Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)
Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.
Imprensa Diária sábado, 20 de outubro de 2018
PESQUISAS: TUDO CHUTE
TUDO CHUTE
J.R. Guzzo
As últimas pesquisas de “intenção de votos” que estão circulando na praça dizem, em números redondos, que Jair Bolsonaro está com cerca de 60% das preferências do eleitorado, contra 40% de Fernando Haddad. Mas esperem um momento: deve haver alguma coisa errada aí. Até às vésperas da votação do primeiro turno, todas as pesquisas (e a mídia insistia muito nesse ponto: todas as pesquisas) garantiam que Bolsonaro iria perder de qualquer dos outros candidatos no segundo turno. Repetindo: de qualquer candidato. Nove em cada dez análises se fixavam na importância terminal desta informação vinda da ciência estatística. Podia se contar com diversos cenários, mas uma coisa pelo menos estava certa, acima de toda e qualquer dúvida: o candidato da direita iria perder a eleição no segundo turno, seja lá o adversário que sobrasse para a disputa com ele. Até o Meirelles? Aparentemente, não chegaram a medir a coisa nesses detalhes, mas as manchetes diziam que Bolsonaro perderia de todos os candidatos no segundo turno, e como Meirelles (ou o cabo Daciolo, ou o Boulos, ou o Amoedo, ou o Álvaro Dias etc.) eram candidatos, sempre dá para dizer, tecnicamente, que até essas nulidades iriam ganhar dele. Não aconteceu nada de extraordinário de lá para cá. Porque, então, as pesquisas preveem agora exatamente o oposto do que previam cinco minutos atrás?
Os institutos de pesquisa fariam uma especial gentileza ao público se explicassem, em umas poucas palavras compreensíveis, por que seus números devem ser levados a sério no segundo turno, se mostram agora o contrário do que mostravam no primeiro. Não conseguindo fazer isso, talvez ficasse mais simples dizer o seguinte às pessoas: “Esqueçam o que a gente deu no primeiro turno. Era tudo chute”. Chute ou torcida, tanto faz, porque uma coisa é tão ruim quanto a outra e, no fim das contas, nenhuma das duas será cobrada. Como sempre acontece, se Bolsonaro ganhar mesmo as eleições, os autores das pesquisas dirão que ficou provado o quanto eles acertaram – pois o resultado que costuma sobrar na memória é o último. Daqui a pouco, contando com esquecimento geral por parte do público, estarão propondo novas profecias para quem estiver interessado. E em 2022, ou já em 2021, prepare-se para ler que Lula está na frente de todo mundo com 50%, que Marina está subindo e Ciro Gomes começa a crescer. Bolsonaro, se for eleito agora e se candidatar à reeleição, estará com 0%. Na reta final os números serão ajustados de novo (“ocorreram mudanças no processo decisório”) e tudo continuará como sempre foi.
As pesquisas eleitorais de 2018 deixaram claro, mais que em qualquer eleição anterior, o quanto elas estão sendo incapazes de medir aquilo que está realmente na cabeça do eleitor. Foi um desastre. Dilma Rousseff foi garantida como a senadora mais votada do Brasil e ficou num quarto lugar em Minas Gerais. O senador de São Paulo Eduardo Suplicy, outro “eleito” pelas pesquisas, foi exterminado após 27 anos de Senado. Houve erros grotescos nas pesquisas para governador de Minas e Rio de Janeiro – os que acabaram colocados em primeiro lugar tinham 1% dos votos, ou nada muito diferente disso, até poucos dias antes da eleição. Geraldo Alckmin ficou com menos de 5% dos votos. Marina Silva ficou com 1%. No Nordeste, que foi citado durante seis meses seguidos como o grande celeiro de onde Lula poderia operar a sua “volta”, o PT teve 10 milhões de votos a menos que em 2014. Das sete capitais da região, perdeu em cinco. Erros deste tamanho, por mais que os institutos neguem, são sintoma de alguma coisa profundamente errada no sistema todo. Como escrito acima, tudo isso tende a cair rapidamente no esquecimento, sobretudo porque não há paciência para ficar discutindo um assunto que não interessa mais até a próxima eleição. Mas o problema não vai sumir só porque não se falará mais nele.
As pesquisas, com certeza, não conseguiram captar as correntes que se movimentam no oceano da internet e do mundo digital como um todo. Não entenderam nada sobre o peso que as redes sociais tiveram no processo eleitoral. Seus questionários podem não estar fazendo as perguntas certas, na maneira certa, na hora e no lugar certos. Na disputa nacional, o papel da propaganda obrigatória na televisão, tido como algo sagrado, mostrou que está valendo zero – e as pesquisas não estavam preparadas para isso, nem para o efeito nulo dos “debates” entre candidatos na TV, das opiniões dos comentaristas políticos e da orientação geral da mídia. Está surgindo um mundo novo por aí. Não será fácil para ninguém começar a entender como ele vai funcionar. Uma boa razão, portanto, para começar já o esforço.
Imprensa Diária quinta, 18 de outubro de 2018
GIL GOMES, AOS 78 ANOS, ENCANTOU-SE
Jornalista Gil Gomes morre aos 78 anos em São Paulo
Famoso na crônica policial, ele passou mal em casa na noite de segunda.
Por G1 SP
Gil Gomes em 2002 — Foto: Agliberto Lima/Estadão Conteúdo
O jornalista e radialista Gil Gomes morreu na madrugada desta terça-feira (16) em São Paulo, informou a assessoria do Hospital São Paulo. Famoso na crônica policial, ele tinha 78 anos e sofria havia mais de dez anos de Mal de Parkinson.
Na noite de segunda, o jornalista passou mal em sua casa, no bairro Jardim da Saúde, Zona Sul da capital. Ele foi socorrido por equipe do Samu e levado para o pronto-socorro do Hospital São Paulo. A morte foi confirmada nesta madrugada.
Ele deixa quatro filhos e nove netos. "É uma pessoa única para a comunicação. Sempre muito indignado com as injustiças sociais. Era muito considerado desde os delegados até as classes mais humildes", disse Vilma Gil Gomes, filha do jornalista. Segundo ela, a saúde do pai piorou nos últimos dias em decorrência do Parkinson.
Morre o radialista e cronista policial Gil Gomes em São Paulo
Jornalistas lamentaram a morte de Gil. No Twitter, o presidente da República, Michel Temer (MDB), disse que "seu estilo único e carismático marcou para sempre o jornalismo brasileiro".
O velório deve ocorrer a partir das 14h na Capela Obelisco, na Vila Mariana. O enterro está previsto para quarta (17), no Cemitério Memorial Vertical de Guarulhos, na Grande São Paulo. O horário ainda não foi informado.
Perfil de Gil Gomes
Cândido Gil Gomes Jr. nasceu em São Paulo, em 1940. Dono de uma voz potente, começou a carreira jornalística aos 18 anos, em uma rádio, como locutor esportivo. Na época, não pensava em cobrir crimes. "Polícia sempre me cheirara a coisa de mundo cão", disse em entrevista à "Folha de S.Paulo" em 2008.
Gil Gomes — Foto: Reproduções/TV Globo
A entrada no "mundo cão" ocorreu em 1968, na Rádio Marconi. Lá, deixou a crônica esportiva para cobrir reportagens de temas variados. Se destacou ao cobrir, ao vivo, um caso de agressão sexual ocorrido no prédio onde trabalhava.
A partir daí, aprimorou a narrativa que o marcou na crônica policial brasileira.
Nos anos 90 integrou a equipe do popular “Aqui Agora”, do SBT. Manteve no vídeo a entonação de suspense que criou no rádio, acrescentando ao estilo um gesto circular que fazia com a mão e camisas com estampas coloridas. Depois do “Aqui Agora”, trabalhou em outras emissoras.
Gil Gomes ficou afastado da TV por mais de 10 anos devido a problemas de saúde relacionados ao Mal de Parkinson, doença diagnosticada em 2005. Em 2016, aos 76 anos, foi convidado a participar com comentários em um programa de TV patrocinado por uma rede de farmácias.
Gil Gomes — Foto: Reprodução/TV Globo
Imprensa Diária domingo, 14 de outubro de 2018
AGORA, SIM - BOLSONARO SEM UM PUTO E HADDAD NADANDO EM DINHEIRO
AGORA, SIM
J.R. Guzzo
Está finalmente explicado o motivo pelo qual o deputado Jair Bolsonaro venceu o primeiro turno das eleições presidenciais de 2018. Não é nada do que você pensa. A população nativa, na sua ignorância de sempre, estava achando que Bolsonaro ganhou porque teve 18 milhões de votos a mais que o segundo colocado. Imagine. Acreditar numa bobagem como essa só acontece mesmo com brasileiro, esse infeliz que vive longe dos bons centros do pensamento civilizado, progressista e moderno da humanidade, na Europa e nos Estados Unidos. Obviamente, não temos o nível mental necessário para entender o que entendem os jornalistas, cientistas políticos, sociólogos, filósofos e outros cérebros que habitam o bioma superior de Nova York, ou Paris, e dão a si próprios a incumbência de explicar o mundo às mentes menos desenvolvidas. Tome-se, por exemplo, a televisão francesa. Ali eles sabem exatamente o que aconteceu no dia 7 de outubro no Brasil: Bolsonaro ficou em primeiro lugar na eleição por causa do racismo brasileiro.
Racismo? Como assim ─ que diabo uma coisa tem a ver com a outra? Os peritos da TV francesa explicam. A esquerda e o PT, nos governos do ex-presidente Lula e de Dilma Rousseff, favoreceram a “inclusão dos negros” no Brasil, e isso provocou a ascensão do ódio racial. Revoltados contra os “progressos” que o PT deu para os negros, os racistas brasileiros foram para o lado de Bolsonaro ─ e com isso aumentaram tanto os seus votos que ele acabou ficando em primeiro. Além disso, o “oficial do Exército” (coisa que o candidato deixou de ser há 30 anos), recebeu o apoio da elite rica. Aí fechou o esquema, resumem os comunicadores franceses: somando brancos, racistas e milionários, Bolsonaro acabou com aquela votação toda.
Nada disso faz o menor sentido, mas nenhum mesmo ─ a começar pelo fato de que nem uma investigação do FBI seria capaz de descobrir o que, na prática, Lula e Dilma teriam feito de bom, algum dia, para algum negro de carne e osso. Como seria possível, num país onde apenas 40% da população se declara branca, a matemática eleitoral favorecer quem não gosta de preto? Seria a maioria de pardos e negros, então, que estaria promovendo a ascensão do ódio racional contra si própria? Também é um mistério de onde saíram 50 milhões de racistas para votar em Bolsonaro ─ ou porque o candidato Hélio Lopes, conhecido como “Hélio Negão” e deputado federal mais votado do Rio de Janeiro com 350 mil votos, foi um dos seus maiores aliados na campanha eleitoral. Para piorar, além de negro retinto “Helio Negão” é sub-tenente do Exército, pobre e da Baixada fluminense. Elite branca?
O Brasil seria um fenômeno mundial se houvesse por aqui uma quantidade de ricos e milionários tão grande que conseguisse definir o resultado de uma eleição presidencial. Não dá para entender, igualmente, porque raios o candidato das elites faria a sua campanha de carro e a pé, enquanto o candidato das massas populares, Fernando Haddad, anda de cima para baixo num jatinho Citation Sovereign ─ um dos mais luxuosos do mundo, pertencente ao dono bilionário das Casas Bahia através de sua empresa de taxi-aéreo. (Se Haddad paga pelo aluguel já é ruim ─ de onde está saindo a fortuna necessária para isso? Se não paga é pior ainda.)
Não dá para entender por que Bolsonaro não teve um tostão para a sua campanha e o “reformador social” Haddad, homem dos pobres, das massas miseráveis, dos sem-terra e sem-teto, das “comunidades” e das minorias, da resistência ao capitalismo, passou a eleição inteira nadando em dinheiro. Não dá para entender como seria possível existir no Brasil dezenas de milhões de “fascistas”, e “nazistas”, e exploradores do “trabalho escravo”, sem que ninguém tivesse conseguido perceber isso até hoje. Não, não dá para entender nada. Mas não esquente a sua cabeça; não é mesmo para você pensar em coisa complicada. A imprensa internacional, que tudo vê e tudo sabe, está aí justamente para explicar.
Imprensa Diária domingo, 14 de outubro de 2018
TV RECORD MOSTRA QUEM É HADDAD
Imprensa Diária domingo, 07 de outubro de 2018
UMA DITADURA PETISTA
UMA DITADURA
J.R. Guzzo
As eleições para eleger o novo presidente colocam o eleitor brasileiro numa situação que nunca aconteceu antes. Eleições, normalmente, são uma das ferramentas mais importantes da democracia ─ mas na eleição deste fim de semana um dos lados tem como objetivo, caso ganhe a eleição, acabar com o regime democrático no Brasil. É uma droga de democracia, como todo mundo está cansado de saber, mas por pior que seja ainda é menos ruim que uma droga de ditadura ─ e é justamente isso que o consórcio formado pelo ex-presidente Lula, o PT e sua vizinhança quer fazer no país. Não falam assim, é claro. Mas os atos concretos que prometem praticar depois de assumir o governo vão deformar de tal maneira o poder público, os direitos individuais e a máquina do Estado que o resultado prático vai ser a construção de um regime de força no Brasil. Não se trata apenas, como já aconteceu tantas outras vezes, de eleger um presidente ruim. O problema, agora, é que um dos possíveis finalistas, pelo que dizem há meses as “pesquisas de opinião”, tem um projeto público de ditadura para o país.
Acabar com o Poder Judiciário, por exemplo, anulando o seu tribunal mais elevado e interferindo nas decisões dos juízes e desembargadores ─ isso é ou não é uma providência básica que toda ditadura, sem exceção, julga indispensável tomar? Sim, é. Então: o candidato a presidente do PT promete que se for eleito vai criar um negócio chamado “controle social na administração da Justiça”. Isso quer dizer que as sentenças dos magistrados estarão sujeitas, no mundo real, a comitês externos ao Poder Judiciário, com membros nomeados pelo governo. Promete-se, também, “repensar” os conselhos nacionais da Justiça e do Ministério Público. Todo mundo sabe muito bem o que significa “repensar” alguma coisa neste país ─ é virar a mesa. No caso, querem criar “ouvidorias”, compostas por pessoas que representem a “sociedade”, para vigiar juízes e MP. Querem, também, criar algum sistema de cotas para a escolha de juízes, de forma a “favorecer o ingresso e ascensão” de “todos os segmentos da população” nas carreiras do Judiciário, sobretudo as “vítimas históricas de desigualdades”. A coisa vai por aí afora, de mal a pior, mas o ex-deputado José Dirceu achou uma boa ideia acrescentar um plus a mais: segundo disse, deveriam ser tirados “todos os poderes do Supremo Tribunal Federal”. Segundo o pensador-chefe do PT, o “Judiciário não é um poder da República”. Quem manda, diz ele, é o povo, através do voto. Além do mais, afirmou, o que interessa é “tomar o poder”. Eleição é outra coisa.
O futuro governo Lula também promete criar oficialmente a censura à imprensa no Brasil. (Isso mesmo, governo Lula: o ex-presidente está na cadeia, condenado como ladrão em primeira e segunda instâncias, mas toda a estratégia do PT é provar que quem vai mandar de verdade no país é ele, e não seu preposto nas eleições.) Como acontece em relação à democracia, não se utiliza a palavra “censura”, assim abertamente; o que anunciam é o “controle social dos meios de comunicação”. É exatamente a mesma coisa. Esse “controle” não vai ser exercido pelo Espírito Santo. Quem vai “controlar” são pessoas de carne e osso nomeadas pelo governo, e “controlar” significa decidir o que a mídia pode ou não pode publicar. Isso é censura ─ e o resto é conversa, sobretudo os desmentidos de que haverá censura. A partir daí, só fica pior. Falam em “fortalecer” a prodigiosa TV Brasil, que eles mesmos inventaram, consegue gastar 1 bilhão de reais por ano de dinheiro publico e até hoje tem audiência próxima ao zero. Falam em dar concessões de tevês e de rádios para sindicatos, “coletivos” e “movimentos sociais” ─ e mais do mesmo.
O projeto do PT inclui também uma “Assembleia Constituinte” paralela ao Congresso, como se fez na Venezuela, para criar um novo regime político e social no país. O que será isso? Nada fica dito em português claro, mas nem é preciso ─ basta ouvir o que dizem todos os dias as lideranças do partido. Propõe-se orientação “política” para o ensino básico, a parceria com governos criminosos, como os da Venezuela e Nicarágua, e com ditaduras africanas, e um governo dos “povos do campo, das águas e das florestas”, seja lá isso o que for. Mais que tudo, a candidatura do PT quer a volta dos governos Lula-Dilma ─ que acabam de ser acusados pelo ex-ministro Antonio Palocci de gastarem 800 milhões de reais em dinheiro basicamente sujo para se manter no poder na última campanha presidencial. Francamente, não é preciso mais nada.
