Floriano
O anjo ao lado de São Floriano significa o Mensageiro que levou seu pedido até Deus. Significa também a proteção de Deus para com todos aqueles que dedicam suas vidas pelo bem do próximo.
O estandarte branco com a cruz vermelha
O estandarte branco com a cruz vermelha sustentado pelo braço esquerdo de São Floriano significa que, além de ser cristão, ele propagou a fé cristã onde estava, principalmente entre os soldados de sua legião, sob seu comando. A cruz vermelha também simboliza o sangue de Cristo e dos mártires. São Floriano passará por esta dura prova de fé.
A pedra de moinho
A pedra de moinho ao lado de São Floriano nos fala de seu martírio. Por ordem do Imperador Diocleciano, o comandante da legião à qual São Floriano pertencia começou a agir contra os cristãos. Assim, ele prendeu São Floriano e mais quarenta soldados liderados por ele sob a acusação de terem se tornado cristãos. O comandante exigiu que eles renunciassem à fé em Jesus Cristo e adorassem ao imperador, que era visto em todo o império como um "deus". São Floriano e os demais soldados recusaram-se a obedecer, alegando que: 1) o imperador não era um "deus", mas Jesus Cristo, sim; 2) a fé em Cristo era um bem precioso demais; 3) a fé não atrapalhava o império e não era incompatível com a função dos soldados, mas, pelo contrário, enobrecia tal função. O comandante, porém, não aceitou tais argumentos e mandou torturar São Floriano e os quarenta soldados. Como eles permaneceram firmes, sem renunciar a Cristo, o comandante mandou matá-los. São Floriano foi amarrado a uma pedra de moinho e atirado no rio Ens, que banhava a vila. Assim, ele deu sua vida pelo fogo abrasador que é a fé em Jesus Cristo. Isso aconteceu em 4 de maio do ano 304 e este dia tornou-se o dia da festa de São Floriano.
Oração a São Floriano
"Ó Deus, que envia ao mundo homens e mulheres para nos lembrar que o seu amor está acima de todas as coisas, dai-nos, pela intercessão de São Floriano, buscar sempre a união convosco e com todas as pessoas de boa vontade. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!"
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 03 de maio de 2024
DIA DE SÃO FILIPE E SÃO TIAGO - 03 DE MAIO
DIA DE SÃO FILIPE E SÃO TIAGO - 03 DE MAIO
HOMILIA - 03.05.24
HISTÓRIA DE SÃO FILIPE E SÃO TIAGO
Filipe nasceu em Betsaida, Galileia, hoje Israel, e o Evangelho de São João é que nos apresenta dados a respeito de seu santo testemunho. Jesus passou, chamou-o e ele disse ‘sim’ com a vida.
Ele foi ‘canal’ para que São Bartolomeu também se tornasse discípulo de Cristo. Durante o acontecimento da multiplicação dos pães, Filipe também participou deste milagre (foi para Filipe que Jesus perguntou como se faria para alimentar aquela multidão).
Na Santa Ceia, o apóstolo Filipe é quem pede a Jesus: ‘Mostra-nos o Pai e isso nos basta’ (Jo 14,8). Filipe estava em Pentecostes com a Virgem Maria e os outros apóstolos. São Clemente de Alexandria nos diz que ele foi crucificado. Que honra para os apóstolos morrerem como o seu Senhor!
São Tiago também foi martirizado, por volta do ano 62. Ele que nasceu em Caná, Galileia, filho de Alfeu, familiar de Nosso Senhor Jesus Cristo. E foi um dos doze apóstolos. Nos Atos dos Apóstolos, nós o encontramos como o primeiro bispo de Jerusalém. Tiago recebeu mais de uma visita de São Paulo e foi reconhecido como uma das colunas principais da Igreja, ao lado de São Pedro e São João. Uma das cartas do Novo Testamento é atribuída a ele. E, nela, o apóstolo nos ensina que a fé sem obras é morta, e que é preciso deixarmos que o Espírito Santo governe a nossa língua.
O martírio não está centrado no sofrimento, mas no amor a Jesus Cristo que supera essa vida.
