Em entrevista à AFP, Dilma Rousseff tranquilizou seus críticos: “Eu não serei candidata a presidente da República.” Deixou entreabertas outras portas: “Eu não afasto a possibilidade de eu me candidatar para esse tipo de cargo: senadora, deputada, esses cargos.”
Ai, ai, ai… Por que Senado ou Câmara? Não faz sentido! Se Lula diz que sua supergerente sofreu um golpe, se o PT sustenta que Dilma na Presidência seria a condição para o Brasil ser feliz, por que aprisionar a felicidade no Legislativo? O petismo não tem o direito de sacrificar o interesse maior da nação.
Qualquer coisa diferente da candidatura presidencial de Dilma soaria como uma admissão de que algo deu errado. E Dilma, como se sabe, deu certo. Só não foi mais longe porque os golpistas não deixaram. Deem mais quatro anos para essa mulher e ela mostrará o que é sucesso. Deem mais oito anos e aí sim todos verão o que é prosperidade. Lula não pode privar o Brasil de votar de novo na perfeição.
O PT já não dispõe de João Santana, engolfado pela lama da Lava Jato. Mas a plataforma de Dilma dispensa marqueteiros. Está pronta. Basta que a candidata trombeteie o seu legado de leniência com a corrupção, ruína fiscal e desemprego. Com tantos dedos nos olhos, o eleitor ficará cego. E pode apertar a tecla de Dilma na urna eletrônica.
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