BREVES ANOTAÇÕES DE UM ANDARILHO
(LIVRO DE MARCOS MAIRTON)
Raimundo Floriano
O lançamento em Brasília aconteceu no dia 05.09.2018, no Espaço Cultural do Superior Tribunal de Justiça. Ambiente pra lá de requintado, amplo e luxuosíssimo salão, selecionadíssimo público leitor, coquetel de primeiríssima qualidade. Tudo no superlativo, para sermos fiéis à realidade. Eu estava lá!
Marcos Mairton e este editor
A contracapa do livro já diz a que veio:
O livro, rica e amplamente ilustrado, contou com a genialidade do artista visual e escritor Valdério Costa. Aqui vão os currículos do autor do desenhista:
Com textos curtos e instigantes, seis linhas no máximo, as anotações configuram-se em verdadeiras crônicas ou contos, deixando à imaginação do leitor o desenvolvimento do enredo e a visualização dos personagens.
Os textos são atualíssimos – outra vez a superlatividade –, condizentes com a nova realidade que vivemos, a globalização e, até – assunto hoje palpitante –, a ideologia de gêneros, como se vê à Página 20:
Pronto! Falei e disse! Quem quiser saber mais é só comprar o livro!
JOAQUIM DOMINGOS RORIZ
(04.08.1936, Luziânia, GO – 27.09.2018, Brasília, DF - 82 anos)
Crgos políticos que ocupou:
Vereador
Prefeito de Goiânia
Deputado Estadual
Deputado Federal
Vice-Governador de Goiás
Governador do Distrito Federal por 4 mandatos
Aqui, um flagrante no lançamento de meu livro Do Jumento ao Parlamento, em 2003, patrocinado pelo FAC - Fundo de Apoio à Cultura, da Secretaria da Cultura do Distrito Federal, quando ele era Governador:
CHAUKI MADDI, O TITO MADI, HOMENAGEM
(Piraju, SP, 12.06.1929 – Rio de Janeiro, RJ, 26.09.2018 - 89 anos)
RIO - Baluarte do samba, cantora e compositora, Dona Ivone Lara morreu na noite desta segunda-feira, na Coordenação de Emergência Regional (CER) Leblon, Zona Sul do Rio. Ela sofreu uma parada cardiorrespiratória. A sambista estava internada desde a última sexta-feira — dia em que completou 97 anos — quando deu entrada com quadro de anemia, e estava no Centro de Terapia Intensiva (CTI). Na tarde desta segunda-feira, o quadro de saúde piorou. Em agosto de 2017, a sambista esteve internada no mesmo hospital, com crise de hipoglicemia.
A sambista será velada nesta terça-feira na quadra do Império Serrano, em Madureira, na Zona Norte do Rio. O sepultamento será no cemitério de Inhaúma, na tarde desta terça.
No início da madrugada desta terça-feira, parentes da sambista ainda estavam no hospital. Um deles era o filho de Dona Ivone Lara, Alfredo Lara da Costa, de 67 anos. Abalado com a partida da mãe, ele fez questão de ressaltar o legado deixado por ela.
— Minha mãe foi uma mulher valente e corajosa. Nos passou muita coisa boa e, graças a Deus, deixou uma obra maravilhosa. Todos gostavam dela - disse Alfredo, que, emocionado, acrescentou: - Ela viveu muito bem. No princípio, a vida da minha mãe foi sacrifício. Mas tinha a música, era o que mais gostava. Ela foi muito feliz. Eu tenho muito orgulho. A família está sofrendo muito. Mas ela ela foi com uma certa idade. Faz muita falta. Mas só fez o bem. O legado dela fica para sempre.
'ENSINOU MUITO A TODOS NÓS'
A nora de Dona Ivone Lara também estava no local. Eliana Lara Martins da Costa, de 67 anos, contou que conhece dona Ivone Lara desde sua juventude e que a considerava uma mãe.
— Eu tive não uma sogra, mas uma outra mãe, junto com a minha biológica. Sempre foi muito minha amiga. Estou muito triste. Era o doce da família. Uma pessoa gentil, não tinha defeitos. Ensinou muito a todos nós, principalmente as crianças, que hoje já estão crescidas. São apaixonados por ela. Não sei como vai ser, porque os netos eram a coisa mais querida para ela — lamentou a nora da sambista.
Nascida em Botafogo no dia 13 de abril de 1921, Ivonne Lara da Costa demonstrava um talento excepcional desde a infância, a facilidade na composição. Filha de mãe cantora, pai violonista e com um tio cavaquinista — era na casa dele onde assistia às rodas de samba e choro.
Aos 12 anos, ela compôs sua primeira canção, o samba de partido-alto "Tié, Tiê". A inspiração veio a partir de um presente dado pelos rimos e futuros parceiros, Hélio e Fuleiro, um pássaro "Tiê-sangue". Durante a adolescência, teve como professores de música erudita Zaíra de Oliveira, esposa do compositor Donga, e Lucília Villa-Lobos, casada com o maestro Heitor Villa-Lobos.
Aos 17, Ivonne começou a estudar na Escola de Enfermagem Alfredo Pinto e passou a trabalhar como plantonista de emergência. Embora tenha dedicado sua vida adulta à área da saúde, reservava as horas vagas para participar das típicas rodas de choro organizadas na casa do tio, Dionísio Bento da Silva, que tocava violão de sete cordas e fazia parte de grupo de chorões que reunia nomes como Pixinguinha, Donga e Jacob do Bandolim.
