Dois colunistas do JBF tomando uma na bodega
Quinta-feira passada eu visitei a bodega do inigualável Jessier Quirino.
Tomei uma lapada de cana com tira-gosto de simpatia, mais um petisco bem assado da simplicidade desse nordestino arretado. Fora os caldos de causos e risadas servidos no balcão do estabelecimento.
E o bodegueiro, que em nada ficou adormecido, ainda me serviu com altruísmo um prato quentinho de conhecimento sobre a cultura matuta do sertão de todos nós.
Lá eu voltei ao passado e carreguei embrulhada num papel de bodega a sensação de pertencimento naquele pedacinho de paisagem do interior, que eu levo nas lembranças das bodegas de minha infância, lá no Acary do meu amor.
Da hospitalidade de Jessier Quirino me abasteci de um caminhão completo de satisfação.
O meu coração ficou alegre feito um pinto ciscando um terreiro coberto todinho de Vitamilho, e minha alma segura feito um parafuso de cabo de serrote, apertado na certeza de que o Nordeste é um país sem par. Jessier sendo hoje o seu maior embaixador.
Deixei meu nome escrito na caderneta dos sonhos da bodega, em um fiado que só pagarei noutra visita, desde que eu já possa fazer outro fiado, deixando-o pendurado no prego da melhor saudade.
Viva Jessier Quirino, o tampa de Crush!
O original!
O maior do Nordeste!
(Em memória dos bodegueiros acarienses Pacanã, Gabriel Severiano, Chico Torres, Tomaz Araújo, Zé Birro, Marcos de Pernambuco, Zé de Nequim e Chico da Bodega. As bodegas da minha infância)