Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)
Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 04 de dezembro de 2020
DIA DE SÃO JOÃO DAMASCENO - 04 DE DEZEMBRO
DIA DE SÃO JOÃO DAMASCENO - 04 DE DEZEMBRO
HOMILIA - 04.12.20
São João Damasceno
Lembramos São João Damasceno, um santo Padre e Doutor da Igreja de Cristo. Nasceu em 675, em Damasco (Síria), num período em que o Cristianismo tinha uma certa liberdade, tanto assim que o pai de João era muito cristão e amigo dos Sarracenos, que, naquela época, eram senhores do país. Essa estima estendia-se também ao filho. Os raros talentos e merecimentos deste levaram o Califa a distingui-lo com a sua confiança e nomeá-lo prefeito (mansur) de Damasco.
João Damasceno, ainda jovem e ajudante do pai, gozava de muitos privilégios financeiros, mas, ao crescer no amor ao Cristo pobre, deu atenção à Palavra, que mostra a dificuldade dos ricos (apegados) para entrarem no Reino dos Céus. Assim, num impulso para a santidade, renunciou a todos os bens e os deu aos pobres. Preferiu São João uma vida de maus tratos, a se entregar as “delícias venenosas” do pecado.
Retirou-se para o convento de São Sabas, perto de Jerusalém, e passou a viver na humildade, caridade e alegria. Escreveu inúmeras obras tratando de vários assuntos sobre teologia, dogmática, apologética e outros campos que fizeram de São João digno do título de Doutor da Igreja. Com escritos defendeu, principalmente, a Igreja contra os iconoclastas, que condenavam o uso de imagens nas Igrejas.
Certa vez, os hereges prenderam São João e cortaram-lhe a mão direita, a fim de não mais escrever, mas, por intervenção de Nossa Senhora, foi curado. Seu amor à Mãe de Jesus foi tão concreto que foi São João quem tornou presente a doutrina sobre a Imaculada Conceição, Maternidade divina, Virgindade perpétua e Assunção de corpo e alma de Maria. Esse filho predileto da Mãe faleceu em 749, aOS 74 anos de idade.
Foi declarado Doutor da Igreja pelo Papa Leão XIII em 1890.
São João Damasceno, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 03 de dezembro de 2020
DIA DE SÃO FRANCISCO XAVIER - 03 DE DEZEMBRO
DIA DE SÃO FRANCISCO XAVIER - 03 DE DEZEMBRO
HOMILIA - 03.12.20
HISTÓRIA DE SÃO FRANCISCO XAVIER
São Francisco Xavier nasceu nas terras de sua própria família, denominada Xavier, Reino de Navarra, na península Ibérica, Espanha, no dia 7 de Abril de 1506. Foi o filho caçula da família. Seu pai se chamava Juan de Jasso e era um aristocrático conselheiro do Rei de Navarra, João III. Sua mãe se chamava Maria de Azpilicueta y Xavier, era de família nobre também de Navarra.
Em 1512, o reino de navarra foi atacado por tropas castelhanas e aragonesas. Sua família lutou resistindo à invasão, mas perderam a luta em 1515. Francisco tinha quase nove anos. Seus irmãos foram presos e condenados a morrer depois de passarem um tempo na masmorra. Depois, porém, conseguiram ser libertados.
Formação de São Francisco Xavier
Neste período, aos 9 anos de idade, seu pai veio a falecer. Sua mãe envia-o, aos catorze anos, ao Colégio de Santa Bárbara, na cidade de Paris. Francisco se preparou para entrar na universidade e terminou os estudos preliminares de literatura, humanidades e filosofia. Aprendeu a falar francês, italiano e alemão. Passou a lecionar filosofia no Colégio de Beauvais. Conta-se que ele foi o campeão numa competição de salto em altura entre estudantes.
Cofundador da Ordem dos Jesuítas
Francisco dividia o quarto com um francês chamado Le Fèvre e um espanhol chamado Inácio de Loyola, futuro santo e fundador da ordem dos jesuítas. Eles criam um grupo com o nome de Societas Jesus (Sociedade de Jesus). Com mais quatro jovens, eles fundam a Companhia de Jesus, atualmente conhecida como Jesuítas, a maior ordem religiosa do mundo. Eles fizeram voto de pobreza e foram reconhecidos pelo Papa em 1541. Francisco de Xavier foi ordenado sacerdote em Veneza, em 24 de junho de 1537.
O missionário São Francisco Xaviera
Em setembro de 1543, São Francisco Xavier parte para a sua primeira missão. Foi para um lugar chamado Costa de Pescaria, que ficava no litoral sul da Índia. Nesse local, o povo vivia da pesca. Porém, os hindus se tornavam inimigos daquele povo, porque não aceitavam a pescaria, que matava os peixes. Os pescadores locais se identificaram de pronto com o cristianismo, pois essa religião aceitava sua profissão de pescadores. Eles se identificaram com os primeiros apóstolos de Jesus, que eram pescadores, e com um dos símbolos da nova religião, o peixe. O trabalho de Francisco de Xavier converteu o povo da Costa de Pescaria e provocou mudanças nas ilhas da Indonésia Oriental. Por isso, ele passou a ser chamado de o Apóstolo dasÍndias.
São Francisco Xavier vai ao Japão
Francisco chegou como missionário ao Japão em julho de 1549. O navio em que viajava, porém, aportou em Kagoshima, na ilha de Kiushu, somente em agosto. Ele foi muito bem recebido e se hospedou na casa de Angiró até outubro do ano seguinte.
Depois, foi para Quioto, mas só foi autorizado a pregar em 1551. Como não falava a língua japonesa, teve que se contentar em ler o catecismo, que era traduzido pelo amigo Angiró. São Francisco Xavier, porém, foi perseverante e paciente. Alguns anos mais tarde, sua missão no Japão começou a dar frutos.
Ele conseguiu firmar congregações religiosas nas cidades de Bungo, Hirado e Yamaguchi. Xavier trabalhou lá durante mais dois anos. No seu ardor missionário, aprendeu a língua japonesa, na qual escreveu um livro que falava da criação do mundo e sobre a vida de Jesus Cristo. Depois, ele foi substituído por outros padres jesuítas, os quais supervisionou durante um tempo. Então, regressou à Índia para fazer ainda inúmeros trabalhos de evangelização.
Morte
No dia 3 de dezembro de 1552, Francisco Xavier faleceu deitado numa esteira, com o crucifixo que o amigo Inácio de Loyola tinha lhe dado. Seu sepultamento foi em Sanchoão, mas seus restos mortais, que continuavam incorruptos, foram levados temporariamente à Igreja de São Paulo, em Malaca, em 1553. Em seguida, seus restos mortais são levados para a Basílica do Bom Jesus de Goa. Ele pode ser visto, ainda hoje, numa caixa de vidro e prata. As peregrinações ao local começaram em dezembro de 1637.
Um osso do braço direito de São Francisco Xavier está na igreja de São José, em Macau, na China, mantido em um relicário. A partir de sua morte, muitas igrejas foram construídas em sua homenagem.
Milagres de São Francisco Xavier
São Francisco Xavier tinha o dom de prever o futuro, ver fatos que aconteciam em outro lugar e acalmar tempestades. Na arte, sua imagem é associada a um caranguejo e um crucifixo, símbolo relacionado com um grande milagre. Aconteceu quando São Francisco navegava na região das ilhas Molucas, as quais ele evangelizou e onde viveu muitos anos. Durante um forte temporal, os marinheiros gritavam pela ajuda de Deus. Com calma, o Santo mergulhou seu crucifixo de madeira no mar agitado. Na mesma hora, o as águas se acalmaram, e o crucifixo sumiu no mar. Ao desembarcarem na praia, os marinheiros, assombrados, viram um caranguejo sair da água com o crucifixo. Xavier o recolheu, e o animal voltou para o mar. São Francisco Xavier nunca disse uma palavra sobre o acontecido.
Devoção a São Francisco Xavier
Francisco de Xavier foi beatificado em 25 de outubro de 1619, pelo Papa Paulo V, e, junto com Inácio de Loyola, foi canonizado em 1622, pelo Papa Gregório XV. Ele é considerado o protetor dos missionários. A Igreja celebra seu dia em 3 de dezembro.
Oração a São Francisco Xavier
Amabilíssimo e amantíssimo Santo, em união convosco, adoro reverentemente a Divina Majestade e, pelo muito que me regozijo dos especialíssimos dons da graça com que vos favoreceu durante a vossa vida mortal e pela glória que gozais agora, eu rendo-vos afetuosíssimas graças e peço-vos do fundo de minha alma e por vossa poderosa intercessão me conceda a graça importantíssima de viver e morrer santamente. E vos suplico também... (aqui o pedido especial) e se o que peço não convier à glória de Deus e ao proveito de minha alma, quero alcançar aquilo que a uma e outra seja mais conforme.
Amém!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 02 de dezembro de 2020
DIA DE SANTA BIBIANA - 02 DE DEZEMBRO
DIA DE SANTA BIBIANA - 02 DE DEZEMBRO
HOMILIA - 02.12.20
HISTÓRIA DE SANTA BIBIANA
Origens
O que se sabe sobre Santa Bibiana é que ela viveu durante um dos últimos suspiros da perseguição do Império Romano contra os cristãos. Aconteceu entre os anos 361 e 363, sob as ordens do Imperador Juliano, apelidado de “o apóstata”. Ele ganhou esse apelido porque renegou o batismo cristão que tinha recebido, abandonou a fé e começou a empreender verdadeira guerra contra o cristianismo.
A perseguição do Imperador Juliano
Juliano começou sua guerra anticristã fazendo a substituição de todos os cristãos que ocupavam cargos no Império. Todos eram substituídos por não cristãos. Além disso, os cristãos mais populares, mais perseverantes e os que exerciam liderança eram humilhados, torturados publicamente e, muitas vezes, mortos.
Execução da família de Bibiana
No ano 363, os pais de Santa de Bibiana, que eram cristãos fervorosos, foram executados na presença de Bibiana e de sua irmã, chamada Demétria, porque não renunciaram à fé cristã. Flaviano, pai de Bibiana, foi morto com um símbolo marcado na testa. Esse símbolo o identificava como sendo escravo. A mãe de Bibiana, chamada Defrosa, foi decapitada. Bibiana e a irmã foram aprisionadas antes de serem mortas.
Sofrimento e milagres
Demétria foi morta primeiro. Ela recebeu terríveis torturas, mas perseverou na fé até o fim. Bibiana presenciou tudo. Depois, então, aconteceu o martírio de Bibiana. Para ela, outra tática foi utilizada, com o fim de fazê-la abandonar a fé. Ela foi levada para um prostíbulo de luxo para ser prostituída. Porém, nenhum homem conseguiu aproveitar-se da sua grande beleza, porque, quando tentavam tocá-la, eram atacados por um estranho surto de loucura. Por isso, Bibiana, foi levada para um asilo de doentes mentais. Mas, lá, aconteceu o oposto: os doentes começaram a ser curados.
Martírio
Como Santa Bibiana não renegou sua fé em Cristo, ela foi levada para ser chicoteada. E o foi até morrer. Quando ela morreu de tanto apanhar, outro milagre aconteceu: os cães, que rodeavam a cena e atacavam ferozmente os cadáveres, não a tocaram. Pelo contrário, mantiveram-se, todos, a uma distância respeitosa, como que reverenciando a Santa. Por isso, seus restos mortais puderam ser recolhidos por outros cristãos e sepultados junto de seus familiares. Depois, todos foram transferidos para um túmulo feito para eles no monte Esquilino, na cidade de Roma.
Culto
Por fim, a perseguição romana acabou. A história do heroico martírio de Santa Bibianan e de seus familiares ganhou a devoção dos cristãos. Santa Bibiana passou a ser invocada como intercessora contra as doenças da cabeça, contra as doenças mentais e a epilepsia. Seu túmulo tornou-se local de grande peregrinação. Seu nome passou a ser muito usado para recém-nascidas de famílias cristãs.
Veneração
No ano 407, a veneração a Santa Bibiana estava tão difundida, que o Papa, chamado Simplício, mandou construir uma pequena igreja em sua homenagem, no local de sua sepultura. No ano 1625, foi construída uma basílica dedicada a Santa Bibiana, sobre as ruínas da primeira igreja. Com isso, o culto a Santa Bibiana ganhou nova força. As relíquias da Santa estão depositadas sob o altar-mor da Basílica.
Padroeira
Além de ser protetora contra as doenças da cabeça e da mente, Santa Bibiana é padroeira de Sevilha, na Espanha, e da Diocese de Los Angeles, Estados Unidos. Sua celebração acontece no dia 2 de dezembro, que é o dia em que ela entregou sua vida por amor a Jesus Cristo.
Oração a Santa Bibiana
“Ó Deus, Pai de misericórdia, que deste força para a tua jovem serva Bibiana testemunhar, com a suprema prova do martírio, a fé que recebeu de seus pais, Flaviano e Dafrosa, dá-me, também, a coragem de ser capaz de dizer sim à Tua vontade, para que eu seja sempre guiado por Ti. E tu, gloriosa Santa Bibiana, intercede por mim, junto ao Pai Celeste, para que, com a ajuda do Espírito Santo, possa ser fiel a Cristo e seu Evangelho. Que a tua coragem, de jovem cristã, incentive os nossos jovens a se esforçarem a construir um mundo novo, onde reina a civilização do amor, da fraternidade e da alegria. Envia, Senhor, a paz e a serenidade às nossas famílias, aos enfermos, aos idosos e a todos os que recorrem a Ti. Intercede por nós, hoje e sempre. Amém.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 01 de dezembro de 2020
DIA DE SANTO ELÍGIO (SANTO ELÓI) - 01 DE DEZEMBRO
DIA DE SANTO ELÍGIO (SANTO ELÓI) - 01 DE DEZEMBRO
HOMILIA - 01.12.20
Santo Elígio (Santo Elói)
Santo Elígio nasceu em Limoges, França, no ano de 588, de nobre família galo-romana, exerceu várias profissões e chegou a Bispo.
Elígio (também conhecido pelo nome de Elói) que, em Paris, tinha trabalhado como aprendiz junto com o superintendente de confecções de moedas reais, empenhou-se tanto e com tamanha honestidade que, com o precioso metal (ouro) que lhe foi fornecido para fazer um trono para o rei Clotário II, ele fez dois tronos, isso valeu-lhe a promoção de diretor da Casa da Moeda e ourives do rei. Ainda existem muitas moedas assinadas por Elígio, e sabe-se que, em determinada altura, também cunhou moedas em Marselha.
No tempo de Dagoberto II, filho e sucessor de Clotário II, Elígio foi um dos conselheiros mais influentes do rei. Diz-se que os enviados dos príncipes estrangeiros se avistavam previamente com ele, antes de serem recebidos oficialmente pelo soberano. Era diplomata hábil e, por mais de uma vez, conseguiu evitar a guerra. Gozava de tanta confiança junto do rei, que não só se permitia fazer-lhe reparos sobre a indumentária descuidada, mas também sobre a sua vida privada que, como se sabe, deixava ainda mais a desejar.
O tempo que sobrava a este homem da corte, dos seus negócios e orações, de acudir aos pobres, remir cativos ou libertar escravos, empregava-o em honrar com a sua arte as relíquias dos santos. Atribuem-se-lhe os relicários feitos para S. Germano de Paris, S. Piat, S. Severino, S. Martinho, Santa Comba e Santa Genoveva. Diz-se que decorou também com trabalhos de ourivesaria o túmulo de S. Dinis. Além disso, fundou mosteiros, entre os quais um perto de Solignac em Limousin, outro dedicado a S. Martinho de Noyon e ainda outro a seis milhas de Arrás, numa colina que depois se chamou Monte de Santo Elói (Santo Elígio).
Em 639, morto o rei, demitiu-se de todos os cargos, para entrar na vida eclesiástica, tendo sido ordenado sacerdote por Deodato, Bispo de Mans. Foi sagrado Bispo em Ruão, no dia 14 de maio de 641, e ocupou desde então a Sé Episcopal de Noyon. Foi grande organizador, apóstolo cheio de zelo, sabedoria e bondade. A sua atividade irradiou para Flandres, Holanda e até, segundo se conta, para a Suécia e Dinamarca.
É padroeiro dos joalheiros e ourives. Mas Santo Elígio é celebrado como protetor dos faqueiros, ferradores, ferreiros, seleiros, carreteiros, cocheiros, garageiros, mecânicos e metalúrgicos. Isso porque esse santo, antes de ingressar na vida religiosa exerceu várias profissões, como escultor, modelista, marceneiro e ourives.
Faleceu no ano de 659 com 71 anos de idade.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 30 de novembro de 2020
DIA DE SANTO ANDRÉ APÓSTOLO - 30 DE NOVEMBRO
DIA DE SANTO ANDRÉ APÓSTOLO - 30 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 30.11.20
HISTÓRIA DE SANTO ANDRÉ APÓSTOLO
Origens
André era irmão de Simão (posteriormente chamado de Pedro por Jesus). Ambos eram filhos de um pescador chamado Jonas e nasceram na cidade de Betsaida, às margens do Lago de Genesaré, também conhecido como Mar da Galiléia. André e Pedro eram pescadores como o pai, sócios de João e Tiago (também discípulos de Jesus) numa comunidade de pesca e moravam em Cafarnaum no tempo em que o Mestre apareceu. Às margens do Mar da Galileia, Cafarnaum era bem maior que Betsaida, recebia gente de todo lugar e era bem mais promissora.
Discípulo de João Batista
Antes de serem discípulos de Jesus, André e João, irmão de Tiago, foram discípulos de João Batista. Foi João Batista, aliás, quem apresentou Jesus a esses dois, dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo.” Os dois foram atrás de Jesus. O encontro com o Mestre deve ter sido maravilhoso porque, João, depois de mais de 60 anos, quando escreveu seu Evangelho, lembrou-se até da hora em que ele e André encontraram o Mestre: “Eram quatro horas da tarde”. (Jo 1, 35-40)
Primeiro discípulo de Jesus
André, juntamente com João, foram os primeiros a se tornarem discípulos de Jesus. O fato de ter sido discípulo de João Batista mostra que Santo André era um homem ligado à religião e estava em busca de algo mais. Depois de encontrar Jesus, ele faz questão de levar seu irmão Pedro até o Mestre, afirmando "Encontramos o Messias". Ele não guardou para si a graça de ter encontrado o Senhor. Por isso, foi o primeiro discípulo a apresentar futuros discípulos a Jesus.
Santo André no grupo dos doze
André era indicado pelos próprios discípulos como o "segundo na hierarquia", estando abaixo somente de Pedro, o líder escolhido por Jesus. Nas listas dos Apóstolos citadas nos Evangelhos, André figura entre os quatro primeiros. A Tradição diz que Santo André era mais velho que Pedro. Porém, não se sabe se era casado, como o irmão, ou se teve filhos. Sabe-se que, após seu encontro com Jesus, deixou tudo para seguir o Mestre.
Santo André nos Evangelhos
Santo André é mencionado doze vezes no Novo testamento. Além de ser descrito como primeiro discípulo, Santo André é citado no milagre da multiplicação dos pães. É ele quem apresenta o menino que tem cinco pães e dois peixes. (Jo 6, 8-14). Quando gregos pedem para ver Jesus, Filipe vai falar com André e André fala com Jesus. O fato evidencia a autoridade de André. Santo André participou de toda a vida pública de Jesus, viu todos os milagres que o Mestre realizou, ouviu todas as suas pregações e ensinamentos. Experimentou a própria fraqueza fugindo quando Jesus foi preso, mas experimentou também a alegria do perdão vindo de Jesus ressuscitado e a força do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Tudo isso moldou para sempre sua personalidade, e ele se tornou um grande Apóstolo.
O apostolado de Santo André
Logo após a Vinda do Espírito Santo, Santo André ajudou a fortalecer a Igreja nascente na Palestina. Depois, porém, partiu para anunciar o Evangelho em vários lugares da região, fixando-se em Patras, na Grécia. Lá, formou uma comunidade cristã forte, modelo para outras comunidades. Ali, surgiu uma igreja viva, rica em discípulos e missionários. Vários milagres aconteceram pela oração de Santo André.
Martírio
Porém, ali, também foi o local do seu martírio. Por causa do crescimento da comunidade cristã, o governador local chamado Egéas, subordinado ao imperador Nero, prendeu Santo André, porque o santo afirmava que Jesus era um juiz mais importante e acima dele (Egéas). O governador exigiu depois que Santo André adorasse os deuses pagão da região. O santo negou e ainda afirmou que aqueles deuses eram demônios. Por isso, Egéas condenou-o à crucificação. Santo André aceitou a sentença com alegria, pois sempre pregou a grandeza da cruz de Cristo. Antes de morrer, doou seus bens e suas roupas a seus carrascos e resistiu dois dias de grande sofrimento pregado numa cruz em forma de “X”. Antes de sua morte, uma forte luz envolveu todo o seu corpo e depois se apagou. Era o dia 30 de novembro de 60. Em 357, o imperador Constantino, convertido ao cristianismo, trasladou os restos mortais de Santo André para Constantinopla. Depois, essas relíquias foram trasladadas para Roma, onde estão até hoje, guardadas na Catedral de Amalfi.
Oração a Santo André
“Santo André, Apóstolo de Jesus Cristo, que conheceste a exigência e a alegria de seu primeiro apelo, dá-nos a graça de responder-lhe com a mesma fidelidade, de O servir cada dia no lugar que Ele para nós escolheu. Tu que distribuíste à multidão faminta o pão que o Senhor multiplicava em tuas mãos, obtém para nossa pobreza o mesmo milagre. Faze que esperemos o socorro de Deus com a invencível esperança do amor, preocupados unicamente com o advento de seu Reino. Testemunha da boa-nova que tua voz levou até as extremidades da terra, conserva nos apóstolos de nosso tempo esta fé viva que transporta montanhas e constrói o Reino. Mártir de teu testemunho, concede-nos a graça de união à Cruz de Jesus Cristo; que ela seja a alegria de nossa vida e o penhor de nossa ressurreição na claridade de Deus. Amém!”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 29 de novembro de 2020
DIA DE SÃO SATURNINO DE TOULOUSE - 29 E NOVEMBRO
DIA DE SÃO SATURNINO DE TOULOUSE - 29 DE NOVEMBRO
MOMILIA - 29.11.20
São Saturnino de Toulouse
De origem grega, São Saturnino é uma das devoções mais populares na França e na Espanha. A confirmação de sua vida emergiu junto com a descoberta de importantes escritos do cristianismo produzidos entre os anos 430 e 450. Conhecidos como a "Paixão de Saturnino", trouxeram dados enriquecedores sobre a primitiva Igreja de Cristo na Gália, futura França.
Esses documentos apontam Saturnino como primeiro bispo de Toulouse nos anos 250, sob o consulado de Décio. Era uma época em que a Igreja, naquela região, contava com poucas comunidades cristãs. Estava desorganizada desde 177, com o grande massacre dos mártires de Lyon. O número de fiéis diminuía sempre mais, enquanto nos dos templos pagãos as filas para prestar sacrifícios aos deuses parecia aumentar.
O relato continua dizendo que Saturnino, após uma peregrinação pela Terra Santa, iniciara a sua missão de evangelização no Egito, onde converteu um bom número de pagãos. Foi, então, para Roma e, fazendo uma longa viagem por vales e montanhas, atingiu a Gália.
Por onde andou, pregava com fervor, convertendo quase todos os habitantes que encontrava ao cristianismo. Consta que ele ordenou o futuro São Honesto e juntos foram para a Espanha, onde teria, também, batizado o agora São Firmino. Depois, regressou para Toulouse, mas antes consagrou o primeiro como bispo de Pamplona, e o segundo, para assumir a diocese de Amiens.
Saturnino fixou-se em Toulouse e logo foi consagrado como seu primeiro bispo. Embora houvesse um decreto do imperador proibindo e punindo com a morte quem participasse de missas ou mesmo de simples reuniões cristãs, Saturnino liderou os que o ignoravam. Continuou com o santo sacrifício da missa, a comunhão e a leitura do Evangelho.
Assim, ele e outros quarenta e oito cristãos acabaram descobertos reunidos e celebrando a missa num domingo. Foram presos e julgados no Capitólio de Toulouse. O juiz ordenou que o bispo Saturnino, uma autoridade da religião cristã, sacrificasse um touro em honra a Júpiter, deus pagão, para convencer os demais. Como se recusou, foi amarrado pelos pés ao pescoço do animal, que o arrastou pela escadaria do templo. Morreu com os membros esfacelados.
O seu corpo foi recolhido e sepultado por duas cristãs. No local, um século mais tarde, São Hilário construiu uma capela de madeira, que logo foi destruída. Mas as suas relíquias foram encontradas, no século VI, por um duque francês, que mandou, então, erguer a belíssima igreja dedicada a ele, chamada, em francês, de Saint Sernin du Taur, que existe até hoje com o nome de Nossa Senhora de Taur. O culto ao mártir São Saturnino, bispo de Toulouse, foi confirmado e mantido pela Igreja em 29 de novembro.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 28 de novembro de 2020
DIA DE SÃO TIAGO DAS MARCAS - 28 DE NOVEMBRO
DIA DE SÃO TIAGO DAS MARCAS - 28 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 28.11.20
HISTÓRIA DE SÃO TIAGO DAS MARCAS
Origens
Ele nasceu no ano 1394, em Monteprandone, pertencente à província de Ascoli Piceni, que fica na região de Le Marche (das Marcas), na Itália. Foi batizado com o nome de Domingos Gangali. Ficou órfão desde pequeno. Por isso, um tio assumiu sua educação. Homem de Deus, esse tio, sabiamente, o educou no seguimento de Cristo.
Advogado e franciscano
Domingos estudou na cidade de Perugia. Lá, diplomou-se em Direito Civil, juntamente com outro santo, o famoso João de Capistrano. Depois, decidiu deixar a advocacia para entrar na Ordem Franciscana. Estudou teologia e recebeu a ordenação sacerdotal. Adotou, então, o nome de Tiago, que passou a ser completado com o apelido "das Marcas", por causa de sua origem geográfica.
Discípulo de um santo
Frei Tiago das Marcas foi discípulo de Bernardino de Sena, outro grande santo contemporâneo e também franciscano. Na época, São Bernardino destacava-se como o maior dos pregadores na Igreja. Seguindo o exemplo de seu mestre, Tiago das Marcas sentiu-se chamado a dedicar sua vida ao ministério da pregação. Assim, como pregador do Evangelho, ele percorreu vários países da Europa como Itália, Boêmia, Polônia, Bósnia e Hungria. E ele fez isso obedecendo a ordens diretas vindas de Roma.
Fundador itinerante
Frei Tiago das Marcas ficava num mesmo lugar somente o tempo necessário para construir um novo mosteiro ou restaurar a observância primeira da Regra Franciscana. Depois, partia, enviado a um novo desafio ou ao cumprimento de uma das difíceis e delicadas missões em nome da Igreja. Os Papas Eugênio IV, Nicolau V e também Calisto III, enviaram-no em várias missões especiais em nome da Igreja.
Firme nas batalhas
Frei Tiago das Marcas também atuou nas cruzadas, acompanhando São João de Capistrano, seu colega de estudos, em pregações contra os turcos invasores. Ele foi um dos articuladores da famosa vitória de Belgrado, no ano 1456. Humilde e sincero nos conselhos de Jesus Cristo, ele jamais almejou subir em cargos na Igreja. Tanto que recusou ser aclamado bispo de Milão.
Austeridade
Como Franciscano, Frei Tiago das Marcas levava uma vida cheia de austeridade. Vivia entre jejuns e penitências. Devoto de Nossa Senhora de Loreto, pediu a ela a graça de poder pregar as verdades eternas com eficácia. Tal oração foi prontamente atendida, pois, desde então, sua pregação alcançou verdadeiros milagres, tocando os corações e levando a conversões que todos julgavam impossíveis.
Morte
Os severos jejuns que fazia enfraqueceram seu corpo. Por isso, ele chegou a receber a unção dos enfermos por nada menos que seis vezes. Mesmo assim, porém, veio a falecer somente aos 90 anos. Estava ele em Nápoles e, antes de morrer, pediu perdão aos confrades pelo mau exemplo que, julgava ele, tinha sido sua vida. Faleceu em 28 de novembro de 1476. Seus restos mortais foram depositados na igreja de Santa Maria Nova, em Nápoles. Há registro de inúmeros milagres operados pela intercessão de São Tiago das Marcas, tanto quanto estava vivo, quanto depois de sua morte. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Bento XIII em 1726.
Oração a São Tiago das Marcas
“Ó Deus, fizestes de São Tiago das Marcas um grande arauto do Evangelho, para salvação das almas e para chamar os pecadores de volta ao caminho das virtudes; concedei que, por sua intercessão, purificados de todo pecado, alcancemos a vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 27 de novembro de 2020
DIA DE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS E SÃO VIRGÍLIO - 27 DE NOVEMBRO
DIA DE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
E DE SÃO VIRGÍLIO - 27 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 27.11.20
HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
Origem na eternidade
A história de Nossa Senhora das Graças começa, na verdade, fora do tempo, quando o Pai, nos seus mais altos desígnios, planejou a encarnação de seu Filho Jesus no seio da humanidade. Nesse momento, o Pai também pensou em Maria, pois seu Filho teria que ter uma mãe humana. E a mãe do Salvador teria que ser “cheia de graça”. E assim aconteceu. A história começou, o mundo foi criado, o homem decaiu e Deus prometeu o Salvador. Por isso, Ele preparou Maria. Tanto que, quando o Anjo Gabriel apareceu para anunciar que ela seria a Mãe de Jesus, afirmou que ela era “cheia de graça”. (Lucas 1, 28)
Portadora de todas as graças
Em seguida, quando Maria disse o seu “sim” a Deus, diante do mesmo Anjo Gabriel, ela passou a ser portadora da maior de todas as graças que a humanidade poderia receber: o próprio Filho de Deus. Gerando Jesus para o mundo, Maria proporcionou que todas a graças chegassem até nós.
O título Nossa Senhora das Graças
Desde o início da Igreja, Maria sempre foi vista como “portadora das graças”. Porém, o título “Nossa Senhora das Graças” surgiu num determinado tempo da história e num local específico. Estamos falando das 17 horas e 30 minutos do dia 27 de novembro de 1830, na Rua Du Bac, 140, em Paris, França. Nesse local e data especificados, Catarina Labouré, então noviça da Congregação de São Vicente de Paulo, foi até à capela, impelida para rezar. Estando em oração, teve uma visão da Virgem Maria, que se revelou a ela como Nossa Senhora das Graças.
A aparição
E tal revelação não aconteceu somente por palavras. Nossa Senhora deu a Catarina Labouré uma visão reveladora. Vejamos o relato da própria Catarina que, depois, se tornou santa: "...uma Senhora de mediana estatura, de rosto muito belo e formoso... Estava de pé, com um vestido de seda, cor de branco-aurora. Cobria-lhe a cabeça um véu azul, que descia até os pés... As mãos estenderam-se para a terra, enchendo-se de anéis cobertos de pedras preciosas. A Santíssima Virgem disse-me: ‘Eis o símbolo das Graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem ...’ Formou-se então, em volta de Nossa Senhora, um quadro oval, em que se liam, em letras de ouro, estas palavras: ‘Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós’. Depois disso, o quadro que eu via virou-se, e eu vi no seu reverso: a letra M, tendo uma cruz na parte de cima, com um traço na base. Por baixo: os Sagrados Corações de Jesus e de Maria. O de Jesus, cercado por uma coroa de espinhos e a arder em chamas, e o de Maria também em chamas e atravessado por uma espada, cercado de doze estrelas. Ao mesmo tempo, ouvi distintamente a voz da Senhora, a dizer-me: ‘Manda, manda cunhar uma medalha por este modelo. As pessoas que a trouxeram, com devoção, hão de receber muitas graças”.
A revelação de Nossa Senhora das Graças
Enquanto contemplava essa cena maravilhosa, Maria sobre o globo terrestre e raios saindo de suas mãos em direção à terra, Catarina ouviu uma voz a lhe dizer: "Este globo que vês representa o mundo inteiro e, especialmente, a França, e cada pessoa em particular. Os raios são o símbolo das Graças que derramo sobre as pessoas que me as pedem. Os raios mais espessos correspondem às graças que as pessoas se recordam de pedir. Os raios mais finos correspondem às graças que as pessoas não se lembram de pedir.“
Pedir com fé
Compreendemos que o título Nossa Senhora das Graças está intimamente ligado à revelação da Medalha Milagrosa. Porém, as graças distribuídas por Nossa Senhora não dependem do uso da Medalha e sim de pedir a ela com fé e devoção. Tanto que, em outra aparição, Nossa Senhora se queixou a Santa Catarina Labouré dizendo: “Tenho muitas graças para distribuir... Mas as pessoas não me pedem...”
O poder da Medalha Milagrosa
Depois de um tempo, Catarina Labouré conseguiu que a medalha fosse cunhada, tal qual a Virgem Maria tinha lhe pedido. Logo, essa medalha se tornou um fenômeno inimaginável. A promessa da Virgem Maria se cumpria admiravelmente em todos os que usavam a Medalha com devoção. Graças a ela, uma terrível epidemia da peste negra foi debelada na França. Milhares de pessoas já tinham morrido quando a Medalha Milagrosa começou a ser usada. Então, os doentes que a recebiam com fé começaram a ser curados milagrosamente, pois a peste não tinha cura.
Milhões de Medalhas
Então, a Medalha Milagrosa passou de milhares para milhões de cunhagens. Espalhou-se rapidamente pela Europa, livrando milhões de pessoas da peste. Depois, espalhou-se por todo o mundo. E as graças continuam acontecendo até hoje. A medalha Milagrosa é a mais cunhada de todos os tempos. O número de medalhas, porém, não se compara ao número de graças derramadas pelas mãos cheias de amor da Virgem Maria, Nossa Senhora das Graças.
O papel da Virgem Maria
É interessante lembrar que Nossa Senhora é despenseira, ou seja, uma “distribuidora” de graças. As graças são de Deus e só Ele pode dá-las. Mas, em sua misericórdia, o Senhor escolheu distribui-las pelas mãos de sua mãe, Maria. Essa é a maravilha da nossa fé. Milhões de graças estão nas mãos de Nossa Senhora, e ela quer distribuí-las a seus filhos. É vontade de Deus que assim seja. Por isso, vamos pedir a ela, com fé. São Bernardo de Claraval dizia que “Nunca se ouviu dizer que ela não atendeu a quem pediu com fé.” Essa realidade maravilhosa é testemunhada por milhões de pessoas, ao longo de séculos. Por isso, não deixe de faze seus pedidos à Mãe Celestial. E não deixe também de usar a bendita Medalha Milagrosa de Nossa Senhora das Graças. E grandes graças vão acontecer na sua vida.
Oração a Nossa Senhora das Graças
“Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao contemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés para vos expor, durante esta oração, as nossas mais prementes necessidades (momento de silêncio e de pedir a graça desejada).
Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, esse favor que confiantes vos solicitamos, para maior Glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas. E para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre como verdadeiros cristãos. “
Rezar 3 Ave Marias.
Jaculatória contida na Medalha:
“Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Amém.
HISTÓRIA DE SÃO VIRGÍLIO
Entre os monges irlandeses, grandes viajantes, desejosos de peregrinar por Cristo, ao lado de Columba, Columbano, Quiliano, Gallo, encontramos são Virgílio, apóstolo de Caríntia e padroeiro de Salisburgo. Foi um dos bispos mais insignes, pela doutrina e pelo zelo pastoral e missionário. Irlandês, nascido no início do século VIII, monge e depois abade do mosteiro de Aghaboe, deixou, em 743, a ilha, para empreender no continente sua grande viagem missionária, concluída na Caríntia. Morou dois anos em Kiersy junto a Pepino, o Breve, que, em 745, o enviou para evangelizar a Baviera. Ali, o duque Odilon designou-lhe a abadia de São Pedro de Salisburgo e, pouco depois, a sucessão do bispo João.
Aquela designação parece ter dado motivo de atrito entre dois Santos. São Bonifácio, legado papal na Alemanha, desaprovou, não a escolha de Virgílio, mas a designação do candidato à sede episcopal feita por Odilon sem havê-lo consultado. Virgílio foi consagrado bispo somente em 755, após a morte de Bonifácio. Entre os dois santos, não faltaram divergências de ideias também no campo doutrinal.
Virgílio, homem de profunda cultura, versadíssimo em ciências matemáticas, tanto que mereceu o apelido de geómetra, sustentava, no setor cosmológico, a teoria dos antípodas, segundo a qual, em contraposição ao nosso mundo (estamos a oito séculos de Galileu e Copérnico), existia outro mundo, habitado por homens e iluminado por um sol diferente do nosso. No campo doutrina,l negava, como consequência, a unidade do gênero humano, afirmada pela Escritura.
Na controvérsia, Bonifácio defendia a doutrina tradicional, apoiado pela aprovação do Papa Zacarias que, numa carta a ele dirigida, definia como perversa a nova teoria. Felizmente, no monge irlandês, a versatilidade cultural andava junto com a humildade. Deixou de lado as disputas acadêmicas para dedicar-se com zelo à organização da Diocese de Salisburgo, inaugurando em 774, a primeira catedral da cidade, para onde fez transferir as relíquias de são Ruperto, primeiro bispo daquela sede. Mas não limitou sua ação somente à Diocese de Salisburgo, dedicando-se à evangelização da Caríntia, da Estíria e da Panônia. Entre as suas numerosas fundações monásticas, está a de Innichen (hoje são Cândido no Alto Ádige). O mosteiro, erigido em 769, foi colocado sob a regra beneditina. A morte colheu o infatigável missionário a 27 de novembro de 784, em Salisburgo, em cuja catedral foi sepultado.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 26 de novembro de 2020
DIA DE SÃO LEONARDO DE PORTO MAURÍCIO - 26 DE NOVEMBRO
DIA DE SÃO LEONARDO DE PORTO MAURÍCIO - 26 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 25.11.20
HISTÓRIA DE SÃO LEONARDO DE PORTO MAURÍCIO
Origens
Seu nome de batismo era Paulo Jerônimo. Nasceu no ano 1676, em Porto Maurício, cidade conhecida hoje como Impéria, na Itália. Era filho de um capitão da marinha chamado Domingos Casanova. Porém, ainda muito pequeno, ficou órfão. Por isso, foi levado para Roma, a fim de terminar seus estudos no famoso Colégio Romano. Concluída essa fase, foi para um convento franciscano chamado Retiro de São Boaventura. Lá, ingressou na Ordem Franciscana. Quando fez os votos, assumiu o nome de Frei Leonardo.
Pregador empolgante
Ordenado sacerdote, Frei Leonardo exerceu a maior parte de seu ministério na cidade de Florença, Itália. Era um pregador empolgante, principalmente nas vezes em que pregava sobre a Paixão de Cristo. Multidões acorriam para vê-lo e ouvi-lo. Percorreu a Itália inteira como missionário e pregador. Escreveu inúmeras obras de valor inestimável tanto para pregadores quanto para os fiéis. O Santo Afonso Maria de Ligório, que viveu na mesma época, afirmava que Frei Leonardo de Porto Maurício era o maior missionário a pregar naquele século.
Promotor da paz
Na ilha de Córsega, havia uma enorme divisão entre os cidadãos. Era uma situação grave. Por isso, o Papa foi inspirado a usar os dons de Frei Leonardo para beneficiar o povo, enviando-o para lá com a difícil missão de promover a paz. E qual não foi a surpresa geral quando o sábio e humilde frade franciscano conseguiu reestabelecer a paz e a reconciliação na ilha através de um acordo de paz.
Salvador do Coliseu
São Leonardo de Porto Maurício é conhecido também como “O Salvador do Coliseu”, e não é à toa. Num tempo em que o antigo edifício estava abandonado, depredado, e suas pedras eram retiradas para serem usadas em outras construções, ele realizou, ali, pela primeira vez, uma Via Sacra. Na celebração, ele definiu aquele lugar como sagrado, santificado, por causa do sangue dos mártires nele derramado. A medida foi tão impactante que se tornou tradição. Depois disso, o Coliseu passou a ser conservado. Tal Tradição permanece até hoje. Em toda Sexta-Feira da Paixão, o Papa celebra a Via-Sacra no Coliseu de Roma.
Profeta Mariano
São Leonardo foi também um grande devoto de Nossa Senhora. Desejava ardentemente que a Igreja proclamasse o dogma da Imaculada Conceição de Maria. Chegou a convencer Papa de então, Bento XIV, sobre a necessidade de convocar um concílio com o fim de discutir tal tema e, em seguida, proclamar o dogma. Ele não viveu para ver a proclamação, mas escreveu uma carta-profecia na qual previu que o dogma seria proclamado um dia, como, de fato, o foi, no ano de 1854.
Morte
Frei Leonardo faleceu no ano 1751, quando estava no Retiro de São Boaventura de Palatino, em Roma. Sua fama de santidade era tão grande que até mesmo o Papa Bento XIV ajoelhou-se em frente ao seu corpo. São Leonardo recebeu vários títulos como o “Santo da Via Sacra”, “Santo da Imaculada Conceição”, “Salvador do Coliseu” e “Pregador da Paixão de Cristo”. Mais tarde, o Papa Pio XI conferiu a ele o título de “Padroeiro de todos os sacerdotes que se entregam às missões no mundo.” São Leonardo de Porto Maurício é ainda festejado como padroeiro da cidade de Impéria, antiga Porto Maurício.
Oração a São Leonardo de Porto Maurício
“Ó Deus todo-poderoso e cheio de bondade, que fizestes de São Leonardo notável mensageiro do mistério da cruz, concedei, por sua intercessão, que, reconhecendo na terra as riquezas da cruz de Cristo, mereçamos alcançar nos céus os frutos da redenção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. São Leonardo, rogai por nós.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 25 de novembro de 2020
DIA DE SANTA CATARINA DE ALEXANDRIA - 25 DE NOVEMBRO
DIA DE SANTA CATARINA DE ALEXANDRIA - 25 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 25.11.20
SANTA CATARINA DE ALEXANDRIA
Catarina de Alexandria, também conhecida como "A Grande Mártir Santa Catarina", foi uma cristã, nascida pagã no ano de 300 d.C. na cidade egípcia de Alexandria, filha do rei local, Costes. Estudou filosofia, teologia e outras ciências. Além de muito inteligente e culta, era dotada de singular beleza.
Catarina viveu no tempo da cruel perseguição de Diocleciano aos cristãos. No Egito, a perseguição alcançou tal nível de crueldade que até os pagãos se compadeciam dos cristãos e procuravam ajudá-los. Santa Catarina foi instruída na fé cristã por um ermitão de nome Ananias, que a batizou. Ela começou a sofrer na própria pele a perseguição quando Maximino Daia, encantado por sua beleza, apaixonou-se por ela a ponto de divorciar-se apenas para se casar com ela. Mas, Catarina o rejeitou. Inconformado, o imperador romano convocou 50 filósofos com a missão de convencerem Catarina de que jamais poderia considerar Deus um homem que havia morrido crucificado.
Entretanto, Catarina, que tinha apenas 17 anos, fazendo uso de sua inteligência, de seus conhecimentos filosóficos, e, sobretudo, amparada na sua fé, reverteu a situação e terminou por convencer e converter ao cristianismo os 50 filósofos.
Irritado, sentindo-se derrotado, Maximino mandou trucidar os 50 sábios e, sem conseguir submeter Catarina a seus caprichos, condenou-a a morrer triturada, sob um carro com rodas com pontas de ferro.
Conta a lenda que, ao contato com o corpo de Catarina, as pontas de ferro dos carros se dobraram como se fossem vime. Ela foi então levada para fora da cidade para ser degolada.
Segundo ainda outra lenda, quando lhe cortaram a cabeça, em vez de sangue, jorrou leite. Por causa desses fatos, ela passou a ser invocada por todos os que trabalham com rodas, como carpinteiros, torneiros, amoladores, curtidores e também pelas mães que desejam ter leite para amamentar seus filhos. É também invocada pelos filósofos e estudantes. Sua festa foi incluída no calendário, no século XIV pelo Papa João XXII.
À exaltação a Santa Catarina, foram levantadas numerosas igrejas em toda a Europa. Por sua sabedoria, a Santa é invocada como protetora pelos estudantes, intelectuais e filósofos. Literatura e arte celebraram os louvores e imortalizaram sua figura. A Universidade de Paris escolheu-a como padroeira. E o Brasil honra-se em tê-la protetora de um Estado, que leva seu nome. O dia 25 de novembro é dedicado a Santa Catarina de Alexandria.
CURIOSIDADES HISTÓRICAS Foi ouvindo a voz de Santa Catarina que Joana d'Arc encontrou a espada que usaria em sua missão e que mudaria a história da França. Junto de Santa Margarida e do Arcanjo São Miguel, era uma das vozes que falavam com ela e a instruíram na sua missão de salvar a França.
No Brasil, é a padroeira principal do Estado e da Ilha de Santa Catarina e co-padroeira da Catedral metropolitana de Florianópolis.
CURIOSIDADE EM SANTOS A imagem de Santa Catarina de Alexandria, trazida a Santos por volta de 1540, pelo casal Luiz de Góes e Catarina de Aguillar, é o objeto mais antigo ainda existente na cidade. A peça de madeira, de aproximadamente 90 cm de altura, faz parte do acervo do Museu de Arte Sacra.
Em 1591, a capela foi parcialmente destruída, e a imagem, lançada ao mar pelos corsários de Thomas Cavendish e, após 72 anos, em 1663, recolhida casualmente por escravos de jesuítas. Por iniciativa do Padre Alexandre de Gusmão, e com a ajuda do povo, a capela foi reedificada, desta vez no alto do Outeiro. No século XIX, a capela foi demolida para a abertura da Rua Santa Catarina, hoje Visconde do Rio Branco.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 24 de novembro de 2020
DIA DE SANTO ANDRÉ DUNG-LAC E COMPANHEIROS MÁRTIRES
DIA DE SANTO ANDRÉ DUNG LAC E COMPANHEIROS MÁRTIRES - 24 DE NOVEMBRO
HOMILIA 24.11.20
HISTÓRIA DE SANTO ANDRÉ DUNG-LAC E COMPANHEIROS MÁRTIRES
Origens
A festa católica do dia de hoje celebra um grupo grande: são cento e dezessete cristãos que foram martirizados no Vietnã. Eles foram liderados, em sua maioria, pelo padre e Santo chamado André Dung-Lac. Foram beatificados pelo papa Leão XIII em 1900. A maioria desses cristãos viveu e exerceu seu ministério evangelizador entre os anos de 1830 a 1870.
Santo André Dung-Lac
Dentre esses cristãos destacou-se o padre André Dung-Lac, um dominicano que foi mestre e exemplo para todos na Igreja Católica do Vietnã. Ele recebeu a ordenação sacerdotal no ano 1823. Em sua missão, foi pároco e missionário em várias partes do Vietnã.
Prisões e morte
Foi preso várias vezes e libertado das prisões pelos fiéis, que pagavam resgate e conseguiam a sua liberdade. Ele, porém, discordava desses resgates e dizia: "Aqueles que morrem pela fé sobem ao céu. Ao contrário, nós que nos escondemos continuamente gastamos dinheiro para fugir dos perseguidores. Seria melhor deixar-nos prender e morrer". Por fim, ele acabou morrendo por decapitação, por ordem do governo local. Morreu por não renunciar à fé cristã. Por isso, é considerado mártir e santo. Sua morte, bem como a dos outros 116 ocorreu no dia 24 de novembro de 1839, na cidade de Hanói, no Vietnã.
O Evangelho no Vietnã
A história da evangelização do Vietnã começou no século XVI, através de missionários que partiram da Europa, sendo eles de várias congregações e ordens religiosas. A Igreja vietnamita enfrentou nada menos que quatro séculos de perseguições terríveis e sangrentas. Milhares de cristãos foram assassinados, martirizados e massacrados tanto em regiões periféricas do país, como nas montanhas e nos campos, quanto nas grandes cidades. Bispos, padres, catequistas, pais e mães de família, jovens, seminaristas, ninguém escapou da perseguição.
Discípulos e missionários
De acordo com os relatos do grande Martirológico Romano-Monástico, todas as vítimas da perseguição vietnamita eram cristãos que tinham se convertido no século XVI por missionários dominicanos. Mesmo esses missionários, que introduziram o Evangelho no Vietnã, foram mortos sob a acusação de introduzirem uma religião estranha no país.
O comunismo persegue os cristãos
Houve um período de calma que favoreceu a Igreja do Vietnã. Essa calma durou setenta anos. Nesse tempo, a igreja conseguiu promover sua reorganização, formando várias dioceses, com centenas de milhares de cristãos fervorosos, inspirados pelo sangue de seus mártires. Porém, os martírios, os assassinatos de cristãos pelo simples fato de serem cristãos voltaram ao Vietnã quando o comunismo foi introduzido no país. No ano 1955, chineses e russos destruíram todas as instituições cristãs no país. O governo comunista prendeu e matou bispos, padres e leigos de maneira cruel e sem limites. Alguns poucos conseguiram fugir através de uma única maneira possível: embarcações frágeis, sem recursos que, na maioria das vezes, naufragaram, matando outros milhares de cristãos.
