Minha cor preferida era o verde até Bernardo me confessar que sua cor predileta era o azul. Então vi como estava errado: claro que o azul é a cor mais bonita, muito mais bonita que o verde. A partir daí, minha cor preferida passou a ser o azul, não importa se claro ou escuro, mas o azul. Não há como discordar da sabedoria de Bernardo. Meu barquinho azul hoje navega no mar azul e as estrelas azuis povoam o azul do céu. E nós, eu e Bernardo, conseguimos vislumbrar barquinhos e estrelas. Nossos olhos vêem as cores que queremos ver. Doce e singelamente. E aí, todos os meus lápis de cor agora são de uma cor só que eu não posso revelar. Ganha um presente azul quem descobrir a cor dos meus lápis. São tão coloridos quanto os lápis azuis de Bernardo.