São Filipe e São Tiago, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 02 de maio de 2024
DIA DE SANTO ATANÁSIO - 02 DE MAIO
DIA DE SANTO ATANÁSIO - 02 DE MAIO
HOMILIA - 02.05.24
HISTÓRIA DE SANTO ATANÁSIO
Nascido no Egito, Atanásio foi diácono ao lado do bispo S. Alexandre, a quem acompanhou ao Concílio de Niceia (325), no qual foi reafirmada a divindade de Cristo.
Depois das perseguições, a Igreja de Alexandria tivera uma ativíssima vida intelectual, mas não sem desvios perigosos. Ario, logo seguido de grande número de bispos e príncipes, ensinava que Jesus Cristo não era verdadeiro filho de Deus, mas simples criatura, em certo sentido divina. Anulava assim nossa divinização em Cristo.
Atanásio, feito bispo de Alexandria, em 328, foi o principal e incansável defensor da doutrina transmitida pelos Apóstolos. Perseguido pelos imperadores e arianos é mandado quatro vezes ao exílio, viu por fim triunfar a verdadeira fé.
Por sua doutrina e ardente amor a Cristo, é honrado como um dos quatro grandes doutores da Igreja Oriental.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 01 de maio de 2024
DIA DE SÃO JOSÉ OPERÁRIO - 01 DE MAIO
DIA DE SÃO JOSÉ OPERÁRIO - 01 DE MAIO
HOMILIA - 01.05.24
HISTÓRIA DE SÃO JOSÉ OPERÁRIO
São José é descendente da casa real de Davi. É o esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus Cristo. Nos Evangelhos ele aparece na infância de Jesus. Pode-se ver as citações nos livros de Mateus Capítulos 1 e 2, e em Lucas 1 e2. Na Bíblia, São José é apresentado como um justo. Mateus, em seu Evangelho, descreve a história sob o ponto de vista de José. Já Lucas narra o tempo de infância do menino Jesus contando com a presença de José.
São José na História da Salvação
São José estava noivo de Maria e, ao saber que ela estava grávida, decidiu abandoná-la, pois o filho não era dele. Ele pensa em abandoná-la para que ela não fosse punida com a morte por apedrejamento
Mas ele teve um sonho com um anjo que lhe disse que Maria ficou grávida pela ação do Espírito Santo, e que o menino que iria nascer era Filho de Deus, então, ele aceitou Maria como esposa. Perto do tempo previsto do nascimento de Jesus, por um decreto romano ele foi para Belém participar do recenseamento, lá Maria deu à luz ao Menino Jesus e José estava presente no nascimento.
O anjo, porém, deu novo aviso a José, em sonho. Com efeito, o anjo avisou a José que Herodes queria matar o menino Jesus e mandou-o pegar o menino e sua mãe e fugir para o Egito com eles. José obedeceu. Assim, A sagrada família foi para o Egito e viveram lá durante quatro anos. Após este tempo, o anjo avisou novamente a José em sonhos, dizendo que eles poderiam voltar para Nazaré porque Herodes tinha morrido. José obedeceu e levou a Sagrada Família novamente para Israel.
Vida Simples
São José devotou sua vida aos cuidados de Jesus e Maria. Vivendo do trabalho de suas mãos, como carpinteiro, sustentou sua família com dignidade e exemplo. A profissão de carpinteiro propiciava dignidade à família. José era um judeu religioso e praticante. Ele consagrou o menino Jesus no Templo, logo depois que o menino nasceu. Este ato só era praticado na época por judeus piedosos. São José levava sua família regularmente às peregrinações de seu povo em Jerusalém, como, por exemplo, na Páscoa. Foi numa dessas peregrinações em que, na volta para Nazaré, o menino Jesus ficou em Jerusalém conversando com os doutores da lei. O menino tinha, então, doze anos. José e Maria, aflitos, voltam ao templo e encontram o menino Jesus debatendo com os doutores da lei. Nesta ocasião, Jesus afirma que “Tinha que cuidar das coisas de seu Pai”. Esta é a última vez que José é mencionado nas Sagradas Escrituras. Todos os indícios levam a crer que José faleceu antes de Jesus começar sua vida pública. Caso contrário, ele certamente teria sido mencionado pelos evangelistas, como o foi Maria.