Imprensa Diária sábado, 06 de outubro de 2018
BOLSONARO: ENTREVISTA A GERALDO FREIRE DA RÁDIO JORNAL DO RECIFE
07/10/2018. 22:00 horas. Saiu o anúncio do TSE. Elegemos Bolsonaro Presidente!
A alegria é grande! Imediatamente, surge-nos à mente uma porrada de perguntas… E agora?
Como vamos dedetizar o país desta multidão de ratazanas desgraçadas que nos infelicitou ao longo dos últimos 30 ou 40 anos? Como vamos nos livrar desta multidão de lombrigas sugadoras de nosso sangue? Como vamos exterminar essa raça maldita de salafrários, mentirosos contumazes, vigaristas, trapaceiros, ladrões, embusteiros, trambiqueiros e parasitas?
Como vamos eliminar das estruturas governamentais de nosso país a multidão de analfabetos, altamente ideologizados e manipulados pelo marxismo internacional, sempre prontos a apoiar um projeto de dominação e poder absolutamente abjeto em troca de vantagens pessoais?
Como vamos desincrustar do nosso judiciário esta onda imensa de canalhas travestidos de justiceiros? Como vamos punir adequadamente essa multidão de filhos da puta que distorceu todos os conceitos de justiça, honestidade, correção e de honra em nosso país? Como vamos encerrar com essa mamata de dar “Aposentadoria Compulsória” a canalhas que desonraram a toga vendendo sentenças, ou pior, decidindo com base em compadrio e em favor de facções ideológicas, quando na verdade deveriam ser todos fuzilados?
Como vamos nos desvencilhar das centenas de milhares de parasitas encastelados nas miríades de repartições e divisões do aparato estatal, todos sempre ávidos por vantagens e benefícios pessoais, sem que nenhuma preocupação com a prestação de serviços à população venha lhes estorvar a tranquilidade? Como liquidar com essa multidão de chupins “Deitados eternamente em berço esplêndido”, sempre às custas dos otários contribuintes? Isso sem contar com a constante e permanente busca pelas inúmeras maneiras desenvolvidas para roubar, depenar e desossar o erário, através dos artifícios mais incríveis, das mais mirabolantes maracutaias e, de preferência, dentro de uma lei escrota que foram eles mesmos que fizeram em benefício próprio, sempre em detrimento do restante da nação.
Como vamos desmontar esta imensa estrutura de privilégios adquiridos ao longo de sucessivas administrações de canalhas, cúmplices e beneficiários do rateio do butim decorrente do assalto aos cofres públicos praticados por TODAS as administrações e por todas as suas inúmeras camadas e tentáculos?
Como vamos desarticular e desmontar as dezenas de pseudópodes, inúteis e parasitários, presentes na inchada e obesa estrutura governamental? Como iremos lidar com as imensas forças contrárias que se levantarão contra a ideia de suspender a lambança atualmente existente no aparato estatal, onde para qualquer assunto que nos dirijamos, aparecem dezenas de órgãos inúteis, incompetentes e inchados, todos disputando acirradamente por nacos de poder sobre as minguadas verbas disponíveis para investimento e sem que realizem coisíssima nenhuma em prol da população?
Como vamos nos livrar dessa multidão de nababos, todos regiamente remunerados e de atuação profissional pífia, todos altamente viciados numa vida em que são inamovíveis, possuem aposentadoria integral assegurada, não são cobrados em relação a resultados de nada e podem fazer greves quando, onde e sempre que quiserem, sem que lhes seja descontado um único dia de paralisação nos salários?
Como vamos nos livrar de todas as organizações QUASE não governamentais, já que sobrevivem única e exclusivamente do repasses de recursos públicos, e cuja atuação é totalmente dirigida no sentido de proteger o projeto político de poder de uma determinada facção criminosa?
Como nos livraremos da multidão de canalhas encastelados nas estruturas das universidades federais, todas regiamente mantidas com recursos públicos, altamente ineficientes e transformadas em baluartes do bolivarianismo tupiniquim? Como nos livraremos da multidão de reitores que protagonizavam revoadas de baba-ovos e puxa-sacos em torno dos poderosos bolivariano do momento, seja para hipotecar-lhes apoio para que não fossem apeados do poder, seja concedendo-lhes títulos de Doutor Honoris Causa aos balaios? Como faremos para reverter as universidades à sua missão original de formar, em vez de serem meras escolas de doutrinação partidária bolivariana? Como faremos para que estas instituições voltem a priorizar o velho “Honra ao mérito”, e não a cor da pele do aluno ou o orifício corporal através do qual preferem sentir prazer?
Sinceramente? Não sei!
A minha previsão é que esses canalhas serão extremamente resistentes. Assim, para desengastar essa turma das mamatas e benesses, vão ter que tomar muita porrada.
Bolsonaro! BAIXE O CACETE NESSES CANALHAS!!!!! Se precisar de ajuda, me chame.
Imprensa Diária quinta, 06 de setembro de 2018
ERA PREVISÍVEL: O PT ATROPELA O TSE
ERA PREVISÍVEL: O PT ATROPELA O TSE
Diego Escosteguy
Surpresa não há: o PT resolveu ignorar as sucessivas decisões de ministros do TSE contrárias ao partido. Elas determinam o simples: que o partido se abstenha de manter Lula como candidato na propaganda de TV e de rádio. Estipulam multa de até R$ 500 mil.
O PT age assim porque pode. Porque está acostumado a descumprir as leis eleitorais sem receber qualquer punição. E porque seus dirigentes enxergam a campanha atual como um processo de enfrentamento direto com as instituições que administram as eleições. Para o partido, a Justiça – o Judiciário – é mais um inimigo a ser abatido. Virou um obstáculo aos planos da sigla de retomar o poder.
A falta de punição vem de longe. Desde o mensalão, o PT – assim como outros partidos – engajou-se em práticas criminosas, envolvendo até as contas eleitorais da legenda. Houve fraudes, lavagem de dinheiro, corrupção. Tudo isso desde a campanha presidencial de 2002. Os crimes prosseguiram; a leniência da Justiça, também.
O resultado está à mostra. O PT só cumprirá determinações judiciais se a Justiça – em especial a Eleitoral – punir o partido com os rigores que a lei prevê. Ou, vá lá, algum rigor que seja.
Mesmo que os ministros do TSE sejam firmes, como não foram ao final da sessão da última sexta, o PT atacará politicamente qualquer decisão judicial que atrapalhe seus planos de voltar à Presidência da República.
O PT, portanto, segue em sua estratégia de guerrilha, buscando vitórias onde quer que elas estejam, de qualquer maneira possível, sem respeito algum às instituições do Estado Democrático de Direito. É uma estratégia que dá certo. Os inimigos do PT – queiram eles ou não ser considerados como inimigos – estão na Justiça. Quanto mais esses inimigos vacilarem, hesitarem, mais o partido, como de hábito, tripudiará. Prevalecerá.
A maioria dos ministros do TSE ainda não entenderam isso. Não compreenderam que o PT fará de tudo – tudo – para voltar ao Planalto. O que inclui subtrair a legitimidade e a autoridade de quem quer que seja. Até de ministros da Suprema Corte.
A apresentação da candidatura de Lula é uma farsa. Ou, para ficar no termo da moda, é fake. As fake news realmente perigosas são as que tem uma verossimilhança com fatos reais, parecem explicar “mistérios” e reforçam preconceitos.
O script do fake lulista está perfeitamente descrito no artigo de opinião que publicou no (desavisado?) The New York Times. É a mesma narrativa de muitos anos atrás, a do pobre (com patrimônio de 7,9 milhões declarado à justiça eleitoral) representante de anseios populares perseguido por elites raivosas aliadas à imprensa e o Judiciário.
Essa narrativa foi amplamente desmentida pelos fatos, mas fakes não se interessam nem buscam fatos. É o que o historiador Timothy Snyder recentemente abordou num livro (The Road to Unfreedom) que está fazendo grande sucesso ao descrever e explicar fenômenos de líderes populistas do século 21 ao redor do mundo.
“O líder”, escreve o historiador, “se apresenta sozinho e caminha sozinho, pois ele vê qual é o futuro da política e sabe o que tem de ser feito”.
No caso do PT, o que tem de ser feito é o que Lula sempre mandou fazer: ele está em primeiro e em último lugar. Ninguém cresce à sombra dele ─ o que se tornou, neste momento, muito mais um problema do que uma qualidade do partido, mas dane-se o partido.
Nenhum dos componentes do fake eleitoral lulista escapa ao clássico da charlatanice, mentira e enganação, além de se constituir numa grotesca narrativa de fatos históricos brasileiros recentes. Mas a questão não é essa. A pergunta correta é indagar quais as razões pelas quais esse fake (o da vitimização, perseguição e conspiração de elites contra o homem do povo) recebe uma forte adesão por parte de considerável número de eleitores, a julgar pelas pesquisas de intenção de voto.
Não há nada em Lula remotamente parecido a Mandela, o homem que sai da cadeia com uma visão de História e de seu papel nela, e de sua missão de levar um país inteiro para além do monstruoso regime do apartheid. Mesmo assim o PT consegue iludir até plateias no exterior a respeito de um “mártir” que nunca mostrou grandeza moral começando pela conduta frente a amigos e pessoas próximas.
Para tentar responder a questão acima, é obrigatório constatar que Lula representa, sim, uma parte considerável da mentalidade e do caráter de todos nós, sociedade brasileira, que inclui desprezo pela lei, apego ao estatismo, à distribuição do dinheiro público aos mais variados segmentos, incluindo do empresariado e sistema financeiro.
Resta então mais uma e decisiva indagação para este momento particular do processo político eleitoral: quantos votos Lula transfere para seu poste?
Mais votos do que seria agradável reconhecer levando em consideração o papel central do PT no alargamento da corrupção endêmica do País e o papel peculiar que o próprio Lula representou ao ridicularizar e banalizar instituições, começando pela da Presidência. Mas menos votos do que seria necessário para “garantir”, desde já, seu poste no segundo turno.
Pois o fake Lula tem sido nos últimos três anos o exemplo sobretudo do chefão político que perdeu o senso de realidade e cometeu um erro atrás do outro. Dilma foi o maior erro de sua vida, mas, desde o começo de 2016, Lula deixou claro a seus adversários ─ e de graça ─ que não era o dono das ruas e que não conseguiria mobilizar gente suficiente para impedir a derrubada do governo petista.
Ironicamente, vai chegando ao ponto no qual conseguir colocar um poste no segundo turno (a probabilidade existe, mas não a vejo tão forte) seria um feito extraordinário, depois do que hoje se sabe sobre o período lulopetista. E, ao mesmo tempo, o seu fim.
A dois meses da eleição para escolher o próximo presidente da República, está na hora de dizer com franqueza algumas coisas possivelmente incômodas a respeito do deputado Jair Bolsonaro, o candidato mais discutido desta e talvez de qualquer outra eleição presidencial brasileira. Não há lembrança de nenhuma figura parecida com ele. Nunca alguém foi tão odiado pelos adversários como Bolsonaro. Nunca um candidato a qualquer coisa neste país encontrou tanta oposição nos meios de comunicação quanto ele. Nunca houve tanto esforço para implodir uma candidatura quanto o que está sendo feito contra a sua. Ninguém, antes dele, foi descrito com tanta indignação como uma ameaça à democracia, à população brasileira e à própria ideia de uma vida civilizada no Brasil. Mas em algum ponto, ao longo dessa caminhada, perdeu-se o contato com certas realidades que não irão embora só porque não se fala delas. Seria bom lembrar um pouco quais são. A primeira é que o deputado Bolsonaro não é uma ameaça, definitivamente, para os milhões de brasileiros que vão votar nele — ao contrário, acham que o homem é uma solução, e têm o direito de achar isso. É útil lembrar, também, que ninguém é obrigado a votar “certo”. A lei diz apenas que você pode votar em quem quiser, e não estabelece controles de qualidade para o seu voto; não é pecado votar em Bolsonaro, nem um ato de virtude votar nos outros candidatos, ou vice-versa. Enfim, é preciso ter em mente que Bolsonaro só chegará à Presidência da República se a maioria absoluta dos brasileiros decidir que o presidente deve ser ele.
Eis aí, mais uma vez, a questão que jamais se cala: a democracia é uma coisa perigosa. Não serve, positivamente, para quem não está disposto a conviver com a ideia de que eleições são decididas por maiorias, e maiorias frequentemente são estúpidas. Quer dizer: podem, o tempo todo, tomar a decisão de votar justo naquele que você acha o pior candidato. Não gosta disso? Então você está com um real problema. A massa do Brasil é essa aí que existe hoje; pode ser altamente insatisfatória, mas é a única disponível. Não é sua função, além do mais, fazer o trabalho de Deus Pai; não lhe cabe separar o bem do mal. É muito simples: não é a maioria dos votos que decide o que é a verdade. Maiorias servem para eleger governantes, não para estabelecer a virtude, ou para definir quem tem razão, ou para tornar as pessoas felizes. A eleição de outubro, muito simplesmente, vai mostrar qual é o Brasil que existe na vida real — se Bolsonaro ganhar, é porque o Brasil de hoje é mais parecido com ele do que com os seus adversários. Isso não transforma os eleitores do deputado em seres humanos piores ou melhores. Quer dizer apenas, caso acabe vencendo, que são mais numerosos.
Tudo isso, naturalmente, serve para qualquer outro dos candidatos com possibilidades reais de suceder ao presidente Michel Temer. Mas um eventual sucesso de Bolsonaro, ou mesmo uma simples votação em massa no seu nome, é algo que não está sendo visto apenas como um dos azares comuns de uma disputa eleitoral. Pela descrição feita até agora por quase todos os formadores de opinião, comentaristas políticos e personalidades de primeiro plano na vida pública brasileira, isso seria uma desgraça histórica ─ a negação, segundo asseguram, das liberdades, direitos e garantias que fundamentam os regimes democráticos, é um convite à autodestruição do país. Será realmente assim, ou algo parecido? Para saber com certeza é preciso, antes de mais nada, que Bolsonaro seja mesmo eleito presidente da República, coisa bem mais fácil de discutir do que acontecer na vida real – sabe lá Deus quanta água vai rolar até 7 de outubro, dia marcado para o primeiro turno, e dali para a frente. Uma coisa é certa. Bolsonaro pode ser o pior candidato de todos os que se apresentaram para suceder a Michel Temer. Pode até ser o pior da história. Mas a solução para o eleitor que acha isso está aberta o tempo todo: basta não votar nele.
O que seguramente não deu certo, até agora, foi o esforço para apresentar Bolsonaro como uma espécie de filme-catástrofe ─ ou melhor, só deu certo para ele. A simpatia pelo candidato na mídia foi e continua sendo zero. Pior que isso, na verdade: a irritação que Bolsonaro provoca nos jornalistas é algo provavelmente sem precedentes na história da imprensa brasileira. Sua situação não melhora fora da mídia. Politicamente ele continua isolado. Em quase dois anos como candidato à Presidência, conseguiu o apoio de um único partido entre os 35 que estão aí; é tudo o que tem para disputar a Presidência. Já sofreu mais de trinta pedidos de cassação de seu mandato na Câmara dos Deputados. Tem menos de dez miseráveis segundos de tempo na propaganda obrigatória da televisão. Em matéria de dinheiro para campanha, então, é mais pobre que um caça-ratos desempregado. Antes de receber o primeiro voto já se discute seriamente a hipótese de ser pedido o seu impeachment como presidente; da mesma forma, condenam-se as suas possíveis intenções de fechar o Congresso Nacional e criar uma ditadura no Brasil depois de eleito. Mas apesar de todos esses contratempos, Bolsonaro foi crescendo até chegar onde está. O que houve?
Houve, pelo jeito, que os meios de comunicação, os partidos e quem mais influi na política estão falando uma coisa e grande parte dos brasileiros está pensando outra. Ou seja, quanto mais batem em Bolsonaro, mais aumenta o número de eleitores que querem votar nele ─ porque muita gente acha certo, justamente, aquilo que os críticos apontam como seus piores pecados. Onde vaiam, o público aplaude. É duvidoso, na verdade, que o eleitor esteja muito incomodado com a falta de preparo de Bolsonaro, um dos pontos mais bombardeados de sua candidatura. Num país que já foi presidido por Dilma Rousseff fica difícil, francamente, imaginar alguém que consiga ser pior ─ e, de mais a mais, qual é o preparo da candidata (e já ex-candidata) Manuela d’Ávila, por exemplo, e outros que valem o mesmo que ela? Também não parece, até o momento, que o eleitorado esteja sentindo a necessidade de saber, já, quem vai ser o ministro da Economia de Bolsonaro, se também não sabe os ministros da Economia de nenhum outro candidato. É mais ou menos a mesma coisa com o programa de governo. O programa de Bolsonaro, por tudo que foi possível saber até agora, é uma perfeita escuridão. Acontece que a maioria dos demais candidatos propõe a mesma charada. A ideia mais ambiciosa que apareceu até agora foi acabar com o serviço de proteção ao crédito.
