Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Música Sertaneja domingo, 04 de dezembro de 2022

MATO GROSSO RICO, TANGO, COM TONICO E TINOCO


Música Sertaneja domingo, 27 de novembro de 2022

MATA A MENINA, BATIDÃO, COM AS MINEIRINHAS


Música Sertaneja domingo, 20 de novembro de 2022

MARINGÁ, CANÇÃO, COM TONICO E TINOCO


Música Sertaneja terça, 15 de novembro de 2022

ESTRADA DA VIDA, VALSA, COM MILIONÁRIO E JOSÉ RICO


Música Sertaneja domingo, 13 de novembro de 2022

MARCAS, BOLERO, COM AS MARCIANAS


Música Sertaneja domingo, 06 de novembro de 2022

MARACATU ELEGANTE, MARACATU, COM INEZITA BARROSO

 


Música Sertaneja domingo, 30 de outubro de 2022

MALVADA, CANÇÃO, COM ALMIR ROGÉRIO


Música Sertaneja domingo, 23 de outubro de 2022

MAJESTADE O SABIÁ, TOADA, COM CHITÃOZINHO & XORORÓ


Música Sertaneja domingo, 16 de outubro de 2022

MAIS UMA VEZ SOZINHO, CANÇÃO, COM LEANDRO E LEONARDO


Música Sertaneja domingo, 09 de outubro de 2022

MAIS UMA LIÇÃO, BOLERO, COM O DUO CIRIEMA


Música Sertaneja terça, 04 de outubro de 2022

SIRIEMA DO MATO GROSSO, DE MÁRIO ZAN E NHÔ PAI, COM TONICO E TINOCO

Música Sertaneja domingo, 02 de outubro de 2022

MÁGOAS DE CARREIRO, TOADA, COM ROLANDO BOLDRIN


Música Sertaneja quinta, 29 de setembro de 2022

NILO AMARO E SEUS CANTORES DE ÉBANO
NILO AMARO E SEUS CANTORES DE ÉBANO

Raimundo Floriano

 

  

                        Minha estante de cedês é um baú de preciosidades musicais, tesouro que contém as criações de grandes artistas da MPB, músicos, compositores e intérpretes. Essa riqueza está, aos poucos, caindo no esquecimento das novas gerações brasileiras, e chegará um dia que em nela não mais se falará.

 

                        Com exceção da Música Militar, que diariamente é executada nos quartéis, do Frevo, ainda animando o Carnaval Brasileiro, e o Forró, a cada dia revelando novos talentos, há quase 30 anos nada acontece digno de nota em nosso cenário musical.

 

                        Dentro de duas gerações futuras, com o desaparecimento dos saudosistas atuais e com a extinção do livro impresso, nada restará para relembrar os grandes artistas que construíram nossa história.

 

                        Não estou aqui para elogiar o norte-americano não. Mas, nos Estados Unidos, preserva-se a MPB muito mais do que aqui. A última vez em que estive em Orlando Downtown, isso em 2001, fui levado a uma grande discoteca, a Virgin, onde encontrei vários cedês gravados por brasileiros, itens que aqui no Brasil eu já não conseguia adquirir. A peso de ouro, claro, mas consegui. Não só de meus patrícios, mas de muitos outros latino-americanos de minha curtição.

 

                        Trago-lhes como triste exemplo o conjunto Nilo Amaro e Seus Cantores de Ébano que, nos Anos 1960, nos encantou com seus maravilhosos arranjos para as toadas que até hoje cantamos em nossas saudosas serestas. Sim, porque isso ainda existe. Nos 80 anos de meu irmão José, o Carioquinha, contratei dois grandes seresteiros de Brasília e, reunindo imenso grupo de parentes e demais amigos, fomos, na madrugada de seu aniversário, bater à porta de sua casa, na Quadra 714 Sul, quando entoamos as músicas de nosso passado e de seu repertório, sendo ele também um apaixonado trovador. E toda a vizinhança acorreu para também tomar parte naquela bonita festa.

 

                        Pois bem, voltando a Nilo Amaro, quase nada encontrei, na Internet, em livros ou em contracapas de disco que me fornecesse informações completas sobre sua vida e sua obra. O pouquinho que aqui lhes estou disponibilizando é o que há!

 

                        Nilo Amaro, pseudônimo de Moisés Cardoso Neves, nasceu no ano de 1928, em dia, mês e cidade indeterminados, e faleceu em Goiânia (GO), a 18 de abril de 2004, aos 76 anos de idade.

 

                        Nos anos 1950/1960, quando a Velha Guarda Brasileira conhecia seu ocaso, ele teve a brilhante ideia de formar um conjunto vocal a que deu o nome de Nilo Amaro e Seus Cantores de Ébano, reunindo em torno de si um coro de vozes negras femininas e masculinas – um soprano, um meio-soprano, um contralto, dois baixos um tenor e três barítonos, além de Noriel Vilela, o baixo que se destacava no grupo.

 

                        O conjunto fez muito sucesso na Década de 1960. Seu repertório era composto de clássicos da música popular brasileira – toadas, sambas e sambas-canções – de peças do folclore, e de versões para o Idioma Português de spirituals dos negros norte-americanos, sendo considerado o precursor da música gospel no Brasil. Seus maiores sucessos foram as toadas Leva Eu, Sodade, de Tito Neiva e Alventino Cavalcanti, e Uirapuru, de Jacobina e Murillo Latini.

 

                        Noriel Vilela participou dos Cantores e Ébano e também fez carreira solo. Seu sucesso mais conhecido foi Dezesseis Toneladas, versão para o Português de um clássico norte-americano do pop-country-folk dos anos 1940, Sixteen Tons, de Ernie Ford e Merle Travis. Faleceu em 1974, devido a uma reação alérgica a anestesia aplicada por seu dentista. Com sua morte, os Cantores de Ébano fizeram uma parada temporária até encontrar um substituto à altura. Retomando mais tarde a carreira, já não alcançou o sucesso obtido no passado.

