Em entrevista à AFP, Dilma Rousseff tranquilizou seus críticos: “Eu não serei candidata a presidente da República.” Deixou entreabertas outras portas: “Eu não afasto a possibilidade de eu me candidatar para esse tipo de cargo: senadora, deputada, esses cargos.”
Ai, ai, ai… Por que Senado ou Câmara? Não faz sentido! Se Lula diz que sua supergerente sofreu um golpe, se o PT sustenta que Dilma na Presidência seria a condição para o Brasil ser feliz, por que aprisionar a felicidade no Legislativo? O petismo não tem o direito de sacrificar o interesse maior da nação.
Qualquer coisa diferente da candidatura presidencial de Dilma soaria como uma admissão de que algo deu errado. E Dilma, como se sabe, deu certo. Só não foi mais longe porque os golpistas não deixaram. Deem mais quatro anos para essa mulher e ela mostrará o que é sucesso. Deem mais oito anos e aí sim todos verão o que é prosperidade. Lula não pode privar o Brasil de votar de novo na perfeição.
O PT já não dispõe de João Santana, engolfado pela lama da Lava Jato. Mas a plataforma de Dilma dispensa marqueteiros. Está pronta. Basta que a candidata trombeteie o seu legado de leniência com a corrupção, ruína fiscal e desemprego. Com tantos dedos nos olhos, o eleitor ficará cego. E pode apertar a tecla de Dilma na urna eletrônica.
* * *
"
Ruy Fabiano
Há um intrigante paradoxo em torno da figura de Lula: não viaja em avião de carreira, evita locais públicos e só fala em ambientes restritos à sua militância para evitar a hostilidade pública, de que tem sido alvo desde que exposto pela Lava Jato.
Não obstante, pesquisas eleitorais, como a mais recente, da CNT, o apontam como favorito à presidência da República. Venceria todos os presidenciáveis até aqui conhecidos, de Aécio Neves a Bolsonaro, passando por Marina Silva, Serra, Ciro Gomes e Alckmin.
Ora, alguém que ostenta tal favoritismo deveria, bem ao contrário, enfrentar de peito aberto ruas, aeroportos, restaurantes, estádios de futebol (aos quais Lula, ardoroso torcedor, não comparece desde antes da Copa do Mundo), pois, no mínimo, teria a seu favor a maioria dos circunstantes.
O que se depreende disso? Ou essa maioria mora em outro país (ou planeta) ou simplesmente é fictícia. Mesmo no Nordeste, onde se concentrou, nos idos tempos, o grosso do seu eleitorado, o quadro mudou. Há um vídeo no Youtube que registra uma chegada de Lula ao aeroporto de Fortaleza, pontuada por vaias e palavrões.
Ele próprio havia prometido viajar por todo o país denunciando o “golpe” do impeachment e, ao que parece, mudou de ideia. As poucas viagens que fez foram nos termos acima mencionados: em jatinho particular, com aparições restritas a uma plateia amestrada.
Estranho favoritismo. Há quatro meses, seu partido foi fragorosamente derrotado nas eleições municipais em todo o país. Venceu apenas numa capital, Rio Branco, cujo estado é governado há duas décadas por uma mesma dinastia, a dos irmãos Viana.
Perdeu em toda parte, inclusive no berço petista do ABC paulista. Em São Bernardo, cidade onde mora há décadas – e onde iniciou sua carreira de líder sindical -, não conseguiu emplacar nem sequer um enteado para o modesto cargo de vereador.
O PT definha e vê na ressurreição do mito Lula sua última cartada. Perdido por um, perdido por mil. Prestes a prestar contas à Justiça, réu em cinco processos e sem o guarda-chuva do foro privilegiado, Lula pôs em cena a figura do perseguido político.
Prepara emocionalmente a militância – reduzida, mas ruidosa e violenta – para tornar sua iminente prisão um fator de turbulência pública. Tem a seu favor a simpatia (ou o receio) do próprio presidente Temer, a quem chama de golpista, mas não hesita em estender a mão e a apoiar nos embates dentro do Parlamento.
Em todos os seus pronunciamentos, faz-se de vítima, papel que não dispensava mesmo quando dava as cartas. Nenhuma chance é desperdiçada, nem mesmo, como se viu, o velório de sua esposa, transformado em palanque político. Para contrabalançar essa imagem de fragilidade, cuidadosamente construída, nada como ostentar pesquisas que o mostrem como amado pela população e perseguido pelas elites de sempre. A melhor defesa é o ataque.
A recente pesquisa da CNT – cujo presidente, Clésio Andrade, seu amigo, é investigado também pela Lava Jato – tem a vantagem, como as anteriores, de não precisar comprovar nada.
Não há eleições à vista, nem candidatos lançados, nem o tema está na pauta. O indicador mais recente são as eleições municipais de quatro meses atrás, cujo resultado não chancela o das pesquisas.
Mesmo assim, obtém repercussão na mídia, que a militância reverbera, nas redes sociais, na tentativa de mostrar que as denúncias – e a condição de réu em cinco processos – são inconsistentes, parte de um complô obscurantista para tirar de cena “o melhor presidente que o Brasil já teve”, nas modestas palavras do próprio Lula.
Enquanto isso, o escândalo Odebrecht, que tem o ex-presidente no centro da trama, começa a pipocar em diversos outros países da América Latina. Inclusive na sua Venezuela.
O quinteto que está na foto abaixo brilhou no noticiário dos últimos tempos.
Cuida-se aqui de um conjunto de valorosos homens públicos da República Federativa de Banânia, a líder impoluta da América Latrina e exemplo para todos os países dos cinco continentes.
É difícil escolher qual o mais probo, o mais íntegro, o mais ético, o mais honesto, o mais dedicado à causa pública e ao progresso da pátria amada.
Como estamos em tempo de carnaval, vamos fechar a postagem homenageando uma das cinco Excelências aí da foto.
Em respeito à hierarquia constitucional – e principalmente em respeito ao politicamente conscientizado eleitor banânico que os levou aos altos postos que exercem -, a homenagem vai para aquele que ocupou o maior cargo desta nossa fantástica e surrealista república.
"
"
A Polícia Federal deflagrou no início da manhã desta quinta-feira (16) uma operação, chamada de Leviatã, para cumprir mandados de busca e apreensão nas casas e escritórios de pessoas investigadas por propina na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
A Leviatã se baseia em provas coletadas na Operação Lava Jato.
Entre os alvos da operação estão o ex-senador pelo PMDB do Pará Luiz Otávio e o filho do senador Edison Lobão (PMDB-MA), Márcio Lobão.
As buscas estão relacionadas a um inquérito que corre no STF para investigar pagamento, por parte das empresas do consórcio de Belo Monte, de 1% dos valores das obras da usina ao PT e ao PMDB.
* * *
Conforme consta da notícia aí de cima, a Operação Leviatã surgiu depois de “provas coletadas na Lava Jato.“
Vou repetir: PROVAS!
E depois ainda tem neguinho fela-da-puta que quer extinguir a operação Lava Jato…
É phoda!
Agora, voltando à notícia:
Esta parelha partidária citada no último parágrafo não se desgruda nem com a porra.
PT e PMDB estão sempre juntos na guabirutagem e na mamação dos recursos públicos.
Talvez seja por isso mesmo que Lobão não perde uma única eleição e que Lula esteja brilhando nas pesquisas fajutas: o eleitorado banânico adora ladrões.
Num é mesmo, Eduardo Cunha?
Esta manchete aí de cima refere-se a um dos ratinhos do papai Lobão.
Quem quiser saber mais sobre o outro rato familiar lobaico, releia uma postagem de agosto de 2013, que saiu aqui no JBF.
Uma postagem intitulada justamente de “Filho de Lobão, lobinho é…“
* * *
Quer dizer, então, que ainda teve um, unzinho, que votou a favor de Cunhão???!!!
Pois é. Teve sim.
Foi Marco Aurélio Mello, aquele tabacudo que tem voz de pata choca.
Vamos ver como será o placar quando chegar a vez de Lula.
Nunca é demais relembrar que as propinas recebidas por Cunhão foram no tempo em que a Petrobras era administrada pelo PT.
A aliança entre guabirus pmdebistas e guabirus petralhas era, e continua sendo, muito forte e “rentável”.
A parecença entre as duas organizações criminosas é fantástica.
E os componentes dos dois bandos, tem o mesmo nível ético, moral e político.
R
Ricardo Noblat
Que não se diga depois que os coveiros da Lava Jato atuaram em segredo para enterrá-la sem que houvesse a mínima chance de impedi-los.
O segredo acabou em maio último quando foram reveladas gravações de conversas do empresário Sérgio Machado com os senadores Romero Jucá e Renan Calheiros, e o ex-presidente José Sarney.
Desde então avançaram as providências para que a Lava Jato seja velada em breve.
Na semana passada, o ministro Edson Fachin, novo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu denúncia da Procuradoria-Geral da República e abriu inquérito para investigar Machado, Jucá, Renan e Sarney por tentativa de obstrução da Justiça.
Numa das conversas, Jucá diz que é necessário “estancar a sangria” da Lava-Jato, do contrário não restará vivo um só dos atuais políticos.
Noutra, Renan fala em restringir as delações, base das acusações mais explosivas contra ele e outros investigados.
Com Sarney, Machado discute a derrubada da então presidente Dilma Rousseff e se queixa da falta de acesso ao ministro Teori Zavascki, na época, relator da Lava Jato. Sarney aconselha Machado a procurar um advogado amigo de Teori, o único com livre acesso a ele.