Aos 25, foi contratada pelo Instituto de Psiquiatria do Engenho de Dentro, onde permanece por 37 anos até se aposentar. Especializada em terapia ocupacional, Ivonne trabalhou no Serviço Nacional de Doenças Mentais com a doutora Nise da Silveira, médica que revolucionou o tratamento psiquiátrico no Brasil.
PRIMEIRA MULHER NA ALA DE COMPOSITORES
Ainda aos 25, casou-se com Oscar Costa, filho do fundador da escola de samba Prazer da Serrinha. Sempre priorizando o trabalho de enfermeira, mas com um pé na música, programava suas férias em fevereiro para participar dos desfiles de Carnaval.
Com o fim da escola Prazer da Serrinha, começa a frequentar a escola de samba Império Serrano. Compõs alguns sambas e partidos-altos para a agremiação — que eram mostrados aos outros sambistas pelo primo Fuleiro, como se fossem dele — já que o preconceito não abria espaço para mulheres compositoras.
Apesar das desavenças, Dona Ivone foi a primeira mulher a integrar a ala dos compositores de uma escola de samba. Em 1965, a mais nova integrante da Ala dos Compositores do Império Serrano compôs, com Silas de Oliveira e Bacalhau, o clássico samba-enredo "Os Cinco Bailes Tradicionais da História do Rio".
O envolvimento cada vez maior com a agremiação rendeu-lhe, entre outras alegrias, a convivência com Mestre Aniceto do Império, Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira, que mais tarde seriam seus parceiros em algumas canções.
PRIMEIRO DISCO EM 1978
Somente aos 56 anos de idade, Ivone passou a dedicar-se exclusivamente à música, lançando em 1978 seu primeiro disco, "Samba Minha Verdade, Samba Minha Raiz", produzido por Sargenteli e Adelson Alves.
Mesmo tendo assumido a carreira musical tardiamente, nas décadas seguintes consagrou-se como grande compositora com músicas gravadas por Clara Nunes, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Beth Carvalho e Marisa Monte. Entre seus maiores sucessos estão “Sonho meu”, "Acreditar" e "Alguém me avisou".
Em 2002, Dona Ivone Lara foi a grande homenageada do prêmio Shell e, em 2012, escolhida como tema do enredo do Império Serrano. Ao longo da carreira, compôs mais de 300 canções e gravou cerca de 20 discos.
Dona Ivone Lara deixa três netos, nora e o filho caçula. Seu primogênito, Odir, morreu na década de 70. Em 1975, o marido da sambista não resistiu após um acidente de carro.
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Para recordar, Sonho Meu, amba de Dona Ivone Lara, que o interpreta com Clementina de Jesus:
POSSE DO PADRE JOÃO PECEGUEIRO NO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO
(Raimundo Floriano)
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Nota do Editor: O Padre João Dias Rezende Filho, meu primo por afinidade, também conhecido por Padre João Pecegueiro, é neto de Tamar Pires Barbosa – Tamar de casada –, folha de Antônio Barbosa e sobrinha do Coronel Thucydides Barbosa, que como Deputado Estadual, foi autor do projeto convertido na Lei 775, de 22 de março de 1918, que elevou a Vila de Santo Antônio de Balsas à condição de Município, consolidando-a e dando à terra que tanto amava os foros de cidade autônoma, condizente com sua prosperidade econômica, política e cultural que naquele momento alcançava.
O Padre João Pecegueiro, além dos fortes laços sanguíneos com os Pereiras, os Borges, os Pires e os Barbosas balsenses, é também, Padre da Igreja Sertaneja, movimento cultural, da qual sou Fundador, Cardeal e Sumo Pontífice.
Graduado em Teologia e Direito e maior autoridade em Genealogia no Estado do Maranhão, o Padre João Pecegueiro nos enche de orgulho com essa nomeação para o IHGM, cujos louros se estendem, igualmente, à Igreja Católica Apostólica Romana!
A seguir, foto colhida em 2010, na capital ludovicense, quando o Padre João ainda era seminarista:
Raimundo Floriano e João Pecegueiro
COM AGRACECIMENTOS AO AMIGO ZÉ ARMANDO, QUE ME MANDOU ESTE VÍDEO
Isto É São Paulo, samba de Kazinho, com Os Demônios da Garoa - 1954:
Carlito Lima
Nos últimos anos estive em pelo menos 30 festas literárias e bienais de livro pelo Brasil e até Buenos Aires, Lima, Cartagena, Havana e Frankfurt. Está havendo um crescimento de feiras literárias em todo mundo, principalmente em cidades de médio porte, e em bairros, na periferia. É um fenômeno que dá importância ao incentivo à leitura em forma lúdica, festiva, apresentando artistas locais e folclore o que aumenta a autoestima e o sentimento de pertencimento. Em algumas regiões os eventos substituem as bibliotecas públicas no papel de juntar o leitor, os livros e os escritores, as festas têm um poder maior de comunicação e interação com a comunidade. A verdade é que o livro foi praticamente expulso da vida pública brasileira. Você não vê as pessoas lendo nas praças, nas ruas, nos ônibus. As publicações perderam muita força. A imagem do livro se desgastou a tal ponto que precisamos de campanhas e mais campanhas de incentivo à leitura no país. Mas as feiras e os festivais estão recolocando o livro em sua importância na cultura e desenvolvimento do país.
No Brasil praticamente começou com a Festa Literária Internacional de Paraty, a FLIP, em situação geográfica privilegiada, no triângulo econômico e cultural do Brasil, Rio, São Paulo e Minas Gerais. Esse ano no mês de julho realizou-se a 15ª edição. A FLIP tem uma característica, bem parecida com as Bienais de livro, a comercialização de livro como objetivo principal. A FLIP foi a inspiração e muitas cidades inventaram as Festas Literárias, como a FLIPOÇOS em Poços de Caldas, FLIARAXÁ em Araxá, FLIBOQUEIRÂO em Boqueirão no interior da Paraíba, entre outras.