O problema são as outras coisas. A artilharia verdadeiramente pesada cai em cima de Bolsonaro quando ele diz que é contra as cotas para negros, que os quilombolas vivem na vadiagem ou que o território das reservas indígenas deveria ser reduzido. O candidato desperta escândalo quando é acusado de homofobia, por negar que os homossexuais sofram mais violência do que a média dos brasileiros ─ ou por declarar-se contra a exposição, nas escolas, das ideias segundo as quais pertencer ao gênero feminino ou masculino não é uma realidade fisiológica, mas uma questão de livre escolha por parte dos alunos. Deixa os adversários indignados ao dizer que Lula e o PT são inimigos do Brasil. É especialmente ofensivo, aos olhos de seus juízes, quando aplaude o regime militar e a repressão aos grupos armados que agiam para derrubar o governo. Em sua visão, as duas partes estavam em guerra ─ e na guerra é preciso matar o inimigo. O candidato se faz detestar, também, quando apoia o agronegócio e faz pouco dos “agrotóxicos”. É acusado de ser um delinquente social quando se declara contra o MST, a “reforma agrária”, ou a invasão de imóveis nas cidades ─ ou contra a legalização de drogas, o desarmamento da policia e os “programas sociais” como bolsa-família, bolsa-pesca e por aí afora. Atrai ataques exasperados quando nega que o crime seja um problema social; acha que é falta de policia, direitos excessivos para os criminosos e impunidade geral.
O nó complicado que se formou em volta da candidatura de Jair Bolsonaro está justamente aí ─ os brasileiros que pretendem votar nele estão convencidos de que as posições descritas acima, que tanto estupor causam em seus críticos, são o máximo em matéria de boa política. O que a mídia apresenta como denúncia os seus eleitores tomam como elogio. Os argumentos utilizados contra ele se transformam, para milhões de eleitores, em argumentos a favor. A questão, no fim das contas, talvez não seja exatamente o candidato Bolsonaro. A questão é o tamanho desse Brasil que vê nele o seu herói, defensor e espelho. É o que a eleição para presidente vai mostrar.
Imprensa Diária sábado, 03 de março de 2018
RAQUEL DODGE COLOCA FACA NO PESCOÇO DE TEMER
Imprensa Diária segunda, 29 de janeiro de 2018
ARNALDO JABOR DETONA LINDBERGH E GLEISI
Imprensa Diária sexta, 05 de janeiro de 2018
FORO PRIVILEGIADO - VOTAÇÃO NO SUPREMO - APELO
Imprensa Diária terça, 02 de janeiro de 2018
PREVISÕES PARA 2018
ESTAS SÃO AS PREVISÕES PARA 2018. EM JANEIRO DE 2019, SE DEUS NOS PERMITIR, VOLAREMOS AQUI PARA CONFERI-LAS.
Chega logo 2018! Saiba as previsões de videntes para o próximo ano
Especialistas alertam para possíveis tragédias, mas afirmam que 2018 será melhor que 2017. Astrólogo João Bidu, sensitiva Márcia Fernandes e cartomante Sara Zaad falam sobre política, famosos e Copa do Mundo
ATUALIZADA ÀS
GABRIELA MATTOS
Rio - Para quem achou 2017 caótico, uma boa notícia: videntes afirmam que 2018 será melhor. O ano será propício para os setores ligados ao comércio, a economia no país deve estabilizar e o estado do Rio pode sair da crise. No entanto, nem tudo será perfeito. Entrevistados pelo DIA, a sensitiva Márcia Fernandes, o astrólogo João Bidu e a cartomante Sara Zaad preveem tragédias e dificuldade do Brasil em vencer a Copa do Mundo. Eles também comentaram sobre as eleições e o futuro das celebridades.
O ANO
João Bidu: Júpiter é o planeta da prosperidade e, no horóscopo solar, o Brasil vai ocupar a 3ª Casa Astral, que é um setor de boas energias. Para o comércio, as perspectivas são muito boas. Não só no âmbito interno, mas especialmente nas parcerias que podem ser feitas com outros países, inclusive com os nossos vizinhos. Setores ligados à farmácia, química, pesquisas, mercado de ações, seguros, refrigeração, serviços de esgoto e limpeza receberão ótimas influências. Educação, meios de comunicação e viagens também devem ter um ano próspero.
Márcia Fernandes: 2018 será um ano bom. Com muita falcatrua na política ainda, infelizmente. Mas muita gente vai ser presa. Vai ser um ano de Justiça. As pessoas que fazem o mal vão ter que pagar. Vai ter um epidemia nova no mundo e a cura de outra epidemia. Vai ter muita morte súbita, a maioria [das pessoas] vai ter infarto. Um ano de muita mulher grávida. Vai ter uma melhora 'de dinheiro' no segundo semestre. O pré-sal vai ter em alta. É um ano de muito maremoto.
Sara Zaad: Em 2018 haverá avanços tecnológicos, que vão trazer vacinas e curas de várias doenças. Será um avanço superior aos últimos dez anos. Vamos ter uma descoberta bombástica a respeito de um juiz, que vai trazer grande comoção e revolta no país. Em questões mundiais, vejo grandes alianças sendo feitas em prol da paz. O extremismo continua. No próximo ano, uma grande revolução unindo vários países começará a dar fim em questões como guerra e terrorismo.
ELEIÇÕES
João Bidu: Esta pergunta remete diretamente ao ex-presidente Lula. Júpiter, planeta da sorte, está no signo dele, trazendo luz e sorte. No entanto, de 10 de março a 10 de julho, Júpiter estará em movimento retrógrado, indicando muitos aborrecimentos com assuntos judiciais. Mas os escorpianos Geraldo Alckmin e Ciro Gomes também podem enfrentar os seus perrengues. O que parece bem claro é que as chances de vitória do ariano Jair Bolsonaro são muito reduzidas, pois Júpiter está justamente em sua 8ª Casa Astral, sempre sinal de perdas. Se Lula vencer os obstáculos com a Justiça, pode vencer, pois a partir de 10 de julho Júpiter volta ao seu movimento normal.
Márcia Fernandes: Ainda não sabemos os candidatos, então não dá para saber qual vai ser o próximo presidente. É um ano indicado para Jair Bolsonaro, mas não afirmo.
Sara Zaad: Lula fará alianças com a direita. O ex-presidente pode trocar ou se aliar a outro partido, e tem chances de ser eleito. Ele jogará as cartas na mesa, falará tudo o que tem a dizer, principalmente sobre alguns políticos, entre eles Bolsonaro. Lula seria eleito, mas outros nomes vão surgir. Uma mulher ligada intimamente ao deputado Jair Bolsonaro fará revelações sobre o temperamento do deputado que, na verdade, é bem diferente do que ele passa para seus eleitores.
CRISE NO ESTADO
João Bidu: O Rio é de Peixes, um dos signos mais iluminados de 2018. Júpiter promete trazer mais turistas, recursos de fora, inclusive do exterior. Urano em Touro tem tudo para trazer ideias novas e revolucionárias para melhorar o relacionamento das pessoas, com reflexos no setor financeiro. Saturno em Capricórnio indica sucesso em eventos sociais e atração de grandes empresas. Se depender dos astros, 2018 tem tudo para ser o ano da redenção do estado do Rio. Pezão é de Áries, 29 de março. Com Júpiter na sua 8ª Casa Astral e ainda retrógrado de março a julho, o governador pode sofrer grandes revezes, problemas com a saúde, sendo muito grande a chance de ele deixar o governo.
Márcia Fernandes: A crise no estado só melhora. A situação de [Luiz Fernando] Pezão é péssima, muito ruim para ele. Vejo muita Justiça sendo feita. Para ele vai ser péssimo. O estado começa a melhorar a partir de agosto.
Sara Zaad: Pezão será incriminado em vários casos e terá um mandado de prisão expedido. No entanto, ele conseguirá ficar em prisão domiciliar. Muitos empresários, políticos e outros nomes conhecidos no Rio serão uma surpresa para o Brasil em termos de grandes desvios e roubos do dinheiro público. No estado, a situação econômica só tende a piorar. Greves, paralisações e manifestações serão comuns em 2018.
CELEBRIDADES
- Fátima Bernardes
João Bidu: Virginiana do 3º decanato, ela "escapou" de um escorpiano [William Bonner] e caiu nas "garras" de outro. Júpiter pode dar uma força legal para o romance deslanchar, mas a influência de Saturno pode levá-la a repensar a relação e se encantar por um homem mais velho.
Márcia Fernandes: Vai ser um ano bom para ela e para Túlio [Gadêlha].
Sara Zaad: O mais novo casal da TV brasileira terá muitos desencontros em 2018, causando uma péssima energia na relação que não durará. Fátima vai conhecer uma nova pessoa no fim do ano, com quem ficará por muitos anos. Ela é tranquila e romântica, não é de trocar de parceiros, mas neste caso será a pessoa certa no momento exato.
- William Bonner
João Bidu: Com Júpiter no seu signo, o escorpiano do 3º decanato deve viver um ano de grandes emoções na vida sentimental. Urano entra em sua 7ª Casa e fala em mudança com relação a casamento. A entrada de Saturno em Capricórnio pode aumentar ainda mais o seu prestígio profissional.
Márcia Fernandes: Bonner continua com a mesma namorada, inclusive com possível cansamento.
Sara Zaad: William ficará muito instável e isso será notado por sua atual companheira. Há grandes chances de recaídas por causa de Fátima. Ele vai continuar com seu relacionamento, mas entres altos e baixos. O arrependimento pela separação será notado muitas vezes durante 2018. No lado profissional, ele será bem sucedido. Bonner precisa ter cuidados com depressão e outras doenças do gênero.
- Anitta
João Bidu: Ariana autêntica, ela é ousada, batalhadora, corajosa e sedutora. A diva vai contar com as energias generosas de Júpiter na 8ª Casa Astral durante boa parte do ano. Ela poderá se deparar com algumas contrariedades entre início de março e julho, mas o segundo semestre será de expansão e mudanças positivas na vida profissional e pessoal. Saturno revela que o trabalho estará na linha de frente, com grandes possibilidades de reconhecimento e sucesso na carreira internacional.
Márcia Fernandes: Anitta vai explodir no mundo, vai ser igual a Shakira. Vai ter muito dinheiro, sucesso no mundo. Para o fim do ano ela deve querer um bebê, provavelmente vai engravidar.
Sara Zaad: O sucesso da cantora em termos mundiais vai fazer sua fortuna triplicar em 2018. No entanto, a vida de Anitta é uma guerra dela com ela mesma. A cantora tenta provar para si que pode ser o que ela já é e não vê. Em termos emocionais, Anitta sofre de instabilidade emocional constante e muita solidão. Tem um amor em segredo não correspondido e muitas dúvidas sobre ela mesma.
- Neymar
João Bidu: Aquariano de 5 de fevereiro, 2º decanato. Vai ter de enfrentar Saturno em seu inferno astral, sinal de risco de contusões e problemas com coisas do passado. Algo envolvendo a família também pode afetar seu astral. Mas estará em alta, podendo viver um dos melhores anos de sua carreira, inclusive na Copa do Mundo. Boas possibilidades de reatar namoro com Bruna Marquezine.
Márcia Fernandes: Ele vai ter um ano maravilhoso, mas sem um grande amor.
Sara Zaad: Em uma canalização, vi Neymar muito triste, abatido. Vai ter um problema de saúde na família dele, que afetará o desempenho de Neymar. Uma perda familiar ou doença grave, mas nada com ele.
- Ivete Sangalo
João Bidu: Ela é do 1º decanato de Gêmeos. As mulheres deste signo têm grande tendência de ter filhos gêmeos e Ivete está aí para provar. Mas em 2018 ela pode enfrentar alguns perrengues, pois Urano e Saturno, dois planetas complicadinhos, ocuparão posição delicada no horóscopo do seu signo. Certamente ela terá de fazer alguns sacrifícios, se impor algumas limitações e ter muito cuidado para não ser alvo de fofocas maldosas. Saúde e trabalho, porém, estão bem protegidos por Júpiter.
Márcia Fernandes: A vida dela será maravilhosa. Ela vai descansar uns quatro a seis meses. As crianças serão maravilhosas. Ela estará mais materna esse ano.
Sara Zaad: O sucesso está garantido para a Ivete. No entanto, algumas revelações sobre brigas, segredos e mau uso do livre arbítrio vão trazer desconforto. Ela terá uma depressão pós parto e fará uma grande campanha para mobilização deste problema entre as mulheres. Em questões emocionais, será um ano muito difícil. No fim de 2018, a cantora apresentará um novo trabalho que será sucesso em vários países .
COPA DO MUNDO
João Bidu: Nossa seleção vai para a Rússia na condição de favorita. Alguns astros favorecem: o Sol em Gêmeos e Câncer, por exemplo, é muito favorável. Urano (que tem tudo a ver os toques modernos que o técnico Tite implantou na Seleção) em Touro pode ser muito útil para vitórias no estrangeiro. Porém, Júpiter e Saturno podem jogar água no nosso chope. O primeiro estará na sua 3ª Casa Astral, posição favorável, mas em movimento retrógrado. Ou seja, falta de comunicação, fofocas e erros de arbitragem podem pintar na área. Saturno, em Capricórnio, paraíso astral do Brasil, também estará retrógrado. Em vez de muita sorte, pode anunciar dificuldades contra equipes com maior média de idade. A Seleção tem condições de trazer o caneco, mas será muito mais difícil do que grande parte da torcida imagina.
Márcia Fernandes: Muita coisa pode mudar até lá por conta da energia de cada pessoa envolvida. Se fosse hoje, a final seria entre Brasil e Alemanha.
Sara Zaad: Brasil ficará em segundo lugar, com uma final disputada nos pênaltis. O time vencedor será europeu. Haverá a contusão de um jogador importante nas quartas-de-final, afetando o desempenho do time. Neymar não fará um excelente desempenho na Copa. Surpresas e destaques: Portugal, Inglaterra, França.
TRAGÉDIAS
João Bidu: Previsões de catástrofes e acidentes graves no país. Em um ano em que temos Júpiter em Escorpião pode aumentar o risco acidentes, principalmente com água ou fogo. Os grandes eventos e os esportes coletivos podem ser alvo de atos violentos. Ataques de caráter político ou religioso também podem acontecer.
Márcia Fernandes: Um homem maravilhoso de televisão deve morrer esse ano. Fora da TV, um homem preso político morre ou matam.
Sara Zaad: O início do ano será marcado por desabamentos, latrocínio e violência. Além de todos os problemas climáticos de Santa Catarina, cairá também uma aeronave de pequeno porte contendo umas cinco pessoas. Entre elas, um casal da política muito importante. A aeronave cairá no mar e a morte de uma mulher será inevitável.
Imprensa Diária domingo, 17 de dezembro de 2017
GILMAR: NEGÓCIO SUSPEITO
NEGÓCIO SUSPEITO
Por conta de sua atuação controversa, Gilmar Mendes tem desagradado à direita e à esquerda
O Ministério Público do Mato Grosso está prestes a oferecer denúncia contra o ex-governador do Estado Silval Barbosa e outras quatro pessoas por atos de improbidade administrativa. Seria apenas mais um processo contra um ex-governador de Estado, preso por quase dois anos acusado de chefiar uma organização criminosa, se não envolvesse uma das figuras mais controvertidas da República, dono de um proeminente assento no Judiciário brasileiro: o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes.
A denúncia tem como base uma longa investigação, concluída pelo MP em novembro, sobre a aquisição de uma universidade particular pelo governo do Mato Grosso durante a gestão de Silval Barbosa. ISTOÉ teve acesso ao inquérito. Nele, o MP diz que a transação foi marcada por “práticas de ilícitos morais administrativos”. A instituição de ensino, localizada no pequeno município de Diamantino, foi fundada em 1999 por Gilmar Mendes e sua irmã, Maria da Conceição Mendes França. Os dois eram sócios no negócio. No ano seguinte, para poder assumir a Advocacia-Geral da União, Gilmar teve de repassar sua parte na sociedade à irmã. Em 2013, Maria da Conceição vendeu a instituição para a Unemat, a Universidade do Estado do Mato Grosso, por R$ 7,7 milhões. O governo adquiriu 100% da unidade, incluindo toda a estrutura de salas de aula, laboratórios e biblioteca dos quatro cursos de graduação (Direito, Administração, Educação Física e Enfermagem). E instalou ali o campus Diamantino da Unemat.