“Prende, mas não esculacha”, pediu Elias Maluco, traficante de drogas e um dos assassinos do jornalista Tim Lopes, ao se render à polícia em setembro de 2002, no Rio.
Ao capitão Nascimento, do filme “Tropa de Elite”, o traficante de nome Baiano, depois de preso e espancado, suplica antes de ser morto com um tiro à queima roupa: “Na cara não, chefe, para não estragar o velório”.
A Lava Jato corre o risco de ser esculachada e de levar um ou mais tiros na cara à luz do dia sem que se manifestem em seu apoio, salvo nas redes sociais, os que celebraram radiantes nas ruas a derrocada de Dilma e do PT.
Dilma caiu porque desrespeitou a Constituição ao maquiar as contas do governo e gastar além do que estava autorizada. Mas caiu também pelo “conjunto da obra”.
Ela empurrou o país para o buraco da mais grave recessão econômica de sua história. E para se eleger e se reeleger, beneficiou-se do mais gigantesco esquema de corrupção que jamais existira, responsável também pela degradação da Petrobras, e que garfou até mesmo uma fatia do salário de servidores públicos pendurados em empréstimos consignados.
Tal esquema foi desmontado em parte pela Lava Jato. Os que o usufruíam, em sua maioria continua impune. No máximo, responde a inquéritos e processos.
Essa gente, com assento privilegiado em todos os escalões da República, conspira e age sem pudor para limitar, deter ou se possível sepultar a mais bem-sucedida operação de combate à corrupção que já vimos por aqui.
O STF dará a palavra final sobre o destino das mais altas autoridades suspeitas de corrupção? Indica-se para a vaga de Teori o ministro que assumirá o papel de revisor dos feitos da Lava Jato.
Quem será o ministro? Alguém da inteira confiança dos que mais tarde serão julgados por ele. Quem aprovará seu nome no Senado? Ora, os felizes apoiadores de sua indicação.
O que fazer para aplacar a fúria investigatória da República de Curitiba? Transfere-se para outros lugares quem servia, ali, à Polícia Federal. E o que mais? Vota-se no Congresso a lei de anistia do caixa dois.
Por fim, o Congresso acaba com a delação premiada para quem estiver preso. Só valerá para quem estiver solto.
Duvidam? Pois mexam-se!
"
"
Josias de Souza
* * *
A Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante do Senado Federal, é quem vai fazer a sabatina de mentirinha com Alexandre Cabeça-de-Pica Moraes, indicado pelo prisidente Michel Abestado Temer pra ser ministro do STF.
O próprio prisidente desta tal comissão, Edison Cara-de-Buceta Lobão, é investigado em dois inquéritos.
Uma escolha da porra esta feita pelo Temer, que já havia acertado tudo com os guabirus da comissão. Aí foi só confirmar.
Lobão, que é membro da quadrilha pmdebista, foi eleito prisidente do bando, com o apoio do canalha Renan Calheiros, do coronel maranhense Zé Sarney e do líder do gunverno no Congresso, Romero Jucá.
Esta nossa infeliz Banânia num tem jeito mesmo…
Jucá, Temer e Renan: um trio autenticamente banânico e…
…Edison Cara-de-Buceta Lobão em pose especial para o JBF
A ex-presidente Dilma Rousseff foi notificada a depor em ação penal aberta pelo juiz federal Sérgio Moro, dos processos da Operação Lava Jato, em Curitiba, como testemunha de defesa do empreiteiro Marcelo Bahia Odebrecht.
O dono do Grupo Odebrecht – preso desde 19 de junho de 2015, em Curitiba – é réu no processo, acusado de pagar propina para o ex-ministro Antonio Palocci.
Novo delator da Lava Jato, Odebrecht arrolou a ex-presidente como testemunha de defesa.
Dilma terá que comparecer na sala de videoconferências da Justiça Federal, em Porto Alegre, no dia 24, para ser ouvida por Sérgio Moro – será a primeira vez que ela fala ao juiz da Lava Jato.
A oficial de Justiça Mirian Barbosa registrou em certidão, anexada nesta terça-feira, 7, no processo que conseguiu no dia de ontem notificar a ex-presidente.
Identificado nas planilhas da propina da Odebrecht como “Italiano”, uma anotação do Setor de Operações Estruturadas da empresa registra R$ 128 milhões de valores pagos ao ex-ministro – que está preso desde setembro de 2016, em Curitiba.
* * *
Nesta terça-feira ensolarada e amena, nós, os contribuintes brasileiros, merecemos ouvir uma música relaxante.
Uma linda música em louvor à amizade.
Fernando Gabeira
DURA LEX
Em toda essa história da prisão de Eike Batista, um aspecto pareceu bastante curioso. A naturalidade com que as pessoas encaram as prisões especiais para quem tem diploma de curso superior. Se a pessoa tem diploma, é destinado a algo mais civilizado. Caso contrário, vai para a prisão comum, com todas as suas misérias e a sua severidade. Já passei por várias cadeias do Rio, inclusive Água Santa, num outro contexto, o do governo militar, e essas distinções não tinham, pelo menos no nosso caso, a mínima importância.
Se tivessem, estaria perdido de todo jeito, pois não tenho diploma de curso superior, assim como milhões de brasileiros. Nesse caso, não somos também cidadãos de segunda classe? A maioria das pessoas de bem não pensa nisso porque não considera, com razão, a hipótese de ir para a cadeia. Por que então levantar essa tema? A cadeia especial para quem tem diploma é prima pobre de um dispositivo muito mais nefasto: o foro especial no Supremo para as pessoas que têm mandato político.
Mais uma vez, quem não tem mandato parlamentar ou cargo no governo pode se sentir um cidadão de segunda classe. Além de ser julgado pela Justiça de primeira instância, ele é destinado às cadeias com um nível inferior de conforto e higiene. Não tenho ânimo de levantar questões morais num domingo, sobretudo neste mundo onde tantas barbaridades são vistas como naturais. O problema é que o foro privilegiado, independentemente de o aceitarmos ou não, pode ser um insuperável obstáculo para os rumos da operação Lava-Jato.
Com a delação da Odebrecht, pelo menos 200 políticos serão implicados. Será preciso montar um esquema ampliado de investigação. Mas o que fazer com tantos projetos que chegam ao Supremo com ministros asfixiados pelo grande número de processos que já existem por lá?
Será simplesmente impossível um desfecho razoável para todos esses casos antes das eleições de 2018. A Lava-Jato corre o risco de prender empresários, recuperar o dinheiro, mas não conseguir atingir com força o braço político do esquema. Não há saída. O foro privilegiado, que expressa a tolerância dos brasileiros com um tratamento diferenciado e antidemocrático, passaria a ser o grande entrave objetivo para a renovação política.
Em síntese, não se trata mais de discutir se o tratamento diferenciado às pessoas deve ou não prosseguir num país que considera natural essas distinções aristocráticas. O foro privilegiado não se tornou apenas iníquo: é burro porque pode inviabilizar uma operação como a Lava-Jato, que é tão importante para o Brasil e ganhou um respeito internacional. O que fizemos de melhor, na presunção de que a lei vale para todos, será combatido por nossas crenças que consideram natural que ela seja aplicada de forma diferente, entre diplomados e não diplomados, titulares de mandatos ou pessoas comuns. No caso das cadeias brasileiras, a transição para a democracia penal ainda será lenta. Independentemente de terem ou não diplomas, milionários não podem ser misturados a bandidos pobres pois correm o risco de sofrer 50 sequestros por dia.
Lembro-me que na Papuda, em Brasília, havia essa preocupação específica, separando presos famosos ou ricos para que conseguissem sobreviver. Outro aspecto que parece natural aqui no Rio é raspar a cabeça dos presos, ainda que detidos em prisão preventiva. Prefiro o método da Lava-Jato em Curitiba que prende, mas permite que a pessoa mantenha sua identidade, na qual o cabelo tem um importante papel. Compreendo as reações iradas que uma posição dessas desperta. Por que se preocupar com presos que jogaram o Rio nesse buraco? Não se trata apenas deles, mas de uma filosofia, de um norte na relação entre o estado e o prisioneiro. Para mim, o problema central sempre foi o de desmontar essa gigantesco processo de corrupção, julgar e prender todos os envolvidos.
A supressão da liberdade é uma punição exemplar, desde que consigamos que as pessoas respeitem as leis dentro das cadeias. Sérgio Cabral, sua mulher, Eike Batista são presos singulares, que nadaram em dinheiro, enquanto o estado quebrava, que sentavam seus bumbuns em privadas polonesas aquecidas, enquanto a população viaja de pé e espremida nos ônibus. Eles têm um pouco de Maria Antonieta pelo desprezo aos pobres e seus martírios. Pedir à multidão que os poupe é totalmente fora de propósito, no momento. Sérgio Cabral foi o adversário mais arrogante que enfrentei em minha vida política, era um predador irresponsável, sabendo que nadava em dinheiro e que o Rio apoiava sua megalomania.
Não desejo para ele nem para os presos da Lava-Jato nenhum tipo de humilhação. Basta o cumprimento da lei. Em vez de nos alegrarmos com sua desgraça, o melhor seria canalizar a energia para as vantagens de um Brasil que conseguiu prender todos os ricos ladrões e precisa completar as aspirações da máxima que dominou o período: a lei vale, igualmente, para todos.
Citado em trechos vazados de delações da Odebrecht, o secretário-geral da Presidência, Moreira Franco, pode até ser inocente. Se o é, insiste em parecer o contrário. Sua ascensão a ministro, com direito a foro privilegiado, não só aponta para culpa confessa como complica o presidente Michel Temer, que reincide no erro de proteger os seus quando há sobre eles forte suspeição.