Influência de José na formação da personalidade de Jesus
São José teve papel importantíssimo na formação da personalidade de Jesus enquanto pessoa humana. Claro, Jesus é o Filho de Deus. Porém, se analisarmos o comportamento de Jesus do ponto de vista humano, veremos que ele (Jesus) foi um menino e um homem que teve um pai presente, piedoso e influente. Um pai que ensinou ao filho o caminho da justiça, da verdade, do amor e do conhecimento da Palavra de Deus. Não é à toa que São José é chamado de “Justo” desde os Evangelhos. Por isso, São José é um dos maiores santos de todos os tempos.
Devoção a São José
São José foi inserido no calendário litúrgico Romano em 1479. Sua festa é celebrada no dia 19 de março. São Francisco de Assis e, mais tarde, Santa Teresa d’Ávila, foram grandes santos que ajudaram a divulgar a devoção a São José. No ano de 1870, São José foi declarado oficialmente como o Patrono Universal da Igreja. O autor desta declaração foi o Papa Pio IX. No ano de 1889, o Papa Leão XIII, num de seus grandes documentos,exaltou as virtudes deSão José. O Papa Bento XV declarou São José como o patrono da justiça social. Para ressaltar a grande qualidade e poder de intercessão de São José como “trabalhador”, O Papa Pio XII instituiu uma segunda festa em homenagem a ele, a festa de "São José operário". Esta, acontece no dia primeiro de maio.
São José é invocadotambémcomo o padroeiro dos carpinteiros. Na arte cristã ele é representadotendo um lírio na mão, representando a vitória dos santos. Algumas vezes ele aparece também com o menino Jesus ou nos braços, ou ensinando a Ele a profissão de carpinteiro.
Revelações sobreo poder de intercessão de São José
São José é, sem dúvida, uma dos santos mais importantes da Igreja. Ele é invocado como o santo que intercede a Deus por todas as nossas necessidades. São José tem, diante de Deus, privilégios únicos. Esta é uma das revelações que foram dadas à Serva de Deus chamada Santa Águeda:“Por sua intercessão alcançamos a virtude da castidade e a vitória sobre as tentações contra pureza; alcançamos o poderoso auxílio da graça para sair do pecado e voltar à amizade com Deus; alcançamos a benevolência da Santíssima Virgem Maria e a verdadeira devoção a ela; alcançamos a graça de uma boa morte e a especial proteção contra o demônio nesta hora.” A Igreja afirma que os espíritos do mal estremecem quando ouvem o nome de São José ser invocado. Pela intercessão de São José, podemos alcançar a saúde e a ajuda nas dificuldades. Através dele, as famílias podem alcançar a bênção de uma vida digna.
Nossa Senhora também revelou a Santa Águeda: "Os homens ignoram os privilégios que o Senhor concedeu a São José, e quanto pode sua intercessão junto de Deus. Somente no dia do Juízo os homens conhecerão sua excelsa santidade e chorarão amargamente por não haverem se aproveitado desse meio tão poderoso e eficaz para sua salvação e alcançar as graças de que necessitavam". SJMJ
Oração a São José
A vós, S. José, recorremos em nossa tribulação e, depois de ter implorado o auxílio de Vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança solicitamos também o Vosso patrocínio. Por este laço sagrado de caridade que Vos uniu à Virgem Imaculada Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente Vos suplicamos que lanceis um olhar benigno para a herança que Jesus Cristo conquistou com seu Sangue, e nos socorrais em nossas necessidades com o Vosso auxílio e poder. Protegei, ó Guarda providente da Divina Família, a raça eleita de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício. Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas; e assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus contra as ciladas de seus inimigos e contra toda adversidade. Amparai a cada um de nós com o Vosso constante patrocínio a fim de que, a Vosso exemplo e sustentados por Vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança. Amém.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 30 de abril de 2024
DIA DE SÃO PIO V - 30 DE ABRIL
DIA DE SÃO PIO V - 30 DE ABRIL
HOMILIA - 30.04.24
HISTÓRIA DE SÃO PIO V
Nascido no ano de 1504 na província de Alexandria, Egito, São Pio V, tinha o nome de Antonio Miguel, logo aos 14 anos ingressou na congregação dos Dominicanos, logo após isso sendo ordenado sacerdote, e passando por todas as etapas rapidamente.