A investigação do MP
O diabo mora nos detalhes. A compra, segundo o MP, esteve eivada de irregularidades. Além da suspeita de superfaturamento, o negócio foi realizado com recursos extra-orçamentários do Estado e sem autorização da Assembleia Legislativa. A Promotoria apontou ainda falta de planejamento do governo na hora de efetivar a compra, ao lançar luz para a ausência de estruturação do corpo docente e para as condições precárias das instalações. Outra particularidade da venda da universidade que chamou a atenção do Ministério Público foi a diferença na metragem do terreno informada por Maria da Conceição em comparação com o estudo realizado por técnicos do governo. Segundo o MP, “a referida unidade de ensino foi previamente avaliada pela Coordenadoria de Avaliação de Imóveis com área total 164.852,49m2 e área construída de 5727,93m2 (4.967,93m2 edifício e 760m2 galpão). Porém, ao ofertar a referida unidade ao Estado, a sócia diretora da UNED, Maria da Conceição Mendes França, especificou metragem distinta, a saber: área total de 16.4852 ha e área construída de 7.565,21m2”. Inicialmente, Maria da Conceição chegou a oferecer o campus ao Estado por R$ 8,1 milhões, mas uma avaliação da Secretária de Administração apontou que o campus valia R$ 7,7 milhões, valor final do contrato. O decreto nº 1931 que selou o negócio foi assinado por Silval Barbosa em 13/09/2013.
Procurado pela reportagem da ISTOÉ, o ministro Gilmar Mendes confirmou que foi sócio da UNED até o ano 2000, quando assumiu a Advocacia-Geral da União, mas disse que não teve qualquer participação na venda da universidade. Em Brasília, no entanto, até as emas que circulam pelos jardins dos palácios sabem que é praxe no serviço público a transferência de propriedades para parentes somente para se enquadrar às imposições legais. Uma mera formalidade. Na prática, em geral, os antigos donos continuam a influir nos destinos das empresas. É o que os indícios apontam aqui nessa transação para lá de suspeita. Embora Maria da Conceição tenha sido formalmente a responsável legal pela celebração do negócio, é difícil crer que uma senhora de 63 anos, residente no interior do Mato Grosso, tivesse acesso direto ao governador de seu Estado a ponto de convencê-lo a comprar uma universidade particular deficitária, localizada em um município de apenas 21 mil habitantes. Pior quando o governador em questão é Silval Barbosa. Em 2015, depois de ser alvo de um mandado de busca e apreensão em sua casa, ele foi flagrado num grampo da Polícia Federal em conversas no mínimo impróprias com Gilmar Mendes. “Que absurdo isso. Um abraço aí de solidariedade”, afirmou o ministro do STF no diálogo telefônico. Em 2013, o próprio Gilmar resumiu assim sua relação com Silval: “Somos amigos de muitos anos, sempre temos conversas muito proveitosas”. Além dos laços estreitos com o ex-governador, a influência que o ministro Gilmar Mendes exerce até hoje no Mato Grosso é pública e notória. Numa das discussões mais acaloradas já vistas no Plenário do Supremo, em 2009, o ex-ministro Joaquim Barbosa usou esse argumento para atacar seu colega de Corte. “Vossa Excelência quando se dirige a mim não está falando com os seus capangas do Mato Grosso”, disse Barbosa.
Outra importante questão que se impõe envolvendo a estatização da UNED é por que o Estado compraria uma universidade particular quando o mais comum é o caminho inverso, da privatização? No momento da aquisição da UNED, a Universidade do Estado do Mato Grosso já possuía 11 campus e estava em processo de compra de um 12º prédio. Depois desse negócio, a Unemat não adquiriu mais nenhuma instituição particular. Ou seja, tratou-se de uma compra sui generis – singularíssima, obviamente. No inquérito, o próprio Ministério Público concluiu que não havia previsão, por parte do governo, de expandir suas atividades para a região de Diamantino, o que levanta mais suspeitas sobre a compra. “Em nenhum momento se vislumbra um estudo a respeito do impacto na folha de pagamentos da Unemat, notadamente, ante a necessidade de realizar concurso público. Eis a razão pela qual o quadro de funcionários da instituição é majoritariamente integrado por funcionários contratados precariamente”, disse o promotor responsável pelo caso, Daniel Balan Zappia.
Chamada a prestar depoimento ao MP em agosto de 2016, a irmã de Gilmar Mendes negou as irregularidades. Alegou que sua universidade enfrentava dificuldades financeiras, devido à inadimplência dos alunos. Eram cerca de 900 alunos em 2013. Na investigação, porém, o MP revelou a prática de ilícitos. A promotoria ainda não decidiu como irá enquadrar a irmã do ministro do Supremo, mas a principal ponta do outro lado do balcão, o ex-governador Silval Barbosa, será denunciado com base em três artigos da Lei de Improbidade Administrativa.
O MP não descarta a ligação entre a estatização da universidade de Diamantino e a contratação do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) – por coincidência, de propriedade de Gilmar Mendes – para realização de um concurso público a fim de recrutar 430 servidores à Assembleia Legislativa do Estado. O edital também foi alvo de investigação pelo Ministério Público. O IDP é outra incursão do ministro Gilmar Mendes no mundo acadêmico e que também já levantou uma série de suspeitas.
Fundado em 1998 em Brasília, o IDP oferece cursos, presenciais e à distância, de graduação, extensão, especialização e mestrado nas áreas de Direito e Administração Pública. Gilmar Mendes é um dos sócio-fundadores do Instituto. Desde sua fundação, a instituição de ensino está rodeada de polêmicas. Uma delas é justamente a atuação de Mendes no IDP enquanto ministro do STF. Fala-se em conflito ético. Entre 2003 e 2008, o IDP fechou convênios de pelo menos R$ 1,6 milhão, incluindo com órgãos do governo federal, sem licitação. Neste ano, a Lava Jato descobriu que o Instituto recebeu R$ 2,1 milhões do grupo J&F, holding que controla a JBS, como patrocínio para cinco eventos.
O empresário Jacob Barata Filho foi solto três vezes por Gilmar Mendes, seu padrinho de casamento
Holofotes Agora enredado em mais uma suspeita, Gilmar Mendes durante muito tempo despontava como um integrante da ala técnica do STF, junto com outros ministros, como Celso de Mello e Ayres Britto. A formação de Gilmar sempre foi muito respeitada. De repente, porém, não se sabe exatamente porque, o ministro abandonou a liturgia da toga e passou a buscar a luz dos holofotes a todo custo. Começou a opinar sobre todos os assuntos de interesse do País. E habituou-se a manter discussões ásperas com colegas de STF. Invariavelmente suas posições vão contra os anseios da população em acabar com a impunidade contra políticos e poderosos. Com seus votos inflamados, Gilmar Mendes tornou-se uma figura controversa e impopular.
Entre as polêmicas recentes do ministro, estão votos pela soltura do empresário Eike Batista, o ex-ministro José Dirceu e o ex-deputado Eduardo Cunha. Gilmar também destila críticas às investigações da Lava Jato, disse que as prisões em Curitiba “se alongaram demais”, e agora, em mais um gesto contrário aos interesses da sociedade, quer revisar um entendimento do próprio STF que permite a execução da pena após confirmação da sentença em segunda instância. A medida beneficiaria diretamente condenados poderosos. Mas a decisão mais vulnerável de Gilmar envolve o empresário Jacob Barata Filho, conhecido como o “rei do ônibus” no Rio de Janeiro. Ele foi preso três vezes, e em todas elas, foi solto graças a habeas corpus da lavra de Gilmar. Acontece que o ministro foi padrinho de casamento da filha de Barata em 2013. Há relação de proximidade entre investigado e juiz. Existe um problema de ordem ética. Não aos olhos de Gilmar. Ele não vê conflito de interesse e nem se declarou impedido de julgar os casos de Barata Filho. Diz que o fato de ser padrinho de casamento não significa intimidade.
Em outubro deste ano, durante bate-boca acalorado com o ministro Luís Roberto Barroso, Gilmar foi encurralado: ouviu de seu colega de Tribunal que é um juiz que “destila ódio e muda a jurisprudência de acordo com o réu”. Barroso recomendou que Gilmar ouvisse uma música de Chico Buarque, que diz: “a raiva é filha do medo e mãe da covardia”. Faz sentido. Gilmar precisa ouvir mais os apelos das ruas, pois hoje é uma das poucas unanimidades num País dividido: ele consegue provocar reações de desagrado à direita e à esquerda.
Transcrito da revista IstoÉ
Imprensa Diária sexta, 27 de outubro de 2017
LULA ESTÁ COM AS ORELHAS INCHADAS DE TANTO OUVIR O GRITO DE LADRÃO EM CARAVANA POR MINAS
Imprensa Diária quinta, 12 de outubro de 2017
O FUTURO PODE ESTAR NA BUNDA - UM TEXTO DE MARCOS ANDRÉ
O oráculo definitivo
Se você anda desencantado com aquelas enroladas de previsões das linhas da palma da mão, da numerologia, cartas de tarot, signos, etc. Seus problemas se acabaram.
Saiba que existe e está muito na moda a Rumpologia, que vem a ser uma técnica que utiliza o “bumbum” como meio de predizer o futuro, buscar informações do passado e interpretar o perfil das pessoas através das “fissuras”, fendas, cavidades e dobras das nádegas.
Como pode-se notar, de todas as formas de ler o futuro, fazer adivinhações e conhecer mais a personalidade de alguém, a rumpologia é a mais original e criativa.
Vidente que lê o Futuro no traseiro dos Clientes
Para matar sua curiosidade e em busca de mais informações, a jornalista espanhola Antía Castedo, foi ao encontro e se submeteu a rumpóloga Sandra Amos, que trabalha no Reino Unido – lá a praticante é denominada de pythonisa das costas.
Sandra Amos disse que a nádega esquerda expressa o passado, enquanto que o futuro está ali mesmo, entre carne, músculo e celulite do lado direito”, revelou.
Antía, ao pesquisar o tema, observou que a referida metodologia não é algo tão incomum assim. Constatou que o método é bem antigo e praticado em vários lugares do mundo. Jackie Stallone, um astrólogo, sustenta que é um comércio tão antigo quanto o mais antigo dos negócios. Que os babilônios, os antigos gregos e os romanos já o praticavam”, disse a espanhola.
E saiba que tem gente famosa que pratica e aprova esta arte , é o caso da mãe de Sylvester Stallone, a senhora Jacqueline Stallone.
Uma dica para você. A rumpologista pode extrair diversas leituras analisando o seu bumbum, dentre elas, pode observar as seguintes formas:
• Forma de maçã – Você é uma vida carismática, dinâmica, criativa e prazerosa • Forma de pêra – Você é uma pessoa de caráter firme e paciente. • Forma redonda – Você é uma pessoa alegre e otimista. • Forma côncava – Você é uma pessoa negativa e deprimida
Se mesmo assim dúvida, veja o vídeo abaixo. Nele vemos um comediante que visitou uma rumpologista de verdade para aprender um pouco mais sobre a leitura de bundas:
Imprensa Diária sexta, 29 de setembro de 2017
ARNALDO JABOR COMENTA RECIBOS FAJUTOS DE LULA
Imprensa Diária quarta, 27 de setembro de 2017
LULA CONFESSA QUE MENTIU PARA GANHAR A ELEIÇÃO
Imprensa Diária terça, 27 de junho de 2017
UM BOM PALPITE - 68 - MACACO NA CABEÇA
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Citado 68 vezes…
Hum…
A dezena 68, no jogo do bicho, corresponde ao Macaco.
Um excelente palpite pra extração de hoje.
Daqui a pouco vou na banca de Elizama, minha apontadora – que trabalha na calçada do Bar Largura, aqui em Casa Forte -, pra fazer uma fezinha.
Vou cravar 13 diferentes jogos, de grupo, centena e milhar, pagando 13 reais por cada um.
Num total de 169 reais. Um investimento bicharesco.
Tenho muita esperança de faturar uns bons trocados e fechar o mês de junho com saldo positivo.
Imprensa Diária sexta, 09 de junho de 2017
ALEXANDRE GARCIA DESMASCARA JULGAMENTO DO TSE E ARRASA MINISTROS
Imprensa Diária segunda, 08 de maio de 2017
DÓRIA CHAMA LULA DE MENTIROSO, AO EXIBIR SUA CARTEIRA PROFISSIONAL
Imprensa Diária segunda, 01 de maio de 2017
PROMESSAS DE MAIO
Fernando Gabeira
Em maio, as manhãs no Rio costumam ser lindas e, ao entardecer, em Minas, começam a aparecer crianças vestidas de anjo. Mas é em Curitiba que grande parte da atenção se concentra. O depoimento de Lula diante de Sérgio Moro é tido como um grande momento. Talvez contra a corrente, acredito que nada de essencial será mudado.
Em confronto com as evidências que o ligam ao triplex de Guarujá e o sítio de Atibaia, Lula vai negar e, possivelmente, reafirmar que não há documento oficial que o ligue a essas propriedades. Imagino também que, se houver provocações, Sérgio Moro terá a habilidade e vai contorná-las, seguindo com as perguntas que realmente possam esclarecer.
A ideia de que um processo dessa natureza se resolve com manifestações políticas é mais um equívoco da esquerda. Aliás, apoiado em outro equívoco: o de que uma performance num interrogatório pode ser transformado numa alavanca para a campanha presidencial. Se, por acaso, têm como modelo o famoso “A História me absolverá” de Fidel Castro, independentemente de comparar oratórias, é gritante a disparidade de situações. Uma coisa é ser acusado de tramar contra a ditadura de Fulgêncio Batista, outra é ser acusado de receber propinas por negócios na Petrobras. Lula está numa situação incômoda, tentando revertê-la em seu favor, e apreensivo com a possibilidade de prisão. Algo que, creio, não vai acontecer. As forças de esquerda no Brasil jogam toda a sua sorte num líder carismático e resolvem acompanhá-lo na aventura, pois temem desaparecer sem ele.
Não sou muito de discutir processos, notas frias, assinaturas falsas. Talvez por isso me interesse mais pela experiência vivida, aquilo que meus olhos e ouvidos revelaram. Por exemplo, estou voltando de Porto Velho, onde aprendi um pouco sobre a história da Usina de Santo Antônio, aquela em que a Odebrecht comprou todo mundo: governador, senadores, deputados, centrais sindicais, polícia e índios.
A delação da Odebrecht fala que as centrais sindicais foram lá, a pedido da empresa e pagos por ela, para controlar os motins dos trabalhadores. O que o delator não contou é que a Odebrecht precisava terminar a obra com muita rapidez, pois assim teria um tempo para vender a energia no mercado livre, por um preço três vezes maior. Os trabalhadores foram submetidos a um intenso ritmo de trabalho, e por isso se rebelaram. Não é a maneira mais racional de reagir. Mas era um trabalho intenso no calor insuportável de Rondônia. Eu mesmo, depois de um dia de trabalho levíssimo se comparado com os deles, não me sentia muito capaz de reagir racionalmente. Não antes, pelo menos, de um banho frio.
As duas obras de Rondônia foram a famosa estrada Madeira-Mamoré, com o sacrifício de muitos na selva, e a Usina de Santo Antônio, imposta em ritmo extremamente duro para os trabalhadores.
A História vai registrar que a CUT e a Força Sindical se colocaram a serviço de uma empresa que, ansiosa por sobrelucros, oprimiu milhares de peões. Lula surgiu com aquela frase dos bagres impedindo a construção da usina. Como bom funcionário da Odebrecht, omitiu que não eram os bagres, mas todas as espécies de peixe que se movimentam no Rio Madeira para a reprodução.
O julgamento dos 20 mil trabalhadores, dos atingidos pela barragem, dos moradores da Jaci Paraná quando tomarem conhecimento de tudo isso, certamente vai dispensar a ida ao tabelião para buscar provas. É uma verdade histórica.
Com a insistência na negação suicida e jogando todas as suas fichas no destino de seu líder, se a esquerda sonha de verdade em chegar ao governo e não está apenas fugindo da polícia, é um sonho cinzento. Nas circunstâncias, dificilmente venceria e, se o fizesse, a resistência colocaria a todo instante a tentação totalitária.
Isso não é futuro, é punk. O que pode acontecer com essa insistência no erro é um cenário parecido com o da França, onde, por outros motivos, a esquerda nem chegou ao segundo turno.
Não tenho a pretensão de acertar num futuro tão nebuloso como o nosso. Mas algumas coisas, aprendi. O que fizeram na Usina de Santo Antônio, por dinheiro, foi uma vergonha. Todos os que se intitulam progressistas e embarcam nessa canoa furada do lulapetismo, diante do episódio não têm outra saída: ou engolem ou cospem.