 

                        Da discografia de Noriel, resta ainda à venda em sebos virtuais o elepê abaixo: 

                        

                        Voltando ao conjunto Nilo Amaro e Seus Cantores de Ébano, encontra-se ainda nos sites de venda virtual este cedê:

 

                        Não é bairrismo deste Cardeal, é mesmo a saudade que me bate no coração todas as vezes em que ouço a toada Uirapuru, porque me traz à lembrança a linda poesia do mesmo nome, sublime inspiração poética de meu conterrâneo Humberto de Campos:

 

Dizem que o uirapuru, quando desata

A voz, Orfeu do seringal tranquilo.

O passaredo, rápido, a segui-lo,

Em derredor agrupa-se na mata.

 

Quando o canto, veloz, muda em cascata,

Tudo se queda, comovido a ouvi-lo:

O mais nobre sabiá susta a sonata

O canário menor cessa o pipilo.

 

Eu próprio sei quanto esse canto é suave

O que, porém, me faz cismar bem fundo

Não é, por si, o alto poder dessa ave.

 

O que mais no fenômeno me espanta

É ainda existir um pássaro no mundo

Que fique a escutar quando outro canta.

 

                        Para que vocês, caladinhos, se deleitem, aqui vai um pouco de seu trabalho: 

                        Uirapuru, toada de Jacobina e Murillo Latini:

 

                        Leva Eu, Sodade, toada de Tito Neto e Alventino Cavalcanti:

 

                        Azulão, canção lenta de Jayme Ovalle e Manuel Bandeira:

 

                        Down By The Riverside, foxtrote de Dazz Jordan:

 

                        Urutau, toada de Murillo Latini e Jacobina:

 

                        Nobody Knows The Trouble I’ve Seen, foxe de Nat King Cole e Gordon Jenkins

 


Música Sertaneja segunda, 26 de setembro de 2022

DUO CIRIEMA CANTA CHALANA E COLCHA DE RETALHOS

 


Música Sertaneja domingo, 25 de setembro de 2022

BEIJINHO DOCE, VALSA, COM IRMÃS GALVÃO

 

 


Música Sertaneja domingo, 25 de setembro de 2022

MÁGOAS DE BOIADEIRO, TOADA, COM PEDRO BENTO E ZÉ DA ESTRADA


Música Sertaneja domingo, 18 de setembro de 2022

MÁGOAS DE BOIADEIRO, TOADA, COM INEZITA BARROSO


Música Sertaneja quinta, 15 de setembro de 2022

CHALANA, GUARÂNIA, CANTA SERGIO REIS

 


Música Sertaneja terça, 13 de setembro de 2022

AS MINEIRINHAS – SANDRA E VALÉRIA

 

AS MINEIRINHAS - SANDRA E VALÉRIA

Raimundo Floriano

 

 

As Mineirinhas em três momentos da carreira 

                        No cenário nacional do showbiz, do espetáculo, estou plenamente convencido de que São Paulo é outro país, diferente do resto do Brasil. Abarcando o Sul de Goiás e a Região Triangulina, detém enorme elenco de artistas, em todos os campos de atividade, famosíssimos por lá, mas desconhecidos para os demais brasileiros. No Jornal da Besta Fubana, já tive a oportunidade de traçar o perfil de alguns deles: Zé Fidélis, Germano Mathias, Nilo Amaro, Fred Williams.

 

                        As Mineirinhas estão aí para confirmar o que digo. Com mais de 30 anos de estrada, muito anteriores, portanto, a Leandro e Leonardo, Zezé Di Camargo e Luciano, João Paulo e Daniel, e a consagrada pessoense Roberta Miranda, quase delas não se tem notícia nas áreas fora do círculo sudestino. Com site e blog na Internet, As Mineirinhas são atualíssimas, o que vem a corroborar o que acima afirmei.

 

                        Sandra e Valéria, As Mineirinhas, cantoras e compositoras, nasceram em Minas Gerais, – claro! –, provavelmente em Uberlândia, em ano que elas não revelam de jeito e maneira.

 

                        Com vários LPs e CDs lançados, apresentam repertório altamente apreciado e respeitado, não só junto ao público, como também entre cantores e compositores que fazem parte da música sertaneja. A dupla chama a atenção pela qualidade das melodias e pela riqueza das harmonias vocais. O trabalho delas traz grandes sucessos da juventude sertaneja desde os Anos 1980. Com vozes poderosíssimas, romantismo, beleza e sensualidade, As Mineirinhas encantam com suas criações e também com músicas de grandes e famosos compositores do gênero.

 

CD Som Livre Estação CD 

                        Seus shows e discos apresentam grandes sucessos como Abra o Coração, de Fátima Leão e Elias Muniz, Não Me Deixe Faltar Amor, de César Augusto, César Rossini e Lucas Robles, Te Quero, Te Adoro, de César Rossini e Piska, Não Diga Adeus Jamais, de Tivas e Rock, Por Que Fugiu de Mim?, de Fátima Leão e Valéria, Só Quero Te Dizer, de Joel Marques, Gato, Me Ama, de Valdir Luz e Jefferson Farias, Agarra, Agarra, de Maria da Paz e J. Moreno, Não Sei Tirar Você de Mim, de Elias Muniz e Maracaí e Por Uma AventuraFantástica Loucura e Abusa de Mim, as três últimas de Elias Muniz.

 

                        Dois de seus CDs ainda se encontram à venda em sites de lojas especializadas: Som Livre Estação CD e Raízes Sertanejas. Outros trabalhos seus – LPs e CDs – facilmente são localizados em sebos virtuais.

 

                        Estes são dois LPs de seus primeiros trabalhos fonográficos: 

 

                        O repertório do primeiro encontra-se discriminado na própria capa. O do segundo, Totalmente Apaixonada, lançado no ano de 1985, é assim constituído:

 

LADO 1

01 - A Dor do Adeus

02 - A Rival

03 - Amor Somente Amor

04 - Cinquenta Graus de Amor

05 - Delírios de Amor

06 - Mata a Menina

LADO 2

01 - Não Sofra Assim

02 - Onde Andará

03 - Pedaço de Mau Caminho

04 - Sou Louca Por Ele

05 - Te Amo Te Amo

06 - Totalmente Apaixonada

 

                        Em 1985, ao se lançado, o LP Totalmente Apaixonada provocou grande alvoroço na população masculina de coroas, com a faixa Mata a Menina, composição da dupla, espécie de resposta ao xote Mate o Véio, Mate, de Genival Lacerda e João Gonçalves, gravado por Genival.