Temer já apanhou com as escolhas imprudentes de Henrique Eduardo Alves (Turismo), Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência), ministros envolvidos na Lava-Jato, que tiveram de abandonar seus cargos ainda durante sua interinidade.
Sofreu ainda mais com Geddel Vieira Lima, que deixou a Secretaria do Governo depois de apertar o presidente em uma saia justíssima, tendo usado o cargo em benefício próprio, no caso, um apartamento milionário em Salvador.
Com Moreira, o “angorá” na planilha do departamento de propina da Odebrecht, mais uma vez Temer escolheu colocar seu governo, e de quebra o país, em risco.
A benesse a Moreira se materializou na quinta-feira. E atropelou vitórias importantes que o presidente arrancara com as eleições das mesas do Senado e da Câmara dos Deputados. Nelas, se viram maiorias sólidas, capazes de dar respaldo, e até celeridade, às reformas de que o impopular Temer e o agonizante Brasil tanto precisam.
Ofuscou ainda a entrada de corpo e alma do PSDB no governo – que Temer pretendia triunfal – com as posses de Antônio Imbassahy na Secretaria de Governo e de Luislinda Valois, no recriado Ministério de Direitos Humanos.
Com as alterações, a Esplanada que Temer queria ver reduzida bateu em 28, entre ministros, Banco Central, Procuradoria e secretários com status de ministros. Apenas três a menos do que a presidente deposta Dilma Rousseff deixou.
A petista chegou a ter 39 auxiliares no primeiro escalão, oito a mais que seu padrinho Lula, 18 acima do tucano Fernando Henrique Cardoso.
Em 2015, quando a crise explodiu sua porta, Dilma reduziu para 31, retirando status de ministros de pastas que agora Temer repõe em nome não só de agrados a parceiros políticos, mas também do privilégio de foro.
Com atitudes assim, por mais que anuncie reformas e até vença no Congresso, rode o país e apareça em inaugurações, Temer dificilmente conseguirá construir credibilidade – quanto mais popularidade.
É fato que tem o que mostrar na área econômica. E muito.
Pela primeira vez desde maio de 2014 a inflação foi domada para dentro do teto da meta; os juros, ainda altos, baixaram por dois meses consecutivos, algo que não acontecia desde abril de 2013; a expectativa positiva nos meios produtivos aumentou.
E também na política.
Conseguiu aprovar o teto de gastos, tem chances de vencer, pelo menos parcialmente, nas reformas previdenciária e trabalhista. Com discrição e tato, colocou seus prediletos Rodrigo Maia (PMDB-RJ) e Eunício Oliveira (PMDB-CE) na presidência da Câmara e do Senado. Devido a uma fatalidade, vai indicar um ministro do Supremo, algo que jamais imaginou que poderia fazer.
Deveria saber que as sete vidas não passam de lenda. E que, por mais tinhoso que seja o bichano, não há gato que valha o risco de pôr tudo a perder.
LARÁPIOS ADMINISTRANDO O TESOURO
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, autorizou nesta quinta-feira (2) a soltura do ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores Paulo Ferreira.
Preso em junho de 2016, ele é réu no processo que apura irregularidades nas obras do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Petrobras, no Rio de Janeiro.
A denúncia cita os crimes de lavagem de dinheiro e corrupção.
* * *
O PT bateu o recorde planetário em termos de tesoureiros presos.
Um fenômeno interessantíssimo.
E tesoureiro, como sabemos, é quem cuida do tesouro.
Tô falando apenas dos tesoureiros, sem contar os outros incarnados, como o prisioneiro Zé Dirceu.
Uma curiosidade que tem tudo a ver com o bando vermêio-istrelado.
Lendo esta notícia da soltura de um criminoso petralha, me lembrei no saudoso Joelmir Betting, falecido em 2012, um dos maiores nomes do jornalismo brasileiro.
Vejam o que ele disse:
"
"
O peemedebista Moreira Franco é citado em delação premiada da empreiteira Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato e agora, como ministro, passará a ter foro privilegiado e só poderá ser investigado com autorização do Supremo Tribunal Federal.
* * *
Um febrento feito este Temer Cara-de-Tabaca tinha mesmo que ter sido vice na chapa da petêlha Vaca Peidona.
Agora, só falta o guabiru Moreira Franco imitar Ceguinho Teimoso, petista renitente, e dizer que esta perseguição em torno do seu nome é coisa dos “golpistas“,
Banânia num tem jeito mesmo.
É um caso perdido.
É ladrão que não acaba mais!!!!
Vamos ouvir música pra relaxar e aguardar o final de semana.
"
O juiz federal Sérgio Moro condenou nesta quinta-feira o marqueteiro do PT João Santana e sua mulher, Mônica Moura, pelos crimes de lavagem de dinheiro no esquema de corrupção na Petrobrás alvo da Operação Lava Jato.
Os dois foram condenados a 8 anos e 4 meses de prisão.
“Entre os nove crimes de lavagem, reconheço continuidade delitiva. Considerando a quantidade de crimes, elevo a pena do crime em 2/3, chegando ela a oito anos e quatro meses de reclusão e cento e oitenta dias multa”, escreve Moro na sentença.
* * *
O marqueteiro do PT já está justa e devidamente condenado.
Agora só falta condenar o proprietário do PT.
João Santana e seus dois marqueteados vermêios-istrelados
"
A imagem do ex-bilionário Eike Batista careca, uniformizado de preso, escoltado por policiais, sendo transferido de uma penitenciária para outra é o retrato de um Brasil em mutação. Um país ainda desanimador. Mas que já consegue expor as mazelas que comprovam uma evidência: esta é a nação onde há as mais fabulosas possibilidades de surgir um mundo inteiramente novo. Caos, matéria-prima básica dos grandes recomeços, não falta.
Eike voara para Nova York dois dias antes da decretação de sua prisão. Dispunha de dinheiro e de um passaporte alemão. Poderia tentar uma fuga. Preferiu retornar para “ajudar a passar as coisas a limpo”. Fez isso porque concluiu que já não é tão fácil ficar completamente impune depois de passar as coisas a sujo no Brasil – um país que ainda não é inteiramente outro, mas já está diferente.
"
"
CÁRMEN LÚCIA TOMOU A DECISÃO QUE A CRISE EXIGIA
Franzina e baixinha, Cármen Lúcia tomou nesta segunda-feira uma decisão à altura da crise moral que o país atravessa. Educada em colégio de freiras, formada em universidade católica, a presidente do Supremo Tribunal Federal poderia ter confiado à providência divina o futuro da Lava Jato. Mas preferiu não dar sorte ao azar. Ao homologar as 77 delações da Odebrecht, a ministra manteve o ritmo da Lava Jato. Retirou do substituto de Teori Zavascki, ainda a ser sorteado, a chance de pisar no freio.
Cármen Lúcia contrariou interesses e opiniões dentro e fora do Supremo. No Planalto e no Congresso, políticos encrencados nas investigações apostavam que a morte do relator Teori lhes proporcionaria o refrigério de um atraso de pelo menos três meses na tramitação do processo. Na Suprema Corte, parte dos ministros era contra a urgência. Alegava-se que a homologação a toque de caixa era desnecessária e até desrespeitosa com o futuro relator, posto sob suspeição antes mesmo de ser escolhido. Não restou aos contrariados senão dizer “amém” à homologação. A presidente do Supremo cercou-se de todos os cuidados técnicos.
De plantão no Supremo durante as férias dos colegas, cabe a Cármen Lúcia decidir sozinha as pendências urgentes. Ela conversou com os juízes que trabalhavam com Teori. Soube que o relator da Lava Jato havia se equipado para homologar no início de fevereiro os acordos de colaboração da Odebrecht. Só faltava ouvir os delatores, para saber se suaram o dedo espontaneamente. Convidou o procurador-geral Rodrigo Janot para uma conversa. Acertou com o chefe do Ministério Público Federal o envio de uma petição requerendo a urgência nas homologações.
Munida da requisição de Janot, Cármen Lúcia autorizou a equipe de Teori a tocar as inquirições dos delatores. O trabalho foi concluído na última sexta-feira. Simultaneamente, a ministra realizou consultas aos colegas. Avaliou que as opiniões contrárias à homologação eram minoritárias. E escorou-se no regimento do Supremo para deliberar sozinha sobre a matéria, tratando-a com a urgência que a conjuntura requer. Fez isso um dia antes do encerramento do recesso do Judiciário. As férias terminam nesta terça-feira (31). Tomou um cuidado adicional: manteve o sigilo das delações.
A preservação do segredo, recebida com alívio no Planalto e no Congresso, pode ser inócua. Logo começarão os vazamentos dos trechos que ainda não chegaram ao noticiário. Mas Cármen Lúcia livrou-se de críticas, porque manteve o formato das decisões tomadas anteriormente pelo próprio Teori. O antigo relator só levantava o sigilo dos acordos de colaboração depois que a Procuradoria da República requisitava a abertura de inquéritos na Suprema Corte.
Com o aval de Cármen Lúcia, o Ministério Público pode dar sequência às investigações, equipando-se para processar e punir os envolvidos. Parte do material será enviada para Curitiba, onde são moídos os investigados que não dispõem do foro privilegiado do Supremo. A conjuntura intimava Cármen Lúcia a agir com destemor. E a ministra preferiu não transferir a tarefa para Deus.
MANCHETE DA SEGUNDA-FEIRA – DIFERINDO DO PADRÃO
O empresário Eike Batista confirmou que vai se entregar à Justiça brasileira quando chegar ao Brasil nesta segunda-feira (30). A declaração foi dada no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York.