Num artigo escrito há quase dez anos, previ que a experiência petista ia acabar numa delegacia da esquina. O artigo era “Flores para os mortos”. Talvez por isso, maio em Curitiba me pareça tão familiar como as lindas manhãs do Rio e os anjos subindo ladeira ao entardecer numa cidade histórica de Minas. A maioria da esquerda ainda acredita que nada aconteceu e que vai chegar ao poder. O interessante é que muitos que sabem o que aconteceu consideram possível essa hipótese.
Em maio, costumo delirar.
Imprensa Diária quarta, 26 de abril de 2017
MORO DECIDE ADIAR DEPOIMENTO DE LULA PARA 10 DE MAIO (O GLOBO)
Moro decide adiar depoimento de Lula para 10 de maio
Governo do Paraná pediu que audiência, marcada para dia 3, fosse remarcada
POR TIAGO DANTAS
/ atualizado
SÃO PAULO - O juiz Sérgio Moro decidiu adiar o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o dia 10 de maio às 14h. Ele atendeu a pedido feito pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná, que queria mais tempo para organizar a segurança de eventuais protestos. Inicialmente, a audiência estava marcada para o dia 3.
Em despacho, o juiz da Lava-Jato escreveu que: “É possível que, na data do interrogatório, ocorram manifestações favoráveis ou contrárias ao acusado em questão, já que se trata de uma personalidade política, líder de partido e ex-Presidente da República. Manifestações são permitidas desde que pacíficas”.
O juiz prosseguiu, dizendo que, “esclareço que, na referida audiência, será, por questões de segurança, permitida somente a presença do MPF, dos advogados do Assistente de Acusação, do acusado e de seus advogados e dos defensores dos demais acusados, sem exceções.”
Imprensa Diária quarta, 26 de abril de 2017
MORO DECIDE ADIAR DEPOIMENTO DE LULA PARA 10 DE MAIO (O GLOBO)
Moro decide adiar depoimento de Lula para 10 de maio
Governo do Paraná pediu que audiência, marcada para dia 3, fosse remarcada
POR TIAGO DANTAS
/ atualizado
SÃO PAULO - O juiz Sérgio Moro decidiu adiar o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o dia 10 de maio às 14h. Ele atendeu a pedido feito pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná, que queria mais tempo para organizar a segurança de eventuais protestos. Inicialmente, a audiência estava marcada para o dia 3.
Em despacho, o juiz da Lava-Jato escreveu que: “É possível que, na data do interrogatório, ocorram manifestações favoráveis ou contrárias ao acusado em questão, já que se trata de uma personalidade política, líder de partido e ex-Presidente da República. Manifestações são permitidas desde que pacíficas”.
O juiz prosseguiu, dizendo que, “esclareço que, na referida audiência, será, por questões de segurança, permitida somente a presença do MPF, dos advogados do Assistente de Acusação, do acusado e de seus advogados e dos defensores dos demais acusados, sem exceções.”
MORO DECIDE ADIAR DEPOIMENTO DE LULA PARA 10 DE MAIO (O GLOBO)
Moro decide adiar depoimento de Lula para 10 de maio
Governo do Paraná pediu que audiência, marcada para dia 3, fosse remarcada
POR TIAGO DANTAS
/ atualizado
SÃO PAULO - O juiz Sérgio Moro decidiu adiar o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o dia 10 de maio às 14h. Ele atendeu a pedido feito pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná, que queria mais tempo para organizar a segurança de eventuais protestos. Inicialmente, a audiência estava marcada para o dia 3.
Em despacho, o juiz da Lava-Jato escreveu que: “É possível que, na data do interrogatório, ocorram manifestações favoráveis ou contrárias ao acusado em questão, já que se trata de uma personalidade política, líder de partido e ex-Presidente da República. Manifestações são permitidas desde que pacíficas”.
O juiz prosseguiu, dizendo que, “esclareço que, na referida audiência, será, por questões de segurança, permitida somente a presença do MPF, dos advogados do Assistente de Acusação, do acusado e de seus advogados e dos defensores dos demais acusados, sem exceções.”
Imprensa Diária quarta, 26 de abril de 2017
DOS 24 PARLAMENTARES DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DF, 13 SÃO RÉUS EM PROCESSOS (CORREIO BRAZILIENSE)
Dos 24 parlamentares da CLDF, 13 são réus em processos no Judiciário
Há acusações em ações penais e por improbidade administrativa, entre outras; todos eles negam as denúncias
Há uma extensa lista de ações judiciais envolvendo deputados distritais. Alguns sofreram condenações em primeira e segunda instâncias e continuam a apresentar recursos. Entre os 24 parlamentares da Casa, 13 prestam contas ao poder Judiciário local ou federal, por meio de processos que vão de ações penais às de improbidade administrativa. Último a entrar na contagem, Lira (PHS) é suspeito de direcionar, de forma irregular, subsídios provenientes de emendas a eventos culturais. Contatados pelo Correio, todos os distritais negaram as acusações.
Imprensa Diária quarta, 26 de abril de 2017
PT QUER TRANSFORMAR EM EVENTO DEPOIMENTO DE LULA AO JUIZ SÉRGIO MORO (O GLOBO)
PT quer transformar em evento depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro
Partido considera que pedido de adiamento é tentativa de esvaziar o ato
POR CRISTIANE JUNGBLUT
/ atualizado
A Polícia Federal pediu para que Moro transfira o depoimento, inicialmente marcado para o dia 3 de maio, mas o juiz ainda não determinou o adiamento. O PT já estava mobilizando os movimentos sociais para uma manifestação em Curitiba no dia 3, e os dirigentes ainda divergem sobre manter ou não a manifestação diante da possibilidade de adiamento.
Eterno assessor de Lula, Gilberto Carvalho está fazendo a interlocução com os movimentos sociais. A avaliação de alguns petistas é que o adiamento teria o objetivo de tentar desmobilizar os militantes.
— É como uma festa de casamento: você se organiza para uma data, compra passagem, e, se a data muda, você diz que não vai mais — disse um petista.
Por isso, devido ao esquema já montado, alguns defendiam que a manifestação fosse mantida. Mas outros avaliavam que, caso o depoimento seja adiado, será necessário mudar a data para acompanhar o dia em que Lula de fato falar. Além da manifestação, no dia do depoimento Lula estará acompanhado de caciques do partido e de parlamentares.
Imprensa Diária terça, 25 de abril de 2017
FIM DO IMPOSTO SINDICAL (O GLOBO)
Reforma trabalhista: relator avisa não ceder 'um milímetro' em fim do imposto sindical
Rogério Marinho recebeu enxurrada de emendas ao texto
POR BÁRBARA NASCIMENTO / GERALDA DOCA
/ atualizado
Imprensa Diária segunda, 24 de abril de 2017
ODEBRECHT PAGOU PARA TER DOCUMENTOS SIGILOSOS (O GLOBO)
Odebrecht pagou para ter documentos sigilosos do governo e da Câmara
Delatores dizem ter subornado funcionários de órgãos ligados ao comércio exterior
POR O GLOBO
/ atualizado
O delator Antônio de Castro Almeida contou que o servidor Flávio Dolabella repassava para a construtora atas de reuniões do Cofig, ajudando a Odebrecht a se preparar para conseguir financiamento de obras no exterior.
- A gente tomava ações em função disso. Ele recebia R$ 15 por mês - afirmou o delator.
Na Camex, a secretária-executiva Lytha Spíndola agilizava os projetos de interesse da Petrobras, ainda segundo Castro Almeida. Ela teria recebido US$ 100 mil apenas em 2010 para atuar em favor da empresa na Camex e repassar documentos em primeira mão.
Mantidas as condições atuais, em que os principais nomes do PSDB se encontram com algo a explicar perante o eleitorado, resta ao partido apostar na projeção da sua maior novidade, o prefeito de São Paulo, João Dória. E ele, por sua vez, encontra-se à vontade nesse papel, haja vista a disposição de participar em qualquer evento onde possa passar o seu recado a um público distante do paulistano. Na última semana, por exemplo, fez isso no V Seminário Luso-Brasileiro de Direito, comandado pelo Instituto de Direito Público (IDP), do ministro Gilmar Mendes, e pelo professor Carlos Blanco, da Faculdade de Direito de Lisboa. O tema do seminário era Constituição e governança nos seus mais diversos aspectos.
Imprensa Diária sábado, 22 de abril de 2017
FAMÍLIA DE LULA PEDIU ANTECIPAÇÃO DAS OBRAS DO TRÍPLEX ARA O RÉVEILLON/2014 (CORREIO BRAZILIENSE)
Família de Lula pediu antecipação das obras de tríplex para Réveillon 2014
Empreiteiro afirma que família de Lula pediu para obras no apartamento do Guarujá (SP), que seria do petista, ficarem prontas no fim de 2014
Após as revelações de ex-executivos da Odebrecht sobre a relação da construtora com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-presidente viu o cerco se fechar ainda mais com os relatos de Léo Pinheiro. O dono da OAS Engenharia, acusado de ser o comandante do cartel das empreiteiras que dominavam as mais caras licitações do Brasil, garantiu à Justiça que o tríplex no condomínio Solaris, no Guarujá (SP), pertencia à família de Lula, e que a ex-primeira-dama Marisa Letícia, falecida em fevereiro, teria pedido, inclusive, a antecipação da entrega das chaves para passar o réveillon de 2014 no litoral paulista.
Imprensa Diária sábado, 22 de abril de 2017
LÉO PINHEIRO APRESENTARÁ DOCUMENTOS PARA PROVAR ACUSAÇÕES CONTRA LULA (O GLOBO)
Léo Pinheiro apresentará documentos para provar acusações contra Lula
Com cartas na manga, empresário vai mostrar agenda de encontros e viagens ao Guarujá
POR CLEIDE CARVALHO E GUSTAVO SCHIMITT
/ atualizado
Imprensa Diária terça, 18 de abril de 2017
PEDIDOS DE JANOT COLOCAM DILMA NA MIRA DE LAVA-JATO (O GLOBO)
Pedidos de Janot colocam Dilma na mira da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba
Petições encaminhadas à Justiça Federal do Paraná envolvem Cunha, Skaf e petistas
POR GUSTAVO SCHMITT E CLEIDE CARVALHO
/ atualizado
SÃO PAULO — A Justiça do Paraná receberá pelo menos 38 pedidos de investigação com base nas delações da Odebrecht. Os 211 declínios de competência dos casos enviados pela Procuradoria-Geral da República a outras instâncias devem colocar pela primeira vez a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) sob a mira dos procuradores da força-tarefa de Curitiba e do juiz Sérgio Moro. Dilma será investigada por suposto favorecimento ao grupo Tractebel-Suez na licitação da Usina Hidrelétrica de Jirau que, em conjunto com a Usina Hidrelétrica Santo Antônio, fez parte do Projeto Madeira. As duas usinas foram construídas no Rio Madeira, em Rondônia. Lula, por sua vez, teve mais cinco solicitações de inquéritos encaminhadas a Moro, inclusive uma que responde junto com seu filho, Luis Cláudio.
Imprensa Diária segunda, 17 de abril de 2017
INVESTIGADOS NO STF PODEM TER PENAS DE ATÉ 22 ANOS (O GLOBO)
Lava-Jato: Investigados no STF podem ter penas de até 22 anos
Acusações de corrupção e lavagem de dinheiro atingem 67 políticos com foro
POR THIAGO HERDY / JOÃO SORIMA NETO
A distinção feita nos pedidos de investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) faz com que os acusados se dividam em dois grandes grupos, a partir dos quais é possível apontar o horizonte à vista para os próximos anos.
A indicação dos indícios de crime nas petições não significa limite de investigação: ao longo do processo, nomes que estão de um lado da lista poderão passar ao outro, e vice-versa. O levantamento do GLOBO não inclui os mais de 200 casos encaminhados a outros foros e tribunais em função da ausência de prerrogativa de foro privilegiado. Nesses inquéritos, caberá aos ministérios públicos estaduais e federal decidir se apresentarão ou não pedidos de investigação à Justiça.
DELAÇÕES REVELAM OBRAS QUE NASCERAM PARA A CORRUPÇÃO (O GLOBO)
DELAÇÕES REVELAM OBRAS QUE NASCERAM PARA A CORRUPÇÃO
Perda direta do investimento público em infraestrutura é de R$ 10 bilhões por ano
POR GLAUCE CAVALCANTI
RIO — O Porto de Mariel, em Cuba, a Arena Corinthians, em São Paulo, o Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, a Usina Hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, a criação da Sete Brasil. Cresce a lista de projetos que teriam nascido para alimentar o esquema de pagamentos ilegais acertado entre políticos e executivos da Odebrecht, segundo depoimentos de sócios e ex-executivos da companhia ao Ministério Público Federal (MPF). São custos vultosos — Jirau, que não foi construída pela Odebrecht, custou R$ 19 bilhões — que poderiam ter sido reduzidos ou nem realizados não fossem as negociações focadas no repasse de propinas.
O economista Claudio Frischtak, da Inter.B Consultoria, destaca que a perda anual em decorrência dessas transações ilícitas é bilionária.
— O TCU (Tribunal de Contas da União) tem um estudo que mostra que o sobrepreço médio cobrado nas obras de infraestrutura no Brasil é de 17%. Essa fatia representa apenas as perdas diretas. É um enorme volume de investimentos que, até hoje, não se transformou em ativos produtivos. São ganhos adiados — afirma ele.
O executivo Henrique Valadares, um dos delatores da Odebrecht, relatou à Operação Lava Jato que a empreiteira fez pagamentos, via caixa 2, até a índios. Sob o codinome ‘Tribo’, lideranças indígenas receberam depósitos em conta-corrente, disse Valadares. Os pagamentos estavam vinculados ao Projeto Madeira.
O delator apontou ‘parcelas de R$ 5 mil para Antenor Karitario (na conta corrente da esposa), R$ 2 mil para Orlando Karitario, R$ 2 mil para a Associação dos Povos Karitianos, e R$ 1,5 para pagamento de pequenas solicitações dos mesmos’.
"Tribo. Esse cara se tornou até meu amigo, tenho até um cocar lá em casa. O chefe da tribo lá é o Antenor Karitário", relatou. "Pagava para ele R$ 5 mil por mês, depositado na conta da esposa E mais R$ 2 mil para o Orlando que deve ser outro cacique lá da tribo."
Henrique Valadares disse que ‘isso aqui era para distribuir para os índios’. "Caiu no genérico, tribo."
Imprensa Diária sábado, 15 de abril de 2017
MINISTROS AVALIAM QUE STF NÃO TEM ESTRUTURA PARA LIDAR COM INQUÉRITOS DA ODEBRECHT (O GLOBO)
Ministros avaliam que STF não tem estrutura para lidar com inquéritos da Odebrecht
Para dois ministros, existe risco real de prescrição de boa parte dos casos
POR CAROLINA BRÍGIDO
/ atualizado
BRASÍLIA — Depois do impacto inicial provocado pela abertura de 76 novos inquéritos na Lava-Jato, de conteúdo tão volumoso quanto explosivo, quatro ministros do Supremo Tribunal Federal ouvidos pelo GLOBO avaliam que a corte não tem estrutura para lidar com a enxurrada de processos criminais que se seguirão.
Para dois desses ministros, existe um risco real de prescrição de boa parte dos casos — o que poderia significar o arquivamento de processos antes mesmo de serem julgados.
As regras de prescrição estão expressas no Código Penal. Por exemplo: quem responde a inquérito apenas por caixa dois, cuja pena é de até cinco anos de prisão, pode ser beneficiado pela prescrição 12 anos depois do fato. Esse prazo é reduzido à metade se o investigado tem mais de 70 anos.
A avaliação entre ministros do tribunal é a de que o relator da Lava-Jato, ministro Edson Fachin, vai precisar conduzir os inquéritos com muita rigidez, para evitar atrasos. A tendência em processos criminais é a defesa tentar tumultuar as investigações para ganhar mais tempo. Um dos pedidos típicos de advogados é o interrogatório de testemunhas irrelevantes para a elucidação dos fatos. Ao relator, cabe negar ou conceder essas providências, avaliando sempre se são ou não necessárias para instruir os processos. A condução do relator é fundamental para definir em que ritmo os processos vão andar.
— A persistir o quadro, é imprevisível o tempo para instruir-se e julgar tantos casos — disse o ministro Marco Aurélio Mello na sexta-feira.
