Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense terça, 19 de julho de 2022

VIDA MODERNA: AS IRANIANA QUE DESAFIAN O REGIME TIRANDO VÉU EM PÚBLICO

 

 

As iranianas que desafiam o regime tirando véu em público

Mulheres de diferentes partes do país gravaram vídeos em parques, ruas da cidade e até na praia, mostrando-se sem seus hijabs, algumas usando tops e shorts

BBC
Faren Taghizadeh - BBC News Persian
postado em 18/07/2022 17:10
 
 

As mulheres no Irã têm protestado contra as rígidas regras do uso do véu islâmico, o hijab, retirando os lenços do rosto em público e publicando as imagens nas redes sociais.

"Não ao hijab obrigatório! Eu dirigi todo o caminho para o trabalho sem usar meu lenço na cabeça hoje para dizer não às regras! Nosso sonho é ser livre para escolher o que vestir", disse uma mulher iraniana em um vídeo publicado nas redes.

Ativistas de direitos humanos pediram às mulheres em todo o país para que publiquem vídeos de si mesmas retirando o hijab em público, por conta do 12 de julho, o Dia Nacional do Hijab e da Castidade no calendário oficial do Irã.

Dezenas aderiram, apesar do risco de serem presas por este ato de desobediência civil, que é contra as leis do país sobre "vestimenta islâmica".

Mulher retirando o hijab
BBC
Alguns vídeos mostraram mulheres tirando seus lenços de cabeça

Mulheres de diferentes partes do país gravaram vídeos em parques, ruas da cidade e até na praia, mostrando-se sem seus hijabs, algumas usando tops e shorts.

Em um vídeo compartilhado por milhares de pessoas, uma mulher pode ser vista andando por um calçadão à beira-mar, antes de tirar o hijab, deixá-lo cair no chão, depois pisar nele e ir embora.

No mesmo dia, as autoridades organizaram manifestações públicas em massa para mulheres que usam o hijab celebrem sua "proteção islâmica".

A TV estatal transmitiu uma cerimônia "Hijab e Castidade", apresentando uma performance coreografada por mulheres vestindo longas vestes brancas e lenços verdes nas cores nacionais.

Cerimônia para celebrar o uso do hijab
Tasnim News Agency
Mulheres se aprensentando na cerimônia `Hijab e Castidade`, apoiada pelo Estado

Enquanto isso, nas redes sociais persas, uma hashtag para a campanha traduzida do farsi como "Não significa não, desta vez não ao hijab obrigatório" rapidamente viralizou ao ser promovida por ativistas, além de alguns jornalistas e políticos da oposição.

Algumas mulheres se manifestaram contra os homens no poder que elas consideram responsáveis por restringir suas liberdades pessoais.

"Vocês nos veem apenas servindo à honra de vocês, como sua propriedade! Vocês nos veem como seres humanos fracos e frágeis. Vocês nos forçam a cobrir nossas cabeças com base em suas inseguranças", disse uma mulher do norte do Irã em um vídeo, enquanto tirava o lenço na frente da câmera.

Pelo menos cinco mulheres que publicaram imagens como parte da última campanha foram presas.

Vida Movahed durante protesto contra uso obrigatório do hijab
BBC
Vida Movahed (foto), um ícone de um protesto semelhante feito em 2018, cumpriu vários meses de prisão

O Irã teve campanhas semelhantes nos últimos anos, estimuladas por mulheres que lutam pelo direito de escolher usar ou não o véu.

Mas uma recente repressão da "polícia da moralidade" do Irã contra mulheres acusadas de não cumprir o código de vestimenta fez com que os opositores da política pedissem uma ação mais dura.

Polícia da moralidade no Irã
ISNA
Polícia da moralidade pode prender mulheres por não usarem um 'hijab adequado'

Desde a revolução islâmica de 1979, no Irã, as mulheres são legalmente obrigadas a usar roupas "islâmicas". Na prática, isso significa que as mulheres devem usar um xador, uma manta de corpo inteiro ou um lenço na cabeça, e um manteau (sobretudo) que cobre os braços.

Alguns homens iranianos também têm apoiado a campanha contra o véu nas redes sociais, aparecendo em vídeos ao lado das mulheres que protestam.

Uma imagem mostrando a parede de uma mesquita em Teerã grafitada com a mensagem: "Pão, trabalho, liberdade, cobertura voluntária" foi amplamente compartilhada nas redes sociais, referindo-se à crise econômica do país e à lei sobre hijabs.

Graffiti escrito:
BBC
Graffiti escrito: "Pão, trabalho, liberdade, cobertura voluntária"

O chefe do Judiciário no Irã, Gholamhossein Mohseni Ajeei, sugeriu que potências estrangeiras estão por trás dessa campanha, instruindo as agências de inteligência a encontrar as "mãos por trás do véu despido".

O presidente Ebrahim Raisi também prometeu reprimir a "promoção da corrupção organizada na sociedade islâmica", em referência direta à campanha.

Mas muitas mulheres estão determinadas a continuar com os protestos, apesar das ameaças.

"Você pode nos prender, mas não podem parar nossa campanha", disse uma mulher em um vídeo nas redes sociais.

"Não temos nada a perder. Perdemos nossa liberdade anos atrás e estamos reivindicando-a de volta."

- Texto originalmente publicado em http://bbc.co.uk/portuguese/internacional-62210664

 


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