Quando fui convidado para exercer o cargo de Secretário de Cultura de Marechal Deodoro, cidade histórica do Estado de Alagoas, planejamos e realizamos a 1ª Festa Literária de Marechal Deodoro em 2010. Foi um sucesso inesperado, às duras penas, pouca verba, convidamos grandes escritores do Brasil, como Marina Colasanti, Antônio Torres, Maurício Melo Jr, entre outros. Belas palestras, o público gostou. Porém em uma conversa com o poeta Affonso Romano de Santanna ele observou.
– O Brasil tem muitos escritores, precisamos é de fazer leitores.
Fiquei com aquela observação na cabeça. Certo dia li em um jornal alguns dados sobre leitura no mundo. A UNESCO, órgão da Educação da ONU publicou que nos países desenvolvidos cada habitante lê uma média de 14 livros por ano. Na América Latina o país melhor em leitura é a Argentina, cada habitante lê uma média de 4 livros por ano. No Brasil esses números são ridículo, nossa média de leitura é de 1,8 livros por ano por habitante. Esses dados da ONU me deixaram alarmado.
Procurei então a Secretária de Educação do município, Flávia Souza. Juntamente com sua equipe resolvemos que a FLIMARZINHA para jovens seria um programa de leitura durante o período escolar, tendo a FLIMAR como culminância desse programa. Foi uma revolução na educação em Marechal Deodoro. Cada uma das escolas durante o ano dentro de um cronograma realizou sua própria FLIMARZINHA os alunos se dedicavam à literatura e a leitura com muita alegria, com teatro, recital, contação de história. Durante o ano em todas as classes havia uma hora de leitura por semana, os alunos liam os livros trazidos da biblioteca e podiam levar para casa para continuar a leitura. Foi lançado concurso de contos inspirados em alguma poesia. Os 30 melhores contos foram editados em livro, lançado durante a FLIMAR. Ao deixar a secretaria, ano passado pedi para as professoras dos 8ª e 9ª anos realizarem uma pesquisa de quantos livros os alunos leram em 2016. O resultado foi surpreendente e gratificante, cada aluno dos 8º e 9º anos de Marechal Deodoro leu uma média de 4,2 livros. Isso basta para justificar nosso trabalho com a juventude deodorense.
“A leitura no Brasil sempre foi uma obrigação chata, um dever, não um prazer. Nesses eventos vejo crianças brincando com os livros, dessacralizando o objeto, transformando numa coisa lúdica, prazerosa. Acho que é por isso que eles são cada vez mais populares e, quanto mais se parecerem com eventos e não com aulas, melhor”. ( Zuenir Ventura).
Fui realizador de sete Festas Literárias de Marechal Deodoro (FLIMAR), em 2017 já realizei a Festa Literária do Pontal da Barra (FLIPONTAL) e na próxima semana entre 25 e 28 de outubro estarei junto ao prefeito Júlio César e a Secretária de Cultura, Isvânia Marques ajudando a realizar a 1ª Festa Literária de Palmeira dos Índios (FLIPALMEIRA), com uma programação esmerada, homenageando dois escritores palmeirenses da melhor cepa, Graciliano Ramos e Ivan Barros. A bela cidade histórica de Palmeira dos Índios se transforma na Capital da Cultura das Alagoas.
DALMA NASCIMENTO É ELEITA IMORTAL DA ACADEMIA NITEROIENSE DE LETRAS
Alberto Araújo
A escritora foi eleita para a Cadeira 19, na sucessão do professor e escritor Luiz Calheiros. A autora é especialista em mito, no sagrado e no feminino, tendo-se tornado renomada também pelos seus estudos sobre a Idade Média.
A escritora pesquisadora do CNPq e crítica literária Dalma Braune Portugal do Nascimento foi eleita na tarde do dia 11 de outubro (quarta-feira) para a Academia Niteroiense de Letras (ANL). Em primeira candidatura, ela obteve 27 votos e será a nova ocupante da Cadeira 19, vaga desde o falecimento do escritor e professor emérito da UFF Luiz Calheiros Cruz. A eleição foi presidida pela acadêmica Márcia Maria de Jesus Pessanha e coauxiliada pelos acadêmicos secretários da ANL: Wanderlino Teixeira Leite Netto e Leda Mendes Jorge.
Votaram 27 dos 50 acadêmicos, 12 presentes e 15 por cartas, na sede da Academia Niteroiense de Letras, à Rua Visconde do Uruguai, 456, no Centro de Niterói, RJ.
UM POUCO SOBRE DALMA NASCIMENTO
Mestra e Doutorada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Professora aposentada de Teoria Literária e de Literatura Comparada da Faculdade de Letras da UFRJ. Nos cursos ministrados de mestrado/doutorado sempre enfatizou a questão do feminino, da Memória, do Mito, da Utopia, do Sagrado e Idade Média.
Atual pesquisadora Associada do Centro de Estudos Afrânio Coutinho, da Faculdade de Letras da UFRJ no Grupo de Estudos Comparados de Literatura e Cultura nas seguintes linhas de pesquisa: Cultura e Sociedade e Estudos Medievais.
Ex-professora de Literatura Brasileira da Universidade de Brasília, e de Teoria Literária, Literatura Brasileira e Língua Portuguesa da Faculdade de Formação de Professores da UERJ.
Algumas obras:
Fabiano, Herói trágico na tentativa do Ser
Antígonas da modernidade: performances femininas na vida real ou na ficção literári.