O Evangelho venceu
Porém, apesar de toda essa tenebrosa perseguição comunista, o Evangelho de Jesus Cristo se manteve perseverante no coração dos cristãos vietnamitas. E, ao contrário do que os governos pretendiam, o sangue dos mártires, também no Vietnã, foi semente de novos e fervorosos cristãos. No ano 1988, o Papa João Paulo II celebrou a canonização desses mártires, liderados por Santo André Dung-Lac, cuja celebração ficou instituída para o dia em que foram mortos, 24 de novembro.
Oração a Santo André Dung-Lac e companheiros
“Deus, fonte e origem de toda a paternidade, que fortalecestes os mártires Santo André e seus Companheiros na fidelidade à cruz do vosso Filho até ao derramamento de sangue, concedei-nos, por sua intercessão, que, manifestando o vosso amor aos homens nossos irmãos, possamos chamar-nos e ser realmente vossos filhos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 23 de novembro de 2020
DIA DE SÃO CLEMENTE - 23 DE NOVEMBRO
DIA DE SÃO CLEMENTE - 23 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 23.11.20
HISTÓRIA DE SÃO CLEMENTE
Origens
Clemente foi o terceiro sucessor imediato do Apóstolo São Pedro no comando da Igreja em Roma. Santo Irineu escreveu sobre ele no ano 180: “Ele viu os apóstolos e conversou com eles, ouviu a voz da pregação deles e teve a tradição deles diante dos olhos”. Santo Ireneu também nos informa que o Papa Clemente é o autor de uma carta muito importante, que foi escrita pela Igreja de Roma à Igreja da cidade de Corinto.
Contemporâneo dos grandes apóstolos
Irineu viveu em Roma e, como vimos, conviveu com alguns apóstolos. Dentre eles, São João Evangelista, São Filipe, também um dos doze, e São Paulo. Clemente foi um dos colaboradores de são Filipe. Ele foi também discípulo de São Paulo. Paulo até cita o nome de Clemente na carta aos Filipenses: "E a ti, fiel Sínzigo, também rogo que as ajudes, pois que trabalharam comigo no Evangelho, com Clemente e com os demais colaboradores meus, cujos nomes estão inscritos no livro da vida". (Fl 4,3)
Um nobre romano
A Tradição cristã apresenta o papa São Clemente I como sendo filho de um senador chamado Faustino. Este era da família Flávia, que, por sua vez, era parente do imperador romano chamado Domiciano. São Clemente I foi Papa uma época bastante difícil, cheia de perseguições contra os seguidores de Jesus Cristo.
Papado
São Clemente I governou a Igreja entre os anos 88 e 97. Foi um Papa que levou adiante o anúncio do Evangelho firmemente centrado na fidelidade à doutrina de Jesus Cristo. Enfrentou com sabedoria divisões internas na Igreja. Em sua famosa carta enviada aos coríntios, ele revela seu espírito de unidade e amor à Igreja. Os coríntios, com efeito, recusavam-se a seguir a Igreja de Roma e tinham a intenção de se desligarem da unidade. Através de sua carta, que, a princípio, teve sua autoria anônima, Clemente I incentivou-os à perseverança na fé e no amor ensinado por Jesus Cristo, e, também, a que eles participassem da união com a única Igreja deixada por Ele.
Legado
O Papa São Clemente I restabeleceu o uso do crisma na Igreja, dando seguimento à Tradição deixada Por São Pedro. Foi ele quem instituiu o uso litúrgico da expressão "amém", cujo significado é “assim seja, ou confirmo”, nos ritos religiosos. Seu exemplo de vida e fé arrastava corações. Ele converteu até mesmo a uma irmã do imperador Domiciano chamada Domitila. Domiciano, como vimos, também era parente de Clemente. A conversão de Domitila ajudou bastante na suavização da sangrenta perseguição que acontecia no império contra os cristãos.
Irritando o imperador
O papa São Clemente I colaborou bastante na expansão do cristianismo no império romano. Isso incomodou o sucessor de Domiciano, o imperador Nerva. Por isso, Nerva exilou Clemente na Crimeia. Por causa deste exílio, Evaristo assumiu o comando da Igreja em Roma. Enquanto isso, no exílio, São Clemente I teve a oportunidade providencial de encontrar milhares de cristãos que tinham sido condenados a trabalhos forçados nas abundantes minas de pedra da região. Assim, o exílio foi providencial para que São Clemente encorajasse os fiéis a perseverarem na fé e convertesse também a muitos pagãos.
Martírio
O sucesso da evangelização de São Clemente I no exílio irritou bastante o novo imperador romano, chamado Trajano. Por isso, este ordenou que Clemente I fosse obrigado a prestar sacrifícios aos deuses romanos. Clemente I, porém, negou-se, afirmando categoricamente só existe um único Deus, a quem ele já servia. Trajano, então, ordenou que São Clemente I fosse atirado ao mar Negro, tendo uma pesada âncora atada ao seu pescoço. Mesmo assim, milagrosamente, a corda se retraiu e entregou o corpo de São Clemente aos cristãos, para que fosse sepultado dignamente e venerado pelos fiéis. Era o dia 23 de novembro do ano 101.
Oração de São Clemente I
“Deus de toda carne, que dais a morte e a vida, que abateis a insolência dos orgulhosos e frustrais as maquinações dos povos, vinde em nosso auxílio, ó Mestre. Matai a fome dos indigentes e libertai aqueles que entre nós sucumbiram. Deus bom e misericordioso, esquecei nossos pecados, erros e quedas; não leveis em conta as faltas dos vossos servos e servas. Dai-nos a concórdia e a paz, não só para nós, mas também para todos os habitantes da terra.
É de vós que os nossos príncipes e os que no mundo nos governam recebem o poder: dai-lhes saúde, paz, concórdia e estabilidade; dirigi os seus propósitos pela senda do bem. Só vós podeis fazer tudo isso e conceder-nos ainda maiores benefícios. Nós o proclamamos em nome do sumo sacerdote das nossas almas, Jesus Cristo, por quem vos seja dada honra e glória, agora e por todos os séculos dos séculos. Amém.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 22 de novembro de 2020
DIA DE SANTA CECÍLIA - 22 DE NOVEMBRO
DIA DE SANTA CECÍLIA - 22 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 22.11.20
HISTÓRIA DE SANTA CECÍLIA
Santa Cecília nasceu provavelmente no ano 150, em Roma. Era filha de um Senador Romano, da família nobre dos Metelos. Era cristã, e desde pequena fez voto de castidade para viver o Amor de Deus e de Cristo. Como cristã numa época tão antiga, e em Roma, ela certamente herdou a fé dos discípulos de São Paulo, que levou a fé até Roma, e de São Pedro, o primeiro papa.
Cecília herdou a fé desses santos homens e de tantos outros que foram martirizados exatamente em Roma. O cristianismo que Cecília recebeu em sua formação, era o cristianismo dos mártires, dos heróis da fé. Cecília foi cristã numa Igreja perseguida, numa Igreja que ainda era minoritária, porém, cheia de profunda fé, esperança e coragem.
História de Santa Cecília
No transcorrer normal de sua vida, quando jovem ela foi prometida e dada em casamento a um jovem chamado Valeriano. No dia do casamento ela estava muito triste. Então, ela chamou seu noivo disse a ele toda verdade sobre sua fé. Disse que tinha feito voto de castidade para Deus, e começou a falar das glórias de Deus e de Jesus Cristo ao jovem, que a ouvia boquiaberto com a força de suas palavras e a convicção que vinha de seu coração.
Tamanho foi o poder das palavras de Cecília que, após ouvi-la, ele se converteu, entendeu a promessa de sua noiva e disse que iria respeitá-la em sua decisão. Naquela mesma noite, ele recebeu o batismo. Valeriano contou o que ocorrera para seu irmão Tibúrcio, e este também, impressionado, se converteu. Ambos eram pagãos.
A primeira canção de Santa Cecília
Santa Cecília, então, vendo a maravilha que Deus estava operando através dela, agradecida, cantou para Deus: Senhor, guardai sem manchas o meu corpo e minha alma, para que não seja confundida. Foi um canto inspirado e emocionante, que tocou profundamente o coração de todos. Daí vem o fato de ela ser considerada a padroeira dos músicos cristãos.
O prefeito de Roma, Turcius Almachius, teve conhecimento da conversão dos dois irmãos e quis o tesouro dos dois irmãos nobres e ricos. Os dois irmãos, porém, já tinham distribuído todos os seus bens aos pobres. O prefeito de Roma exigiu, então, sob pena de morte, que os dois abandonassem a nova fé. Os dois, porém, alimentados com a força do cristianismo nascente, e cheios do poder de Deus, não renegaram sua fé. Assim, foram condenados à morte e decapitados.
Milagres de Santa Cecília
Santa Cecília foi chamada ao conselho romano logo em seguida. Isso aconteceu provavelmente no ano 180. O conselho exigiu primeiro que ela revelasse onde estaria o tesouro dos dois irmãos. Ela disse que tudo já tinha sido distribuído aos pobres.
O prefeito, furioso, exigiu que ela renunciasse à fé cristã e adorasse aos deuses romanos. Cecília negou-se, mostrando muita coragem e serenidade diante de todos. Condenaram-na à tortura. Mas, estando ela diante dos soldados romanos para ser torturada, falou a eles sobre as maravilhas de Deus, sobre a verdadeira religião, sobre sentido da vida, que é o seguimento de Jesus Cristo. Os soldados, maravilhados com uma mensagem que nunca tinham ouvido, ficaram do lado de Cecília, dizendo que iriam abandonar o culto aos deuses. Essas inúmeras conversões foram milagres que Deus operou através de Santa Cecília para que essas pessoas alcançassem a felicidade e a salvação.
O prefeito, então, aborrecido e furioso, deu ordens para outros algozes trancarem Santa Cecília no balneário de águas quentes do seu próprio castelo, logo na entrada dos vapores. Ali, ela seria asfixiada pelos vapores ferventes que aqueciam as águas. Ninguém conseguia ficar ali por mais de alguns minutos. Era morte certa.
Porém, para surpresa de todos, milagrosamente ela foi protegida e nada lhe aconteceu. Todos ficavam impressionados com a fé daquela jovem, frágil, que enfrentava a morte sem receio por causa da grande fé que tinha em seu coração. Mas o prefeito, irredutível, mandou que ela fosse morta com três golpes de machado em seu pescoço.
O algoz obedeceu, mas não conseguiu arrancar sua cabeça, coisa que ele estava acostumado a fazer com apenas uma machadada. Santa Cecília permaneceu viva ainda por 3 dias, conversando e dando conselhos a todos que corriam para vê-la e rezar por ela.
Martírio de Santa Cecília
Por fim, pressentindo sua morte iminente, Santa Cecília pediu para o Papa entregar todos os seus bens aos pobres e transformar sua casa numa igreja. Antes de sua morte, em seus últimos momentos neste mundo, sentindo que sua missão estava cumprida, mesmo ela sendo ainda tão jovem, Cecília conseguiu cantar louvando a Deus, cantando as maravilhas de Deus.
Por isso, ela é a padroeira dos músicos e da música sacra. Depois disso, a fisicamente frágil e interiormente forte jovem romana que desafiou os poderes deste mundo entregou seu espírito ao Pai Celestial. Após sua morte, ela foi sepultada pelos cristãos na catacumba de São Calisto e, desde então, passou a ser venerada como mártir.
Descoberta do túmulo de Santa Cecília
O túmulo de Santa Cecília ficou desaparecido por muitos séculos. No século IX, Santa Cecília apareceu ao Papa Pascoal l (817-824). Logo após este fato, seu túmulo foi encontrado e lá estava o caixão com as relíquias da Santa.
O corpo dela estava intacto, na mesma posição em que ela foi enterrada. Ao lado da Santa estavam também os corpos de Valeriano e Tiburcio. No ano de 1599, o Cardeal Sfondrati mandou abrir o tumulo de Santa Cecília, e seu corpo foi encontrado na mesma posição que estava quando o Papa Pascoal l a encontrou. Sua festa é celebrada em 22 de novembro, dia dos músicos e da música.
Oração a Santa Cecília
Ó Virgem e mártir, Santa Cecília, pela fé viva que vos animou desde a infância, tornando-vos tão agradável a Deus e ao próximo, merecendo a coroa do martírio, convertendo pagãos ao cristianismo, alcançai-nos a graça de progredir cada vez mais na fé e professá-la através do testemunho das boas obras, especialmente servindo aos irmãos necessitados. Alcançai-nos também a graça de sempre louvar a Deus com canções espirituais.
Gloriosa Santa Cecília, que os vossos exemplos de fé e virtude sejam para todos nós um brado de alerta, para que estejamos sempre atentos à vontade de Deus, na prosperidade como nas provações, no caminho do céu e da salvação eterna.
Santa Cecília, padroeira dos músicos e artistas, rogai por nós.
Amém.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 21 de novembro de 2020
DIA DA APRESENTAÇÃO DE NOSSA SENHORA - 21 DE NOVEMBRO
DIA DA APRESENTAÇÃO DE NOSSA SENHORA - 21 DE NOVEMBO
HOMILIA - 21.11.20
A apresentação de Nossa Senhora no Templo
A memória da apresentação da Virgem Maria é celebrada no dia 21 de novembro, quando se comemora um dos momentos sagrados da vida da Mãe de Deus, sua apresentação no Templo por seus pais Joaquim e Ana.
Honramos no dia 21 de novembro a Apresentação de Nossa Senhora no Templo. Esta festa antiquíssima lembra que Nossa Senhora, com três anos de idade, foi levada por seus pais, São Joaquim e Santa Ana, ao Templo, onde, com outras meninas e piedosas mulheres, foi instruída cuidadosamente a respeito da fé de seus pais e sobre seus deveres para com Deus.
Historicamente, a origem desta festa foi a dedicação da Igreja de Santa Maria a Nova em Jerusalém, no ano de 543. Comemora-se no Oriente desde o século VI. Dela fala até o Imperador Miguel Comneno na Constituição de 1166.
Um nobre francês, chanceler na Corte do Rei de Chipre, tendo sido enviado a Avignon em 1372, na qualidade de Embaixador junto ao Papa Gregório XI, contou-lhe a magnificência com que na Grécia era celebrada no dia 21 de novembro. O Papa, então, a introduziu em Avignon, e Sixto V a extendeu a toda a Igreja.
A vida da Mãe de Deus
A memória da apresentação da Virgem Maria é celebrada no dia 21 de novembro, quando se comemora um dos momentos sagrados da vida da Mãe de Deus, sua apresentação no Templo por seus pais, Joaquim e Ana. Nenhum livro da Sagrada Escritura relata esse acontecimento, sendo fartamente tratado nas escrituras apócrifas, que não são reconhecidas como inspiradas.
Segundo esses apócrifos, a apresentação de Maria foi muito solene. Tanto no momento de sua oferta, como durante o tempo de sua permanência no Templo, verificaram-se alguns fatos prodigiosos: Maria, conforme a promessa feita pelos seus pais, foi conduzida ao Templo aos três anos, acompanhada por um grande número de meninas hebreias, que seguravam tochas acesas, com a presença de autoridades de Jerusalém e entre cantos angélicos.
Para subir ao Templo, havia 15 degraus, que Maria subiu sozinha, embora fosse tão pequena. Os apócrifos dizem ainda que Maria, no Templo, se alimentava com uma comida extraordinária trazida diretamente pelos anjos, e que ela não residia com as outras meninas. Segundo a mesma tradição apócrifa, ela teria ali permanecido doze anos, saindo apenas para desposar São José, pois, durante este período, havia perdido seus pais.
Celebrada desde o século VII
Na realidade, a apresentação de Maria deve ter sido muito modesta e, ao mesmo tempo, gloriosa. Foi, de fato, através deste serviço ao Senhor no Templo, que Maria preparou o seu corpo, mas, sobretudo, a sua alma, para receber o Filho de Deus, realizando em si mesma a palavra de Cristo: “Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática”.
Na Igreja Oriental, a festa da Apresentação é celebrada desde o século VII, no dia 21 de novembro, aniversário da Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, em Jerusalém. Contudo, ela só foi estabelecida na Igreja Ocidental no século XIV, pelo papa Gregório XI, a pedido do embaixador de Chipre junto à Santa Sé. A cidade de Avinhão, na França, residência dos papas naquela época, teve a glória de ser a primeira do Ocidente a celebrar a nova festividade, em 1732.
Desde então, esse episódio da vida de Maria Santíssima começou a despertar o interesse dos cristãos e dos artistas, surgindo belíssimas pinturas sobre o tema da Apresentação.
Primeira paróquia no Brasil
A primeira paróquia dedicada a esta invocação mariana no Brasil ocorreu em 1599, na cidade de Natal, Rio Grande do Norte. A cidade de Porto Calvo, em Alagoas, palco de diversas batalhas entre brasileiros e tropas invasoras, durante a guerra holandesa, tem também como padroeira a Senhora da Apresentação.
No Rio de Janeiro, o bairro do Irajá era antigamente um vasto campo público, destinado à pastagem e descanso do gado que descia para o consumo da cidade. Em 1644 ali foi erigida uma pequena e humilde capela sob o patrocínio de Nossa Senhora da Apresentação pelo Pe. Gaspar da Costa, que foi mais tarde o seu primeiro Vigário e cujo pai possuía propriedades nos arredores. A igrejinha foi reformada, ampliada e transformada em paróquia, uma das mais antigas do Rio de Janeiro.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 20 de novembro de 2020
DIA DE SANTO EDMUNDO - 20 DE NOVEMBRO
DIA DE SANTO EDMUNDO - 20 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 20.11.20
Santo Edmundo
Edmundo é um santo mais vivo na memória do povo da Inglaterra do que nos documentos históricos. Mesmo porque os registros trazem dados sobre o seu reinado e sua morte, enquanto sobre sua origem poucas são as informações. Sabemos apenas que Edmundo era cristão, filho do rei Alkmund, da Saxônia, que, posteriormente, teria sido adotado pelo rei das regiões da Inglaterra oriental, a Estanglia.
Aos quatorze anos de idade, tornou-se o último rei daquele território. Era um tempo duríssimo para toda a Inglaterra, agredida, constantemente, pelos sanguinários bárbaros dinamarqueses que invadiam a saqueavam seus vilarejos. Esses bárbaros eram comandados por três irmãos: Halfdene, Ivarr e Ubba. Em suas investidas, além de saquear os povoados, exigiam um resgate para não destruírem as vilas.
No ano de 869, os dinamarqueses irromperam uma grande invasão nos domínios do rei Edmundo. Para defender seu povo e o reino, ele reuniu seu pequeno exército e combateu os invasores, mais equipados e em maior número. Desse modo, ele acabou como prisioneiro de seus opositores.
Os dinamarqueses ofereceram ao rei Edmundo a possibilidade de manter sua vida e a coroa caso renegasse a fé e se proclamasse vassalo. O rei rejeitou a proposta por duas vezes. Dessa maneira, selou seu destino. Morreu traspassado pelas flechas dos bárbaros pagãos no dia 20 de novembro de 870. O desaparecimento do rei Edmundo levou ao fim o reino da Estanglia. Mas a Inglaterra se fortaleceu sob seu nome, e o jovem rei morto tornou-se uma bandeira.
Antes do final do século IX, as moedas cunhadas durante o seu reinado já eram chamadas "penny of Edmund". A sua veneração tornou-se o culto de maior devoção do povo inglês. Foi canonizado e proclamado padroeiro da Inglaterra, recebendo as homenagens dos devotos no dia de sua morte.
As relíquias mortais de Santo Edmundo foram sepultadas em Beadoricesworth, que hoje se chama Bury St. Edmund, na região de Cambridge. Atualmente, existe uma congregação de sacerdotes ingleses chamados Padres de Santo Edmundo.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 19 de novembro de 2020
DIA DE SÃO ROQUE GONZÁLEZ - 19 DE NOVEMBRO
DIA DE SÃO ROQUE GONZÁLEZ - 19 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 19.11.20
São Roque González e Companheiros
Hoje, a Igreja celebra os Santos Mártires do Paraguai. São Roque nasceu em Assunção, no Paraguai, no ano de 1576. Era filho de pais espanhóis e muito pobres. Estudou num colégio que alguns padres jesuítas recém-chegados abriram em Assunção.
Depois de sair do colégio, passou a frequentar o seminário para se tornar padre em prol da evangelização dos índios. Foi ordenado com 22 anos, e logo foi trabalhar como sacerdote diocesano numa aldeia carente.
São Roque González deu o seu melhor para ganhar todos para Cristo. Por isso, empenhou-se no aprendizado de diversas línguas indígenas, se aprofundou em várias técnicas agrícolas e sempre buscava auxiliar a todos.
São Roque ingressou no noviciado da Companhia de Jesus aos 33 anos e, acompanhado por outros missionários, aceitou a missão de pacificar terríveis indígenas.
Certa vez, numa dessas missões, onde eles levavam os indígenas para a vida em aldeias bem estruturadas e protegidas dos colonizadores, São Roque e seus companheiros foram atacados e brutalmente martirizados por índios ferozes.
A canonização aconteceu em 1988 com o Papa João Paulo II.
São Roque González e Companheiros Mártires, rogai por nós!
Oração
Deus, nosso Pai, o bem-aventurado Roque González e seus Companheiros opuseram-se corajosamente à escravidão e à exploração dos índios pelos conquistadores. Olhai com bondade para todos os homens que andam como ovelhas sem um pastor que os ame, os procure e os salve. Amém!
Reflexão
São Roque González e Companheiros nos ensinam uma bela via de configuração a Cristo, por meio da doação total de si e das capacidades recebidas pela evangelização dos povos indígenas, até a entrega da própria vida no martírio.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 18 de novembro de 2020
DIA DE SÃO ROMÃO DE ANTIOQUIA - 18 DE NOVEMBRO
DIA DE SÃO ROMÃO DE ANTIOQUIA - 18 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 18.11.20
SÃO ROMÃO DE ANTIOQUIA
São Romão do Coronado celebra hoje, 18 de Novembro, a festa do seu padroeiro, o Mártir São Romão.
Porque são vários os santos com o nome de São Romão, consultamos a página da Paróquia de São Romão do Coronado onde, pela narrativa aí apresentada, ficamos a saber que o seu padroeiro é São Romão de Antioquia.
Romão, seria soldado quando se converteu ao cristianismo, ao assistir em Roma ao martírio de São Lourenço, no ano 258.
Já como Diácono, estaria em Antioquia da Síria quando ocorreu a última grande perseguição aos cristãos no tempo do Império Romano, nos anos de 244 a 311, decretada pelo Imperador Diocleciano.
Ao ver que o prefeito romano Asclepíades se preparava para destruir a sua igreja, exortou os cristãos a resistir.
Por isso, foi preso e torturado ao ponto de o prefeito ter ordenado que lhe fosse cortada a língua para que não pudesse continuar a exortar os pagãos à conversão.
A tradição apresenta como facto milagroso que São Romão tivesse continuado a falar sem a língua o que levou a que, para o calarem definitivamente, fosse estrangulado na prisão no ano 303.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 17 de novembro de 2020
DIA DE SANTA ISABEL DA HUNGRIA - 17 DE NOVEMBRO
DIA DE SANTA ISABEL DA HUNGRIA - 17 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 17.11.20
Santa Isabel da Hungria
A Igreja celebra hoje o dia de Santa Isabel da Hungria, padroeira dos pobres e enfermos.
Isabel da Hungria era princesa, foi rainha e se fez santa. Nasceu no ano de 1207, e, desde o nascimento, já foi prometida em casamento para o princípe Luís, da Turíngia. Cresceu e foi educada junto com o marido.
O jovem príncipe Luís amava verdadeiramente Isabel, que se tornava cada dia mais bonita, amável e modesta. Luís admirava a noiva, amável nas palavras e atitudes, que vivia em orações e era generosa em caridade com pobres e doentes.
A mãe de Luís não gostava da devoção da sua futura nora, assim, tentou convencer o filho a desistir do casamento. Mas Luís foi categórico, dizendo preferir abdicar do trono a desistir de Isabel. Isabel se tornou rainha aos catorze anos de idade. Ela foi a única soberana que se recusou a usar a coroa, símbolo da realeza, durante a cerimônia realizada na Igreja. Alegou que, diante do nosso Rei coroado de espinhos, não poderia usar uma coroa tão preciosa.
Foi um casamento feliz. Luís nunca colocou obstáculos à vida de oração, penitência e caridade da rainha. Depois de seis anos, a rainha Isabel ficou viúva, com três filhos pequenos. O cunhado de Isabel, para assumir o poder, a expulsou do palácio junto com os três reis herdeiros ainda crianças.
Aconteceu que Isabel teve que se abrigar num curral de porcos, com os filhos, até ser socorrida como pobre pelos franciscanos de Eisenach, uma vez que até mesmo os mendigos e enfermos ajudados por ela insultavam-na, por temerem desagradar o regente. Ajudada por um tio que era Bispo de Bamberga, Isabel logo foi chamada para voltar à corte, e seus direitos, como os de seus filhos, foram reconhecidos, isso porque os companheiros de cruzada do falecido rei tinham voltado com a missão de dar proteção à Isabel, pois nisso consistiu o último pedido de Luís IV.
Santa Isabel não quis retornar para a Hungria; renunciou aos títulos, além de entrar na Ordem Terceira de São Francisco. Fundou um convento de franciscanas, em 1229, e pôs-se a servir os doentes e enfermos até morrer, em 1231, com apenas 24 anos num hospital construído com seus bens.
Isabel da Hungria faleceu no dia 17 de novembro de 1231, com apenas vinte e quatro anos de idade, sendo canonizada quatro anos depois.
REFLEXÃO
O zelo dos pobres, nos quais Isabel sempre via a imagem transfigurada de Cristo, foi espiritualizando cada vez mais a sua vida. Sua alma generosa se assomava a seus olhos negros e profundos, que brilhavam como lamparinas de amor nos sombrios casebres dos pobres. Em tudo ela foi modelo de santidade. Sua intercessão auxilia-nos para enfrentar os caminhos tortuosos da vida.
ORAÇÃO
Deus, nosso Pai, Santa Isabel foi um conforto para os pobres e defensora dos desesperados. A ninguém negava sua caridade e o apoio nas horas difíceis. Colocou a serviço dos necessitados todas as suas riquezas. Transformai também o nosso interior, para que sejamos luz para o mundo de hoje, como Santa Isabel o foi para o seu tempo. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 16 de novembro de 2020
DIA DE SANTA MARGARIDA DA ESCÓCIA - 16 DE NOVEMBRO
DIA DE SANTA MARGARIDA DA ESCÓCIA - 16 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 16.11.20
Santa Margarida da Escócia
Neste dia, lembramos, com carinho, da vida de mais uma irmã nossa que, para a Igreja militante, brilha como exemplo e, no Céu, como intercessora de todos nós, pecadores, chamados à santidade.
Santa Margarida nasceu na Hungria, no ano de 1046, isso quando seu pai Eduardo III (de nobre família inglesa) ali vivia exilado, devido aos conflitos pelo trono da Inglaterra (o rei da Dinamarca ocupara o trono inglês). Em 1054, seu pai retornou à Inglaterra, Margarida tinha portanto oito ou nove anos quando conheceu a pátria inglesa. No entanto, após a morte de seu tio-avô, Santo Eduardo, em 1066, recomeçaram os conflitos: a luta entre Haroldo e Guilherme da Normandia obrigou Edgardo, irmão de Margarida, a refugiar-se novamente na Escócia com a mãe e as irmãs, tendo-lhes o pai morrido alguns anos antes.
Vivendo na Escócia, Margarida casou-se com o rei Malcom III e buscou com os oito filhos (seis príncipes e duas princesas, uma delas chamada Edite, que veio posteriormente a ser rainha da Inglaterra e conhecida com o nome de Santa Matilde) a graça de constituir uma verdadeira Igreja doméstica. Santa Margarida, como rainha da Escócia, procurou cooperar com o rei, tanto no seu aperfeiçoamento humano (pois de rude passou a doce) quanto na administração do reino (porque baniu todas futilidades e aproximou os bens reais das necessidades dos pobres).
Conta-se que a própria Santa Margarida alimentava e servia diariamente mais de cem pobres, ao ponto de lavar os pés e beijar as chagas daqueles que eram vistos e tratados por ela como irmãos e presença de Cristo. Quando, infelizmente, seu esposo e filho morreram num assalto ao castelo, Margarida, que tanto os amava, não se desesperou, e sim, aceitou e entregou tudo a Deus rezando: “Agradeço, ó Deus, porque me dás a paciência para suportar tantas desgraças!”.
Santa Margarida entrou no Céu a 16 de novembro de 1093. Foi sepultada na igreja da Santíssima Trindade, em Dunfermline, para onde também o corpo do rei Malcom III foi levado mais tarde.
Santa Margarida da Escócia, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 15 de novembro de 2020
DIA DE SANTO ALBERTO MAGNO - 15 DE NOVEMBRO
DIA DE SANTO ALBERTO MAGNO - 15 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 15.11.20
SANTO ALBERTO MAGNO
Origens
Alberto nasceu em 1206, pertencendo à poderosa e influente família Bolsadt, na Alemanha. Além desses atributos, sua família era nobre, rica, cristã e tinha uma importante tradição militar. Alberto manifestou piedade religiosa desde a infância e recebeu uma educação primorosa e aguçada.
Formação acadêmica
Com apenas dezesseis anos, Alberto foi morar e estudar na Universidade de Pádua, Itália. Lá, confiou-se aos cuidados da Virgem Maria e dedicou-se aos estudos. Completou brilhantemente os estudos superiores, destacando-se em todas as ciências. Porém, tinha dificuldade em Teologia.
A Virgem Maria o ajuda
Santo Alberto sentia-se chamado para a vida religiosa. Porém, quase desistiu, porque tinha dificuldades no estudo da Teologia. Ele só não desistiu porque Nossa Senhora o fez perseverar. Sendo muito devoto da Virgem Maria, durante seus momentos de oração, ela o aconselhou a perseverar, apesar da dificuldade, e a não desistir. Ele não desistiu e passou a perseguir a união entre ciência e fé. E dizia: "Minha intenção última está na ciência de Deus".
Dominicano
No ano 1229, Santo Alberto emitiu seus votos como frade dominicano pregador. A partir daí, ensinou nos principais centros culturais da Europa, como Itália, França e Alemanha. Na cidade de Paris, sua sabedoria e carisma atraíram tantos alunos e discípulos, que ele teve que dar aulas em praça pública.
Cientista
Santo Alberto é, com razão, aclamado como um dos maiores sábios de todos os tempos. Dominando Filosofia e Teologia, teve como discípulo nessas matérias São Tomás de Aquino. Mas seu saber se estendia também às ciências naturais. Ele foi mestre em física, química, estudou astronomia, mineralogia, meteorologia, botânica e zoologia. Escreveu livros sobre navegação, tecelagem, agricultura. Tão espantoso acúmulo de saber não o impediu de ser um humilde Frei dominicano, piedoso e obediente.
Bispo
Nomeado bispo de Regensburg, Santo Alberto revelou-se pastor cheio de zelo e exemplar. Porém, logo que foi possível, pediu dispensa dessas funções episcopais. Ele queria voltar para sua cela de humilde monge e à vida de professor na Universidade de Colônia. Mais tarde passou a ser chamado de Doutor Universal. Grande teólogo e filósofo, ele dedicou sua vida à busca do encontro entre ciência e fé. Por outro lado, destacou-se pela humildade e caridade.
Missão na Igreja
Estando Santo Alberto perto de completar setenta anos, o papa Urbano IV o incumbiu de liderar as cruzadas que aconteciam na Alemanha e na Boêmia. No ano 1274, teve participação importantíssima e decisiva na aproximação e união efetiva entre a Igreja grega e a latina. Isso aconteceu no segundo Concílio de Lyon, na França.
Morte
Três anos antes de falecer, santo Alberto Magno começou a apresentar perda de memória. Prevendo, talvez, perder o domínio de si, mandou construir seu próprio túmulo. Desde então, passou a rezar o ofício dos mortos diariamente. Assim, faleceu serenamente. Era o dia 15 de novembro de 1280. O papa Pio XI celebrou sua canonização e deu a ele o título de doutor da Igreja em 1931. Em 1941, o papa Pio XII deu a ele o título de Padroeiro dos estudiosos das ciências naturais.
Oração a Santo Alberto Magno
“Dá-me, Senhor, um espírito aberto e compreensivo como aquele que concedeste a Santo Alberto. E também, como a ele, dá-me a graça de abarcar parte de teu mistério com minha inteligência. E que tudo isso me sirva para iniciar uma vida de oração constante e agradável em tua presença. Que Assim Seja. Amém. Santo Alberto Magno, rogai por nós.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 14 de novembro de 2020
DIA DE SÃO SERAPIÃO - 14 DE NOVEMBRO
DIA DE SÃO SERAPIÃO - 14 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 14.11.20
SÃO SERAPIÃO
Origens
Serapião nasceu em Londres, em 1179, de uma família cristã e nobre. Seu pai se chamava Rotlando Scoth e era capitão de esquadra do famoso rei Henrique III. Ainda jovem, Serapião já acompanhava o pai nas cruzadas. Participou da cruzada liderada por Ricardo Coração de Leão, o lendário.
Reviravolta
Quando retornavam da cruzada, o navio naufragou perto de Veneza. Por isso, tiveram que continuar a viagem por terra. No trajeto que fizeram, acabaram presos pelo duque da Áustria, chamado Leopoldo. Este deu liberdade ao rei e ao pai de Serapião. O jovem Serapião e os demais, porém, permaneceram presos. Essa prisão se tornou um ponto de virada que mudaria toda a vida de serapião.
Na Corte do rei
O duque da Áustria percebeu logo que o jovem militar Serapião era bondoso e caridoso para com todos, além de excelente militar. Por causa disso, decidiu mantê-lo na Corte, dando-lhe a liberdade. Tempos depois, Serapião ficou sabendo que seus pais morreram. Por isso, decidiu permanecer na Áustria.
Militar defensor dos cristãos
Amigo do rei, Serapião juntou-se aos militares do duque e partiu para a Espanha. Seu objetivo era ajudar o exército cristão do rei Afonso III. Este travava grande luta contra os invasores muçulmanos. Quando chegaram, porém, os muçulmanos já tinham sido expulsos. Serapião, então, sentiu o desejo de ficar para servir o exército do rei Afonso III. Seu grande objetivo era continuar defendendo os cristãos.
Cruzadas na Terra Santa
Na espanha, Serapião lutou em algumas cruzadas que foram bem sucedidas. Em 1214, porém, o rei Afonso III foi morto num combate. Por isso, Serapião, voltou para a Áustria e inscreveu-se na quinta cruzada liderada pelo do duque Leopoldo. Partiram no ano 1217 rumo a Jerusalém e, posteriormente, ao Egito.
Um encontro muda sua vida
A vida de militar defensor dos cristãos levou Serapião novamente para a Espanha, no ano 1220. Nessa ocasião, ele conheceu o padre Pedro Nolasco. Esse encontro daria novo rumo à sua vida. Pedro Nolasco tinha no coração o desejo de fundar uma Ordem Religiosa cujo objetivo era não fazer guerra, mas sim libertar cristãos escravizados e feitos prisioneiros dos muçulmanos. Esse era o objetivo, mesmo que para cumpri-lo colocassem suas próprias vidas em risco.
Ordem dos Mercedários
O Padre Pedro Nolasco, auxiliado por Serapião e Raimundo Nonato (todos santos) fundaram a Ordem de Nossa Senhora das Mercês. Os membros da Ordem ficaram conhecidos como frades mercedários. Serapião fez os votos na Ordem e vestiu o hábito mercedário no ano 1222, juntamente com os santos Pedro Nolasco e Raimundo Nonato.
Libertações e morte
São Serapião conseguiu realizar muitas libertações de cristãos presos e escravizados. Na última, em Argel, África, ofereceu-se como refém para dar liberdade a cristãos que estavam em vias de renegar a fé diante dos muçulmanos. Outro mercedário foi para Barcelona buscar o dinheiro do resgate. Pedro Nolasco, o Superior, estando na França, escreveu pedindo que fizessem arrecadação de esmolas para libertar Serapião o mais rápido possível. O resgate, porém, não chegou na data marcada. Por isso, os muçulmanos disseram a Serapião que, se renegasse a fé cristã, seria libertado. Serapião recusou. Furiosos, os muçulmanos deram a ele um martírio cruel. Quebraram-lhe todas as juntas do corpo e o jogaram de cabeça para baixo do andar de cima da casa. Era o dia 14 de novembro de 1240. Por causa do martírio que sofreu, São Serapião passou a ser venerado como protetor das articulações. Ele foi canonizado no ano 1625 pelo papa Urbano VIII.
O óleo de São Serapião
Por causa do martírio de São Serapião, no qual todas as suas juntas foram separadas, passou-se a usar o óleo de São Serapião nas juntas e em dores do corpo. O manual de Piedade cristã da Ordem afirma que o óleo "é, de há muito, usado pelos fieis em todas a sorte de dores corporais, especialmente nas fraturas, luxações, chagas e etc."
Oração para bênção do Óleo de São Serapião
(para ser feita pelo sacerdote)
“Dignai-vos, Senhor, santificar este óleo que vou benzer em vosso Nome e no do ínclito e fortíssimo atleta, São Serapião, a fim de que, os que sofrem de chagas, fraturas ou qualquer outras dores, ungidos com este óleo, pelos merecimentos e preces daquele que tanto sofreu por Vós no martírio, sintam o alívio temporal e obtenham a vida eterna. Amém.”.
Modo de usar o óleo bento
Ajoelha-te e reza a seguinte:
Oração
“Ó São Serapião, Atleta nobilíssimo, Porta-bandeira da milícia mercedária, Filho da Virgem Mãe, Mártir preclaro de Cristo Jesus, intercedei por mim diante de Deus que vos concedeu a fortaleza e constância para suportardes vosso cruel martírio, concedei-me a graça de permanecer fiel nas maiores privações da vida e manter-me unido à Cruz do meu Salvador, e, se for para bem de minha alma, dai-me também a saúde do corpo, fazei que por esta unção seja curado dos males que padeço. Amém.”
Agora, passar o óleo na parte magoada do corpo e depois rezar o seguinte:
Oração
“Ó Glorioso São Serapião que, suspenso na cruz exclamáveis: 'desejo ser desatado e estar em Cristo, salva-me cruz preciosa, leva-me a Meu Mestre, por ti Me receba quem por ti Me resgatou'. Humildemente vos suplico me obtenhais a paciência e conformidade nos padecimentos desta vida e a salvação eterna. Amém."
Rezar Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai
"São Serapião, rogai por nós em nossas tribulações. Piedosíssima Mãe das Mercês, rogai por nós.”
"Tudo por Vós, Sacratíssimo Coração de Jesus. Amém.”
Extraído do Manual de Piedade Cristã da Ordem Mercedária
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 13 de novembro de 2020
DIA DE SANTO ESTANISLAU - 13 DE NOVEMBRO
DIA DE SANTO ESTANISLAU - 13 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 13.11.20
Santo Estanislau
Estanislau Kostka nasceu no dia 28 de outubro de 1550, numa família polonesa nobre e poderosa. Viveu até os 13 anos na casa dos pais. Aos 14, foi estudar no seminário dos padres jesuítas, em Viena, com o irmão mais velho e tutor.
No entanto, o seminário foi fechado pelo imperador Maximiliano. e todos os estudantes foram abrigados no castelo de um príncipe protestante. O lugar tinha festas, jogos e prazeres mundanos. Mas essa vida não combinava com Estanislau, pois ele procurava uma vida de virtudes e oração.
O irmão e tutor de Estanislau se agradou daquela vida e começou a pedir sua participação naquelas atividades. Para completar, o príncipe protestante também impedia os católicos de irem à missa. O jovem era ainda ridicularizado pelos colegas, que zombavam de sua escolha pela vida religiosa.
A luta contra o ambiente no qual vivia, além da vida de privações a que se obrigava, foi deteriorando a saúde do garoto. Frágil, ficou doente e quase morreu. O que o salvou foi a fé em Nossa Senhora e a confiança profunda que tinha nela. Um anjo apareceu a ele em sonho e lhe deu a Eucaristia, e a Virgem Maria também esteve presente e o curou, ao colocar o Menino Jesus nos braços de Estanislau. Em sua aparição, Nossa Senhora também o chamou para entrar na Companhia de Jesus.
Estanislau já tinha o desejo de ser um padre jesuíta e comunicou tudo à família, que foi a Viena ver como estavam os filhos. Contou que queria realmente ser um sacerdote. Porém recebeu uma grande resistência e oposição por parte dos pais. Tentou insistir, mas nada adiantava. A solução foi fugir a pé e vestido de mendigo, a fim de despistá-los, caso o perseguissem.
Foi de Viena, na Áustria, até Treves, na Alemanha, caminhando 700 quilômetros até a Casa Provincial dos jesuítas. O então Provincial, Pedro Canísio, o recebeu bem e lidou com a reação da família, que ameaçou expulsar os jesuítas da Polônia se o filho não retornasse. Mas Estanislau decidiu ficar.
Aos 17 anos, Estanislau foi a Roma com carta de recomendação ao Superior-geral da Ordem, São Francisco de Bórgia. Ele o enviou para completar o noviciado e os estudos de teologia no Colégio Romano.
O jovem Estanislau passou nove meses com os religiosos. Tralhava com eles, estudava, e tinha uma dedicação e disciplina exemplares. Faleceu por conta de uma febre misteriosa, em 15 de agosto de 1568, festa da Assunção de Nossa Senhora.
A canonização veio com o Papa Bento XIII, em 13 de novembro de 1726, que escolheu essa data para a festa litúrgica do Padroeiro dos Noviços.
Oração
Ó Deus, Forte e Eterno, que concedestes grandes graças ao vosso jovem servo, Santo Estanislau, concedei a todos os nossos jovens serem mais firmes na fé e constantes no testemunho. Por Cristo Senhor. Amém.
Reflexão
Santo Estanislau Kostka ensina que perseverar na via do amor, da virtude e da oração, atitudes possíveis de se fazer desde cedo. Ele prega com a própria existência que vale a pena se entregar ao Amor de Deus, tudo dar, sem reservas e para sempre.
Santo Estanislau Kostka , rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 12 de novembro de 2020
DIA DE SÃO JOSAFÁ - 12 DE NOVEMBRO
DIA DE SÃO JOSAFÁ - 12 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 12.11.20
São Josafá
São Josafá é o primeiro representante das Igrejas uniatas (cristãos de um dos ritos da Igreja ortodoxa oriental que se submete à autoridade do papa) a ser elevado às honras dos altares da Igreja de Roma. Um santo ecumênico, venerado como apóstolo da unidade dos cristãos do Oriente.
A Rússia havia sido evangelizada por cristãos de Constantinopla em torno do século X e seguiu a Igreja oriental, aceitando ser dela dependente e, em consequência, a separação da Igreja de Roma. Em 1589, com a elevação do metropolita de Moscou à dignidade de patriarca, a Igreja russa tornou-se autônoma.
Quando a Rutênia passou do domínio russo ao polonês, os sacerdotes ortodoxos, entrando em comunhão com Roma, mantiveram os antigos ritos e as tradições da Igreja eslava, denominando-a Igreja uniata.
Neste período histórico se insere a obra pastoral de João Kuncewycz, que, na profissão religiosa, assumiu o nome de Josafá, o bíblico nome do vale do Cedron. Nascido em Vladimir, na Polônia, no ano de 1580, foi o primeiro noviço do primeiro mosteiro basiliano uniata de Vilna.
Ordenado sacerdote e eleito arquimandrita e coadjutor do arcebispo de Polozk, empreendeu um ativo trabalho missionário aprendido na escola dos jesuítas. Em razão da extraordinária capacidade de atrair e de converter foi chamado “raptor de almas”. Empenhou-se particularmente em reunir à Santa Sé os cristãos apartados, partindo dos grandes dons comuns deles: o batismo, a palavra escrita, a vida da graça, a fé, a caridade e uma terna devoção à Virgem.
A Igreja russa havia de fato conservado intacto o “depósito” da fé, com todos os sacramentos, a rica liturgia, a tradição apostólica e patrística, a espiritualidade monástica, o culto dos santos e em particular o da Virgem. Foi essa intensa espiritualidade o fio condutor que uniu a Igreja eslava a Roma.
Josafá sucedeu ao arcebispo de Polozk e foi barbaramente assassinado por um grupo de sectários em Vitebsk, na Bielo-Rússia, em virtude de sua benemérita atuação em favor da unidade com Roma. Foi canonizado por Pio IX em 1867, e o novo calendário litúrgico tornou obrigatória a sua comemoração.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 11 de novembro de 2020
DIA DE SÃO MARTINHO DE TOURS - 11 DE NOVEMBRO
DIA DE SÃO MARTINHO DE TOURS - 11 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 11.11.20
SÃO MARTINHO DE TOURS
Origens
Nascido por volta de 316, numa família pagã, Martinho era filho de um oficial do exército romano que atuava na Panônia, hoje Hungria. Quando entrou na adolescência, começou a frequentar uma igreja cristã, por mera curiosidade. Porém começou a gostar muito do convívio com os cristãos e da doutrina de Cristo. Isso preocupou seu pai.
Cavaleiro do exército imperial
Seu pai quis afastá-lo do cristianismo. Por isso, sendo Martinho ainda adolescente, seu pai o fez ingressar na Cavalaria do Exército Imperial. O plano, porém, não deu certo, pois, mesmo sendo da Cavalaria, Martinho continuava frequentando a igreja e praticando a caridade.
Encontro com Cristo na França
Perto de completar vinte anos, Martinho foi designado para a Cavalaria da Gália, hoje França. Lá, foi abordado por um mendigo que tremia de frio. O homem pediu esmola a Martinho. Não tendo dinheiro no momento, Martinho cortou seu manto ao meio e deu metade ao pobre. À noite, Jesus lhe apareceu num sonho. O Mestre estava usando a metade do manto que Martinho tinha dado ao pedinte e agradeceu por ter sido aquecido. Depois disso, Martinho deixou o Exército para se dedicar à fé.
Vida de monge
Com apenas vinte e dois anos, Martinho estava batizado. Dedicou-se à oração e à vida solitária, sendo orientado pelo bispo Hilário de Poitiers, que se tornou santo. Mais tarde, este mesmo bispo ordenou-o diácono. Tempos depois, quando o mesmo bispo retornou de um exílio, no ano 360, fez uma doação a Martinho: um terreno que ficava a doze quilômetros de Poitiers, em Ligugé.
Primeiro Mosteiro da França
No terreno ganhado, o Diácono Martinho fundou uma comunidade monástica. Pouco tempo depois, um grande número de jovens queria seguir o mesmo tipo de vida. Por isso, São Martinho construiu ali o primeiro mosteiro em terras francesas e de toda a Europa Ocidental.
Monges padres e missionários
Diferentemente do Oriente, os monges do Ocidente podiam ser ordenados sacerdotes e serem missionários no meio do povo. Por isso, São Martinho liderou um movimento de evangelização juntamente com seus monges. Visitavam aldeias, pregavam a Boa Nova, levavam o povo a abandonar seus ídolos e construíam igrejas. Se encontrava resistência, construía um mosteiro no local. Ali, os monges evangelizavam através da caridade e do exemplo. Logo, o povo se abria para a uma conversão sincera.
Dons extraordinários
São Martinho recebeu dons místicos, que o auxiliaram na missão evangelizadora. Através de sua oração, vários milagres e curas foram operados para o bem dos doentes e pobres, que não poderiam jamais recorrer aos médicos.
Bispo
Quando o bispo de Tours faleceu, em 371, o povo, por unanimidade, aclamou São Martinho como o novo bispo. Ele resistiu, mas aceitou. Porém, não deixou sua peregrinação missionária. Fazia questão de visitar todas as paróquias, zelava cuidadosamente pela liturgia e não desistia de evangelizar os pagãos. Primava pelo exercício exemplar da caridade. Fundou um outro mosteiro, o qual chamou de Marmoutier. E, de lá, saiu São Patrício, o grande evangelizador da Irlanda. Assim, sua missão e exemplos não se limitaram a Tours, mas se expandiram para muito mais longe.
Morte
São Martinho exerceu seu ministério episcopal durante vinte e cinco anos. Faleceu com oitenta e um anos, em Candes. Era o dia 8 de novembro do ano 397. Sua festa passou a ser celebrada no dia 11, porque este foi o dia de seu sepultamento na cidade de Tours. Passou a ser venerado como São Martinho de Tours. Foi o primeiro santo não-mártir a ser cultuado oficialmente pela Igreja. Além disso, passou a ser um dos mais populares santos de toda a Europa.
Oração a São Martinho de Tours
“Glorioso São Martinho, nosso amigo e protetor que, ao dividir vosso manto com o mendigo que padecia de frio na neve, encontrastes o próprio Senhor Jesus, ajudai-nos a saber partilhar o que temos com os mais empobrecidos que encontramos em nosso caminho, principalmente as crianças mais abandonadas, reconhecendo nelas a imagem de nosso Divino Mestre.
