Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo domingo, 29 de dezembro de 2019

ZILDA CARDOSO, A DONA CATIFUNDA

 

 

'Catifunda era tão forte que tomou conta de mim', disse a comediante Zilda Cardoso, que morreu nesta sexta-feira

A personagem Catifunda, de Zilda Cardoso

 Ela estreou como Dona Catifunda em 1961, no programa humorístico "O riso é o limite". Produzida e exibido pela TV Rio, a atração terminava com o quadro "Escolinha do Professor Raimundo", do comediante Chico Anysio. A partir de então, a atriz Zilda Cardosoque morreu nesta sexta-feira, aos 83 anos, até que interpretou outros personagens ao longo de sua carreira, mas jamais abandonou seu papel mais marcante, que se tornou mais famosa do que a própria intéprete. 

 
Em homenagem a Zilda, o Blog do Acervo resgatou uma entrevista sua publicada pela "Revista da TV", do Jornal O GLOBO, em 15 de dezembro de 1991.

- A Catifunda é a minha homenagem ao Golias, que sempre adorei. E quem me deu o famoso charuto foi o contra-regra Amaral, que bebia muito e me ofereceu o charuto que estava fumando. Agradou e hoje já virou microfone do João Canabrava. Quem sofre com as baforadas é o Professor Raimundo - contou a comediante.

 

Zilda Cardoso com Luis Carlos Miele no programa "Praça da Alegria", em 1977

 

Nos primeiros anos como Catifunda, Zilda até que tentou mudar, chegou a pedir outros personagens para os redatores dos programas de humor. Sem sucesso. Ninguém queria abrir mão da moradora de rua desbocada. Com chapéu torto, jornal debaixo do braço e o inseparável charuto, ela eternizou seu bordão: "Saravá". 

- Comecei a observar que o Renato Aragão era o Didi, o Golias era sempre o Golias e o Charles Chaplin foi sempre o Carlitos. Que pretensão a minha falar isso.. Mas, então, compreendi que a Catifunda era tão forte que tinha tomado conta de mim. Passamos a ser uma só e assumi a personagem - disse ela.

Com a mesma personagem, Zilda participou de programas como "Praça da Alegria" e "A praça é nossa". Ela também voltou à "Escolinha" quando o quadro de humor já estava na TV Globo. Além disso, Zilda atuou em filmes como "O lamparina" (1963) e "Se meu dólar falasse" (1970). A atriz também viveu Elza na novela "Meu bem, meu mal" (1990), da Globo, na qual contracenou com Jorge Doria. Em quase todos os seus trabalhos, o humor estava presente. O talento para fazer rir era algo que desde a infância fazia parte da artista nascida em São Paulo.

- Eu era uma aluna desinteressada, rebelde e já gostava de fazer gracinha, aprontava muito e cheguei a ser expulsa de classe algumas vezes. Acho até que nasci meio palhaça mesmo. Bastava abrir a boca e pronto. A turma toda caia na gargalhada. Hoje, porém, adoro ler muito e estudar. Gosto imensamente de antropologia, sociologia, filosofia e mitologia grega.

 

Zilda Cardoso na pele de Catifunda e Chico Anysio como Professor Raimundo, em 1991

 

 

A atriz Zilda Cardoso, em março de 1993

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