Imprensa Diária quarta, 12 de abril de 2017
CONTA "AMIGO" PARA LULA COMEÇOU COM 35 MILHÕES, DIZ MARCELO (O GLOBO)
Marcelo Odebrecht diz a Moro que conta 'Amigo', referente a Lula, começou com R$ 35 milhões
Empresário afirmou que acerto foi feito com Palocci e que ex-presidente nunca pediu nada diretamente
POR CLEIDE CARVALHO
/ atualizado
SÃO PAULO - O empresário Marcelo Odebrecht afirmou que a subconta "Amigo", que contabilizava os recursos que seriam usados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi criada em 2010 com um saldo de R$ 35 milhões. Segundo ele, o acerto foi feito com Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda, que era o contato do PT com o Grupo Odebrecht desde gestões anteriores, de Emílio Odebrecht e Pedro Novis, que antecederam Marcelo no comando.
— O Lula nunca pediu diretamente, combinei via Palocci. Ao longo de alguns usos ficou claro que era para o Lula, alguns saiam em dinheiro e ele pedia para descontar do saldo "Amigo" — disse Marcelo, em depoimento ao juiz Sérgio Moro na última segunda-feira, tornado público na manhã desta quarta, depois que o STF abriu o sigilo das delações do Grupo Odebrecht. Moro determinou o fim do sigilo no início da manhã.
Marcelo disse que as únicas comprovações que ele tem de uso do dinheiro por Lula foi a compra de um imóvel que seria destinado ao Instituto Lula, cujo contato teria sido feito ou via (Paulo) Okamotto ou José Carlos Bumlai. Como o Instituto Lula acabou não ficando com o prédio, o valor voltou, segundo Marcelo, a ser creditado na subconta amigo. Além disso, outra parte dos recursos foi doada por meio do Instituto Lula.
— Quando ele (Palocci) pedia para Brani (Branislav Kontic, assessor de Palocci) pegar dinheiro em espécie saia do saldo 'Amigo' ou 'Italiano' - disse o empresário.
Marcelo afirmou que a conta do PT na construtora foi iniciada em 2008, para abastecer as campanhas municipais, a partir de um pedido de Antonio Palocci.
Segundo o empresário, ele se comprometeu a dar dinheiro para a campanha presidencial de 2010, que era seu principal compromisso, mas que o valor poderia ser sacado antecipadamente pelo partido.
Todo o recurso, segundo ele, foi controlado por Palocci até 2010. Marcelo disse que em 2011 ele passou, a tratar com Guido Mantega, a pedido do próprio Guido, que passou a ser o “Pós-Itália”.
O nome planilha especial “Italiano” foi criado por Hilberto Silva, segundo o empresário, a partir de um pedido para que fosse feita uma contabilidade dos recursos a ser acompanhada.
CONFORTO CAMARADA
Marcelo Odebrecht disse que os recursos eram destinados principalmente a pagar campanhas feitas pelo publicitário João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, que já tinham relacionamento anterior com a Odebrecht. Marcelo disse que o publicitário sempre temia as campanhas políticas, devido ao risco de ficar com dívidas no final. Por isso foi feita antecipação de recursos na conta, para deixá-lo tranquilo.
— Era para dar um conforto a ele (Santana) — explicou.
Moro perguntou como surgiam os codinomes.
— Era de maneira natural. Eu pessoalmente conhecia 10 codinomes, o "Italiano" já existia antes de eu chegar. Sempre que falei "Italiano" eu estava me referindo a Palocci, a relação com Palocci precedia a mim — afirmou.
— Codinome Italiano eu só usava para me referir a Palocci — garantiu.
DEPARTAMENTO DE PROPINAS
O empresário afirmou ao juiz Sérgio Moro que o setor de "Operações Estruturadas" do grupo, que se tornou conhecido como “departamento de propinas”, foi criado no início dos anos 90, quando a empresa se internacionalizou, para acabar com o descontrole na contabilidade da empresa. Segundo ele, toda a geração de recursos não contabilizados era feita por meio de offshores no exterior, mas havia "grande demanda" de distribuição no Brasil.
O setor sempre ficou, segundo ele, subordinado ao presidente da construtora, ou das construtoras do grupo, que chegaram a cinco.
Ao chegar à presidência da holding, Marcelo Odebrecht decidiu manter como subordinado direto o responsável pelo setor, para evitar conflitos. Para ele, a criação do setor foi uma "evolução" do modelo de pagamentos.
— A pessoa de distribuição (de recursos), por uma questão de disciplina, ficou comigo. Neste momento, a pessoa era Hilberto Silva — afirmou.
Segundo Marcelo, foi Hilberto quem pediu para mudar o nome do departamento para "Operações Estruturadas", já que o antecessor dele era denominado "assessor" e, devido à nomenclatura do cargo, "todo mundo sabia o que ele fazia".
EMILIO E MARCELO ODEBRECHT RELATAM VANTAGENS A LULA (O GLOBO)
Emilio e Marcelo Odebrecht relatam vantagens a Lula como 'retribuição'
Agrados ao ex-presidente incluem reforma em sítio e compra de imóveis
POR RENATA MARIZ
Marcelo Odebrecht é conduzido pela Polícia Federal - Geraldo Bubniak / O Globo
BRASÍLIA — Delatores da Odebrecht, entre eles Emilio Odebrecht e Marcelo Odebrecht, relataram à Procuradoria-Geral da República (PGR) o pagamento de vantagens ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “como retribuição a favorecimento da companhia”. Entre os agrados destinados ao ex-presidente estão reformas em um sítio em Atibaia (SP), compra de imóveis para uso pessoal e para a instalação do Instituto Lula e pagamentos de palestras.
Os termos da delação foram remetidos para a Justiça Federal do Paraná pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, a pedido da PGR. Isso porque Lula não tem mais foro privilegiado desde que deixou a presidência da República. A PGR destacou ainda que as condutas relatadas pelos executivos da Odebrecht já vêm sendo apuradas naquela instância. Cópia do material também será remetida ao Ministério Público Federal em Curitiba.
LULA É O O "AMIGO" DA PLANILHA DE PROPINAS (CORREIO BRAZILIENSE)
Lula é o 'amigo' da planilha de propinas, diz Odebrecht a Moro
Em depoimento nesta segunda-feira (10/4), Marcelo Odebrecht disse ainda que 'Italiano' - alcunha também lançada na planilha - é uma referência ao ex-ministro Antônio Palocci
Lula, segundo Marcelo Odebrecht é o 'amigo' da planilha de propinas milionárias da empreiteira
O empresário Marcelo Odebrecht confirmou ao juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, que o ex-presidente Lula é o 'amigo' da planilha de propinas milionárias da empreiteira. Em depoimento nesta segunda-feira (10/4), Odebrecht disse ainda que 'Italiano' - alcunha também lançada na planilha - é uma referência ao ex-ministro Antônio Palocci (Fazenda/Casa Civil/governos Lula e Dilma) e 'Pós Itália' referência a Guido Mantega, que também ocupou a pasta da Fazenda.
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Imprensa Diária domingo, 09 de abril de 2017
JIBOIA TENTA COMER PORCO-ESPINHO E ACABA SE DANDO MAL (COREIO BRAZILIENSE)
Jiboia tenta comer porco-espinho e acaba se machucando
Em vídeo, é possível ver a cobra coberta pelos espinhos do animal e, aparentemente, sentindo dor
Diário de Pernambuco
Uma jiboia achou que a seria uma boa ideia tentar comer um porco-espinho e se deu muito mal. Em vídeo, é possível ver a cobra coberta pelos espinhos do animal e, aparentemente, sentindo dor. Os porcos-espinhos usam seus espinhos como arma para se defenderem de possíveis ataques.
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Imprensa Diária sábado, 08 de abril de 2017
SEM LAVA-JATO, BRASIL AMANHÁ SERÁ O RIO DE JANEIRO, DIZ GILMAR (O GLOBO)
Sem Lava-Jato, Brasil amanhã será o Rio de Janeiro, diz Gilmar
Presidente do TSE descreve problemas e critica situação do estado: ‘Como dói’
POR HENRIQUE GOMES BATISTA, ENVIADO ESPECIAL
CAMBRIDGE, EUA — O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou nesta sexta-feira que, sem as ações da Operação Lava-Jato, o Brasil "será o Rio de Janeiro amanhã". Questionado em uma conferência nos Estados Unidos, Gilmar Mendes não poupou críticas à situação do estado. No mesmo evento, o ministro afirmou que já há casos de três vereadores em São Paulo suspeitos de terem sido eleitos pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). O prefeito de Embu das Artes (SP), por exemplo, é acusado de uma série de crimes.
— Acho que nem precisa descrever: milícias, tráfico de drogas e agora tudo isso que está acontecendo, envolvendo todos os poderes: Legislativo, Executivo, Tribunal de Contas, tudo mais. Se não houver interrupção neste processo, o Brasil será amanhã o grande Rio de Janeiro. O Rio é um retrato na parede. Como dói — afirma Gilmar Mendes.
Ainda segundo Mendes, se uma reforma política não ocorrer a tempo de ser utilizada para as eleições de 2018, o país poderá ser “entregue” ao crime organizado e instituições como igrejas. No evento Brazil Conference at Harvard & MIT, em Cambridge (EUA), ele disse ser preciso fazer algo até o dia 2 de outubro, prazo para que as regras da reforma política passem a valer nas próximas eleições presidenciais.
— Vamos para a eleição de 2018, que é uma eleição grande, sem modelo específico. Só com doação das pessoas físicas, que no Brasil não tem tradição, e muito provavelmente vamos ficar entregues ao crime organizado, a pessoas que já trabalham no ilícito ou a algumas organizações que têm modo próprio de financiamento (igrejas) coisas assim. Corremos o risco de ter uma eleição muito distorcida — disse ele minutos antes de participar de um debate sobre financiamento eleitoral no Brazil Conference at Harvard and MIT.
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Imprensa Diária sexta, 07 de abril de 2017
FRANÇA, REINO UNIDO E ALEMANHA APOIAM ATAQUE DOS EUA NA SÍRIA (O GLOBO)
por Greg Jaffe, do 'Washington Post' Presença russa na Síria aumenta riscos de ações militares dos Estados Unidos na região
Imprensa Diária sexta, 07 de abril de 2017
LULA SE DIZ ANSIOSO PARA FICAR FRENTE A FRENTE COM MORO (O GLOBO)
Lula se diz ansioso para ficar frente a frente com Moro
Ex-presidente prestará depoimento ao juiz da Lava-Jato no dia 3 de maio
POR O GLOBO
/ atualizado
SÃO PAULO - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta sexta-feira, que está ansioso para ficar diante do juiz Sérgio Moro no próximo dia 3 de maio, em Curitiba, quando será interrogado num dos processos que responde na Operação Lava-Jato. Em entrevista a uma rádio do Ceará, o petista voltou a endurecer o discurso contra a Lava-Jato e disse que terá pela primeira vez a chance de se defender de “mentiras” que contaram a seu respeito.
Ele ainda insistiu no discurso de que tem sido perseguido pela operação, na qual é réu em três processos: um em Brasília e outros dois em Curitiba. Além disso, também responde duas outras acusações, da Operação Zelotes e da Operação Janus. Em Curitiba, o processo mais avançado é o que investiga a propriedade de um tríplex, no Guarujá, sob responsabilidade de Moro.
Imprensa Diária sexta, 07 de abril de 2017
ATAQUES COM MÍSSEIS DEIXA SEIS MORTOS E DESTRÓI BASE, DIZ EXÉRCITO SÍRIO (CORREIO BRAZILIENSE)
Ataque com mísseis deixa seis mortos e destrói base, diz Exército sírio
Trump: 'países civilizados' devem agir para acabar com conflito sírio
Rússia condena bombardeio americano na Síria; aliados de Washington elogiam
Imprensa Diária sexta, 07 de abril de 2017
"CUSPIRIA DE NOVO EM BOLSONARO", DIZ JEAN WYLLYS APÓS ADVERTÊNCIA (CORREIO BRAZILIENSE)
Jean Wyllys disse ainda que esperava que o processo por quebra de decoro fosse arquivado
O Conselho de Ética da Câmara rejeitou nesta quarta-feira, 5, pedido de suspensão do mandato do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), que sofreu representação por ter cuspido no deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) na sessão de abertura do processo de impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff, em 17 de abril do ano passado.
O colegiado decidiu por uma advertência por escrito, a ser lida no plenário. Questionado ontem sobre a decisão, Wyllys disse não se arrepender do ato. "Naquela circunstância, eu cuspiria de novo. Se você me perguntasse isso antes daquele dia, eu diria que jamais cuspiria na cara de uma pessoa, porque meus valores não permitem isso", declarou.
Wyllys disse ainda que esperava que o processo por quebra de decoro fosse arquivado. "Vou acatar, claro, mas considero que o ideal seria o arquivamento." Ele reafirmou que apenas reagiu a insultos homofóbicos de Bolsonaro no dia da votação. "Essa advertência eu guardo como um troféu", afirmou.
"A violência contra homossexuais é tão naturalizada que os insultos e agressões deste homem contra mim são tratados como naturais. Quando eu reajo cuspindo, os paladinos do bom costume vêm para me censurar", criticou Wyllys.
O relator no Conselho de Ética, Ricardo Izar (PP-SP), havia proposto, em vez de suspensão por quatro meses, uma pena reduzida de 30 dias. Os conselheiros Júlio Delgado (PSB-MG), Marcos Rogério (DEM-RO) e Leo de Brito (PT-AC), no entanto, apresentaram sugestões de pena mais branda. O relator rechaçou pedidos favoráveis à advertência e disse que houve quebra de decoro. "Caberia cassação, mas a gente levou em consideração atenuantes como as provocações sofridas", disse Izar. O parecer do relator foi rejeitado por 9 votos a 4.
Delgado alegou que a cusparada foi uma reação ao comportamento de Bolsonaro. "A censura escrita é justa." A advertência foi aprovada por 13 votos favoráveis e uma abstenção.
Apoio
Wyllys fez campanha nas redes sociais e conseguiu apoio de personalidades contra a suspensão, como os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff. Havia pressão também do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que a punição fosse revista. Maia considerava a medida exagerada.
Procurado nesta quarta-feira, Bolsonaro, que estava em viagem, não comentou a decisão do Conselho de Ética da Câmara.
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Imprensa Diária terça, 04 de abril de 2017
RENAN CALHEIROS ESTÁ MORRENDO DE MEDO DE NÃO SER REELEITO
Imprensa Diária sábado, 25 de março de 2017
AGORA, SÓ FALTA LULA SER PRESO
As revelações de Marcelo Odebrecht sobre a corrupção nos governos do PT colocam de vez os ex-presidentes Lula e Dilma na chamada “cena do crime”, no esquema desmantelado pela Lava Jato.
Ainda no cargo de presidente da República, Lula se encarregou pessoalmente de arrecadar dinheiro, inclusive no caixa 2, para a campanha de eleição de Dilma. As revelações de Odebrecht retomam a expectativa da prisão de Lula. Afinal, não há em Curitiba ninguém acusado de crimes mais graves.
Odebrecht contou ao Tribunal Superior Eleitoral, que Lula gerenciava a “conta corrente” de R$ 150 milhões aberta pela empreiteira para o PT.
As revelações de Odebrecht explicam o desespero de Dilma para nomear um ministro do STJ que o soltasse, segundo denúncia do MPF.
A Lava Jato será resumida, no futuro, como o escândalo em que dois presidentes da República trataram pessoalmente de dinheiro sujo.
As revelações de Odebrecht mostram como foi preciosa sua delação premiada para esclarecer e incriminar a quadrilha que governou o País.
Imprensa Diária quarta, 22 de março de 2017
LADROAGEM NO SÃO FRANCISCO CONFIRMA: É LULA O PAI DE TUDO
Augusto Nunes
LADROAGEM NO SÃO FRANCISCO CONFIRMA: É LULA O PAI DE TUDO
As marcas de nascença do filhote tornam desnecessário o exame de DNA
Os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff viajaram para Monteiro-PB ao lado do governador Ricardo Coutinho
No dia 10 de março, o presidente Michel Temer inaugurou o eixo leste da transposição das águas do Rio São Francisco. Enciumado, Lula baixou por lá neste domingo para reivindicar a paternidade da obra. Na discurseira que abrilhantou mais um comício ilegal, garantiu que é o pai da transposição. A mãe é Dilma Rousseff, esclareceu.
Nem precisa perder tempo com exame de DNA. Pelo menos cinco marcas de nascença confirmam aos berros que o filhote é a cara de Lula:
1. CRONOGRAMA VIGARISTA
Em 2007, quando as obras começaram, o então presidente jurou que seriam concluídas em 2010. Na conta de quem deve ser debitado o atraso de sete anos?
2. ORÇAMENTO FALSIFICADO
O custo original do projeto foi orçado em R$ 8,5 bilhões (em dinheiro de hoje). A gastança subiu para R$ 9,6 bilhões. Ninguém explicou até agora a diferença multimilionária.
