Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Carlos Eduardo Santos - Crònicas Cheias de Graça sábado, 21 de janeiro de 2023

UCRANIANOS BRASILEIROS (CRÔNICA DE CARLOS EDUARDO SANTOS, COLUNISTA DO ALMANAQUE RAIMUNDO FLORIANO)

 

UCRANIANOS BRASILEIROS

Carlos Edardo Santos

Kiev, a encantadora capital da Ucrânia

 

Fui encontrar alguns dados sobre Kiev em notas da historiadora Eliria Buso, com as quais, enriqueço esta crônica e agradeço.

No século IX, invasores vikings, os varegos, se mesclaram aos eslavos e fundaram o poderoso reino de Rus, cuja capital era Kiev.

A formação da Ucrânia remonta ao século IX, com a fundação do território que veio a se chamar: Rússia de Kiev. Apesar de ser um Estado antigo, o país passou a maior parte de sua história sob a influência e o domínio de outras nações.

Infelizmente somente agora despertamos para a importância dessa encantadora cidade, capital de um país ora fustigado por u’a guerra sem sentido, que vem ocupando as mídias internacionais e afugentando definidamente os turistas.

Mas o Brasil e a Ucrânia têm particularidades culturais que poucos conhecemos; todavia, desde a minha mais tenra infância ouço falar desse lugar e conheci Clarice, uma ucraniana naturalizada brasileira.

Através de meu pai que era apreciador de peças de teatro e livros infantis, eu sempre ouvia falar de uma das mais importantes famílias ucranianas que vieram morar no Brasil: os Bloch.

Kiev é a terra de onde vieram personagens que se naturalizaram brasileiros e consagraram seu viver entre nós, salientando-se culturalmente, sobremodo em cidades do Sul do Brasil.

Adolpho Bloch, nascido Avram Yossievitch Bloch foi um dos mais importantes empresários da imprensa e da televisão brasileira.

Fundador do grupo de mídia que levava seu sobrenome, foi o criador da revista semanal Manchete, em 1952, e fundou, em 1983, a Rede Manchete, além de várias emissoras de Rádio FM espalhadas por diversas capitais brasileiras.

Outro personagem de grande importância para o Brasil foi Pedro Bloch, que também se naturalizou, cuja família imigrou para o Brasil no início do século XX.

Estudou no Colégio Pedro II e posteriormente cursou a Faculdade Nacional de Medicina da Praia Vermelha, diplomando-se médico.

Chegou a lecionar na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Era considerado um dos pioneiros no Brasil na área da fonoaudiologia, tendo como seus clientes os astros da música: João Gilberto e Roberto Carlos.

Dentre seus muitos livros estão: Pai, me compra um amigo?Nesta data querida e Chuta o Joãozinho para cá.

Escreveu também as peças teatrais: Dona Xepa e As Mãos de Eurídice, esta seu trabalho mais famoso entre todos, apresentadas, no teatro pelo famoso ator Rodolpho Mayer, cuja estreia ocorreu em 13 de maio de 1950 e repetiu-se mais de 60 mil vezes, em mais de 45 países diferentes.

Mais de 50 do seus livros infantis foram inspirados quando ele atendia crianças, exercendo sua profissão de médico. Escreveu outro sucesso teatral: Dona Xepa, que foi adaptada para o cinema e uma telenovela. Era tio-avô do ator Jonas Bloch e tio-bisavô da atriz Débora Bloch.

Como jornalista, trabalhou na revista Manchete e no jornal O Globo. Faleceu aos 89 anos de idade, em seu apartamento em Copacabana.

Outra figura da mais alta representatividade na cultura brasileira foi Clarice Lispector, que entrevistando Pedro Bloch nos seus tempos de jornalista, captou esta filosofia:

Chamam de amor ao amor-próprio, chamam de amor ao sexo, chamam de amor a muita coisa que não é amor.

Clarice foi um dos maiores nomes da literatura brasileira do Século XX. Nasceu em Kiev, aos 10 de dezembro de 1920 e veio para o Brasil ainda nos braços da mãe, migrando para o nosso país devido à Guerra Civil Russa.

Veio morar no Recife, com seus pais, residindo até a juventude na Praça Maciel Pinheiro, na Boa Vista, de onde foi para o Rio de Janeiro e se projetou como uma das maiores escritoras do País.

 

O Túnel do Amor, em Kiev, Ucrânia

A foto não mostra apenas um cenário deslumbrante. É um dos parques mais verdejantes que foram bastante divulgados, antes da atual guerra, cuja localização é na cidade de Kiev, capital do segundo maior país da Europa.

Muito devemos, portanto, a esse povo que ora vemos na mídia, abandonando suas casas, carregando seus filhos, enfrentando o frio e a neve para se safar da desgraça do ataque militar de um dos seus vizinhos.

 

 


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