XOXOTA DO SOL NASCENTE
(Paulo Azevedo)
Esse vem lá das bandas do pessoal da terra roxa.
Tsuru, mignon, gostosinha e com ar sapeca, resolveu cuidar do corpo e da alma. Iniciou um trabalho de mudança radical, corridas e liberdade de expressão, viver a vida intensamente.
Três meses de corridas, treinamentos, planilhas, a primeira lesão, um pequeno incômodo, ali na região adutora, a famosa virilha. Procurou o profissional da saúde responsável por ofertar aos pacientes função, reabilitação gestual e atlética. Foi indicado Ferreira, sério, calado e, segundo, as boas línguas, lindo de faltar o respeito.
Tsuru passava por momento de entressafra, momento sabático da xoxota. Quando chegou no consultório, quase desmaiou, Ferreira era um Deus mitológico que caiu do Olimpo. Ela, não sabia se olhava para o profissional sério ou se iria ao toalete verificar o penteado pubiano e o odor da fenda nipônica. No toalete, ligou para uma amiga mais sacana e disse:
- Você não irá acreditar. Vou trepar agora! Depois te ligo.
Colocou a bermuda, "esqueceu de vestir calcinha"(? ) . Iniciada avaliação física, ela apontou o lugar exato da dor, ali no ramo inferior do púbis, leia-se dois dedos da xoxota. Ele apertou no local da dor, e ela disse: é aí.
Olhou com cara de gueixa saliente, ele correspondeu, ela pegou a mão do sujeitinho, colocou na altura e direção da gruta receptiva e, já úmida, e disse: aqui também, ele nobilíssimo na arte de dedilhar, arte inerente aos profissionais desse tipo. Na décima segunda fricção clitoriana, Tsuru gozou, danada, mostrou sua arte de sedução e brincou como quis com o Deus Grego.
Duas semanas depois, ela completou os 6 km de Santo Reis da simpática Londrina em tempo recorde.