 

                        Do CD As Mineirinhas, Coleção Raízes Sertanejas, escolhi estas faixas, para mostrar-lhes um pouco de seu trabalho: 

                        Menina Apaixonada, valsa de Miltinho Rodrigues:

 

                        Coração Que Dói, guarânia de Compadre Lima:

 

                        O Bandido, valsa de Marciano e Darci Rossi:

 

                        Coração Inocente, guarânia de Zé Venâncio e Benedito Seviero:

 

                        E, para terminar, este youtube com o cateretê Mata a Menina, e Ronaldo Adriano e Walter Mendonça:

 

 


Música Sertaneja domingo, 11 de setembro de 2022

MÃE DE LEITE, CANÇÃO, COM MILIONÁRIO E JOSÉ RICO


Música Sertaneja domingo, 04 de setembro de 2022

MATA A MENINA, XOTE, COM AS MINEIRINHAS SANDRA E VALÉRIA


Música Sertaneja domingo, 04 de setembro de 2022

MÃE AMOROSA, TOADA, COM ABEL & CAIM

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Música Sertaneja quinta, 01 de setembro de 2022

ACABOCLA TEREZA - CANTAM TONICO & TINOCO
 

Música Sertaneja domingo, 28 de agosto de 2022

MÁ PAGADORA, ARRASTA-PÉ, COM TIBAGI E MILTINHO


Música Sertaneja terça, 23 de agosto de 2022

CHICO MINEIRO - CANTAM TONICO & TINOCO

Música Sertaneja domingo, 21 de agosto de 2022

RIO DE PIRACICABA (RIO DE LÁGRIMAS) - CANTAM TIÃO CARREIRO E PARAÍSO

Música Sertaneja domingo, 21 de agosto de 2022

LUAR DO SERTÃO, SERESTA, COM ROBERTINHO E CAROLINA


Música Sertaneja quinta, 18 de agosto de 2022

GUACIRA - CANTAM CASCATINHA E INHANA

Música Sertaneja quarta, 17 de agosto de 2022

JURA DE CABOCLA, CANÇÃO DE CÂNDIDO DAS NEVES - "ÍNDIO", COM ROLANDO BOLDRIN

Música Sertaneja domingo, 14 de agosto de 2022

LUAR DO SERTÃO, CANÇÃO, COM INEZITA BARROSO


Música Sertaneja domingo, 07 de agosto de 2022

LUAR DE RIBEIRÃO PRETO, VALSA INSTRUMENTAL, COM ORIOVALDO FIORAVANTE E SEU ACORDEON

 


Música Sertaneja segunda, 01 de agosto de 2022

BAIÃO DA SERRA GRANDE, DE FRED WILLIAMS, COM PALMEIRA E BIÁ

Música Sertaneja domingo, 31 de julho de 2022

LONGE DOS OLHOS, VALSINHA, COM CASCATINHA E INHANA


Música Sertaneja domingo, 24 de julho de 2022

GALOPEIRA, GUARÂNIA, COM SUZAMAR


Música Sertaneja quinta, 21 de julho de 2022

ALVARENGA E RANCHINHO E A MÚSICA SERTANEJA
ALVARENGA E RANCHINHO E A MÚSICA SERTANEJA

Raimundo Floriano

 

Alvarenga e Ranchinho

 

                        Dupla sertaneja formada por Murilo Alvarenga, o ALVARENGA (Itaúna (MG), 22.5.1912 – 18.1.1978), e Diésis dos Anjos Gaia, o RANCHINHO (Jacareí (SP), 23.5.1913 – 5.7.1991), elenco original que, apesar dos percalços, encontros e desencontros, acertos e desacertos, dissoluções e retornos, foi o mais conhecido, famoso e duradouro.

 

                        Murilo, conhecido desde cedo pelo sobrenome, trabalhava em circos como trapezista, malabarista e cantor de tangos. Diésis atuava como cantor na Rádio Clube de Santos, apresentando repertório romântico do qual o samba-canção No Rancho Fundo, de Ary Barroso e Lamartine Babo, era uma de suas músicas prediletas, daí se originando o apelido RANCHO. Conhecido também como BAIXINHO, em função do seu porte físico, aproveitou o apelido e o colocou no diminutivo – Ranchinho.

 

                        Em 1928, numa seresta na cidade de Santos, Murilo e Diésis resolveram cantar juntos. De início, atuaram em circos, apresentando repertório variado, com valsas, modinhas, tangos, chorinhos e calangos, entremeando uma música e outra com causos e piadas, dos quais o público achava muita graça, aplaudindo-os em aprovação.

 

                        No ano de 1933, a dupla teve início efetivo, cantando no Circo Pinheiro, em Santos, e, logo depois, em São Paulo, na Companhia Bataclã. No ano seguinte, passou a fazer parte do elenco da Rádio São Paulo. Estava consolidada no cenário artístico nacional.

 

                        Em 1935, conheceu o compositor e humorista Silvino Neto, pai do ator global Paulo Silvino, com quem formou um trio, Os Mosqueteiros da Garoa, de curtíssima duração.

 

                        Refeita a dupla, passou ela a atuar em filmes, nas mais famosas estações de rádio do país e em casas de espetáculos até do exterior, assim como a gravar seus sucessos, incluindo-se neles vários carnavalescos, como Seu Condutor, de Alvarenga e Ranchinho, em 1938, e A Charanga do Flamengo, de Felisberto Martins e Fernando Martins, em 1947

 

                        Durante sua existência, a dupla teve outros componentes, em substituição a Ranchinho, que sempre voltava, pois não havia outro com talento igual para seu lugar.

                        Em 1936, fazendo parte do elenco do Cassino da Urca, começou a fazer sátiras políticas, que se tornaram um dos seus pontos fortes, o que lhe acarretou sérios problemas com a censura oficial.