3. SUPERFATURAMENTO
Apenas em licitações, o Tribunal de Contas da União já identificou um sobrepreço que vai chegando a R$ 720 milhões. Quem embolsou a fortuna?
4. INDENIZAÇÕES ILEGAIS
Só em desapropriações, o TCU calculou em 2012 que as indenizações totalizavam R$ 69 milhões, quantia que ultrapassa amplamente limites fixados como referência pelo Incra.
5. DESVIO DE VERBAS
As obras envolveram 90 empreiteiras. Ninguém sabe dizer por que foram tantas. A Delta, a OAS e a Galvão Engenharia lideraram um grupo de empresas (todas atoladas no Petrolão) que engoliu mais de R$ 200 milhões em dois lotes das obras do eixo leste.
No palavrório de domingo, o candidato a Dom Pedro III repetiu que Michel Temer não tem nada a ver com a obra que inaugurou. Cabe a Lula, portanto, esclarecer os casos de polícia em que se meteu às margens do São Francisco. O pai da transposição é também o parteiro da ladroagem fluvial.
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Imprensa Diária terça, 21 de março de 2017
O GOVERNO É PARTE DO PROBLEMA NA CRISE DA OPERAÇÃO CARNE FRACA
Josias de Souza
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Imprensa Diária terça, 21 de março de 2017
ANIVERSÁRIO DA LAVA-JATO COM 1,1 MIL DA PF NA "CARNE FRACA"
Bob Fernandes
Imprensa Diária terça, 21 de março de 2017
OS PREJUÍZOS DA OPERAÇÃO CARNE FRACA PARA A ECONOMIA
Denise Cmpos de Toledo
Imprensa Diária sábado, 18 de março de 2017
DEU NO JORNAL DA BESTA FUBANA : O MASSACRE AO "FILHO DO BRASIL"
Rodrigo Constantino
“A força mais enérgica não chega perto da energia com que alguns defendem suas fraquezas.” – Karl Kraus
O ex-presidente Lula prestou depoimento como réu pela primeira vez na semana passada, e claro que iria bancar a vítima. A esquerda sem a vitimização é como o catolicismo sem o pecado: não faz sentido. Ser de esquerda nos tempos modernos passou a significar exatamente isso: posar de vítima o tempo todo, ficar de “mimimi”, mesmo que seja o maior algoz da nação. “Você sabe o que que é levantar todo dia achando que a imprensa está na porta de casa porque eu vou ser preso?”, perguntou um nervoso Lula. Ele diz se sentir “perseguido” nas investigações. Coitado! Ficamos até com peninha daquele que destruiu o Brasil e quase nos transformou numa Venezuela, depois de liderar a maior quadrilha que já assaltou o estado brasileiro.
O “filho do Brasil” foi indagado sobre sua renda mensal, e eis a resposta que deu: “Acho que pode botar uns R$ 50 mil, estou tentando chutar. (…) Depois, meu advogado manda para os senhores direitinho. Mando por escrito”. Não é um pobrezinho esse sujeito? Quantos dos leitores da elite ganham “uns” cinquenta mil mensais, e nem sequer sabem ao certo, pois não reparam nesses detalhes bobos?
É esse indivíduo que representa o ícone dos “intelectuais” na luta contra as elites! O Brasil cansa, pois tudo nele é invertido. Gente que não trabalha diz defender os trabalhadores, gente que não pensa acha que é intelectual, e nababos da política fingem defender os pobres. O pior é que ainda tem quem caia nessa ladainha! Agora a tática pérfida dessa turma é tentar misturar todos como se o crime de “caixa dois”, uma “tradição” em nosso País, fosse o mais relevante do PT. A banalização dos “recursos não contabilizados” é inaceitável, pois todo crime deve ser punido. Não podemos compactuar com esse sistema podre. Mas claro que esse “malfeito” é fichinha perto do que fez o “partido” de Lula no poder.
Em conluio com organizações criminosas disfarçadas de empreiteiras, o PT montou um gigantesco aparato de desvio de recursos e controle do Estado, comprando o Congresso para impor um modelo totalitário. Limitar esse verdadeiro atentado contra a democracia ao problema do “caixa dois” é piada de mau gosto, coisa de gente ignorante ou em má-fé.
O novo Brasil vem lutando contra esse velho e carcomido Brasil, dominado por figuras asquerosas como Lula. Não será uma luta fácil. O populismo ainda floresce no solo fértil da ignorância. As forças do pântano reagem, tentando impedir os avanços republicanos. E alguns safados ou malucos ainda querem que aquele que massacrou o povo brasileiro com a maior depressão da nossa história volte em 2018. É mole?
Imprensa Diária sábado, 18 de março de 2017
POLITICAGEM ESTÁ REDUZIDA A UMA IRMANDADE DA LAMA
Josias de Souza
Imprensa Diária sábado, 18 de março de 2017
DEU NO JORNAL DA BESTA FUBANA - LULA NÃO SABE QUANTO GANHA
mais que o fato de Lula não saber quanto ganha (o que me parece razoável, vindo de alguém que está mais preocupado com os grandes problemas nacionais), um ponto me chamou a atenção nesse vídeo: Lula que diz que recebe R$ 20.000 que Marisa recebia; que passou pra R$ 30.000, mas ela não chegou a receber R$ 30.000, porque faleceu antes.
Depois acrescenta que é a empresa LILS que paga.
Isto quer dizer que Dona Marisa era empregada da LILS? Ou sera sócia e esse valor era de pro-labore?
Aparentemente, seria sócia, porque, se fosse empregada, teria deixado uma pensão de no máximo R$ 5.189 (salvo engano), que seria paga pelo INSS.
Suponhamos então que fosse sócia. E Lula? Não é sócio da LILS? Não recebe pro-labore também?
São informações muito confusas, quando o interrogatório propriamente dito ainda nem havia começado.
Aliás, o juiz não estava bisbilhotando a vida do ex-presidente, mas apenas definindo o perfil sócio-econômico do acusado, como manda o Código de Processo Penal:
Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos.
§ 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência, meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua atividade (…).
Não sei se os advogados de Lula o orientam mal, ou se é ele que não segue suas instruções.
Vendo o depoimento completo, percebe-se que ele se precipita em responder as perguntas antes que o juiz as conclua. Acaba falando o que não interessa e deixando de falar o que interessa.
São orientações básicas que os advogados dão aos seus clientes: 1) escute bem as perguntas e responda exatamente o que foi perguntado; 2) fale o estritamente necessário.
Ao que acrescento: o juiz bem preparado sabe exatamente os pontos sobre os quais considera importante ouvir o acusado.
Discursos longos e divagações mais têm maior possibilidade de prejudicar a defesa que de ajudar.
Faço essas observações apenas tentando compartilhar com os leitores aspectos técnicos do interrogatório.
Por favor, não as tomem como crítica ao interrogado ou interesse em sua condenação”.
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Imprensa Diária sexta, 17 de março de 2017
"ESTABILIDADE": JUÍZES ESCOLHEM QUEM FICA, E QUEM CAI. LULA... ESTÁ NAS RUAS,
Imprensa Diária sexta, 17 de março de 2017
O DESAFIO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Imprensa Diária sexta, 17 de março de 2017
ALVOS DA LAVA-JATO QUEREM REFORMA QUE OS BENEFICIE
Imprensa Diária quarta, 15 de março de 2017
EXTREMA DIREITA PODE CHEGAR AO PODER NA HOLANDA
João Batista Natali
Imprensa Diária quarta, 15 de março de 2017
LULA É VÍTIMA DAS PRÓPRIAS ESCOLHAS
Josias de Souza
Imprensa Diária terça, 14 de março de 2017
MERCADO PREVÊ INFLAÇÃO MENOR, MAS CRESCIMENTO AINDA FRACO
Denise Campos de Toledo
Imprensa Diária terça, 14 de março de 2017
CARTAS À MESA: CONDENAR LULA, "A SURUBA" ESTANCAR CAIXA 2 E A "SANGRIA"
Imprensa Diária terça, 14 de março de 2017
A REFORMA POLÍTICA E O CAIXA 2
Josias de Souza
Imprensa Diária terça, 14 de março de 2017
NA CORTE DO REI ARTUR
Fernando Gabeira
As revelações dos dirigentes da Odebrecht inauguram a fase da tsunami que daeverá levar o Brasil a reformar seu sistema político. Não podia dar certo. A Odebrecht deu R$ 10,5 bilhões aos políticos. De um modo geral, ela ganha quatro vezes o valor de suas propinas. Uma só empresa, portanto, deve ter faturado R$ 42 bilhões de vantagem nessas operações. Janot decidiu não quebrar o sigilo da ação internacional da Odebrecht: é o que dizem os jornais. Isso esconderia um pedaço do Brasil por algum tempo.
É um pedaço tão sinistro que, no futuro, de alguma forma, o país terá que se desculpar por ele. Interferência em seis processos eleitorais estrangeiros, compra de ministros e até de presidentes, como no Peru – tudo isso é um escândalo sem precedentes. Ele vai se tornar muito mais grave se concluirmos que a Odebrecht foi financiada pelo BNDES. A corrupção no continente e na África era movida com dinheiro oficial, um eufemismo para dinheiro do povo.
Os danos à imagem do Brasil, infelizmente, não se esgotam nessa trama que Janot, aparentemente, quer manter em sigilo. O jornal “Le Monde”, numa reportagem de grande repercussão, afirmou que o Brasil teria comprado a escolha do Rio para a Olimpíada. Um empresário brasileiro depositou cerca de US$ 1,5 milhão na conta de um dirigente do COI. Nesta semana, um dos envolvidos no episódio, Frank Fredericks, pediu demissão. Ele monitorava o sorteio e levou US$ 300 mil. O mais interessante da história é o personagem que surgiu como o corruptor ativo, o empresário brasileiro Arthur César de Menezes Soares Filho, velho conhecido da política fluminense: o Rei Artur. Ele era dono da Facility e tinha amplos negócios com o governo Cabral. Eram amigos. Lá fora, isso não importa. O que as pessoas guardam é a ideia de que o Brasil comprou a Olimpíada.
Se chamo a atenção para as manchas na imagem do país é porque realmente me sinto um pouco confuso sobre o país em que estou vivendo. Em 1949, os norte-americanos fizeram um filme chamado “Na corte do Rei Artur”. É a história de um mecânico que leva um golpe na cabeça e acorda na corte do Rei Artur, no século XVI, e se apaixona por Alessandra. São os artifícios da máquina do tempo. Agora, levamos uma pancada na cabeça e acordamos na corte do Rei Artur, uma versão pós-moderna na qual o melhor amigo do rei é, na verdade, o Tio Patinhas, Sérgio Cabral, que estocava dinheiro, joia, ouro, diamante, quem sabe um dia para despejá-los em sua piscina de Mangaratiba.
Sempre se falou no Rei Artur e em seus negócios escusos. Mas comprar uma Olimpíada é algo que surpreende pela audácia, assim como surpreende pela audácia a fortuna de seu amigo, que considerávamos apenas um corrupto de médio porte. Nesse livre devaneio, a corte do Rei Artur se estende por todo o país. Levamos uma pancada na cabeça e constatamos que o sistema partidário brasileiro está em vias de desaparecimento.
Marcelo Odebrecht, bobo da corte? É um luxo mesmo para um lugar com tanta esperteza. Literalmente, essas empresas devem ter roubado do Brasil o valor do déficit orçamentário deste ano, R$ 139 bilhões. Associadas a um governo corrupto, roubaram tudo o que podiam aqui e, com uma parte do dinheiro, foram comprar autoridades lá fora. E como se não bastasse, o tronco fluminense teria comprado uma Olimpíada, uma festa internacional teoricamente voltada a estimular valores éticos e fraternidade entre os povos.
Finalmente roubaram também a limpidez da imagem do país no exterior. Esse sistema político partidário está pela hora da morte. A insistência da esquerda em negar o gigantesco processo de corrupção e o papel de Lula no seu comando é um dado imutável, mas, ao mesmo tempo, decisivo para as eleições de 2018. A autocrítica é uma saída que poderia fortalecer a esquerda a longo prazo, mas a tiraria do páreo. Por outro lado, o confronto com a avalanche de dados que surgem das delações e documentos é um caminho masoquista que vai arrasá-la ainda mais.
Apesar da pancada na cabeça que me levou à corte do Rei Artur, creio que posso imaginar paisagem depois da batalha ao acordar desse golpe. Passada a tsunami, o sistema partidário será levado na enxurrada ou terá de se abrigar em patamares éticos mais elevados, através de uma reforma.
E as eleições presidenciais brasileiras podem tomar, por caminhos diferentes, o mesmo rumo da francesa. Pela primeira vez, a tradicional alternativa esquerda-direita não irá ao segundo turno.
O chamado momento pós-ideológico não significa o fim do populismo, pois na França, assim como nos Estados Unidos, ele assume outras formas, canaliza o ressentimento popular e torna-se um dos atores principais do processo.
No filme “A corte do Rei Artur”, o mecânico americano Frank Martin, de Connecticut, termina pedindo reformas no reino. Aqui, além de reformas, algumas prisões são necessárias, inclusive a do próprio rei.
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Imprensa Diária sábado, 11 de março de 2017
OS EMBATES ENTRE LULA E MORO
Josias de Souza
Imprensa Diária sábado, 11 de março de 2017
O IMPEACHMENT NA COREIA DO SUL
João Batista Natali
Imprensa Diária sexta, 10 de março de 2017
BRIGA INTERNA NO PMDB É POR FUNDO PARTIDÁRIO E CARGOS
Josias de Souza
Imprensa Diária quinta, 09 de março de 2017
DECISÃO DO STF NO CASO RAUPP LEVA PREOCUPAÇÃO AO CONGRESSO
Josias de Souza
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Imprensa Diária quinta, 09 de março de 2017
O PODER VAI À CEIA: LAVA-JATO, PRISÕES, ANISTIA. ESQUECERAM A PIOR RECESSÃO DA HISTÓRIA
Bob Fernandes
Imprensa Diária quinta, 09 de março de 2017
ECONOMIA DÁ SINAIS DE RETOMADA
Denise Campos de Toledo
Imprensa Diária quarta, 08 de março de 2017
DIANTE DA MAIOR RECESSÃO DA HISTÓRIA, TEMER VENDE HIPOTÉTICA RECUPERAÇÃO DO PIB
Josias de Souza
Imprensa Diária quarta, 08 de março de 2017
OS PLANOS ABSURDOS DE TRUMP
João Batista Natali
Imprensa Diária terça, 07 de março de 2017
AS ESCOLHAS DESPUDORADAS DO GOVERNO TEMER
Imprensa Diária terça, 07 de março de 2017
OS OTÁRIOS, OS BOBOS, A CORTE, A ESCOLHA DE CULPADOS E INOCENTES
Imprensa Diária terça, 07 de março de 2017
PRESIDENTE DO TSE FALA QUE DELAÇÕES MOSTRAM PROMISCUIDADE ENTRE SETOR PÚBLICO E PRIVADO
Imprensa Diária sábado, 04 de março de 2017
PARTIDOS PROVAM QUE DINHEIRO É O QUARTO PODER
Josias de Souza
Imprensa Diária sábado, 04 de março de 2017
EVO MORALES CORRE ATRÁS DOS MÉDICOS CUBANOS
João Batista Natali
Imprensa Diária sexta, 03 de março de 2017
ODEBRECHT MARCOU DILMA E TEMER NA BOCHECHA
Josias de Souza
Deflagrada em março de 2014, a Lava Jato já estava na praça quando Marcelo Odebrecht decidiu que parte da verba do departamento de propinas de sua empreiteira seria investida no PT de Dilma Rousseff, no PMDB de Michel Temer e em legendas associadas à coligação da dupla. Todos sabiam que o mau costume do dinheiro clandestino das campanhas tornara-se mais arriscado. Deram de ombros. E foram em frente. Como que farejando o cheiro de enxofre, o príncipe da construção pesada adicionou ao velho pacto um lance diabólico: gravou a marca da Odebrecht nas bochechas dos destinatários do dinheiro de má origem.
Temer foi marcado no Palácio do Jaburu, em setembro de 2014, no instante em que ofereceu, em plena residência oficial de vice-presidente, o jantar em que Marcelo Odebrecht foi mordido. Nesta quarta-feira, em depoimento à Justiça Eleitoral, cujo teor ainda é mantido sob sigiloso, Odebrecht confirmou o repasto do Jaburu. Reconheceu que lhe foi pedido suporte monetário para o PMDB. Um dos advogados presentes à inquirição contou ao seu cliente que, segundo Odebrecht, Temer não teria mencionado cifras. Nessa versão, os R$ 10 milhões citados na delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho foram acertados com um preposto de Temer: o hoje ministro Eliseu Padilha.