Ele chegou sozinho ao aeroporto por volta de 21h50 (horário de Brasília), fez check-in e, minutos depois, passou pelo controle de passaporte
O voo, programado para decolar à 0h45, deve chegar ao Brasil por volta das 10h30.
“Vou responder à Justiça como é meu dever. Está na hora de eu mostrar o que é e ajudar a passar as coisas a limpo“, disse.
Questionado, Eike afirmou que “nunca passou por sua cabeça” seguir para a Alemanha, país do qual também tem cidadania e do qual, portanto, não poderia ser extraditado para o Brasil.
Eike Batista na fila de embarque
* * *
Este cabra destoou completamente do padrão da guabirutagem banânica.
Em sendo um corruptor ativo de altíssimo calibre – o dono dos jatinhos em que Lapa de Mentiroso costumava viajar -, não era pra Eike dizer que está “à disposição da justiça” e que vai responder nos tribunais “como é meu dever“.
O normal, o habitual, o corriqueiro seria ele dizer que está sendo vítima de perseguição, que está em curso um golpe contra o estado de direito e que ele é mais honesto do que Jesus Cristo.
Essa eu num intendi.
Vôte!
Eike, o Sincero, e Lapa de Canalha, o Mentiroso, ao lado de outros potentados guabirutais
CORRUPTO APAVORADO COM A POSSÍVEL PRISÃO DO CORRUPTOR
O ex-presidente Lula tem motivo de sobra para se preocupar com o pedido de prisão de Eike Batista.
Foi no governo Lula que o grupo empresarial de Eike faturou como nunca com recursos públicos.
* * *
O corruptor ativo Eike Mauricinho Batista sempre faturou.
E muito.
Em tudo quanto é gunverno.
Mas esta notícia aí de cima resume tudo:
Ele “faturou como nunca” no gunverno de Lapa de Meliante.
“Pelamordedeus, Eikinho, se tu for cagar de coca na cadeia, num entrega o nosso padrinho não;
devemos tudo a ele e temos o dever da gratidão;
e fica tranquilo que o fubânico petista Ceguinho Teimoso vai defender nós três”
LAVA JATO DEVE EXPLICAÇÃO SOBRE VIAGEM DE EIKE
A ordem de prisão de Eike Batista consta de um despacho assinado pelo juiz federal Marcelo Bretas em 13 de janeiro de 2017. Mas só nesta quinta-feira (26), 13 dias depois da expedição do mandado judicial, os agentes federais foram à mansão do ex-bilionário, no Rio. Não o encontraram. Informou-se que decolara para Nova York dois dias antes, na noite de terça-feira
Tacio Muzzi, delegado da Polícia Federal, saiu-se com uma explicação singela: “Em relação à viagem do senhor Eike Batista, não havia prévio conhecimento. Estava-se acompanhando a movimentação dos investigados e, na madrugada de hoje (26), chegou ao conhecimento que poderia ter saído para fora do país na data do dia 24, na parte da noite.” Hummmm.
A fala do doutor contém um paradoxo que resulta num déficit de explicação. Ora, se “estava acompanhando a movimentação dos investigados”, por que a Polícia Federal não teve “prévio conhecimento” do deslocamento do investigado-mor? Por que a força policial precisou de quase duas semanas para executar a ordem que os investigadores requisitaram ao juiz?
Advogado de Eike, Fernando Teixeira Martins, que trabalhou como agente da Polícia Federal de 2004 a 2015, acompanhou a batida de busca e apreensão na mansão do seu cliente. Disse que ele deseja retornar ao Brasil “o mais rápido possível” e tem a disposição de colaborar. Pode ser. Entretanto, se não for alcançado pelo Interpol, Eike só retorna se quiser. Leva no bolso um passaporte alemão. E não lhe faltam recursos.
A exemplo da Polícia Fderal, também a Procuradoria renderia homenagens aos controibuintes se dissesse meia dúzia de palavras sobre a mobilidade de Eike. Afinal, o juiz Marcelo Bretas anotou em seu despacho: “Caberá ao MPF [Ministério Público Federal] as providências devidas à execução das medidas.” Entre elas a prisão de Eike Batista.
Polícia Federal demorou 13 dias para procurar Eike Batista em sua mansão no Rio! Por quê?
BOA DISCÍPULA
Enquanto o Brasil vive uma crise financeira sem precedentes, com demissão de trabalhadores e empresas falindo, a ex-presidente da República Dilma Rousseff passeia na Espanha divulgando a candidatura de Lula para voltar a ser presidente.
Em entrevista à Rádio Sevilla, ela falou que não disputará mais uma candidatura à presidência da República e que agora o candidato é Luiz Inácio Lula da Silva.
Não explicando que foi cassada, ela ainda mentiu aos espanhóis ao dizer: “As pessoas têm hora e vez, tudo tem hora e vez, a já foi a minha. Não serei eu, será Lula da Silva o candidato”. Adiantou ainda que continuará fazendo política.
Dilma atacou o presidente Michel Temer (PMDB), falando que o processo de impeachment no Brasil foi “traumático”.
Também sobrou para o presidente Donald Trump:
– Esses salvadores da pátria põem em risco a democracia.
* * *
Para ser uma fiel discípula de Lula, é indispensável que Dilma também saiba cagar tolôtes pela boca-furico.
Vaca Peidona é uma aluna nota 10!
Ou, melhor dizendo, uma aluna nota 13.
Em ação tão oportunista quanto mórbida, o PT prepara campanha junto à militância para atribuir o eventual falecimento da mulher de Lula ao juiz Sérgio Moro, ao PSDB e à Operação Lava Jato, nesta ordem.
Paulo Okamoto, espécie de porta-voz de Lula no Sírio Libanês, disse que a tensão da Lava Jato provocou o AVC de Marisa Letícia.
São uns malandros.
Há 14 anos ela teve um aneurisma, que era acompanhado clinicamente. Agora estourou. Aconteceria de qualquer maneira.
* * *
Chega dá nojo este tipo de comportamento dos petralhas.
Putz.
Torço pra que Dona Marisa se recupere e fique boa o mais depressa possível.
Enquanto aguardo que ela tenha alta e volte pra casa, vou ali buscar meu pinico.
Estes petralhas sempre me dão ânsias de vômito.
MANCHETE DA QUINTA-FEIRA – TÁ CHEGANDO PERTO DELE…
Polícia Federal está na casa de Eike Batista, no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, para cumprir mandado de prisão pela Operação Eficiência, segunda fase da Calicute, braço da Lava Jato.
Os policiais chegaram à casa do empresário por volta das 6h da manhã desta quinta-feira (26).
Eike é acusado de pagar propina para o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), que foi preso na mesma operação, para conseguir vantagens para seus negócios no Rio.
Contra ele também está sendo cumprido mandado de busca e apreensão.
* * *
Mais um corruptor ativo vai ver o sol nascer quadrado.
A prisão de Eike nesta quinta-feira é por conta de um ladrão do PMDB.
Em breve, o tempo de cadeia será acrescido por conta do ladrão-mor do PT.
Tá chegando cada vez mais perto de Lapa de Corrupto…
Vamos torcer pra que antes do Carnaval tenhamos a excelente notícia.
“Quando nóis dois tivé na cadeia, vô sinti saudade do teu jatinho, Eike…”
Ficou pra trás aquele tempo em que só preto, pobre e puta iam obrar de coca no boi: em tempos de Lava Jato,
até os bilionários, como estes dois aí da foto, estão tomando no olho do toba
Berto
Boa Tarde!
Segue uma ótima para o Besta Fubana:
Me chegou esta informação agora há pouco, passada por um colega que estava acompanhando o velório do Teori Zavascki.
Ele me contou que viu e ouviu o ministro Lewandowisk se aproximar da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, e perguntar:
– Presidente, posso ocupar o lugar do Teori?
Ela respondeu:
– Se você couber no caixão e fizer tudo discretamente, pode.
“Se ajeite direitinho e pode ficar no lugar de Teori”
Pedro Simon disse ao jornal Correio Braziliense que a morte de Teori Zavascki, às vésperas da homologação da delação da Odebrecht, é um indício de que Deus não é brasileiro, mas duvida de que alguém consiga frear a Lava Jato.
“Só o Lula não entende que o Brasil é outro, mas ele está enganado. O processo não é contra o PT, o PMDB, o PSDB. O mundo mudou, a sociedade mudou. O país tem democracia, liberdade, imprensa livre, promete e faz apuração. As ruas não vão deixar a Lava Jato parar.”
* * *
Tem uma tarefa mais ingrata do que fazer Lula entender alguma coisa.
É tentar fazer um seguidor de Lula entender alguma coisa.
Tentar isto é querer realizar o impossível.
"
“TENHO MEDO DE QUE TENHA MUITA COISA POR TRÁS”, DIZ IRMÃ DE TEORI
Delci Zavascki Salvadori, irmã do Ministro Teori
Teori Zavascki passou pela roça, pelo seminário, pelos campos de futebol e por três cidades do oeste de Santa Catarina até, bem mais tarde, se tornar o ministro do Supremo Tribunal Federal e relator da Lava Jato. Na sua cidade natal, a pequena Faxinal dos Guedes, com cerca de 10 mil habitantes, sua morte significou a perda do filho mais ilustre do município e deixou familiares inconformados.