 

                        Mas em 1939, Alzira Vargas, filha do Presidente Getúlio Vargas, ditador na época, convidou a dupla para tocar no Palácio das Laranjeiras para seu pai. Getúlio, depois de ouvir todas as músicas e sátiras, algumas referentes a ele, deu ordem para que suas composições fossem liberadas em todo o território nacional.

 

                        Alvarenga e Ranchinho não alisavam os lombos dos poderosos, descendo-lhes, com suas sátiras, vigorosas cipoadas, com exceção de um, porque apoiavam seu governo: Juscelino Kubitscheck.

 

                        Na segunda metade dos Anos 80, Ranchinho fez parte do elenco fixo do programa Som Brasil, nas manhãs de domingo, apresentado inicialmente por Rolando Boldrin e depois por Lima Duarte.

 

                        Em outras matérias, apresentei a atuação da dupla no Carnaval e no Humorismo. Aqui vai pequena amostra de seu trabalho na Música Sertaneja.

 

                        Adeus, Mariazinha, rancheira de Fausto Vasconcellos: 

 

                        Aquela Flor, valsa de Alvarenga e Ranchinho: 

 

                        Carrero Bão, toada de Alvarenga e Ranchinho:

  

                        Eh! São Paulo, calango de Alvarenga:

  

                        Seresta, valsa de Alvarenga, Ranchinho e Newton Teixeira: 

 

 


Música Sertaneja domingo, 17 de julho de 2022

LOIRA, LOIRINHA, ARRASTA-PÉ, COM TONICO E TINOCO


Música Sertaneja domingo, 10 de julho de 2022

LENCINHO DE RENDA, GUARÂNIA, COM CASCATINHA E INHANA


Música Sertaneja domingo, 03 de julho de 2022

LENCINHO DE INHANDOTI, GUARÂNIA, COM O DUO CIRIEMA


Música Sertaneja terça, 28 de junho de 2022

CHICO BOATEIRO, MODINHA, COM ROLANDO BOLDRIN


Música Sertaneja domingo, 26 de junho de 2022

LEMBRANÇAS, GURÂNIA, COM ZÉ FORTUNA E PITANGUEIRA


Música Sertaneja domingo, 19 de junho de 2022

LEMBRANÇAS, GUARÂNIA, COM MATOGROSSO MATHIAS


Música Sertaneja domingo, 12 de junho de 2022

LEMBRANÇA, GUARÂNIA, COM IRMÃS BARBOSA


Música Sertaneja domingo, 05 de junho de 2022

LAR DESTRUÍDO, CANÇÃO, COM CASCATINHA E INHANA

 


Música Sertaneja domingo, 29 de maio de 2022

LAMPIÃO DE GÁS, VALSA, COM INEZITA BARROSO


Música Sertaneja domingo, 22 de maio de 2022

LÁGRIMAS NO CHÃO, GUARÂNIA, COM IRMÃS RODRIGUES & VONINHO


Música Sertaneja domingo, 15 de maio de 2022

LÁGRIMAS DO CORAÇÃO, CANÇÃO, COM LEANDRO E LEONARDO


Música Sertaneja domingo, 08 de maio de 2022

BELMONTE E AMARAÍ, UM MARCO NA MÚSICA SERTANEJA
BELMONTE E AMARAÍ, UM MARCO NA MÚSICA SERTANEJA

Raimundo Floriano

 

 

Belmonte e Amaraí

 

                        No dia 2 de agosto passado, um domingo, fui régia e duplamente premiado por minha devoção à genuína Música Popular Brasileira.

 

                        Começou às 10 horas da manhã, na TV Cultura, Canal 510, no Programa Sr. Brasil, comandado pelo veterano Rolando Boldrin. Durante uma hora, exibiram-se ali dois magníficos cantores completamente desconhecidos para mim: Júlio Carvalho e Cláudia Cunha, acompanhados por excelente regional, contando com clarineta, baixo acústico, violão de 6 cordas, violão de 7 cordas, bandolim, cavaquinho e outros de percussão. Além da arte de cada astro, casos e mais casos, como é do feitio de Boldrin, enriqueceram o espetáculo.

 

                        Durante os comerciais, era anunciada, para as 8 da noite, uma homenagem à recém-falecida estrela Inezita Barroso, apresentadora do Viola, Minha Viola.

 

Inezita Barroso em duas fases de sua carreira

 

                        À noite, a hora marcada, enquanto a maioria dos telespectadores se plugavam, suponho, no Faustão ou no Silvio Santos, eu voltava à TV Cultura para conferir. O título da homenagem era Tributo a Inezita – Quanta Saudade Você Me Traz.

 

                        Durante 2 horas e meia de programa, ali compareceram nomes do primeiro time da Música Sertaneja, alguns representando falecidos ícones do gênero, contando, no total, mais de 50 artistas, dentre eles Renato Teixeira, Ivan Lins, Lourenço e Lourival, Renato Borghetti, Rick Solo, Mococa e Paraíso, Paulo Freire, João Mulato e Douradinho, Pereira da Viola, Roberto Correa, Irmãs Barbosa, Toninho Ferragutti, Daniel e o Coral da USP.

 

                        A maioria atuou acompanhada pelo Regional Viola, Minha Viola, com Joãozinho, violão, Arnaldo Freitas, viola caipira, Leandro Madeira, baixo, Escurinho, percussão, e os convidados, Maestro Marinho, sanfona, e Márcio, percussão. Eles formaram o grupo que esteve ao lado de Inezita nos últimos nos da emissora.

 

                        O repertório do tributo refletiu a vasta obra de Inezita e as apresentações se dividiram entre os clássicos de seu cancioneiro e também algumas peças que marcaram os artistas presentes ao show. Ao final, todos os participantes cantaram a inesquecível canção Lampião de Gás, marca registrada da estrela.

 

Alguns astros da apoteose

 

                        Espero que a produção desse show disponibilize um DVD com a sua íntegra, para o deleite de todos os aficionados gênero, com é meu caso.

