Vá e Veja – esse filme foi censurado por ser muito realista
Nem Glória Feita de Sangue (1957), do genial diretor Stanley Kubrick, nem Nascido Para Matar (1987), do mesmo diretor, nem O Resgate do Soldado Ryan (1999), do genial Steven Spielberg, nem A Lista de Schindler (1993), do mesmo diretor, nem o recentemente lançado, Nada de Novo no Front (2022), do diretor Alemão Edward Berger e tantos outros filmes sobre a primeira e a segunda guerra mundiais, superam Vá e Veja, filme de guerra Alemão realizado pelo diretor russo Elem Klimov em 1985, e só recentemente redescoberto pelos estudiosos do tema, por sua importância superlativa, superando todos os outros filmes produzidos sobre o mesmo tema, que tratam da crueza da guerra sem retoques.
Vá e Veja é um dos filmes de guerra mais devastadores já feitos. É perturbador, monstruoso e assombroso. As mazelas da guerra são pulsantes e recaem duramente sobre o âmago do espectador. Nele, o horror da guerra é posto da forma mais crua e realista possível, beirando o absurdo.
Bielorrússia, 1943. O jovem camponês Florya (Akeksei Kravchenko) é cooptado por um despreparado grupo de guerrilheiros antinazistas. Em confronto com os alemães, o garoto é deixado para trás e decide retornar ao seu vilarejo. Chegando lá depara com o desolador cenário de um massacre. Perturbado, ele passa a vagar sem rumo, presenciando cenas cada vez mais fortes, que a crueldade humana é capaz.
O filme narra a história de Florya, adolescente bielorrusso que, ao desenterrar um rifle se junta a um grupo de resistência soviética, deixando seu vilarejo e sua família. Ao ser deixado para trás por ordem de um superior, o jovem retorna ao vilarejo e encontra um cenário deplorável, devastador.
Os olhares diretamente voltados para a câmara de Flyora Gaishun vão cada vez mais se deformando e nos assombrando. A evolução da irracionalidade é simplesmente magistral, palpável e corrosiva. O olhar desse jovem transmite bestialidade e o horror que foi a segunda guerra mundial, e outras guerras, e outros regimes autoritários que oprimem.
A sanidade do jovem camponês vai se degradando ao passo que esse se depara com cenas perturbadoras, correndo sua racionalidade e o arremessa diretamente no absurdo. A hora final desse filme é devastadora e descreve perfeitamente todo o mal e a crueldade atrelados ao holocausto, exalando repulsa aos atos desumanos.
Esse filme precisa reverberar ontem, hoje e sempre, ainda mais em tempos em que podemos perceber o avanço de todas as tendências esquerdistas. Portanto, é preciso mostrar o que é a barbárie. O que significa uma guerra e a violência total aos nossos semelhantes simplesmente por pensar diferente ou discordar de nós. O fascismo e o esquerdismo monstruoso são uma doença terrível e precisamos estar atentos! E fortes! Quem não acredita, VÁ E VEJA!
Trailer Legendado:
Crítica do filme: