O executivo Henrique Valadares, um dos delatores da Odebrecht, relatou à Operação Lava Jato que a empreiteira fez pagamentos, via caixa 2, até a índios. Sob o codinome ‘Tribo’, lideranças indígenas receberam depósitos em conta-corrente, disse Valadares. Os pagamentos estavam vinculados ao Projeto Madeira.
O delator apontou ‘parcelas de R$ 5 mil para Antenor Karitario (na conta corrente da esposa), R$ 2 mil para Orlando Karitario, R$ 2 mil para a Associação dos Povos Karitianos, e R$ 1,5 para pagamento de pequenas solicitações dos mesmos’.
"Tribo. Esse cara se tornou até meu amigo, tenho até um cocar lá em casa. O chefe da tribo lá é o Antenor Karitário", relatou. "Pagava para ele R$ 5 mil por mês, depositado na conta da esposa E mais R$ 2 mil para o Orlando que deve ser outro cacique lá da tribo."
Henrique Valadares disse que ‘isso aqui era para distribuir para os índios’. "Caiu no genérico, tribo."