Ó Bom Jesus, por intercessão de São Martinho, dai-nos os dons da caridade e do amor fraterno que nos fazem servir com desprendimento aos vossos filhos mais excluídos desta terra. Amém. São Martinho, rogai por nós.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 10 de novembro de 2020
DIA DE SÃO LEÃO MAGNO - 10 DE NOVEMBRO
DIA DE SÃO LEÃO MAGNO - 10 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 10.11.20
São Leão Magno
Nascido provavelmente em Roma, de pais de origem toscana, Leão foi elevado ao sólio pontifício em 440. No seu longo pontificado, realizou a unidade da Igreja, impedindo usurpações de jurisdição pelo Patriarcado de Constantinopla e Vicariato de Arles.
Combateu as heresias dos pelagianos, dos maniqueus, dos nestorianos e, sobretudo, dos monofisitas, com a célebre Carta Dogmática endereçada ao Patriarca Flaviano de Constantinopla, na qual expõe a Doutrina Católica das duas naturezas de Cristo em uma só pessoa. A carta, lida pelos legados romanos na assembleia conciliar de Calcedônia (451), forneceu o sentido e as próprias fórmulas da definição dogmática e marcou época na Teologia Católica.
Mas não só por esse ato solene Leão teve — o primeiro entre os papas — o título de Magno e, em 1754, o de Doutor da Igreja. Ele tinha uma ideia altíssima da própria função. Encarnava a dignidade, o poder e a solicitude do Príncipe dos Apóstolos.
Os seus 96 sermões e as 173 cartas chegadas até nós mostram-nos um Papa paternalmente dedicado ao bem espiritual dos fiéis, aos quais se dirige com uma linguagem sóbria e eficaz. Mesmo não se detendo nos particulares de uma questão doutrinária, expõe os conteúdos dogmáticos dela com clareza e precisão, e, ao mesmo tempo, com um estilo culto e atento a certa cadência, que torna agradável a sua leitura.
O seu pontificado corresponde a um dos períodos mais atormentados da História; assim, ao cuidado espiritual dos fiéis, uniu-se uma solicitude pela salvação de Roma. Quando, na primavera de 452, os hunos transpuseram os Alpes, Valentiniano III, refugiado em Roma, não encontrou outra solução senão rogar ao Papa que fosse ao encontro de Átila, acampado perto de Mântua.
Leão foi até ali e convenceu o feroz guerreiro a retirar-se para a outra margem do Danúbio. A lenda conta que Átila viu no céu os Apóstolos Pedro e Paulo com as espadas desembainhadas em defesa do Pontífice. Este repetiu a mesma tentativa três anos depois com o bárbaro Genserico, mas com menos sucesso. Os vândalos, oriundos da África, aportaram na Itália e adentraram a Cidade Eterna. O Papa foi o único a defendê-la e conseguiu que Genserico não a incendiasse nem matasse os habitantes. Em 14 dias de ocupação, contentou-se em saqueá-la. A história da arte é-lhe grata.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 09 de novembro de 2020
DIA DE SANTO INOCÊNCIO MÁRTIR - 09 DE NOVEMBRO
DIA DE SANTO INOCÊCNCIO MÁRTIR - 09 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 09.11.20
HISTÓRIA DE SANTO INOCÊNCIO MÁRTIR
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 08 de novembro de 2020
DIA DE SÃO DEODATO - 08 DE NOVEMBRO
DIA DE SÃO DEODATO - 08 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 08.11.2020
São Deodato
O Santo de hoje, papa Deodato I, surge dos séculos obscuros da primeira Idade Média, com poucas evidências. Escassas notícias históricas: filho do subdiácono romano Estevão, foi por quarenta anos Padre em Roma antes de suceder ao Papa Bonifácio IV, 19 de outubro de 615. Morreu em novembro de 618, amado e chorado pelos romanos que tiveram a oportunidade de apreciar seu bom coração durante as grandes calamidades que se abateram sobre Roma nos seus três anos de pontificado: o terremoto, que deu golpe de graça aos edifícios de mármore dos Foros, já devastados por sucessivas invasões bárbaras e horrível epidemia denominada elefantíase.
Foi o primeiro Papa que estabeleceu com testamento doações para distribuir ao povo por ocasião da morte do Sumo Pontífice. Em Roma o Papa era não somente o Bispo e o pai espiritual, mas também o guia civil, o juiz, o supremo magistrado, a garantia da ordem. Com a morte de cada Pontífice, os romanos se sentiam privados de proteção, expostos às invasões dos bárbaros nórdicos ou às reivindicações do Império do Oriente. A teoria dos dois únicos, Papa e Imperador, que deviam governar unidos o mundo cristão, não encontrava grandes adesões em Constantinopla.
O Papa Deodato mostrou-se, todavia, hábil mediador com o outro único, que, a bem da verdade, era pouco solícito para o bem dos italianos, salvo uma vez, que enviou o exarca Eleutério para acabar com as revoltas de Ravena e de Nápoles. Foi a única vez que o Papa Deodato, ocupado em aliviar os desconfortos da população da cidade, nas calamidades acima referidas, teve um contato, se bem que indireto, com o Imperador. O Cardeal Barônio insere no Mar-tirológio Romano um episódio que revalidaria a fama de santidade que circundava o Pontífice “dado por Deus” (conforme a etimologia do seu nome) para guiar os cristãos em épocas tão difíceis: durante uma de suas frequentes visitas aos doentes, os mais abandonados, os que eram atingidos pela lepra, teria curado um desses infelizes, após havê-lo amavelmente abraçado e beijado.
O Liber Pontificalis, recordando dois atos do seu pontificado, afirma que Deodato amou muito o seu clero e que o defendeu em relação ao clero monástico ou regular, privilegiado desde que Gregório Magno confiara aos monges importantes tarefas no apostolado missionário e na própria organização eclesial. O segundo ato se refere à faculdade de rezar uma segunda missa (binação).
São Deodato, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 07 de novembro de 2020
DIA DE SÃO VILIBRARDO - 07 DE NOVEMBRO
DIA DE SÃO VILIBRARDO - 07 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 07.11.20
São Vilibrardo
Nasceu em Northúmbria, na Irlanda, em 658, e morreu em Echternach (Luxemburgo), a 7 de novembro de 739.
“Durante cinquenta anos – escreve Alcuíno –, esse grande missionário e grande amigo de Cristo dedicou-se, dia após dia, à conversão dos infiéis”. Em 690, quando Pepino d’Herstal terminava a conquista da Frísia, Vilibardo chegou lá, vindo do seu país, à frente de um grupo de anglo-saxões. Em 695, o Papa Sérgio I consagrou-o Bispo de Echternach. Era de Utrecht e Echternach que os seus missionários partiam para ir evangelizar os povos da Renânia ainda pagãos. Vilibrardo chegou até à Dinamarca e mesmo, parece, à Turíngia. Batizou Pepino, o Breve, pai de Carlos Magno. Foi sepultado em Echternach, onde todos os anos, desde o século XIV, na terça-feira de Pentecostes, uma procissão se realiza em sua honra.
São Vilibrardo, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 06 de novembro de 2020
DIA DE SÃO LEONARDO NOBLAC - 06 DE NOVEMBRO
DIA DE SÃO LEONARDO DE NOBLAC - 06 DE MOVEMBRO
HOMILIA - 06.11.20
SÃO LEONARDO DE NOBLAC
Origens
Filho de nobres da alta Corte Francesa, Leonardo nasceu no ano 491 e foi afilhado do rei Clodoveu. Quando jovem, não quis seguir adiante na carreira das armas. Por isso, seu padrinho, o rei, pensou em consagrá-lo bispo da corte. Leonardo, porém, não aceitou. Antes, preferiu permanecer ao lado de São Remígio, que era o bispo da cidade de Reims. Ao rei, pediu apenas um privilégio, destinado somente aos bispos: o de poder dar liberdade aos prisioneiros que encontrasse, e foi atendido.
Vida religiosa
Tempos depois, Leonardo ingressou num mosteiro. Seu desejo era dedicar-se totalmente ao serviço de Deus na vida religiosa. Primeiro, entrou no Mosteiro de São Maximino, em Micy. Depois, foi para um mosteiro mais antigo, que tinha sido fundado por santo Euspício. Este ficava perto de Orleans. Ficou lá algum tempo dedicando à contemplação e aos encantos da vida religiosa.
Sacerdote
Após esse tempo no mosteiro, São Leonardo Noblac foi ordenado padre. Então, foi enviado para Berry. Lá, viveu o Evangelho, deu exemplo de vida de santidade e, com isso, converteu muitos pagãos à fé cristã. Sua fama de santidade arrastava a muitos, que encontravam em sua sabedoria, uma esperança de fé e vida.
Isolamento
Tempos depois de um frutuoso sacerdócio, São Leonardo Noblac sentiu necessidade novamente do isolamento, para rezar, meditar, estudar e viver a fé na oração. Encontrou o local ideal para isso num bosque, perto de Limonges, onde havia somente uma casinha simples e rústica. Ali ele se estabeleceu. Sua busca de silêncio e isolamento, porém, não se deu por completa pois, o povo o descobriu, e o local se transformou num centro de peregrinação, onde os fiéis buscavam orientação, oração e alívio.
Mudança
A vida solitária de São Leonardo Noblac foi interrompida mais uma vez com a chegada do rei Clóvis. Este estava caçando com os seus súditos. Até mesmo a rainha estava com ele e, naquela ocasião, precisou de ajuda, pois começou a sentir dores de parto. São Leonardo Noblac cuidou e rezou pela rainha, e ela teve um parto feliz. Por isso, o rei fez uma promessa a são Leonardo: daria de presente a ele todo o território que ele conseguisse percorrer estando montado sobre um burro.
Mosteiro
São Leonardo Noblac aceitou, agradeceu e realizou. Caminhou apenas sobre a área que julgava necessária para a construção de um mosteiro. Deu ao local o nome de "Nobiliacum" (nobilíssimo em Latim) para lembrar o gesto de grande nobreza do rei. Ali, o santo ergueu um altar em homenagem a Nossa Senhora. Depois, o local tornou-se uma capela e, em seguida, um mosteiro com uma comunidade bastante fervorosa vivendo ali. Mais tarde, o Mosteiro passou a ser chamado Mosteiro de Noblac.
Milagres
São Leonardo saía do mosteiro somente para exercer alguma missão muito especial ou para resgatar prisioneiros. A isso, ele colocava todo ardor de seu coração. Tanto que, no ano mil, vários séculos depois de sua morte, ele teria sido visto executando a libertação de franceses de cadeias muçulmanas. São Leonardo Noblac faleceu em 6 de novembro de 545.
Oração a São Leonardo Noblac
“Senhor Deus, fazei que a exemplo dos santos e, especialmente de São Leonardo Noblac, saibamos apresentar-nos diante de Vós como uma oferenda agradável e pura, agora e na hora de nossa morte. Amém. São Leonardo de Noblac, rogai por nós.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 05 de novembro de 2020
DIA DE SÃO ZACARIAS E SANTA ISABEL - 05 DE NOVEMBRO
DIA DE SÃO ZACARIAS E SANTA ISABEL - 05 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 05.11.20
São Zacarias e Santa Isabel
A Igreja celebra hoje a festa da mãe de João Batista e une à sua memória a do marido Zacarias. De ambos o evangelho de Lucas nos dá poucas notícias, limitadas ao período da dupla anunciação a Zacarias e à Virgem e do nascimento do precursor de Jesus. Todavia, com poucas palavras, o evangelista sintetiza a santidade deles, seu espírito de oração, a retidão dos seus corações no cumprimento não só externo, mas também interior dos preceitos mosaicos: “Ambos eram justos aos olhos de Deus e observavam irrepreensivelmente os mandamentos e as leis do Senhor”.
A sua história é narrada no magnífico evangelho de são Lucas, onde ele descreveu que havia, no tempo de Herodes, rei da Judeia, um sacerdote chamado Zacarias, da classe de Abias; a sua mulher pertencia à descendência de Aarão e se chamava Isabel. Eles viviam na aldeia de Ain-Karim e tinham parentesco com a Sagrada Família de Nazaré.
Foram escolhidos por Deus por sua fé inabalável, pureza de coração e o grande amor que dedicavam ao próximo. Isabel, apesar de sua santidade, era estéril: uma vergonha para uma mulher hebreia, que era prestigiada somente através da maternidade. Mas foi por sua esterilidade que ela se tornou uma grande personagem feminina na historia religiosa do Povo de Deus. Juntos, foram os protagonistas dos momentos que antecederam o mais incrível advento da historia da humanidade: a encarnação de Deus entre os seres humanos.
A grande obra da salvação começara em surdina, no silêncio e na oração da casa de Maria, em Nazaré, e naquela de Ain Karim, povoado não bem identificado a cinco milhas de Jerusalém, onde os cônjuges idosos Zacarias e Isabel aguardavam o nascimento do precursor de Jesus. Aqui, aconteceu o encontro entre a Virgem Mãe e sua prima Isabel, que, “repleta do Espírito Santo”, saudou a jovem parenta com as palavras que pelos séculos os cristãos repetem com a oração da ave-maria: “bendita entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre”.
Zacarias e Isabel estavam com idade avançada, e como não tinham filhos, julgavam essa graça impossível de ser alcançada. Foi quando o anjo do Senhor apareceu ao velho sacerdote Zacarias no templo e disse-lhe que sua mulher, Isabel, teria um filho que teria o nome de João, que significa “o Senhor faz graça”. O menino seria repleto do Espírito Santo desde a gestação de sua mãe, reconduziria muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus e seria precursor do Messias.
Zacarias, inicialmente, manteve-se incrédulo ante o anúncio celeste do nascimento de um filho pelo qual havia rezado com tanto ardor; para que pudesse crer, precisou de um sinal: ele ficou mudo até que João veio à luz do mundo. Na ocasião, sua voz voltou e ele entoou o salmo profético em que, repleto do Espírito Santo, profetizou a missão do filho.
Enquanto isso, devido à proximidade da maternidade, Isabel recolheu-se por cinco meses, para estar em união com Deus. Os dias ela dividia em três períodos: de silêncio, oração e meditação. E foi assim que Isabel, grávida de João e inspirada pelo Espírito Santo, anunciou à Virgem Maria, sua prima, quando esta a visitou: “Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre”.
Após o nascimento de João, Zacarias e Isabel recolheram-se à sombra da fama do filho, como convém aos que sabem ser o instrumento do Criador. Com humildade, alegraram-se com a santidade da missão dada ao filho, sendo fiéis a Deus até a morte.
São Zacarias e Santa Isabel, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 04 de novembro de 2020
DIA DE SÃO CARLOS BORROMEU - 04 DE NOVEMBRO
DIA DE SÃO CARLOS BORROMEU - 04 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 04.11.20
SÃO CARLOS BORROMEU
Origens
Carlos Borromeu nasceu no dia 2 de outubro de 1538, no castelo de sua família, na cidade de Arona, perto de Milão, Itália. Seu pai foi o milionário conde Gilberto Borromeu. Sua a mãe se chamava Margarida de Médicis. Ela pertencia à mesma família nobre e influente na sociedade italiana e na Igreja. Carlos foi o segundo filho.
Vocação
Os pais de Carlos Borromeu seguiram o hábito da época: entregaram-no para o serviço de Deus quando ele completou doze anos. Por uma grande felicidade, o menino tinha grande vocação religiosa e encontrou-se muito feliz no caminho do serviço a Deus. Sua vocação religiosa era bastante acentuada. Além disso, era penitente, cheio de piedade e caridoso para com todos os pobres.
Formação sólida
Carlos Borromeu tornou-se um estudioso aplicado e se destacou pela inteligência e sabedoria. Diplomou-se em direito canônico com apenas vinte e um anos. Um ano depois, entusiasmado com a fé e com grande ardor missionário, ele funda uma Academia para estudos religiosos. Essa academia teve total aprovação da Santa Sé.
Sobrinho do Papa Pio IV
Carlos Borromeu era sobrinho de Pio IV, e isso o estimulava a seguir adiante no caminho da fé e não nas glórias humanas. Ele queria viver uma vida afastada, como monge. Porém, por causa de sua sabedoria e inteligência, com apenas vinte e quatro anos já era sacerdote e tinha sido sagrado bispo de Milão. No cargo, ajudou a organizar a Igreja e dedicou-se à evangelização.
Desejo de afastamento
São Carlos Borromeu sentindo-se bastante atraído pela vida monástica e contemplativa. Por causa disso, pensou seriamente em renunciar a seu cargo à frente da arquidiocese. Porém, seu amigo, o Venerável D. Frei Bartolomeu dos Mártires, então arcebispo de Braga, conseguiu dissuadi-lo dessa ideia. D. Bartolomeu o ajudou a perceber que, naquele século, repleto de maus exemplos dados pelo alto Clero, seria melhor que Carlos Borromeu, um nobre, vindo de família milionária e sobrinho do Papa, desse um exemplo de vida pobre, humilde e santa como arcebispo. São Carlos Borromeu viu nesse conselho a vontade de Deus e o acatou, permanecendo arcebispo de Milão.
Exemplo de bispo
Seguindo os conselhos de Jesus e os de seu amigo D. Frei Bartolomeu, São Carlos Borromeu foi utilizando todos os seus bens (e eram muitos!) na construção de hospitais, albergues para os pobres, casas de formação para os sacerdotes e religiosos. Além disso, teve atuação forte no Concílio de Trento e levou adiante as reformas sugeridas por tal Concílio.
Reformas e perseguições
Promoveu a adoção de disciplina mais rígida para os padres e religiosos. Com isso, criou hostilidades com aqueles que não estavam dispostos a abrir mão de privilégios. Porém, não se preocupava com isso. Por causa da disciplina que instaurou para o clero, Carlos Borromeu chegou a ser vítima de um atentado, enquanto estava em oração em sua capela. Porém, saiu ileso e perdoou generosamente aquele que atentara contra sua vida.
Peste negra
Em 1576 a peste negra chegou a Milão. Milhares de pessoas morreram. Mais de cem padres também faleceram, contaminados pela peste, quando ajudavam os doentes. Carlos Borromeu foi bastante atuante em meio a essa mortandade. Visitava e dava assistência a todos os contaminados que conseguia. Levava a ales os sacramentos da Igreja e o consolo da fé, no meio da dor do sofrimento. Não tinha receio nem precauções ao se misturar com os doentes. Sofrendo por ver tantas mortes de inocentes, flagelou-se em praças públicas pedindo perdão a Deus, exercendo seu sacerdócio em nome de seu povo.
Morte
Esse trabalho incansável, porém, consumiu suas forças. Tanto que, um dia, a febre o pegou. Ela não o matou de vez, mas tirou-lhe as forças, minou seu corpo lentamente. Depois disso, conseguiu fazer muito menos e, alguns anos depois, faleceu com apenas quarenta e seis anos. Antes de morrer, proclamou-se feliz por ter seguido, em toda a sua vida, os ensinamentos de Cristo e pela graça de poder encontrar-se com o Senhor de coração puro. Faleceu em 4 de novembro de 1584, estando em sua sede episcopal. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Paulo V em 1610.
Oração a São Carlos Borromeu
“Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Carlos Borromeu, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. São Carlos Borromeu, rogai por nós.”
Oração feita por São Carlos Borromeu dirigida ao Anjo da Guarda
“Meu bom Anjo da Guarda, não sei quando e de que modo irei morrer. É possível que eu seja levado de repente ou que, antes do meu último suspiro, eu me veja privado das minhas capacidades mentais. E há tantas coisas que eu quereria dizer a Deus, no limiar da Eternidade. Por isso, hoje, com a plena liberdade da minha vontade, venho pedir, Anjo da minha guarda, que faleis por mim nesse temível momento. Direis, então, ao Senhor, meu bom Anjo da Guarda:
- Que quero morrer na Santa Igreja Católica Apostólica Romana, no seio da qual morreram todos os santos, depois de Jesus Cristo, e fora da qual não há salvação.
- Que peço a graça de participar nos méritos infinitos do meu Redentor e que desejo morrer pousando meus lábios na Cruz que foi banhada com o Seu Sangue.
- Que aborreço e detesto os meus pecados que ofenderam a Jesus e que, por amor a Ele, perdoo os meus inimigos, como eu próprio desejo ser perdoado.
- Que aceito a minha morte como sendo da vontade de Deus e que, com toda a confiança, me entrego ao Seu amável e Sacratíssimo Coração, esperando em toda a sua misericórdia.
- Que, no meu inexprimível desejo de ir para o Céu, me disponho a sofrer tudo quanto a Sua soberana Justiça haja por bem infligir-me.
Não recuseis, ó Santo Anjo da minha guarda, ser o meu intérprete junto de Deus e expor diante dEle que estes são os meus sentimentos e a minha vontade. Amém.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 03 de novembro de 2020
DIA DE SÃO MARTINHO DE LIMA - 03 DE NOVEMBRO
DIA DE SÃO MARTINHO DE LIMA - 03 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 03.11.20
São Martinho de Lima, o santo da vassoura
REDAÇÃO CENTRAL, 03 nov. 16 / 05:00 am (ACI).- “Eu te medico, Deus te cura”, costumava dizer São Martinho de Lima (ou São Martinho de Porres), o santo da vassoura e padroeiro dos barbeiros, dos grandes senhores e homens simples que acudiam a ele em busca de sua ajuda. Sua festa é celebrada neste dia 3 de novembro.
São Martinho nasceu em Lima, Peru, em 1579. Desde a infância, sentiu a predileção pelos enfermos e os pobres. Aprendeu o ofício de barbeiro e algo sobre medicina. Aos 15 anos, pediu para ser admitido como terciário no convento dos Dominicanos.
Em seu serviço de enfermeiro, não fazia diferença entre pobres e aqueles que tinham mais, embora tivesse que passar por experiências de incompreensão e inveja. Em 1603, fez a profissão religiosa.
Com a ajuda de Deus, realizava alguns milagres de curas instantâneas ou, em algumas ocasiões, bastava a sua presença para que os doentes terminais começassem a se recuperar. Alguns o viram entrar e sair de recintos com as portas fechadas, enquanto outros asseguram tê-lo visto em dois lugares diferentes ao mesmo tempo.
Era tamanho o carinho e a admiração que tinham pelo humilde Frei Martinho, que até o vice-rei daquela época foi visitá-lo no seu leito de morte para beijar sua mão. Partiu para a Casa do Pai em 3 de novembro de 1639, beijando o crucifixo com grande alegria.
São Martinho é recordado com a vassoura, que é o símbolo de seu humilde serviço. Por isso, São João XXIII, ao canonizá-lo em 1962, disse: “Que o exemplo de Martinho ensine a muitos como é feliz e maravilhoso seguir os passos e obedecer aos mandamentos divinos de Cristo!”.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 02 de novembro de 2020
DIA DE FINADOS - 02 DE NOVEMBRO
DIA DE FINADOS - 02 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 02.11.20
02 de novembro – Dia de Finados
Em toda cultura ou civilização, houve uma atenção especial dirigida aos mortos, quer essa atenção (ou esse “cuidado”) esteja relacionada a alguma religião, quer não. Observam-se ao longo da história diversos ritos de sepultamentos, como a cremação, a mumificação, o enterro em covas e em urnas de cerâmica ou de pedra, bem como a deposição do corpo dos mortos em mausoléus. Grandes monumentos como as pirâmides de Gizé e o Taj Mahal foram erguidos para acomodar os restos mortais de pessoas ilustres. No mundo ocidental, o dia 02 de novembro é dedicado à memória dos mortos. Esse dia, popularizado pela tradição católica, foi instituído no período da Baixa Idade Média.
Como surgiu a data?
O Dia de Finados, como é conhecido, foi instituído inicialmente no século X, na abadia beneditina de Cluny, na França, pelo abade Odilo (ou SantoOdilon [962-1049], como chamado entre os católicos). Odilo de Cluny sugeriu, no dia 02 de novembro de 998, aos membros de sua abadia que, todo ano, naquele dia, dedicariam suas orações à alma daqueles que já se foram. A ação de Odilo resgatava um dos elementos principais da cosmovisão católica: a perspectiva de que boa parte das almas dos mortos está no Purgatório, passando por um processo de purificação para que possam ascender ao Paraíso.
No estado de purgação, as almas necessitam, segundo a doutrina católica, de orações dos vivos, que podem pedir para elas a misericórdia divina e a intercessão dos santos, da VirgemMaria e do principal mediador, o DeusFilho, JesusCristo. Nos séculos da Baixa Idade Média (X ao XV), a prática de orações pelas almas dos mortos tornou-se bastante popular na Europa, ficando conhecida pela alcunha de “Dia de todas as Almas”. Essa prática remonta ao período do cristianismoprimitivo, dos séculos II e III, quando os cristãos perseguidos pelo ImpérioRomano enterravam e rezavam por seus mortos nas catacumbas subterrâneas da cidade de Roma.
Com a descoberta da América e o processo de colonização, o dia escolhido por Odilo de Cluny tornou-se ainda mais popular. Nos dias atuais, apesar do grande processo de secularização que a civilização ocidental sofreu ao longo da modernidade, o Dia de Finados continua a ser uma data especial, na qual a memória dos entes queridos que já se foram nos vem à mente e na qual, também, milhões de pessoas vão aos cemitérios levar suas flores, velas, sentimentos e orações.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 01 de novembro de 2020
DIA DE TODOS OS SANTOS - 01 DE NOVEMBRO
DIA DE TODOS OS SANTOS - 01 DE NOVEMBRO
HOMILIA - 01.11.20
DIA DE TODOS OS SANTOS
O Dia de Todos os Santos é celebrado anualmente em 1º de novembro e não é feriado no Brasil.
Essa data é dedicada à celebração e homenagem de todos os santos e mártires das igrejas cristãs, garantindo que aqueles que não têm uma data própria de festejo não sejam esquecidos. Assim, é destinado a todos os santos conhecidos ou não pela Igreja e decorre há muito anos.
Santos são aqueles que viveram uma vida de acordo com os ensinamentos do Evangelho e, por isso, a Igreja acredita que estejam junto a Deus.
A celebração é reconhecida por várias denominações cristãs, como católicos romanos, ortodoxos, anglicanos e luteranos.
O Dia de Todos os Santos é celebrado nesta data em todo o ocidente, enquanto nas Igrejas do oriente, a comemoração acontece no primeiro domingo após o Pentecostes.
Origem da Festa de Todos os Santos
A ideia de homenagear todos os santos teria começado por volta do século IV, na Antioquia, quando se recordavam os santos mártires no primeiro domingo após Pentecostes. Nos primeiros anos da Igreja Católica, estima-se que mais de seis mil santos e beatos foram mortos pelos romanos.
Mais tarde, no ano 835 d.C, o papa Gregório IV decide dedicar o dia 1º de novembro a todos aqueles que tiveram uma vida santa, mas não foram lembrados ao longo do ano, ou mesmo não foram reconhecidos como santos oficialmente pela Igreja.
De acordo com as tradições da Igreja Católica, após a celebração da Festa de Todos os Santos (Festum Omnium Sanctorum, em latim) em 1º de novembro, celebra-se o Dia de Finados, em 2 de novembro.
Comemorações em outros países
Os portugueses celebram o Dia de Todos os Santos, também conhecido como o “pão por Deus”, com um dia divertido para as crianças. Geralmente em grupo e transportando um saquinho, elas vão de casa em casa, onde recebem pão, frutas, frutos secos ou doces.
O Dia de Todos os Santos é bastante comemorado no Peru. Lá, além de visitar as campas dos entes queridos falecidos, os peruanos preparam pratos tradicionais para oferecer de forma simbólica aos mortos.
As crianças são vestidas com roupas de festa. Ao encontrar uma criança semelhante a uma falecida, essa família presenteia a tal criança com “anjos”. Os chamados "anjos" são pãezinhos típicos ou doce de batata doce que são decorados de forma bonita e cuidadosa.
Oração do Dia de Todos os Santos
“Querido Pai,
Vós tendes dado aos santos do céu a felicidade eterna que vivem agora na plenitude de Vossa glória. Devido ao Seu santo amor, eles também se preocupam comigo e minha família, meus amigos, minha igreja, meus vizinhos.
Obrigado pelo dom da sua amizade e do testemunho de uma vida santa.
Eu peço aos nossos santos padroeiros e todos os santos que se tornaram particularmente queridos para mim a intercessão por nós. Peço-lhes que nos ajude a caminhar com segurança no caminho estreito que conduz ao céu.
Ó Senhor, dai-nos a Vossa proteção. Dai-nos a Vossa assistência para vencer a tentação, ganhando a plenitude da vida. Amém!”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 31 de outubro de 2020
DIA DE SANTO AFONSO RODRIGUES - 31 DE OUTUBRO
DIA DE SANTO AFONSO RODRIGUES - 31 DE OUTUBRO
HOMILIA - 31.10.20
Santo Afonso Rodrigues
O humílimo Afonso Rodrigues ancorou na vida religiosa após uma infeliz experiência matrimonial. Nasceu em Segóvia, na Espanha, a 25 de julho de 1533. Educado no colégio jesuíta de Alcalá, teve de abandonar os estudos para tomar o lugar do pai no próspero e remunerador comércio de tecidos. Aos 27 anos, casou-se.
Em 1567 sua família foi atingida pela primeira grande dor com a morte da esposa, seguida pouco depois pelos filhos. Provado pela dor, privado de interesses materiais, descuidou do comércio e endividou-se. Voltou à escola frequentando com pouco sucesso os cursos de gramática e de retórica na universidade de Valência. Afonso, então, fechou-se definitivamente aos testes escolásticos para procurar somente nos livros de devoção o alimento de que precisava sua alma.
Acolhido a 31 de janeiro de 1571 no noviciado dos jesuítas, como irmão leigo, ficou seis meses em Valência para terminar o noviciado. Depois foi enviado ao colégio de Monte Sion em Palmas de Majorca, a ilha imersa na paz solar e tranquila do Mediterrâneo. Aí, ficou até à morte, que se deu a 30 de outubro de 1617. No exercício do seu humilde trabalho cotidiano de porteiro, assumido com paciência e dedicação pelo resto da vida, Afonso se mostrou afável, caridoso e serviçal com todos, exercendo profícuo apostolado entre os que, com sempre maior frequência, paravam na portaria do colégio para receber o conforto de uma palavra sua.
A fama da sua santidade e os carismas com que Deus o dotara (visões, previsões, milagres) tinham atraído à escola do humilde irmão leigo, que tivera de interromper os estudos universitários pelo seu pouco aproveitamento, numeroso grupo de discípulos. Entre estes, se aclamava o futuro grande missionário, são Pedro Claver, estudante de filosofia, do qual havia previsto a vasta atividade apostólica.
Santo Afonso Rodrigues, canonizado a 15 de janeiro de 1888, juntamente com são João Berchmans, foi indicado como exemplo de tenra devoção mariana, expressa com a recitação diária do Rosário e do Ofício da Imaculada, devoção que frequentemente era recompensada com amáveis e extraordinárias intervenções de Nossa Senhora na vida deste grande místico espanhol.
Entre seus muitos escritos, recordamos as Memórias autobiográficas escritas por ordem dos superiores, de 1604 a 1616, e alguns escritos que versam sobre assuntos de ascética com lúcida penetração, fruto de sabedoria não tirada dos livros. Sua festa é celebrada a 31 de outubro.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 30 de outubro de 2020
DIA DE SÃO MARCELO - 30 DE OUTUBRO
DIA DE SÃO MARCELO - 30 DE OUTUBRO
HOMILIA - 30.10.20
São Marcelo
O martírio de são Marcelo está estreitamente ligado ao de são Cassiano, e sua Paixão é um belo exemplo de autenticidade, graças à sua prosa enxuta, essencial e sem digressões, sem os enriquecimentos usuais na história dos primitivos cristãos.
Marcelo era um centurião do exército romano da guarnição de Tânger. Como tal foi enviado a participar dos festejos do aniversário do imperador Diocleciano, em julho de 298. Era sabido que em tal circunstância os participantes deviam honrar uma estátua do imperador com um gesto (lançar incenso no braseiro posto a seus pés) que os cristãos consideravam idolátrico.
Marcelo recusou-se a fazê-lo e, para mostrar-se coerente, retirou as insígnias de centurião, jogou-as aos pés da estátua e se declarou cristão. Por muito menos isso seria passível da pena capital.
Foi chamado o escrivão, Cassiano, para que redigisse uma ata oficial sobre a rebeldia do centurião. O funcionário — em latim, exceptor — recusou-se a redigir as atas processuais. Imitando o centurião Marcelo, jogou fora a pena, protestou pela injustiça perpetrada contra os inocentes, condenados à morte por adorarem o único e verdadeiro Deus, e declarou-se também ele cristão.
Foram ambos aprisionados e poucos dias depois sofreram o martírio: Marcelo em 30 de outubro, e Cassiano em 3 de dezembro. O poeta Prudêncio dedica-lhes um hino.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 29 de outubro de 2020
DIA DE SÃO NARCISO - 29 DE OUTUBRO
DIA DE SÃO NARCISO - 29 DE OUTUBRO
H0OMILIA - 29.10.20
SÃO NARCISO
Eleito bispo com quase cem anos, governou a diocese de Jerusalém por dezesseis anos
Origens
Narciso nasceu, provavelmente, no ano 96. Sabe-se que ele não era judeu, mas não se sabe o local de seu nascimento. As principais lembranças que a história guardou desSe santo, além de sua longevidade e lucidez extraordinárias, foram as de que ele era um homem humilde, penitente, austero, puro e simples. Sabe-se também que, desde sua infância, ele demonstrou grande amor a Jesus Cristo e quis dedicar toda sua vida ao serviço de Deus. Por isso, aguardou a idade mínima para receber a ordenação sacerdotal.
Caridade
Como sacerdote, São Narciso realizou um trabalho notável dedicado aos doentes e pobres da cidade de Jerusalém. Este trabalho foi tão intenso que os cristãos da Cidade Santa quiseram que ele assumisse a paróquia dedicada a São Tiago. Nesta paróquia, ele dedicou-se à caridade para com os necessitados e à evangelização. Nesta missão, ele arrebanhou multidões.
Bispo mais idoso de todos os tempos
Quando a diocese de Jerusalém perdeu seu bispo, por volta do ano 186, os cristãos, em unanimidade, quiseram que São Narciso assumisse o comando da diocese. Por isso, ele foi sagrado bispo de Jerusalém. Ele contava, então, com quase cem anos de idade. Mesmo assim, a idade tão avançada não lhe pesou. Ao contrário, ele teve forças para governar a diocese com firmeza por quase dezesseis anos.
Missão
O governo de São Narciso na diocese de Jerusalém foi marcado por uma liderança decisiva e atuações marcantes e, inclusive, vários milagres atestados por muitos. Uma de suas atuações mais importantes se deu num Concílio realizado em Jerusalém, no qual foi decidido que a Páscoa dos cristãos deveria ser celebrada num dia de domingo.
Milagres
A história de São Narciso está repleta de milagres e graças especiais alcançadas através de sua intercessão. Entre essas graças, conta-se que, na véspera de uma celebração da Páscoa, faltava o azeite na igreja. Por isso, não seria possível acender as velas, nem mesmo o Círio Pascal para a celebração da grande vigília. Por isso, São Narciso rezou pedindo auxílio de Deus. Tem em seu coração a inspiração de abençoar uma vasilha de água. Quando ele abençoou, a água foi transformada em azeite. Assim, as velas puderem ser acesas e as celebrações vividas com fervor e intensidade.
Calúnia e justiça
O final da vida de São Narciso teve uma marca trágica. Ele foi acusado injustamente por três indivíduos. Estes afirmaram que o viram praticando atos ilícitos e fizeram juramentos:
O primeiro, disse: “Que eu seja queimado vivo se estiver mentindo!”
O segundo disse: “Que a lepra me devore se eu não estiver falando a verdade!”
E o terceiro afirmou: “Que eu fique cego se não for verdade o que digo!”
São Narciso afirmou sua inocência e declarou que perdoava seus acusadores, mas, após a acusação, preferiu isolar-se no deserto. Pouco tempo depois, seus acusadores receberam o castigo tal qual tinham jurado. O primeiro morreu queimado num incêndio. O segundo tornou-se leproso, e o terceiro, após ter chorado bastante diante dos cristãos, arrependido e confessando o crime cometido, ficou cego.
Volta triunfante
O povo saiu em busca de São Narciso para que reassumisse seu cargo. Porém, não o encontraram e pensaram que ele tivesse falecido e passaram a tratá-lo como santo. Por isso, outros três bispos assumiram em seu lugar. Alguns anos mais tarde, porém, eis que São Narciso reapareceu. O povo o acolheu com grande alegria e surpresa e fez com que ele reassumisse suas funções. Os últimos relatos que existem sobre São Narciso encontram-se numa carta redigida por Santo Alexandre. Na carta, ele diz que São Narciso completou cento e dezesseis anos de idade à frente da diocese de Jerusalém e que terminou seus dias exortando para que todos se esforçassem para manter a concórdia.
Oração a São Narciso
“Ó Deus, que destes a São Narciso a graça da perseverança na fé e no amor, mesmo diante de calúnias e falsas acusações, dai também a nós a graça de permanecermos firmes, mesmo nas dificuldades, e livrai-nos da calúnia. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém. São Narciso, rogai por nós.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 28 de outubro de 2020
DIA DE SÃO SIMÃO E DE SÃO JUDAS TADEU - 28 DE OUTUBRO
DIA DE SÃO SIMÃO E DE SÃO JUDAS TADEU - 28 DE OUTUBRO
HOMILIA - 28.10.20
São Simão e São Judas Tadeu
São Simão: Simão tinha o cognome de Cananeu, palavra hebraica que significa “zeloso”. Nicéforo Calisto diz que Simão pregou na África e na Grã-Bretanha. São Fortunato, Bispo de Poitiers no fim do século VI, indica estarem Simão e Judas enterrados na Pérsia. Isto vem das histórias apócrifas dos apóstolos; segundo elas, foram martirizados em Suanir, na Pérsia, a mando de sacerdotes pagãos que instigaram as autoridades locais e o povo, tendo sido ambos decapitados. É o que rege o martirológio jeronimita.
Outros dizem que Simão foi sepultado perto do Mar Negro; na Caucásia foi elevada em sua honra uma igreja entre o VI e o VIII séculos. Beda, pelo ano de 735, colocou os dois santos no martirológio a 28 de outubro; assim, ainda hoje os celebramos. Na antiga basílica de São Pedro do Vaticano havia uma capela dos dois santos, Simão e Judas, e nela se conservava o Santíssimo Sacramento.
São Judas Tadeu: Judas, um dos doze, era chamado também Tadeu ou Lebeu, que São Jerônimo interpreta como homem de senso prudente. Judas Tadeu foi quem, na Última Ceia, perguntou ao Senhor: “Senhor, como é possível que tenhas de te manifestar a nós e não ao mundo?” (Jo 14,22).
Temos uma epístola de Judas “irmão de Tiago”, que foi classificada como uma das epístolas católicas. Parece ter em vista convertidos, e combate seitas corrompidas na doutrina e nos costumes. Começa com estas palavras: “Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados e amados por Deus Pai, e conservados para Jesus Cristo: misericórdia, paz e amor vos sejam concedidos abundantemente”. Orígenes achava esta epístola “cheia de força e de graça do céu”.
Segundo São Jerônimo, Judas terá pregado em Osroene (região de Edessa), sendo rei Abgar. Terá evangelizado a Mesopotâmia, segundo Nicéforo Calisto. São Paulino de Nola tinha-o como apóstolo da Líbia. Conta-se que Nosso Senhor, em revelações particulares, teria declarado que atenderá os pedidos daqueles que, nas suas maiores aflições, recorrerem a São Judas Tadeu. Santa Brígida refere que Jesus lhe disse que recorresse a esse apóstolo, pois ele lhe valeria nas suas necessidades. Tantos e tão extraordinários são os favores que São Judas Tadeu concede aos seus devotos, que se tornou conhecido em todo o mundo com o título de Patrono dos aflitos e Padroeiro das causas desesperadas.
São Judas é, às vezes, representado segurando um machado, uma clava, uma espada ou uma alabarda, por sua morte ter ocorrido por uma dessas armas.
São Simão e São Judas Tadeu, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 27 de outubro de 2020
DIA DE SÃO FRUMÊNCIO - 27 DE OUTUBRO
DIA DE SÃO FRUMÊNCIO - 27 DE OUTUBRO
HOMILIA - 27.10.20
São Frumêncio
São Frumêncio nasceu em Liro da Fenícia. Quando menino, juntamente com o irmão Edésio, acompanhava um filósofo de nome Merópio, numa viagem em direção às Índias. A embarcação, cruzando o Mar Vermelho, foi assaltada, e só foram poupados da morte os dois jovens, Frumêncio e Edésio, que foram levados escravos para Aksum (Etiópia) a serviço da Corte.
Desse mal humano, Deus tirou um bem, pois, ao terem ganhado o coração do rei Ezana, com a inteligência e espírito de serviço, fizeram de tudo para ganhar o coração da África para o Senhor. Os irmãos, de ótima educação cristã, começaram a proteger os mercadores cristãos de passagem pela região e, com a permissão de construírem uma igrejinha, começaram a evangelizar o povo. Passados quase vinte anos, puderam voltar à pátria e visitar os parentes: Edésio foi para Liro, e Frumêncio caminhou para partilhar com o Patriarca de Alexandria, Santo Atanásio, as maravilhas do Ressuscitado na Etiópia e também sobre a necessidade de sacerdotes e um Bispo. Santo Atanásio, admirado com os relatos, sabiamente revestiu Frumêncio com o Poder Sacerdotal e nomeou-o Bispo sobre toda a Etiópia, isso em 350.
Quando voltou, Frumêncio foi acolhido com alegria como o “Padre portador da Paz”. Continuou a pregação do Evangelho no Poder do Espírito, ao ponto de converter o rei Ezana, a rainha, e um grande número de indígenas, isso pelo sim dos jovens irmãos e pela perseverança de Frumêncio. Quase toda a Etiópia passou a dobrar os joelhos diante do nome que está acima de todo o nome: Jesus Cristo.
São Frumêncio, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 26 de outubro de 2020
DIA DE SANTO EVARISTO - 26 DE OUTUBRO
DIA DE SANTO EVARISTO - 26 DE OUTUBRO
HOMILIA - 26.10.20
SANTO EVARISTO
Santo Evaristo foi o Papa de número cinco a liderar a Igreja Católica no começo do Cristianismo. Evaristo foi o Sumo Pontífice entre os anos 101 e 107 d. C. Como seus antecessores, ele também foi martirizado em Roma, por pregar o Cristianismo e não renegar sua fé em Jesus Cristo.
Origem judaica
Santo Evaristo era filho de um judeu chamado Judas. Seu pai tinha nascido em Belém, mas mudou-se para Antioquia quando adolescente. Judas educou o filho Evaristo dentro do judaísmo. Evaristo manifestou desde cedo ser aberto à virtude. Tinha inclinação para as letras e as ciências. Seu pai percebeu esta aptidão e incentivou seu filho. Por isso, Evaristo tornou-se homem de grandes talentos.
Conversão
Não se sabe como nem a época exata em que Santo Evaristo se tornou cristão, mas presume-se que tenha sido em Antioquia e que, depois disso, ele tenha ida para Roma. Sabe-se, porém, que, em Roma, ele ficou logo conhecido por sua santidade e passou a ser membro das lideranças da Igreja. Santo Evaristo tinha o dom de acender a fé no coração dos cristãos, dando belos exemplos de caridade cristã e virtudes.
Santo Evaristo, o quinto Papa da Igreja Católica
Por todas essas qualidades, Santo Evaristo foi eleito o quinto Papa da Igreja, logo depois que São Clemente foi martirizado. Sabe-se que, a princípio, ele não queria assumir, alegando ser indigno. Mas o clero e os fiéis insistiram unânimes, e ele acabou aceitando a missão. Era o ano 101 da era cristã.
As dificuldades no Papado
Assim que assumiu a liderança da Igreja, Santo Evaristo passou a enfrentar dificuldades externas que atacavam a Igreja, e outras vindas de dentro. De fora da Igreja, vinham as perseguições do imperador romano.
De dentro da Igreja, vinham as heresias ameaçando desvirtuar a fé. Muitos desses hereges eram verdadeiros líderes de igrejas de outras localidades e reivindicavam que seus erros doutrinários fossem aceitos como verdades de fé.
Mas Santo Evaristo tinha consigo o verdadeiro depósito da fé recebido dos Apóstolos e não deixou que a Igreja caísse no erro. Por causa de suas intervenções, a Igreja se manteve no rumo certo, sem se desviar, conservando a fé pura.
Regras eclesiásticas
Além de lutar fortemente contra as heresias da época, Santo Evaristo também fez por onde aperfeiçoar a disciplina da Igreja, criando regras bastante prudentes e emitindo decretos. Santo Evaristo foi o primeiro a dividir a cidade de Roma em paróquias.
Essas paróquias, claro, não eram como são hoje. Eram comunidades pequenas, mas que tinham sua vida própria. Ele organizou isso. Foi ele também quem determinou que o casamento se tornasse público e fosse acompanhado por um sacerdote.
Zelo
Cheio de zelo, Santo Evaristo fazia questão de ir visitar paróquias, procurando sempre fazer com que suas ovelhas mantivessem a fé pura, sem influências de heresias. Preocupou-se com a formação das crianças e dos escravos, que eram comuns na época. Insistia que os escravos tinham que receber o mesmo tratamento que os libertos.
Devoção a Santo Evaristo
Trajano era o imperador romano que reinava no tempo de Santo Evaristo. Dizem que ele pessoalmente não tinha nada contra os cristãos, mas seus assessores pagãos o influenciavam maliciosamente. Assim, estes, ao tomarem conhecimento do zelo, do número crescente de fiéis cristãos e dos frutos do apostolado de Santo Evaristo, arderam em ódio e passaram a criar uma péssima imagem do Papa Evaristo diante do imperador.
Lutaram bastante até conseguirem que Trajano ordenasse que ele fosse preso. Em seguida, forjaram um julgamento e conseguiram a condenação oficial do santo à pena de morte. Os relatos atestam que Santo Evaristo sentiu grande alegria ao receber sua sentença de morte por causa de Jesus Cristo. As autoridades romanas ficaram estupefatas ao verem que o Papa não temia a morte e se regozijava ao saber que daria sua vida por causa de Cristo.
Seu testemunho serviu, na verdade, para a conversão de inúmeros cidadãos romanos ao cristianismo. Eles viam no testemunho dos mártires a mais eloquente profissão de fé, pois eles confirmavam com a própria vida a verdade eterna em que acreditavam. Assim, condenado, santo Evaristo foi morto no dia 26 de outubro de 107. Sua sepultura foi colocada no Vaticano, ao lado da sepultura de São Pedro.
Oração a Santo Evaristo
Ó Deus, que concedestes ao Papa Santo Evaristo a graça do Magistério Romano, permiti que, pela sua intercessão, sejamos sempre fiéis ao Papa e aos Bispos a ele unidos. Amém.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 25 de outubro de 2020
DIA DE SANTO ANTÔNIO DE SANT,ANNA GALVÃO (SÃO FREI GALVÃO) - 25 DE OUTUBRO
DIA DE SANTO ANTÔNIO DE SANT'ANNA GALVÃO
(SÃO FREI GALVÃO) - 25 DE OUTUBRO
HOMILIA - 25.10.20
São Frei Galvão
O Dia de Santo Antônio de Sant’Ana Galvão, também conhecido por São Frei Galvão, é comemorado em 25 de outubro, no Brasil.
Esta data é celebrada principalmente pela comunidade cristã católica, que homenageia a figura do primeiro santo nascido no Brasil.
São Frei Galvão, conhecido como um homem de paz e de caridade, nasceu com o nome de Antônio de Sant'Anna Galvão, em 10 de maio de 1739, na cidade de Guaratinguetá em São Paulo.
Era filho de Antônio Galvão um português que morava no Brasil, e Isabel Leite de Barros, brasileira de Pindamonhangaba, em São Paulo. Foi criado em um lar muito religioso, vivendo em uma família que gozava de status social e político.
Logo aos 13 anos, de idade São Frei Galvão foi enviado à Bahia para ter uma educação no Seminário dos Padres Jesuítas, pois, seu pai queria que tivesse a melhor educação que suas possibilidades econômicas permitiam.
No ano de 1760 São Frei Galvão, ingressou no noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição, no Convento de Boaventura do Macacu, no Rio de Janeiro, sendo ordenado sacerdote em 11 de julho de 1762, movido para o Convento de São Francisco na cidade de São Paulo.
São Frei Galvão fundou, no ano de 1774 o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, atual Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz, das Irmãs Concepcionistas da Imaculada Conceição.
Era cheio do Espírito Santo e de caridade. Não media esforços para aliviar os sofrimentos das pessoas, sendo muito procurado pelo povo em suas necessidades. Fundou o mosteiro da luz, onde formou religiosas com estatutos que tratam a espiritualidade na caridade, e de como deve ser vivida a vida religiosa, e a forma de tratar as pessoas de dentro e de fora do "recolhimento".