“Tenho medo de que possa ter muita coisa por trás. Quero que façam uma boa investigação”, pediu a irmã Delci Zavascki Salvadori, de 70 anos. “A nossa família sempre esteve muito preocupada com o trabalho dele na Lava Jato, mas o Teori sempre nos dizia para ter calma, porque andava com muitos seguranças”, disse a dona de casa.
Delci é a única dos seis irmãos do ministro que ainda mora cidade natal da família de descendentes de poloneses. A ida ao pequeno município era obrigatório para Teori pelo menos três vezes por ano. Fiel às raízes, gostava de aproveitar as folgas com os parentes de forma simples. Churrasco no almoço, seguido de chimarrão e conversas pela tarde adentro na varanda formavam a programação favorita.
A família Zavascki manteve o endereço desde que os pais, um casal de agricultores, começaram a ter os filhos. A mãe, Pia, faleceu em junho, aos 101 anos. Ela morava em uma casa de madeira, no mesmo terreno onde Delci vive em um sobrado com o marido, o empresário Alvor Salvadori. O quintal compartilhado é espaçoso, com um amplo gramado, piscina e lago. Na tarde de anteontem, o local estava movimentado pela quantidade de visitas e os parentes estavam com pressa. Às 16h30, eles foram para Xanxerê, de onde pegariam o avião particular para ir ao funeral, em Porto Alegre.
Embora gostasse de falar com os parentes, Teori tinha um assunto vetado no bate-papo. “Ele não contava nada do trabalho. Era discreto demais. Nunca gostava de aparecer”, disse a irmã. “A gente se falava por telefone quase toda semana. O Teori sempre demonstrou estar tranquilo, nunca me pareceu inseguro sobre possíveis riscos”, relembrou, aos prantos.
A prefeitura local decretou luto oficial de três dias. A bandeira da prefeitura estava a meio mastro. Os habitantes da cidade conhecem a história de Teori como se já tivessem lido sua biografia. Até na igreja há ligação com o filho ilustre. O pároco, Ivo Pedro Oro, estudou durante seis anos no seminário com Teori.
VIDA RELIGIOSA
A convivência entre os dois começou em 1961 e foi até 1967. Nos dois anos iniciais, a dupla foi colega de estudos em Lindoia do Sul, a 58 km de Faxinal. Depois, ambos migraram para Chapecó, a maior cidade da região, a cerca de 60 km. Foram mais quatro anos juntos até Ivo decidir continuar a vida religiosa e estudar em Curitiba. Já Teori, aos 18 anos, preferiu se mudar para Porto Alegre e seguir o irmão Olyr Zavascki, que já advogava na capital gaúcha.
“O Teori era um aluno excelente. Tivemos uma grande amizade. Ele era inteligente, criativo, lia muito e escrevia muito bem nas redações”, contou Ivo, por telefone. Os dois passaram décadas sem se ver até o religioso ser transferido para Faxinal dos Guedes, há sete anos.
Nesse período, foram três encontros. Todos duraram no mínimo uma hora e meia de conversa. “Acho que ele aprendeu a ser discreto com o seminário. Estava sempre de chinelos, não queria ser chamado por senhor e vetou falar do Supremo. Ficávamos relembrando o passado, principalmente os jogos de futebol”, contou.
A vontade de seguir carreira no direito superou o sonho alimentado desde a infância em ser padre. O prédio onde funcionava o seminário em Chapecó hoje abriga uma universidade particular. Por coincidência, um dos cursos principais é Direito.
Transcrito do Diário do Poder
A IMIGRANTE - MARCELO ALCOFORADO
A partir desta sexta-feira, Donald Trump, o novo presidente dos Estados Unidos, dormirá com a incômoda sensação de haver um tertius em sua cama. Não será a beleza de Melania Trump, mas serão as promessas de campanha clamando que se querem ver realizadas.
Pela ameaça de fechar fronteiras, o mundo inteiro torce contra, mas pelo menos por uma delas, pelo menos uma das medidas anunciadas durante o período eleitoral, todos os homens sensíveis torcem fervorosamente a favor. Diga-se, a bem da verdade, que a querem ainda mais rigorosa. É aquela que trata do problema dos imigrantes ilegais. O clamor mundial é para que ela confronte não só os imigrantes ilegais, mas todos os imigrantes, legais ou não. Pode-se até fazer uma campanha “Os Estados Unidos só para os norte-americanos” mas, para começar, como justiça, para ser boa, deve começar em casa, que ele expulse do país, imediatamente, uma bela mulher chamada Melania Trump.
Ora, ela veio da Eslovênia, e não tem nenhum ancestral norte-americano, sendo, portanto, estrangeiríssima. Tem mais. Essa forasteira amputou das americanas a chance de casar com um bilionário de ideias estapafúrdias, mas mesmo assim bilionário. Não seria uma refinada estratégia de evasão de prestígio das sobrinhas do Tio Sam? E logo nos Estados Unidos, onde mulher é ficha valiosa no jogo político?
Quer saber de uma coisa? A ficha parece ter pouco peso no cacife político estadunidense, e tanto isso é plausível, que por orientação do próprio Donald Trump ela não dá entrevistas e raramente aparece, como que não querendo atrair a atenção do operoso Departamento de Imigração dos Estados Unidos.
O pior é que quando se pensa estar tudo acabado, surge mais um fato, este capaz de nos deixar de olhos arregalados. Literalmente. Ela já posou nua! Imagine você 1m80 de beleza emoldurada por cabelos louros e profundos olhos azuis, absolutamente sem roupa. Agora, só como exercício mental, imagine uma situação de conflito norte-americano com algum país. Todo o formidável aparato bélico da nação americana será subjugado sem que se dispare sequer um tiro. Bastará lançar as tais fotos sobre as tropas, e logo a beligerância dará lugar à fantasia.
Trata-se, está demonstrado, de uma mulher de alta periculosidade, diante do que o mundo inteiro roga que o presidente Donald Trump cumpra a promessa eleitoral. Não precisa, contudo, expulsar os imigrantes. Basta expulsar a imigrante. A ela, decerto não faltará apoio. Este comentarista oferece, desde já, casa, comida, roupa lavada…
Donald e Melania Trump
HUM… QUE ESTRANHA COINCIDÊNCIA…
O filho do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, que morreu nesta quinta-feira (19) num acidente aéreo, havia denunciado ameaças a sua família em maio do ano passado.
Em post nas redes sociais, Francisco Prehn Zavascki, expressou preocupação pela segurança de membros da sua família, poucos dias depois do afastamento da ex-presidente Dilma do cargo, no processo de impeachment.
Francisco Zavascki escreveu:
* * *
Sei não, sei não…
Muito estranho mesmo este “acidente”…
Como costuma dizer o fubânico petista Num-Quero-Enxergar-Nada, este povo tá enxergando jacarés embaixo da cama.
"
NOTA DE PESAR DO JUÍZO DA 13ª VARA FEDERAL DE CURITIBA
“Tive notícias do falecimento do Ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki em acidente aéreo. Estou perplexo. Minhas condolências à família. O ministro Teori Zavascki foi um grande magistrado e um herói brasileiro. Exemplo para todos os juízes, promotores e advogados deste país. Sem ele, não teria havido a Operação Lavajato. Espero que seu legado, de serenidade, seriedade e firmeza na aplicação da lei, independente dos interesses envolvidos, ainda que poderosos, não seja esquecido.”
Curitiba, 19 de janeiro de 2017
Sergio Fernando Moro
Juiz Federal
13ª Vara Federal de Curitiba
O STF deve homologar o acordo de Marcelo Odebrecht com a Lava Jato nos próximos dias.
Em seu depoimento, ele contou que usou o dinheiro roubado da Petrobras para comprar o terreno do Instituto Lula e a cobertura do ex-presidente em São Bernardo do Campo.
Esse depoimento será imediatamente anexado ao processo contra Lula.
Ainda em janeiro, portanto, a justiça terá todos os elementos para julgar o recebimento de propina e a lavagem de dinheiro por parte de Lula.
* * *
Vamos botar Polodoro pra rinchar.
Já faz tempo que o nosso querido jumento fubânico não recebe serviço.
Vamos botá-lo pra rinchar em homenagem a todos os alienados mentais que elegeram e (como se isto não bastasse!!!) reelegeram Lula.
E, mais que isso, Polodoro vai rinchar em homenagem aos alienados mentais que, até hoje, canonizam, batem palmas e carregam o andor com imagem de Lapa de Corrupto.
Carregam o andor pisando na lama fétida que sai do caudaloso esgoto alimentado pela ladroagem e pelo cinismo do maior guabiru que Banânia já teve, desde o seu descobrimento.
Os débeis mentais carregam o andor sem o menor pudor, sem o menor constrangimento, sem um pingo de vergonha no fucinho!!!!!!
Vamos lá, Polodoro, vamos prestar uma homenagem à altura destes tabacudos.
Rincha, Polodoro!
"
"
NO MESMO PINICO
Um dos principais aliados do governo Dilma Rousseff, que se posicionou contra o impeachment, o PCdoB decidiu apoiar oficialmente a candidatura de Rodrigo Maia (DEM) à presidência da Câmara.
A decisão foi tomada na terça-feira, 17, após uma reunião da bancada – formada por 12 deputados.
* * *
Não custa nada ressaltar e escrever por extenso: PCdoB é a sigla do Partido Comunista do Brasil.
Já o mauricinho bochechudo, o Rodrigo Maia, é figura de destaque e um dos cabeças do DEM, aquele partido que é representante da direita deztepaiz.
Uma união de siglas que muito enaltece e dignifica estas duas merdas banânicas: DEM e PCdoB.
É tudo tolôte do mesmo pinico.