 

                        Embora eu tenha curtido adoidado o programa integralmente, lamentei a ausência de representante de uma dupla que, para mim – vocês têm todo o direito de discordarem –, representou um marco na Música Sertaneja: Belmonte e Amaraí.

 

Belmonte e Amaraí

 

                        Pascoal Zanetti Todarelli, o Belmonte, nasceu em Barra Bonita (SP), no dia 2 de novembro de 1937, e faleceu num acidente automobilístico em Santa Cruz das Palmeiras, interior paulista, no dia 9 de setembro de 1972. Domingos Amaraí Sabino da Cunha, o Amaraí, nasceu em Rui Barbosa (BA), no dia 11 de outubro de 1940.

 

                        Belmonte, conhecido carinhosamente como Lico em Barra Bonita, formou duplas com Belmiro e também com Miltinho Rodrigues que, mais tarde, por sua vez, formou dupla com Tibagi.

 

                        Amaraí, por outro lado, com apenas 16 anos, em Rio Verde (GO), já cantava em dupla com Amoroso. A dupla foi desfeita, e Amaraí seguiu para São Paulo, onde passou a se apresentar sozinho, cantando na noite e chegando a formar dupla com Tibagi, algum tempo depois.

 

                        Com apenas 16 anos, Belmonte também já se aventurava pela capital paulista atrás do sonho de cantar, e foi com 18 anos que conheceu Belmiro e formou com ele a dupla Belmiro e Belmonte, gravando o LP Aquela Mulher, pela gravadora Sabiá, que foi o primeiro disco em sua carreira.

 

 

                        O sucesso demorou e só chegou em 1964, quando Belmonte, já com 26 anos de idade, conheceu o Amarai, no Café dos Artistas; formando a dupla Belmonte e Amaraí, a qual se apresentava em casas noturnas e bares, interpretando os mais diversos estilos musicais, em vários idiomas.

 

                        No ano seguinte, Nenete, da dupla Nenete e Dorinho, sendo diretor artístico da gravadora RCA, propôs à dupla um contrato de gravação. E, em 1967, Belmonte e Amaraí lançaram o primeiro LP, no qual o sucesso da faixa-título Saudade de Minha Terra, de Belmonte e Goiá, se encarregou de imortalizar a dupla, com mais de 1.650.000 cópias vendidas, número até hoje raramente igualado.

 

 

                        Eu, nordestino e seresteiro, que até hoje faço serenatas pelas superquadras de Brasília, até então só conhecia uma canção obrigatória em nossas cantorias noturnas: Luar do Sertão, do maranhense Catulo da Paixão Cearense. Aí chegou Saudade de Minha Terra! E chegou para ficar! Em qualquer rodada musical de amigos, possa ser em residência ou boteco, ela é cantiga obrigatória.

 

                        O impacto de Saudade de Minha Terra foi tamanho, que grandes nomes da MPB a regravaram: Milionário e José Rico, João Paulo e Daniel, Chitãoinho e Chororó, Sérgio Ferraz e Júlia Arantes, Mauro Sérgio, Francisco Petrônio, Sérgio Reis, Marcelo Costa, e muitos outros.

 

                        No pouco tempo em que durou, a dupla Belmonte e Amaraí deixou sua história na música caipira de raiz. Belmonte e Amaraí possuíam as vozes mais afinadas e que melhor se casavam na época. Tornaram-se um marco dentro da música sertaneja, considerado por alguns como sendo os precursores do sertanejo moderno. Inovaram na instrumentação, incluindo harpa paraguaia, piano, bongô e pistons, instrumentos musicais praticamente inéditos nas músicas do gênero.

 

                        Gosto não se discute! Aqui externei minha sincera opinião, fruto de muita pesquisa, acurada observação!

 

                        Os LPs e CDs da dupla são facilmente encontráveis no mercado virtual.

 

                        Ah! Ia-me esquecendo, são imperdíveis as manhãs de domingo na TV Cultura: de 9 às 10, Viola, Minha Viola; de 10 às 11, Sr. Brasil; e, de 11 ao meio-dia, Samba na Gamboa. É Música Popular Brasileira da melhor qualidade.

 

 

                        Para vocês, Saudade de Minha Terra, guarânia de Belmonte e Goiá, divisor das águas na Música Sertaneja, com Belmonte e Amaraí, seus criadores:

 

 


Música Sertaneja domingo, 08 de maio de 2022

LÁGRIMAS DE QUEM AMA, VALSA, COM TIBAGI E NILTINHO


Música Sertaneja sábado, 07 de maio de 2022

INEZITA BARROSO, O FIM DE UM CICLO DOURADO
INEZITA BARROSO, O FIM DE UM CICLO DOURADO

Raimundo Floriano

 

 

Inezita Barroso

 

                        Morreu Inezita Barroso! E, com ela, desaparece o que ainda restava da pureza de nossa Música Sertaneja, ou Caipira, na mídia! Ela jamais terá substituto, porque era única!

 

                        Inês Madalena Aranha de Lima, a Inezita Barroso, cantora, instrumentista, arranjadora, compositora, folclorista e atriz, nasceu em São Paulo (SP), no dia 4.3.1925, cidade onde veio a falecer, no dia 8.3.2015, aos 90 anos de idade.

 

                        Começou a cantar e estudar violão aos sete anos e, aos 11, iniciou seu aprendizado de piano.            Fez o curso de Biblioteconomia. Iniciou a carreira nos anos 40, cantando músicas folclóricas recolhidas por Mário de Andrade na Rádio Clube do Recife.

 

                        Em 1947, aos 22 anos, ela casou-se com Advogado Adolfo Cabral Barroso, grande incentivador de sua carreira, amor que foi eterno enquanto durou. Depois de casada, voltou ao canto e ao violão, estreando, em 1950, na Rádio Bandeirantes de São Paulo, a convite do compositor e radialista Evaldo Rui.

 

                        Participou, em seguida, da transmissão inaugural da TV Tupi, Canal 3, e trabalhou como cantora exclusiva da Rádio Nacional de São Paulo, transferindo-se, mais tarde, para a Rádio Record. Ainda em 1950, estrelou o filme Ângela, de Tom Payne e Abílio Pereira de Almeida, e realizou recitais no T. B. C., no Teatro de Cultura Artística e no Teatro Colombo.

