RIO - A última "superlua" de 2020 será registrada no começo da noite desta quinta-feira (7). Na ocasião, o satélite estará em seu perigeu — ponto de sua órbita mais próxima da Terra. O fenômeno poderá ser visto a partir das 18h, se o tempo não estiver nublado. Esse evento astronômico só voltará a acontecer nos dias 27 de abril e 26 de maio de 2021.
A "superlua" de maio será um pouco menor do que a de abril. A explicação disso, segundo a astrônoma Flávia Requeijo, do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), é que, no mês passado, o satélite coincidiu de atingir a fase cheia e estar em seu perigeu na mesma data. Neste mês, a lua ficará mais próxima da Terra no dia 6 e entrará na fase cheia no dia 7.
— O caminho que a lua faz ao redor da Terra é uma elipse, então existem momentos em que ela está mais próxima do planeta e em que ela está mais distante. Quando coincide dela estar no perigeu na fase cheia, aí chamamos de "superlua", que é quando ela fica mais brilhante e maior do que o habitual — explica a astrônoma.
Esse evento astronômico ainda pode acarretar algumas mudanças nas marés:
— "Superluas" provocam marés altas mais elevadas que a média e, também, marés baixas menores. Mas varia muito de um lugar para outro. Não se pode dizer que a maré vai aumentar em determinada porcentagem — afirma Roberto Costa, professor do departamento de Astronomia da USP.