O vento criança brincava nos retângulos escondidos nas esquinas. E o eco respondia alinhando e reproduzindo os cantos de todos os quadrados. Por todos os lados ouvia-se o seu barulho. As cortinas dançavam a dança do sopro, dos malinos ares, indiferente a todos os ângulos, retos e oblíquos, complementares e congruentes. Tangiam-se sonhos e lembranças, todo o tempo, esvoaçando um passado que parecia dormir. Mas o vento pouco se importava com a tristeza do espaço e cumpria sua missão, traquinando, assoviando ao redor de círculos, sendo vento. Só vento. Somente ventando, assanhando o cabelo da menina, apagando a vela, revoltando o mar. Ventando.