Não conheço político que não mude,
quando pega nas rédeas do poder.
João Paraibano:
Vem um tema do nosso José Costa,
seu pedido está mais do que bem feito,
disse a mim que o político quando eleito,
vai fazer só as coisas que ele gosta,
quem escreve pra ele, é sem resposta,
que ao invés de ajudar, faz esquecer,
no começo foi tanto prometer,
mas depois vai faltando a virtude.
Não conheço político que não mude,
quando pega nas rédeas do poder.
Severino Feitosa:
O político que ganha a preferência,
se elege com o voto do povão,
o transporte que usa é avião,
e o espaço é a sua residência,
esquecendo até da presidência,
nem ligando se o povo vai sofrer,
inda manda um ministro esconder
todas as verbas pra área de saúde.
Não conheço político que não mude,
quando pega nas rédeas do poder.
João Paraibano:
Se viu Lula pregando pelas ruas,
prometendo enricar trabalhador,
falou tanto do seu antecessor,
garantindo impedir as falcatruas,
para 20 viagens, faltam duas,
e a pobreza é quem paga sem querer,
tanta gente sem ter o que comer,
precisando que o mesmo lhe ajude.
Não conheço político que não mude,
quando pega nas rédeas do poder.
Severino Feitosa:
No início ele é muito valente,
não tolera receita e desacato,
vai na frente demais do sindicato,
pra poder defender a nossa gente,
veja aí esse nosso presidente,
que lutou muitas vezes pra vencer,
mas agora só pensa em esquecer
que já foi um torneiro “chei” de grude.
Não conheço político que não mude,
quando pega nas rédeas do poder.
João Paraibano:
Quem não lembra de Lula em Caetés,
um torneiro mecânico em São Bernardo,
convidava a ajudar levar o fardo
desse povo que está andando a pés,
Lula fez de viagem mais de dez,
num jatinho a subir e a descer
e a pobreza deixando a padecer,
sem poder residir na terra rude.
Não conheço político que não mude,
quando pega nas rédeas do poder.
* * *
DOCUMENTÁRIO: LITERATURA DE CORDEL