Peguei as veredas do teu corpo e deslizei meus olhos nas curvas da tua beleza.
Percorri teus sertões sedento por tuas águas, imaginando matar a minha sede no ribeiro delicioso que escorre dividindo teus montes.
Por entre tuas serras.
Aos meus olhos és também como nuvem benfazeja, esperada com ansiedade.
Oh, vem chover em mim! Pois, quero ser areia com calor para produzir mormaço em nós.
Se eu percebo um inverno inteiro dentro de ti?
Sim! E eu quero ser eletrizado pelos teus raios, sem me assombrar com os estrondos dos trovões em teus sussuros. Tua chuva não pode parar de molhar meu chão.
Também olho o teu corpo como um vale fértil. Tens a planície do meu desejo.
Tu tens fartura no olhar, e eu insisto em olhar-te com meus olhos de terra seca, pedinchona por uma inundação de ti.
Tua carne – que imaginei fria após teu banho – chamou meus olhos para este passeio, meio apressado, enquanto te arrumavas e me seduzias com teu olhar de brejo.