São Pio V se tornou professor, prior, e bispo, e anos mais tarde se tornaria finalmente o Papa, sendo um grande reformador da Igreja.
Após assumir São Pio V apesar de ter sido procurado por parentes, não os deu sequer um emprego, com a afirmação de que ainda que parente do Papa, se não estiver miserável, já é rico o suficiente.
São Pio V era um homem muito rígido, e implantou várias mudanças no campo pastroal, como a obrigação de residência para os bispos, o celibato e a santidade de vida dos sacerdotes, e visitas as pastorais.
Mais que um Papa, Pio V também uniu a Europa, acabando com várias guerras internas, excomungando a rainha da Inglaterra Elizabeth Primeira.
Durante muitos anos, fez um belo trabalho, porém, no dia 1 de maio de 1572, o Papa Pio V faleceu, deixando um legado de renovação, e santidade na igreja seguido até hoje.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 29 de abril de 2024
DIA DE SANTA CATARINA DE SENA - 29 DE ABRIL
DIA DE SANTA CATARINA DE SENA - 29 DE ABRIL
HOMILIA - 29.04.24
HISTÓRIA DE SANTA CATARINA DE SENA
Origens
Catarina nasceu em 25 de março de 1347, na cidade de Siena (Sena), na Itália. Filha de uma família muito pobre, ela foi uma entre os vinte e cinco filhos que seus pais tiveram. Por causa de toda essa situação, Catarina teve uma infância conturbada. Não teve condições de estudar e, além disso, cresceu fraca e franzina. Vivia sempre doente.
Chamada desde criança
Com apenas sete anos, a pequena Catarina quis consagrar a Deus sua virgindade. Já nessa idade, relatava visões em seus momentos de oração. Também já fazia penitências rigorosas, mesmo que sua família se opusesse a isso. Obedecendo ao chamado de seu coração, ela seguia em frente.
Um exemplo que converte
Tendo apenas quinze anos, a jovem Catarina decidiu ingressar na Ordem Terceira de São Domingos, ou, Dominicana. Também como religiosa, em seus momentos de oração contemplativa, entrava em êxtases. A simples observação desses fatos levou à conversão centenas de pessoas durante a juventude da Santa.
Analfabeta e mestra
Depois de adulta, Catarina de Sena continuou sua vida de oração e atuação na sociedade. Com o intuito de orientar o povo, e como não sabia escrever, ela passou a ditar cartas para as pessoas. Nessas cartas, ela orientava as atitudes conduzindo para a misericórdia e convocando a todos para o exercício da caridade, para o esforço pelo entendimento e pela paz.
Influenciando os destinos da Igreja
Então, apareceu a primeira grande dificuldade na vida de Catarina e da Igreja: o cisma católico. Fazia já setenta anos que a sede da Igreja estava em Avignon, na França, e não em Roma. Com isso, a autoridade da igreja sofria influência da política francesa. Muitos na igreja pensavam que seria impossível superar essa adversidade, porque dois papas estavam disputando a Cátedra de São Pedro. Com isso, o povo católico, em todo o mundo, sofria. Santa Catarina, porém, inspirada por Deus, começou a agir. Viajou pela Itália inteira e também por outros países, falando, pregando, ditando cartas aos reis, aos príncipes e aos governantes católicos. Também ditou cartas aos cardeais e aos bispos. Por fim, ela conseguiu que Urbano VI, o verdadeiro papa, voltasse para Roma e assumisse o legítimo governo da Igreja.
Heroína durante a peste negra
Outra grande dificuldade enfrentada por Santa Catarina de Sena, foi a peste negra. Para muitos, essa barreira seria intransponível. Santa Catarina, porém, enfrentou com serenidade e firmeza. A peste, com efeito, dizimou quase um terço de toda a população da Europa. Santa Catarina colocou-se ao lado dos doentes, lutando por eles e curando a muitos através de ações diretas e de suas orações. Seu exemplo de amor e misericórdia converteu centenas de pagãos e deixaram seus contemporâneos perplexos.