Mitos e Utopias dos teares às páginas dos periódicos
Memórias em Jornais
Idade Média: Contexto, celtas, mulher, Carmina Burana e ressurgências atuais
Nélida Piñon nos labirintos da memória
Aventura narrativas de Nélida Piñon
Nélida Piñon entre contos e crônicas
e muitos outros.
Artigos e ensaios publicados sobre diferentes temas em revistas especializadas, jornais, atas de congressos, no Brasil e no exterior. Membro efetivo do PEN Clube e do Elos Clube de Icaraí.
"Dalma Nascimento é uma das escritoras mais representativas da literatura brasileira contemporânea, autora de dezenas obras, e proferiu mais de 300 palestras em todo o mundo", declarou a acadêmica, escritora e presidente do Cenáculo Fluminense de História e Letras Matilde Carone Slaibi Conti, em seu parecer acadêmico.
DELEGADO NO ARRAIAL VitalRecor/2016
(Publicado no dia 01.08.2016)
Raimundo Floriano
Aconteceu na Academia VitalRecor, em Brasília, DF, especializada em reabilitação cardíaca e qualidade de vida para os terceiridosos, onde dou um duro lascado para manter-me nesta linda forma que vocês estão cansos de elogiar e de também invejar, em cujo Arraial sou Delegado Vitalício. Este ano, assumi também as funções de Pai da Noiva, conforme adiante vocês verão.
Detalhe do Arraial – Tomada geral dos brincantes
A organização do Arraial ficou a cargo da Doutora Cristina Calegaro, cada vez mais brejeira do que nunca, Presidente do CREFI, proprietária da Academia e Santa Protetora nossa aqui na Terra – no Céu, é Nossa Senhora Aparecida –, coadjuvada na operacionalidade pela Secretária e Sócia Luciene Silva Lu, formanda em Educação Física.
Cristina Calegaro e Luciene Silva Lu
Este ano, houve novidades. Além de apresentar-me com minha incrementada espingarda, linda e artisticamente confeccionada pelo casal de amigos Jorge e Mércia, introduzi na liturgia do Arraial minha abrilhantosa camisa performática e meu resplendoroso chapéu Aqui, minha nova indumentária de Delegado do Arraial e Velho Fulô, personalidade que incorporei no dia 3 de julho, ao completar 80 anos, para o resto da vida, cuja duração entrego nas Mãos de Deus:
Velho Fulô: Delegado e Pai da Noiva
Com as Pastoras Helena e Nicole - Com a Pastora Olga
Com a Pastora Lu – Com as Pastoras Adriana e Cleide Ana
A seguir, outras imagens do Arraial:
Pastoras com o Senhor Bispo – Pastora com o Clero do Arraial
Pastoras diversas – Pastoras Marcela e Estela
Vocês já notaram que neste Arraial tinha muita saia e pouco paletó. Mas só nas fotos. Havia homem pra dar com pau. O problema é que eles não têm o costume de posar para as câmeras. Todos, porém, colaboraram, com sua alegria e também trazendo as guloseimas, como adiante se veem:
Comidas pra tudo quanto é gosto
As Pastoras eram muitas, mas nem todas tinham o gás como estas, que faziam de tudo para aparecerem:
Pastoras Olga, Ruth, Cleide Ana e Adriana
Olha os home aí, gente!
Homem Gilvan e Pastora Vanessa Joyce – Homem Gilmar e Pastora Carol
No Pastoril do Velho Fulô, a ordem é que as Pastoras, frente às câmeras, façam muitas caretas, enfeiem-se, a fim de evitarem mau olhado:
Enfeamento das Pastoras Cleide Ana, Lu, Olga e Ruth
Nesse item, Cristina sempre se esmera e exagera. Sendo uma linda mulher, tremendo pdr, bota uns travesseiros para deformar o corpo e maquia-se horrivelmente de tal forma que fica mais medonha que um yahoo swiftiano.
Por ouro lado, neste Pastoril, incorporei definitivamente a personalidade do Velho Fulô, em homenagem aos Velhos Cebola, Xaveco, Faceta e Mangaba, cujas imitações serão, doravante, meus cavalos de batalha.
Numa rara atuação da dupla Velho Fulô, pai da noiva, e Cristina, filha casamenteira, saiu esta paródia do Pastoril do Velho Faceta, filmada pelo celular da Professora Olga Torres:
REVISTA FOCUS BALSAS: UM SONHO DE BERNADETE
(Publicada no dia 05.10.2015)
Raimundo Floriano
Bernadete Alencar
A Fazenda Araçás ficava a quatro quilômetros da Tresidela, bairro balsense separado do Município-sede pelo Rio Balsas. Era propriedade do Patriarca José Miranda, que ali vivia com Dona Luísa, sua mulher, cercado da família, tendo como fonte de renda a criação de gado, a lavoura e, em especial, um engenho de cana-de-açúcar, movido por tração animal, produzindo aguardente, rapadura, alfenim, tijolos de frutas diversas e outros derivados.
Todos os anos, era rezada nos Araçás uma novena em louvor ao Divino Espírito Santo, que tinha como apoteose o Dia de Pentecostes. Na véspera do último dia, grande parte da população urbana se dirigia para lá, a pé, ou no lombo de jumento, cavalo e burro, em romaria, para tomar parte na festa e também render louvor ao Divino.
A estrada era uma trilha por onde passava, no máximo, carro de boi ou carroça. Hoje, parece que quatro quilômetros – pouco mais de meia légua – é bem ali, como dizia o matuto, apontando o rumo com o beiço inferior! Mas, em meu tempo de criança, no último Festejo do qual lá participei, com 11 anos de idade, achava uma lonjura pra mais da conta.