Frei Galvão, conhecido por ser “um homem da paz e da caridade”, foi canonizado em 11 de maio de 2007, pelo papa Bento XVI, em São Paulo.
Oração a Frei Galvão
“São Frei Galvão, Deus fez em Ti maravilhas e através de Ti anunciou o Evangelho do amor, do acolhimento e da misericórdia para com os mais fracos e sofredores.
Com o coração agradecido por tão grande dom à nação brasileira, nós Te pedimos: intercede por nós junto a Deus para que possamos vivenciar na comunidade eclesial, os valores evangélicos que de modo tão heroico viveste.
Dá-nos a coragem e perseverança na fé e abertura ao Espírito Santo de Deus, para que possamos ser sal da terra e luz do mundo. Amém”.
Seis curiosidades sobre a vida de São Frei Galvão que talvez não se conheça:
“Depois do parto, ó Virgem, permaneceste intacta: Mãe de Deus, intercedei por nós”, escreveu Santo Antônio de Sant’Anna Galvão em um papel que foi enrolado como pílula e ingerido por uma mulher que estava com complicações no parto e, logo após, deu à luz o bebê normalmente.
Este é o pequeno resumo de como começou a tradição das pílulas de São Frei Galvão e que ainda hoje são produzidas pelas Irmãs Concepcionistas e entregues a pessoas que têm fé na intercessão desse santo.
Mas esta não é a única história que demonstra como esse santo foi cumulado por dons de Deus. A seguir, apresentamos outros dons que foram colocados a serviço da misericórdia divina, conforme assinala o site oficial do santo brasileiro:
1. Bilocação:
Conta-se que por volta de 1810, Manuel Portes, um capataz de temperamento instável, que vinha de uma expedição de Cuiabá, castigou o caboclo Apolinário por indisciplina, às margens do rio Tietê, no distrito de Potunduva. Quando viu que o capataz estava distraído, o caboclo agiu por vingança, atacou-o pelas costas com um facão e fugiu.
Desesperado, sentindo que estava para morrer, Manuel Portes gritou: “Meu Deus, eu morro sem confissão! Senhor Santo Antônio, pedi por mim! Dai-me confessor! Vinde, Frei Galvão, assistir-me!”.
Alguém então notou que um frade se aproximava. Todos identificaram que era Frei Galvão, que se aproximou, abaixou-se, colocou a cabeça do moribundo em seu colo e falou-lhe em voz baixa, encostando-lhe depois o ouvido aos lábios. Após abençoar Manuel, levantou-se e foi embora.
Naquele instante, porém, de acordo com os relatos, Frei Galvão estava fazendo uma pregação em São Paulo. Ele teria interrompido suas palavras por um momento e pedido uma Ave Maria por um moribundo. Ao fim da oração, prosseguiu com sua pregação.
Outro caso relata que uma gestante em uma fazenda distante de São Paulo estava gravemente enferma e clamava por Frei Galvão. Seu marido foi ao Mosteiro da Luz, mas foi informado que o frade tinha viajado ao Rio de Janeiro.
Ao retornar para casa, encontrou sua esposa fora de perigo e profundamente grata a Frei Galvão por ter atendido sua confissão durante a noite e abençoado um copo de água, que ela bebeu e logo após ficou bem.
O homem, então, foi para o Rio de Janeiro para agradecer ao frade, onde foi informado pelo Guardião do Convento: “Frei Galvão não arredou pé daqui”. Interrogado a respeito, Frei Galvão respondeu: “Como se deu, não sei; mas a verdade é que naquela noite lá estive”.
2. Telepatia:
Certa vez, indicam os relatos históricos, Frei Galvão era conduzido em uma cadeira coberta, por uma cidade. Uma senhora viu a cadeirinha de sua janela de rótulas. Sucumbida pelas amarguras da vida, a mulher pensou: “Ah, se Frei Galvão se lembrasse de mim, se ao menos me desse sua bênção”.
No mesmo instante, o frade levantou as cortinas da cadeirinha, debruçou-se em direção àquela janela e abençoou a senhora.
Os que presenciaram o fato disseram que não tinha como o franciscano ver aquela mulher, pois estava sendo conduzido pelo lado oposto da rua.
3. Premonição:
Como de costume, geralmente Frei Galvão reunia grandes multidões em suas pregações, sendo preciso pregar ao ar livre, pois os templos não comportavam todos. Foi o que aconteceu certa vez em Guaratinguetá. Mas, quando deu início ao sermão, começou a se formar uma grande tempestade. A chuva desabou e, quando os fiéis viram que chegaria ao largo onde estavam, quiseram sair. O frade, porém, pediu que ficassem, pois nada sofreriam. De fato, a chuva não caiu sobre aquele local.
4. Clarividência:
De acordo com testemunhos, certa vez levaram uma menina à presença de Frei Galvão. Ao conversarem, ele perguntou à pequena sobre o que desejava ser. Ela respondeu que queria ser religiosa. O franciscano a abençoou e profeticamente lhe confirmou a vocação. Mais tarde, aos 19 anos, a jovem ingressou em um convento.
5. Levitação:
Dentre os relatos que apontam o dom da levitação, um deles é o de uma senhora que, ao caminhar pela rua, observou que o frade estava se aproximando todo recolhido. Ao se cruzarem, ela exclamou: “Senhor Padre, vossemecê anda sem pisar no chão?”. Frei Galvão sorriu, saudou e seguiu adiante.
6. Telepercepção:
Era tradição antigamente que, quando os sinos badalavam fora dos horários de reza, era porque algo havia acontecido. Então, a comunidade se reunia. Foi o que aconteceu certo dia, quando os sinos do Mosteiro começaram a tocar. A população logo se agrupou, atendendo a convocação.
Já idoso, Frei Galvão anunciou: “Rebentou em Portugal uma revolução” (talvez a de 1820). Em seguida, relatou detalhes como se estivesse vendo tudo pessoalmente. Semanas mais tarde, chegaram notícias confirmando as visões do franciscano.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 24 de outubro de 2020
DIA DE SANTO ANTÔNIO MARIA CLARET - 24 DE OUTUBRO
DIA DE SANTO ANTÔNIO MARIA CLARET - 24 DE OUTUBRO
HOMILIA - 24.10.20
SANTO ANTÔNIO MARIA CLARET
Protetor das pessoas que estão em perigo ou nas mãos de malfeitores
Fundador das Congregações:
Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria (Padres Claretianos)
Irmãs de Ensino Maria Imaculada (Irmãs Claretianas)
Origens
Nascido em dezembro de 1807, num povoado chamado Sallent, perto de Vic e de Barcelona, Espanha, Antônio Claret y Clara foi batizado num dia de Natal. Foi o quinto filho entre dez. Seu pai era tecelão, e seu lar era cristão. Na família, recebeu o exemplo e a doutrina do seguimento de Jesus Cristo, bem como a devoção à Virgem Maria e um grande amor à eucaristia. Ainda criança, aprendeu a profissão de tecelão, com o pai. Depois, a de tipógrafo. A tipografia o influenciaria bastante na ousadia de evangelizar pelos meios de comunicação.
Chamado de Deus
Ainda adolescente, Antônio Claret sentiu um forte chamado para se colocar a serviço de Deus como religioso. Por isso, decidiu acrescentar o nome "Maria" ao seu. Ele queria, com isso, testemunhar que dedicaria sua vida a Nossa Senhora. E ele viveu uma vida extraordinária, dedicada a fazer o bem, à caridade e ao amor próximo.
Discernimento
Antônio Maria Claret trabalhou juntamente com seu pai numa fábrica de tecidos. Por causa de sua competência e dom de comunicação, foi convidado para trabalhos bastante rentáveis. Porém, recusou a todos por causa de sua vocação religiosa. Depois, quando tinha vinte e um anos, entrou no Seminário de Vic. Seu objetivo era se tornar monge cartuxo. Porém, um sacerdote percebeu sua vocação missionária e os dons para ser um homem de ação dentro da Igreja. Dócil ao Espírito Santo, Antônio Maria Claret obedeceu.
Começa a vida de missionário
Antônio Maria Claret foi ordenado em 1835. Em seguida, recebeu a nomeação de pároco de sua terra natal. Ali, ficou durante quatro anos. Depois disso, foi para Roma, mais precisamente para uma entidade da Igreja chamada Propaganda Fides (Propagação da Fé) e passou a ser missionário apostólico. Nesse ministério, viveu anos de árduo trabalho, dedicando-se inteiramente ao serviço pastoral na Espanha. Esse seu trabalho rendeu muitos frutos para a Igreja. Por causa do êxito de seu trabalho, foi enviado para as Ilhas Canárias, uma região difícil no campo da missão, no ano 1848.
Primeira fundação
Porém, o Padre Antônio Maria Claret sentia em seu coração o ardente desejo de iniciar uma obra de alcance mais amplo. Assim, no ano 1849, junto com outros cinco jovens padres, ele fundou a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria. Mais tarde, esta congregação passou a ser chamada de Padres Claretianos, por causa da força de seu carisma.
Bispo de Cuba
Pouco tempo depois da fundação da congregação, a longínqua diocese de Cuba vivia um tempo de enorme dificuldade. Estava sem bispo há quatorze anos. Assim, no mesmo ano da fundação da congregação, Padre Antônio Maria Claret foi nomeado seu arcebispo. Novamente, colocou-se a serviço e ficou evidente que Nossa Senhora jamais o abandonava.
Perseguições na ilha de Cuba
Em Cuba, passou a ser vítima constante de toda a sorte de pressões por parte de lojas maçônicas. Essas faziam violenta oposição aos padres, e provocaram vários atentados contra a sua vida. Puseram fogo numa casa em que ele estava, misturaram veneno a seus alimentos, bateram nele várias vezes e o assaltaram à mão armada outras tantas. Porém, Santo Antônio Maria Claret sempre escapava ileso e continuava sua missão sem retroceder.
Missão em Cuba – Congregação feminina
Santo Antônio Maria Claret restaurou o velho seminário cubano, que, por causa de seu exemplo de santidade, passou a receber inúmeras vocações. Apoiou negros e índios tornados escravos, e procurava libertá-los. No ano 1855, com o auxílio de madre Antônia Paris, fundou uma nova congregação religiosa, que passou a se chamar Congregação das Irmãs de Ensino Maria Imaculada. Mais tarde, receberam o apelido carinhoso de Irmãs Claretianas. Por causa de seu empenho missionário, Cuba ganhara várias outras dioceses. Ele fez questão de fazer visitas pastorais a cada uma delas. Nessas visitas, levava força e ânimo para os cristãos que mergulhavam num trabalho sempre mais difícil e sempre mais necessário.
De volta à Europa
Em 1857 Santo Antônio Maria Claret voltou a Madri, deixando a Igreja de Cuba mais fortalecida, unida e resistente. Em sua volta à Espanha, a rainha Isabel II pediu que ele passasse a ser seu confessor. Mesmo sem querer tal cargo, para não se envolver com política, aceitou, vendo também nisso um chamado de Deus. Nessa época, teve tempo para escrever e sua obra literária cresceu bastante. Ele juntou a ela seus incontáveis sermões cheios de sabedoria. No ano 1868, fez-se solidário com a rainha e acompanhou-a no exílio na França. Lá, permaneceu junto com a família real. Porém, continuou sua missão apostólica de grande escritor. Na França, achou tempo e forças para dirigir a fundação de uma academia destinada aos artistas. Essa obra passou a subsistir sob a proteção de São Miguel Arcanjo.
Morte
Santo Antônio Maria Claret morreu com a idade de sessenta e três anos. Foi em 24 de outubro do ano 1870. Ele estava, então, no Mosteiro de Fontfroide, França. Ele deixou uma numerosa e importante obra escrita, que inspira e dirige almas até os dias de hoje. Sua beatificação foi celebrada pelo papa Pio XI. Este, chamou-o de "precursor da Ação Católica do mundo moderno". Sua canonização aconteceu em 1950, pelas mãos do Papa Pio XII.
Oração a Santo Antônio Maria Claret
“Ó glorioso santo, vós que em vida sofrestes tantos tipos de violência e perseguições, como atentados, assaltos e ameaças de morte, mas que, pela vossa fé e confiança em Deus e no Imaculado Coração de Maria, todas as vezes vos livrastes desses males, intercedei por mim; e livrai-me do perigo de ser assaltado, roubado ou sequestrado. Afastai de mim e de minha família toda espécie de violência física e moral.Amém. Santo Antônio Maria Claret, rogai por nós.” (Rezar um Pai-Nosso por todas as pessoas que se encontram em perigo ou nas mãos de malfeitores)
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 23 de outubro de 2020
DIA DE SÃO JOÃO DE CAPISTRANO - 23 E OUTUBRO
DIA DE SÃO JOÃO DE CAPISTRANO - 23 DE OUTUBRO
HOMILIA - 23.10.20
SÃO JOÃO DE CAPISTRANO
Origens
João nasceu em 24 de junho do ano 1386, na cidade de Capistrano, perto de Áquila, no reino de Nápoles, Itália. Seu pai era um conde alemão, e sua mãe, uma jovem italiana. Estudou direito civil e canônico na cidade de Perugia e formou-se com honras e méritos excepcionais. Lá, tornou-se homem de enorme influência.
Casado, juiz e governador
Em Perúgia, João de Capistrano se casou com uma jovem filha de um nobre membro da comunidade. Por causa de seu brilhantismo no direito, foi aclamado juiz da cidade. Mais tarde, tornou-se governador da cidade, no tempo em que a revolta contra o domínio do rei de Nápoles estava começando. João de Capistrano tornou-se um governador muito respeitado por todos. Por isso, julgava ter amigos verdadeiros até mesmo entre adversários.
Traição e morte da esposa
Por acreditar nessas “amizades”, João de Capistrano assumiu a missão de tentar um diálogo de aproximação com o rei. Porém ele estava muito enganado. Os adversários não acreditaram em suas propostas de paz e, além disso, o prenderam. Para piorar, estando João de Capistrano na prisão, recebeu a triste notícia: sua esposa estava morta. João tinha, nessa época, trinta e nove anos.
Resgatando a liberdade
O fracasso na diplomacia e a morte de sua esposa levaram João de Capistrano a uma mudança de vida e ele tomou uma decisão. Ainda preso, renunciou a todos os seus cargos políticos, vendeu seus bens, pagou o resgate da sua libertação e pediu para entrar num convento de frades franciscanos.
Franciscano
Porém, também no convento, João de Capistrano deparou-se com a desconfiança dos frades. Eles custaram a crer no seu propósito. Antes de permitir que ele passasse a usar o hábito franciscano, submeteram-no a inúmeras humilhações e dificuldades, para pôr à prova sua determinação. João de Capistrano, porém, superou tudo, dando provas não só de determinação como de verdadeira conversão e busca de Deus. Assim, apenas um ano depois de seu ingresso no convento, ele já era um dos religiosos mais respeitados da comunidade. Mais tarde, ele viria a colaborar para a reforma da Ordem Franciscana.
Missionário cheio do Espírito Santo
São João de Capistrano tornou-se um franciscano exemplar. Durante trinta anos viveu na oração, praticando a penitência, jejum, a caridade e a alegria franciscana. Tornou-se um evangelizador forte e vigoroso da França, Itália, Alemanha, Hungria, Áustria, Rússia e Polônia. Pregador inspirado e arrebatador, multidões viajavam para ouvi-lo. Após ouvi-lo falar, inúmeros jovens decidiam se tornar franciscanos. Por causa de sua santidade e sabedoria, tornou-se conselheiro de quatro papas.
Ameaça muçulmana
Estando já com setenta anos, São João de Capistrano liderou a defesa da Itália na conhecida batalha de Belgrado, contra a invasão dos turcos muçulmanos. O grandioso exército estava prestes a tomar toda a Europa e já tinha dominado acima de duzentas cidades. O papa Calisto III, inspirado por Deus, designou-o pregador e capelão de uma cruzada que tinha como objetivo nada menos que defender o continente europeu. O exército inimigo era dez vezes maior. Humanamente, a guerra estava praticamente perdida. Os soldados quase desfalecendo.
Vencendo batalhas
Então, apareceu São João de Capistrano no meio deles. Ele começou a animar a todos. Percorria todas as fileiras levantando o ânimo de todos, baseando-se no poder da oração e na fé em Cristo. São João fez isso continuamente, durante onze dias e onze noites, sem parar. Espantados com a força espiritual e a atitude do santo, os guerreiros muçulmanos começaram a entrar em confusão. Depois, apavoraram-se. Em seguida, o exército ficou desorganizado. Então, os soldados cristãos começaram a dominar a batalha e chegaram à vitória final.
Retiro e morte
São João de Capistrano preferiu deixar este grande feito no anonimato, mas o exército cristão fez questão de reconhecer e atribuir esta grande vitória a ele. Depois de cumprir essa missão, ele decidiu retirar-se no Convento de Villach, Áustria. Ali, na paz do Senhor, três meses depois, ele veio a falecer. Era o dia 23 de outubro do ano 1456. A partir de então, passou a ser venerado espontaneamente como santo, seu culto se espalhou pelo mundo e chegou forte até os dias de hoje. Sua canonização foi celebrada no ano 1724, pelo papa Bento XIII. Por sua sabedoria e exercício da justiça, especialmente como juiz, São João de Capistrano passou a ser invocado como padroeiro dos juízes.
Oração a São João de Capistrano
“Deus, nosso Pai, a exemplo de São João Capistrano, o nosso exemplo de fé, de amor à verdade, à fraternidade, brilhe num mundo descrente, amante da mentira e do egoísmo. Sejamos o sal da terra, mediante uma vida honrada e íntegra, trabalhando com ardor para construção da paz e da comunhão. Sejamos luz para este mundo carente de valores espirituais que jaz na treva do isolamento e do individualismo. Aprendamos de Jesus, manso e humilde de coração, a ser compassivos e misericordiosos, fazendo o bem sem olhar a quem. E os homens, vendo o nosso empenho, nossa dedicação em servir, nosso esforço em compartilhar, nossa alegria de viver, nossa esperança nas adversidades, possam crer em vós, Deus de amor, que nos sustentais na vossa bondade. Que, por nossa causa, ninguém se afaste de vós, Deus vivo e verdadeiro. Mas, através de nosso exemplo, possam chegar a vos conhecer e a vos amar de toda a mente e de todo o coração.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 22 de outubro de 2020
DIA DE SÃO JOÃO PAULO II - 22 DE OUTUBRO
DIA DE SÃO JOÃO PAULO II - 22 DE OUTUBRO
HOMILIA - 22.10.20
São João Paulo II
São João Paulo II nasceu no dia 18 de maio de 1920, em Wadowice, na Polônia. Foi batizado com o nome de Karol Wojtyła.
Em outubro de 1942, entrou no seminário de Cracóvia clandestinamente, por causa da invasão comunista em seu país, e, a 1º de novembro de 1946, foi ordenado sacerdote. Em 4 de julho de 1958, o Papa Pio XII nomeou-o Bispo auxiliar de Cracóvia. Tendo em vista sua espiritualidade marcadamente mariana, Karol escolheu como lema episcopal a conhecida expressão “Totus tuus” (todo de Maria), de São Luís Maria Grignion de Montfort, grande apóstolo da Virgem Maria. A ordenação episcopal de Wojtyla foi em 28 de setembro do mesmo ano. No dia 13 de janeiro de 1964, foi eleito Arcebispo de Cracóvia. Em 26 de junho de 1967, foi criado Cardeal por Paulo VI. Na tarde de 16 de outubro de 1978, depois de oito escrutínios, foi eleito Papa.
A espiritualidade mariana do grande São João Paulo II o levou a uma vida inteiramente dedicada a Deus, principalmente os seus mais de 25 anos de pontificado, um dos mais longos da história da Igreja. Olhando para a vida de João Paulo II, esse santo dos nossos dias, podemos aprender a espiritualidade que o fez de um dos Papas mais extraordinários de todos os tempos e que o elevou rapidamente à glória dos altares.
Ainda seminarista, um livro clássico de espiritualidade mariana o ajudou a tirar as dúvidas que tinha em relação à devoção a Nossa Senhora e à centralidade de Jesus Cristo na vida e na espiritualidade católica.
A obra que marcou profundamente a vida e, consequentemente, a espiritualidade de Karol Wojtyla foi o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, de São Luís Maria Grignion de Montfort. Falando às Famílias Monfortinas, o Papa João Paulo II disse que o Tratado é um “texto clássico da espiritualidade mariana”, que teve singular importância em seu pensamento e em sua vida. Segundo o Santo Padre, o Tratado é uma “obra de eficiência extraordinária para a difusão da ‘verdadeira devoção’ à Virgem Santíssima”. São João Paulo II experimentou e testemunhou essa eficácia do Tratado em sua própria vida:
“Eu próprio, nos anos da minha juventude, tirei grandes benefícios da leitura desse livro, no qual encontrei a resposta às minhas perplexidades” devidas ao receio que o culto a Maria, dilatando-se excessivamente, acabasse por comprometer a supremacia do culto devido a Cristo. Sob a orientação sábia de São Luís Maria, compreendi que, quando se vive o mistério de Maria em Cristo, esse risco não subsiste. O pensamento mariológico do Santo, de fato, está radicado no Mistério trinitário e na verdade da Encarnação do Verbo de Deus”.
No dia 22 de outubro, a Igreja Católica celebra o dia de São João Paulo II. A data foi estabelecida pelo papa Francisco por simbolizar o dia em que Karol Wojtyla celebrou sua primeira missa como Pontífice, em 1978, iniciando seu pontificado.
São João Paulo II, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 21 de outubro de 2020
DIA DE SANTA ÚRSULA - 21 DE OUTUBRO
DIA DE SANTA ÚRSULA - 21DE OUTUBRO
HOMILIA - 21.10.20
Santa Úrsula
Úrsula nasceu no ano 362, filha dos reis da Cornúbia, na Inglaterra. A fama de sua beleza se espalhou e ela passou a ser desejada por vários pretendentes (embora Úrsula tenha feito um voto secreto de consagração total a Deus). Seu pai acabou aceitando a proposta de casamento feita pelo duque Conanus, um general de exército pagão, seu aliado.
Úrsula fora educada nos princípios cristãos. Por isso, ficou muito triste ao saber que seu pretendente era pagão. Quis recusar a proposta mas, conforme costume da época, deveria acatar a decisão de seu pai. Pediu, então, um período de três anos para se preparar. Ela esperava converter o general Conanus durante esse tempo, ou, então, encontrar um meio de evitar o casamento. Mas não conseguiu nem uma coisa, nem outra.
Conforme o combinado, ela partiu para as núpcias, viajando de navio, acompanhada de onze jovens, virgens como ela, que iriam se casar com onze soldados do duque Conanus. Há lendas e tradições que falam em onze mil virgens, ao invés de onze apenas. Mas outros escritos da época e pesquisas arqueológicas revelaram que foram mesmo onze meninas.
Foram navegando pelo rio Reno e chegaram a Colônia, na Alemanha. A cidade havia sido tomada pelo exército de Átila, rei dos hunos. Eles mataram toda a comitiva, sobrando apenas Úrsula, cuja beleza deixou encantado ao próprio Átila. Ele tentou seduzi-la e lhe propôs casamento. Ela recusou, dizendo que já era esposa do mais poderoso de todos os reis da Terra, Jesus Cristo. Átila, enfurecido, degolou pessoalmente a jovem, no dia 21 de outubro de 383. Em Colônia, uma igreja guarda o túmulo de Santa Úrsula e suas companheiras.
Durante a Idade Média, a italiana Ângela de Mérici, fundou a Companhia de Santa Úrsula, com o objetivo de dar formação cristã a meninas. Seu projeto foi que essas futuras mamães seriam multiplicadoras do Evangelho, catequizando seus próprios filhos. Foi um avanço, tendo em vista que nessa época a preocupação com a educação era voltada apenas para os homens. Segundo a fundadora, o nome da ordem surgiu de uma visão que ela teve.
Atualmente as Irmãs Ursulinas, como são chamadas as filhas de Santa Ângela, estão presentes nos cinco continentes, mantendo acesas as memórias de Santa Ângela e Santa Úrsula.
Santa Úrsula, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 20 de outubro de 2020
DIA DE SANTO ARTÊMIO - 20 DE OUTUBRO
DIA DE SANTO ARTÊMIO - 20 DE OUTUBRO
HOMILIA - 20.10.20
Santo Antêmio
Artêmio era um distinto político bizantino e fiel cristão. Constantino, o Grande, reconhecendo seus talentos morais e políticos, o nomeou duque de Alexandria.
Quando Artêmio soube que Juliano torturava os cristãos em Antioquia, lembrou-se do salmo de David: «Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua louvará altamente a tua justiça». (Salmo 50,14).
Assim foi que Artêmio, com a força que Deus lhe concedeu, foi para Antioquia e, ao chegar, poôde comprovar pessoalmente as perseguições ilegais aos cristãos, censurando a atitude de Juliano. Este, não esperando por uma reação como esta de um alto dignatário, ordena então que seja aprisionado e açoitado, o que o fazem com toda a crueldade.
Depois disso, Artêmio foi apedrejado, o que lhe resultou na fratura de vários ossos. Finalmente, decapitado, entregou seu espírito a Deus. As relíquias de Santo Artêmio foram guardadas por uma piedosa senhora de nome Aristi que, mais tarde, as transferiu para a Igreja do Santo Profeta e Precursor João Batista, em Constantinopla.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 19 de outubro de 2020
DIA DE SÃO PAULO DA CRUZ E DE SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA - 19 DE OUTUBRO
DIA DE SÃO PAULO DA CRUZ E DE SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA - 19 DE OUTUBRO
HOMILIA - 19.10.20
São Paulo da Cruz
Profundo devoto da Sagrada Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, fundador das Congregações dos Padres e das Irmãs Passionistas.
Origens
Paulo Francisco Nasceu em 03 de janeiro de 1694 na cidade de Ovada, que fica na região norte da Itália. Foi o segundo dentre 16 filhos. Filho de família nobre, de boa posição social, embora sem possuir fortuna. Seu pai era comerciante e vivia de viagens. Quando jovem, Paulo passou a ajudar o pai nas viagens. Sua família era católica, piedosa e praticante. Por isso, desde criança, Paulo dedicava-se à leitura de livros sobre a vida dos santos e sentia-se especialmente atraído pela vida dos eremitas. Dedicava-se também à oração e à penitência. Sempre que podia, ia à igreja para rezar o terço. Conseguiu unir vários amigos para meditarem sobre a Paixão de Cristo. Todas essas experiências ajudaram a amadurecer sua vocação para a vida religiosa.
Eremita e pregador
Ao completar dezenove anos, o jovem Paulo foi tocado por uma pregação de seu pároco e decidiu entregar sua vida totalmente a Deus. Sua família aceitou com alegria. A princípio, ele foi viver como eremita em lugares distantes dos centros urbanos. Mantendo sempre um diálogo com seu bispo, este o autorizou a fazer pregações aos fins de semana. Assim, ele procurava ir aos povoados pregar para o povo e falar sobre a Paixão de Nosso Senhor.
Os frutos apareceram
Muitas conversões aconteceram quando as pessoas ouviam as pregações do “irmão” Paulo Francisco falando tão ardorosamente sobre a Paixão de Cristo. Muitos corações se voltaram para Deus. Ele passou a ser conhecido como um missionário, um porta voz de Deus. Dessa maneira, foi amadurecendo em seu coração o sonho de iniciar uma comunidade religiosa dedicada a valorizar a Paixão de Cristo, razão de nossa salvação.
Fundador da Congregação dos Padres Passionistas
Vendo os frutos de seu trabalho missionário, o bispo ordenou-o sacerdote. O ministério sacerdotal abriu para ele novos horizontes de apostolado. Por isso, muitos jovens aderiram ao seu trabalho missionário e passaram a ser seus discípulos. Assim, obedecendo ao impulso que o Espírito de Deus lhe dava, o Padre Paulo partilhou com o bispo seu sonho de fundar uma Congregação religiosa dedicada a valorizar no coração dos fiéis o amor à Paixão de Cristo. O bispo lhe deu total apoio e foi à Santa Sé pedir autorização do Papa. O Papa autorizou e o Padre Paulo da Cruz, como passou a ser chamado, fundou a Congregação dos Passionistas, recebendo um grupo de primeiros noviços.
Ramo feminino
Vendo os frutos reluzentes que a Congregação nascente fazia brotar no coração dos fiéis, padre Paulo sentiu no coração a necessidade de fundar também o ramo feminino de Passionistas, dedicadas a uma vida contemplativa e de oração pela missão dos padres. Assim nasceu a Congregação das Irmãs Passionistas.
Penitência, sacrifícios e milagres
São Paulo da Cruz nunca abandonou a vida de oração, sacrifícios e penitências. Usava sempre o hábito preto de sacerdote adornado com uma cruz branca que lembrava sua missão de pregar sobre a Paixão de Cristo. Além disso, dedicou-se ele a escrever várias obras que ajudaram a muitos na fé. Muitos foram os doentes curados milagrosamente após a oração de São Paulo da Cruz. Ele sempre atribuía essas curas à Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo e à Virgem das Dores.
Morte
Tendo chegado aos 78 anos, depois de uma vida inteira dedicada à evangelização, já desenganado, pediu a bênção do Papa Pio VI. Este, chamou-o até Roma. Com sacrifício, São Paulo foi, melhorou e viveu por mais três anos. Faleceu em 1775, aos 81 anos vendo os frutos de sua missão começarem a se espalhar pelo mundo. Em seus escritos e exemplos, insistiu que as comunidades Passionistas nunca deixassem de ser lugares que promoviam a experiência de Deus e ensinassem os caminhos da oração profunda.
Oração a São Paulo da Cruz
“Glorioso e Eterno Deus, que conferistes a São Paulo da Cruz a graça das grandes iniciativas cristãs, fazendo-o fundador dos Padres Passionistas, concedei-nos a graça de sermos sempre diligentes e fiéis para as coisas de Deus. Isso vos pedimos por Cristo Nosso Senhor. Amém. São Paulo da Cruz, rogai por nós!”
São Pedro de Alcântara
Hoje, 19 de outubro, a Igreja celebra São Frei Pedro de Alcântara.
Frei Pedro nasceu em Alcântara (Cáceres, Espanha) em 1499. Filho de Alonso Garabito e de Maria Vilela, recebeu no batismo o nome de Juan de Sanabria. Depois de três anos de estudos em Salamanca (1511-1515), entrou na Ordem Franciscana, na Custódia do Santo Evangelho (1516), que mais tarde, em 1520, se converteria em Província de São Gabriel. Em Majarretes (Badajoz), lugar de seu noviciado, nasceu um novo homem: Juan de Sanabria se transformou em Pedro de Alcântara.
Pouco depois, em 1519, um pouco antes de ser ordenado sacerdote, foi enviado como superior para fundar o Convento de Badajoz. Completados os estudos de filosofia, teologia, direito canônico, moral e homilética, conforme as determinações da época, foi ordenado sacerdote em 1524. Tornou-se superior em Robledillo, depois em Placencia e novamente em Badajoz, até que, em 1532, obteve permissão para recolher-se a uma vida mais contemplativa no Convento de Santo Onofre da Lapa. Em 1538, foi eleito Ministro Provincial da Província de São Gabriel.
Durante o período em que foi ministro provincial, redigiu para seus religiosos estatutos muito severos, aprovados no Capítulo de Placencia, em 1540. Mas o começo de sua reforma teve lugar em 1544, quando, com o consentimento de Julio III, retirou-se para a pequena igreja de Santa Cruz de Cebollas, próximo de Coira. Em 1555. construiu o célebre convento de Pedroso, seguido de outros. A partir desse momento, a reforma prosperou amplamente e, em 8 de maio de 1559, obteve a aprovação de Paulo IV, que permitiu sua difusão também no exterior.
Pedro de Alcântara, com sua reforma, queria trazer de volta a Ordem Franciscana à genuína observância da Regra. Mediante a suma pobreza, a rígida penitência e um sublime espírito de oração, alcançou os mais altos graus de contemplação e pôde atrair numerosos franciscanos por aquele caminho de reforma que se propunha fazer reviver em seu século o franciscanismo dos primeiros tempos.
Foi confessor e diretor espiritual de Santa Teresa de Ávila e ajudou na reforma da Ordem Carmelita. Santa Teresa escreveu sobre ele: “Modelo de virtudes era Frei Pedro de Alcântara! O mundo de hoje já não é capaz de uma tal perfeição. Esse homem santo é de nosso tempo, mas seu fervor é forte como de outros tempos. Tem o mundo a seus pés. Que valor deu o Senhor a esse santo para fazer durante 47 anos tão rígida penitência!”.
Depois de uma grande atividade eremítica e apostólica, morreu em Arenas de San Pedro (Ávila), no dia 18 de outubro de 1562, aos 63 anos. Em 1622, foi beatificado por Gregório XV e, em 1669, foi canonizado por Clemente IX. Em 1826, foi declarado Padroeiro do Brasil.
O PADROEIRO DO BRASIL
Logo após a Independência, Dom Pedro I entendeu que o Brasil precisava ter um santo padroeiro oficialmente autorizado pelo Papa, embora ele, Dom Pedro I, já tivesse feito a consagração do Brasil a Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida do Norte, em sua vinda de São Paulo para o Rio, logo após o 7 de Setembro. Assim, solicitou ao Papa que fizesse de São Pedro de Alcântara o Padroeiro do Brasil, tendo o Papa concordado.
Com a proclamação da República, São Pedro de Alcântara foi discretamente esquecido, provavelmente porque seu nome lembrava o dos imperadores e, além disso, mostrava o quanto havia de positiva ligação entre o Império e a religião. Porém, seu nome ainda continuou, por muito anos a ser lembrado nos missais mais tradicionais. E foi num destes missais mais tradicionais que se encontra a oração transcrita a seguir, a São Pedro de Alcântara, Padroeiro do Brasil, conforme consta no índice do missal citado (“Adoremus – Manual de Orações e Exercícios Piedosos” – Por Dom Frei Eduardo, O.F.M. – XX Edição Bahia – Tipografia de São Francisco – 1942).
ORAÇÃO DE SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA
Ó Deus, que ilustrastes São Pedro de Alcântara com os donos de admirável penitência e de altíssima contemplação, concedei, por seus méritos, que, mortificados na carne, mereçamos participar dos bens celestes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 18 de outubro de 2020
DIA DE SÃO LUCAS E DE NOSSA SENHORA, MÃE, RAINHA E VENCEDORA TRÊS VEZES ADMIRÁVEL DE SCHOENSTATT - 18 DE OUTUBRO
DIA DE SÃO LUCAS E DE NOSSA SENHORA, MÃE, RAINHA E VENCEDORA TRÊS VEZES ADMIRÁVEL DE SCHOENSTATT - 18 DE OUTUBRO
HOMILIA - 18.10.20
SÃO LUCAS
São Lucas é o padroeiro dos médicos e dos pintores, porque ele exercia essas duas atividades. Ele é o grande autor de dois livros do Novo Testamento: o Terceiro Evangelho (ou Evangelho Segundo São Lucas) e o livro chamado Atos dos Apóstolos, o primeiro livro que vem na sequência dos quatro Evangelhos.
Apóstolo São Lucas
São Lucas era um homem sírio, originário da grande cidade de Antioquia. Sua profissão era a medicina. Lucas não conheceu pessoalmente a Jesus. Ele conheceu o Senhor através dos apóstolos. Ele foi discípulo de apóstolos de Jerusalém e, depois, discípulo de São Paulo.
Na sua carta aos Colossenses 4, 14, Paulo chama Lucas de "o Médico Amado". Lucas acompanhou São Paulo até o martírio deste, no ano 68, em Roma. São Lucas permaneceu firme no Senhor até o fim de sua vida. Ele viveu solteiro, sem filhos e faleceu aos 84 anos de idade.
Referências a São Lucas no Novo testamento
Existem várias referências a São Lucas no novo Testamento. A primeira delas está na carta que São Paulo escreveu a Filemon, versículo 24. Ele aparece também na carta de Paulo aos Colossenses 4, 14. Vemo-lo mencionado também em 2 Timóteo 4, 11.
Pintor
Uma antiga tradição cristã afirma que São Lucas foi o primeiro artista a pintar a Virgem Maria e os apóstolos Pedro e Paulo. Por isso, São Lucas é considerado também o padroeiro dos pintores. É por isso também que várias associações de artistas receberam o nome de São Lucas.
Historiador
São Lucas não presenciou os fatos que narrou em seu Evangelho (Lc 1, 2). Mas, como ele mesmo diz no começo de seu Livro, ele “estudou acuradamente os fatos, antes de escrever”. É Lucas quem narra mais detalhadamente os fatos da infância de Jesus. Seus relatos sobre a infância de Jesus narram a vida do menino Jesus desde a sua concepção no seio da Virgem Maria até o tempo em que o menino completou 12 anos. Esta parte de seu Evangelho é chamada de “Evangelho da Infância”. Há uma tradição que diz que ele colheu os fatos diretamente de conversas com Nossa Senhora. Por isso, ele é também chamado de “Biógrafo da Virgem Maria”. Toda a narrativa de São Lucas em seu Evangelho é bastante detalhada comprovando que ele “estudou acuradamente” antes de escrevê-los.
Atos dos Apóstolos
O livro dos Atos dos Apóstolos é considerado uma sequência do Evangelho de Lucas. Trata-se de um livro importantíssimo, pois narra os acontecimentos maravilhosos do começo do cristianismo. Narra a vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos; as grandes viagens missionárias de São Paulo, as quais Lucas acompanhou. Narra também o primeiro concílio da Igreja, o “Concílio de Jerusalém” e uma série detalhada de fatos acontecidos no começo da Igreja. Trata-se de uma narrativa emocionante e coerente que vale a pena ser lida.
Devoção a São Lucas
Uma tradição antiga da Igreja cristã atesta que, após a morte de São Paulo, Lucas partiu como missionário a pregar o Evangelho no sul da Europa, nas regiões da Gália (atual França), Itália, Macedônia e Dalmácia. Criou comunidades e formou discípulos como aprendera com seu grande mestre, São Paulo.
Um antigo documento que São Jerônimo traduziu informava que São Lucas foi martirizado em Patras, Grécia, por causa de sua pregação do Evangelho. Deu a vida por causa de Jesus Cristo. Foi Mártir. Derramou seu sangue por causa do Evangelho que ele imortalizou em seus escritos. Sua festa é comemorada no dia 18 de outubro.
NOSSA SENHORA, MÃE, RAINHA E VENCEDORA TRÊS VEZES ADMIRÁVEL DE SCHOENSTATT
O início de uma forte devoção
A devoção a Nossa Senhora de Schoenstatt iniciou no dia 18 de outubro de 1914, quando o padre José Kentenich, ao ministrou uma palestra para os alunos do Seminário de Schoenstatt, na Alemanha. Recebendo a inspiração divina, ele convidou os alunos para rezarem a Maria e oferecerem sacrifícios a ela, principalmente pela educação. O pedido era para que a pequena capela da Congregação, na época consagrada a São Miguel, virasse um Santuário de graças, centro de um movimento de renovação que, mais tarde, se espalharia pelo mundo todo. Assim, a capelinha estaria destinada a se transformar em um lugar onde as glórias de Nossa Senhora se manifestariam, principalmente seus feitos como Educadora. O objetivo é a educação de um homem novo e a construção de uma nova sociedade.
Significado do nome
Schoenstatt (que significa Belo Lugar) faz parte da cidade de Vallendar, perto de Coblença, situada na margem do Rio Reno, na Alemanha.
Os títulos da Mãe e Rainha
Na capelinha de São Miguel, que virou um santuário mariano, a imagem de Maria é uma cópia do quadro original que foi pintado pelo pintor italiano Crosio, do século XIX. No ano de 1915, a Virgem foi intitulada como “Mãe Três Vezes Admirável”. Título que, no decorrer da história, foi ampliado para “Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt”, e no Brasil, conhecida pelo título: “Mãe e Rainha”.
A tradição das capelinhas
Inúmeras réplicas da capelinha de Nossa Senhora Três Vezes Admirável de Schoenstatt percorrem as casas dos fiéis e existem milhares relatos de graças alcançadas por quem a recebe em casa ou peregrina aos santuários de Nossa Senhora de Schoenstatt espalhados pelo mundo. A Mãe e Rainha concede para aqueles que a visitam nos santuários a tríplice graça: a graça da transformação interior, a graça do abrigo espiritual, e a da fecundidade apostólica.
A imagem
A pintura original de Nossa Senhora Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt foi intitulada “Refugium Peccatorum”, que significa Refúgio dos pecadores. Nela, podemos ver Nossa Senhora muito unida com o Menino Jesus segurando Ele com as duas mãos. Com a mão direita ela segura o braço do Menino, apresentando Ele ao mundo e a Deus, e com a esquerda ela O abraça junto a ela.
A coroa na imagem
A coroação de Nossa Senhora Três Vezes Admirável de Schoenstatt tem uma longa história. Durante a II Guerra Mundial, em meados de 1939, o padre José Kentenich coroou a imagem no Santuário de Schoenstatt. Esse fato deu início a uma corrente de coroações na Obra de Schoenstatt.
A coroação no Brasil
A coroação da Peregrina Original se deu no dia 10 de setembro de 1955, quando a Campanha pela coroação no Brasil fazia 5 anos. O Sr. João Luiz Pozzobon, que iniciou a Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt, junto às crianças da Escola Humberto de Campos, da cidade de Santa Maria, situada no Rio Grande do Sul, foram os responsáveis pela conquista da coroa. Mais tardem, em 2000, todas as imagens peregrinas receberam uma réplica da coroa que a imagem original recebeu em 1939.
Oração à Mãe e Rainha
“Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável. Mostra-Te Mãe na minha vida. Toma-me nos Teus braços, toda vez que sou frágil. Mostra-Te Rainha e faz do meu coração o Teu trono. Reina em tudo o que eu fizer. Eu Te coroo como Rainha dos meus empreendimentos, dos meus sonhos e dos meus esforços. Mostra-Te vencedora no meu dia a dia, esmagando a cabeça da serpente do mau, nas tentações que me afligem. Vence em mim o egoísmo, a falta de perdão, a impaciência, a falta de fé, de esperança e de amor. Tu és Três Vezes Admirável. Eu sou mil vezes miserável. Converte-me Mãe, para a glória de Teu Filho Jesus. Amém."
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 17 de outubro de 2020
DIA DE SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA - 17 DE OUTUBRO
DIA DE SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA - 17 DE OUTUBRO
HOMILIA - 17.10.20
SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA
Bispo e mártir, foi discípulo de São João, sagrado bispo por São Pedro e morto no Coliseu de Roma, devorado por leões.
Origens
Nascido provavelmente na Síria, algumas fontes dizem que ele teria sido a criança que Jesus colocou no meio dos discípulos e disse: “Se não vos tornardes como uma criança não entrareis no Reino dos Céus...” (Mt 18, 1-6). Inácio representa a segunda geração dos Apóstolos, tendo conhecido São Pedro, São Paulo e São João, tendo sido discípulo deste último. Foi sagrado bispo de Antioquia, a terceira maior cidade do império romano, mencionada várias vezes no livro dos Atos dos Apóstolos. Lá, os seguidores de Cristo foram chamados de “Cristãos” pela primeira vez (At 11, 26). Inácio governou a comunidade cristã de Antioquia por 40 anos. Ali, destacou-se pela santidade, pela mística profunda e pela grande liderança que exercia sobre os fiéis.
Perseguição
Pelo fato de Inácio ser uma liderança de grande destaque, o imperador Trajano, grande perseguidos dos cristãos, resolveu prendê-lo, no intuito de fazê-lo negar a fé e, assim, desencorajar o cristianismo crescente. Assim, no ano 106, Inácio foi preso por um destacamento de dez soldados romanos e forçado a negar sua fé em Cristo. Como preferiu a morte a negar Jesus, foi enviado a Roma para ser jogado aos leões no Coliseu.
Viagem gloriosa
Algemado e guardado por 10 soldados romanos, Inácio de Antioquia foi levado de navio. Os cristãos, sabendo a rota dos navios, anteciparam-se e esperaram por ele nos portos onde o navio deveria parar. Por isso, em todos os portos, multidões de fiéis esperavam para ver o bispo santo, receber sua bênção e rezar por ele. Os soldados permitiam esse contato pensando que, com a morte do líder em Roma, o cristianismo fosse perder toda essa força.
Cartas
Durante a viagem, mesmo sendo duramente maltratado pelos soldados, Santo Inácio de Antioquia escreveu sete cartas, ou epístolas que são tidas como verdadeiras preciosidades do cristianismo primitivo. São elas: Epístola a Policarpo de Esmirna (jovem bispo de Esmirna com quem Inácio se encontrou nesta viagem), aos Efésios, aos Magnésios, aos Esmirniotas, aos Filadelfos, aos Trálios e aos Romanos. Essas cartas revelam a espiritualidade profunda de Inácio, baseada na Eucaristia e na união mística com Jesus Cristo. As cartas revelam também um coração apaixonado por Jesus, a ponto de entregar sua vida por Ele. Aos cristãos de Roma, ele pediu que não interviessem por sua libertação, pois queria ser jogado aos leões como testemunha de Jesus Cristo. Inácio chamava a Eucaristia de "o remédio da imortalidade". Também a designou como o "antídoto da morte". Sobre a libertação do mal, ele disse: "Jesus na cruz fisgou o demônio como um peixe, com a isca do seu próprio Corpo".
Martírio
Santo Inácio de Antioquia chegou a Roma no último dia dos jogos que aconteciam no Coliseu. Lá, foi jogado às feras, como pedira. Antes de morrer, testemunhou sua fé dizendo a todos não ter medo da morte porque Jesus Cristo tinha alcançado para ele a vida eterna. Aos romanos, ele escreveu: “Deixai-me ser alimento das feras, pelas quais me será dado desfrutar a Deus. Eu sou o trigo de Deus: é preciso que ele seja triturado pelos dentes das feras a fim de ser considerado puro pão de Cristo”. Assim, diante de um Coliseu lotado de cruéis espectadores, Santo Inácio de Antioquia foi dilacerado e devorado pelos leões. Uma tradição diz que em seu coração encontraram escrito o nome de Jesus. Seus restos mortais foram levados para Antioquia e colocados num sepulcro às portas da cidade. Ali, são venerados até hoje, na atual Antakya, Turquia.
Oração a Santo Inácio de Antioquia
“Deus eterno e todo-poderoso, que ornais a vossa Igreja com o testemunho dos mártires, fazei que a gloriosa paixão que hoje celebramos, dando a Santo Inácio de Antioquia a glória eterna, nos conceda contínua proteção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 16 de outubro de 2020
DIA DE SÃO GERALDO MAGELA, SANTA EDWIGES E SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE - 16 DE OUTUBRO
DIA DE SÃO GERALDO MAGELA, SANTA EDWIGES E SANTA MARGARIDA MARIA
ALACOQUE - 16 DE OUTUBRO
HOMILIA - 16.10.20
SÃO GERALDO MAGELA
São Gerardo Magela nasceu na cidade de Muro Lucano, sul da Itália, em 23 de abril de 1726. Era filho de Benedetta. Seu pai era alfaiate. Este faleceu quando Geraldo estava com apenas 14 anos. Por causa disso, sua família começou a passar por dificuldades extremas, caindo na pobreza. Para ajudar a família, ele começou a trabalhar numa alfaiataria. Porém, não era bem tratado pelo seu patrão. Depois de quatro anos trabalhando nessa situação, foi trabalhar para o bispo de Lacedônia e lá ficou durante três anos, até a morte do bispo.
Juventude de São Gerardo Magela
Em 1745, aos 19 anos, voltou para Muro e montou sua própria alfaiataria. O negócio prosperou, mas o que ele ganhava era dado para os pobres. Guardava o que era necessário para sua mãe e suas irmãs e dava o resto aos pobres ou encomendando missas em sufrágio das almas do purgatório. Desde muito jovem, ele se esforçou para entrar na Ordem dos Capuchinhos. Porém, não foi aceito devido sua fraca saúde. Foi aceito, porém, na Congregação do Santíssimo Redentor, ou Redentoristas. Lá, foi sacristão, alfaiate, jardineiro, enfermeiro e porteiro.
Vítima de falsa acusação
Em 1754 São Geraldo foi falsamente acusado de ter engravidado uma mulher que se chamava NériaCaggiano. Geraldo, porém, fez apenas uma oração e Néria se arrependeu. Então, ela se retratou e inocentou Geraldo. Foi por isso que o povo começou a associar de São Geraldo Magela à proteção das mulheres grávidas.
São Gerardo Magelae seus dons
São Geraldo também tinha o dom da bilocação, ou seja, pelo poder de Deus, tinha a capacidade de estar presente em dois lugares ao mesmo tempo. Ele ficou conhecido por causa dos seus dons supernaturais como profecias, visões e êxtases, quando, nesses momentos, podia-se ver seu corpo erguer-se do chão. Ele também tinha notável conhecimento e aprendia com facilidade. Embora não fosse padre, seus conselhos espirituais eram procurados pelos clérigos e comunidades de religiosas nas quais ele dava conferências. Obtinha grande sucesso em converter pecadores e ficou famoso pela sua santidade e caridade.