Analfabeta e Doutora da Igreja
Em meio a todas essas turbulências em sua vida, Santa Catarina de Sena conseguiu deixar obras literárias extraordinárias, ditadas por ela, escritas e editadas por vários copistas. Sua obra é de grande valor histórico, espiritual, religioso e místico. Um de seus livros mais importantes é o "Diálogo sobre a Divina Providência". Esta obra é lida, estudada e respeitada até os dias de hoje. No seu tempo, teólogos famosos viajavam de longe para ouvir as pregações e meditações de Santa Catarina de Sena, por causa de sua grande sabedoria, profundidade teológica e poder da Palavra.
Humildade e estigmas de Cristo
Santa Catarina de Sena não era nem mesmo uma religiosa com votos perpétuos. Era apenas uma simples irmã leiga da Ordem Terceira dos Dominicanos. Porém, apesar de analfabeta, ela é considerada a mulher cristã mais impressionante do segundo milênio. Frágil, simples, além de toda a sabedoria de Deus, ela portava em seu corpo franzino os estigmas, ou seja, as chagas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Morte
Catarina de Sena faleceu em 29 de abril de 1380, dia de sua festa. Foi vítima de um derrame quando tinha apenas trinta e três anos de idade. Em tão pouco tempo de vida, esta mulher admirável realizou muito pela Igreja e pela humanidade. A cabeça de Santa Catarina está na cidade de Sena. Lá se conserva a casa onde ela viveu. Seu corpo foi trasladado para Roma. Fica na Igreja de Santa Maria Sopra Minerva. O Papa Paulo VI declarou-a "doutora da Igreja" em 1970, por causa da grandeza teológica e mística de sua obra.
Oração a Santa Catarina de Sena
“Ó notável maravilha da Igreja, serva virgem, que por causa de suas extraordinárias virtudes e pelo que conseguistes para a Igreja e a Sociedade fostes aclamada e abençoada por todos.
Volte teu bondoso olhar para mim, que confiante na tua poderosa proteção pede com todo o ardor da afeição e suplica a ti que obtenha pelas tias preces o favor que ardentemente desejo (dizer aqui a graça desejada).
Com tua imensa caridade recebestes de Deus os mais estupendos milagres e tornou-se a alegria e a esperança de todos nós que oramos a ti e rogamos ao teu coração tu recebestes do Divino Redentor.
Serva e virgem, demonstre de novo o seu poder e da sua caridade e o seu nome será novamente exaltado e abençoado e consiga para nós, a graça suplicada com a eficácia de sua intercessão junto a Jesus e ainda a graça especial de que um dia estejamos juntos no Paraíso em eterna alegria e felicidade. Amém.
Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai... Santa Catarina de Sena, rogai por nós!”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 28 de abril de 2024
DIA DE SÃO LUÍS MARIA DE MONTFORT - 28 DE ABRIL
DIA DE SÃO LUÍS MARIA DE MONTFORT - 28 DE ABRIL
HOMILIA - 28.04.24
HISTÓRIA DE SÃO LUÍS MARIA DE MONTFORT
Louis-Marie Grignion de Montfort Nasceu em Montfort-Sur-Meu (França) em 31 de Janeiro de 1673, aos 12 anos foi estudar no colégio dos Jesuítas de Rennes. E terá sido já no colégio Saint-Thomas-Becket da mesma cidade, durante seus estudos de teologia e filosofia, que sua grande devoção a Maria Santíssima começou a desabrochar, transformando-o, mais tarde, num dos mais eminentes mariólogos da Igreja. Autor de vários livros de espiritualidade, entre eles o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, o mais conhecido e difundido no mundo. Fundou várias congregações religiosas para continuar a sua obra. Entre eles destacam-se a Companhia de Maria e as Filhas da Sabedoria. Louis Le Crom, missionário da Companhia de Maria, é historiador e consagrou dez anos da sua vida a escrever esta biografia completíssima do grande apóstolo mariano.