Embora a Araçás fosse rodeada de serras e densa floresta, o Festejo era noticiado, desde seu início, e durante os nove dias de sua duração, pelos tiros de potentes ronqueiras, que mais pareciam estrondos de canhão. Nas últimas noites, o céu era enfeitado por todo tipo de fogos de artifício, fabricados ali por Seu Elias Miranda, filho de Zé Miranda, com casa no pátio da fazenda.
Como eu dizia, o afluxo de romeiros se dava na véspera de Pentecostes. Toda aquela multidão era alimentada pelos Festeiros, numa boca-livre como jamais vi naquele sertão. Nunca me esqueço do picadinho de carne-de-sol com macaxeira!
À noite, havia uma Procissão no pátio, após a qual era rezado o Terço. Em seguida, era realizado um leilão, em benefício do Festejo, com joias nas quais predominavam itens artesanais, ali mesmo confeccionados, capões cheios, leitoas assadas, bolos e doces diversos. Terminado o leilão, começava a dança na latada, devidamente iluminada por lamparinas de três bicos, com música a cargo de sanfoneiros das redondezas, que ia até o amanhecer.
Ninguém dormia. A meninada se arranjava de qualquer jeito. Quem levava rede, atava-a em qualquer árvore, ao ar livre. Outros dormiam no chão mesmo. Pela manhã, era servido café para todos, com bolo cacete, rosca, orelha-de-macaco, frito de carne de porco, beiju e cuscuz, novamente por conta dos anfitriões.
A seguir, era celebrada a Santa Missa pelo Padre Clóvis, nela se realizando batizados e casamentos de moradores das cercanias.
Após a Santa Missa, o engenho era liberado para quem quisesse beber caldo de cana – ou garapa, com a gente falava –, saborear guloseimas diversas e, no caso dos adultos, tomar lapadas de aguardente direto do alambique. Havia também o caxixi, subproduto da borra da garapa, vinho fraco, que até crianças podiam degustar. Ao meio-dia, após o banho no riacho, era servido o almoço, e estava na hora de todo mundo voltar pra casa, ficando o ato religioso na última noite a cargo dos festeiros.
Para relembrarmos a Festa dos Araçás, ouçamos o Hino do Divino Espírito Santo – A Nós Descei, Divina Luz, de domínio público, com o Coral da Basílica do Carmo - Campinas:
Com o passar do tempo, tudo isso acabou. Em busca de proporcionar estudo para a prole, quase toda a família se mudou para a cidade, com alguns fixando residência na Tresidela. Como foi o caso de Seu Elias Alencar e Dona Adiles, sua mulher. Montando lá variado comércio, Seu Elias também participou da Administração Municipal, elegendo-se Vereador.
Também na Tresidela morava Seu Aprígio Alencar, casado com Dona Joana Miranda, mais conhecida pelo carinhoso apelido de Quinô, irmã de Seu Elias.
Um dos filhos de Seu Aprígio, José Djalma – mais tarde conhecido como Zé do Cine Éden – casou-se com uma filha de Seu Elias, de nome Maria Luísa, a Marilu, que vinha a ser sua prima-irmã. Desse casamento, nasceu Bernadete.
Em meados dos Anos 1950, Balsas possuía dois cinemas: o Cine Santo Antônio, que funcionava na Casa Paroquial, e o Cine Éden, propriedade de Enoque Miranda, filho de Seu Zé Miranda, instalado esse em sua residência, na então Praça de São Sebastião, esquina com a Rua do Frito, ou 11 de Julho. Ambos enfrentavam dificuldades advindas do fato de Balsas não possuir luz elétrica pública, ficando muito onerosa cada exibição de filme. Em pouco tempo, essa diversão se acabou.
Mas o Zé Djalma tinha um grande sonho: ressuscitar o Cine Éden. De início, quase ainda adolescente, mas já casado, deixou a família em Balsas e foi tentar a vida em São Paulo, só retornando no raiar dos Anos 1960, com os projetores e possante motor elétrico próprio, concretizando, com pompa e circunstância, o sonho perseguido. Daí, o nome pelo qual ficou para sempre conhecido: Zé do Cine Éden.
Foi um sonho que durou 22 anos! Nesse interregno, a TV chegou àquele sertão, com sua força lúdica, suas instigantes novelas e publicidade arrasadora. Tal crudelíssimo tsunami levou de roldão todas as pequenas salas brasileiras. E, assim, em 1982, o Cine Éden, aquele nosso Cinema Paradiso sertajeno, conheceu sua última sessão.
Mas não pensem que a saga cultural desse ilustre clã acabou por aí! Entra em cena Bernadete Alencar, com outro grande sonho, lindo sonho, deveras encantador: criar uma revista em sua cidade natal!
Filha do Zé e da Marilu, com 10 anos de idade já ajudava no Cine Éden. Aos 17, foi para Goiânia, com o objetivo de concluir o ensino médio e obter o diploma universitário, graduando-se em Marketing. Em Goiânia, trabalhou em algumas empresas, mas sua vocação era negociar por conta própria, daí ter aberto uma loja de confecções de roupas, diversificando essa atividade com artigos para presente.
Casada com Joaquim Nogueira dos Santos, teve três filhos: Bianca, Beatriz e João Felipe. Visando a proporcionar-lhes instrução adequada e melhor qualidade de vida, retornou para Balsas no ano de 1999, onde, com o apoio da família, criou uma Biblioteca Comunitária, que chegou a contar com acervo em torno de 10 mil volumes.