O socialista, progressista, revolucionário e zisquerdista PCdoB não pode, de modo algum, ficar fora da ansiada e ofegante pilhagem que se faz em torno dos cargos disponíveis na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.
A colunista fubânica Jandirão que o diga.
O PAÍS DA PIADA PRONTA
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou em artigo publicado no site da legenda nesta segunda-feira, que os militantes petistas devem opinar publicamente sobre a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser novamente candidato à Presidência da República.
A expectativa é que com as manifestações públicas de apoio ao ex-presidente, Lula possa ser lançado candidato no Congresso Nacional do PT, programado para ocorrer de 7 a 9 de abril, afirmou Falcão.
* * *
Eu acho que Rui Tabacudo Falcão errou de data.
Se o lançamento será em abril – e em se tratando da candidatura de Lapa de Mentiroso -, o dia não deveria ser 7 ou 9.
Deveria ser 1º de abril!!!
Editor Berto
Taí uma boa lição extraída da internet para o brasileiro.
Abraços
* * *
DECÊNCIA. BARACK OBAMA. Oito anos no comando do país mais poderoso do mundo. No entanto, nenhum escândalo. Filhas cresceram na Casa Branca, rodeadas de farturas, mas mantiveram a humildade. A esposa do homem mais poderoso do mundo, advogada, usava vestidos de cem dólares. No entanto, a família não sai do governo milionária. Nenhum deles sai usando joias caras e raras. Não se beneficiaram de propinas. Não têm contas na Suíça. Não legislaram em causa própria e, muito menos, ousaram destruir a economia do país. Que permanece rica e poderosa.
R. Uma história exemplar que é igualzinha a outra história que eu conheço.
A história de Lula.
De Lula e de seus filhos.
Barack Obama não passa de um reles imitador.
Copiou a história de Lula ao pé da letra.
Que neguinho inxirido que só a porra!
MANCHETE DO SÁBADO – TUDO COMO DANTES
A Camargo Corrêa, uma das maiores empreiteiras do país, negocia com a Procuradoria-Geral da República uma segunda leva de delações, nos moldes do acordo feito pela Odebrecht, que deve envolver a colaboração de cerca de quarenta executivos e até acionistas e alcançar em torno de 200 políticos, inclusive expoentes do governo de Michel Temer.
A Camargo Corrêa promete até exumar o cadáver da Operação Castelo de Areia, que tinha a construtora no centro do escândalo – uma engrenagem que envolvia corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro – e que foi abortada pela Justiça. Quando isso ocorreu, porém, já se sabia que Temer aparecia 21 vezes nas planilhas, ao lado de outros figurões da República, como os ministros Gilberto Kassab (PSD) e Mendonça Filho (DEM) e os senadores Renan Calheiros (PMDB) e Romero Jucá (PMDB).
A superdelação também trará novos problemas para Antonio Palocci, principal interlocutor da empreiteira nas gestões do PT.
Se Brasília já não dormia pela expectativa da delação da Odebrecht, apelidada de “fim do mundo”, o clima vai ficar ainda mais tenso: o mundo pode acabar duas vezes.
* * *
Gostei da expressão que fecha esta notícia aí de cima: “o mundo pode acabar duas vezes“.
Dois finais de mundo é um fenômeno como só mesmo na República Federativa de Banânia seria possível acontecer.
E vejam que neste balaio estão guabirus, corruptos e ladrões de todos os partidos, de todos os lados e de todas as cores.
No pacote está incluído até mesmo o primeiro mandatário do momento, Michel Cara-de-Buceta Temer.
Esta fantástica quantidade de ratos roendo o mesmo queijo me lembrou um vídeo de determinado partido, na campanha de 2002.
Já lá se vão 15 aninhos…
MANCHETE DA SEXTA-FEIRA – ESCLARECIMENTO
Relatório da Polícia Federal aponta que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) atuava “em prévio e harmônico ajuste” com o ex-presidente da Câmara, deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para facilitar a liberação de empréstimos da Caixa Econômica Federal a empresas e, em troca, receber propina.
Geddel foi alvo de operação nesta sexta-feira (13), deflagrada para apurar um esquema de fraudes na liberação de créditos junto à Caixa entre 2011 e 2013. Ele foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa no período investigado pela PF.
Além da liberação de créditos da Caixa, as investigações apontam que os dois peemedebistas forneciam informações privilegiadas às empresas e aos outros integrantes do que o Ministério Público Federal chama de “quadrilha”.
“Consta dos autos que, valendo-se do cargo de Vice-Presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira Lima agia internamente, em prévio e harmônico ajuste com Eduardo Cunha e outros, para beneficiar empresas com liberações de créditos dentro de sua área de alçada e fornecia informações privilegiadas para que, com isso, pudessem obter vantagens indevidas junto às empresas beneficiárias dos créditos liberados pela instituição financeira“, diz o documento.
* * *
Se as fraudes aconteceram entre 2011 e 2013, não custa nada esclarecer aos bem informados leitores fubânicos que esta guabirutagem aconteceu nos gunvernos tucanos.
É só vocês conferirem as datas de vigência dos gunvernos nos últimos anos.
Esta putaria na Caixa Econômica Federal – banco estatal e de propriedade dos contribuintes brasileiros -, foi levada a efeito na administração de FHC.
Geddel e Cunhão, dois corruptos pmdebistas que roubavam com permissão dos tucanos
MANCHETE DA QUINTA - UM TRIO DO CARALHO
A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais tempo para investigar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo por obstrução da Justiça nas investigações da Operação Lava Jato.
O pedido foi apresentado nesta terça-feira (10) pela PF e encaminhado ao relator do inquérito, ministro Teori Zavascki, responsável na Corte pelos casos do esquema de corrupção que atuava na Petrobras.
* * *
Palmas e louvores para a nossa brava Polícia Federal, a mais republicana das instituições nesta fase que atravessamos.
O mais lindo desta manchete aí de cima é a foto ilustrativa.
Um trio de meliantes de grosso calibre de altíssima periculosidade.
Um trio como só mesmo em Banânia seria capaz de aparecer e gunvernar (Argh!!!)
Felizmente, para o bem da nação, já foram todos banidos do mapa.
E o Chefão, o Bandido-Mor, para deleite da banda decente deztepaiz, vai obrar de coca no boi de Curitiba em breve futuro.
"
INCANSÁVEIS MAMADORES
Parece que finalmente caiu a ficha: o Palácio do Planalto “desconfia”, aliás tardiamente, que o governo Michel Temer tem sido sabotado pelos petistas que continuam exercendo cargos de confiança na administração federal.
Havia a suspeita, mas a certeza certamente começa a se consolidar depois do vazamento de todas as senhas que permitem publicar fotos e informações em redes sociais do Planalto.
Políticos que apoiam o presidente Michel Temer estão cansados de advertir sobre riscos da permanência de petistas no governo.
Quando é confrontado sobre o excesso de petistas no governo, Michel Temer sempre alega que sua orientação é evitar a “caça às bruxas”.
Segundo estimativas de deputados do próprio PT, cinco mil petistas continuam ocupando cargos comissionados no governo Temer.
* * *
O ideal é que estes 5.000 petralhas mamadores – que chupam o Erário em qualquer governo -, também fizessem uma rebelião, a exemplo do que estão fazendo os presidiários banânicos.
E se matassem uns aos outros em busca de melhores peitinhos pra mamar o dinheiro de nós outros, os contribuintes.
Seria um lindo espetáculo para a banda decente do Brasil.
Os parasitas petralhas são incansáveis na mamação
VISÕES DE LULA
Merval Pereira
Na conversa informal com seus seguidores, Lula faz um diagnóstico da crise que não deixa nada bem a ex-presidente Dilma Rousseff. Ele admite que o país “está quebrado” e o governo não tem capacidade de investimento, porque a arrecadação de impostos caiu. Diz, então, que a primeira solução seria aumentar os impostos, mas admite que isso não é possível.
Sugere fazer o que o presidente Michel Temer está fazendo: acabar com as desonerações que o governo Dilma concedeu a diversos setores que, segundo Lula, tiraram dos cofres da União R$ 500 bilhões. Não é um elogio à política econômica de Dilma, evidentemente.
Mas o ex-presidente vai mais adiante. Diz que outra solução seria “fazer uma dívida” de, sugere, R$ 300 bilhões, e aplicar tudo em obras de infraestrutura. Outra solução, diz ele, seria pegar uns US$ 100 bilhões de nossas reservas cambiais e investir em obras aqui no país. Muitos vão dizer que é inflacionário, adverte Lula, e logo rebate: “é inflacionário, mas eu prefiro inflação com emprego”.
Na mensagem de fim de ano, Lula volta a falar do desemprego,pede que o povo vá às ruas “para defenderseus empregos”, e diz que está na hora de voltar a sonhar,como se nem ele, nem os 13 anos de governo petista, tivessem a ver com os 12 milhões de desempregados.
Lula, na gravação, defende a ampliação do crédito e dá um exemplo do que considera ser a saída para a crise: “Está devendo? Pega um novo empréstimo”. E garante que sabe do que está falando, pois diz que fez isso por 12 anos, com aumentos de salários, incluindo como seus os quatro anos da ex-presidente Dilma. E o país quebrou, como ele mesmo admite.
Quanto ao uso das reservas cambiais, a proposta é tão absurda que nem a ex-presidente Dilma topou fazer quando o PT defendeu a mesma tese em nota oficial. Na ocasião, o economista Armando Castelar, do Ibre/FGV, ouvido por mim, desmontou a tese. “É mais um passe de mágica fiscal que tenta fazer de conta que é possível gastar sem ninguém pagar a conta. Conta que, já aprendemos, ou deveríamos ter aprendido, aparece daqui a pouco”. (Apareceu, e o país quebrou, segundo o próprio Lula).
