Mote desta colunista
Dalinha Catunda:
Eu posso dizer que há anos
A vacina salva vidas.
Eu que sou das precavidas
Pra não sofrer desenganos,
E evitar maiores danos,
Também vou me vacinar.
Tô vendo a hora chegar!
Mas a dúvida é profunda:
Não sei se tomo na bunda
Ou no braço vou tomar.
Bastinha Job:
Chinesa não tomo não
nem na bunda, nem no braço
coronavac… fracasso,
China não é salvação
buscarei outra opção
A Oxford aceitar
se a Moderna chegar,
a picada vai ser funda:
Não sei se tomo na bunda
Ou no braço vou tomar.
Creusa Meira:
Na fila eu amanheço
Pego a preferencial
Passo longe de hospital
UTI eu não mereço
Quero logo o endereço
Quando o dia D chegar
Se na hora H falhar
A primeira e a segunda
Não sei se tomo na bunda
Ou no braço vou tomar.
Chica Emídio:
Pode ser no mei da testa,
Na barriga, ou no bumbum
Não vou excluir nenhum
Eu quero é fazer a festa
Se assim for o que resta
Só não quero é me isolar
Chega de trancafiar
Igual Dalinha Catunda:
Não sei se tomo na bunda
Ou no braço vou tomar.
Vânia Freitas:
Gente estou assustada
Com tanta gente falando
Da bruta vacina entrando
Tô ficando aperreada
Bunda e braço na jogada
O braço dá pra pensar
Bunda não vou cutucar
A coisa é muito profunda
Não sei se tomo na bunda
Ou no braço vou tomar.
Lindicassia Nascimento:
Já que não tem outro jeito
Eu vou ter que aceitar
Dessa vez não vou chorar
Vou deixar entrar direito
Quero sentir o efeito
Levemente sem gritar
Sei que vou me emocionar
Não vou ficar moribunda
Não sei se tomo na bunda
Ou no braço vou tomar.
Sueli Diniz:
O vírus veio com tudo
A vacina é necessária
A vida tá temerária
Pra isso teve o estudo
Tem que ser muito peitudo
Tem que gostar de arriscar
Pra nela não apostar
D’onde a vida se oriunda
Não sei se tomo na bunda
Ou no braço vou tomar.
Djenane Emídio
Como logo se anuncia
Tenho cá os meus receios
Se já encontraram os meios
Da cura da pandemia…
Peço a Deus que é meu Guia
Pra que eu possa confiar
E venha assim declamar:
Vacina, em mim se difunda!
Não sei se tomo na bunda
Ou no braço vou tomar.