Não encontrando retorno na Comunidade para esse trabalho voluntário, doou essa riqueza para estas unidades educacionais: UNIBALSAS, Colégio São Pio X, Colégio Padre Clóvis Vidigal, Biblioteca Municipal de Balsas, ajudando, ainda, a montar duas Bibliotecas na Zona Rural, nos povoados de Jenipapo e Santa Luzia.
Em dezembro de 2004, conseguiu, enfim, concretizar o belo sonho de sua vida, com a publicação do Número 1 da revista Focus Balsas, de circulação mensal:
Primeiro número da Focus
Isso deixou todos os balsenses que amam seu torrão natal impregnados de imenso orgulho, com a autoestima nas alturas estratosféricas. Tiro isso por mim, que logo hipotequei integral apoio, colaborando com meus escritos e indicando endereços de possíveis assinantes.
Todos os começos são flores. Para funcionar a pleno vapor, no entanto, empreendimento desse porte depende, mais que dos leitores, da indispensável colaboração financeira de patrocinadores. E isso começou a rarear, com o decorrer do tempo, fazendo com que a Focus Balsas perdesse a regularidade mensal de suas edições.
Percebendo um desenlace anunciado, enviei para a Bernadete, em março de 2007, a correspondência abaixo, que passo a transcrever na íntegra, o que a faz repetitiva do que acima já foi dito:
“A Revista Focus Balsas é uma ousadia!
“Petulância sem tamanho dessa tal de Bernadete Alencar, que ousou desafiar o paradeiro cultural do sertão sul-maranhense, num momento em que o assunto em voga girava em torno do plantio, da colheita, da pecuária, da exportação de grãos. Ideia tão prafrentex só poderia mesmo sair da cabeça de pessoa com a coragem dessa guabiraba – assim chamado, carinhosa ou pejorativamente, dependendo da hora e do local, o habitante da Tresidela.
“Pioneirismo pra mais de metro!
“Mas ações pioneiras sempre marcaram a família dessa balsense metida a sebo! Elias Miranda, seu avô, foi o único fabricante de fogos de artifício do nosso sertão. Lindos fogos, maravilhosos fogos, que embelezavam os Festejos dos Araçás, fazenda do seu bisavô, o patriarca José Miranda. Um erro do Seu Elias, pequenino que fosse, e pelos ares iriam suas mãos, seus braços, seus olhos, o corpo todo. Pólvora é fogo, e ninguém com ele brinca. Seu pai, José Djalma, o Zé do Cinema, foi um bravo idealista, lutador incansável no incremento da diversão cinematográfica em nossa cidade.
“Porém, ai, porém, tocar uma revista.... Sei lá! É preciso tutano pra lascar, ter comido muito pequi com farinha e rapadura! E Bernadete Alencar assim foi criada!
“Alguns fariseus logo aparecem para depreciar o valor desse empreendimento, dizendo que, se Balsas já tem mais de 5 Faculdades, qual a serventia duma revista? E eu respondo a esses derruba-serviço: Faculdade é educação, ensino; a Revista é cultura!
“Grande falta nos fazia um periódico assim. Há muito, eu desejava que meus conterrâneos tomassem conhecimento de meus escritos. Aqui em Brasília, tudo o que escrevo é publicado por um dos maiores jornais do país, o Correio Braziliense, na Seção de Cartas ou na parte destinada aos colaboradores. Os jornais da ASA-CD – Associação dos Aposentados da Câmara dos Deputados e da ASCADE – Associação dos Servidores da Câmara dos Deputados sempre estampam matérias minhas. Cheguei a assinar coluna semanal no O Diário de Alagoas, editado em Maceió. De que me valia tudo isso, pergunto, se em minha terra natal ninguém me lia?
“Meu primeiro livro, Do Jumento ao Parlamento, lançado na noite de 12 de junho de 2003, em frente á Igreja Matriz de Santo Antônio de Balsas, teve aceitação acima da esperada e continua procurado até hoje. Livro, no entanto, é lido e guardado, não tem a dinâmica que uma revista mensal nos proporciona. O surgimento da Focus Balsas veio ao encontro de nossos anseios. Nossos sim, pois, com o seu advento, muitas pessoas saíram dos seus casulos, apontaram os lápis e se entregaram às letras. Caso do comerciante balsense Cláudio Pires que, septuagenário, se revelou excelente cronista. E do octogenário conterrâneo Sileiman Kalil, inspirado poeta, cujos versos só eram conhecidos no sul-maravilha. E doutros mais.
“Quando nossa revista chegou à vigésima edição, em agosto de 2006, exultei de contentamento e orgulho. Contentamento, por ver que a idéia germinara, medrara em terreno que parecia árido e infértil. Orgulho, por ter, com minhas maltraçadas, ajudado nessa fabulosa seara. Na ocasião, exortei os jovens universitários balsenses a mostrarem suas caras, virem à tona e exibirem na Focus sua sabedoria, sua competência, sua criatividade. No número seguinte, positiva reação!
“É com temor que, ao ver sair a Edição 26, constato já não haver mais a periodicidade – 6 números em 8 meses –, denotando que, agora, a ida ao prelo depende quase exclusivamente do bom tempo que Deus lhe concede, representado esse pela abertura da mão de seus patrocinadores. É o vil metal ditando as regras, e a falta dele suplantando o saber.
“Será que o sonho está se acabando?
“Ou já se acabou?”