Hoje celebramos a festa litúrgica de Luís Maria de Montfort. A festa é mais uma vez uma ocasião para recordar com afeto e gratidão um santo, que não é uma figura desvanecida do passado, mas um ícone sempre luminoso do presente.
Grignion de Montfort morreu a 28 de abril de 1716, durante a missão em Saint-Laurent sur-Sèvre, após o seu último sermão sobre a doçura e ternura do amor de Jesus. Morreu jovem, aos 43 anos, após dezasseis anos de vida missionária, viveu intensamente, cheio de zelo pelo Evangelho, saindo sempre de si mesmo - diria o Papa Francisco - para o Senhor e para as periferias existenciais do seu tempo. O desejo de tornar Jesus conhecido e de trazer os corações de volta para Ele é a paixão que o consumiu! Era um vagabundo nas estradas do Reino de Deus, com um cajado numa mão e o Evangelho e o terço na outra.
A inscrição então colocada no seu túmulo diz: "como ele viveu, assim ele morreu"! O contrário também é verdade: ao contemplar como São Luís Maria morreu, descobrimos para quem e pelo que viveu, quais foram os batimentos do seu coração!
É assim que os seus biógrafos relatam os seus últimos momentos: " Pegou na sua mão direita o crucifixo que tinha trazido consigo de Roma... e na sua mão esquerda pôs a estátua da Santíssima Virgem que normalmente levava sempre consigo. E, uma após outra, beijou ternamente estas imagens, invocando Jesus e Maria". Toda a sua vida está aqui, sempre colocada entre Jesus e Maria! Uma vida totalmente dada a Jesus, em primeiro lugar! Ele procurou e desejou apenas a Sabedoria, o amável Jesus, e encontrou-o a viver em Maria. Para que o seu coração nunca deixasse de bater com amor por ela, deixou escrito: "Quero que o meu corpo seja enterrado no cemitério e o meu coração debaixo do altar de Nossa Senhora"!
Os biógrafos continuam: "Algumas horas antes da sua morte, as pessoas foram reunidas à porta do seu quarto, pedindo para serem autorizadas a entrarem para receber a sua bênção. Ao ouvir o barulho, perguntou porquê. Disseram-lhe, e ele implorou a todos os que estavam perto dele que os deixassem entrar no quarto, todos se ajoelharam para pedir a sua bênção, chorando e soluçando". Luís Maria de Montfort foi o padre de compaixão para com todos aqueles que a sociedade do seu tempo fez e chamou de desperdício humano. Ensinou catecismo a mendigos pobres, visitou e exortou prisioneiros nas prisões, consolou os doentes nos hospícios. Com os seus gestos deu testemunho da misericórdia de Deus e não teve vergonha de tocar a carne de Cristo na carne dos pobres. E eles vieram à sua procura....
O que é que São Luís Maria de Montfort nos deixa? O convite a fazermo-nos peregrinos nos caminhos do Evangelho para conquistar para Cristo aqueles que esqueceram o tesouro do batismo, para cultivar uma intensa e verdadeira devoção a Maria, para "sair" para a "periferia existencial" do nosso tempo, para sermos convencidos e, sobretudo, testemunhas convincentes da vida cristã!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 27 de abril de 2024
DIA DE SANTA ZITA, PADROEIRA DAS EMPREGADAS DOMÉSTICAS - 27 DE ABRIL
DIA DE SANTA ZITA, PADROEIRA DAS EMPREGADAS DOMÉSTICAS - 27 DE ABRIL
HOMILIA - 27.04.24
HISTÓRIA DE SANTA ZITA, PADROEIRA DAS EMPREGADAS DOMÉSTICAS
Origens
Zita nasceu no ano 1218, no pequeno povoado chamado Monsagrati, que ficava perto da cidade de Luca, Itália. Sendo de família pobre e com muitos filhos, com apenas doze anos, Zita foi levada para trabalhar na casa de uma família rica e nobre da cidade de Luca. Esta era a única maneira de uma moça não passar a ser mais um peso para a família.