Ainda em vida, São Geraldo ressuscitou um garoto que tinha caído de um rochedo; abençoou a fraca provisão de trigo de uma família e ela durou até a colheita seguinte; várias vezes multiplicou o pão que distribuía aos pobres. Certa vez ele andou sobre as águas para levar um barco de pescadores até a segurança da praia em meio a ondas tempestuosas.
"Amar a Deus; estar unido a Deus; fazer as coisas por amor a Deus; amar aos irmãos por amor a Deus; sofrer por Deus. Minha obrigação é fazer a vontade de Deus". São Geraldo escreveu essas palavras, resumindo o seu desejo de servir a Deus e aos irmãos, a pedido do seu diretor espiritual.
Cura e libertação
São Geraldo podia ler a mente e a consciência das pessoas. Enviado a Nápoles, começou a receber muitas visitas de pessoas que desejavam vê-lo e ouvir seus conselhos. Segundo relatos, várias pessoas se converteram graças aos seus conselhos. Ele também curava doenças apenas com a sua benção e oração. Geraldo também contava às pessoas seus pecados secretos, os quais elas tinham vergonha de confessar, levando-as à penitência e ao perdão.
Devoção a São Geraldo Magela
São Geraldo Magela vivia em uma pequena cela do convento, com muita humildade. Seu último desejo foi que escrevessem uma frase na porta de sua cela, que dizia: "Aqui o desejo de Deus é feito como Deus quer, quando e enquanto quiser". Ele morreu em Caposele, na Itália, no dia 16 de outubro de 1755, vítima de uma tuberculose. Rapidamente seu túmulo se tornou local de peregrinação e vários milagres são creditados à sua intercessão. Em 29 de janeiro de 1893, ele foi beatificado pelo Papa Leão XIII. Foi canonizado no dia 11 de dezembro do ano 1904, através do Papa Pio X. Sua festa é comemoradano dia 16 de outubro.
Proteção de São Geraldo Magela
São Geraldo Magela é o padroeiro dos alfaiates, das pessoas acusadas falsamente, das grávidas, das crianças, das maternidades, das mães, das boas confissões, dos Irmãos leigos, da cidade italiana Muro Lucano, dos porteiros, do parto, dos nascituros e do movimento Pró-vida.
Oração a São Geraldo Magela
Ó São Geraldo, celestial amigo dos infelizes, ao nos lembrarmos dos grandes milagres que operastes em vida, aumentados admiravelmente após a vossa preciosa morte, quer nos parecer que eles nos clamam: Confiança! Confiança! Tenham confiança!
Bem sabemos que é grande o favor que pedimos e muito acima de nossos merecimentos. Reconhecemos até sermos mais dignos de castigos que favores; pois sem dúvida é justa a punição de nossos pecados, o bem que nos falta e as aflições e dificuldades que nos fazem suplicar. De certo, atraímos sobre nós e sobre aqueles que nos são caros a ira de Deus, transgredindo voluntariamente os preceitos divinos e permitindo que outros também o fizessem. Choramos agora todas as nossas culpas.
Pedi, ó carinhoso São Geraldo, pedi ao bom pai celeste que nos perdoe. Ainda que seja justo sermos castigados por nossos pecados, afastai de nós e de nossos queridos os flagelos da justiça divina. Alcançai-nos, pelos méritos das sublimes virtudes que vos fizeram eterno amigo de Deus, a graça que com toda confiança pedimos por esta oração. Ó São Geraldo, nosso amigo, nosso milagroso benfeitor, rogai por nós a Jesus e Maria, e seremos certamente atendidos.
SANTA EDWIGES
Santa Edwiges nasceu em berço de ouro, mas se tornou amiga dos pobres e dos endividados. Mãe de seis filhos, ela conheceu a vida de casada, de mãe e de religiosa. Foi canonizada apenas 24 anos após sua morte, tamanha foi a marca que ela deixou em seu tempo. Nascida em 1174 na Alemanha, filha de um duque e de uma duquesa, ela recebeu educação esmerada e sólida formação cristã. Casou-se aos 12 anos com o príncipe de uma região da Polônia e cuidou da formação religiosa do marido e dos filhos. De seus seis filhos, dois morreram precocemente. Quando se casou, Edwiges recebeu uma fortuna como dote, mas não usou o dinheiro para si. Ela começou a ajudar os pobres e endividados, dando um novo destino a vidas que não tinham mais esperança. A imagem de Santa Edwiges tem vários símbolosimportantes que ajudam a contar sua história. Vamos conhece-los.
O hábito religioso de Santa Edwiges
Santa Edwiges é representada vestindo um hábito religioso. Isso acontece porque quando ficou viúva e seus filhos criados, ela entrou para o Mosteiro de Trebnitz, na Polônia, e passou a viver a vida religiosa. Porém, mesmo estando no mosteiro, ela não deixou de ajudar os pobres e endividados, usando ainda o dinheiro de seu dote. A caridade foi a grande marca desta santa. Por causa de sua caridade, muitos foram libertados da prisão tendo suas dívidas pagas pela santa.
A coroa na mão de santa Edwiges
A coroa na mão de Santa Edwiges tem dois significados. Primeiramente, simboliza sua origem nobre e rica. Edwiges nasceu numa família extremamente rica e nobre, mas isso não a fez distanciar-se dos pobres e necessitados. Pelo contrário, ela se tornou o anjo protetor deles. O segundo significado da cora é seu casamento com um príncipe, o que fez dela uma princesa. Uma princesa dona de um dote milionário, que foi usado para o bem dos pobres e endividados. Naquele tempo, os endividados iam para a prisão e suas famílias caiam na miséria. Quando Santa Edwiges saudava uma dívida, ela não só libertava um pai de família da prisão, mas reconstruía uma família, resgatava sua dignidade e a retirava da miséria. A coroa na mão de santa Edwiges representa a fortuna e o dinheiro usados a serviço do Reino de Deus, para o bem do próximo. É o símbolo da riqueza abençoada por Deus.
O livro na mão de santa Edwiges
O livro na mão de santa Edwiges representa sua formação religiosa e a formação religiosa que ela transmitiu a seu marido e seus filhos. E a coroa de santa Edwiges estando sobre o livro significa que a riqueza de santa Edwiges estava apoiada e fundada sobre a fé, a caridade ensinada na Bíblia e os mandamentos de Deus. Quando a riqueza é apoiada na fé e na obediência à Palavra de Deus, ela se transforma num bem para muita gente. Esse é o testemunho de Santa Edwiges.
A igreja na mão de Santa Edwiges
Santa Edwiges também é representada segurando uma igreja em sua mão direita. A igreja na mão de Santa Edwiges representa algo muito concreto que ela fez: com o dote recebido de seu marido, ela financiou a construção de igrejas e conventos na Polônia e na Alemanha. Financiando essas construções, além de prestar culto a Deus, ela proporcionava empregos e sustento para um incontável número de trabalhadores e pais de família. Por isso, Santa Edwiges é conhecida também como a protetora das famílias.
Oração a Santa Edwiges
"Ó Santa Edwiges, vós que na terra fostes o amparo dos pobres, a ajuda dos desvalidos e o Socorro dos Endividados, e no Céu agora desfrutais do eterno prêmio da caridade que em vida praticastes, suplicante te peço que sejais a minha advogada, para que eu obtenha de Deus o auxílio de que urgentemente preciso: (fazer o pedido). Alcançai-me também a suprema graça da salvação eterna. Santa Edwiges, rogai por nós. Amém."
SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE
Deus suscitou este luzeiro, ou seja, portadora da luz, que é Cristo, num período em que na Igreja penetrava as trevas do Jansenismo (doutrina que pregava um rigorismo que esfriava o amor de muitos e afastava o povo dos sacramentos). O nome de Santa Margarida Maria Alacoque está intimamente ligado à fervorosa devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Nasceu na França em 1647, teve infância e adolescência provadas, sofridas. Órfã de pai e educada por Irmãs Clarissas, muito nova pegou uma estranha doença que só a deixou depois de fazer o voto à Santíssima Virgem.
Com a intercessão da Virgem Maria, foi curada e pôde ser formada na cultura e religião. Até que provada e preparada no cadinho da humilhação, começou a cultuar o Santíssimo Sacramento do Altar e diante do Coração Eucarístico começou a ter revelações divinas.
“Eis aqui o coração que tanto amou os homens, até se esgotar e consumir para testemunhar-lhe seu amor e, em troca, não recebe da maior parte senão ingratidões, friezas e desprezos”. As muitas mensagens insistiram num maior amor à Santíssima Eucaristia, à Comunhão reparadora nas primeiras sextas-feiras do mês e à Hora Santa em reparação da humanidade.
Incompreendida por vários, Margarida teve o apoio de um sacerdote, recebeu o reconhecimento do povo que podia agora deixar o medo e mergulhar no amor de Deus. Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus e o Papa Pio XIII recomendou esta devoção que nos leva ao encontro do Coração Eucarístico de Jesus. Santa Margarida Maria Alacoque morreu em 1690 e foi canonizada pelo Papa Bento XV em 1920.
Santa Margarida Maria Alacoque, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 15 de outubro de 2020
DIA DE SANTA TERESA D,ÁVILA 15 DE OUTUBRO
DIA DE SANTA TERESA D'ÁVILA - 15 DE OUTUBRO
HOMILIA - 15.10.20
Santa Teresa D'Ávila – Teresa de Jesus
Infância e estudos
Teresa de Cepeda e Ahumada, nasceu em Ávila, Espanha, no ano de 1515. Filha de Alonso Sanches de Cepeda e Beatriz Dávila e Ahumada. Teve educação esmerada e muito cuidada pelos pais. Gostava de ler histórias de santos, chegando a fugir de casa com seu irmão para dar a vida por Cristo tentando evangelizar os mouros.
Sua mãe faleceu quando Teresa tinha 14 anos. Então, seu pai a levou para estudar no Convento das Agostinianas de Ávila. Quando leu as "Cartas" de São Jerônimo, disse a seu pai que iria se tornar religiosa. Seu pai não queria, mas com 20 anos, ela "fugiu" para o Convento Carmelita de Encarnación, em Ávila.
Vida religiosa
Viveu no Convento da Encarnação. Ficando muito doente por 3 anos, seu pai a tirou do convento para ser tratada.
Praticando a oração mental seguida pelo livro, "O terceiro alfabeto espiritual", do padre Francisco de Osuna, recuperou sua saúde e retornou ao Carmelo.
Com muita amabilidade e caridade, conquistava a todos conversando no locutório do Carmelo.
Após 25 anos no Carmelo, pede permissão ao provincial, padre Gregório Fernandez, para fundar novas casas, com uma vida mais austera e com menos irmãs, visto que onde ela morava havia mais de 200 freiras.
Apesar da maioria ter ido contra, Santa Teresa continuou com sua missão, fundando várias casas, com o apoio de 2 frades carmelitas, o superior Antonio de Jesus de Heredia, e Juan de Yepes, (São João da Cruz).
Conseguiu depois de muita luta, a autorização de Roma para separar a ordem das carmelitas descalças, (por usarem roupas rasgadas e sandálias ao invés de sapatos e hábitos), das carmelitas calçadas, ordem a que pertenciam.
Deixou para São João da Cruz a missão de continuar fundando novos conventos, escrevendo também a pedido de Santa Teresa, as regras para os mosteiros masculinos.
Legado para a humanidade
Realizou uma grande reforma na Ordem das Carmelitas Descalças.
Fundou vários conventos, (32 mosteiros, 17 femininos e 15 masculinos), com uma rígida forma de vida, trabalho e silêncio.
Santa Teresa foi considerada muito inteligente e deixou vária obras escritas, como o Livro da Vida, o Caminho da Perfeição, Moradas e Fundações entre outros. Com uma forte doutrina que dirige a alma até uma espiritualidade com Deus, no centro do Castelo Interior, com base na espiritualidade carmelita, que são os quatro degraus da oração: o recolhimento, a quietação, a união e o arrebatamento.
Um anjo transpassou seu coração com uma seta de fogo, fato este que é comemorado pelo Carmelo com a festa da Transverberação do coração de Santa Teresa, no dia 27 de agosto.
Tinha o dom de predizer o futuro e de ler as consciências das pessoas.
Falecimento
Oito anos antes de morrer, foi lhe revelado a hora de sua morte, aumentando mais ainda o seu amor a Deus e as orações.
Santa Teresa morreu no dia 4 de outubro de 1582, com 67 anos.
Depois de uma viagem para encontrar com a Duqueza Maria Henriques, ficou por 3 dias de cama, pois estava bem debilitada, e disse à Beata Ana de São Bartolomeu: "Finalmente, minha filha, chegou a hora da minha morte." E, na hora de sua morte, ela disse: "Oh, Senhor, por fim, chegou a hora de nos vermos face a face."
Foi sepultada em Alba de Tormes, onde estão suas relíquias.
Depois de sua morte e até os dias de hoje, seu corpo exala um perfume de rosas, e se conserva intacto,(incorruptível).
Seu coração, conservado em um relicário, em Alba, na igreja das Carmelitas, tem uma profunda ferida, de quando foi marcado pelo anjo.
Canonização
Santa Teresa foi canonizada no dia 27 de setembro de 1970, pelo Papa Paulo Vl, que lhe conferiu o título de Doutora da Igreja, e sua festa é comemorada no dia 15 de outubro.
Oração
"Nada te perturbe, nada te amedronte, tudo passa, a paciência tudo alcança.
A quem tem Deus nada falta. Só Deus basta."
Ó Santa Teresa de Jesus, vós sois a mestra da genuína oração e nos ensinais a rezar conversando com Deus, Pai Filho e Espírito Santo.
Ó Santa Teresa, ajudai-nos a rezar com fé e confiança, sem nunca duvidar da bondade divina.
Ajudai-nos a rezar com inteira conformidade de vossa vontade com a vontade de Deus, com insistente perseverança até alcançarmos aquilo de que necessitamos.
Ó Santa Teresa, fazei-nos fiéis a nossa oração da manhã e da noite e a transformar em oração o cumprimento de nossas tarefas de cada dia.
Que a oração seja para nós a porta de nossa conversão e santificação, a chave de ouro que nos abrirá as portas do Céu. Amém.
Santa Teresa de Jesus, Rogai por nós.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 14 de outubro de 2020
DIA DE SÃO CALISTO I - 14 DE OUTUBRO
DIA DE SÃO CALISTO I - 14 DE OUTUBRO
HOMILIA - 14.10.20
São Calisto I – Papa e Mártir
Calisto I foi o 16º Papa da história da Igreja Católica.
Nascido em Roma no ano 165, Calisto foi escravo em sua juventude e era responsável por coletar dinheiro entre os fieis para auxílio de órfãs e viúvas. Conta-se que, em determinada ocasião, ele perdeu a coleta e aproveitou para fugir de Roma. Sem muito sucesso, tentou pular de uma ponte para continuar fugindo, mas foi capturado e levado novamente ao seu proprietário. Mais tarde, Calisto foi alforriado graças ao pedido de vários credores que acreditavam que poderiam recuperar o dinheiro de alguma maneira. No entanto, esse não foi o fim da juventude conturbada de Calisto. O jovem chegou a brigar em uma sinagoga onde fazia negócios com judeus. Seu comportamento, agora que não era mais escravo, resultou em prisão.
Explorado como escravo e preso por desordem em local sagrado para os judeus, a juventude de Calisto ainda escondia outra vertente perseguida na época em que viveu. Calisto era cristão. A crença de Calisto foi denunciada e ele foi condenado a trabalhar forçadamente nas minas de Sardenha, de onde só saiu a pedido de Jacinto, um fiel que solicitou a liberação dos cristãos. Mas, neste ponto, a saúde de Calisto já estava muito debilitada em função de todas as explorações e perseguições que sofreu ao longo de sua juventude. Calisto foi enviado para se recuperar em Antium e lá recebeu uma pensão do Papa Vitor I, iniciando sua escalada no cristianismo.
Calisto tornou-se diácono e era muito respeitado pelos papas de sua época. O Papa Zeferino lhe confiou importantes funções na Igreja Católica. Sua atividade fiel e responsável fez crescer sua popularidade entre os cristãos. A vida difícil levada por Calisto representava bem a martirizarão de um cristão em busca da salvação de sua alma. Quando o Papa Zeferino faleceu, Calisto foi imediatamente eleito, no ano 217, para sucedê-lo.
O Papa Calisto I não exerceu um papado de tranquilidade. Assim como sua vida, o tempo em que permaneceu como Supremo Pontífice também foi repleto de confusões, perseguições e acusações. Foi perseguido, junto com todos os cristãos, porque naquele momento o cristianismo ainda não era religião oficial do Império Romano. Os imperadores de Roma ainda empreendiam grandes caçadas contra cristãos em favor do paganismo. Seu papado, propriamente dito, foi acusado de ser indulgente na administração das penitências, causando tamanho distúrbio que apareceu a figura de um antipapa com o nome de Hipólito. O desentendimento girava em torno de discórdias com as práticas de Calisto I, especialmente em relação à absolvição que este concedeu a adúlteros, homicidas e apóstatas. A misericórdia de Calisto I com os pecadores, mesmo os reincidentes, desagradava os cristãos mais fervorosos. Por isso, o Papa teve que conviver com um antipapa ao longo de três anos.
Toda a vida do Papa Calisto I foi muito difícil. Quando jovem, foi escravo e esteve preso. Tornou-se Papa e foi muito questionado, a ponto de confrontar um antipapa. E o final de sua vida não foi diferente. Calisto I morreu durante uma rebelião popular no dia 14 de agosto de 222, tornando-se um mártir. Foi enterrado na Via Aureliana, e seus restos mortais foram transferidos no século XIX para Santa Maria in Trastevere. O sucessor do Papa Calisto I foi Urbano I.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 13 de outubro de 2020
DIA DE SANTO EDUARDO - 13 DE OUTUBRO
DIA DE SANTO EDUARDO - 13 DE OUTUBRO
HOMILIA - 13.10.20
Santo Eduardo
Rei da Inglaterra, promoveu a paz e combateu a corrupção em seu reinado.
Origens
Eduardo viveu entre 1003 e 1066. Em 1013, com 10 anos, foi exilado na Normandia, Noroeste da França, juntamente com sua mãe, quando inimigos invadiram a Inglaterra. No exílio, o jovem Eduardo continuou a ser educado na fé cristã por sua mãe. Os dois viveram na Normandia durante 29 anos, até à morte do falso rei Hardicanute. Então, Eduardo foi aclamado rei da Inglaterra, aos 39 anos.
Benfeitor
Eduardo tinha feito um voto de ir até Roma em peregrinação, caso assumisse o trono da Inglaterra, que era seu por direito. Após conseguir a graça, quis cumprir sua promessa, mas o Papa o dispensou. Por isso, ele doou todo o dinheiro que gastaria nesta viagem em benfeitorias para os pobres, criando abrigos e asilos onde os mais necessitados encontravam apoio. Durante todo o seu reinado, Eduardo socorreu os pobres, mostrando que os governantes devem colocar-se a serviço dos governados.
Pacificador
A Inglaterra vinha sofrendo grandes tribulações há anos, por causa de brigas entre os partidos Normando e Anglo-Saxão. Sendo ele Anglo-Saxão, mas tendo vivido entre os normandos, conhecendo os dois lados, estabeleceu o diálogo e conseguiu promover a paz entre os inimigos. Além disso, Eduardo aboliu várias leis opressoras e injustas e instaurou um governo que promoveu a paz e a prosperidade na Inglaterra.
Casamento e política
Com a intenção de firmar a paz definitivamente, o rei Eduardo casou-se com Edite Golwin, filha de seu adversário político mais difícil, chamado Barão de Golwin. Casamentos arranjados eram coisa comum naquele tempo, mais ainda entre os governantes. O Barão, por sua vez, como sogro do rei, achou-se na condição de governar o país e começou a fazer armações políticas neste sentido. Quando o rei Eduardo percebeu que suas conquistas corriam o risco de serem perdidas, exilou o sogro e colocou a esposa num convento. Ao ver que o país voltara ao rumo certo, voltou a conviver com sua esposa, por quem era apaixonado.
Obras de gratidão a Deus
O rei Eduardo era homem de oração, meditação da palavra e ascese espiritual. Vendo realizado seu sonho de governar seu país no rumo da paz e da prosperidade, Eduardo sentia-se grato a Deus. Por isso, decidiu restaurar a grandiosa Abadia de Westminster, na qual, anos depois, ele foi sepultado.
Desapego
Santo Eduardo era desapegado dos bens materiais. Certa vez, quando voltava de uma missa, um pobre aproximou-se dele para pedir esmola. Eduardo viu que este pobre representava um grupo de necessitados que estavam ali sofrendo à míngua. Então, ele deu a eles seu precioso anel de rei. Os pobres tiveram suas vidas transformadas por causa disso. Mais tarde criou-se a tradição de que o pobre que tinha lhe pedido esmola era São João Batista. Na verdade, era o próprio Jesus, que disse: “Tudo o que fizerdes ao menos dos pequeninos, por causa de mim, é a mim que o fazeis...” (Mateus 25)
Corpo incorrupto
Santo Eduardo faleceu no dia 5 de janeiro, após cumprir um reinado memorável para a Inglaterra. Cinquenta anos após sua morte, decidiram trasladar seus restos mortais dentro da Abadia e descobriram que seu corpo estava intacto. Assim, ele foi trasladado com toda a solenidade para a igreja principal da Abadia de Westminster. Isso aconteceu um ano após ele ter sido canonizado, em 1162.
Oração a Santo Eduardo
“Ó Deus, que concedestes a Santo Eduardo a graça de governar com justiça, promovendo o verdadeiro bem para seus governados, concede-nos a graça e governar nossas vidas e nossos bens com justiça e procurar verdadeiramente o bem do próximo. Por Cristo, Nosso Senhor, amém. Santo Eduardo, rogai por nós.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 12 de outubro de 2020
DIA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA, PADROEIRA DO BRASIL - 12 DE OUTUBRO
DIA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA, PADROEIRA DO BRASIL - 12 DE OUTUBRO
HOMILIA - 12.10.20
Nossa Senhora da Conceição Aparecida
A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem seu início pelos meados de 1717, quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, iria passar pela Vila de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, hoje, cidade de Ouro Preto (MG).
Convocados pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram à procura de peixes no Rio Paraíba. Desceram o rio e nada conseguiram.
Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu, onde lançaram as redes e apanharam uma imagem sem a cabeça, logo após, lançaram as redes outra vez e apanharam a cabeça, em seguida lançaram novamente as redes e, dessa vez, abundantes peixes as encheram.
Durante anos, a imagem ficou com Filipe, até que presenteou seu filho que, usando de amor à Virgem, fez um oratório simples e passou a se reunir com os familiares e vizinhos, para receber todos os sábados as graças do Senhor por Maria. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil.
Por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública, em 26 de julho de 1745. Mas o número de fiéis aumentava e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (atual Basílica Velha).
No ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar com a Senhora “Aparecida” das águas.
O Papa Pio X, em 1904, deu ordem para coroar a imagem de modo solene. No dia 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor. Grande acontecimento, e até central para a nossa devoção à Virgem, foi quando, em 1929, o Papa Pio XI declarou Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil, com estes objetivos: o bem espiritual do povo e o aumento cada vez maior de devotos à Imaculada Mãe de Deus.
Em 1967, completando-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário de Aparecida a Rosa de Ouro, reconhecendo a importância do Santuário e estimulando o culto à Mãe de Deus.
Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena. Era necessária a construção de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por iniciativa dos missionários Redentoristas e dos Senhores Bispos, teve início, em 11 de novembro de 1955, a construção de uma outra igreja, a atual Basílica Nova. Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo Papa João Paulo II e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida Santuário Nacional, sendo o “maior Santuário Mariano do mundo”.
No ano de 2017, a Igreja comemorou os 300 anos em que a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada por três pescadores nas águas do Rio Paraíba do Sul, no ano 1717.
Nossa Senhora da Conceição Aparecida, rogai por nós!
HINO A NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA - CORO EDIPAUL
DAI-NOS A BÊNÇÃO, OH MÃE QUERIDA
PADROEIRA DO BRASIL - LUIZ GONZAGA
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 11 de outubro de 2020
DIA DE SÃO JOÃO XXIII - 11 DE OUTUBRO
DIA DE SÃO JOÃO XXIII - 11 DE OUTUBRO
HOMILIA - 11.10.20
São João XXIII
Biografia de João XXIII
João XXIII (1881-1963) foi o 259º papa da Igreja católica. Foi o sucessor do papa Pio XII. Seu trabalho em prol da paz mundial e a adequação da Igreja aos ovos tempos despertou a admiração de todos.
Angelo Giuseppe Roncalli, nome de batismo de João XXIII, nasceu em Sotto il Monte, na Lombardia, Itália, no dia 25 de novembro de 1881. Era filho dos agricultores Giovanni Battista Roncalli e de Marianna Mazzola.
Carreira religiosa
Com 11 anos Roncalli ingressou no seminário de Bergamo. Em 1895 começou a escrever suas meditações espirituais. Em 1901 ingressou no Pontifício Seminário Romano onde estudou Teologia. Em 1904 doutorou-se e ordenou-se “sacerdote”.
Entre 1905 e 1914 foi secretário do bispo de Bergamo e professor do Seminário Diocesano. Em 1915 tornou-se capelão do Exército italiano, época em que a Itália entrou na Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Com o fim da guerra, “João XXIII” voltou a lecionar e logo foi nomeado diretor espiritual do seminário de Bergamo.
Em 1920, o papa Bento XV (1914-1922) o nomeou diretor do “Conselho Italiano da Obra da Propagação da Fé”, à frente do qual mostrou toda a sua capacidade de organização.
Em 1925 Roncalli foi sagrado “bispo” pelo papa Pio XI (1922-1939) e nomeado para representar o papa como “visitador apostólico” na Bulgária, onde desenvolveu relações cordiais com as demais comunidades cristãs búlgaras.
Em seguida, foi núncio pontifício na Grécia e Turquia, onde trabalhou internamente a serviço dos católicos e estabeleceu um respeitoso diálogo com os ortodoxos e os muçulmanos.
Segunda Guerra Mundial
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) o futuro “João XXIII” conseguiu salvar muitos judeus das perseguições concedendo permissão de trânsito através da Delegação Apostólica.
Conseguiu também certidões de batismo temporário e certificados de imigração para a Palestina, junto a organizações judaicas, quando salvou inúmeros judeus.
Em 1944, o papa Pio XII (1939-1958) nomeou “João XXIII” como núncio apostólico em Paris. Com a aproximação do fim da guerra ele contribuiu para normalizar a vida eclesiástica francesa.
Cardeal
Em 1953, “João XXIII” foi nomeado “cardeal” e “Patriarca de Veneza”, onde continuou com seu trabalho ecumênico. Criou cerca de 30 paróquias e realizou várias visitas pastorais.
Papa João XXIII
Com a morte do papa Pio XII, em 1958, teve início as eleições. Em meio a vários candidatos, João XXII foi eleito papa no dia 28 de outubro de 1958, na 11ª votação.
João XXIII assumiu o papado em 4 de novembro de 1958, data determinada por ele por ser a festa litúrgica de São Carlos Borromeu, que foi profundamente estudado por ele, e escolheu o nome de João XXIII.
Nos poucos anos de seu pontificado, João XXIII desenvolveu intensa atividade em prol da paz mundial. Em 1959 convocou o Concílio Ecumênico Vaticano II, que se reuniu pela primeira vez em 11 de outubro de 1961 e deu início a uma nova era.
João XXIII procurou promover a modernização da Igreja, determinando sua independência em relação aos poderes estabelecidos, e divulgou a ideia segundo a qual a igreja devia intervir construtivamente em assuntos políticos, econômicos e, sobretudo sociais.
Os instrumentos dessa modernização foram as encíclicas “Mater et Magistra” (1961) e “Pacem in Terris” (1963), que tiveram imensa repercussão, dentro e fora da igreja.
Apesar de ter um pontificado curto, que durou menos de cinco anos, João XXIII foi considerado um dos mais populares papas admirado pelos católicos e pelos não católicos.
Morte e sucessão
João XXIII morreu em Roma, Itália, no dia 3 de junho de 1963, após longa luta contra um câncer de estômago.
João XXIII faleceu depois de encerrar a primeira das três fases do Concílio Vaticano II. Foi sucedido pelo papa Paulo VI (1963-1978).
Beatificação e canonização
Durante o Concílio Vaticano II o cardeal Leo Joseph Sueneus já defendia a canonização de João XXIII por aclamação conciliar.
Em 1964 foi publicado o livro “Diário da Alma”, que reúne as meditações espirituais e o caminho apostólico, escrito por João XXIII ao longo de sua vida.
O processo de canonização de João XXIII foi iniciado em 1965, com a autorização do papa Paulo VI.
Em janeiro de 2000, a Santa Sé reconheceu oficialmente a cura da freira italiana Caterina Capitani de um tumor no estômago por intercessão de João XXIII, em 1966.
No dia 27 de abril de 2014, o papa João XXIII foi oficialmente canonizado, juntamente com a canonização de João Paulo II.
A cerimônia de canonização foi realizada pelo Papa Francisco na Praça de São Pedro na presença de uma multidão.
O corpo de João XXIII foi embalsamado e está exposto em um caixão de bronze e vidro, na Capela de São Jerônimo, no interior da Basílica de São Pedro. Sua festa litúrgica é comemorada em 11 de outubro.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 10 de outubro de 2020
DIA DE SÃO FRANCISCO DE BORJA - 10 DE OUTUBRO
DIA DE SÃO FRANCISCO DE BORJA - 10 DE OUTUBRO
HOMILIA - 10.10.20
São Francisco de Borja
Vendo no caixão o cadáver da Primeira Dama da Cristandade, a qual possuía imensa majestade, Francisco recebeu insigne graça: abandonou todas as suas glórias terrenas para se tornar um jesuíta.
A respeito de São Francisco de Borja – Presbítero, Duque de Gândia e Geral da Companhia de Jesus, no século XVI -, há uma ficha biográfica que assim resume a sua vida:
PIEDOSO E FIEL CUMPRIDOR DOS SEUS DEVERES
No dia 30 de setembro de 1572, São Francisco de Borja, terceiro Geral da Companhia de Jesus, entregava sua alma a Deus com a serenidade confiante do homem que sempre cumpriu seu dever. Esse dever tinha sido muito variado na sua existência movimentada. Filho de João de Borja e Joana de Aragão, neta de Fernando, o Católico, ele foi numa primeira fase um elegante e hábil cavalheiro, confidente do Imperador Carlos V, que o nomeou Vice Rei da Catalunha. Depois ele se tornou jesuíta, Vigário Geral da Companhia para a Espanha. Posteriormente foi sucessor de Santo Inácio e, enfim, legado da Santa Sé. São Francisco de Borja esteve sempre atento em pertencer ao Rei do Céu e de militar sob seu estandarte, de preferência a se comprometer com os poderes da Terra.
Francisco nasceu no dia 28 de outubro de 1510. Sua infância e sua juventude passaram-se numa piedade e numa inocência que foram uma lição para seus pais e seus amigos, mas o exemplo foi maior ainda pela vida cristã e austeridade que ele soube ter na corte do Imperador Carlos V, e depois como Vice Rei da Catalunha.
Em termos lhanos e diretos, e mais ao nosso gosto, isso tudo quer dizer que ele foi uma criança exemplar, mas que, quando se tornou moço e depois homem maduro e ocupou altos cargos públicos, a sua piedade ainda chamava mais a atenção.
A GRAÇA DA VISÃO DA MORTE
A morte da Imperatriz e depois a de sua própria esposa lhe mostraram o vazio de todas as coisas da Terra. Ele resolveu, então, abandonar o mundo e entrar na Companhia de Jesus em 1551, ano em que foi ordenado padre.
Esse é um dos episódios célebres da vida de São Francisco de Borja. Ele era cortesão e muito próximo a Carlos V, Imperador do Sacro Império Romano Alemão e Rei de Espanha. Temos várias vezes tratado de Carlos V, por causa do grande papel que ele ocupa na História do Ocidente. Ele era tão poderoso que o Sol jamais se deitava em seu império. As suas terras iam desde os confins da Rússia até a América do Sul e parte do México até Oceano Pacífico. Era, portanto, um Império imenso que compreendia não só a Espanha e suas possessões na América, mas também possessões que a Coroa da Espanha tinha na Itália, as quais eram de uma grande importância no mundo. O Sul da Itália pertencia a Carlos V; por outro lado, na Lombardia, que tem como capital, Milão, Carlos V também tinha domínios.
São Francisco de Borja, sendo íntimo do Imperador, tinha conhecido muito bem a Imperatriz — que possuía imensa majestade e era a primeira dama da Cristandade no seu tempo — e teve ocasião de ver o corpo dela estendido no caixão. Ao contemplá-la assim aniquilada pela morte, ele recebeu uma graça.
O próprio de certas graças é de darem uma vida extraordinária às verdades que, para nós, são correntes, comuns, sabemos até o que querem dizer, mas impressionam pouco o nosso espírito. Assim é a graça da visão da morte. Uma pessoa pode passar uma noite inteira numa capela, velando um cadáver, sem que isso lhe toque muito especialmente; mas, de repente, por uma graça de Deus, tudo quanto a aniquilação da morte significa vêm ao espírito dela e lhe fala na alma com uma força particular, especialmente a sabedoria. E foi o que se deu com São Francisco de Borja. Ao ver a Imperatriz morta, ele percebeu bem o vácuo de certas grandezas, porque elas passam: a grandeza da Imperatriz, a grandeza do Império, a grandeza dele, que não era senão um adorno do Império; ele, então, se colocou diante da ideia de renunciar a todas as suas grandezas e de se tornar jesuíta.
NOMEADO COMO DIRETOR DA COMPANHIA DE JESUS NA ESPANHA
Para que compreendamos bem, é preciso notar que, além de ser ViceRei da Catalunha, o título de Duque de Gândia lhe dava poder sobre uma certa parte do território espanhol; uma jurisdição feudal, à maneira de um pequeno reino, a qual nem dependia do Imperador, pois ele a possuía por direito próprio. Tudo isso ele abandonou para entrar na Companhia de Jesus, que era naquele tempo uma Ordem religiosa nova, que não tinha nem um pouco a força, a tradição, a base que as outras grandes Ordens possuíam, ou aquela pobreza ilustre da Ordem de São Francisco. Quer dizer, de fato ele entrava para uma obra nova, o que, debaixo de certo ponto de vista, lhe poderia ser uma aventura. Ali ele foi encerrar-se até o fim de seus dias para procurar os bens do Céu, muito certo da vacuidade das coisas da Terra.
Ele ali foi ordenado sacerdote, e Santo Inácio de Loiola, percebendo suas virtudes, deu-lhe a direção da Companhia de Jesus na Espanha. É preciso compreender também o que significa isso, da parte de Santo Inácio.
A Espanha, como vimos, era naquele tempo uma potência imensa. Dentro dos Estados de Carlos V, a Espanha e a Áustria eram os dois países mais importantes, mas para a Religião a Espanha tinha mais importância do que a Áustria. Porque, embora a Áustria fosse muito católica, a Espanha era a nação mais católica da Terra. E era da Espanha que sopravam os ventos da Contra-Reforma, da luta contra o protestantismo, de maneira que agir na Espanha significava atiçar as melhores brasas contra a heresia, movimentar as melhores forças da Igreja contra a Reforma, contra o Humanismo, contra a Renascença. Compreendemos sem esforço a importância que tinha o cargo de chefe dos jesuítas na Espanha. Quer dizer, chefe da Ordem religiosa suscitada especialmente por Nossa Senhora para lutar contra o protestantismo, no país escolhido para combater essa heresia. Ou seja, foi-lhe dada a alavanca fundamental dessa luta.
SORRIR COM QUEM RI, CHORAR COM QUEM CHORA
Em 1566 foi eleito Geral da Companhia de Jesus, sendo o segundo a ocupar este cargo, após Santo Inácio de Loiola. Ele aumentou muito o número de missionários da Companhia de Jesus, enviando-os à Polônia, ao México, ao Peru e à Índia. Suas ocupações numerosas não o impediam de consagrar longas horas à oração. Sua caridade o adaptava a todas as almas. Sua humildade fazia com que ele procurasse os ofícios mais insignificantes e recusasse as honras que lhe quisessem prestar.
Essas palavras são bonitas, mas parecem uns enfeites aos quais se está habituado. Elas comportam, entretanto, uma especificação.
Em primeiro lugar, ele foi Geral da Companhia de Jesus. Tal foi o poder dessa Ordem no passado, que o Geral dos jesuítas era chamado de “O Papa negro”.
Não sei se os presentes neste auditório se dão bem conta do que significa se adaptar a todos.
No tempo em que eu era moço, havia uma cançãozinha que se cantava nas igrejas com muita compostura, quando acabavam os ofícios litúrgicos e o povo ia saindo: “Saudemos a Jesus, saudemos a Maria, a Fé se reanima, nobilita e dá energia”. E a horas tantas, os fiéis cantavam o seguinte a Nossa Senhora: “Vem sorrir com quem ri, chorar com quem chora; sê amparo e sê força, sê guia e sê luz”. Isso sempre me impressionou muito em Nossa Senhora: sorrir com quem ri e chorar com quem chora. Maria Santíssima se afaz a todos estados de espírito do homem: Ela é a quietude dos que descansam, a exaltação dos que lutam, o sorriso dos que estão distendidos, Ela chora com os que choram, e assim por diante.
Há uma qualidade excelente da alma, por onde um santo pode adquirir esta flexibilidade em que ele sabe, com cada um, estar no estado de alma daquele. Mas que elasticidade provavelmente isso significa, que força de adaptação isso deve custar! Porque ninguém quer estar no estado de espírito do outro. Cada pessoa quer estar no estado de espírito próprio e deseja que o outro se adapte a ela. O indivíduo entra alegre numa sala e quer que todo mundo faça cara alegre. Razão? Ele está alegre! E quando está triste, ele tem raiva dos outros que estão alegres. É ou não é verdade que esse indivíduo se julga o centro do mundo? Compreendemos, assim, toda a destreza que está representada nessa virtude de saber afazer-se à alma dos outros.
Santa Teresa, que recorreu aos seus conselhos, chamou-o de santo. Em 30 de setembro de 1572 ele morreu. Numerosos milagres assinalaram sua santidade. Clemente X o canonizou em 1671.
Ele foi conselheiro de Santa Teresa de Jesus. Imaginemos uma sala de um convento e Santa Teresa conversando com São Francisco de Borja! Nós não seríamos dignos de olhar pelo buraco da fechadura… E Santa Teresa conheceu de perto as grandes virtudes dele, e reconhecia nele um verdadeiro santo.
Vimos assim alguns traços da vida de São Francisco de Borja.
Plinio Corrêa de Oliveira (Extraído de conferência de 10/10/1969)
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 09 de outubro de 2020
DIA DE SÃO DIONÍSIO - 09 DE OUTUBRO
DIA DE SÃO DIONÍSIO - 09 DE OUTUBRO
HOMILIA - 09.10.20
SÃO DIONÍSIO DE PARIS, OU DENIS
O Santo Dionísio, popularmente conhecido como o São Dênis de Paris, foi durante muito tempo venerado como único padroeiro de França, até surgir Santa Joana d’Arc para dividir com ele a grande devoção cristã do povo daquele país.
De origem italiana, ele era um jovem missionário enviado pelo Papa Fabiano para evangelizar a antiga Gália do norte no ano 250, portanto no século III. Formou, então, a primeira comunidade católica em Lutécia, atual Paris, sendo eleito o seu primeiro bispo. Alguns anos depois, teria sofrido o martírio, sendo decapitado no local hoje conhecido como Montmartre, isto é, ‘Colina do Mártir’. Ao lado do bispo Dênis, o sacerdote Rústico e o diácono Eleutério, seus companheiros, também testemunharam sua fé cristã.
Sobre o seu túmulo em Montmartre, mais tarde, foi edificada uma basílica, junto à qual, no ano 630, o rei Dagoberto fundou uma abadia. Até esses monges acabaram sofrendo com o efeito de uma enorme confusão que se fez entre este mártir e outros dois Dionísios: o Areopagita, discípulo de São Paulo, e o célebre escritor de Alexandria. Mas esses religiosos foram citados indevidamente.
A estranha e rebuscada confusão que se fez em torno da figura do santo bispo Dênis envolvia nitidamente essas três figuras distintas, que viveram em épocas diferentes, mas que foram unidas em um único personagem, o santo celebrado hoje. Contava-se que o mártir original, ou seja, o bispo Dênis de Paris, foi enviado à Gália francesa pelo Papa São Clemente I no fim do século I. Por isso ele começou a ser identificado com a figura de Dionísio Areopagita, discípulo do apóstolo Paulo, comemorado no dia 3 de outubro. Por isso, também, passou a ser confundido com um homônimo da Alexandria, autor de uma famosa coletânea de escritos místicos, que desde o século V vinha sendo erroneamente atribuída ao discípulo Areopagita.
Não bastasse toda essa confusão, São Dionísio, ou Dênis, segue sendo aclamado pela mais antiga tradição cristã francesa, que o venera como um mártir cefalóforo, ou seja, carregador de cabeça. E assim ele chegou aos nossos dias sendo o bispo mártir que havia carregado a própria cabeça decepada até o local onde deveria ser enterrado. No caso, a Abadia de Saint-Denis, em Paris, local onde, tradicionalmente, todos os reis da França foram enterrados.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 08 de outubro de 2020
DIA DE SANTA PELÁGIA - 08 DE OUTUBRO
DIA DE SANTA PELÁGIA - 08 DE OUTUBRO
HOMILIA - 08.10.20
Santa Pelágia
Originária da Antioquia, Turquia, Pelágia viveu no século III. Era uma bailarina belíssima, escandalosa, muito divertida, festiva e pagã.
Costumava encantar e seduzir os homens com sua dança, alegria, roupas, joias e outros ornamentos luxuosos que usava, exclusivamente, com essa finalidade. Com isso, tornou-se uma das figuras mais conhecidas da vida mundana e social daquela cidade. Além, é claro, de ter conseguido uma sólida riqueza e grande influência.
Sua fama ultrapassava os limites do movimentado polo econômico e social, pois muitos nobres ricos vinham apenas para poder estar com ela, que, cada vez mais, aumentava suas posses e poder.
De acordo com a estória, durante uma procissão, o Bispo Nono percebeu a presença de Pelágia entre o povo, numa atitude desinteressada e debochada. Iluminado por Deus o sábio bispo disse à multidão que se uma simples mulher era capaz de enfeitar-se tanto para os homens, quanto mais deveríamos nós enfeitarmos nosso interior para o encontro com Deus. Aquela observação tocou o coração da bailarina pagã.
Ela foi para casa refletindo sobre as palavras do sermão e ali chorou de arrependimento a noite toda. No dia seguinte, procurou o Bispo, que a enviou à uma senhora cristã, para ser preparada para o Batismo. Trocou as roupas e adereços de seda e ouro por uma túnica branca para ser batizada. Depois disso, retirou-se para Jerusalém, vivendo como eremita, numa gruta, no Monte das Oliveiras.
Viveu afastada de todos e conservou sua identidade sob segredo, passaodo o resto da vida disfarçada de homem. Somente quando morreu, os ermitãos descobriram que era uma mulher. Foi então que reconheceram tratar-se da bailariana da Antioquia, agora uma simples penitente arrependida, que se anulara do mundo, no seguimento do Cristo.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 07 de outubro de 2020
DIA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO - 07 DE OUTUBRO
DIA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO - 07 DE OTUBRO
HOMILIA - 07.10.20
Nossa Senhora do Rosário
Esta festa foi instituída pelo Papa Pio V em 1571, quando se celebrou a vitória dos cristãos na batalha naval de Lepanto. Nessa batalha, os cristãos católicos, em meio à recitação do Rosário, resistiram aos ataques dos turcos otomanos, vencendo-os em combate.
A celebração de hoje convida-nos à meditação dos Mistérios de Cristo, os quais nos guiam à Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus.
A origem do Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais. Dessa forma, nos conventos medievais, os irmãos leigos dispensados da recitação do Saltério (pela pouca familiaridade com o latim), completavam suas práticas de piedade com a recitação de Pai-Nossos e, para a contagem, o Doutor da Igreja São Beda, o Venerável (séc. VII-VIII), havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados em um barbante.
Na história também encontramos Maria que apareceu a São Domingos e indicou-lhe o Rosário como potente arma para a conversão: “Quero que saiba que a principal peça de combate tem sido sempre o Saltério Angélico (Rosário) que é a pedra fundamental do Novo Testamento. Assim, quero que alcances estas almas endurecidas e as conquistes para Deus, com a oração do meu Saltério”.
Essa devoção, propagada principalmente pelos filhos de São Domingos, recebeu da Igreja a melhor aprovação e foi enriquecida por muitas indulgências. Essa grinalda de 200 rosas – por isso Rosário – é rezada praticamente em todas as línguas, e o saudoso Papa João Paulo II e tantos outros Papas que o precederam recomendaram essa singela e poderosa oração, com a qual, por intercessão da Virgem Maria, alcançamos muitas graças de Jesus, como nos ensina a própria Virgem Santíssima em todas as suas aparições.
Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 06 de outubro de 2020
DIA DE SÃO BRUNO - 06 DE OUTUBRO
DIA DE SÃO BRUNO - 06 DE OUTUBRO
HOMILIA - 06.10.20
São Bruno
O Dia de São Bruno é comemorado anualmente em 6 de outubro.
Esta data é celebrada principalmente pela comunidade cristã católica, homenageando a figura do santo que é considerado o fundador da Ordem dos Cartuxos. A Ordem dos Cartuxos é tida como uma das mais rígidas Ordens da Igreja Católica.
São Bruno nasceu em uma família nobre na cidade de Colônia, na Alemanha, no século XI.
Foi assessor e conselheiro do papa Urbano II, que já era considerado o seu discípulo antes do papado.
Atualmente, São Bruno é considerado pela Igreja Católica como o padroeiro de Calábria, região localizada no sul da Itália.
São Bruno morreu em 6 de outubro de 1101, e, em 1513, seu corpo foi encontrado intacto. O dia do seu falecimento foi escolhido para celebrar a sua festa litúrgica.
Oração a São Bruno
"São Bruno, que adotastes como regra de vida a oração, o trabalho, o estudo e a pobreza; que fundastes uma ordem monástica para uma ainda maior intimidade com Deus, inspirai-nos também a uma vida contemplativa, esquecendo-nos das ocupações terrenas e nos ocupando mais com nossa união cada vez mais íntima com nosso Deus e Criador.
Por Cristo Nosso Senhor. Amém."
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 05 de outubro de 2020
DIA DE SÃO BENEDITO - 05 DE OUTUBRO
DIA DE SÃO BENEDITO - 05 DE OUTUBRO
HOMILIA - 05.10.20
Dia de São Benedito
O Dia de São Benedito é comemorado anualmente em 5 de outubro no Brasil.
Esta data é celebrada por toda a comunidade católica, como uma homenagem e devoção ao santo considerado o padroeiro dos afro-descendentes, cozinheiros e donas de casa: São Benedito.
O Brasil é o único país que comemora o Dia de São Benedito em 5 de outubro, graças a uma deferência canônica especial concedida à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, pelo Vaticano, em 1983.
Nos demais países do mundo, esta data é celebrada em 4 de abril, data da morte de São Benedito.
História de São Benedito
Benedito Manasseri nasceu em 1526, na ilha da Sicília, na Itália, em uma família de escravos africanos. Por ser negro, sofreu muito preconceito durante a infância.
A família de Benedito sempre fora muito fervorosa em sua fé católica. Durante a sua infância, Benedito pastorava ovelhas nas montanhas, mas, ao completar 21 anos, ingressou numa comunidade eremita da Irmandade de São Francisco de Assis.
Benedito era conhecido pela sua humildade e desapego aos bens materiais, vivendo uma vida simples e feliz, seguindo os ensinamentos de Cristo e extremas penitências religiosas.
Vários nobres, teólogos, sacerdotes, ricos e pobres procuraram os conselhos e os direcionamentos religiosos de Benedito, transformando-se numa personalidade de grande influência religiosa na cidade de Palermo, onde residia.
Benedito morreu em 4 de abril de 1589, como um simples frade franciscano na cozinha do convento onde trabalhava, em completo desapego às coisas terrenas.
São Benedito foi canonizado em 1807 pelo papa Pio VII.
Oração de São Benedito
"Glorioso São Benedito, grande Confessor da fé, com toda confiança venho implorar a vossa valiosa proteção. Vós, a quem Deus enriqueceu com os dons celestes, impetrai-me as graças que ardentemente desejo, para maior glória de Deus.
Confortai o meu coração nos desalentos! Fortificai minha vontade para cumprir bem os meus deveres! Sede o meu companheiro nas horas de solidão e desconforto!
Assisti-me e guiai-me na vida e na hora da minha morte, para que eu possa bendizer a Deus nesTe mundo e gozá-lo na eternidade. Com Jesus Cristo, a quem tanto amastes.
Assim seja. Amém!"