 

                        Em 1951, gravou seu primeiro disco, interpretando Funeral de um Rei Nagô, de Hekel Tavares e Murilo Araújo e Curupira, de Waldemar Henrique. Em 1953, gravou O Canto do Mar, e Maria do Mar, de Guerra Peixe e José Mauro de Vasconcelos. No mesmo ano, gravou um de seus discos de maior sucesso, a moda Marvada Pinga, de Cunha Jr., que trazia, no Lado B, o samba-canção Ronda, de Paulo Vanzolini, que só veio a se tornar sucesso muito tempo depois, quando foi gravado pela cantora Márcia, mas que no disco de Inezita ficou totalmente eclipsado pelo êxito da moda Marvada no Lado A.

 

                        Ainda em 1953, voltou a atuar no cinema, estrelando os filmes Destino em Apuros, de Ernesto Remani, e Mulher de Verdade, de Alberto Cavalcanti. Em 1954, atuou em É Proibido Beijar, de Ugo Lombardi, e O Craque, de José Carlos Burle, recebendo, ainda, o Prêmio Roquete Pinto, como a melhor cantora de rádio da MPB, e o Prêmio Guarani, como a melhor cantora de disco.

 

                        Em 1953, gravou, na RCA Victor, Canto do Mar, canção de Guerra Peixe, Benedito Pretinho, canção, e Dança de Caboclo, coco, ambos de Hekel Tavares e Olegário Mariano, e os sambas Os Estatutos da Gafieira, de Billy Blanco, e Isso É Papel, João?, de Davi Raw e Cícero Galindo Machado.

 

                        A partir de 1954, passou a apresentar-se semanalmente em programas folclóricos da TV Record de São Paulo. Em 1955, atuou no filme Carnaval em Lá Maior, de Ademar Gonzaga, e, como atriz e cantora, representou o Brasil no Festival de Cinema de Punta del Este, Uruguai, excursionando, em seguida, pelo Paraguai.

 

 

                        No mesmo ano, foi novamente agraciada como Prêmio Roquete Pinto e com o Prêmio Saci, como melhor atriz do cinema, e realizou gravações de divulgação do folclore brasileiro, ilustrando uma série de conferências de professores na Universidade de São Paulo.

 

                        Ainda em 1955, lançou, pela Copacabana, seu primeiro LP, Inezita Barroso, com um repertório folclórico que incluía Banzo, de Hekel Tavares e Murilo Araújo, Funeral dum Rei Nagô, de Hekel e Murilo, Viola Quebrada, de Mário de Andrade, e Mineiro Tá Me Chamano, de Zé do Norte. Em seguida, lançou os LPs Danças GaúchasCoisas do Meu Brasil e Lá Vem o Brasil.

 

 

                        Nessa época, os atores Jean Louis Barrault, Marian Anderson, Vittorio Gassman e Roberto Inglês, em visita ao Brasil, levaram seus discos para a Europa, onde foram divulgados nas principais emissoras.

 

                        Seus dois LPs seguintes foram Vamos Falar de Brasil e Inezita Apresenta, ainda pela Copacabana, reunindo, nesse último, composições de Babi de Oliveira, Juraci Silveira, Zica Bergami, Leyde Olivé e Advina Andrade, do folclore baiano, mineiro e paulista.

 

                        Em 1956, publicou o livro Roteiro de Um Violão. Em 1960, lançou o LP Eu Me Agarro na Viola, título da faixa de abertura. Em 1961, lançou o LP Inezita Barrroso.

 

 

                        Em 1968, lançou o LP O Melhor de Inezita. Em 1969, o LP Clássicos da Música Caipira, Volume 1. Nesse mesmo ano, ganhou o Troféu do I Festival de Folclore Sul-Americano, em Salinas, Uruguai. Em 1970, lançou o LP Modinhas e produziu um documentário que representou o Brasil na Expo-70, no Japão. Em 1972, lançou o LP Clássicos da Música Caipira, Volume 2.

 

 

                        Em 1975, lançou o LP Inezita de Todos Cantos, incluindo números folclóricos recolhidos na Bahia, Mato Grosso, Pernambuco, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em 1978, o LP Jóia da Música Sertaneja.

 

                        A partir de 1980, começou a apresentar o Programa Viola Minha Viola, aos domingos, pela TV Record de São Paulo, depois na TV Cultura. Gravou, na Copacabana, no mesmo ano, o LP Joia da Música Sertaneja 2. Por essa mesma época, realizou recitais e conferências pelo Brasil, além de apresentar-se com Oswaldinho do Acordeon em shows do Projeto Pixinguinha.

 

                        De 1982 a 1996, lecionou Folclore na Universidade de Mogi das Cruzes. A partir de 1983, começou a lecionar na Faculdade Capital de São Paulo. Em 1985, foi homenageada pela Escola de Samba Oba-Oba, de Barueri, que cantou sua vida e obra em enredo de carnaval. No mesmo ano, após cinco sem gravar, lançou, no selo independente Líder, o LP Inezita Barroso: A Incomparável, cujo repertório foi escolhido pelos fãs.

 

 

                        Nesse período, apresentou, por cinco anos, na Rádio Universidade de São Paulo, o Programa Mutirão. A partir de 1990, e durante nove anos, levou ao ar, na Rádio Cultura AM, o Programa Estrela da Manhã, das cinco às sete horas. Em 1992, apresentou-se no Teatro do SESC, em São Paulo, ao lado da violeira Helena Meirelles e da dupla Pena Branca e Xavantinho.

 

                        Em 1996, gravou, com o violeiro Roberto Corrêa, o CD Voz e Viola. Em 1997, com o mesmo Roberto Corrêa, gravou o CD Caipira de Fato No mesmo ano, recebeu o Prêmio Sharp de Melhor Cantora Regional. Em 1998, participou, juntamente com Zé Mulato e Cassiano, Paulo Freire e Pereira da Viola, do CD Feito na Roça, de Braz da Viola e Sua Orquestra de Violeiros, de São José dos Campos.

