(Esta crônica foi escrita antes do dia 7. Assim, quando for publicada, na segunda, dia 8, já teremos, ou talvez não, o novo comandante do barco verde-amarelo. Será que desperdicei o meu voto?)
Já sei em quem vou votar. Declaro abertamente meu voto ao amigo Rochinha, candidato independente política e ideologicamente, que promete um Ministério de duendes, fadas e elfos para cuidar da Secretaria das Coisas Impossíveis. Obriga-se com a nomeação de um agente social muito bem intencionado e falante que visite as casas do povo para tomar um cafezinho e falar da vida alheia … Também serão criadas a Assessoria de Sonhos e Prevenção a Pesadelos, a Comissão Interministerial de Visitas a Senadores Inoperantes, o Centro de Ócio Permanente e uma Procuradoria Geral Para Assuntos Irrelevantes. No Plano de Governo a criação da Ouvidoria Especial de Poetas, a Diretoria Consultiva de Afazeres Domésticos Noturnos e o Conselho de Nuances Semânticas. Tantas promessas boas já me fizeram decidir em quem votar. Condiciono meu sufrágio, porém, a que ele inclua no seu programa a criação do Bolsa Sorriso, disponibilizando-o a todos que sofrem com diarreia, cáries dentárias e desamor. Também exijo que ele determine, de imediato, a construção de uma fábrica de fazer carinho e de uma escola de ensinar abraços. Se não for muito condicionar, peço que não esqueça de derramar muitas flores na estrada dos encantos juvenis e na beira do açude dos prazeres inadiáveis. Com o meu voto e de outros tantos que ainda acreditam na felicidade geral, ele estará eleito no curral eleitoral dos homens e mulheres de boa vontade, onde cada voto é trocado por um beijo sincero, um sorriso terno e um piscar de olhos sedutor, fugaz e cheio de encanto. Pouco me importa quem será seu vice: meu voto será de Rochinha. Está decidido!