Castelar lembrou que se o governo usar as reservas, transformando-a em dinheiro, “significa vender dólares no mercado local em troca de reais. Dados os valores envolvidos, significa que no curto prazo o real tenderia a se apreciar frente ao dólar (porque aumentariam a oferta de dólares e a demanda por reais), prejudicando as exportações das indústrias”.
Ao mesmo tempo, muita gente iria aproveitar a valorização do real para comprar dólares e colocar seu patrimônio fora. O setor privado ficaria com mais dólares, menos títulos públicos e a mesma quantidade de dinheiro. O Banco Central (BC) com mais títulos públicos e uma dívida maior em dinheiro. O Tesouro, com menos reservas (dólares) e mais dinheiro. O resultado final seria uma queda adicional da confiança, gerando mais queda do PIB e possivelmente mais inflação, analisou Castelar.
Do outro lado, vem a questão do que o governo faz com os reais que recebeu em troca das reservas. Se ele “tentar aquecer a economia”, significa que vai usar o dinheiro que, no fim das contas, foi emitido pelo BC para aumentar o gasto público. “Significa expansão fiscal e monetária”. Justamente o que nos levou à situação atual.
A capacidade dos líderes do PT de imputarem a outros os problemas que criaram nos 13 anos de governo revela-se agora na crise do sistema penitenciário. O presidente Michel Temer demorou a reagir, e quando o fez usou uma expressão infeliz para definir a tragédia de Manaus.
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, seguindo o que parece ser uma orientação oficial, teima em minimizar a guerra de facções criminosas, que é o grande problema para a segurança nacional. Mas é evidente que não é o governo Temer, que tem 4 meses como efetivo, o responsável pela crise penitenciária, nem pelos 12 milhões de desempregados.
Já em 2012, depois de dez anos de governos petistas, o então ministro da Justiça José Eduardo Cardozo deu uma declaração polêmica: disse que preferia morrer a ficar preso em uma de nossas penitenciárias. Quatro anos se passaram depois da declaração, e o que foi feito? O resultado está aí.
MANCHETE DO SÁBADO – O RITMO DEVE SER MANTIDO
* * *
Seguindo neste ritmo, podemos aplicar um regra de três simples e calcular que, no final de 2017, teremos um total de 5.657 santinhos transferidos pras profundas dos quintos.
Assim:
6 dias – 93 bandidos nas profundas
365 dias – X bandidos nas profundas
X = (365.93):6
X = 5.657
Acabei de enviar mensagem à Presidência da República propondo a implementação de medidas arrochativas e sacanísticas que incentivem mais e mais rebeliões em todos os estados de Banânia.
Em dezembro próximo, serão 5.657 santinhos a menos no mundo.
E se houver rebelião também no presídio de Curitiba, aí a comemoração será do caralho!
Maria do Rosário – capitaneando o batalhão que composto pela turminha defensora dos Direitos dos Manos -, vai derramar lágrimas que só a porra.
“Xiuf, xiuf, snif, snif… este Editor do JBF, reacionário e golpista, é um fela-da-puta muito cruel…”
INFELIZ ANIVERSÁRIO
O PT completa 37 anos de fundação no próximo dia 10 de fevereiro, mas a celebração deve ser tímida.
No site do PT os destaques continuam a ser a “perseguição” a Lula, réu em cinco ações penais.
* * *
37 é um número primo.
Só é divisível por 1 e por ele mesmo.
Um número tenebroso, digno de um aniversário também tenebroso.
Desejo-te um Infeliz Aniversário, distinta Organização Banditícia que usa sigla partidária de PT!
Tlim, tlim: um brinde mensaleiro por 37 anos de enganação
"
A FRASE DO DIA
“Não tinha nenhum santo. Eram estupradores, matadores e pessoas ligadas a outra facção, que é minoria aqui no Estado.”
José Melo, governador do Amazonas, sobre os 56 presos mortos durante rebelião em Manaus.
* * *
Isto que o governador José Melo falou é o que Nelson Rodrigues chamava de “óbvio ululante“.
Agora, só falta a gente ouvir o que Maria do Rosário – a incansável defensora dos Direitos dos Manos -, tem a dizer sobre isto, levando-se em conta que não foram policiais que mataram os bandidos amazonenses.
“Snif, snif, xiuf, xiuf… 56 coitadinhos inocentes subiram pro céu…”
"
DOIS INSANOS RECIFANOS INCARNADOS
O ex-prefeito do Recife João Paulo Lima e Silva (PT) e o atual vice-prefeito da capital pernambucana, Luciano Siqueira (PC do B), que ocupava o mesmo cargo na outra gestão, foram condenados pela Vara dos Crimes Contra a Administração Pública e a Ordem Tributária por burlar a Lei de Licitações entre 2002 a 2004.
No mesmo processo, o juiz Honório Gomes do Rego Filho condenou também a ex-chefe de gabinete do petista e dois assessores da prefeitura. Os cinco pegaram três anos e cinco meses de reclusão e terão que pagar multa.
Segundo a denúncia, os acusados dispensaram procedimentos licitatórios. Entre os anos de 2002 a 2004, a Prefeitura do Recife contratou a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) para realizar consultoria e implantar a modernização em 15 secretarias.
O juiz, seguindo a auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE), alega que o preço do contrato estava 90% acima do mercado.
O prejuízo para os cofres públicos estaria na casa dos R$ 19,7 milhões, referente a dois contratos e dois aditivos.
* * *
Um rombinho de pouco mais de 19 milhões de reais é uma quantia mixuruca pros padrões vermêios.
Um valor irrisório em se tratando de guabirutagem cometida pela dupla PT/PCdoB, duas organizações abandidadas que usam siglas partidárias.
O ex-colunista fubânico Luciano Siqueira, que era vice-prefeito do Recife quando ainda escrevia para esta gazeta escrota, faz uma falta danada. Eu me divertia muito com as disparatadas defesas que ele fazia das zisquerdas e dos gunvernos petralhas.
Fiz tudo pra que ele continuasse por aqui, alegrando os nossos dias com suas hilárias argumentações. Mas ele bateu asas e avuou.
Defender a ladroagem petêlha é uma tarefa fácil pra qualquer oftalmopata atingido pela cegueira ideológica. Ainda mais em se tratando da cegueira provocada pela foice e pelo martelo.
Mas, infelizmente, Luciano não quis mais voltar a este antro onde impera muita luz e a total liberdade de expressão e de pensamento.
Uma pena mesmo.
João Paulo e Luciano Siqueira, um petralha e um cumunalha nas malhas da lei: ô parêia certa que só a porra
O MELHOR GUABIRU DO MUNDO
Em 20 de maio de 2011, a Odebrecht levou Lula ao Panamá.
Ele visitou obras da empreiteira e prometeu investimentos da Petrobras no país.
Na ocasião, o presidente panamenho Ricardo Martinelli disse:
“Lula é o melhor presidente do mundo”.
Isto porque, no mesmo período da visita de Lula ao Panamá, entre 16 de dezembro de 2009 e 27 de agosto de 2012, a Odebrecht fez oito repasses de propina a “um alto membro do governo” de Ricardo Martinelli.
No total, foram mais de 100 milhões de reais em propinas.
* * *
Dois corruptos de grosso calibre de republiquetas baníferas da América Latrina:
o panamenho Ricardo Martinelli e o banânico Lapa de Propinador
Fernando Gabeira
A repercussão do anúncio dos EUA sobre a ação global da Odebrecht provocou um temporal político na América Latina. Bem maior do que tivemos notícia pelos jornais e TV. Foi um intenso movimento no Twitter, que começou com gente perguntando quem eram os corruptos do governo de cada país, passou por desmentidos de presidentes e ex-presidentes, nomes suspeitos, acusações. Alguns importantes projetos, como assegurar a navegabilidade do Rio Magdalena, na Colômbia, estão ameaçados. Começaram a duvidar até do estudo de impacto ambiental da Odebrecht.
Ao ver aquele furacão durante a semana, não podia perder de vista que tudo aquilo havia sido causado por uma empresa brasileira. Ironicamente, o programa do BNDES para estimular as empresas campeãs nos deu apenas um título mundial: o do maior escândalo de corrupção.
Em termos de política externa, penso eu, seria ideal que o Brasil fizesse o comunicado, informando, como fizeram os americanos, quanto se usou em corrupção e o lucro obtido em cada lugar. Em termos ideais, porque, dados as circunstâncias brasileiras, o ritmo do STF, a delicada posição do governo na Lava Jato, não temos as mesmas condições dos norte-americanos. Verdade é que o próprio relatório divulgado lá destacou as investigações feitas no Brasil, pois trabalhou com dados, essencialmente, obtidos aqui.
Todos estão conscientes da abertura brasileira para compartilhar as informações. Em termos ainda ideais, seria preciso um outro passo: uma legislação disciplinando o comportamento das empresas no exterior.
Quando todo esse movimento rumo ao exterior começou, confesso que tentei formular uma lei que punisse o suborno de autoridades. Alguns assessores da Câmara ajudaram. Mas as possibilidades de êxito eram muito remotas. Não só pela força das empreiteiras. Havia um argumento muito forte: era uma iniciativa ingênua que acabaria reduzindo a competitividade de nossas empresas.
Com as voltas que o mundo deu, uma legislação que discipline as empresas brasileiras pode ser precisamente um instrumento para que não percam a competitividade depois do furacão Odebrecht.