 

                        Fez apresentações na França, União Soviética, Itália, Estados Unidos, Israel, Paraguai e Uruguai, entre outros países. Seu disco Danças Gaúchas, era considerado por ela como um dos mais importantes de sua carreira, por sua inclusão como material básico de estudo no currículo de muitas escolas brasileiras.

 

                        Ficou conhecida como A Rainha do Folclore. Em 2000 lançou, pela CPC/UMES o CD Sou Mais Brasil. Em 2011, o produtor musical Rodrigo Faour lançou a caixa de CDs O Brasil de Inezita Barroso, com parte significativa de sua discografia.

 

 

                         Em dezembro de 2014, Inezita levou uma queda na casa de sua filha, em Campos do Jordão. Internada no Hospital Sírio-Libanês, em 19 de fevereiro de 2015, vítima de insuficiência respiratória, em 8 de março do mesmo ano, quatro dias depois de completar 90 anos de vida.

 

                        Considerada uma das cantoras veteranas brasileiras que melhor conservou a qualidade da sua voz com o passar dos anos, Inezita se notabilizou por sua defesa das raízes da música regional brasileira e por também comandar o programa Viola, Minha Viola, ultimamente na TV Cultura, nos últimos 35 anos de vida.

 

                        Esta longa matéria é apenas um pequeno resumo do que foi a carreira dessa grande artista de suma importância para a Música Brasileira, e, em meu entender, a mulher mais linda e talentosa da TV nacional. Dia 30 da agosto, a TV Cultura apresentou o filme Mulher de Verdade, estrelado por Inezita e Colé, no qual pude constatar a esfuziante e natural beleza dessa Grande Dama da Música Caipira.

 

                        A prolífera discografia e filmografia de Inezita encontra-se facilmente à disposição nos sites especializados, além de 46 faixas remasterizadas de bolachões 78 RPM.

 

                        Viola, Minha Viola continua no ar, todos as manhãs de domingo, das 9 às 10, com reprises, pois até agora, penso eu, a emissora não encontrou um substituto para Inezita. E jamais o encontrará. Se Nashville, nos Estados Unidos, é o ponto de partida de qualquer novato que deseja conquistar seu lugar ao sol na country music, Viola, Minha Viola foi, nesses últimos 35 anos, sob a proteção de Inezita, o berço de onde saíram grandes astros de nossa atual Música Caipira de raiz. Isso ninguém mais o fará!

 

                        E verdade que ainda sobrevive o Programa Sr. Brasil, com Rolando Boldrin na batuta, apresentando o que resta de nossa pureza, embora não tenha a características eminentemente caipira do Viola, Minha Viola.

 

                        No dia 2 de agosto, a mesma TV Cultura levou ao ar, maravilhosa homenagem a Inezita, com o título Tributo a Inezita – Quanta Saudade Você Me Traz.

 

                        Durante 2 horas e meia de programa, ali compareceram nomes do primeiro time da Música Caipira, alguns representando falecidos ícones do gênero, contando, no total, mais de 50 artistas, dentre eles Renato Teixeira, Ivan Lins, Lourenço e Lourival, Renato Borghetti, Rick Solo, Mococa e Paraíso, Paulo Freire, João Mulato e Douradinho, Pereira da Viola, Roberto Correa, Irmãs Barbosa, Toninho Ferragutti, Daniel e o Coral da USP.

 

                        A maioria atuou acompanhada pelo Regional Viola, Minha Viola, com Joãozinho, violão, Arnaldo Freitas, viola caipira, Leandro Madeira, baixo, Escurinho, percussão, e os convidados, Maestro Marinho, sanfona, e Márcio, percussão. Eles formaram o grupo que esteve ao lado de Inezita nos últimos nos da emissora.

 

                        O repertório do tributo refletiu a vasta obra de Inezita e as apresentações se dividiram entre os clássicos de seu cancioneiro e também algumas peças que marcaram os artistas presentes ao show. Ao final, todos os participantes cantaram a inesquecível Lampião de Gás, valsinha marca registrada da estrela.

 

 O grande elenco do espetáculo

 

                        Como pequena amostra do trabalho de Inezita Barroso, escolhi estas cinco faixas de seu repertório:

 

                        Tristeza do Jeca, toada de Angelino de Oliveira:

 

                        De Papo Pro Á, toada de Joubert de Carvalho e Olegário Mariano:

 

                        Ronda, samba-canção de Paulo Vanzolini:

 

                        Moda da Pinga, moda de Laureano e Raul Torres

 

                        Lampião de Gás, valsa de Zica Bergami e Hervé Cordovil:

 

 


Música Sertaneja domingo, 01 de maio de 2022

LÁGRIMAS DE QUEM AMA, VALSA, COM CARLINHOS MAFASOLI


Música Sertaneja domingo, 24 de abril de 2022

LÁGRIMAS DE MÃE, DECLAMAÇÃO, COM MARTINS NETO


Música Sertaneja domingo, 17 de abril de 2022

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Música Sertaneja domingo, 10 de abril de 2022

LÁGRIMAS DA ALMA, TOADA, COM BELMONTE E AMARAÍ


Música Sertaneja domingo, 03 de abril de 2022

LAÇO DE FANTASIA, TOADA, COM IRMÃS BARBOSA


Música Sertaneja domingo, 27 de março de 2022

LÁ VAI MINHA GARÇA BRANCA, CATERETÊ, COM ROLANDO BOLDRIN


Música Sertaneja domingo, 20 de março de 2022

LA PALOMA, CANÇÃO, COM CASCATINHA E INHANA


Música Sertaneja domingo, 13 de março de 2022

LA PALOMA, CANÇÃO, COM CAROLINA E ROBERTINHO


Música Sertaneja domingo, 06 de março de 2022

LÁ NA BOA ESPERANÇA, VALSA, COM BELMONTE E AMARAÍ

 