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 04 de outubro de 2020
DIA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS - 04 DE OUTUBRO
DIA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS - 04 DE OUTUBRO
HOMILIA - 04.10.20
SÃO FRANCISCO DE ASSIS
São Francisco de Assis nasceu em Assis, Itália, em 1182. Era filho de Pedro Bernardone, um rico comerciante, e Pia, de família nobre da Provença. Na juventude, Francisco era muito rico e esbanjava dinheiro com ostentações. Porém, os negócios de seu pai não lhe despertaram interesse, muito menos os estudos. O que ele queria mesmo era se divertir. Porém, São Boaventura, seu contemporâneo, escreveu sobre ele: “Mas, com o auxílio divino, jamais se deixou levar pelo ardor das paixões que dominavam os jovens de sua companhia”.
Vida de São Francisco
Na juventude de Francisco, por volta de seus vinte anos, uma guerra começou entre as cidades italianas chamadas Perugia e Assis. Ele queria combater em Espoleto, entre Assis e Roma, mas caiu enfermo. Durante a doença, Francisco ouviu uma voz sobrenatural. Esta lhe pedia para ele "servir ao amor e ao Servo". Pouco a pouco, com muita oração, Francisco sentiu em seu coração a necessidade de vender seus bens e “comprar a pérola preciosa” sobre a qual ele lera no Evangelho.
Certa vez, ao encontrar um leproso, apesar da repulsa natural, venceu sua vontade e beijou o doente. Foi um gesto movido pelo Espírito Santo. A partir desse momento, ele passou a fazer visitas e a servir aos doentes que sem encontravam nos hospitais. Aos pobres, presenteava com suas próprias roupas e também com o dinheiro que tivesse no momento.
O Chamado
Num dia simples, mas muito especial, num momento em que Francisco rezava sozinho na Igreja de São Damião, em Assis, ele sentiu que o crucifixo falava com ele, repetindo por três vezes a frase que ficou famosa: "Francisco, repara minha casa, pois olhas que está em ruínas". O santo vendeu tudo o que tinha e levou o dinheiro ao padre da Igreja de São Damião, e pediu permissão para viver com ele. Francisco tinha vinte e cinco anos.
Pedro Bernardone, ao saber o que seu filho tinha feito, foi busca-lo indignado, levou-o para casa, bateu nele e acorrentou-o pelos pés. A mãe, porém, o libertou na ausência do marido, e o jovem retornou a São Damião. Seu pai foi de novo buscá-lo. Mandou que ele voltasse para casa ou que renunciasse à sua herança. Francisco então renunciou a toda a herança e disse: "As roupas que levo pertencem também a meu pai, tenho que devolvê-las". Em seguida se desnudou e entregou suas roupas a seu pai, dizendo-lhe: “Até agora tu tem sido meu pai na terra, mas agora poderei dizer: ‘Pai nosso, que estais nos céus”.
Renúncia de São Francisco de Assis
Para reparar a Igreja de São Damião, Francisco pedia esmola em Assis. Terminado esse trabalho, começou reformar a Igreja de São Pedro. Depois, ele retirou-se para morar numa capela com o nome de Porciúncula. Ela fazia parte da abadia de Monte Subasio, cuidada pelos beneditinos. Ali, o céu lhe mostrou o que realmente esperava dele.
O trecho do Evangelho da Missa daquele dia dizia: "Ide a pregar, dizendo: o Reino de Deus tinha chegado. Dai gratuitamente o que haveis recebido gratuitamente. Não possuas ouro, nem duas túnicas, nem sandálias...” A estas palavras, Francisco tirou suas sandálias, seu cinturão e ficou somente com a túnica.
Milagres de São Francisco de Assis
Deus lhe concedeu o dom da profecia e o dos milagres. Quando Francisco pedia esmolas, com o fim de restaurar a Igreja de São Damião, ele dizia: "Um dia haverá ali um convento de religiosas, em cujo nome se glorificará o Senhor e a Igreja". A profecia se confirmou cinco anos depois, com Santa Clara e suas religiosas. Ao curar, com um beijo, o câncer que havia desfigurado o rosto de um homem, São Boaventura comentou para São Francisco de Assis: "Não se há que admirar mais o beijo do que o milagre?"
Fundação da Ordem dos Frades Menores (O.F.M.)
Francisco começou a anunciar a verdade, no ardor do Espírito de Cristo. Convidou outros a se associarem a ele na busca da perfeita santidade, insistindo para que levassem uma vida de penitência. Alguns começaram a praticar a penitência e em seguida se associaram a ele, partilhando a mesma vida. O humilde São Francisco de Assis decidiu que eles se chamariam Frades Menores.
Surgiram assim os primeiros 12 discípulos que, segundo registram alguns documentos, “foram homens de tão grande santidade que, desde os Apóstolos até hoje, não viu o mundo homens tão maravilhosos e santos”. O próprio Francisco disse em testamento: “Aqueles que vinham abraçar esta vida, distribuíam aos pobres tudo o que tinham. Contentavam-se só com uma túnica, uma corda e um par de calções, e não queriam mais nada”. Os novos apóstolos reuniram-se em torno da pequena igreja da Porciúncula, ou Santa Maria dos Anjos, que passou a ser o berço da Ordem.
A nova ordem religiosa de São Fracisco de Assis
Em 1210, quando o grupo contava com doze membros, São Francisco de Assis redigiu uma regra pequena e informal. Esta regra era, na sua maioria, os conselhos de Jesus para que possamos alcançar a perfeição. Com ela foram à Roma apresentá-la ao Sumo Pontífice. Lá, porém, relutavam em aprovar a nova comunidade. Eles achavam que o ideal de Francisco era muito rígido a respeito da pobreza. Por fim, porém, um cardeal afirmou: "Não podemos proibir que vivam como Cristo mandou no Evangelho".
Receberam a aprovação e voltaram a Assis, vivendo na pobreza, em oração, em santa alegria e grande fraternidade, junto a Igreja da Porciúncula. Mais tarde, Inocêncio III mandou chamar São Francisco de Assis e aprovou a regra verbalmente. Logo em seguida o papa impôs a eles o corte dos cabelos, e lhes enviou em missão de pregarem a penitência.
São Francisco de Assis, um exemplo de vida
São Francisco de Assis manifestava seu amor a Deus por uma alegria imensa, que se expressava muitas vezes em cânticos ardorosos. A quem lhe perguntava qual a razão de tal alegria, respondia que “ela deriva da pureza do coração e da constância na oração”.
A santidade de São Francisco de Assis lhe angariou muitos discípulos e atraiu também uma jovem, filha do Conde de SassoRosso, Clara, de 17 anos. Desde o momento em que o ouviu pregar, compreendeu que a vida que ele indicava era a que Deus queria para ela. Francisco tornou-se seu guia e pai espiritual. Nascia assim a Ordem Segunda dos Franciscanos, a das Clarissas. Depois, Inês, irmã de Clara, a seguia no claustro; mais tarde uma terceira, Beatriz se juntou a elas.
Sabedoria divina
Certa vez, São Francisco de Assis, sentindo-se fortemente tentado pela impureza, deitou-se sem roupas sobre a neve. Outra vez, num momento de tentação ainda mais violenta, ele rolou sobre espinhos para não pecar e vencer suas inclinações carnais.
Sua humildade não consistia simplesmente no desprezo sentimental de si mesmo, mas na convicção de que "ante os olhos de Deus o homem vale pelo que é e não mais". Considerando-se indigno do sacerdócio, São Francisco de Assis apenas chegou a receber o diaconato. Detestava de todo coração o exibicionismo.
Uma vez contaram-lhe que um dos irmãos amava tanto o silêncio que até quando ia se confessar, fazia-o por sinais. São Francisco respondeu desgostoso:"Isso não procede do Espírito de Deus, mas sim do demônio; é uma tentação e não um ato de virtude". Francisco tinha o dom da sabedoria. Certa vez, um frade lhe pediu permissão para estudar. Francisco respondeu que, se o frade repetisse com amor e devoção a oração "Glória ao Pai", se tornaria sábio aos olhos de Deus. Ele mesmo, Francisco, era um grande exemplo da sabedoria dessa maneira adquirida.
São Francisco de Assis e os animais
A proximidade de Francisco com a natureza sempre foi a faceta mais conhecida deste santo. Seu amor universalista abrangia toda a Criação, e simbolizava um retorno a um estado de inocência, como Adão e Eva no Jardim do Éden.
Os estigmas de São Franscisco de Assis
Dois anos antes de sua morte, tendo Francisco ido ao Monte Alverne em companhia de alguns de seus frades mais íntimos, pôs-se em oração fervorosa e foi objeto de uma graça insigne.
Na figura de um serafim de seis asas apareceu-lhe Nosso Senhor crucificado que, depois de entreter-se com ele em doce colóquio, partiu deixando-lhe impressos no corpo os sagrados estigmas da Paixão. Assim, esse discípulo de Cristo, que tanto desejara assemelhar-se a Ele, obteve mais este traço de similitude com o Divino Salvador.
Devoção a São Francisco de Assis
No verão de 1225, Francisco esteve tão enfermo, que o cardeal Ugolino e o irmão Elias o levaram ao médico do Papa, em Rieti. São Francisco de Assis perguntou a verdade e lhe dissessem que lhe restava apenas umas semanas de vida. "Bem vinda, irmã Morte!", exclamou o santo.
Em seguida pediu para ser levado a Porciúncula. Morreu no dia três de outubro de 1226, com menos de 45 anos, depois de escutar a leitura da Paixão do Senhor. Ele queria ser sepultado no cemitério dos criminosos, mas seus irmãos o levaram em solene procissão à Igreja de São Jorge, em Assis.
Ali esteve depositado até dois anos depois da canonização. Em 1230, foi secretamente trasladado à grande basílica construída pelo irmão Elias. Ele foi canonizado apenas dois anos depois da morte, em 1228, pelo Papa Gregório IX. Sua festa é celebrada em 04 de outubro.
Oração a São Francisco de Assis
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 03 de outubro de 2020
DIA DE SANTO ANDRÉ DE SOVERAL E COMPANHEIROS MÁRTIRES - 03 DE OUTUBRO
DIA DE SANTO ANDRÉ DE SOVERAL E COMPANHEIROS MÁRTIRES - 03 DE OUTUBRO
HOMILIA - 03.10.20
Santos André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e companheiros
No contexto das invasões holandesas no Brasil, e das guerras de religião entre os cristãos reformados e católicos, no ano de 1645, houve dois grandes massacres no Rio Grande do Norte. Realizados nas localidades de Cunhaú e Uruaçu, 30 membros da comunidade católica perderam suas vidas em ódio à fé.
Os massacres, perpetrados por Jacob Rabbi, um mercenário alemão a serviço dos holandeses, ocorreram com requintes de crueldade.
Em Cunhaú, no domingo, enquanto os fiéis celebravam a missa junto com seu pároco, o Pe. André de Soveral, Rabbi entrou na igreja acompanhado por sua tropa, composta por índios de várias etnias. Ao fecharem as portas da igreja – era o momento em que o padre elevava a hóstia consagrada, e os fiéis estavam ajoelhados – começaram os assassinatos. Os fiéis, percebendo que não haveria possibilidade de fuga, não reagiram; ao contrário se ofereceram como vítimas. O padre André, um ancião octogenário, exortava seus fiéis a bem morrer. Ele mesmo tombaria vítima de um golpe de adaga desferido enquanto ainda estava no presbitério da igreja.
Três meses após esse massacre, a tropa de Jacob Rabbi avançou e, na localidade de Uruaçu, no dia 3 de outubro de 1645, cometeu outro massacre em ódio à fé da comunidade católica: da mesma forma como haviam feito em Cunhaú, passaram a matar os fiéis com requintes de crueldade. O Padre Ambrósio Francisco Ferro foi duramente torturado.
Outro leigo, Mateus Moreira, ao morrer (seu coração fora arrancado pelas costas!), teria exclamado sua última profissão de fé: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento!”. No dia 5 de março de 2000, o papa São João Paulo II declarou um grupo de 30 mártires como bem-aventurados. Nessa ocasião, o papa disse:
São estes os sentimentos que invadem nossos corações, ao evocar a significativa lembrança da celebração dos quinhentos anos da evangelização no Brasil, que acontece este ano. Naquele imenso País, não foram poucas as dificuldades de implantação do Evangelho. A presença da igreja foi se afirmando lentamente mediante a ação missionária de várias ordens e congregações religiosas e de sacerdotes do clero diocesano. Os mártires, que hoje são beatificados, saíram, no fim do século XVII, das comunidades de Cunhaú e Uruaçu, do Rio Grande do Norte. André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro – presbíteros e 28 companheiros leigos pertencem a esta geração de mártires que regou o solo pátrio, tornando-o fértil para a geração de novos cristãos. Eles são as primícias do trabalho missionário, os protomártires do Brasil. Um deles, Mateus Moreira, estando ainda vivo, foi-lhe arrancado o coração das costas, mas ele ainda teve forças para proclamar a sua fé na Eucaristia, dizendo: Louvado seja o Santíssimo Sacramento
No dia 15 de outubro de 2017, o papa Francisco canonizou esse grupo, que é considerado como “os primeiros mártires do Brasil”. Eles, comunidades católicas inteiras, em meio às angústias das torturas e da violência, testemunharam o Cristo nesta Terra da Santa Cruz. Que seu exemplo possa continuar a nos inspirar.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 02 de outubro de 2020
DIA DOS SANTOS ANJOS DA GUARDA - 02 DE OUTUBRO
DIA DOS SANTOS ANJOS DA GUARDA - 02 DE OTUBRO
HOMILIA - 02.10.20
Porque Deus nos deu Anjos da Guarda?
Nos dias de hoje, estamos habituados a sermos tratados como se fossemos números… O que nos define é o número do CPF e não o nosso nome, quem somos, etc.
É algo compreensível pois é impossível que um Presidente conheça o nome de todos os brasileiros e tenha o WhatsApp de cada um para desejar um feliz aniversário.
E por isso, podemos acabar por pensar que Deus também é um pouco assim conosco: “Deus não tem tempo para ouvir as minhas orações”, pensam alguns.
Mas a realidade não é essa!
Deus nos ama tanto, que nasceu e morreu em uma cruz por nós! Ele nos quer tanto, que nos quis chamar de irmãos nos dando a sua própria Mãe como nossa mãe. Ele quer tanto que sejamos felizes com Ele no Céu que nos deu um Anjo da Guarda para que fossemos protegidos de todo o mal, principalmente do pecado.
Deus nos deu um Anjo da Guarda, para que nos proteja e nos encaminhe na santidade, até ao dia em que morramos e vejamos a Deus face a face por toda a eternidade.
Jesus disse: “Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no reino dos céus. E quem recebe, em meu nome, uma criança como esta, é a mim que recebe. Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos no céus vêem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus.” (Mt 18,1-10)
Por outras palavras, os Anjos nos acompanham e intercedem por nós junto de Deus. Na liturgia da festa dos Santos Anjos da Guarda a 2 de outubro, a Igreja reza pedindo a sua proteção: “Ó Deus, que na vossa misteriosa providência mandais os vossos anjos para guardar-nos, concedei que nos defendam de todos os perigos e gozemos eternamente do seu convívio.”
Oração para o Anjo da Guarda
Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, guarda, governa e ilumina. Amém".
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 01 de outubro de 2020
DIA DE SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS - 01 DE OUTUBRO
DIA DE SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS - 01 DE OUTUBRO
HOMILIA - 01.10.20
Santa Teresinha do Menino Jesus
A vida da santa Teresa de Lisieux, ou santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, seu nome de religiosa e como o povo carinhosamente a prefere chamar, marca na história da Igreja uma nova forma de entregar-se à religiosidade.
No lugar do medo do “Deus duro e vingador”, ela coloca o amor puro e total a Jesus como um fim em si mesmo para toda a existência eterna. Um amor puro, infantil e total, como deixaria registrado nos livros “Infância espiritual” e “História de uma alma”, editados a partir de seus escritos. Sua vida foi breve, mas plena de dedicação e entrega. Morreu Virgem como Maria, a Mãe que venerava, e jovem como o amor que vivenciava a Jesus, pela pura ação do Espírito Santo.
Teresinha nasceu em Alençon, na França, em 2 de janeiro de 1873. Foi batizada com o nome de Maria Francisca Martin e desde então destinada ao serviço religioso, assim como suas quatro irmãs. Os pais, quando jovens, sonhavam em servir a Deus. Mas circunstâncias especiais os impediram e a mãe prometeu ao Senhor que cumpriria seu papel de genitora terrena, mas que suas filhas trilhariam o caminho da fé. E assim foi com entusiasmada aceitação por parte de Teresinha.
Caçula, viu as irmãs mais velhas, uma a uma, consagrando-se a Deus até chegar sua vez. Mas a vontade de segui-las era tanta que não quis nem esperar a idade correta. Aos quinze anos, conseguiu permissão para entrar no Carmelo, em Lisieux, permissão concedida especial e pessoalmente pelo Papa Leão XIII.
Ela própria escreveu que, para servir a Jesus, desejava ser cavaleiro das cruzadas, padre, apóstolo, evangelista, mártir… Mas ao perceber que o amor supremo era a fonte de todas essas missões, depositou nele sua vida. Sua obra não frutificou pela ação evangelizadora ou atividade caritativa, mas sim em oração, sacrifícios, provações, penitências e imolações, santificando o seu cotidiano enquanto carmelita.
Essa vivência foi registrada dia a dia, sendo depois editada, perpetuando-se como livro de cabeceira de religiosos, leigos e da elite dos teólogos, filósofos e pensadores do século XX.
Teresinha teve seus últimos anos consumidos pela terrível tuberculose, que, no entanto, não venceu sua paciência com os desígnios do Supremo. Morreu em 1° de outubro de 1897, com vinte e quatro anos, depois de prometer uma chuva de rosas sobre a Terra quando expirasse. Essa chuva ainda cai sobre nós, em forma de uma quantidade incalculável de graças e milagres alcançados através de sua intervenção em favor de seus devotos.
Teresa de Lisieux foi beatificada em 1923 e canonizada em 1925 pelo Papa Pio XI. Ela, que durante toda a sua vida teve um grande desejo de evangelizar e ofereceu sua vida à causa missionária, foi aclamada, dois anos depois, pelo mesmo pontífice, como “padroeira especial de todos os missionários, homens e mulheres, e das missões existentes em todo o universo, tendo o mesmo título de São Francisco Xavier”.
Esta “grande santa dos tempos modernos” foi proclamada doutora da Igreja pelo Papa João Paulo II, em 1997.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 30 de setembro de 2020
DIA DE SÃO JERÔNIMO - 30 DE SETEMBRO
DIA DE SÃO JERÔNIMO - 30 DE SETEMBRO
HOMILIA - 30.09.20
SÃO JERÔNIMO
São Jerônimo foi um homem de grande cultura, era doutor nas Sagradas Escrituras, teólogo, escritor, filósofo, historiador. Foi ele quem traduziu a Bíblia pela primeira vez, do hebraico e grego para o latim, a língua falada pelo povo. Sua tradução foi chamada de Vulgata, ou seja, popular.
História de São Jerônimo
São Jerônimo nasceu na Dalmácia, hoje Croácia, no ano de 340. Sua família era rica, culta e de raiz cristã. Ele era filho único e herdou uma pequena fortuna de seus pais. Após a morte deles, Jerônimo foi morar em Roma. Lá, estudou retórica, que é a arte de falar bem, oratória, com os melhores mestres da época. Com isso, adquiriu mais cultura ainda.
Batismo
Apesar de vir de uma família cristã, São Jerônimo ainda não tinha sido batizado. Só aos vinte e cinco anos ele tomou uma decisão madura e pediu o batismo. Então, foi batizado pelo Papa Libério. Depois disso, em oração, sentiu o chamado para a vida monástica. Mas não simplesmente vida monástica. Seu chamado era para a vida monástica dedicada à oração e ao recolhimento e ao estudo. Então, ele descobriu monges que viviam na Gália, atual França, e foi morar com eles. Lá, Jerônimo formou uma comunidade com seus amigos e discípulos. Estes dedicavam-se ao estudo da Bíblia e das obras de teologia.
A vida radical de São Jerônimo
São Jerônimo tinha um temperamento forte e radical. Por isso, foi procurar o deserto. No deserto, entrava num ritmo de orações e jejuns tão rigorosos que quase chegou a falecer. Tempos depois de se fortalecer no deserto, ele foi para Constantinopla, segunda capital do império romano. Lá, onde se encontrou com São Gregório. Este lhe mostrou o caminho do amor pelo estudo das Sagradas Escrituras.
Por isso, São Jerônimo decidiu dedicar sua vida ao estudo da Palavra de Deus, para transmitir o cristianismo em sua máxima fidelidade, ao maior número de pessoas passível. Por causa desse objetivo, e usando sua grande aptidão para aprender línguas, estudou hebraico e grego. Seu objetivo era compreender as escrituras nas suas línguas originais para transmitir um ensinamento seguro aos fiéis..
A Vulgata, primeira tradução da bíblia
A fama da cultura e sabedoria de São Jerônimo se espalhou e chegou até Roma. Por isso, o Papa Damaso o chamou e lhe deu a grandiosa missão de traduzir a Bíblia para o Latim, a língua do povo. Por isso, sua tradução foi chamada de Vulgata, ou seja, popular. O Papa queria uma tradução mais fiel possível do hebraico e do grego para o latim e que, ao mesmo tempo, o povo pudesse compreender.
São Jerônimo reunia todas as condições para fazer este trabalho. Ele se tornou, então, o secretário do Papa. Por causa disso é que temos hoje a Bíblia traduzida para o português e várias línguas. Essas traduções vieram da Tradução Popular de São Jerônimo.
São Jerônimo e os anos de trabalho árduo
Este trabalho de São Jerônimo durou muitos anos, pois ele procurava, em cada versículo, a tradução mais fiel possível, para que o povo conhecesse em profundidade as riquezas da Palavra de Deus. Por isso, a tradução de São Jerônimo se tornou a base da tradução bíblica da igreja, aprovada no Concilio de Trento. Em sua tradução, além da extrema fidelidade aos textos originais, São Jerônimo mostrou uma grande riqueza de informações sobre a história da salvação.
Mudança para Belém
Terminado esse imenso trabalho, São Jerônimo foi morar em Belém, a terra onde Jesus nasceu. Lá, viveu como monge num mosteiro fundado por Santa Paula, sua grande amiga e auxiliadora nos trabalhos de estudo e tradução da Bíblia.
Morte de São Jerônimo
São Jerônimo morreu com quase 80 anos no dia 30 de setembro do ano 420. Ele é o Padroeiro dos estudos bíblicos, dos estudiosos da Bíblia. O dia da Bíblia foi colocado no dia de sua morte. Ele escreveu: Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora as Escrituras, ignora o poder e a sabedoria de Deus; portanto, ignorar as Escrituras Sagradas é ignorar a Cristo.
Devoção a São Jerônimo
São Jerônimo é representado sempre escrevendo, com muitos livros à sua volta. Esta imagem, claro, faz referência ao inestimável trabalho de tradução da Bíblia que ele fez. Além disso, ele veste roupas de um monge, em referência a seus últimos anos no mosteiro de Belém. A devoção a ele chegou ao Brasil com os colonizadores. No Rio Grande do Sul há uma cidade com o seu nome.
Oração
Ó Deus, criador do universo, que vos revelastes aos homens através dos séculos pelas Sagradas Escrituras, e levastes o vosso servo São Jerônimo a dedicar sua vida ao estudo e à meditação da Bíblia, dai-me a graça de compreender com clareza a vossa palavra quando leio a Bíblia. São Jerônimo, iluminai e esclarecei a todos os adeptos das seitas evangélicas para que eles compreendam as escrituras e se deem conta de que contradizem a religião católica e a própria Bíblia, porque eles se baseiam em princípios pagãos e supersticiosos.
São Jerônimo, ajudai-nos a considerar os ensinamentos que nos vêm da Bíblia, acima de qualquer outra doutrina, já que é a palavra e o ensinamento do próprio Deus.
Fazei que todos os homens aceitem e sigam a orientação do vosso Pai expressa nas Sagradas escrituras. Amém. São Jerônimo, rogai por nós.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 29 de setembro de 2020
DIA DOS TRÊS ARCANJOS SÃO MIGUEL, SÃO GABRIEL E SÃO RAFAEL - 29 DE SETEMBRO
DIA DOS TRÊS ARCANJOS SÃO MIGUEL, SÃO GABRIEL E SÃO RAFAEL - 29 DE SETEMBRO
HOMILIA - 29.09.20
Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael
Com alegria, comemoramos a festa de três Arcanjos neste dia: Miguel, Gabriel e Rafael. A Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo, herdou do Antigo Testamento a devoção a estes amigos, protetores e intercessores que do Céu vêm em nosso socorro pois, como São Paulo, vivemos num constante bom combate. A palavra “Arcanjo” significa “Anjo principal”. E a palavra “Anjo”, por sua vez, significa “mensageiro”.
São Miguel O nome do Arcanjo Miguel possui um revelador significado em hebraico: “Quem como Deus”. Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao Trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do Céu e ministro de Deus. No Antigo Testamento o profeta Daniel chama São Miguel de príncipe protetor dos judeus, enquanto que, no Novo Testamento ele é o protetor dos filhos de Deus e de sua Igreja, já que até a segunda vinda do Senhor estaremos em luta espiritual contra os vencidos, que querem nos fazer perdedores também. “Houve então um combate no Céu: Miguel e seus anjos combateram contra o dragão. Também o dragão combateu, junto com seus anjos, mas não conseguiu vencer e não se encontrou mais lugar para eles no Céu”. (Apocalipse 12,7-8)
São Gabriel O nome deste Arcanjo, citado duas vezes nas profecias de Daniel, significa “Força de Deus” ou “Deus é a minha proteção”. É muito conhecido devido a sua singular missão de mensageiro, uma vez que foi ele quem anunciou o nascimento de João Batista e, principalmente, anunciou o maior fato histórico: “No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré… O anjo veio à presença de Maria e disse-lhe: ‘Alegra-te, ó tu que tens o favor de Deus’…” a partir daí, São Lucas narra no primeiro capítulo do seu Evangelho como se deu a Encarnação.
São Rafael Um dos sete espíritos que assistem ao Trono de Deus. Rafael aparece no Antigo Testamento no livro de Tobit. Este arcanjo de nome “Deus curou” ou “Medicina de Deus”, restituiu à vista do piedoso Tobit e nos demonstra que a sua presença, bem como a de Miguel e Gabriel, é discreta, porém, amiga e importante. “Tobias foi à procura de alguém que o pudesse acompanhar e conhecesse bem o caminho. Ao sair, encontrou o anjo Rafael, em pé diante dele, mas não suspeitou que fosse um anjo de Deus” (Tob 5,4).
São Miguel, São Gabriel e São Rafael, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 28 de setembro de 2020
DIA DE SÃO VENCESLAU - MÁRTIR - 28 DE SETEMBRO
DIA DE SÃO VENCESLAU - MÁRTIR - 18 DE SETEMBRO
HOMILIA - 28.09.20
São Venceslau - Mártir
O jovem príncipe, nascido na Boêmia em 907, assume o ideal do herói nacional, corajosamente empenhado na promoção cultural e religiosa do povo eslavo. Ao desabamento do reino morávio, os príncipes boêmios, entrando no jogo diplomático das potências líderes, estabeleceram aliança com o poderoso reino franco. Com a adoção dos princípios estabelecidos pelas antigas civilizações, encaminharam o processo europeizante dos Estados do centro da Europa.
Fator desta política de projeção no futuro foi o príncipe e jovem duque da Boêmia, Venceslau. Fora educado cristãmente pela avó Ludmila, venerada como santa. Apenas teve a idade necessária, sucedeu ao pai, após breve regência da mãe Draomira. Mulher briguenta, Draomira queria dar o trono ao segundo filho, Boleslau, e fomentou, de todos os modos, a rivalidade entre ambos, até levar o segundo a manchar-se com o grave delito de fratricídio. Na manhã de 28 de setembro de 935, enquanto Venceslau saía de casa para ir à missa, Boleslau, que o aguardava num lugar solitário com um grupo de cúmplices, foi-lhe ao encalço para feri-lo pelas costas. O jovem rei, que não tinha ainda trinta anos, defendeu-se do golpe e desembainhou sua espada, mas percebendo que o assassino era seu irmão abaixou a arma, dizendo: “Poderia matar-te, mas a mão de um servo de Deus não deve manchar-se com um fratricídio”. Foi trucidado pelos sequazes de Boleslau.
Este exemplar príncipe cristão antepunha os seus deveres religiosos aos de soberano, a ponto de chegar atrasado a uma importante assembleia de Worms convocada pelo imperador Oto porque esteve na missa. Não era raro ver o jovem rei em trajes comuns misturado com os outros fiéis, descalço, durante as procissões penitenciais. Impôs ao seu corpo a dura disciplina do cilício e diá-rias mortificações.
Foi julgado como rei renunciatário por ter procurado aliança com os poderosos francos, que eram vizinhos; mas o próprio irmão Boleslau, que lhe sucedeu após haver mandado matá-lo, teve de retratar-se e seguir aquela política realista. Boleslau entendeu também o erro em que caiu ao se achar superior em relação a seu mano, para com o qual foi crescendo dia a dia a devoção popular, graças aos prodígios que se operavam no seu túmulo de mártir, logo venerado como santo, o primeiro entre os povos eslavos.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 27 de setembro de 2020
DIA DE SÃO VICENTE DE PAULO - 27 DE SETEMBRO
DIA DE SÃO VICENTE DE PAULO - 27 DE SETEMBRO
HOMILIA - 27.09.20
SÃO VICENTE DE PAULO
São Vicente de Paulo nasceu em 24 de abril do ano 1581, em Pouy, no sul da França e foi batizado no mesmo dia. Faleceu no dia 27 de setembro de 1660, em Paris. Neste século XVII, São Vicente participou ativamente na Reforma Católica ocorrida na França.
Vicente foi o terceiro filho de Jean de Paul e Bertrande de Moras. Seus pais eram camponeses de fé firme e vigorosa. A própria mãe deu educação religiosa aos seis filhos.
São Vicente de Paulo, o Padre Vicente
Vicente se destacava pela sua inteligência e pelo zelo religioso. Começou a estudar na cidade de Dax, onde mais tarde, foi professor. Estudou teologia na Universidade de Toulouse. Sua ordenação sacerdotal, com apenas dezenove anos, foi no dia 23 de setembro de 1600. Nessa época ele passou por uma forte provação: uma senhora viúva que gostava de ouvi-lo pregar, sabendo que ele era uma pessoa pobre, deixou sua herança para ele, uma propriedade e uma quantia em dinheiro, que estava em posse de um comerciante na cidade de Marselha. O Padre Vicente vai até lá para receber esta herança com a intenção de distribui-la para os pobres.
Grande reviravolta na vida de São Vicente de Paulo
Ao retornar de Marselha, o navio em que ele viajava sofreu um ataque de piratas turcos. Pe. Vicente tornou-se prisioneiro e foi vendido em Túnis como escravo. Depois, foi vendido a outro homem que, ao morrer, o deixou como escravo herança a um sobrinho fazendeiro. Este tinha sido católico, mas, por medo da perseguição, tornara-se muçulmano.
O escravo volta à liberdade
Uma das três esposas deste fazendeiro ficou encantada com as músicas que Pe. Vicente cantava ao rezar e quis saber o significado daquilo. Ao ser evangelizada por Pe. Vicente, a mulher chamou a atenção do marido dizendo que ele não poderia ter abandonado aquela religião tão linda e séria. O patrão se arrependeu e se converteu. Meses depois, o homem foi com Padre Vicente até à França. Foram escondidos dos muçulmanos, em 1607. Chegando a Avignon encontraram o Vice-Legado do Papa e Vicente recebeu de volta suas credenciais de sacerdote. Seu ex-dono retornou à Igreja Católica, foi admitido num mosteiro e se tornou monge.
São Vicente de Paulo, um homem dos pobres
Em Roma, Pe. Vicente frequentou a universidade e se formou em Direito Canônico. Foi nomeado Capelão da Rainha Margarida de Valois, a rainha Margot, pelo rei Henrique IV. Ele fazia a distribuição das esmolas dadas aos pobres e visitava os doentes no hospital. Padre Vicente cumpria sua missão de sacerdote com tanto amor e zelo, que todos já o tinham como santo. Para o Padre Vicente, cada doente e cada pessoa, por mais miserável, era a própria pessoa de Jesus Cristo e tinha que ser tratada como tal. O Cardeal Pierre de Bérulle, Bispo de Paris, nomeou Vicente de Paulo como vigário de Clichy, um bairro da cidade.
Legado para a humanidade de São Vicente de Paulo
São Vicente fundou a Confraria do Rosário, que se dedicava a visitar e cuidar dos doentes. Por isso, ele se tornou Capelão Geral e Real da França. Depois, ele fundou a Congregação da Missão, dos Padres Lazaristas, que trabalhava para evangelizar os camponeses.
Num apelo feito pelo Pe. Vicente em Châtillon nasceu a Confraria da Caridade, conhecido também como o movimento das Senhoras da Caridade. A primeira religiosa foi uma camponesa, Ir. Margarida Nasseau, que teve orientação de Santa Luísa de Marillac. Depois, oficializou a Confraria das Irmãs da Caridade, atualmente conhecidas como Filhas da Caridade.
Organizador da caridade
Inspirado por seu amor a Deus e aos pobres, Vicente de Paulo organizou muitas obras de caridade, doando-se inteiramente aos irmãos mais necessitados. Ele é considerado o pai dos pobres e também causou muitas mudanças no clero. As Conferências Vicentinas que conhecemos na atualidade tiveram início com Antônio Frederico Ozanam e seus companheiros, no ano de 1833. Essas conferências foram inspiradas por São Vicente de Paulo, e hoje estão espalhadas pelo mundo inteiro. São Vicente estipulou regras e condutas para as visitas aos pobres e doentes, visando à discrição, ao respeito para com os necessitados sem humilhá-los em hipótese alguma, mas, sim, ao contrário, fazendo-se igual a eles.
Devoção a São Vicente de Paulo
Para São Francisco de Sales, Vicente de Paulo era o sacerdote mais santo da época. Ele faleceu e foi sepultado na capela da Igreja de São Lázaro, na cidade de Paris. Sua canonização aconteceu em junho de 1737. Em maio de 1885 o Papa Leão XIII o declara patrono das obras de caridade da Igreja Católica Apostólica Romana.
Corpo incorrupto
52 anos após a sua morte, seu corpo foi exumado e encontrado incorrupto. Foram testemunhas do fenômeno, dois médicos, autoridades da Igreja e algumas pessoas. Para os dois médicos é impossível este tipo de preservação do corpo ocorrer naturalmente. Seu corpo está exposto na Capela de São Vicente de Paulo, em Paris, aberto à visitação. Seu coração está conservado em um relicário na Capela de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa.
Oração a São Vicente de Paulo
São Vicente, que tanto vos compadecestes dos pobres, eu vos peço, olhai para mim! Sou Pobre, mas tenho fé! Há gente mais pobre do que eu: são aqueles que não tem fé; porque esses têm a alma vazia. São Vicente, conservai minha riqueza, que é a fé; mas eu vos peço, aliviai também minha pobreza. Ajudai-me a adquirir ao menos o necessário para me alimentar bem, para me vestir honestamente e comprar os remédios que me conservam a saúde e as forças necessárias par afazer os meus trabalhos e cumprir as minhas obrigações e assim poder ser útil à minha família e a todos os que precisarem de minha ajuda. Amém.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 26 de setembro de 2020
DIA DE SÃO COSME E SÃO DAMIÃO - 26 DE SETEMBRO
DIA DE SÃO COSME E SÃO DAMIÃO - 26 DE SETEMBRO
HOMILIA - 26.09.20
SÃO COSME E SÃO DAMIÃO - SANTOS E ÍCONES CATÓLICOS
São Cosme e São Damião nasceram na cidade de Egeia, na Arábia, por volta do ano 260. Eram gêmeos, filhos de família nobre. Sua mãe, Teodata, ensinou-lhes a fé cristã. E ensinou-lhes de tal forma, que Jesus Cristo passou a ser o centro de suas vidas.
Vida de São Cosme e Damião
Cosme e Damião foram estudar na Síria, na época, um grande centro de estudos e formação. Lá, os gêmeos se especializaram nas ciências e na medicina. Tornaram-se médicos famosos pela competência, obtendo grandes sucessos nos tratamentos, como também na caridade para com os doentes.
São Cosme e São Damião, a medicina que leva para Deus
Por causa da profunda formação cristã que tiveram, os irmãos, vivendo num mundo paganizado, decidiram atrair as pessoas para Jesus Cristo através do exercício da medicina. E faziam isso não de maneira impositiva ou constrangedora, mas, principalmente, através da caridade, do amor e da competência.
Além disso, eles não cobravam por seus serviços médicos. Por esta razão espalhou-se a ideia de que os dois gêmeos médicos não gostavam de dinheiro. Não era bem isso. Na verdade, os dois eram grandes almas que sabiam dar ao dinheiro o seu devido lugar. Eles queriam curar as pessoas no corpo e na alma, levando a elas também os ensinamentos e a salvação de Jesus Cristo. Por este motivo, São Cosme e São Damião são os padroeiros dos médicos, das faculdades de medicina e dos farmacêuticos
A perseguição contra Cosme e Damião
Na mesma época em que eles trabalhavam e ensinavam em nome de Jesus, o imperador Diocleciano lançou uma grande perseguição contra os cristãos. E o local onde eles viviam era dominado pelos romanos. Por isso, eles foram presos sob a acusação de feitiçaria e de espalharem uma seita proibida pelo imperador. O imperador odiava os cristãos porque eles desprezavam os deuses romanos e adoravam somente Jesus Cristo.
Cosme e Damião foram tirados violentamente do local onde atendiam os doentes e levados ao tribunal. Lá, foram acusados de feitiçaria, por curarem os doentes e de pregarem uma seita proibida. Ao serem questionados sobre isso, responderam: Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo, e pelo seu poder. Ele é o Filho de Deus que veio a este mundo para salvar e para curar. No tribunal, foi exigido deles que renunciassem à fé em Jesus Cristo e começassem a falar aos pacientes sobre os deuses romanos. Eles se recusaram, não renunciaram aos princípios do Evangelho e por isso foram duramente torturados.
Martírio de São Cosme e São Damião
Cosme e Damião foram condenados à morte por apedrejamento e flechadas. Tudo foi preparado, então, para a execução da pena. A pena foi executada por carrascos experientes. Os santos irmãos gêmeos, porém, não morreram. Então, o magistrado ordenou que fossem queimados em praça pública. Executaram a sentença, mas o fogo não os atingiu. Cosme e Damião não paravam de louvar a Deus por estarem sendo dignos de sofrerem por Jesus Cristo. Os pacientes que eram atendidos por eles, que ainda não tinham se convertido, se converteram ao verem essas coisas. Os soldados decidiram afogar os dois, mas eles foram salvos por anjos. Por fim, a mando do magistrado, os torturadores lhes cortaram as cabeças.
Devoção a São Cosme e São Damião
Cosme e Damião foram sepultados pelos pacientes que tinham sido curados por eles. Mais tarde, seus restos mortais foram transladados para uma Igreja dedicada a eles, construída pelo Papa Felix IV, em Roma, na Basílica do Fórum. Lá e em toda a Igreja, eles são venerados como santos mártires, ou seja, morreram por testemunharem sua fé em Jesus Cristo e não renegarem esta fé. A festa de Cosme e Damião é celebrada no dia 26 de setembro.
Oração a São Cosme e São Damião
São Cosme e São Damião, por amor a Deus e ao próximo, consagrastes a vida no cuidado do corpo e da alma dos doentes. Abençoai os médicos e farmacêuticos. Alcançai a saúde para o nosso corpo. Fortalecei a nossa vida. Curai o nosso pensamento de toda a maldade. A vossa inocência e simplicidade ajudem a todas as crianças a terem muita bondade umas com as outras. Fazei que elas conservem sempre a consciência tranquila. Com a vossa proteção, conservai o meu coração sempre simples e sincero. Fazei que eu lembre com frequência estas palavras de Jesus: deixai vir a mim as criancinhas, pois delas é o reino do céu
São Cosme e São Damião, rogai por nós, por todas as crianças, médicos e farmacêuticos. Amém.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 25 de setembro de 2020
DIA DE SÃO CLÉOFAS - 25 DE SETEMBRO
DIA DE SÃO CLÉOFAS - 25 DE SETEMBRO
HOMILIA
SÃO CLÉOFAS OU ALFEU
Seu nome, Cléofas, no hebraico antigo, pode ser também Alfeu. A partir daí, temos as informações dos historiadores que pesquisaram as origens dos santos. Segundo eles, a vida de são Cléofas esteve sempre muito ligada à de Jesus Cristo. Primeiro, porque se interpreta que Cléofas seja o pai de Tiago, o Menor; de José; de Simão e de Judas Tadeu, que são primos do Senhor. Maria, mãe de todos eles, no evangelho do apóstolo João, é chamada de esposa de Cléofas e irmã da Mãe Santíssima. E que também fosse irmão de são José, pai adotivo de Jesus. Sendo assim, confirma-se o parentesco. Cléofas, na verdade, era tio de Jesus Cristo.
A segunda graça conseguida por Cléofas, além do parentesco com Jesus, foi ter visto o Cristo ressuscitado. Quando voltava para Emaús, depois das celebrações pascais, na companhia de mais um discípulo, encontraram, na estrada, um homem, a quem ofereceram hospitalidade. Cléofas e o discípulo estavam frustrados, assim como os outros apóstolos, naquela hora de provação: ‘Nós esperávamos que fosse ele quem iria redimir Israel, mas…’
Foi então que o desconhecido fez penetrar a luz da Boa-Nova, explicando-lhes as Escrituras e aceitando o convite para ficar, pois a noite estava por cair. Só no momento em que o estranho homem repartiu o pão que os alimentaria, perceberam tratar-se de Jesus ressuscitado, pois o gesto foi idêntico ao da última ceia.
Cléofas foi perseguido por seus conterrâneos por causa de sua fé inabalável no Messias ressuscitado. Segundo são Jerônimo, o grande Doutor da Igreja, o martírio de são Cléofas aconteceu pelas mãos dos judeus, que o detestavam por sua inconveniente pregação cristã.
Já no século IV, a casa de são Cléofas tinha sido transformada em uma igreja. A Igreja confirmou seu martírio pela fé no Cristo e inseriu no calendário litúrgico o seu nome, no dia 25 de setembro, para ser celebrado por todo o mundo cristão.
Texto: Paulinas Internet
São Cléofas
Cléofas é um dos dois discípulos que no dia da ressurreição de Jesus Cristo, voltando a Emaús ao término das celebrações pascais, foram alcançados na estrada e acompanhados pelo Ressuscitado, que reconheceram somente depois de terem sido advertidos e terem generosamente oferecido hospitalidade.
“Nós esperávamos que fosse ele quem iria redimir Israel; mas…” Nas palavras que os dois discípulos dirigem ao desconhecido há um tom de frustração comum a todos os apóstolos naquela hora de provação. “É verdade que algumas mulheres, que são dos nossos, nos assustaram.”
Deste reflexo de esperança, o desconhecido faz penetrar a luz da Boa Nova, explicando-lhes as Escrituras e depois, aceitando o convite deles: “Fica conosco, porque a noite está chegando e o dia está para acabar”; revela-se “ao partir o pão”, o gesto eucarístico da última ceia, à qual também Cléofas devia estar presente.
Mas não é só este o privilégio do qual podia orgulhar-se. Se dermos uma olhada à etimologia do seu nome, descobrimos que Cléofas e Alfeu são a transcrição e a pronúncia do mesmo nome hebraico Halphai, ou dois nomes usados pela mesma pessoa. Presume-se por isso que Cléofas e Alfeu seja o pai de Tiago, o Menor e José, isto é, primos do Senhor.
No evangelho de João, Maria, mãe de Tiago e José, é chamada de esposa de Cléofas, e irmã, em sentido mais ou menos próprio, da Mãe de Jesus. O historiador palestino Egesipo afirma que Cléofas é irmão de São José e pai de Judas e Simão, eleito, este último para suceder Tiago Menor, como bispo de Jerusalém. Fazendo os cálculos, podemos identificar no emocionado discípulo de Emaús e Cléofas; que João chama de marido da irmã de Nossa Senhora, aquela Maria de Cléofas, presente com as outras piedosas mulheres ao drama do Calvário.
Como Maria de Cléofas é mãe de Tiago Menor, de José, de Judas e de Simão, naturalmente Cléofas é o pai deles. Pai de três apóstolos! Segundo Eusébio e São Jerônimo, Cléofas era natural de Emaús. Em Emaús, conforme uma antiga tradição Cléofas, “testemunha da Ressurreição”, foi trucidado por seus conterrâneos, intolerantes do seu zelo e da sua certeza de fé no Messias ressuscitado.
São Jerônimo nos assegura que já no século IV sua casa tinha sido transformada em igreja. O Martirológio Romano inseriu seu nome na data de hoje e confirmou seu martírio acontecido pelas mãos dos judeus.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 24 de setembro de 2020
DIA DE NOSSA SENHORA DAS MERCÊS - 24 DE SETEMBRO
DIA DE NOSSA SENHORA DAS MERCÊS - 24 DE SETEMBRO
Raimundo Floriano
NOSSA SENHORA DAS MERCÊS
O surgimento da invocação e do título Virgem Maria “das Mercês” deriva da Ordem das Mercês, cujo apostolado da redenção de cativos era, na Idade Média, chamado de “obra de mercê ou misericórdia”. A Ordem atribui à Virgem Santíssima uma especial participação em sua fundação, motivo pelo qual a honrou ao longo dos séculos com especial devoção, seguindo o exemplo de São Pedro Nolasco, que já em 1249 dedicou-lhe uma Igreja.
Desde os primeiros momentos da fundação da Ordem, os religiosos deram à festividade geral da Virgem um sentido próprio. Em 1600, foi-lhes permitido celebrar sob o título das Mercês a festa da natividade de Maria. Já em 1616 é concedida aos mercedários a celebração litúrgica da festa de Nossa Senhora das Mercês com textos próprios. Em 1696, seu culto foi estendido a toda a Igreja.
Origem da devoção das Mercês
O vocábulo “mercê”, no séc. XIII, era sinônimo da obra de misericórdia corporal por excelência, qual seja, a de redimir cativos. Assim, as casas da Ordem de São Tiago, que costumavam receber cativos, eram chamadas Casas de Mercê, conforme documentação medieval.
A 29 de abril de 1249, os frades da Ordem das Mercês obtiveram licença do bispo de Barcelona, Dom Pedro de Centelles, para edificar uma igreja dedicada a Santa Maria em sua Casa – Hospital de Santa Eulália – construída próxima ao mar.
O povo barcelonês começou a chamar a comenda dos frades mercedários de casa da Ordem das Mercês, e, posteriormente, de casa “das Mercês”. Consequentemente, a imagem de Santa Maria que todos veneravam na nova igreja da Casa das Mercês de Barcelona começou a ser conhecida como Santa Maria das Mercês. Nesta igreja, iniciou-se o culto a Maria com o título de “Mercês” que, em seguida, se estenderá a todas as igrejas em que se estabeleçam os mercedários.
Como atos em honra de Santa Maria das Mercês, a Ordem desde seu início praticou: * A entrega do hábito de Santa Maria aos novos frades. Dizia-se ao postulante: “Queres receber o hábito de Santa Maria?”, e o peticionário respondia: “sim, quero”.
* O Ofício diário de Santa Maria. Este era obrigatório para todos os clérigos e para os leigos, que rezavam um oficio adaptado.
* A Missa e a Salve Rainha dos dias de sábado. É muito provável que o belo costume da Missa de Santa Maria e do Canto da Salve Rainha em sua honra nos dias de sábado tenha sido introduzida na Ordem por disposição do próprio São Pedro Nolasco. Consta que, em 1307, Galcerán de Miralles levava à igreja da comenda de Nossa Senhora de Bell-lloch a quantidade de três libras de cera, para que mantivessem um círio acesso todos os sábados durante a celebração da missa da virgem e o canto da Salve Rainha. Outro gesto significativo de devoção mariana, provindo dos tempos de São Pedro Nolasco, era a despedida dos redentores ao partir para a terra de mouros. Esta se fazia diante do altar da igreja dedicado à Virgem. No retorno da missão, a procissão de redentores e redimidos, com seus estandartes, prosseguia até a igreja das Mercês, para agradecer à Celestial Protetora por sua proteção no decurso da missão redentora.
O nome de Maria no título da Ordem
Um dos títulos com que, no início, era chamada a obra fundada por São Pedro Nolasco foi “Ordem das Mercês” ou da “Misericórdia dos cativos”. A esta denominação muito rapidamente se somou o nome de Maria. A primeira vez que se encontra documentalmente o nome de Maria no título da ordem é na bula do papa Alexandre IV, Prout Scriptura testatur, dada em Perúgia a três de maio de 1258. O papa, escrevendo aos arcebispos, bispos, abades, etc., para informá-los das graças e das faculdades concedidas aos mercedários, por motivo da obra benéfica que praticam em favor dos cativos, diz: “Dado que o Mestre e os frades da Bem Aventurada Virgem Maria das Mercês, outras vezes chamados de Santa Eulália (…) trabalham com todas as suas forças…”.
