O mundo seria um atraso geral, e um caos, se não tivesse havido a evolução Cultural.
Sem os livros, a evolução da humanidade não teria existido. O livro é o símbolo da Civilização.
O livro é um dos maiores símbolos da evolução humana.
Os amantes do progresso tecnológico tentam extinguir o livro impresso, substituindo-o pelo livro virtual. Fizeram isso com alguns jornais, que terminaram falindo.
O jornal virtual não possui a magia do contato com o cheiro do papel, com o qual nos acostumamos desde a infância.
Folhear um jornal e sentir o cheiro do papel faz parte do ritual da leitura, que é um ato de amor.
Amo meus livros como se fossem filhos. Jamais os substituirei por livros virtuais.
A satisfação que um livro ou um jornal impresso proporciona ao leitor é bem maior do que o prazer de uma leitura virtual. O livro ou o jornal pode ser lido em qualquer lugar, qualquer dia ou qualquer hora.
Um bom livro é um companheiro agradável e insubstituível.
Que destino teria uma sociedade que, fascinada pelo “novo”, abolisse o livro, a grande conquista da Civilização?
Proclamar a morte de um livro seria o maior retrocesso da Civilização.
Num país fictício, onde o avanço tecnológico andava a todo vapor, por decisão política, os livros foram proibidos. Ter livros era considerado crime.
Foi deflagrada, então, a operação caça-livros. Não só livros políticos, mas qualquer tipo de livros. Os livros encontrados eram incinerados na presença dos proprietários, e se estes opusessem resistência, eram presos, julgados e condenados.
Luzia, uma menina de 10 anos, maltratada pelos pais, descobre no porão da casa de seus avós, uma fortuna intelectual em livros, sem saber sequer o que era aquilo.Tentou esconder alguns volumes, pois sabia que os bombeiros viriam incinerá-los.
A menina se apaixonou pelos “cadernos bonitos”, sem saber o que significavam. Muito inteligente, Luzia captou a magia dos livros.
Quem cultua livros, está fazendo uma declaração de amor à Cultura, à Literatura, à Civilização e à língua Pátria.
Já houve em nosso País uma época em que a liberdade de ter livros era limitada. Nem todo livro era permitida a compra e muito menos a leitura. Era permitido ler, somente livros didáticos ou religiosos.
Nesse cenário tecnológico, encontramos homens que só interagem com mulheres, virtualmente; uma mãe que só se ocupa em assistir televisão; uma adolescente que só se relaciona com o mundo por meio das redes sociais, e uma menina que gosta de histórias, mas estas não tem quem lhe conte.
Para quebrar a monotonia, chegou à cidade um forasteiro, disposto a acabar com a proibição de livros.
O forasteiro encontrou nessa cidade uma placa, onde estava escrito que ter livros era crime.
A diferença do que aconteceu em certa época, num determinado país, é que a proibição antiga abrangia apenas os livros que lembrassem ideologia política. Já nesse mundo novo, a proibição atingia todos os livros impressos, sobre qualquer assunto, tal qual a trama contida do grande filme Fahrenheit 451, baseado romance distópico de 1953. O livro já havia sido adaptado para o cinema em 1966, pelo grande cineasta francês François Truffaut.
Fahrenheit conta a história de Guy Montag (Michael B. Jordan), um bombeiro, em um futuro distante, cuja tarefa ingrata é queimar todos os livros existentes, enquanto rebeldes tentam impedir que isso aconteça.
São os livros que nos levam a recônditos de nossas vidas, e através dos personagens, conseguimos observar o mundo com outros olhos, saboreando vidas que não são as nossas e, assim melhor entendendo os que nos cercam.
Os livros podem nos trazer imagens fictícias, como um oceano de livros e livros feitos de mar.
E a menina Luzia guardava um livro em casa, umas páginas velhas, pensava, com dedicatória da avó e tudo, mas tinham sido banidas. E era o único remanescente da antiga coleção do tio, uma dádiva colhida da estante abarrotada de livros que convidavam a uma amizade genuína e que encantaram a menina antes mesmo que ela soubesse ler. Vez por outra, ainda criança, a menina vira uma lombada saltar da prateleira, como se a desafiá-la “venha, devora-me, decifra-me” – e ela metia -se então em devaneios, inebriada com as cores, texturas e cheiros do papel. Mas depois o tio acabou preso por colecionar livros e todos os volumes foram destruídos, sobrando só aquele, de histórias, que a avó conseguira esconder na antiga máquina de costura.
Nem sempre havia sido assim: a menina ouvira sobre uma época, remota e mágica, na qual era permitido ler histórias em livros.
A menina gostava de histórias, mas não tinha quem as contasse. Os contadores já se tinham ido, e ela andava à procura de quem lhe contasse histórias do mar, desertos e colinas.
Como não tinha quem lhe contasse histórias, Luzia conversava com os pássaros, besouros e borboletas.