Maior marasmo. No escuro de um dia de sol já ido, saudades infindas preenchem o vazio de um tempo triste. Pior: perceber que o passado passeia solitário pela estrada do pouco tudo e do muito nada. Melhor seria o nada dar as mãos ao tudo e sair por aí barulhando o silêncio do mato próximo, calando a zoada do que não seja grilo, sapo ou, principalmente, passarinho. E assim, deixar a tarde se travestir de noite e mergulhar no escuro, com o auxílio luxuoso de uma ou outra estrela vadia, buscando uma lua para clarear tudo que for diferente de dor. Resta esperar o raiar do dia que está vindo, fiel à crença de que apenas amar e ser amado importa. Tudo o mais não interessa, por secundário que é.
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