O Papa, portanto, uniu o nome de Maria ao vocábulo “Mercê”, obtendo a denominação Bem-aventurada Virgem Maria das Mercês, como parte do título da Ordem. Do contexto da bula, infere-se que o nome de Maria das Mercês já era conhecido. Não se deve supor que o Papa tenha usado o nome de Maria sem razão, ou que o impôs por autoridade. Ademais, o Papa não enviou a bula exclusivamente aos frades da Ordem.
Há de se buscar uma explicação lógica na interdependência entre a Virgem Santíssima e a Ordem dedicada à redenção dos cativos. Os frades das Mercês estavam persuadidos de que a Virgem Maria, Mãe de Deus, interveio de modo direto na fundação da Ordem. Consequentemente, os legisladores das constituições de 1272 oficializaram o nome de Maria no título, chamando-a: Ordem da Virgem Maria das Mercês da Redenção dos Cativos de Santa Eulália.
Por causa desta convicção, nos documentos do séc. XIII não aparece o nome do primeiro Mestre e iniciador da obra das Mercês – São Pedro Nolasco – no título da Ordem. Este gesto de abnegação e de escondimento da parte de São Pedro Nolasco foi certamente intencional. Assim, tanto ele, como os primeiros membros da Ordem recém-fundada desejavam que toda glória e toda honra da fundação fossem atribuídas a Maria Santíssima, mensageira da Trindade, aquela que a Ordem considera como fundadora e Mãe.
Conforme descreve, dentre tantos, o historiador mercedário Nadal Gaver (1445), essa presença de Maria concretizou-se no relato da aparição da Virgem Maria a São Pedro Nolasco ordenando-lhe fundar uma Ordem em sua honra, destinada à redenção dos cativos, visto que, tal fundação, de acordo com a própria Virgem Mãe, era vontade de Deus.
Imagens de Maria, igrejas e santuários mercedários
Em todas as casas da Ordem existiram desde o começo imagens de Santíssima Virgem Maria das Mercês. A primeira presença da imagem da Mãe das Mercês deu-se em Barcelona. Na comenda desta cidade encontrava-se a imagem da Virgem sentada com o Menino, esculpida em mármore branco, encomendada por São Pedro Nolasco e hoje conservada no museu da catedral barcelonesa.
No séc. XIV, foi substituída, por ser demasiado pequena, para o templo que se tornava grande, por outra imagem feita pelo escultor da catedral de Barcelona, Bernardo Roca, segundo contrato firmado a 13 de setembro de 1361. Tal contrato fora firmado pelo referido artista e o prior de Barcelona, Frei Bonananto de Prixana. É esta imagem que, como Padroeira de Barcelona, hoje preside o altar-mor da Basílica das Mercês da dita cidade.
Além da veneração e do culto à Santíssima Virgem Maria das Mercês, durante o primeiro século de existência da Ordem, Pedro Nolasco e seus frades sentiram especial predileção por igrejas em que se tributava culto a Maria. Isso se dava, dentre outros motivos, ou porque lhes foram confiadas as igrejas dedicadas a Maria já existentes, ou porque a Ordem as construiu sob o patrocínio da Virgem.
O primeiro e mais notável santuário mariano da Ordem das Mercês, no séc. XIII, foi o de Santa Maria de El Puig, em Valência. Existem também outras igrejas dedicadas à Virgem: Santa Maria dels Prats (Tarragona), Santa Maria de Sarrion (Teruel), Santa Maria de Arguines (Castellón), Santa Maria de El Olivar (Estercuel), Santa Maria de Acosta (Huesca), Santa Maria de Montflorite (Huesca), Santa Maria de Perpignan (França) e Santa Maria de El Puig de Osterno ou Montetoro, Santuário Mariano da ilha de Menorca. No Brasil, existem 34 Paróquias dedicadas a Nossa Senhora das Mercês.
Marianismo mercedário
Está fora de toda dúvida que a Ordem das Mercês nasceu, cresceu e atuou em clima de amor e devoção à Virgem Maria. Sem a intervenção, presença e apoio da Celestial Rainha e Mãe, não podiam explicar-se adequadamente nem a origem da Ordem, nem o atrativo que sobre Pedro Nolasco e seus seguidores imediatos exerceram as igrejas dedicadas a Santa Maria; nem a iniciativa de consagrar e dedicar a Santa Maria a igreja da casa de Barcelona, cabeça e fundamento da Ordem, quando esta era conhecida por Casa, Hospital e Ordem de Santa Eulália.
Também não se poderia explicar nem o empenho tenaz de introduzir o santo nome de Maria no título da Ordem, depois de ter-se provado e usado vários; nem por que o hábito branco da Ordem chamou-se hábito de Santa Maria. Tampouco se explicaria como uma Ordem de poucos frades e de caráter militar; fundada por um leigo para a redenção de cativos, foi capaz de introduzir na igreja uma nova invocação mariana, a de Santa Maria das Mercês.
Prova desta forte característica mariana da Ordem, desde seus primórdios, é que todas as doações para a redenção eram feitas em nome de Maria. São numerosos os documentos existentes de doações feitas por benfeitores à Ordem para as redenções, em que se especifica a motivação mariana de tais doações. Cita-se um exemplo do que acabamos de afirmar: Ferrer de Portell e sua mulher Escalona “para glória de Deus e da Virgem Maria e o bem de suas almas”, a 25 de outubro de 1234, ofereceram seus bens a Pedro Nolasco para redenção dos cativos. Igualmente Ramón de Morella, a 3 de março de 1245, ao doar o hospital de Arguines a Pedro Nolasco, fê-lo “em honra de Nosso Senhor Jesus Cristo e da Bem-aventurada Virgem Maria, sua mãe”. O Rei Jaime II, a 15 de maio de 1300, outorgava um benefício à Ordem “por reverência à Virgem Maria”.
Se os fiéis davam essas esmolas para a honra de Maria, então isso significa que os religiosos solicitavam-nas em seu nome, coisa que não teriam podido fazer se não estivessem convencidos de uma particular intervenção de Maria na fundação da Ordem.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 24 de setembro de 2020
DIA DE SÃO GERARDO SAGREDO - 24 DE SETEMBRO
DIA DE SÃO GERARDO SAGREDO - 24 DE SETEMBRO
HOMILIA - 24.09.20
São Gerardo Sagredo
São Gerardo Sagredo é celebrado pela Igreja a 24 de setembro. Nasceu em 980, em Veneza, Itália, filho de pais ilustres. Tornou-se sacerdote beneditino e foi enviado em missão para a Corte da Hungria. Lá, foi diretor espiritual e professor do rei Estêvão I, também proclamado santo pela Igreja. Ambos trabalharam para a conversão dos húngaros ao cristianismo.
Ao assumir o bispado de Chonad, na Hungria, não cansou de combater as idolatrias aos deuses pagãos, pregando o Evangelho, consolidando a fé e recomendando o povo daquela região à intercessão de Nossa Senhora, “Onipotência Suplicante”. Com a morte do rei Estêvão, o santo passou a ser perseguido pelos opositores do cristianismo. São Gerardo foi preso e apedrejado até a morte em 24 de setembro 1046. As relíquias do santo estão guardadas em Veneza, sua terra natal, na igreja de Nossa Senhora de Murano. É festejado pela Igreja como o “Apóstolo da Hungria”.
Confira trechos da carta do papa João Paulo II à Igreja da Hungria, redigida em 1980, por ocasião do milênio do nascimento de São Gerardo Sagredo:
“Das suas biografias, a figura de São Gerardo aparece-nos em três sucessivas formas típicas de vida cristã: como monge, como apóstolo e como mártir. O monge é o homem de Deus que, em oração e trabalho, dedica completamente a vida a Deus; o apóstolo, anunciador da alegre nova salvífica do Evangelho, que educa para a santidade de vida o cristão e leva o pagão ao cristianismo; e o mártir que, como extremo testemunho do seu amor, se dá a Deus totalmente a si mesmo, a sua vida orante e a sua atividade apostólica.(…)
São Gerardo com a sua vida deu testemunho de assíduo serviço de evangelização. Não procurou anunciar as próprias ideias, mas a boa nova de Cristo. Compreendeu também que só pode nascer uma ordenada comunidade eclesial desta maneira: procurando a comunhão com Cristo e oferecendo a própria vida em serviço dos irmãos. A comunhão vivida com Cristo e com os irmãos revela o verdadeiro significado da instituição da Igreja: levar à comunhão mediante a fé num Deus que é Amor e está perto. São Gerardo dedicou as suas energias para organizar a Igreja, comunidade local recém-nascida, inserindo-lhe as raízes na comunidade universal, quer dizer, na Igreja de Cristo. Esta unidade, fonte de vida e de fé, é condição indispensável para a frutuosa evangelização; e também nós devemos amar e servir a nossa pátria terrena, a sua cultura e os seus valores, sempre amando e servindo a Deus. Tem porventura a Igreja húngara missão mais importante que seguir o espírito apostólico sobre as pisadas do exemplo e da doutrina do seu grande Apóstolo?
O martírio coroou esta vida dedicada a Deus na oração e na atividade apostólica. Os acontecimentos são conhecidos: o Bispo Gerardo, enquanto se dirige de Székesfehérvár a Buda, para receber Endre e depositar em mãos seguras a herança de Santo Estevão, isto é, o destino da jovem cristandade magiar, é morto por um grupo de pagãos revoltados. Este martírio foi o testemunho derradeiro do amor de São Gerardo à sua nova pátria, ao seu novo povo. ‘Maiorem hac dilectionem nervo habet, ut animam suam ponat quis pro amicis suis’ (Jo 15, 13). Martírio, na língua grega de que veio a palavra, significa exactamente ‘testemunho’.
Se é verdade que a tarefa do cristão de hoje é praticar a harmonia interior da oração e do trabalho, e levar a que se desenvolva o espírito apostólico dedicado aos outros, é também verdade que tudo isto terá crédito e força aos olhos dos homens só se dermos testemunho da nossa convicção com toda a nossa vida, vivida e, se necessário, oferecida pelos irmãos. Exemplo e ensinamento último de São Gerardo mártir é que nós, com a dádiva total do nosso talento, das nossas forças e do nosso esforço, testemunhemos a verdade que acreditamos e professamos. ‘Accipietis virtutem supervenientis Spiritus Sancti in vos, et eritis mihi testes’ (Act 1, 8): este é o testamento de Cristo que regressa ao Pai.
O monumento de São Gerardo, o monge, o apóstolo e o mártir, ergue-se no centro da vossa Capital, dominando o Danúbio, e, com o Crucifixo levantando no cimo, exorta-vos ainda hoje: sede testemunhas da fé em Cristo e do amor fraterno que é distintivo do Cristianismo, no meio do vosso povo.
O Espírito de Cristo vos dê a força, mediante a poderosa intercessão da Santíssima Virgem, ‘Magna Domina Hungarorum’”.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 23 de setembro de 2020
DIA DE SÃO PIO DE PIETRELCINA - 23 DE SETEMBRO
DIE DE SÃO PIO DE PIETRELCINA - 23 DE SETEMBRO
HOMILIA - 23.09.20
São Pio de Pietrelcina
Padre Pio nasceu no dia 25 de maio de 1887, em Pietrelcina, Itália. Era filho de Gracio Forgione e de Maria Josefa de Nunzio. No dia seguinte, foi batizado com o nome de Francisco, e mais tarde seria, de fato, um grande seguidor de são Francisco de Assis.
Aos doze anos, recebeu os sacramentos da primeira comunhão e do crisma. E aos dezesseis anos, entrou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, da cidadezinha de Morcone, onde vestiu o hábito dos franciscanos e tomou o nome de frei Pio. Terminado o ano de noviciado, fez a profissão dos votos simples e, em 1907, a dos votos solenes.
Depois da ordenação sacerdotal, em 1910, no Convento de Benevento, padre Pio, como era chamado, ficou doente, tendo de voltar a conviver com sua família para tratar sua enfermidade, e lá permaneceu até o ano de 1916. Quando voltou, nesse ano, foi mandado para o Convento de San Giovanni Rotondo, lugar onde viveu até a morte.
Padre Pio passou toda a sua vida contribuindo para a redenção do ser humano, cumprindo a missão de guiar espiritualmente os fiéis e celebrando a eucaristia. Para ele, sua atividade mais importante era, sem dúvida, a celebração da santa missa. Os fiéis que dela participavam sentiam a importância desse momento, percebendo a plenitude da espiritualidade de padre Pio. No campo da caridade social, esforçou-se por aliviar sofrimentos e misérias de tantas famílias, fundando a "Casa Sollievo della Sofferenza", ou melhor, a "Casa Alívio do Sofrimento" em 1956.
Para padre Pio, a fé era a essência da vida: tudo desejava e tudo fazia à luz da fé. Empenhou-se, assiduamente, na oração. Passava o dia e grande parte da noite conversando com Deus. Ele dizia: "Nos livros, procuramos Deus; na oração, encontramo-lo. A oração é a chave que abre o coração de Deus". Também aceitava a vontade misteriosa de Deus em nome de sua infindável fé. Sua máxima preocupação era crescer e fazer crescer na caridade. Por mais de cinquenta anos, acolheu muitas pessoas, que dele necessitavam. Era solicitado no confessionário, na sacristia, no convento, e em todos os lugares onde pudesse estar todos iam buscar seu conforto, e o ombro amigo, que ele nunca lhes negava, bem como seu apoio e amizade. A todos tratou com justiça, lealdade e grande respeito.
Durante muitos anos, experimentou os sofrimentos da alma, em razão de sua enfermidade e, ao longo de vários anos, suportou com serenidade as dores das suas chagas.
Quando seu serviço sacerdotal foi posto em dúvida, sendo investigado, padre Pio sofreu muito, mas aceitou tudo com profunda humildade e resignação. Diante das acusações injustificáveis e calúnias, permaneceu calado, sempre confiando no julgamento de Deus, dos seus superiores diretos e de sua própria consciência. Muito consciente dos seus compromissos, aceitava todas as ordens superiores com extrema humildade. E encarnava o espírito de pobreza com seriedade, com total desapego por si próprio, pelos bens terrenos, pelas comodidades e honrarias. Sua predileção era a virtude da castidade.
Desde a juventude, sua saúde sempre inspirou cuidados e, sobretudo nos últimos anos da sua vida, declinou rapidamente. Padre Pio faleceu no dia 23 de setembro de 1968, aos oitenta e um anos de idade. Seu funeral caracterizou-se por uma multidão de fiéis, que o consideravam santo.
Nos anos que se seguiram à sua morte, a fama de santidade e de milagres foi crescendo cada vez mais, tornando-se um fenômeno eclesial, espalhado por todo o mundo. No ano 1999, o papa João Paulo II declarou bem-aventurado o padre Pio de Pietrelcina, estabelecendo no dia 23 de setembro a data da sua festa litúrgica. Depois, o mesmo sumo pontífice proclamou-o santo, no ano 2002, mantendo a data de sua tradicional festa.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 22 de setembro de 2020
DIA DE SANTO INÁCIO DE SANTHIÁ - 22 DE SETEMBRO
DIA DE SANTO INÁCIO DE SANTHIÁ - 22 DE SETEMBRO
HOMILIA - 22.09.20
SANTO INÁCIO DE SANTHIÁ
Lourenço Maurício nasceu no dia 05 de junho de 1686, em Santhiá, na Itália. Era o quarto de seis filhos, da rica família cristã. Aos sete anos, ficou órfão de pai. Desde menino, ele cresceu na oração e amadureceu a sua vocação sacerdotal.
Em 1717, torna-se capuchinho e muda seu nome para Inácio. Desde então, foi enviado para vários Conventos, sempre obediente e honrado por poder servir os irmãos da Ordem com a sua humilde pessoa.
Em 1727, passou a residir numa paróquia e tornou-se confessor, tarefa que desempenhou nos últimos vinte e quatro anos de vida. Neste ministério, demonstrou toda sua caridade paterna, sabedoria e ciência, adquiridas nos livros e através das orações contemplativas. A todos recebia com a maior caridade, porque os pecadores eram os filhos mais doentes e necessitados de acolhida e compreensão. Passou a ser chamado de: “padre dos pecadores e dos desesperados”.
Mas em 1731 o seu bom conceito de guia experiente e sábio o levou à ocupar os cargos de mestre dos noviços. Sua intenção era formar os jovens para a vida, a mortificação, a penitência, e instruía, corrigia e encorajava com atenção e palavras amorosas, fazendo o caminho difícil se tornar ameno.
Morreu com sua fama de santidade no dia 21 de setembro de 1770, em admirável tranquilidade.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 21 de setembro de 2020
DIA DE SÃO MATEUS, APÓSTOLO E EVANGELISTA - 21 DE SETEMBRO
DIA DE SÃO MATEUS, APÓSTOLO E EVANGELISTA - 21 DE SETEMBRO
HOMILIA - 21.09.20
SÃO MATEUS, APÓSTOLO E EVANGELISTA
São Mateus foi um dos doze apóstolos de Cristo. É o autor do primeiro dos três evangelhos sinóticos. Os outros dois são de Marcos e Lucas. No Evangelho, Mateus apresenta Jesus com o título de Emanuel, que significa “Deus está conosco”.
Mateus, também chamado de Levi é filho de Alfeu conforme os Evangelhos de Marcos e Lucas (Marcos 2,14) (Lucas 5, 27). Antes de ser chamado para seguir Jesus, Mateus era um coletor de impostos do povo hebreu, durante a dominação romana, por ordem de Herodes Antipa. Ele estava alocado em Cafarnaum, uma cidade marítima no mar da Galileia, na Palestina.
Seu primeiro contato com Jesus se deu enquanto estava trabalhando: “saindo daí, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coleteria de impostos, e lhe disse”: “siga-me!” Ele se levantou e seguiu Jesus (Mateus 9, 9). “Depois, Mateus preparou, em sua casa, um grande banquete para Jesus”. “Estava aí uma numerosa multidão de cobradores de impostos e outras pessoas, sentadas à mesa com eles.” (Lucas 5, 27-28-29).
O nome de Mateus aparece sempre na relação dos 12 primeiros apóstolos de Cristo, geralmente ao lado de São Tomé. Entre as citações consta uma ordem de Jesus: “Os onze discípulos foram para a Galileia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado. Quando viram Jesus, ajoelharam-se diante dele. Ainda assim, alguns duvidaram”. Então, Jesus se aproximou e falou: “Toda a autoridade foi dada a mim no céu e sobre a terra”. “Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês”. “Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo”. (Mateus 28, 16-17-18-19-20).
Apóstolo e Evangelista, segundo a tradição, Mateus pregou pela Judeia, Etiópia e Pérsia. Fora do Evangelho, segundo Eusébio de Cesareia, em sua História da Igreja, a única referência a seu respeito é uma citação do bispo Papias de Hierápolis, do século II.
Da sua atividade após o Pentecostes, se conhece somente as páginas do seu Evangelho, primitivamente redigido em aramaico. Denominado de “Primeiro Evangelho”, logo no início, Mateus apresenta Jesus como o Mestre que veio realizar a justiça. Mateus relata a morte e a ressurreição de Jesus. Seu evangelho é organizado em “cinco livrinhos”, cada um contendo uma parte narrativa seguida de um discurso, que reúne e explica o que está contido nas narrativas.
São Mateus morreu na Etiópia, apedrejado, queimado e decapitado. Suas relíquias teriam sido transportadas para Paestum. Depois, essas relíquias foram levadas para a cidade italiana de Salerno, onde até hoje se encontram e são consideradas pelos mais crentes como verdadeiramente do santo. A Igreja Romana celebra sua festa em 21 de setembro, e a grega em 16 de novembro. Seu símbolo como Evangelista é um anjo.
A belíssima conversão de São Mateus
Mateus, coletor de impostos, apóstolo e evangelista: foge do dinheiro para um serviço de perfeita pobreza: a proclamação da mensagem cristã. O evangelho a ele atribuído nos fala mais amplamente que os outros três do uso certo do dinheiro: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os destroem, e onde os ladrões arrombam e roubam, mas ajuntai para vós tesouros nos céus”. “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”. Foi Judas, porém, e não Mateus que teve o encargo de caixa da pequena comunidade apostólica. Mateus deixa o dinheiro para seguir o Mestre, enquanto Judas o trai por trinta dinheiros.
Interessante que, quando falam do episódio do coletor de impostos chamado a seguir Jesus, os outros evangelistas, Marcos e Lucas, falam de Levi. Mateus, ao contrário, prefere denominar-se com o nome mais conhecido de Mateus e usa o apelido de publicano, que soa como usurário ou avarento, “para demonstrar aos leitores — observa São Jerônimo — que ninguém deve desesperar da salvação, se houver conversão para vida melhor”.
Mateus, o rico coletor, respondeu ao chamado do Mestre com entusiasmo. No seu evangelho ele esconde humildemente este alegre particular, mas a informação foi divulgada por Lucas: “Levi preparou ao Mestre uma grande festa na própria casa; numerosa multidão de publicanos e outra gente sentavam-se à mesa com eles”. Depois, no silêncio e com discrição, livrou-se do dinheiro, fazendo o bem. É dele de fato que nos refere a admoestação do Mestre: “Quando deres esmola, não saiba a tua esquerda o que faz a tua direita, para que a tua esmola fique em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará”.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 20 de setembro de 2020
DIA DOS SANTOS ANDRÉ KIM E PAULO CHÓNG - 20 DE SETEMBRO
DIA DOS SANTOS ANDRÉ KIM E PAULO CHÓNG - 30 DE SETEMBRO
HOMILIA - 20.09.20
Santos André Kim e Paulo Chóng
Por muito tempo, o catolicismo foi considerado, na Coreia, uma “religião perversa”. Pois suprima nos convertidos os laços com o passado e com os cultos tradicionais. A essa questão religiosa somou-se também aquela do expansionismo europeu, visto pelo Estado coreano como ameaça às instituições.
Se, por um lado, isso custou à comunidade cristã cerca de 80 anos (1801-1883) de perseguição, por outro, a exaltou com 103 mártires, entre os quais se destacam o primeiro sacerdote, André Kim e o leigo evangelizador, Paulo Chong, ambos de origem coreana.
Antes de ser executado S. André Kim escreveu aos seus fiéis: Eu vos peço: não deixeis de lado o amor fraterno, mas ajudai-vos uns aos outros, perseverando, até que o Senhor tenha piedade de vós e afaste a tribulação (cf.liturgia das horas, p.1297, v.Iv).
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 19 de setembro de 2020
DIA DE SÃO JANUÁRIO - 19 DE SETEMBRO
DIA DE SÃO JANUÁRIO - 19 DE SETEMBRO
HOMILIA - 19.09.20
São Januário (São Gennaro)
Considerado um homem bom, caridoso e zeloso com as coisas da fé, foi eleito Bispo de Benevento. Era uma época em que os inimigos do Cristianismo submetiam os cristãos a testemunharem sua fé através de terríveis torturas seguidas de morte. Segundo a tradição, Januário foi martirizado na época do Imperador Diocleciano no ano de 304.
O Bispo Januário foi preso com mais alguns membros do clero, sendo todos julgados e sentenciados à morte num espetáculo público no Circo. Sua execução era mesmo para ser um verdadeiro evento macabro, pois seriam jogados aos leões para que fossem devorados aos olhos do povo chamado para assistir. Porém, as feras tornaram-se mansas e não lhes fizeram mal. O imperador determinou então que fossem todos degolados ali mesmo.
Segundo antiquíssima tradição, alguns cristãos piedosamente recolheram em ampolas o sangue do Bispo Januário e o guardaram como a preciosa relíquia que viria a ser um dos mais misteriosos e incríveis milagres da Igreja Católica.
O sangue do mártir é guardado cuidadosamente na catedral de Nápoles. Durante a sua festa, no dia 19 de setembro, todos os anos sua imagem é exposta à imensa população de fiéis. Por várias vezes, nesta ocasião a relíquia do seu sangue se liquefaz, adquirindo de novo a aparência de recém-derramado e a coloração vermelha. Um mistério que só mesmo a fé consegue entender e explicar.
Por tudo isto, o povo de Nápoles e todos católicos devotam enorme veneração por São Januário. Até a história dessa linda cidade italiana, cravada ao pé da montanha do Vesúvio, se confunde com a devoção dedicada a ele, que os protege das pestes e das erupções do referido vulcão.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 18 de setembro de 2020
DIA DE SÃO JOSE DE CUPERTINO - 18 DE SETEMBRO
DIA DE SÃO JOSÉ DE CUPERTINO - 18 DE SETEMBRO
HOMILIA - 18.09.20
Dia de São José de Cupertino
O Dia de São José de Cupertino comemora-se a 18 de setembro.
José Desa (Guiseppe Desa) nasceu a 17 de junho de 1603, em Cupertino, Nápoles, e faleceu a 18 de setembro de 1663 em Ósimo, Ancona.
José de Cupertino, o Santo que Voava
A história de São José de Cupertino é uma das mais fantásticas entre o calendário dos santos, tendo dado origem a filmes como “The Reluctant Saint” (1962). O “santo que voava”, o “frade voador”, o “irmão voador” são alguns nomes atribuídos a São José de Cupertino.
Nascido num estábulo, como Jesus, José teve uma infância marcada pela pobreza. Já na escola teve os seus primeiros êxtases, onde ficava parado, de olhar perdido, dando-lhe os colegas o nome de “boca aberta”.
Pelo som de um sino da igreja, de uma música sacra, ou da menção do nome de Deus, Cristo ou de Maria, José entrava em êxtase e tinha visões das quais não saía mesmo com beliscões ou queimaduras. Algumas visões conseguia descrever com detalhe, doutras não conseguia ter memória.
Tentou ingressar na vida religiosa por diversas vezes, mas sem sucesso, por clara incapacidade. Com muita insistência foi admitido num convento franciscano onde ficou encarregaso de tomar conta das mulas.
Tão pouco dotado intelectualmente, José era apelidado pelos outros, e até por si mesmo, como o “irmão burro” perante os frades do Santuário de Grottella que o tinham acolhido.
Quando foi avaliado para o sacerdócio, ele foi ajudado sobrenaturalmente nas suas provas, passando com distinção. Apesar das suas limitações, ele conseguia comentar o Evangelho ao pormenor, e quando o Papa Urbano VIII o encontrou, este fez-lhe perguntas complicadas em aramaico às quais José respondeu na mesma língua com naturalidade.
São José era visto regularmente em levitação, erguido nas alturas, e do seu corpo emanava um ligeiro perfume. A ele foram atribuídos muitos milagres de cura e muitos conselhos sábios, sendo o santo procurado por multidões de doentes, teólogos e intelectuais.
A sua fama foi alvo de inveja, com acusações de poderes demoníacos, o que o levou ao Tribunal da Inquisição de Nápoles. José saiu inocente do processo, mas foi transferido para conventos isolados. Depois de muito sofrimento e de prever a própria morte, o santo faleceu com 60 anos.
Santo Padroeiro
Por toda a sua história, São José de Cupertino é o santo padroeiro dos estudantes desesperados que a ele recorrem em oração em altura apertada de exames, assim como dos alunos com alguma deficiência mental e dos alunos mais distraídos.
Ele é também o padroeiro dos passageiros, dos pilotos e dos astronautas.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 17 de setembro de 2020
DIA DE SÃO ZIGMUNT FELINSK E SÃO ROBERTO BELARMINO - 17 DE SETEMBRO
DIA DE SÃO ZYGMUNT FELINSKI - 17 DE SETEMBRO
DIA DE SÃO ROBERTO BELARMINO - 17 DE SETEMBRO
HOMILIA - 17.09.20
São Zygmunt Felinski
Nascido de uma família nobre e cristã, a 1º de novembro de 1822, em Wojutym – Polônia, era filho de Eva e Geraldo Felinski.
Educado em ambiente religioso, onde aprendeu desde a infância o verdadeiro amor a Deus, à Virgem Maria, ao próximo e à Pátria. Sua adolescência foi marcada pela dor e sofrimento. Perdeu seu pai aos onze anos e, aos dezesseis, sua mãe foi exilada para a sibéria. Estudou na Universidade de Moscou e em Paris, na sorbone, tornando-se professor de Matemática.
Lutou em defesa da Pátria, onde experimentou a dor da derrota e também sentiu profundamente a morte de seu grande amigo e companheiro de luta, o poeta Júlio Slowacki.
Após essas experiências dolorosas, refletiu sobre sua vida até aquele momento e decidiu entrar no Seminário e, em 1855, na cidade de Petersburgo – Rússia, foi ordenado sacerdote.
Em 1857, observando o sofrimento das crianças e idosos abandonados de Petersburgo, iniciou a fundação da Congregação das Irmãs da Sagrada Família.
Em 1862 foi nomeado Arcebispo de Varsóvia – Polônia, na qual desenvolveu suas atividades pastorais com coragem no serviço de Deus. Mas, por não compactuar com o governo russo e por defender os direitos do povo e da Igreja, foi preso e levado para o exílio na Sibéria – Rússia, onde permaneceu 20 anos exilado. Durante o período de exílio, viveu em profunda sintonia com Deus e exerceu suas atividades de pastor ajudando aos irmãos necessitados, sem esquecer da Congregação que fundara.
Quando regressou do exílio, fixou residência em Dzwiniaczka – Galícia, dedicando todo o seu tempo e suas forças à Igreja, à Congregação que fundara e à Nação. Zelou pela cultura do povo, organizou o ensino elementar nas Escolas e Orfanatos e dirigiu a catequese com o máximo de amor até os últimos dias de sua vida.
Faleceu na cidade de Cracóvia – Polônia, a 17 de setembro de 1895, aclamado por todos, como “Homem Santo”.
No dia 22 de agosto de 2002, na cidade de Cracóvia – Polônia, pelas palavras do Papa João Paulo II, a Igreja reconheceu a samtidade de Zygmunt Felinski, colocando-o entre os Bem Aventurados.
Foi Canonizado no dia 11 de outubro de 2009.
Ele dizia: “A fé nos ensina que somente será glorificado com Cristo aquele que admite ser crucificado com Ele na Terra”.
Antes de falecer abençoou os seus dizendo: “Abençoo-vos para o trabalho interior; para a construção do Reino de Deus em vossas almas, para levardes a cruz em espírito de penitência e em espírito de espontâneo sacrifício a exemplo de Vosso Mestre, Esposo e Senhor.” (Bênção do Fundador)
“Há pessoas semelhantes a estrelas, as quais não vemos, entretanto, aproveitamos da sua luz”. (Zygmunt Felinski)
São Zygmunt Felinski, rogai por nós!
São Roberto Belarmino
Celebramos o grande santo jesuíta, Belarmino, que nasceu em Montepulciano, no centro da Itália, em 1542. Querido pelos pais e de muitas qualidades, era irmão de cinco religiosos, dentre os doze, que enriqueciam a família dos dedicados pais.
Quando os padres da Companhia de Jesus abriram um colégio em Montepulciano, Roberto foi um dos primeiros alunos na matrícula e no desempenho. O contato com os padres fez com que o jovem mudasse sua primeira ideia de ser médico, para inclinar-se em favor da vida religiosa jesuíta.
Depois de conseguir a permissão do pai, que ao contrário da mãe, apresentava uma certa resistência frente a opção do amável filho, Belarmino com 18 anos, iniciou e concluiu de maneira brilhante sua formação religiosa e seus estudos de filosofia e teologia, tanto que antes de ser ordenado sacerdote foi enviado como professor e pregador em Lovaina, na Bélgica, onde ficou dez anos.
Teve importante papel na aplicação do Concílio de Trento, já que ajudou na formação apologética dos teólogos e pregadores responsáveis na defesa da fé. Neste sentido Roberto, muito contribuiu ao escrever sua obra de nome “Controvérsia” e o livro chamado “Catecismo”. Em sua obra “Controvérsias”, Belarmino explana os seus três grandes amores. Trata da Palavra de Deus, de Cristo cabeça da Igreja e do Sumo Pontífice.
Era também diretor espiritual do Colégio Romano, tendo sob sua responsabilidade a formação ascética dos alunos que muito o respeitavam e admiravam. O Papa Clemente VIII o elevou a cardeal com esta motivação:
“Nós o escolhemos porque não há na Igreja de Deus outro que possa equiparar-se ele em ciência e sabedoria”.
Quando ficou muito doente em setembro de 1621, os confrades foram testemunhas do último diálogo dele com Deus: “Ó meu Deus, dai à minha alma, asas de pomba, para que possa voar para junto de vós”. Morreu no dia 17 do mesmo mês, e pelos seus escritos recebeu o título de Doutor da Igreja.
São Roberto Belarmino, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 16 de setembro de 2020
DIE DE SÃO CORNÉLIO E SÃO CIPRIANO - 16 DE SETEMBRO
DIA DE SÃO CORNÉLIO E SÃO CIPRIANO - 16 DE SETEMBRO
HOMILIA - 16.09.20
São Cornélio e São Cipriano
Vítimas ilustres da perseguição de Valeriano, respectivamente em junho de 253 e em setembro de 258, são o papa Cornélio e o bispo de Cartago, Cipriano, cujas memórias aparecem em conjunto nos antigos livros litúrgicos de Roma desde a metade do século IV. Cipriano nasceu em Cartago, mais ou menos no ano 210, era ainda pagão quando ensinou filosofia e advogou. Converteu-se em 246, e três anos depois foi escolhido para o episcopado. Havia apenas tomado posse na diocese de Cartago, quando estourou a perseguição de Décio. Os cristãos deviam apresentar-se ao magistrado e requerer o libellus, isto é, um certificado que os declarasse bons e honestos cidadãos, precedendo naturalmente a simples formalidade de jogar alguns grãos de incenso no braseiro diante de um ídolo.
A essa apostasia obrigatória muitos fugiram com astúcia corrompendo os funcionários, que davam certificados mediante o mercado negro. Estes cristãos foram chamados libelados. Existiram também os que renegaram a fé e foram apelidados lapsi (= decaídos). O bispo Cipriano escolheu o caminho da clandestinidade, refugiando-se no campo. Passada a borrasca, Cipriano concedeu o perdão aos libelados, e não fechou o caminho de volta aos decaídos, que podiam ser absolvidos na hora da morte. Sua atitude moderada foi aprovada pelo papa Cornélio, com quem Cipriano tinha se aliado contra o antipapa Novaciano, escrevendo, na oportunidade, o seu tratado mais importante: A unidade da Igreja. Cornélio fora eleito papa em 251, após longo período de sede vacante, por causa da terrível perseguição de Décio. Sua eleição foi impugnada por Novaciano, que acusava o papa de ser um libelado. Cipriano, e com ele os bispos africanos, ficaram do lado de Cornélio.
O imperador Galo mandou o papa para Civitavecchia, onde Cornélio morreu. Foi sepultado nas catacumbas de Calisto. Por sua vez, Cipriano foi exilado para Capo Bom, mas quando percebeu que fora condenado à pena capital, reentrou em Cartago, porque queria dar o testemunho de amor a Cristo na presença do seu rebanho. Foi decapitado a 14 de setembro de 258. Os cristãos de Cartago haviam estendido sob sua cabeça paninhos brancos para depois guardarem, molhados no seu sangue, como preciosas relíquias. O imperador Valeriano fazendo decapitar o bispo Cipriano e o papa Estêvão, pusera fim, involuntariamente, a uma disputa surgida entre os dois sobre a validade do batismo administrado pelos hereges, contestada por Cipriano e afirmada pelo papa.
Extraído do livro: Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 15 de setembro de 2020
DIA DE NOSSA SENHORA DAS DORES - 15 DE SETEMBRO
DIA DE NOSSA SENHORA DAS DORES - 15 DE SETEMBRO
HOMILIA - 15.09.20
Nossa Senhora das Dores
Nossa Senhora das Dores ou Mater Dolorosa (Mãe Dolorosa) é um dos vários títulos que a Virgem Maria recebeu ao longo da história. Este título em particular refere-se às sete dores que Nossa Senhora sofreu ao longo de sua vida terrestre, principalmente nos momentos da Paixão de Cristo.
Orani João, Cardeal Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
Na Semana Santa uma das imagens que muitos guardam no coração é de N. Sra. das Dores. Com a influência devocional da península ibérica fomos chamados desde a infância a ter esses momentos de contemplar os vários tipos de sofrimentos durante a semana santa. Uma das imagens marcantes durante esses dias é justamente a figura de Maria, a senhora das dores.
Nossa Senhora sempre guardou e meditou tudo em seu coração, desde quando recebeu a notícia que seria mãe de Jesus, depois durante a sua vida infantil e pública e até a sua Morte na Cruz. Maria não gritou, não tentou impedir que levassem seu filho para a morte de Cruz. No caminho do Calvário, Jesus encontra com sua mãe: é claro que Maria estava com muita dor interna, estava com o coração despedaçado, mas não externava, guardava para si, pois sabia desde o início, com o anúncio do anjo que a missão de ser a Mãe do Filho de Deus não seria nada fácil.
Nossa Senhora das Dores ou Mater Dolorosa (Mãe Dolorosa) é um dos vários títulos que a Virgem Maria recebeu ao longo da história. Este título em particular refere-se às sete dores que Nossa Senhora sofreu ao longo de sua vida terrestre, principalmente nos momentos da Paixão de Cristo.
Depois observamos Maria contemplando em pé, ao lado do discípulo amado ao seu filho Jesus crucificado: ela estava ali, acompanhando os últimos momentos da vida de seu filho, em silêncio, guardando tudo em seu coração. Jesus entrega a sua mãe ao discípulo amado e o discípulo amado a sua mãe: “ Filho, aí está a sua mãe. Mulher aí está teu filho”, e partir daí o discípulo amado a acolheu consigo. Com esse gesto Jesus entrega a sua Mãe a toda humanidade, quando João a acolhe consigo e toda a humanidade que a acolhe, para ser a nossa Mãe.
Ao se encontrarem a Mãe e o Filho, um sente a dor do outro, são os olhares que se encontram e nessa troca de olhares um compreende a missão do outro. Com toda certeza veio a memória de Maria tudo aquilo que passou em sua vida desde que aceitou ser a mãe do Salvador, mas em nenhum momento ela se desespera, mas desde o início entendeu qual seria a sua missão. E nos dias de hoje ela continua intercedendo por nós lá do céu, e de lá eles também trocam olhares de amor e compaixão.
É incomensurável a dor da perda de um filho, mas devemos procurar ser sábios e entendedores da Palavra de Deus assim como Maria para compreender os planos de Deus para nossa vida.
A imagem de Nossa Senhora das Dores com espadas cravadas em seu peito, interpreta na imagem o que Maria experimenta na vida, porque expressa a o que ela sentiu ao ver o seu filho crucificado e sofrendo cruelmente por nós, foi como se uma espada atravessasse o seu peito. Maria tem um olhar puro, um olhar de amor, de carinho e através desse olhar ela nos encoraja a superarmos as situações difíceis que passamos. E nos ensina a superar as dores assim como ela superou.
Estamos passando por um momento muito difícil no mundo com a Covid 19 (corona vírus), mas dobrando os joelhos e rezando o Santo Rosário pedindo que ela olhe por nós com o amor de Mãe vamos superar esse momento difícil. Com ela podemos ter confiança na presença do Senhor em nossas vidas que dá sentido às nossas dores. Estamos unindo nossa cruz à Cruz de Cristo. Nesses dias que temos que ficar em casa, podemos rezar o terço e pedir que ela olhe por nós todos. No terço contemplamos também as dores de Nossa Senhora. Podemos acompanhar pelas mídias sociais e pelas televisões de inspiração católica a celebração da Santa Missa e outros atos litúrgicos e devocionais.
Esse título de Nossa Senhora das Dores assim como todos os outros tem um grande significado, esse nasceu da dor, do sofrimento de ver o seu filho sendo morto na Cruz, e nos ensina a lhe dar com o sofrimento, com sabedoria, meditação e oração. Entender que é necessário que passemos por aquele sofrimento para que depois venha a alegria. Que algo tem por trás daquele momento difícil e muitas vezes não conseguimos enxergar. Que ao olhar para trás depois de um tempo possamos entender que foi um momento ruim que passamos, mas depois vem a consolação.
Nossa Senhora das Dores, também conhecida como Nossa Senhora da Consolação, ou seja, ela consola as nossas lágrimas com seu amor nos momentos difíceis da nossa vida. Eela nos consola também, dando-nos a certeza da ressurreição.
Maria foi fiel a Missão dada por Jesus, após a Morte e Ressurreição de Jesus Ela acompanha os apóstolos em sua Missão e estava no cenáculo quando tiveram a experiência da presença do Espírito Santo que fez os discípulos saírem em missão para anunciar o Reino de Deus. E Ela nos ensina também a sermos fiéis na nossa missão, vivendo o nosso batismo, anunciando o Reino de Deus.
Que Nossa Senhora, a Mãe das dores seja um sinal em todas as situações difíceis de nossa vida e interceda por nós neste tempo de sofrimentos e nos inspire a fé e a coragem para que não desanimemos nas situações de “morte” e nos ajude a crescer e a encontrar a “Ressurreição”.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 14 de setembro de 2020
FESTA DA EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ - 14.09
FESTA DA EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ - 14.09
HOMILIA - 14.09.20
Festa da Exaltação da Santa Cruz
A festa em honra da Santa Cruz foi celebrada pela primeira vez em 335, por ocasião da dedicação de duas basílicas constantinianas de Jerusalém, a do Martyrium ou Ad Crucem no Gólgota, e a do Anástasis, isto é, da Ressurreição. A dedicação se realizou a 13 de dezembro. Com o termo exaltação, a festa passou também para o Ocidente, e a partir do século VII comemora-se a recuperação da preciosa relíquia pelo imperador Heráclio em 628. Da Cruz, roubada 14 anos antes pelo rei persa Cosroe Parviz, durante a conquista da cidade Santa, perderam-se definitivamente todas as pistas em 1187, quando foi tirada do bispo de Belém que a havia levado na batalha de Hattin.
A celebração atual tem um significado bem maior do que o lendário encontro pela piedosa mãe do imperador Constantino, Helena. A glorificação de Cristo passa através do suplício da Cruz e a antítese sofrimento-glorificação se torna fundamental na história da Redenção. Cristo, encarnado na sua realidade concreta humano-divina, se submete voluntariamente à humilde condição de escravo (a cruz era o tormento reservado para os escravos) e o suplício infame transformou-se em glória perene. Assim a cruz torna-se o símbolo e o compêndio da religião cristã.
A própria evangelização, efetuada pelos apóstolos é a simples apresentação de Cristo Crucificado. O cristão, aceitando esta verdade, é crucificado com Cristo, isto é, deve carregar diariamente a sua cruz, suportando injúrias e sofrimentos, como Cristo. Este, oprimido pelo peso do patíbulo (“patíbulo” é o braço transversal da cruz, que o condenado levava nas costas até o lugar do suplício onde era encaixado estavelmente com a parte vertical), foi constrangido a expor-se aos insultos do povo no caminho que levava ao Gólgata. Os sofrimentos que reproduzem no corpo místico da Igreja o estado de morte de Cristo são contributo à redenção dos homens, e garantem a participação na glória do Ressuscitado.
Esta é a razão que fez os mártires cristãos suportarem tão grandes sofrimentos: “A minha paixão está crucificada — escreve santo Inácio de Antioquia antes de sofrer o martírio — não existe mais em mim o fogo da carne. Agora começo a ser discípulo … Prefiro morrer em Cristo Jesus a reinar de uma extremidade à outra da terra. Procuro-o, ele que morreu por nós; quero-o, ele que ressuscitou por nós… Concedei-me que eu seja imitador da paixão do meu Deus”.
Extraído do livro: Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 13 de setembro de 2020
DIA DE SÃO JOÃO CRISÓSTOMO - 13 DE SETEMBRO
DIA DE SÃO JOÃO CRISÓSTOMO - 13 DE SETEMBRO
HOMILIA - 13.09.20
São João Crisóstomo
Hoje, relembramos a história de São João Crisóstomo, nascido em uma família nobre de Antioquia, Turquia, no ano de 348, era muito estudioso, tanto que após a morte de seu pai sua mãe providenciou os melhores professores possíveis para o jovem.
Desde muito cedo São João Crisóstomo apresentava uma "alma monástica", por várias vezes passando pelo silêncio do deserto, porém voltava para Antioquia devido a sua saúde frágil, mas mesmo assim conseguiu ser ordenado sacerdote.
João era conhecido por seu dom de comunicar a Palavra de Deus, abraçando a cruz do governo pastoral da diocese de Constantinopla após inúmeros pedidos do imperador.
São João Crisóstomo era conhecido por suas pregações que lutavam contra o luxo e a imoralidade da vida social, o que lhe causaram problemas com a imperatriz Eudóxia que lhe mandaria para dois exílios, sendo que o último lhe custou a vida devido a maus tratos.
No ano de 407 São João Crisóstomo adentrava aos céus deixando um testemunho de fé e trabalho, com suas últimas palavras ficando para sempre marcadas na história:"Glória seja dada a Deus e tudo!".
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 12 de setembro de 2020
DIA DE SÃO GUIDO DE ANDERLECHT - 12 DE SETEMBRO
DIA DE SÃO GUIDO DE ANDERLECHT- 12 DE SETEMBRO
HOMILIA - 12.09.20
São Guido de Anderlecht
Guido de Anderlecht viveu entre os séculos X e XI, tendo nascido em Brabante, Bélgica. Desde a infância, já demonstrava seu desapego pelos bens terrenos, tanto que, na juventude, distribuiu aos pobres tudo o que possuía e ganhava. Na ânsia de viver uma vida ascética, Guido abandonou a casa dos pais, que eram bondosos cristãos camponeses, e foi ser sacristão do vigário de Laken, perto de Bruxelas, pois assim poderia ser mais útil às pessoas carentes e também dedicar-se às orações e à penitência.
Quando ficou órfão, decidiu ser comerciante, pois teria mais recursos para auxiliar e socorrer os pobres e doentes. Mas seu navio repleto de mercadorias afundou nas águas do Sena. Então, o comerciante Guido teve a certeza de que tinha escolhido o caminho errado. De modo que se convenceu do equívoco cometido ao abandonar sua vocação religiosa para trabalhar no comércio, mesmo que sua intenção fosse apenas ajudar os mais necessitados.
Sendo assim, Guido deixou a vida de comerciante, vestiu o hábito de peregrino e pôs-se novamente no caminho da religiosidade, da peregrinação e assistência aos pobres e doentes. Percorreu durante sete anos as inseguras e longas estradas da Europa para visitar os maiores santuários da cristandade.
Depois da longa peregrinação, que incluiu a Terra Santa, Guido voltou para o seu país de origem, já fraco e cansado. Ficou hospedado na casa de um sacerdote na cidade de Anderlecht, perto de Bruxelas, de onde herdou o sobrenome. Pouco tempo depois, morreu, com fama de santidade. Foi sepultado naquela cidade e sua sepultura tornou-se um pólo de peregrinação. Assim, com o passar do tempo, foi erguida uma igreja dedicada a ele, para guardar suas relíquias.
Ao longo dos séculos, a devoção a são Guido de Anderlecht cresceu, principalmente entre os sacristãos, trabalhadores da lavoura, camponeses e cocheiros. Aliás, ele é tido como protetor das cocheiras, em especial dos cavalos. Diz a tradição que Guido não resistiu a uma infecção que lhe provocou forte desarranjo intestinal, muito comum naquela época pelos poucos recursos de saneamento e higiene das cidades. Seu nome até hoje é invocado pelos fiéis para a cura desse mal.
A sua festa litúrgica, tradicionalmente celebrada no dia 12 de setembro, traz uma carga de devoção popular muito intensa. Na cidade de Anderlecht, ela é precedida por uma procissão e finalizada com uma benção especial, concedida aos cavalos e seus cavaleiros.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 11 de setembro de 2020
DIA DE SÃO JOÃO GABRIEL PERBOYRE - 11 DE SETEMBRO
DIA DE SÃO JOÃO GABRIEL PERBOYRE - 11.09.20
HOMILIA - 11.09.20
São João Gabriel Perboyre
João Gabriel Perboyre nasceu em 5 de janeiro de 1802, em Mongesty (França), numa família de agricultores, numerosa e profundamente cristã. Era o primeiro dos oito filhos do casal, sendo educado para seguir a profissão do pai. Mas o menino era muito piedoso, demonstrando desde a infância sua vocação religiosa. Assim, aos quatorze anos, junto com dois de seus irmãos, Luís e Tiago, decidiu seguir o exemplo do seu tio Jacques Perboyre, que era sacerdote.
Ingressou na Congregação da missão fundada por São Vicente de Paulo para tornar-se um padre vicentino ou lazarista, como também são chamados os sacerdotes desta Ordem. João Gabriel recebeu a ordenação sacerdotal em 1826. Ficou alguns anos em Paris, como professor e diretor nos seminários vicentinos. Porém seu desejo era ser um missionário na China, onde os vicentinos atuavam e onde, recentemente, Padre Clet fora martirizado.