O relatório americano não menciona o papel que o BNDES teve em cada um dos projetos da Odebrecht. Quando tudo isso vier à luz, talvez se desvende que o dinheiro da propina eram recursos públicos.
Uma legislação mais precisa pode evitar que instituições sejam levadas para uma engrenagem criminosa internacional. Mas talvez não seja a falta dela o ponto essencial.
Havia toda uma política, da qual o BNDES era um instrumento, destinada simultaneamente a abrir caminhos para a Odebrecht e fortalecer a imagem de Lula. Os métodos escolhidos para isso resultaram num desastre, pois fecharam os caminhos da Odebrecht e atingiram profundamente a imagem de Lula na América Latina.
A escolha equivocada jogou-os num enredo e crime e castigo. Mas a Odebrecht era considerada a maior empreiteira brasileira atuando no exterior, Lula é o ex-presidente do Brasil. Por mais que tenha nascido e se desenvolvido aqui a investigação que revelou o gigantesco esquema, o Brasil tem um delicado problema externo a superar.
O passo que sugiro é criar legislação que possa atenuar a desconfiança em torno de empresas brasileiras no exterior.
Enquanto o esquema era revelado somente dentro do Brasil, alguns lugares do mundo não se interessaram por ele. Mas agora que pelo menos nove países se deram conta da interface Odebrecht-Lula com os seus próprios políticos e administradores, a América Latina tornou-se uma única aldeia escandalizada.
Outra resposta brasileira que poderia inspirar outros países envolvidos no escândalo seria romper o vínculo entre empreiteiras e governo. Para isso é preciso aprovar um projeto, que já está no Congresso, obrigando a mediação de empresas seguradoras, responsáveis por fiscalizar as obras.
Governo e Congresso estão pisando em ovos com a Operação Lava Jato. Em vez de definirem as alternativas que se abrem com seu desdobramento, preferem discutir como contê-la. No entanto, não acho insensato pressioná-los a se dar conta do que está acontecendo em torno de nós, depois que o relatório americano foi divulgado. Muitos são investigados na Lava Jato. Investigadas ou não, as pessoas podem fazer as coisas certas quando se colocam problemas nacionais. Isso, todavia, não vai absolvê-las nem condená-las.
A dimensão da Lava Jato nos obriga a ir um pouco além do quem recebeu quanto para quê, quando eles serão julgados. O escândalo anexou uma dimensão internacional ao drama e atingiu a imagem do Brasil, por causa do comportamento de seu Lula e das empresas que gravitavam em torno do BNDES.
Pode-se escolher a tática de fingir que não foi conosco, submergir à espera de um melhor momento. Isso costuma falhar. Um título mundial de corrupção não se esquece rapidamente. É preciso correr atrás da credibilidade perdida. O julgamento dos artífices do gigantesco esquema de corrupção será, certamente, uma grande resposta.
E, antes dela, também ajudaria a transparência sobre a delação da Odebrecht. Não é confortável ler algo que aconteceu no Brasil, foi apurado aqui, narrado em inglês com os políticos sendo chamados de brazilian officials e numerados.
O brazilian official número 1, por exemplo, deveria dar uma parada para pensar no rastro de raiva que deixou essa aliança entre corruptos latino-americanos. A prática de roubar o próprio povo transcendeu as fronteiras nacionais. Um fato histórico.
Os líderes comunistas do passado criaram internacionais para marcar posições políticas diferentes. A decadência chegou ao ponto de se criar a partir do Brasil uma internacional da corrupção. Nela, América Latina e África foram unidas pelos seus defeitos, e não pelas qualidades.
Há todo um caminho a reconstruir.
Em fevereiro de 2014, uma campanha realizada pelo PT arrecadou, em 10 dias, R$ 920.694,38 para pagar a multa imposta a José Dirceu pelo envolvimento no escândalo do mensalão. Condenado a 7 anos e 11 meses pelo crime de corrupção ativa, o subchefe da quadrilha do mensalão conseguiu o apoio de 3.972 doadores. Meses antes, recorrendo ao mesmo método, José Genoíno havia arrecadado quase R$ 700 mil e, Delúbio Soares, R$ 1,013 milhão.
Proibida de usar o avião oficial enquanto aguardava o desfecho do impeachment, a ex-presidente Dilma Rousseff também surfou na onda do financiamento coletivo online. Com 11.471 adesões, a campanha que pretendia bancar as viagens de Dilma pelo país não dobrou, mas ultrapassou com folga a meta inicial de R$ 500 mil, conseguindo R$ 791.996.
Animados com o sucesso das anteriores, o PT tinha certeza de que a vaquinha ‘Por um Brasil Justo pra Todos e pra Lula’, “parte de um esforço nacional e internacional de defesa da democracia, do Estado de Direito e do ex-presidente Lula” – de acordo com a explicação no site da campanha – juntaria alguns milhões de pixulecos em poucos minutos. O desfecho foi bem diferente. Encerrada neste sábado, a campanha, que contou com 2.381 doadores, recebeu R$ 270.051 – bem abaixo do dos R$ 500 mil pretendidos.
O fracasso da vaquinha não dissuadiu o PT da ideia de lançar a candidatura de Lula à Presidência da República ainda no primeiro semestre de 2017. Com o fim das obesas contribuições das empreiteiras e dos convites para palestras que chegaram a render quase R$ 500 mil por hora, vai ser difícil financiar até campanhas para eleger síndicos de prédios no Guarujá. Se depender dos militantes, o afoito candidato à disputa presidencial de 2018 não conseguirá dinheiro suficiente sequer para 10 comícios.
Josias de Souza
Josias de Souza
Josias de Souza
ESTÁ CADA VEZ MAIS DIFÍCIL MANTER A TESE DE COMPLÔ CONTRA LULA
Lula foi novamente denunciado à Justiça Federal. Dessa vez, a Procuradoria o acusa, em Brasília, de traficar influência para favorecer empresas em negócios com o governo – da compra dos caças Gripen pela Aeronáutica à prorrogação de incentivos fiscais para fábricas de automóveis. O PT e os advogados sustentam que Lula é vítima de um complô. Está cada vez mais difícil sustentar essa tese.
O enredo da nova denúncia é desalentador: invocando a influência de Lula, o escritório de um casal de lobistas azeitava negócios no governo. Em troca, repassava dinheiro a um dos filhos do ex-presidente: Luiz Cláudio Lula da Silva. A coisa ocorreu entre 2013 e 2015, quando Lula já vestia pijama de ex-presidente.
Na conta da Procuradoria, os negócios renderam R$ 2,5 milhões ao caçula do pajé do PT. Agora, os envolvidos amealham a acusação da prática de três crimes: tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia ainda será analisada pela Justiça. Se for aceita, Lula será réu pela quarta vez.
Sim, é verdade. As pessoas esquecem. Mas Lula já frequenta o banco dos réus em um, dois, três processos – dois em Brasília, um em Curitiba.
É uma pena que a sociedade acredite cada vez menos na tese da orquestração contra Lula. A essa altura, seria mais reconfortante enxergá-lo como vítima de um complô de procuradores, juízes, agentes federais e jornalistas para fazer de um personagem modelo um politico desonesto do que ter que admitir que tudo o que está na cara não pode ser uma conspiração da lei das probabilidades contra um inocente.
Josias de Souza
Josias de Souza
Josisa de Souza
Josias de Souza
Josias de Souza
HÁ UM RÉU NA LINHA DE SUCESSÃO PRESIDÊNCIA
Na última terça-feira, em debate na Ordem dos Advogados do Brasil, Renan Calheiros definiu o modelo político brasileiro como “caquético”. Afirmou que “é hora de fazer mudanças radicais em um sistema que está falido e fedido.” Decorridas 48 horas, o Supremo Tribunal Federal confirmou o diagnóstico. Ao enviar Renan para o banco dos réus, a Suprema Corte sinalizou que o Senado brasileiro é presidido por um político um tanto malcheiroso e com prazo de validade vencido.
Na ação penal que o Supremo acaba de inaugurar, Renan responderá pelo crime de peculato. No português das ruas, acusam-no de desviar verbas públicas em proveito particular. O caso envolve o recebimento de propinas de uma empreiteira, para custear a pensão de uma filha que o senador teve fora do casamento. Protagonista de 12 processos judiciais, Renan tornou-se evidência viva da necessidade das “mudanças radicais” que Renan considera inadiáveis.
No Brasil, um país onde alguns políticos suprimiram dos seus hábitos o recato, réus e investigados circulam normalmente pelos corredores do Congresso e pelo noticiário da tevê sem que as crianças sejam retiradas da sala. Se Renan enxergasse Renan refletido no espelho, talvez renunciasse à presidência do Senado. Mas o personagem, como tantos outros, acha que nenhuma revelação será capaz de abalar o seu prestígio.
Há um réu na linha de sucessão da Presidência da República. Mas a banda muda do Congresso acha tudo muito normal. No momento, a prioridade de réu que comanda o Senado é a aprovação de um projeto sobre abuso de autoridades como juízes e procuradores. E todos acham normal. O governo de Michel Temer pede aos brasileiros que, em nome da governabilidade, finjam que Renan não é Renan.
Amanhã, se Temer, o improvável, e Rodrigo Maia, o inacreditável, viajarem juntos para o exterior, Renan, o inaceitável assumirá a Presidência da República. E ninguém se espanta. No Brasil, parece não haver espaço para mais do que dois tipos de pessoas: ou o sujeito é cínico ou se faz de bobo. Vamos lá, ânimo, gente. É pela governabilidade!
"
"