Há seis dias, em nota oficial do Planalto, o próprio Temer vira-se compelido a reconhecer, à sua maneira, que carrega na bochecha uma marca indelével. O texto da Presidência informou que, na condição de presidente do PMDB, Temer realmente “pediu auxílio formal e oficial à construtora Norberto Odebrecht.”
A nota do Planalto acrescentou que o agora presidente da República “não autorizou nem solicitou que nada fosse feito sem amparo nas regras da lei eleitoral.” Pelas contas de Temer, “a Odebrecht doou R$ 11,3 milhões ao PMDB em 2014. Tudo declarado na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral.” Esse tipo de narrativa abre espaço para que os advogados sustentem em juízo a tese segundo a qual Temer não pode ser responsabilizado pela origem eventualmente ilegal das verbas recebidas.
Com Dilma Rousseff, Marcelo Odebrecht reuniu-se pelo menos quatro vezes. No ano eleitoral de 2014, foram dois encontros. Ambos no Palácio da Alvorada – em março e em julho. Dilma tentou negar tais conversas. Entretato, foi traída pelos arquivos eletrônicos de sua agenda. Jamais admitiu ter conversado sobre verbas eleitorais com o interlocutor tóxico.
Tomado pelo depoimento desta quarta-feira, Marcelo Odebrecht gravou sua marca na bochecha de Dilma no mês de junho do ano pós-eleitoral de 2015. Deu-se numa conversa ocorrida no México. O herdeiro da Odebrecht contou à Justiça Eleitoral que alertou Dilma para a origem espúria do dinheiro usado pela Odebrecht para pagar o marqueteiro João Santana em contas secretas no estrangeiro. Não há vestígio de providência que Dilma tenha tomado.
O hábito de esconder arcas clandestinas nos porões das campanhas eleitorais é velho como as caravelas. A novidade é que a Lava Jato deu ao dinheiro por fora uma visibilidade jamais experimentada na história da República. Em situações assim, o grau de civilidade da democracia é medido pelo tamanho da punição. O Tribunal Superior Eleitoral dispõe de duas alternativas: ou revitaliza a política nacional ou mergulha a chamada vida pública numa decadência irreversível.
Imprensa Diária sexta, 03 de março de 2017
É PRECISO UM CORTE MAIOR NA TAXA DE JUROS
Denise Campos de Toledo
Imprensa Diária sexta, 03 de março de 2017
POLÍTICOS SUSPEITOS TENTAM MANTER APARÊNCIAS
Imprensa Diária quinta, 02 de março de 2017
CHAPA DILMA-TEMER CORRE GRANDE RISCO NO TSE
Josias de Souza
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Imprensa Diária quinta, 02 de março de 2017
E LEVARAM CINCO DIAS PARA ESCUTAR O BRASIL GRITANDO "FORA TEMER"
Bob Fernandes
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Imprensa Diária quarta, 01 de março de 2017
RUI FALCÃO PEDE A SOLTURA DE PETISTAS PRESOS NA LAVA-JATO
Josias de Souza
Imprensa Diária quarta, 01 de março de 2017
TRUMP ABRE O COFRE PARA OS MILITARES E CAUSA MAIS POLÊMICA
João Batista Natali
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Imprensa Diária terça, 28 de fevereiro de 2017
O MOMENTO PARADOXAL QUE VIVE O GOVERNO
Josias de Souza
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Imprensa Diária domingo, 26 de fevereiro de 2017
O CARNAVAL DAS PALAVAS
Nelson Motta
Se a polêmica é com a palavra “mulata”, até dá para discutir. Alguns amigos negros e mestiços a consideram racista e pejorativa. Tim Maia a detestava, se orgulhava de negro e dizia que mulato era cor de mula quando foge.
Nos Estados Unidos não existe: ou é branco ou é negro. Mas se o caso for a marchinha imortal que há 85 anos é cantada e dançada com alegria por brancos, pretos e mulatos, o papo é outro.
“O teu cabelo não nega” é, antes de tudo, uma exaltação às mulheres mestiças, começando pelo título brincando com o cabelo crespo e o liso, gozando as que o alisavam a ferro quente para disfarçar a negritude. O autor gostava do cabelo crespo, é como se dissesse “não negue a raça, fique com seu cabelo como é, é dele que eu gosto”.
Na época, eram os racistas que diziam que a cor da pele era “contagiosa”, mas o autor da marchinha nega, e mais, quer o amor da mulata! Quem quer o amor de quem despreza?
É um alegre tributo à negritude e à mestiçagem de que é feita a nacionalidade. Em um contexto histórico.
“Pancadão”, nos anos 30, era gíria para mulher bonita e gostosa, e os que a inventaram, dessa cor, com esse cabelo e esse suingue, foram os portugueses e os africanos, que no final da música a disputam em “concorrência colossal”, os lusos do Vasco da Gama e os marinheiros pretos do Batalhão Naval.
“Tens um sabor bem do Brasil/Tens a alma cor de anil/Mulata, mulatinha, meu amor/Fui nomeado teu tenente interventor.”
É um deboche com a ditadura de Getúlio Vargas, que foi levado ao poder pelo golpe militar de 1930 e se tornou ditador, nomeando tenentes golpistas como interventores estaduais em substituição a quase todos os governadores.
Finalmente, a marchinha foi criada pelos compositores pernambucanos João e Raul Valença, em 1929, e Lamartine Babo a ouviu no Recife e gostou tanto que fez algumas modificações e a lançou com espetacular sucesso no carnaval de 1932, como se fosse sua. Os Irmãos Valença chiaram e partiram para a briga, e Lamartine teve que incluí-los na parceria. Para não deixar dúvidas quanto às suas intenções, os irmãos Valença eram, com todo o respeito, mulatos.
Imprensa Diária domingo, 26 de fevereiro de 2017
SONHOS DE CARNAVAL
Fernando Gabeira
Nos recentes distúrbios no Espírito Santo, algo me impressionou especialmente: um carro de som rodando pelas ruas desertas tocando a música “Imagine”, de John Lennon, e sendo aplaudido das janelas pelos moradores amedrontados. Era uma conjuntura de violência e terror, e pelas ruas ecoava uma canção imaginando a paz entre todos os povos. Interessante a trajetória dessa música pelos tempos, como sobrevive como uma utopia nas ruas de Vitória.
E como a realidade se distancia do sonho de John Lennon e de milhões de pessoas no mundo. Difícil imaginar que não exista um inferno sob nós se da própria superfície da Síria chegam imagens tão trágicas. Difícil imaginar que não existam países com a explosão dos nacionalismos, a começar pelos Estados Unidos. A performance de Trump aumenta a instabilidade no mundo. Na semana passada, inventou um atentado terrorista na Suécia. A resposta dos suecos foi bem-humorada: um ex-primeiro-ministro perguntou a Trump pelo Twitter o que ele andava fumando. De qualquer maneira, uma informação dessas na boca de um presidente dos Estados Unidos trouxe desgaste à imagem da Suécia, um país que absorve os imigrantes com generosidade. Posso dizer com experiência própria, pois vivi lá, precisamente entre imigrantes. Ao mesmo tempo em que Trump mostra seu desequilíbrio, outros sinistros personagens se movem no cenário mundial.
Assistimos ao vivo na tevê ao envenenamento de Kim Jong-nam, o irmão do ditador norte-coreano, Kim Jong-un. Vimos a mulher se aproximar, envolvê-lo com um lenço e, em seguida, o homem batendo com as mãos no rosto, aflito, tentando explicar o que houve. Morreu logo depois. O veneno presente no tempo dos Bórgias ainda é usado como arma pelo estado. O ex-espião russo Alexander Litvinenko foi assassinado com uma xícara de chá em Londres. No chá havia polônio 200, uma substância radioativa, usada em reatores nucleares. Alexander levou tempo para morrer. Os norte-coreanos usaram algo quase instantâneo.
Neste mundo mergulhado em violência é cada vez mais difícil ignorar o inferno. O articulista Ishaan Tharoor, do “Washington Post”, mostra que, ao mesmo tempo em que Trump mencionava um atentando inexistente na Suécia, um atentado real acontecia no Paquistão, matando 73 pessoas. Foi uma explosão realizada por um membro do Exército Islâmico contra um templo sufi. Os sufis são de um ramo do próprio islamismo. Intelectualizados, poéticos, com profetas peregrinos, sábios de pé no chão, os sufis são “tudo o que o Estado Islâmico odeia”, ele conclui. Os sufis são sonhadores e, ao lembrar do carro de som nas ruas de Vitória, pensei: os tempos não estão nada bons para os sonhadores. Como em certo momento, os tempos também não foram bons para o próprio John Lennon. Mas, ainda assim, a canção “Imagine” sobrevive porque, conforme se viu em Vitória, quanto maior a dificuldade mais temos vontade de cantá-la.
No Brasil, somos forçados a fazer uma espécie de corte nos sonhos, uma equivalência simbólica ao corte nos gastos. No entanto, é possível sonhar, sobretudo agora. É uma conversa de réveillon que agora tem um outro sentido prático: o ano começa realmente depois do carnaval. E 2017 será vital para se achar um novo caminho que nos tire dessa área de instabilidade, crise social, desemprego, violência crescente e sistema político vivendo num mundo paralelo. O ato inaugural do ano será a quebra do sigilo das delações de 77 funcionários da Odebrecht. Depois da tsunami, será possível recolher os cacos e reconstruir o sistema político.
A tsunami atinge vários países do continente. Mas é no Brasil que tudo está sendo investigado, foi aqui que o sistema de corrupção foi instalado e exportado como um produto nacional. Muitos temem que a sacudida no universo político comprometa a retomada econômica. Acho que são complementares. De que adianta chegar na frente com mais empregos, um pouco mais de dinheiro no bolso e com a mesma farsa política dominando o país? Existem muitos projetos em gestação, muitos sonhos na gaveta. Eles dependem de uma estabilidade que nos dê alguma confiança no país, como já tivemos lá atrás, com a conquista de eleições diretas para a presidência. Do governo Collor para cá constatamos que eleger um presidente pelo voto direto não é tudo. Será necessário construir uma atmosfera política em que o presidente possa se mover com decência. Uma atmosfera que reduza a distância abissal entre sociedade e representantes pagos por ela. Tudo acaba na Quarta-feira de Cinzas. Mas tudo começa também depois dela. Nada melhor que circular o carro de som tocando “Imagine”, mesmo sabendo que a realidade vai contemplar apenas uma fração mínima de nossos sonhos.
Imprensa Diária sábado, 25 de fevereiro de 2017
TEMER, YUNES E PADILHA: SUSPEITA DE MEIA-VERDADE
Josias de Souza
Imprensa Diária sexta, 24 de fevereiro de 2017
SERRAGLIO NO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA É "MAL MENOR"
Josias de Souza
Imprensa Diária sexta, 24 de fevereiro de 2017
GOVERNO DEVE RESULTADOS MAIS EFETIVOS
Imprensa Diária quinta, 23 de fevereiro de 2017
MINISTRO JOSÉ SERRA PEDE DEMISSÃO A MICHEL TEMER
Josias de Souza
Imprensa Diária quinta, 23 de fevereiro de 2017
ALEXANDRE DE MORAES É MINISTRO DO SUPREMO - JUCÁ COBRA INTEGRIDADE NA "SURUBA"
Bob Fernandes
Imprensa Diária quinta, 23 de fevereiro de 2017
TEMER TEM MOTIVOS PARA TEMER AÇÃO NO TSE
Josias de Souza
Imprensa Diária quarta, 22 de fevereiro de 2017
SAÍDA PARA CRISE É GLEISI HOFFMANN NA FAZENDA
Josias de Souza
A senadora Gleisi Hoffmann, líder do PT, escalou a tribuna para avisar que apenas o Carnaval separa o Brasil do seu reencontro com o caminho da prosperidade. Passados os festejos de momo, disse ela, o petismo lançará um conjunto de propostas para tirar o país do abismo econômico em que Dilma Rousseff o meteu.
Quando chefiava a Casa Civil da Presidência, sob Dilma, Gleisi não conseguiu evitar a ruína produzida pela companheira presidenta. Hoje, afastada do governo, a senadora passou a discursar sobre economia no Senado. E como qualquer outro político, quando não está no governo e sim discursando no Congresso, Gleisi passou a farejar respostas e soluções para todos os problemas.
Temer talvez devesse considerar a hipótese de convidar Gleisi para a pasta da Fazenda. Demitido, Henrique Meirelles passaria a escrever artigos para jornais. E logo farejaria uma forma de apressar a superação da crise. E bastaria a Temer fazer tudo o que o ex-ministro Meirelles escrevesse, em vez de seguir o receituário petista de Gleisi, que estaria de volta ao governo e, portanto, sem saber o que fazer.
Imprensa Diária quarta, 22 de fevereiro de 2017
JUCÁ, O FORO ESPECIAL E A SURUBA!
Ricardo Noblat
O que disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Congresso, ao comentar a proposta de restringir o foro especial de políticos somente para crimes cometidos no exercício do mandato eletivo:
– Se acabar o foro, é para todo mundo. Suruba é suruba. Aí é todo mundo na suruba, não uma suruba selecionada.
Suruba, segundo o Dicionário Aurélio, quer dizer orgia sexual, com a participação de mais de duas pessoas. Ou uma grande confusão.
O comentário de Jucá não dá margem a confusão: ele comparou o foro especial, que garante a políticos e magistrados o direito de só serem julgados pelas mais altas instâncias da Justiça, a uma orgia sexual.
E não somente a uma modesta orgia sexual com três ou quatro ou meia dúzia de pessoas: a uma orgia sexual de grandes proporções. Mais de 20 mil pessoas no Brasil desfrutam do privilégio do foro especial.
Numa suruba não se distingue entre parlamentares e juízes, por exemplo. Por que o direito ao foro especial deveria distinguir? Esse é o cerne da questão levantada por Jucá. E ela faz todo o sentido, sim.
A proposta de restringir o foro de políticos nasceu no Supremo Tribunal Federal, ali atraiu adeptos, mas dali transbordou para os jornais e começou a incomodar principalmente deputados e senadores alvos da Lava Jato.
Como justo neste momento quando eles mais se sentem ameaçados e imploram por proteção, fala-se em deixá-los ao desamparo, salvo nos casos de crimes cometidos no exercício do mandato?
E os crimes passados? E os crimes que possam cometer e que nada tenham a ver com o exercício do mandato? Assim não é possível. Ou nos locupletamos todos ou restaure-se a moralidade.
Como a tarefa de restaurar a moralidade levará muito, muito tempo; como ninguém tem a garantia de que ela será restaurada um dia, então que todos, por ora, se locupletem.
Não posso dizer que Jucá pensa assim. Quero acreditar que ele é um dos arautos da moralidade dentro do Congresso. Ou pelo menos da moralidade dentro do atual Congresso.
Mas quando Jucá compara foro especial com suruba, dá margem a todo tipo de confusão.
Imprensa Diária quarta, 22 de fevereiro de 2017
DIVIDIDA, ESQUERDA FRANCESA NÃO TEM CHANCE
Imprensa Diária quarta, 22 de fevereiro de 2017
NO STF, MORAES PODERÁ DESFAZER ATUAL SUSPEIÇÃO
Josias de Souza
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Imprensa Diária terça, 21 de fevereiro de 2017
MANCHETE DO JBF: PF ATRIBUI A LULA, DILMA E MERCADANTE CRIME DE OBSTRUÇÃO DA JUSTIÇA
MANCHETE DA TERÇA-FEIRA – POLÍCIA FEDERAL SEGUE ORIENTAÇÃO DO EX-PRISIDENTE
A Polícia Federal atribui aos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e ao ex-ministro Aloizio Mercadante o crime de obstrução de Justiça – o último também enquadrado em tráfico de influência.
O documento de 47 páginas, assinado pelo delegado Marlon Oliveira Cajado dos Santos, do Grupo de Inquéritos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, defende que Lula, Dilma e Mercadante sejam denunciados criminalmente, mas em primeiro grau, no âmbito da Justiça Federal do Distrito Federal, porque nenhum dos três detém foro privilegiado.
Formalmente, a PF não indiciou os ex-presidentes e o ex-ministro, mas o relatório afirma que “o conjunto probatório é suficiente”.
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Bem que Lula afirmou (e Ceguinho Teimoso confirmou) que foi no seu gunverno que ele deu ordens severas para a Polícia Federal apurar tudo.
Roubo, guabirutagem, corrupção, obstrução da Justiça e tráfico de influência.
E a PF tá apurando mesmo.
Ladrão nenhuma escapa das malhas dos competentes investigadores da nossa briosa Polícia Federal, que foi incentivada a fazer isto por Lula.
Uma salva de palmas pra Lula e pra Polícia Federal!