Música Sertaneja domingo, 27 de fevereiro de 2022

JURITI MINEIRA, GUARÂNIA, COM IRMÃS GALVÃO


Música Sertaneja domingo, 20 de fevereiro de 2022

JURAMENTO SAGRADO, VALSA, COM CASCATINHA E INHANA


Música Sertaneja domingo, 13 de fevereiro de 2022

JURAMENTO, VALSA, COM ZICO E ZECA


Música Sertaneja domingo, 06 de fevereiro de 2022

JOVEM DIFERENTE, GUARÂNIA, COM IRMÃS FREITAS


Música Sertaneja domingo, 30 de janeiro de 2022

JOVEM ANDARILHA, GUARÂNIA, COM IRMÃS RODRIGUES


Música Sertaneja domingo, 23 de janeiro de 2022

JOGO DO AMOR, VALSA, COM MILIONÁRIO E JOSÉ RICO


Música Sertaneja domingo, 16 de janeiro de 2022

JOGO DE MENTIRA, GUARÂNIA, COM IRMÃS BARBOSA


Música Sertaneja domingo, 09 de janeiro de 2022

JOÃO DE BARRO, CANÇÃO, COM SÉRGIO REIS


Música Sertaneja domingo, 02 de janeiro de 2022

JOÃO DE BARRO, CANÇÃO, COM NESTOR E NESTORZINHO


Música Sertaneja domingo, 26 de dezembro de 2021

JOÃO DE BARRO, CANÇÃO, COM INEZITA BARROSO


Música Sertaneja domingo, 19 de dezembro de 2021

JOÃO DE BARRO, CANÇÃO, COM BRAZÃO E BRAZÃOZINHO


Música Sertaneja domingo, 12 de dezembro de 2021

JOÃO CARREIRO, SAMBA, COM ROLANDO BOLDRIN


Música Sertaneja domingo, 05 de dezembro de 2021

JOÃO BOIADEIRO, GUARÂNIA, COM NESTOR E NESTORZINHO


Música Sertaneja domingo, 28 de novembro de 2021

JOANINHA, BAIÃO, COM CASCATINHA E INHANA


Música Sertaneja domingo, 21 de novembro de 2021

JANGADEIRO DO NORTE, TOADA, COM TONICO E TINOCO


Música Sertaneja domingo, 14 de novembro de 2021

JANGADEIRO CEARENSE, CATERETÊ, COM TIÃO CARREIRO E PARDINHO


Música Sertaneja domingo, 07 de novembro de 2021

ISSO E PAPEL, JOÃO?, SAMBA-CANÇÃO, COM INEZITA BARROSO

 


Música Sertaneja domingo, 31 de outubro de 2021

IRMÃOS DE SANGUE, VALSA, COM MATOGROSSO & MATHIAS

 


Música Sertaneja domingo, 24 de outubro de 2021

IRACEMA, VALSA, COM CASCATINHA E INHANA


Música Sertaneja domingo, 17 de outubro de 2021

INGRATIDÃO, TOADA, COM ROLANDO BOLDRIN


Música Sertaneja domingo, 10 de outubro de 2021

INGRATIDÃO, TANGO, COM CASCATINHA E INHANA


Música Sertaneja domingo, 03 de outubro de 2021

ÍNDIA, GUARÂNIA, COM SUZAMAR

 

 

 

 


Música Sertaneja domingo, 26 de setembro de 2021

ÍNDIA, GUARÂNIA, COM DUO GUARUJÁ


Música Sertaneja domingo, 19 de setembro de 2021

ÍNDIA, GUARÂNIA, COM DUO CIRIEMA


Música Sertaneja domingo, 12 de setembro de 2021

ÍNDIA, GUARÂNIA, COM CASCATINHA E INHANA


Música Sertaneja domingo, 05 de setembro de 2021

IMAGINAÇÃO, BOLERO, COM IRMÃS RODRIGUES & VONINHO


Música Sertaneja domingo, 29 de agosto de 2021

ILUSÃO PERDIDA, GUARÂNIA, COM MILIONÁRIO E JOSÉ RICO


Música Sertaneja domingo, 22 de agosto de 2021

ILUSÃO À TOA, BOLERO, COM AS MINEIRINHAS


Música Sertaneja domingo, 15 de agosto de 2021

IGREJINHA DA SERRA, VALSA, COM CAÇULA E MARINHEIRO


Música Sertaneja domingo, 08 de agosto de 2021

IEMANJÁ, CANÇÃO, COM INEZITA BARROSO


Música Sertaneja domingo, 01 de agosto de 2021

HORA DA AVE MARIA, CATERETÊ, COM IRMÃOS GALVÃO E TITULARES DO RITMO

 


Música Sertaneja domingo, 25 de julho de 2021

HOMEM TRAÍDO, GUARÂNIA, COM TRIO PARADA DURA


Música Sertaneja domingo, 18 de julho de 2021

HOMEM DE PEDRA, GUARÂNIA, COM O TRIO PARADA DURA


Música Sertaneja domingo, 11 de julho de 2021

HOMEM DE GELO, VALSINHA, COM IRMÃS RODRIGUES E VONINHO


Música Sertaneja domingo, 04 de julho de 2021

HOMEM DE COR, GUARÂNIA, COM TRIO PARADA DURA


Música Sertaneja domingo, 27 de junho de 2021

HOJE É MEU ANIVERSÁRIO, VALSINHA, COM TONICO E TINOCO


Música Sertaneja sábado, 19 de junho de 2021

HOJE É MEU ANIVERSÁRIO, TOADA, COM REI DA MATA E TIÃO DO GADO


Música Sertaneja sexta, 11 de junho de 2021

HERÓI DA VELOCIDADE, TOADA, COM MILIONÁRIO E JOSÉ RICO


Música Sertaneja quinta, 03 de junho de 2021

HEI DE TER SEU AMOR, RITMO JOVEM, COM SÉRGIO REIS


Música Sertaneja sábado, 29 de maio de 2021

HABANERA DA ESPERANÇA, TOADA, COM AS IRMÃS GALVÃO


Música Sertaneja sexta, 21 de maio de 2021

GUARUJÁ, GUARÂNIA, COM CASCATINHA

 


Música Sertaneja sábado, 15 de maio de 2021

GUARAÇAÍ, GUARÂNIA, COM CASCATINHA E INHANA


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