HOMILIA - 26.06.24
HISTÓRI DE SÃO JOÃO E SÃO PAULO, MÁRTIRES
João e Paulo são dois santos que foram martirizados em Roma no dia 26 de junho. Eles não devem ser confundidos com os Apóstolos de mesmo nome (João e Paulo). O ano da morte deles é incerto, de acordo com os seus Atos, mas se sabe que foi durante o reinado de Juliano, o Apóstata (r. 361-363).
História: Na segunda metade do século IV, Bizâncio, um senador romano e Pamáquio, seu filho, fizeram de sua casa, no monte Célio, uma basílica cristã. No século V, os presbyteri tituli Byzantii (sacerdotes do titulus de Bizâncio) foram mencionados numa inscrição e aparecem entre os signatários da ata de um concílio em Roma em 499. A igreja era também chamada de titulus Pammachii em homenagem a Pamáquio, um amigo de São Jerônimo. Nos antigos aposentos do piso térreo da casa de Bizâncio, que ainda existe e está sob a basílica, está o túmulo de dois mártires romanos, João e Paulo, um local que já era objeto de veneração no início do século V. Porém, o Sacramentarium Leonianum indica, em seu prefácio à festa dos santos, que seus restos foram depositados nas muralhas da cidade após o martírio, enquanto que em um dos primeiros itinerários de visita às tumbas dos mártires romanos, o túmulo deles estava indicado como estando numa igreja no monte Célio. Seja como for, o titulus Byzantii ou Pammachii ficou conhecido, já há muito, pelo nome dos dois mártires (titulus SS. Joannis et Pauli). Não se discute que os dois foram de fato mártires, mas como e quando seus restos foram transportados para a casa de Bizâncio sob a basílica, só sabemos que ocorreu após o século IV. Os aposentos do térreo da citada casa de Pamáquio foram redescobertos sob a Basílica de Santi Giovanni e Paolo, em Roma. Eles estão decorados com importantes afrescos e o túmulo original dos mártires (confessio) está coberto de pinturas sobre eles. Os aposentos e a tumba são um dos primeiros e mais importantes memoriais cristãos em Roma.
De acordo com os seus "Atos" (Acta), os mártires eram eunucos de Constantina, filha de Constantino, e conheceram um tal Galicano, que construiu uma igreja em Ostia. Por ordem do imperador romano Juliano, o Apóstata, eles foram decapitados secretamente por Terenciano na casa deles, no monte Célio, local onde uma igreja foi posteriormente erguida e onde eles foram enterrados.
Desde a construção da basílica, os dois santos são objeto de grande devoção e o seus nomes são parte do Cânone da Missa. A Basílica de Santi Giovanni e Paolo, em Roma, é dedicada a eles, assim como a Basílica de San Zanipolo ("Zanipolo" é o termo para João e Paulo na língua veneziana), em Veneza.