Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sexta, 05 de outubro de 2018

VILA PLANALTO: A PRAÇA DA ALEGRIA E DA AMIZADE

 


A praça da alegria e da amizade
 
 
Amigos de longa data se reúnem em espaço comunitário da Vila Planalto para colocar a conversa em dia e também se exercitar

 

» Sarah Paes*
» Isabela Guimarães*

Publicação: 05/10/2018 04:00

Espaço de convivência: Ieda Coelho e Marco Antônio se encontram na PEC para uma boa prosa (Sarah Paes/Esp. CB/D.A Press)  
Espaço de convivência: Ieda Coelho e Marco Antônio se encontram na PEC para uma boa prosa
 
Quando o sol vai dando o adeus por volta das 17h... Quando o dia começa a se acalmar.... O movimento no Ponto de Encontro Comunitário (PEC), na entrada da Vila Planalto, aumenta. O espaço é uma das opções de atividade para os idosos da região. Ieda Coelho Bezerra, 77 anos, aposentada da Secretaria de Saúde, e Marco Antônio Leal da Silva, 51 anos, militar da reserva, gostam de colocar o papo em dia sentados em um dos bancos da praça. A senhora simpática e comunicativa contou que a praça virou um point onde amigos e vizinhos se encontram quase todos os dias. No local, eles fazem exercícios físicos e compartilham um pouco do cotidiano de suas vidas. Ouvem e são ouvidos.
 
Alguns dos vizinhos se conhecem há mais de 40 anos. “A gente se reúne, faz uns exercícios, e também rola uma fofoca daqui e outra dali, ri. É sempre muito divertido. Venho aqui de três a quatro vezes na semana. Às vezes, eu tenho preguiça e não venho, mas aqui é ótimo para me movimentar e encontrar os amigos. Faço exercício nos aparelhos”, conta Ieda. Ela chegou, na Vila Planalto, na época da construção de Brasília. Morou primeiro na casa da irmã em Sobradinho. Em 1962, se mudou para a cidade para viver na casa de uma amiga, e não saiu mais da região.
 
Depois de tantos anos, caracteriza o local como uma cidade de idosos e aposentados. “Antes, a gente se encontrava em uma praça que fica dentro da Vila, mas lá começou a ser frequentado por moradores de rua. Depois que a PEC foi construída, passamos a nos reunir aqui. A Vila virou uma cidade de idosos. Temos até uma casa para esse perfil de pessoas, a Associação Renascer dos Pioneiros Vila Planalto. Eu já fui até a presidente”, conta a moradora que é popular entre os habitantes da cidade.

Maria de Lourdes e Ieda: exercícios e boa conversa (Sarah Paes/Esp. CB/D.A Press)  
Maria de Lourdes e Ieda: exercícios e boa conversa


Geraldo Alves:  
Geraldo Alves: "Eu até ajudo a preservar os equipamentos"
 
No grupo de amigos de Ieda, muitos deles fizeram parte da construção e estruturação da Vila Planalto e da própria capital. Alguns deles foram líderes comunitários e lutaram pela construção de locais, como o PEC e outros pontos de encontro da região.
 
Frequentador ativo do PEC, o aposentado Geraldo Alves Torres, de 69 anos, nascido em Mariana (MG), distante 116km de Belo Horizonte, veio para Brasília em 1969. Ele morou primeiro na quadra 315 Sul e em 1976 mudou-se para a Vila Planalto. A prática de exercícios físicos e os momentos de descontração com os vizinhos de longa data são rotina na vida do mineiro.
 
Além de se exercitar, ele também ajuda na manutenção dos aparelhos. “Fui um dos que lutou por essa praça. É muito bom aqui, não precisa mais que isso não. Eu até ajudo a preservar os equipamentos, mesmo sendo usuário eu aperto os parafusos sempre”, destaca.
 
A aposentada Maria de Lourdes Carvalho, 68 anos, costuma ir ao ponto de encontro pela manhã e à tarde. Às vezes, vai acompanhada das duas filhas. “Depois do meu problema no joelho, não consigo ir muito longe, mas, como a praça é aqui do lado de casa, é um ótimo lugar pra eu sair. Daí, eu chego aqui e encontro o pessoal e é essa festa que você está vendo. Acho apenas que tinha que criar pelo menos um parquinho ou uma quadra de esportes aqui para as crianças,” destaca.
 
*Estagiárias sob supervisão de José Carlos Vieira


O que diz a especialista
 
Socialização e qualidade de vida
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) são considerados idosos pessoas acima dos 60 anos de idade. Segundo a geriatra Priscilla Mussi, as atividades em grupo são fundamentais para a qualidade de vida deles. “Eles têm dificuldade em fazer novos amigos e quando há a socialização é muito bom para eles poderem conversar sobre os mesmos assuntos, por terem a mesma cultura”, explica. Os benefícios da conveniência englobam pontos positivos tanto para a saúde física quanto para a mental. “Quando eles conversam com outros idosos, conseguem desfocar dos problemas e diminui o risco de demência. Os encontros em praças também são bons para aumentar a vitamina D do corpo”, destaca.


Como colaborar
A Associação Renascer dos Pioneiros da Vila Planalto recebe doações para o bazar, que é a única fonte de renda para o local. Para a biblioteca, livros podem ser entregues nos supermercados Armazém do Geraldo e no MM, todos na Vila Planalto.
 
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