Um aeromoço xerife
Com semblante de xerife,
Boca torta de xerife,
Roupa preta de xerife,
Prevendo grande duelo,
Encarou-me em cartucheira
E disse: – Renda-se, cabra da peste!!
Eu, com o olhar de roliúde
Mirei a decoração:
O peito era brilho só.
E eu disse:
– É nada, estrela!!!
Com tragédia no andar
Abri asas de caubói
E o oeste em fim de nave
Palitando os incisivos.
De repente, a fala da difusora:
– Avisamos ao mocinho, ao bandido e ao xerife
Que não é permitido atirar a bordo.
Voltei pra primeira classe e tornei a cochilar.