Em 1832, seu irmão, Padre Luís, foi designado para lá. Mas ele morreu em pleno mar, antes de chegar nas Missões na China. Foi assim que João Gabriel pediu para substituí-lo. Foi atendido e, três anos depois, em 1835, chegou em Macau, deixando assim registrado: “Eis-me aqui. Bendito o Senhor que me guiou e trouxe”.
Na Missão, aprendeu a disfarçar-se de chinês, porque a presença de estrangeiros era proibida por lei. Estudou o idioma e os costumes e seguiu para ser missionário nas dioceses Ho-Nan e Hou-Pé. Entretanto foi denunciado e preso na perseguição de 1839. Permaneceu um ano no cativeiro, sofrendo torturas cruéis, até ser amarrado a uma cruz e estrangulado, no dia 11 de setembro de 1840.
Beatificado em 1889, João Gabriel Perboyre foi proclamado santo pelo Papa João Paulo II em 1996. Festejado no dia de sua morte, tornou-se o primeiro missionário da China a ser declarado santo pela Igreja.
São João Gabriel Perboyre, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 10 de setembro de 2020
DIA DE SÃO NICOLAU DE TOLENTINO - 10 DE SETEMBRO
DIA DE SÃO NICOLAU DE TOLENTINO - 10.09.20
HOMILIA - 10.09.20
São Nicolau de Tolentino
O santo de hoje nasceu na Itália, em 1245, dentro de uma família muito religiosa. Seus pais, não podendo ter filhos e para conseguir do Céu a graça de que lhes chegasse algum herdeiro, fizeram uma peregrinação ao Santuário de São Nicolau de Mira na cidade de Bari. No ano seguinte, nasceu este menino. Em agradecimento ao santo que lhes tinha conseguido o presente do Céu, puseram no filho o nome Nicolau.
Com vinte anos, Nicolau ficou impressionado com a pregação de um monge eremita agostiniano. A partir disso, acolheu o desafio da vida monástica como eremita. Ordenado sacerdote, em 1270, foi visitar um convento de sua comunidade e lhe pareceu muito formoso e muito confortável, e dispôs pedir que o deixassem ali, mas, ao chegar à capela, ouviu uma voz que lhe dizia: “A Tolentino, a Tolentino, ali perseverará”. Comunicou esta notícia a seus superiores, e a essa cidade o mandaram.
Ao chegar a Tolentino, deu-se conta de que a cidade estava arruinada moralmente por uma espécie de guerra civil entre dois partidos políticos, o guelfos e os gibelinos, que se odiavam até a morte. E se propôs dedicar-se a pregar como recomenda São Paulo: “Oportuna e inoportunamente”. E aos que não iam ao templo, pregava-lhes nas ruas.
São Nicolau percorria os bairros mais pobres da cidade consolando os aflitos, levando os sacramentos aos moribundos, tratando de converter os pecadores, e levando a paz aos lares desunidos. Passava horas e horas no confessionário, absolvendo aos que se arrependiam ao escutar seus sermões.
São Nicolau de Tolentino viu em um sonho que um grande número de almas do Purgatório lhe suplicavam que oferecesse orações e missas por elas. Desde então, dedicou-se a oferecer muitas Santas Missas pelo descanso das benditas almas.
Morreu em 10 de setembro de 1305, e quarenta anos depois de sua morte foi encontrado seu corpo incorrupto.
São Nicolau de Tolentino, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 09 de setembro de 2020
DIA DE SÃO PEDRO CLAVER - 09 DE SETEMBRO
DIA DE SÃO PEDRO CLAVER - 09 DE SETEMBRO
HOMILIA - 09.09.20
São Pedro Claver
O Papa Leão XIII, ao canonizar São Pedro Claver, declarou: “Pedro Claver é o santo que mais me impressionou depois da vida de Cristo”.
Nasceu em Verdú, na Catalunha (Espanha), em 1580. Desejando os piedosos pais consagrar o filho ao serviço do altar, enviaram Pedro à Salsona para estudar os primeiros elementos da gramática. Com 15 anos, o Bispo de Salsona conferiu-lhe a primeira tonsura e, aos 21 anos, entrou na Companhia de Jesus em Barcelona. Pedro era devotíssimo da Virgem Maria e um profundo adorador de Jesus Eucarístico. Após os estudos, Pedro foi ordenado sacerdote e enviado como missionário à Cartagena, porto da Colômbia, onde viveu seu apostolado entre os escravos por mais de quarenta anos.
Em Cartagena, Pedro Claver estava diante de um dos três portos negreiros da América Espanhola, onde, a cada ano, chegavam de 12 a 14 navios carregados de escravos.
Os escravos trazidos ou “roubados” da África ficavam durante a viagem nos porões escuros do navio, que não tinham condições para abrigar seres humanos. Eram tratados com menos cuidado do que os animais selvagens, e por fim os que não morriam, eram vendidos.
Sem dúvida, o mercado dos escravos foi a página mais vergonhosa da colonização das Américas. Muitos missionários levantaram a voz contra esta desumanidade, mas sofriam perseguições e eram expulsos. O Papa proibiu repetidas vezes o comércio de escravos, mas a voz da Igreja não comovia a dureza dos comerciantes nem das autoridades.
Durante mais de quarenta anos, a vida de Pedro Claver foi servir àqueles escravos, cuidando deles, do físico ao espiritual. Claver fazia de tudo para evangelizar um por um. Por suas mãos passaram mais de trezentos mil escravos.
No dia 3 de abril de 1622, Pedro Claver acrescentou aos votos religiosos de sua profissão mais um voto: o de gastar a vida inteira ao serviço dos negros escravos. Testificando este voto, escreveu de próprio punho: “para sempre escravo dos negros”.
Vítima da caridade, acabou morrendo em 1654, com 74 anos de idade e 52 anos de vida religiosa, quando ao socorrer o Cristo excluído e chagado, pegou uma terrível peste.
Foi declarado pelo Papa Pio X especial patrono de todas as missões entre os negros.
São Pedro Claver, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 08 de setembro de 2020
DIA DA NATIVIDADE DE NOSSA SENHORA - 08 DE SETEMBRO
DIA DA NATIVIDADE DE NOSSA SENHORA - 08 DE SETEMBRO
HOMILIA - 08.09.20
Natividade de Nossa Senhora
Origens
A festa da Natividade de Nossa Senhora originou-se em Jerusalém. A primeira celebração em honra a Nossa Senhora da Natividade foi realizada no século V como festa da Basílica “Sanctae Mariae ubi nata est”, que é conhecida nos dias atuais como Basílica de Santa Ana. No século VII, o nascimento da Bem-Aventurada Virgem Maria já era celebrado pelas igrejas bizantinas e romanas. A celebração foi adicionada ao calendário tridentino como dia 8 de Setembro, data que permanece até os dias atuais.
O milagre da Natividade de Maria
Reza a tradição que Maria nasceu quando seus pais, Joaquim e Ana, já estavam idosos e estéreis, depois de passarem a vida pedindo a Deus a graça de gerar um filho. Porém, Deus tinha um plano maravilhoso para suas vidas. Este, no tempo oportuno, se cumpriu. Assim, depois de sofrerem arduamente a esterilidade sem murmurações e revoltas, eles tiveram a graça de gerar como filha já na velhice, aquela que mais tarde seria a Mãe de Jesus.
O nascimento de Maria
Joaquim e Ana moravam em Jerusalém, vizinhos da piscina de Betesda, onde hoje se encontra a Basílica de Santa Ana. O nascimento se deu num sábado, dia 8 de setembro do ano 20 a.C. A recém-nascida recebeu o nome “Miriam”, que significa "Senhora da Luz" em hebraico. O nome Maria provém da tradução de seu nome original para o latim.
Consagrada a Deus
Uma tradição antiga conta que Maria foi levada ao Templo de Jerusalém quando tinha apenas três anos, e lá permaneceu até os doze anos. À primeira vista, não ocorreu nenhum fato extraordinário relacionado ao nascimento de Maria e os Evangelhos não mencionam nada sobre a Natividade de Maria. Nada sobre profecias, nem aparições angelicais, nem outros sinais extraordinários foram contados pelos evangelistas. Porém, São João Damasceno diz que a natividade de Maria já é considerada um sinal das bênçãos especiais que recaem sobre ela, nascida de pais idosos e estéreis.
Uma crença errônea desmentida pela Igreja
Tanto no século IV quanto no século XV foi espalhada a ideia de que Maria também veio ao mundo por uma virgem, abençoada pelo Espírito Santo. Esta ideia foi logo desmentida pela Igreja Católica em 1677. A Igreja afirma categoricamente que Maria veio ao mundo de maneira natural, mas foi milagrosamente preservada do pecado original para dar à luz Jesus Cristo. Esta concepção onde não há pecado original é denominada Imaculada Conceição.
As festas da Natividade de Nossa Senhora
A festa Natividade de Maria, também conhecida como nascimento de Nossa Senhora, é celebrada pelas Igrejas Católica e Anglicana no dia 8 de setembro, nove meses depois de sua Imaculada Conceição, festejada no dia 8 de dezembro. A Natividade também é motivo de celebração pelos cristãos sírios no dia 8 de Setembro e pelos cristãos coptas em 1 Bashans (que equivale a 9 de Maio). A Festa de Theotokos, celebrada pela Igreja Ortodoxa, é uma das doze grandes festas do ano litúrgico. Para as igrejas que seguem o calendário juliano, acontece no dia 21 de Setembro; para aquelas que seguem o calendário gregoriano, ocorre no dia 8 de Setembro.
Oração a Nossa Senhora da Natividade
“Oh, Maria Santíssima, eleita e destinada ao eterno pela augustíssima Trindade para mãe do Unigênito Filho do Pai, anunciada pelos profetas, esperada pelos patriarcas e desejada por todas as gentes, sacrário e templo vivo do Espírito Santo, sol sem mancha, porque fostes concebida sem pecado original, Senhora do Céu e da Terra, Rainha dos céus e dos anjos! Nós, humildemente prostrados, vos veneramos e nos alegramos pela solene comemoração anual de vosso felicíssimo nascimento. E do mais íntimo de nosso coração, nós vos suplicamos que vos digneis, benigna, vir a nascer, espiritualmente, em nossas almas, para que, cativadas estas por vossa amabilidade e doçura, vivam sempre unidas ao vosso dulcíssimo e amabilíssimo Coração. Amém!”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 07 de setembro de 2020
DIA DE SANTA REGINA - 07 DE SETEMBRO
DIA DE SANTA REGINA - 07 DE SETEMBRO
HOMILIA - 07.09.20
Dia de Santa Regina
O Dia de Santa Regina celebra-se a 7 de setembro.
Santa Regina foi uma mártir cristã que viveu no século III na França.
Santa Regina foi criada por uma amã cristã de confiança de sua mãe, que morreu ao dar à luz a santa. Crescendo nos caminhos da fé cristã, Regina foi batizada aos 16 anos, fazendo votos de virgindade.
O pai de Regina, que era pagão, ao saber que a filha seguia o Cristianismo contra a sua vontade, colocou a filha fora de casa. Denunciada e chamada à presença do governador do império romano na Gália, Olíbrio, que se apaixonou pela beleza da jovem, Regina teve a coragem de negar os deuses pagãos e todas as promessas de amor do governador.
Presa e entregue às mãos de torturadores, a jovem sofreu muitos martírios. Diversos mistérios se verificaram junto de Regina: desde terramotos a vozes celestiais que se ouviam, ou a uma pomba branca que a tocou e a curou. A jovem acabaria por morrer decapitada, contribuindo para a conversão de muitos pagãos e entrando na história cristã como uma grande mártir, mulher e santa.
O seu culto espalhou-se pela França, Alemanha e Holanda. As suas relíquias foram transladadas por diversas igrejas. Construiu-se uma capela no local da sua sepultura, o que chamou muitos fiéis, e de seguida um mosteiro, com casas à volta. Aos poucos foi-se formando a vila de Sainte-Reine, em França, em honra da santa. Esta é representada com a palma dos mártires, com uma pomba branca, ou com outros elementos relativos ao seu martírio.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 06 de setembro de 2020
DIA DE SÃO LIBERATO DE LORO - 06 DE SETEMBRO
DIA DE SÃO LIBERATO DE LORO - 06 DE SETEMBRO
HOMILIA - 06.09.20
São Liberato de Loro
Liberato nasceu na pequena Loro Piceno, província de Macerata, na Itália. Pertencia à nobre família Brunforte, senhores de muitas terras e muito poder. Mas o jovem Liberato ouvindo o chamado de Deus e por sua grande devoção à Virgem Maria, abandonou toda a riqueza e conforto, para seguir a vida religiosa. Renunciou às terras e o título de Senhor de Loro Piceno, que havia herdado de seu tio em favor de seu irmão Gualterio, e foi viver no Convento de Rocabruna, em Urbino.
Ordenado sacerdote e desejando consagrar sua vida à penitência e às orações contemplativas se retirou ao pequeno e ermo convento de Sofiano, não distante do castelo de Brunforte. Ali vestiu o hábito da Ordem dos frades menores de São Francisco, onde sua vida de virtudes lhe valeu a fama de santidade. Em “Florzinhas de São Francisco” encontramos o seguinte relato sobre ele: “No Convento de Sofiano, o frade Liberato de Loro Piceno vivia em plena comunhão com Deus. Ele possuía um elevado dom de contemplação e durante as orações chegava a se elevar do chão. Por onde andava os pássaros o acompanhavam, pousando nos seus braços, cabeça e ombros, cantando alegremente. Amigo da solidão, raramente falava, mas quando perguntado, demonstrava a sabedoria dos anjos. Vivia alegre, entregue ao trabalho, penitência e à oração contemplativa. Os demais irmãos lhe dedicavam grande consideração. Quando atingiu a idade de quarenta e cinco anos, sua virtuosa vida chegou ao fim. Ele caiu gravemente enfermo, ficando entre a vida e a morte. Não conseguia beber nada, por outro lado, se recusava a receber tratamento com medicina terrena, confiando somente no médico celestial, Jesus Cristo, e na Sua abençoada Mãe. Ela milagrosamente o visitou e consolou, quando estava em oração se preparando para a morte. Acompanhada de três santas virgens e com uma grande multidão de anjos, se aproximou de sua cama. Ao vê-la, ele experimentou grande consolo e alegria de alma e de corpo, e lhe suplicou em nome de Jesus, que o levasse para a vida eterna, se tivesse este merecimento. Chamando-o por seu nome a Virgem Maria respondeu: “Não temas, filho, que tua oração foi ouvida, e eu vim para te confortar antes de tua partida desta vida””. Assim frei Liberato ingressou na vida eterna, numa data incerta do século XIII.
No século XV o culto à Liberto de Loro era tão vigoroso, que as terras dos Brunforte, recebeu autorização para se chamar São Liberato. Inclusive o novo convento construído por ocasião da sua morte, ao lado do antigo de Sofiano. E construíram também uma igreja para conservar as suas relíquias, atualmente Santuário de São Liberato. Porém, só no século XIX, após um complicado e atrapalhado processo de canonização, é que o seu culto foi reconhecido pelo Papa Pio IX, que lhe deu a autorização canônica de ser chamado de Santo. A festa de Santo Liberato de Loro foi mantida na data tradicional de 06 de setembro, quando suas relíquias foram solenemente transferidas para o altar maior do atual Santuário de São Liberato, na sua terra natal.
São Liberato de Loro, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 05 de setembro de 2020
DIA DE SANTA TERESA DE CALCUTÁ - 05 DE SETEMBRO
DIA DE SANTA TERESA DE CALCUTÁ - 05 DE SETEMBRO
HOMILIA - 05.09.20
Santa Teresa de Calcutá
Agnes Gonxha Bojaxhiu nasceu em 1910 em Skopje, que naquela época pertencia à Albânia, e hoje é da Macedônia. Despertou para sua vocação à vida religiosa quando era uma jovem de 18 anos e, atendendo ao chamado de Deus, forjou seu trajeto para a santidade, dedicando-se aos pobres e doentes.
Em 29 de setembro de 1928, ingressou na Casa Mãe das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, na Irlanda. Depois, foi enviada à Índia, a fim de iniciar seu noviciado. Fez sua profissão religiosa em 24 de maio de 1931, quando adotou o nome Teresa, em homenagem à carmelita francesa, Teresa de Lisieux, padroeira dos missionários.
Atuou como professora em Calcutá por 17 anos, com as filhas das famílias mais tradicionais da cidade. Até que, no dia 10 de setembro de 1946, viveu um fato marcante em sua história, o “Dia da Inspiração”. Em uma viagem de trem ao noviciado do Himalaia, deparou-se com um irmão pobre de rua que lhe disse: “Tenho sede!”. Desde então, teve a certeza de sua missão: dedicar sua vida aos mais pobres dos pobres, deixando o conforto do colégio da Congregação.
Em 1949, Madre Teresa começou a escrever as constituições das Missionárias da Caridade e, no dia 7 de outubro de 1950, a congregação foi aprovada pela Santa Sé, expandindo-se por toda a Índia e pelo mundo inteiro.
Pequena em estatura, magra e encurvada, Madre Teresa surpreendeu o mundo com o seu amor, humildade, simplicidade e entrega total pelos doentes. Com sua atuação, ensinou que a maior pobreza não estava nos subúrbios de Calcutá, mas nos países “ricos” quando falta o amor ou nas sociedades que permitem o aborto.
“Para mim, as nações que legalizaram o aborto são as nações mais pobres, têm medo de uma criança não nascida e a criança tem que morrer”, disse.
Neste sentido, estava convencida da importância do fortalecimento das famílias para alcançar um mundo de paz.
“Em todo mundo se comprova uma angústia terrível, uma espantosa fome de amor. Levemos, portanto, a oração para as nossas famílias, levemos a oração para as nossas crianças, ensinemos-lhes a rezar. Pois uma criança que ora, é uma criança feliz. Família que reza é uma família unida”, enfatizou a Santa.
Em 1979 foi homenageada com o Prêmio Nobel da Paz. Entretanto, isso não a encheu de vanglória, mas buscou levar as almas a Deus. Tal como o recordou São João Paulo II durante a beatificação de Madre Teresa em 19 de outubro de 2003.
“Satisfazer a sede que Jesus tem de amor e de almas, em união com Maria, Sua Mãe, tinha-se tornado a única finalidade da existência de Madre Teresa, e a força interior que a fazia superar-se a si mesma e ‘ir depressa’ de uma parte a outra do mundo, a fim de se comprometer pela salvação e santificação dos mais pobres”, ressaltou.
Por outro lado, em uma entrevista à revista brasileira missionária “Sem Fronteiras” (1997) perguntaram-lhe sobre a mensagem que gostaria de nos deixar e ela respondeu:
“Amem-se uns aos outros, como Jesus ama a cada um de vocês. Não tenho nada que acrescentar à mensagem que Jesus nos transmitiu. Para poder amar, é preciso ter um coração puro e é preciso rezar. O fruto da oração é o aprofundamento da fé. O fruto da fé é o amor. E o fruto do amor é o serviço ao próximo. Isso nos conduz à paz”.
Partiu para a Casa do Pai em 5 de setembro de 1997. Foi canonizada pelo Papa Francisco em 4 de setembro de 2016, dentro da celebração do Jubileu dos voluntários e operários da misericórdia.
“Se de verdade queremos que haja paz no mundo, comecemos por nos amarmos uns aos outros no seio das nossas próprias famílias”, costumava dizer Santa Teresa de Calcutá, fundadora das Missionárias da Caridade, defensora da família e dos pobres e modelo de misericórdia, cuja memória é celebrada neste dia 5 de setembro.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 04 de setembro de 2020
DIA DE SÃO MOISÉS - 04 DE SETEMBRO
DIA DE SÃO MOISÉS - 04 DE SETEMBRO
HOMILIA - 04.09.20
Dia de São Moisés
O Dia de São Moisés, o Profeta, festeja-se a 4 de setembro.
Apesar de não ter sido oficialmente canonizado, Moisés é considerado santo pela Igreja Católica, sendo um santo patriarca.
Moisés nasceu em Gósen, no Baixo Egito e morreu no monte Nebo, com 120 anos, tendo vivido algures entre 1200 e 1400 Antes da Era Comum.
Nascimento de Moisés
Como o faraó egípcio tinha mandado matar os recém-nascidos hebreus, Joquebede, a mãe de Moisés, escondeu o seu bebé numa cesta entre os juncos na beira do rio. A filha do faraó, que passeava pelas margens do rio mais as criadas, encontrou a cesta e o bebé. Tocada pela situação, decide adotar a criança. O nome Moisés significa “retirado das águas”.
Vida de Moisés
Moisés foi criado no palácio do faraó. Ao testemunhar a violência de um egípcio mestre de escravos perante um escravo hebreu, ele próprio usou a violência e acabou por matar o egípcio. Quando a notícia chegou ao faraó, este ordenou a morte de Moisés que teve de fugir. No monte Horeb, Moisés encontrou um anjo do Senhor que lhe disse para voltar ao Egito e para ordenar a libertação dos israelitas.
Após as Dez Pragas que assolaram os egípcios, Moisés liderou o Êxodo do povo israelita do Egito, pelo Mar Vermelho (que se abriu perante Moisés e o seu povo e se fechou perante os egípcios), e pelo deserto, durante 40 anos.
As tribos de Israel se instalaram no Monte Sinai, onde Moisés recebeu os Dez Mandamentos, as tábuas da Lei de Deus.
Morte de Moisés
Moisés acabaria por morrer aos 120 anos, depois de contemplar a terra de Canaã no alto do Monte Nebo. Ainda antes de morrer, Moisés, por indicação de Deus, proclamou Josué como seu sucessor, acabando por ser Josué quem consegue levar o povo israelita à Terra Prometida.
Moisés é descrito na Bíblia como «mais humilde do que todos os homens que havia sobre a face da terra”, sendo um profeta único, com o qual Deus comunicava diretamente. Terá sido sepultado por Deus num túmulo desconhecido num vale de Moabe.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 03 de setembro de 2020
DIA DE SÃO GREGÓRIO MAGNO - 03 DE SETEMBRO
DIA DE SÃO GREGÓRIO MAGNO - 03 DE SETEMBRO
HOMILIA - 03.09.20
São Gregório Magno
Hoje, celebramos a memória deste Magno (Grande) de Cristo: São Gregório I. Nascido em Roma no ano 540, numa família nobre que muito o motivou à vida pública.
Gregório (cujo nome significa “vigilante”), chegou a ser um ótimo prefeito de Roma, pois era desapegado dos próprios interesses devido a sua constante renúncia de si mesmo. Atingido pela graça de Deus, São Gregório chegou a vender tudo o que tinha para auxiliar os pobres e a Igreja.
São Bento exercia forte influência na vida de Gregório, por isso, ele, além de ajudar a construir muitos mosteiros, entrou para a vida religiosa do “Ora et Labora”.
Homem certo, no lugar certo, este foi Gregório que era alguém de senso de dever, de medida e dignidade. Além da intensa vida interior, bem percebida quando escreveu sobre o ‘ideal do pastor’:” O verdadeiro pastor das almas é puro em seu pensamento. Sabe aproximar-se de todos, com verdadeira caridade. Eleva-se acima de todos pela contemplação de Deus.”
Com a morte do Papa da época, São Gregório foi o escolhido para “sentar” na Cátedra de Pedro no ano de 590, e assim chefiar com segurança a Igreja num tempo em que o mundo romano passava para o mundo medieval.
São Gregório Magno, Papa e Doutor da Igreja que conquistou o Céu com 65 anos de idade (no ano 604), deixou marcas em todos os campos, valendo lembrar que na Liturgia há o Canto Gregoriano, o qual eleva os corações a Deus, fonte e autor de toda santidade.
São Gregório Magno, rogai por nós!
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 02 de setembro de 2020
DIA DE SANTA DOROTEIA - 02 DE SETEMBRO
DIA DE SANTA DOROTEIA - 02 DE SETEMBRO
HOMILIA - 02.09.20
Dia de Santa Doroteia
O Dia de Santa Doroteia é celebrado em 2 de setembro.
Doroteia nasceu em Cesareia da Capadócia e viveu durante o século III. A jovem órfã teve os seus pais martirizados e desde pequena se dedicou em viver na castidade, em jejum e com muitas orações.
Devido a sua grande fé, que era testemunhada constantemente pelas pessoas ao seu redor, Doroteia foi uma das primeiras a sofrer com a perseguição do governador Fabrício, que tinha ordens do imperador de exterminar a religião cristã.
Por não negar a sua fé, Doroteia foi condenada à morte e decapitada, mas antes foi capaz de converter muitas pessoas, incluindo o advogado Teófilo, que havia zombado da jovem. Esta, no entanto, mostrou para o descrente o poder dos milagres de Deus.
Oração a Santa Doroteia
“Santa Doroteia, que conservaste com cuidado o lírio da pureza, obtém a bondade do Senhor, de conservar íntegra em nosso coração a virtude da castidade, para possuir contigo a alegria do Paraíso (Glória ao Pai). Santa Doroteia, que com o exemplo e a palavra conservaste o Evangelho as tuas irmãs, concede-nos a graça de sermos mensageiros de Deus, capazes de anunciar Sua Palavra com amor aos irmãos, para conduzi-los à estrada da justiça e da santidade. Gloriosa Mártir Santa Doroteia, que do céu mandaste um cesto de frutos e flores ao teu perseguidor Teófilo, e ele, experimentando no íntimo da alma a tua bondade e a tua glória, se converteu ao cristianismo, obttém-nos a graça de vivermos fielmente o nosso batismo, anunciando à todos a fé e, levar assim, o nosso atributo para realizar na terra a paz e o amor. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Amém.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 01 de setembro de 2020
DIA DE SANTO EGÍDIO - 01 DE SETEMBRO
DIA DE SANTO EGÍDIO - 01 DE SETEMBRO
HOMILIA - 01.09.20
HISTÓRIA DE SANTO EGÍDIO
Padroeiro das pessoas portadores de deficiência, dos mendigos
Protetor contra convulsões de febre, contra o medo e contra a loucura.
Origens
Egídio era Grego, nascido em Atenas por volta do ano 650. Filho de família cristã, rica e nobre, sentiu-se chamado à vida de eremita depois que seus pais faleceram. Seu objetivo passou a ser o de viver na pobreza e dedicar-se totalmente a Deus. Por isso, distribuiu todos os seus bens entre os pobres e os doentes e passou a viver afastado da cidade, em grutas e cavernas, dedicando-se à oração, aos jejuns e sacrifícios. Em vida, ele recebeu os dons da sabedoria, da cura e dos milagres.
Primeiro milagre
Certa vez, andando pela cidade, Egídio encontrou um mendigo na porta de uma igreja. O tal mendigo estava gravemente doente e quase sem roupas. Egídio teve grande compaixão do pobre. Por isso, cobriu-o com seu próprio manto. No mesmo instante, o homem, que já estava agonizando, levantou-se, percebendo que estava completamente curado. Curas como esta se repetiram algumas vezes. Por causa deste fato, Santo Egídio é considerado o protetor dos pobres e mendigos. E, por isso, Egídio passou a ser considerado santo pela população. Por causa disso, porém, ele perdeu a privacidade e a tranquilidade. Então, ele decidiu partir para uma terra onde não fosse conhecido.
Tempestade acalmada
Sabe-se que em 683, Egídio foi para a França. A tradição diz que uma tremenda tempestade caiu sobre o navio em que ele viajava. A tempestade estava tão forte que todos tinham perdido a esperança de sobreviver. Então, Santo Egídio, em oração, elevou suas mãos aos céus. As ondas, então, acalmaram-se e tudo terminou em paz. Vida nova na França
Na França, Santo Egídio passou a viver numa caverna que ficava numa floresta perto de Nimes. A entrada dessa caverna era escondida por um grande espinheiro. Egídio viveu ali na pobreza, alimentando-se de raízes, de ervas e do leite de uma corça que se acostumou com ele. Muitos diziam que o animal tinha sido enviado por Deus.
A Providência o leva ao rei
Certa vez, o rei dos visigodos caçava perto da caverna de Santo Egídio. E aconteceu que um de seus súditos tentou flechar a corça, amiga de Santo Egídio, que se escondera atrás do espinheiro. Egídio foi tentar proteger o animal e acabou levando uma flechada na perna, o que lhe causou um ferimento grave. Quando compreendeu o que tinha acontecido, o rei quis desculpar-se de toda maneira. Por isso, passou a visitar Santo Egídio levando seus médicos até que o santo ficasse completamente curado. Santo Egídio ficou com uma deficiência na perna. Por isso, passou a ser invocado como padroeiro dos deficientes.
Os milagres voltam a acontecer
Depois deste incidente, o rei tornou-se amigo de Santo Egídio continuou a visitá-lo, pois gostava de ouvir suas sábias palavras. E aconteceu que ali, na caverna, o rei presenciou vários prodígios e passou a falar sobre eles na corte. Por isso, a fama de santidade de Egídio se espalhou por toda a região. Inúmeras pessoas passaram a procura-lo na caverna e vários se tornaram discípulos dele.
Um mosteiro e uma igreja
Ao ver o povo e os discípulos procurando Santo Egídio, o rei, construiu um mosteiro e uma igreja para que Santo Egídio pudesse atender a todos com mais comodidade. Santo Egídio foi eleito o abade e escreveu uma regra de vida baseada em sua própria experiência de oração, ascese e mística. Anos mais tarde, um povoado nasceu ao redor do Mosteiro. Este povoado transformou-se na cidade de Santo Egídio. Após a morte do santo, o mosteiro foi confiado aos beneditinos.
Morte
Santo Egídio faleceu no dia 1º de setembro do ano 720. Logo após sua morte, o povo fez de sua sepultura um ponto de peregrinação. O seu culto tornou-se vigoroso e estendeu-se por todo o mundo cristão. Santo Egídio teve sua festa confirmada pela Igreja, que o colocou na lista dos quatorze "santos auxiliadores" do povo, sendo invocado contra a convulsão da febre, contra o medo e contra a loucura.
Oração a Santo Egídio
“Deus todo-poderoso e bom, de quem tudo provém, infundi em nós a vossa graça para que, a exemplo de Santo Egídio, saibamos amar nossos irmãos de coração aberto e generoso. Nós vos louvamos e vos agradecemos, Senhor Nosso. Amém.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 31 de agosto de 2020
DIA DE SÃO RAIMUNDO NONATO - 31 DE AGOSTO
DIA DE SÃO RAIMUNDO NONATO - 31 DE AGOSTO
HOMILIA - 31.08.20
SÃO RAIMUNDO NONATO
Padroeiro dos nascituros (bebês que estão para nascer), das gestantes na hora do parto, das Parteiras e dos Obstetras.
Origens
Raimundo nasceu na cidade de Portell, na região da Catalunha, Espanha, no ano 1200. Sua família era nobre, mas não possuía grande fortuna. O nascimento de Raimundo aconteceu de maneira trágica e dolorosa: sua mãe faleceu durante o trabalho de parto, antes que Raimundo nascesse. Por esta razão Raimundo foi chamado de “Nonato”, cujo significado é “não-nascido de mãe viva”, isto é, ele foi retirado do corpo já sem vida de sua mãe.
Infância e juventude
Raimundo tinha inteligência privilegiada. Por isso, cumpriu seus estudos primários com facilidade. Já na adolescência, apresentou vocação para a vida religiosa. Quando seu pai percebeu isso, enviou para cuidar de um pedaço de terra que pertencia à família. A intenção do pai era fazer com que o filho desistisse da ideia de ser religioso. Porém, a atitude do pai levou a história para onde ele menos queria.
Vocação fortificada
Viver na fazenda, no silêncio, na solidão e em contato com a natureza, só fez fortificar ainda mais a vocação de Raimundo. Ele cuidava da fazenda. Porém, nas horas livres, dedicava-se à oração e à contemplação. Nisso, clareou-se em seu coração o chamado para dedicar-se totalmente à Ordem de Nossa Senhora das Mercês. Esta Ordem tinha sido fundada pelo futuro santo chamado Pedro Nolasco. Este, era amigo de Raimundo. A Ordem religiosa tinha uma missão muito especial no tempo de São Raimundo Nonato: libertar os cristãos que tinham sido presos e escravizados pelos muçulmanos (mouros).
Padre e libertador de escravos cristãos
Com muita dificuldade, Raimundo Nonato conseguiu que seu pai autorizasse seu ingresso na vida religiosa. Isto só aconteceu em 1224. Neste ano, ele ingressou na Ordem de Nossa Senhora das Mercês e recebeu o hábito religioso do fundador e futuro santo Pedro Nolasco. Algum tempo depois veio sua ordenação sacerdotal. Então, sua vocação missionária desabrochou e ele se dedicou a ela com todas as suas forças. Por causa disso ele foi enviado numa missão às térreas da Argélia, extremo norte da África. Lá, ele conseguiu a façanha de libertar cento e cinquenta cristãos que tinham sido feito escravos dos muçulmanos. E ele não só os libertou como conseguiu que eles fossem devolvidos às suas famílias.
Refém dos muçulmanos
Com o objetivo de libertar outros tantos cristãos da escravidão, o Pare Raimundo Nonato se ofereceu para ficar como refém entre os muçulmanos. Passou mais de ano preso sofrendo humilhações e torturas. Mesmo assim, continuou firme no seu trabalho missionário, levando a consolação do Evangelho e o conforto aos cristãos presos que vacilavam na fé e estavam perto de renunciar ao Senhor Jesus. Por causa disso, muitos cristãos permaneceram firmes e até mesmo muçulmanos se converteram ao cristianismo percebendo a força do testemunho de São Raimundo Nonato e dos cristãos que ele conseguia atingir. Por causa disso, porém, as autoridades muçulmanas mandaram que a boca de São Raimundo Nonato fosse perfurada e fechada com cadeados, a fim de que ele não falasse mais de Jesus Cristo. Porém, nem isso deu certo porque, mesmo no silêncio, o testemunho de fé, de confiança, de oração e de paz no sofrimento converteram a outros tantos.
Libertação
São Raimundo Nonato sofreu todas essas torturas por oito meses. Depois foi libertado. Porém, estava com sua saúde abalada. Voltou para a Catalunha em 1239. Por causa de sua fama de santidade e dos feitos realizados entre os muçulmanos, o papa Gregório IX nomeou-o cardeal e o chamou para que se tornasse seu conselheiro em Roma. São Raimundo Nonato tentou se preparar e se preparar e recuperar sua saúde com o intuito de mudar-se para Roma e servir ao Papa. No ano seguinte e ele partiu em viagem. Porém, não conseguiu termina-la por causa da saúde fragilizada. Estando perto de Barcelona, numa cidade chamada Cardona, São Raimundo Nonato começou a sofrer uma febre muito forte e veio a falecer. Era o dia 31 de agosto de 1240. Ele tinha, então, somente quarenta anos de idade.
Culto
São Raimundo Nonato foi velado e sepultado em Cardona. Seu túmulo foi transformado num lugar de peregrinação para os cristãos de toda a região, que reconheciam nele a santidade, a coragem e o amor cristão. No local onde ficava seu túmulo foi construída uma igreja que guarda seus restos mortais até hoje. O culto a São Raimundo Nonato espalhou-se pela Espanha inteira e pela Europa. Em 1681 ele foi canonizado. Por causa da extrema dificuldade vivida em seu nascimento, São Raimundo Nonato passou a ser venerado pelos fiéis como Padroeiro dos nascituros, isto é, dos bebês que estão para nascer, das gestantes na hora do parto, das Parteiras e dos Obstetras.
Oração a São Raimundo Nonato
“Glorioso São Raimundo, eu vos tomo por meu especial advogado perante Deus, eu vos rogo vossa proteção a fim de que me alcanceis de Deus todas as graças de que necessito, auxílio nas tentações e misericórdia na fragilidade; principalmente a graça de uma boa morte, para convosco ir gozar e louvar a Deus por todos os séculos dos séculos. Suplico-vos também que alcanceis esta graça (diz-se a graça). E se o que peço não for para a maior alegria de Deus e para o meu bem, alcançai-me o que for mais conforme a uma coisa e outra. Amém.”
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 30 de agosto de 2020
DIA DE SÃO FÉLIX E SANTO ADAUTO - 30 DE AGOSTO
DIA DE SÃO FÉLIX E SANTO ADAUTO - 30 DE AGOSTO
HOMILIA - 30.08.20
DIA DE SÃO FÉLIX E SANTO ADAUTO
Poucos são os registros encontrados sobre Félix e Adauto, que são celebrados juntos, no dia de hoje. As tradições mais antigas dos primeiros tempos do cristianismo nos narram que eles foram perseguidos, martirizados e mortos pelo imperador Diocleciano, no ano 303.
A mais conhecida diz que, Felix era um sacerdote e tinha sido condenado à morte pelo imperador. Mas quando caminhava para a execução, foi interpelado por um desconhecido. Afrontando os soldados do exército imperial, o estranho se declarou espontaneamente cristão e pediu para ser sacrificado junto com ele. Os soldados não questionaram. Logo após decapitarem Felix, com a mesma espada decapitaram o homem que tinha tido a ousadia de desafiar o decreto do imperador Diocleciano.
Nenhum dos presentes sabia dizer a identidade daquele homem. Por isto, ele foi chamado somente de Adauto, que significa “aquele que recebeu junto com Félix a coroa do martírio”. Ainda segundo estas narrativas eles foram sepultados numa cripta do cemitério de Comodila, próxima da basílica de São Paulo fora dos muros. O Papa Sirício transformou o lugar onde eles foram enterrados numa basílica.
O cemitério de Comodila e o túmulo de Felix e Adauto foram reencontrados no ano de 1720, mas vieram a ruir logo em seguida, sendo novamente esquecidos e suas ruínas abandonadas. Só em 1903 a pequena basílica foi definitivamente restaurada descobrindo-se um dos mais antigos afrescos cristãos, no qual aparece São Pedro recebendo as chaves na presença dos santos: Paulo, Estevão, Félix e Adauto.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 29 de agosto de 2020
DIA DO MARTÍRIO DE SÃO JOÃO BATISTA - 29 DE AGOSTO
DIA DO MARTÍRIO DE SÃO JOÃO BATISTA - 29 DE AGOSTO
HOMILIA - 29.08.20
A vida de São João Batista
“O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus”. Disse, então, Maria: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” Lc. 1,37-38.
Com satisfação, lembramos a santidade de São João Batista que, pela sua vida e missão, foi consagrado por Jesus como o último e maior dos profetas:” Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista. De fato , todos os profetas, bem como a lei, profetizaram até João. Se quiserdes compreender-me, ele é o Elias que deve voltar.” (Mt 11, 11- 14)
Filho de Zacarias e Isabel, João era primo de Jesus Cristo, a quem “precedeu” como um mensageiro de vida austera, segundo as regras dos nazarenos.
São João Batista, de altas virtudes e rigorosas penitências, anunciou o advento do Cristo e ao denunciar os vícios e injustiças deixou Deus conduzi-lo ao cumprimento da profecia do Anjo a seu respeito:” Pois ele será grande perante o Senhor; não beberá nem vinho, nem bebida fermentada, e será repleto do Espírito Santo desde o seio de sua mãe. Ele reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus: e ele mesmo caminhará à sua frente…” ( Lc 1, 15)
São João Batista desejava que todos estivessem prontos para acolher o Mais Forte por isso, impelido pela missão profética, denunciou o pecado do governador da Galileia: Herodes, que escandalosamente tinha raptado Herodíades – sua cunhada – e com ela vivia como esposo.
Preso por Herodes Antipas em Maqueronte, na margem oriental do Mar Morto, aconteceu que a filha de Herodíades (Salomé) encantou o rei e recebeu o direito de pedir o que desejasse, sendo assim, proporcionou o martírio do santo, pois realizou a vontade de sua vingativa mãe:”Quero que me dês imediatamente num prato, a cabeça de João, o Batista” ( Mc 6,25)
Desta forma, através do martírio, o Santo Precursor deu sua vida e recebeu em recompensa a Vida Eterna reservada àqueles que vivem com amor e fidelidade os mandamentos de Deus.
São João Batista, rogai por nós!
Martírio de São João Batista
A celebração de hoje, que na Igreja latina tem origens antigas (na França no século V, e em Roma no século VI), está vinculada à dedicação da igreja construída em Sebaste na Samaria, no suposto túmulo do Precursor de Cristo. Com o nome de paixão ou degolação a festa aparece já na data de 29 de agosto nos Sacramentários romanos, e conforme o Martirológio Romano essa data corresponderia à segunda vez que encontraram a cabeça de são João Batista, transportada para Roma. Deixando de lado estas referências históricas, temos sobre João Batista as narrações dos evangelhos, em parti-cular de Lucas, que nos fala do seu nascimento, da sua vida no deserto, da sua pregação, e de Marcos que nos refere a sua morte.
Pelo evangelho e pela tradição podemos reconstruir a vida do Precursor, cuja palavra de fogo parece na verdade com o espírito de Elias. No ano décimo quinto do imperador Tibério (27-28 a.C.), o Batista, que tinha vida austera, segundo as regras dos nazireus, iniciou sua missão, convidando o povo a preparar os caminhos do Senhor, pois era necessária uma sincera conversão para acolhê-lo, isto é, uma mudança radical das disposições do espírito. Dirigindo-se a todas as classes sociais, despertou o entusiasmo entre o povo e o mau humor entre os fariseus, a assim chamada aristocracia do espírito, cuja hipocrisia ele reprovava. A estas alturas, figura popular, negou categoricamente ser o Messias esperado, afirmando a superioridade de Jesus, que apontou aos seus seguidores por ocasião do batismo nas margens do Jordão. Sua figura parece ir se desfazendo, à medida que vai surgindo “o mais forte”, Jesus. Todavia, “o maior dentre os profetas” não cessou de fazer ouvir a sua voz onde fosse necessária para endireitar os sinuosos caminhos do mal. Reprovou publicamente o comportamento pecaminoso de Herodes Antipas e da cunhada Herodíades, mas a previsível suscetibilidade deles custou-lhe a dura prisão em Maqueronte, na margem oriental do mar Morto.
Sabemos que fim teve: por ocasião de uma festa celebrada em Maqueronte, a filha de Herodíades, Salomé, tendo dado verdadeiro show de agilidade na dança, entusiasmou a Herodes. Como prêmio pediu, por instigação da mãe, a cabeça de João Batista, fazendo assim calar o “batedor” de Jesus, a voz mais robusta dos arautos da iminente mensagem evangélica. Último profeta e primeiro apóstolo, ele deu a vida pela sua missão, e por isso é venerado na Igreja como mártir.
Extraído do livro: Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 28 de agosto de 2020
DIA DE SANTO AGOSTINHO - 28 DE AGOSTO
DIA DE SANTO AGOSTINHO - 28 DE AGOSTO
HOMILIA - 28.08.20
HISTÓRIA DE SANTO AGOSTINHO
Origens
Seu nome era Aurélio Agostinho. Nasceu em Tagaste, uma cidade do Norte da África dominada pelos romanos, na região onde hoje fica a Argélia, em 13 de novembro do ano 354. Filho primogênito, seu pai, chamado Patrício, era pagão e pequeno proprietário de terras. Sua mãe, pelo contrário, era cristã fervorosa, tanto que tornou-se santa, Santa Mônica, celebrada no dia 27 de agosto, um dia antes da festa de Santo Agostinho. Mônica sempre buscou educar o filho na fé cristã. Agostinho, porém, por causa do exemplo do pai, não se importava com a fé.
Infância
Santa Mônica queria que seu filho se tornasse cristão, mas percebia que a hora de Deus ainda não tinha chegado. Tanto que adiou seu batismo, com receio de que ele profanasse o Sacramento. Aos onze anos, Agostinho foi enviado para estudar em Madauro, perto de Tagaste. Lá, estudou literatura latina e algo que o distanciaria da fé cristã: as práticas e crenças do paganismo local e romano.
Juventude conturbada
Com dezessete anos, foi para Cartago estudar retórica. Lá, embora tenha recebido formação cristã de sua mãe, passou a seguir a doutrina maniqueísta (que enxerga o mundo apenas como bem e mau), negada veementemente pelos cristãos. Além disso, tornou-se hedonista, ou seja, seguidor da filosofia que tem o prazer como fim absoluto da vida. Dois anos depois, passou a viver com uma mulher cartaginense, com a qual teve um filho chamado Adeodato. O relacionamento dos dois durou treze anos. Durante todo esse tempo, Santa Mônica rezava pela conversão do filho.
Passando por várias doutrinas
Agostinho tornou-se um professor de retórica reconhecido. Chegou a abrir uma escola em Roma e conseguiu o posto de professor na corte imperial situada em Milão. Decepcionado com as incoerências do maniqueísmo, aproximou-se do ceticismo. Sua mãe mudou-se para Milão e exerceu certa influência sobre seu comportamento. Nesse tempo, também decepcionado com o ceticismo, Agostinho aproximou-se do bispo Ambrósio (Santo Ambrósio de Milão). A princípio, queria apenas ouvir a retórica excelente do bispo. Antes de se converter, Agostinho separou-se de sua companheira após treze anos de relacionamento e ainda envolveu-se com outras mulheres. Depois, porém, foi se convencendo da verdade sobre Jesus Cristo pelas pregações de Santo Ambrósio. Sua mãe, ao mesmo tempo, não cessava de orar por ele.
Conversão
Depois das buscas incessantes pela verdade e de vários casos amorosos, Agostinho finalmente rendeu-se à coerência da mensagem de Jesus Cristo. Encontrou em Jesus o que não encontrara em nenhuma outra filosofia, em nenhum outro mestre. Assim, ele e seu filho Adeodato, então com 15 anos, foram batizados em Milão por Santo Ambrósio, durante uma vigília Pascal. A partir de então, passou a escrever contra o maniqueísmo, que ele conhecia tão bem. Mas depois disso, escreveu obras tão importantes que o tornaram Doutor da Igreja.
Sofrimentos
Agostinho dedicava grande atenção a Adeodato formando-o na fé e nas ciências humanas. De repente, porém, seu filho veio a falecer. Foi um grande choque. Por causa disso, decidiu voltar para Tagaste. No caminho de volta, aconteceu que sua mãe também faleceu. Agostinho menciona em suas “Confissões” a maravilha e o alimento espiritual que eram os diálogos que ele tinha com sua mãe, Santa Mônica, sobre a pessoa de Jesus Cristo e a beleza da fé cristã. Esses diálogos foram decisivos para sua formação. E agora, com a morte da mãe, muita falta ele sentiu dessas conversas restauradoras.
De vilta à terra Natal
Depois de sepultar sua mãe continuou decidido sua volta para a terra natal. Ele chegou a Tagaste no ano 288. Lá, optou pela vida religiosa. Junto com alguns amigos de fé, deu início a uma comunidade monástica cujas regras foram escritas por ele mesmo. Deste embrião nasceram várias ordens e congregações religiosas masculinas e femininas, todas seguindo as regras e a inspiração “Agostiniana”.
Não se coloca uma lâmpada debaixo da mesa
O bispo de Hipona, percebendo a forte inspiração que Deus colocara na alma de Agostinho, convidou-o para ir junto nas missões e pregações. O bispo, já idoso e enfraquecido, vendo confirmada a sabedoria de Agostinho, ordenou-o como sacerdote, o que foi aceito com grande alegria pelos fiéis. E, depois, em 397, logo após a morte do bispo, o povo, em uma só voz, aclamou Santo Agostinho como bispo de Hipona. Ele ocupou o cargo durante 34 anos, derramando toda sua sabedoria nas pregações, nos livros, na caridade para com os pobres, na espiritualidade profunda. Combateu heresias, tornou-se uma dos mais importantes teólogos e filósofos da Igreja, influenciando pensadores até o presente. Foi aclamado Doutor da Igreja e um dos “Padres da Igreja” por causa de seu ministério iluminador. Entre os livros de maior destaque em suas obras, estão “Confissões” e “Cidade de Deus”, livros autobiográficos que se tornaram best-sellers ao longo de vários séculos e até hoje.
Morte
Santo Agostinho faleceu feliz pela força da Igreja de Hipona, mas, ao mesmo tempo, triste, por causa da invasão bárbara em Hipona, motivo de grandes perseguições contra os fiéis. Sua morte ocorreu em 28 de agosto do ano 430. Mais tarde, em 725, seus restos mortais foram exumados e trasladados para a cidade de Pávia, na Itália, onde são venerados na igreja de São Pedro do Céu de Ouro. A igreja fica perto do local onde ocorreu sua conversão.
Oração a Santo Agostinho
“Gloriosíssimo Pai Santo Agostinho, que por divina providência fostes chamado das trevas da gentilidade e dos caminhos do erro e da culpa a admirável luz do Evangelho e aos retíssimos caminhos da graça e da justificação para ser ante os homens vaso de predileção divina e brilhar em dias calamitosos para a Igreja, como estrela da manhã entre as trevas da noite: alcançai-nos do Deus de toda consolação e misericórdia o sermos chamados e predestinados, como Vós o fostes, a vida da graça e a graça da eterna vida, onde juntamente convosco cantemos as misericórdias do Senhor e gozemos a sorte dos eleitos pelos séculos dos séculos. Amém.”