Infelizmente, eu estava prenhe de razão. Com aquele Número 26, lançado em março de 2007, a querida Focus Balsas exalava seu último suspiro:
Atualmente, Bernadete é funcionária pública da Prefeitura Municipal de Balsas e trabalha como artesã, juntamente com o Joaquim, seu marido, na arte e design em pneus sucateados. Adiante, o casal, esbanjando simpatia e criatividade:
Joaquim e Bernadete
Nos Anais e História Balsense, ficará registrado para a posteridade que Balsas, um dia, fora do período eleitoreiro, teve um jornal, o Jornal de Balsas, nos idos dos Anos 1930, fruto do pioneirismo de Thucydides Barbosa e Ascendino Pinto, e uma revista, a Focus Balsas, efêmera concretização do Sonho de Bernadete.
Hoje, é propalado que Balsas possui, entre duas grandes Universidades, Faculdades e Entidades de Ensino Superior à Distância, 7 estabelecimentos. Ao mesmo tempo, nenhuma revista, nenhum jornal. Sob essa estreita ótica, num confronto Cultura X Instrução Balsense, a Cultura está em pior momento que a Seleção Brasileira de Futebol na Copa/2014, nos fatídicos 7 X 1:
Perdendo de 7 X 0!
DELEGADO NO ARRAIAL VitalRecor/2017
Raimundo Floriano
Aconteceu na Academia VitalRecor, em Brasília, DF, especializada em reabilitação cardíaca e qualidade de vida para os terceiridosos, onde dou um duro lascado para manter-me nesta linda forma que vocês estão cansos de elogiar e de também invejar, em cujo Arraial sou Delegado Vitalício. Este ano, assumi também as funções de Pai da Noiva, conforme adiante vocês verão.
Detalhe do Arraial
Brincantes Adriana, Cristina, Márcia e Marcela
A organização do Arraial ficou a cargo da Doutora Cristina Calegaro, cada vez mais brejeira do que nunca, proprietária da Academia e Santa Protetora nossa aqui na Terra – no Céu, é Nossa Senhora Aparecida –, coadjuvada na operacionalidade pela Secretária e Sócia Luciene Silva Lu, formanda em Educação Física.
Cristina Calegaro e Luciene Silva Lu
Este ano, houve novidades. Além de apresentar-me com minha incrementada espingarda, linda e artisticamente confeccionada pelo casal de amigos Jorge e Mércia, introduzi na liturgia do Arraial minha abrilhantosa camisa performática e meu resplendoroso chapéu Aqui, minha nova indumentária de Delegado do Arraial e Velho Fulô, personalidade que incorporei no dia 3 de julho, ao completar 80 anos, para o resto da vida, cuja duração entrego nas Mãos de Deus:
Velho Fulô: Delegado e Pai da Noiva
Outras imagens do Arraial:
Marcela e Velho Fulô – Adriana, Velho Fulô e Márcia
Suéllyn, Adriana, Velho Fulô e Márcia – Velho Fulô e Cristina
Vocês já notaram que neste Arraial tinha muita saia e pouco paletó. Mas só nas fotos. Havia homem pra dar com pau. O problema é que eles não têm o costume de posar para as câmeras. Todos, porém, colaboraram, com sua alegria e também trazendo as guloseimas.
No final, foi apresentado o Casamento da Filha do Velho Fulô, paródia do Casamento da Filha do Velho Faceta, com os malhadores Raimundo Floriano, o Velho Fulô, e Márcia, a Noiva:
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JINGLES INESQUECÍVEIS - CASAS PERNAMBUCANAS
(Pesquisa e texto da internauta Raiane Nogueira, publicado em 30.09.2010)
Para dar sequência ao especial de jingles inesquecíveis, hoje tirei do fundo do baú um clássico da propaganda brasileira, que não poderia deixar de entrar na nossa série de jeito nenhum. É o antigo comercial da linha de lãs, flanelas e cobertores das Casas Pernambucanas, tradicional rede varejista do país:
Composto por Heitor Carillo, o jingle começou a ser veiculado em 1962, no comercial produzido pela Lynx Film, e fez grande sucesso nos invernos da década de 60. Para ter uma noção da popularidade do anúncio, fiz um teste com a minha família. E bastou dizer “Casas Pernambucanas”, para que meus pais e todos os tios começassem, automaticamente:
“Não adianta bater / Eu não deixo você entrar / As Casas Pernambucanas / É que vão aquecer o meu lar / Vou comprar flanelas / Lãs e cobertores, eu vou comprar / Nas Casas Pernambucanas / E nem vou sentir o inverno passar.”
Pois é, não sei bem por que, mas o fato é que esses simples versinhos se tornaram memoráveis e até hoje conquistam a simpatia de muita gente mais nova. Eu acho uma graça! A propaganda parece ter um efeito tão positivo, que foi resgatada pelas Casas Pernambucanas na sua campanha de 100 anos, em 2008, e mais uma vez este ano, segundo informação da Meio & Mensagem.
Toc, toc, toc... Quem bate? É o frio, quase 50 anos depois, voltando a bater na nossa porta.
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2º ENCONTRO DOS AMIGOS Du BALSA
Raimundo Floriano
Aconteceu na noite de 24 de junho de 2017, um sábado, Dia de São João, na Quadra 26, do SMPW, Brasília (DF), na aprazível e simpática residência da Denize, filha da Aparecida Costa e de meu saudoso primo José Bernardino da Silva, ex-Prefeito de Balsas, e irmã do Erik, atual Prefeito.
A festa foi organizada pela Denize, sua irmã Daniele e Corina Evelin, filha da Marilourdes Solino e do saudoso amigo e quase-primo Luiz Gonzaga Evelin, ambos balsenses da gema.
Compareci, juntamente com Veroni, minha mulher. Da Velha Guarda Balsense, quase ninguém. Apenas eu e a Marilourdes, dois anos mais nova. De uma geração mais moderna, a Aparecida, a Rosinha do Passo, e outras cujos nomes não me vêm agora à memória.
