Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 09 de dezembro de 2021

DIA DE SÃO JUAN DIEGO - 09 DE DEZEMBRO

DIA DE SÃO JUAN DIEGO - 09 DE DEZEMBRO

HOMILIA - 09.12.21

 

HISTÓRIA DE SÃO JUAN DIEGO

Origens

Juan Diego era um índio Asteca, da região da atual cidade do México. Seu nome Asteca era Cuauhtlatoatzin, cujo significado é “águia que fala”. Juan Diego é seu nome cristão. Ele nasceu no ano 1474, no bairro da colina de de Tlayacac, que ficava ao norte da Cidade do México. Juan Diego pertencia à casta mais inferior no Império Asteca. Contudo, não era escravo. Era um camponês que se dedicava, também, à manufatura de esteiras. Era casado, vivia bem com sua mulher, porém não tiveram filhos.

Encontro com a fé cristã

Juan Diego acolheu a fé cristã atraído pela postura e ensinamentos dos franciscanos que chegaram no México no ano 1524. Ele tinha, então, 50 anos, quando foi batizado, juntamente como sua esposa. No batismo, receberam os nomes cristãos de João Diego e Maria Lúcia. Juan Diego era dedicado e piedoso, homem de oração e penitências. Caminhava vinte e dois quilômetros para ouvir a Palavra de Deus, indo de sua vila até à Cidade do México.

Morte da esposa

Maria Lúcia, esposa de Juan Diego, faleceu no ano 1529, por causa de uma doença. Então, ele decidiu ir morar com um tio seu. Assim, a distância de sua nova casa até à igreja diminuiu para quatorze quilômetros. Desde então, ele passou a fazer essa caminhada todos sábados e domingos, saindo sempre antes do amanhecer, para ouvir a Palavra de Deus. Juan Diego caminhava sempre descalço e, nas manhãs mais frias, usava uma veste de tecido grosso extraído das fibras de um cacto. Tal veste, parecida com um manto, chamava-se tilma ou, também, ayate. Era uma vestimenta dos pobres, da classe social de Juan Diego.

Primeiro encontro com Nossa Senhora de Guadalupe

No dia 9 de dezembro de 1531, quando Juan Diego caminhava de madrugada para ir à igreja, cerca das três horas e trinta, estando ele entre sua vila e o monte Tepeyac, aconteceu a primeira aparição da Virgem de Guadalupe. No local conhecido hoje como "Capela do Cerrinho", Nossa Senhora apareceu e falou com Juan Diego na sua língua nativa dizendo: "Juan Dieguito", "o mais humilde de meus filhos", "meu filho caçula".

O pedido da Virgem Maria

Nossa Senhora incumbiu Juan Diego de levar um pedido dela ao bispo franciscano Dom João de Zumárraga. O pedido era para que fosse construída uma igreja naquele mesmo lugar em que a Virgem aparecera a Juan Diego. O bispo, porém, não acreditou na palavra do pobre e humilde Juan Diego. Em outra aparição, Nossa Senhora pediu que Juan Diego insistisse. Obediente, no dia seguinte, um domingo, Juan Diego voltou e falou com o bispo. O bispo, por sua vez, exigiu que Juan trouxesse provas concretas da tal aparição.

Humildade e milagre

O pobre Juan Diego voltou desanimado e evitou passar pelo local onde tinha visto a Virgem Maria, temendo ser repreendido por ela. Na terça-feira seguinte, dia 12 de dezembro, ele teve que ir à cidade novamente buscar ajuda para seu tio, que estava muito doente. E, mais uma vez, evitou passar pelo mesmo caminho, fugindo da Virgem Maria. Porém, Nossa Senhora lhe apareceu mesmo assim. Juan Diego, então, contou a ela as decepções com o bispo e disse que não queria mais fazer tal serviço. A Mãe, porém, o consolou dizendo: “Filhinho querido, não estou eu contigo? Eu, que sou tua mãe?” Ao ouvir essas palavras, Juan Diego sentiu seu coração se fortalecer novamente.

Um pedido de Maria e os milagres começam a acontecer

Nossa Senhora, pediu, então, que Juan Diego fosse colher flores no monte Tepeyac. Era inverno, não nascia flores nessa época. Apesar disso, Juan Diego obedeceu. Assim, no alto do monte, em pleno inverno, ele encontrou belas flores. Admirado, colheu, colocou-as no seu manto e foi até Nossa Senhora. A Mãe pediu para que Juan Diego levasse aquelas flores ao bispo Dom Zumarraga como prova da aparição. 

O manto milagroso

Diante do bispo, o pobre Juan Diego abriu seu manto. Nesse momento, as flores caíram e, no tecido rústico do manto, apareceu a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. Nesse mesmo instante, seu tio disse ter recebido a visita da Virgem Maria e ficou curado. São Juan Diego tinha, na ocasião, cinquenta e sete anos de idade.

De marginalizado a evangelizador

O bispo, maravilhado e arrependido, acreditou nas palavras do pobre Juan Diego e começou a tomar as providências para a construção da capela pedida por Nossa Senhora. Depois do milagre de Guadalupe, São Juan Diego passou a viver numa sala que ficava ao lado da capela onde se depositou por um tempo a sagrada imagem. Passou suas propriedades e negócios para seu tio e dedicou o resto de sua vida à propagação das aparições aos seus irmãos nativos, que passaram a se converter aos milhares. Demonstrou tão profundo amor à Eucaristia que o bispo lhe deu uma permissão especial para comungar o Corpo de Cristo três vezes na semana. Tal permissão era raríssima naquela época.

Imagem milagrosa

A imagem milagrosa de Nossa Senhora de Guadalupe já perdura mais de 450 anos sem explicação plausível. A tilma onde a imagem está não dura mais do que 20 anos. Esta, no entanto, já dura séculos. Enfrentou incêndios e até explosões, sem sofrer um dano sequer. Estudos recentes atestam que não há nenhuma tinta impressa na tilma e não se sabe como a imagem se forma. Um oftalmologista examinou os olhos de Nossa Senhora, na imagem, ampliando centenas de vezes. Na ampliação ele descobriu que os olhos da Virgem mostram o momento exato em que Juan Diego abriu o manto e a imagem apareceu. A cena aparece nos olhos da Virgem como nos olhos de um ser humano. Já existem livros e mais livros e vários estudos científicos sobre os mistérios da imagem da Virgem de Guadalupe. E a mãe de todos os Homens escolheu aquele que se julgava “as fezes do povo”, como ele mesmo repetiu várias vezes, para revelar ao mundo seu amor pela humanidade.

Morte

Juan Diego morreu de morte natural em 30 de maio de 1548. Tinha setenta e quatro anos. O papa João Paulo II celebrou sua canonização no ano 2002. Na ocasião instituiu sua a festa litúrgica para o dia 9 de dezembro. Este foi o dia da primeira aparição de Nossa Senhora de Guadalupe. O Papa elogiou a fé simples de São Juan Diego e exaltou-o como modelo de humildade para todos.

Oração a São Juan Diego

“Ditoso São Juan Diego, índio bondoso e cristão, nós te suplicamos que acompanhes a Igreja peregrina, para que seja cada dia mais evangelizadora e missionária. Encoraja os Bispos, sustenta os presbíteros, suscita novas e santas vocações, ajuda todas as pessoas que entregam a sua própria vida pela causa de Cristo e pela difusão do seu Reino. Amém. São Juan Diego, rogai por nós.”


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