Verdades e mentiras andam encangadas na mesma cangalha, abraçadas no mesmo caçuá. Às vezes a carga pende pra um lado e a gente mente verdades que no dia seguinte soam falsas, como na verdade são; outras vezes verdadeirizamos mentiras de uma forma tão real que elas terminam por confundir quem as ouve. Mas bom mesmo é quando todas as verdades nos apraz e satisfaz a quem amamos. Aí até esquecemos o que é a mentira. Pra quê, se recitar o verbo amar é muito mais doce que declamar o verbo mentir?