Mas a arraia miúda acorreu em peso. No total, 80 balsenses estavam lá confraternizando, em noite inesquecível, comida sertaneja de primeira qualidade, bebida a contento.
O Encontro começou ao meio-dia, animado por excelente Trio Nordestino – sanfona, zabumba e triângulo –, que tocou até às 18h. A partir daí, foi ligada a luz negra, e a música ficou a cargo de um DJ, durando a animação até à meia-noite, quando se encerrou a festa. Carlos César Ibiapina, com seu violão, também animou a função.
Senti-me o Rei da Cocada Preta, pois a maioria dos presentes, de gerações mais modernas, procurou identificar-se comigo e registrar o ato com selfies e poses diversas.
A seguir, algumas imagens da festa:
A certa altura, foram distribuídas camisetas alusivas ao 2º Encontro, que todos vestimos, para a foto oficial:
Um pequeno detalhe do espaço, à noite:
E, para coroar nosso encontro, este pequeno vídeo produzido pela Corina, com direito a queima de fogos:
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A apoteose do Encontro será a comemoração do Cinquentenário da apresentação do Conjunto Musical Big Brasa em Balsas, levando a Jovem Guarda e o Rock a fixarem-se em definitivo no gosto daquela população sul-maranhense.
Para marcar tão significativo acontecimento, João Ribeiro da Silva Neto, o Beiró, Líder do Conjunto Big Brasa, compôs esta inspiradíssima paródia à música Festa de Arromba, na qual mescla vultos conterrâneos do passado e do presente, em bonito evento, fruto de sua fértil imaginação:
N. E. - Maurício Melo Júnior é jornalista, apresentador da TV Senado, com vasta produção na área da Literatura Infantil, ficção para adultos e pesquisa histórica. Além disso, é colunista do JBF, do Almanaque Raimundo Floriano e de outros órgãos virtuais, Cardeal da Igreja Sertaneja e amigo deste editor há quase 40 anos.
É com imensa alegria que recebo este comunicado do primo João Ribeiro da Silva Neto, o Beiró, líder do Conjunto Musical Big Brasa:
"Caro primo e amigo Raimundo Floriano, para mim, João Ribeiro, vai ser uma lembrança e tanto, voltar a Balsas 50 anos depois de quando o nosso Conjunto Big Brasa tocou na cidade, em 1967! No mesmo clube, o CRB! E para meus primos Adalberto Pereira Lima e nosso saudoso Carlomagno Pereira Lima (Carló) – in memoriam –, uma homenagem e tanto. Acho que tive uma boa ideia ao relembrar a coincidência, do Big Brasa estar comemorando seus 50 anos e da realização do 5º Encontro de Filhos e Amigos de Balsas, que será realizado no dia 29 de julho!
Lembrei para o Erik Silva que sem dúvida seria ele a pessoa mais indicada para relembrar o fato, no dia da festa! O pai dele, nosso primo Bernardino e o meu papai, Alberto Ribeiro da Silva, foram os maiores entusiastas da ida do Big Brasa a Balsas! E marcou presença como o primeiro conjunto dos Anos 60, com guitarras! Uma data que merece ficar na história (nossa, do Conjunto Big Brasa) e na de Balsas. Um grande abraço! Vou levar mais livros para que o Erik Silva guarde no acervo dele!
As fotos abaixo, do Conjunto Big Brasa, têm tudo a ver com a data e tenho a impressão que foi uma boa ideia minha ao relembrar o fato, pois comemoramos 50 anos de música, com os dois livros que escrevi. Enquanto em 1967 estávamos em Balsas, apresentando as guitarras! Foi inesquecível!”
Nosso primo José Bernardino da Silva era médico e, em 1984, quando Prefeito e Balsas, veio a falecer, com apenas 45 anos de idade, vítima de acidente aéreo. Coincidentemente, desde o início deste ano de 2017, seu filho Erik Silva, também médico, é o Prefeito de nossa cidade, com admirável administração.
A seguir, algumas fotos enviadas pelo João Ribeiro, enfatizando a presença do Bernardino, em 1967, na passagem do Conjunto Big Brasa pelo sertão sul-maranhense:
João Ribeiro, líder do Big Brasa – Bernardino, com uma jovem balsense
Bernardino, com o Conjunto – Conjunto Big Brasa
Mas Beiró não fica por aí. Intelectual, não bastasse a Música para se consagrar, também nada de braçadas na Literatura. Prova disso são estes dois excelentes livros a que acaba de nos legar, A Música em Minha Vida, 50 Anos de Lembranças, com sua biografia, e Big Brasa, 50 Anos Inesquecíveis, com a saga do Conjunto.
Textos leves, belos e instigantes, prendem o leitor à medida em que os capítulos se vão sucedendo. São documentos históricos que recomendo a todos os conterrâneos e amigos.
(João Ribeiro é filho de meu primo legítimo Alberto Ribeiro e neto de meu Tio João Ribeiro da Silva, irmão de Rosa Ribeiro, meu pai)
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Inauguração do Ateliê de Maria dos Mares, artista plástica, irmã de Raimundo Floriano, editor deste Almanaque.
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CORREIO BRAZILIENSE
ATRAÇÃO:
CASAMENTO DA FILHA DO VELHO FULÔ, COM OS ATORES
RAIMUNDO E CRISTINA!!!
Para terror do Paulão de Varadero e outros encuecados, aviso que o Velho Fulô será um dos jurados!
N. E. - Wilto Fonseca, brasileiro, goiano, coautor do livro, jornalista em Lisboa, é primo legítimo do editor deste Almanaque.
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