As 20 araras-canindé soltas, ontem, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na Chapada Imperial saíram lentamente de suas gaiolas, para reencontrar a imensidão do verde, que desconheceram durante boa parte de suas vidas. Inicialmente com medo, deram alguns passos na grama antes de alçarem voo em um espetáculo que coloriu ainda mais o céu azul do Cerrado. Resgatadas em Belo Horizonte, eram mantidas em cativeiro e comercializadas de forma ilegal. Ao serem resgatadas, passaram por uma reabilitação de um ano no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) mineiro, para que pudessem ficar saudáveis e reaprender a viver na natureza, onde é seu lugar.
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Quem pôde acompanhar de perto o espetáculo de asas foi a designer de interiores Jurema de Oliveira, 60 anos, que frequenta a Chapada Imperial há anos. “É emocionante ver essa ação, é algo de grande valor poder vivenciar esse momento”, disse. Jurema estava acompanhada da família que veio de muito longe, da França, e pôde prestigiar o acontecimento. "Fomos ao Rio de Janeiro também nessa viagem, mas fiz questão de trazer a família a Brasília, que é onde nasci. Amo esse lugar e a Chapada Imperial, porque podemos ver a natureza tão de perto e proporcionar isso às crianças também”, disse a gestora de projetos Naiana Pinheiro, 38, sobrinha de Jurema. Ela é casada com o empresário Julian Alves, 38, e mãe do Matheo, 8, e Eloysa, 5. Durante o passeio à Chapada, que contou com trilhas e banho de cachoeira, os pequenos franceses puderam participar da soltura de alguns dos pássaros. “É muito bonita, achei que era menor. Gostei muito”, disse Matteo, que antes havia visto apenas as ararinhas-azuis do filme Rio.