UMA DIFÍCIL SITUAÇÃO
João Ribeiro da Silva Neto (Beiró)
Estamos em uma difícil situação. A economia do país foi estraçalhada em anos de má gestão, corrupção praticamente generalizada. Nunca houve neste país um número de desempregados tão grande, uma violência crescente e sem controle em todos os Estados, um crescimento avassalador do crime organizado, as áreas de Saúde e da Educação apresentando precariedades de todo tipo e com um Judiciário totalmente emperrado dentre um sem número de mazelas. Ou seja, a população brasileira come o pão que o diabo amassou.
É difícil, praticamente impossível e enfadonho enumerar tantos males no Brasil. A população brasileira, pelo que se observa, já não acredita mais nas manifestações. Acreditamos que se houvesse uma operação Lava-Jato em cada município brasileiro ainda assim seria muito difícil. Em todo lugar que se procura são encontradas irregularidades, desvios, maracutaias. Inúmeras autoridades estão altamente envolvidas com os ilícitos. A polícia vai prendendo e, por conta de recursos e interferências mil, os acusados vão sendo soltos. A impunidade é um verdadeiro combustível para o crime.
Uma reforma política necessária!
Além das inúmeras reformas propostas pelo Poder Executivo, em uma tentativa de tirar o país do buraco em que se encontra, é importante observar o comportamento da classe política, no Congresso Nacional. As prioridades são esquecidas e se trava uma eterna luta pela perpetuação dos cargos, dos mandatos, com a finalidade específica de ficar perto do Poder e dele usufruir cada vez mais. As negociatas pelos votos continuam como em outros governos. O troca-troca, o “toma lá, dá cá” são os artifícios mais utilizados como articulações e manobras políticas. Todos estão, na realidade, indiferentes para a situação do país. Como exemplo das verdadeiras imoralidades e absurdos é um juiz ganhar em um só mês mais do que R$ 500 mil reais e dizer, ao ser questionado: “pouco estou me lixando com isso. No próximo mês irei receber 750 mil e vou postar no Facebook”... A que ponto chegou o país? E tudo dentro da legalidade! Ou seja, as leis é que fornecem os aspectos legais para que as imoralidades com o erário público aconteçam.
Com 13,5 milhões de desempregados a tônica no Congresso é se o “Distritão” é melhor do que o Distrital Misto ou o que quer que seja.
O teto salarial do funcionalismo público
A lei determina que haja um teto para os salários dos servidores públicos. Mas isso na realidade nunca aconteceu, porque existem mil artifícios que tornam as inúmeras gratificações e auxílios ou penduricalhos salariais de qualquer espécie sejam incorporados aos salários.
E na situação de crise intensa o Poder Executivo pode apenas determinar os cortes em seu pessoal. Como o aumento de impostos, da contribuição previdenciária, do teto para as carreiras, valendo a ressalva: sempre com exceção dos militares.
Ilusão geral
Todos aqueles que acreditam na representatividade dos políticos no sentido de trabalharem em prol da sociedade estão redondamente enganados. As diversas agremiações existentes, em sua maioria, estão voltadas para seus interesses. Portanto alheias ao que acontece no Brasil. Buscam apenas as condições ideais, os financiamentos de suas campanhas para se eternizarem no poder.
Em última análise, raciocine: você ser obrigado, através dos impostos que paga, a financiar as campanhas daqueles que estão eternamente espoliando o país? Ora, na verdade o certo seria que cada político ou partido fizesse, arcasse com os custos de suas campanhas. E ponto final.