Semiescravidão
Trabalhando para os nobres, Zita não tinha salário. Vivia quase como uma escrava. Em troca, recebia comida e vestimenta. Se a família gostasse dela e quisesse lhe dar um futuro mais seguro, era possível que lhe dessem um dote para poder se casar. Mas isso não era, de maneira alguma, uma obrigação. Muitas moças continuavam no regime de semiescravidão, sem conseguirem casamento, vivendo como eternas dependentes da família para a qual trabalhava.
Sofrimentos
A família para a qual Zita foi trabalhar não tinha o costume de tratar seus criados com dignidade. Por isso, Zita sofreu muito. Nos primeiros anos, principalmente. Ela foi maltratada por seus patrões e também pelos outros empregados da casa. Zita, porém, era cristã e buscava na oração a força para suportar todas as humilhações que sofria. E a história conta que ela conseguiu suportar tudo com fé e humildade. Destacava-se, no meio dos sofrimentos, pela oração e pela prática da caridade para com os menos favorecidos que ela.
Famosa entre os mais pobres
A caridade cristã fez com que Zita se tronasse bastante conhecida entre os mais pobres que viviam perto da casa ode trabalhava. Tudo aquilo que ela ganhava de seus patrões, a saber, roupas, alimentos a mais, e algum trocado, ela doava aos que mais precisavam.
Reconhecimento
A caridade de Zita foi notada e considerada por seus patrões. Percebendo seu espírito cristão e sua eficiência no trabalho, eles passaram para as mãos da jovem Zita o comando da casa e de todos os criados. Os patrões ficaram satisfeitos com os resultados. Porém, os criados começaram a se morder de inveja e ciúme.
Falsa acusação e milagre
Cheia de inveja e querendo assumir o posto de Zita, uma das criadas da casa acusou-a de distribuir alimentos da despensa da casa entre os mendigos sem autorização dos patrões. Isso seria uma falta bastante grave. Por sua vez, Zita teria muita dificuldade para provar que estava sendo vítima de uma falsa acusação. Quando Zita vinha carregando um grande volume de algo em seu avental, o grande patriarca da casa chegou e, influenciado pela criada invejosa, perguntou a Zita o que ela estava levando escondido no avental. Zita respondeu: "são flores". Então, ela soltou o avental e um grande volume de flores caiu e cobriu os pés da santa. Sua inocência ficou provada. Ela foi defendida por Deus.
Amor pelos pobres
A vida de Santa Zita foi de uma linda dedicação aos mais pobres e aos doentes. Ela conseguiu manter essa dedicação até pouco antes de sua morte, que aconteceu em 27 de abril do ano 1278. Tinha ela, então, sessenta anos. Entretanto, o amor e intercessão de Santa Zita em favor dos pobres não terminou com sua morte. Pelo contrário, graças e mais graças começaram ser derramadas sobre todos os que invocavam sua intercessão com fé.
Corpo incorrupto
Por causa dos milagres, o corpo de Santa Zita foi levado para a basílica de São Frediano, em Luca. Na última exumação, feita em 1652, foi constatado que seu corpo estava inteiro, incorrupto. Por isso, o local se tornou um lugar de peregrinação, bênçãos, graças e de vários milagres inexplicáveis pela ciência e aceitos pela Igreja. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Inocêncio XII em 1696. A vida e o exemplo de Santa Zita marcaram tanto a cidade de Luca, que ela foi proclamada padroeira da cidade. Mais tarde, o Papa Pio XII proclamou-a como Padroeira dos empregados domésticos.
Oração a Santa Zita
“Ó Santa Zita, que no humilde trabalho doméstico soubestes ser solícita como foi Marta, quando servia a Jesus, em Betânia, e piedosa como Maria Madalena, aos pés do mesmo Jesus, ajudai-me a suportar com ânimo e paciência todos os sacrifícios que me impõem os meus trabalhos domésticos: ajudai-me a tratar as pessoas da família a que sirvo como se fossem meus irmãos.
Oferecimento: Ó Deus, recebei o meu trabalho, o meu cansaço e as minhas tribulações, e pela intercessão de Santa Zita, dai-me forças para cumprir sempre meus deveres, para merecer o reconhecimento dos que sirvo e a recompensa eterna no céu. Santa Zita, ajudai-me. Santa Zita, rogai por nós.”