Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão quarta, 24 de junho de 2020

TUBARÃO: FILME DE STEVEN SPIELBERG COMPLETA 45 ANOS

 

'Tubarão': A 'febre' do filme de Steven Spielberg completa 45 anos

Quando estreou 'Encontros Imediatos de Terceiro Grau, o diretor já fazia sucesso aos 28 anos

Luiz Carlos Merten, O Estado de S.Paulo

23 de junho de 2020 | 09h07

A estreia do filme Tubarão nos Estados Unidos completa 45 anos neste mês de junho. Naquela época, em 1975, no início do verão do hemisfério Norte, o filme provocou o que o próprio Steven Spielberg, em sua biografia – escrita por Joseph McBride, pela University Press of Mississippi -, define como 'febre de tubarão'. O sucesso foi instantâneo, logo seguido, em 1977, por outro estouro de bilheteria – Encontros Imediatos do Terceiro Grau. Spierlberg, aos 28 anos, tornou-se o jovem Midas de Hollywood.

Rememorando – a tranquilidade da praia de Amity é subvertida pelo grande tubarão branco. A primeira vítima é uma bela mulher que mexe, voluptuosamente, as pernas dentro d' água. O efeito erótico é intencional. Três homens caçam a fera dos mares, os personagens de Richard Dreyfuss, Robert Shaw e Roy Scheider.

 
 
Em 'Tubarão', a primeira vítima do filme é uma mulher Foto: UNIVERSAL STUDIOS
 

Como Dreyfuss explica ao prefeito, “Estamos lidando com a máquina de matar perfeita. É um milagre da evolução. Tudo o que essa máquina faz é nadar e comer com seus dentes afiados tudo o que cruza seu caminho.” A McBride, Spielberg contou que, desde o início, o cinema lhe permitiu exorcizar seus medos. “O medo foi sempre muito real para mim. Então, o que fiz foi me livrar de meus medos, transferindo-os para os outros – o público.”

Ao ler o livro de Peter Blenchly, ele imediatamente percebeu seu potencial. “Filmei movido pela hostilidade. Tive medo e quis revidar.”

Mas ele admite que o tempo todo tinha dúvidas. Joe Alves, que trabalhou na produção, expressou o sentimento comum. Ao ver uma versão não finalizada, achou o tubarão, propriamente dito, ridículo. “Fazia uns barulhos esquisitos, a cor deixava a desejar e dava para perceber quando era (um tubarão) mecânico.” O medo de Spielberg era que o público risse. O teste de público ocorreu em Dallas, em 26 de março. As pessoas gritavam de medo - nas horas certas. Riam, quando era para rir. Spielberg relaxou.

Desde o começo, ele sabia o filme que queria fazer. Assustador. Mas não conseguiu convencer o diretor de fotografia Vilmos Szigsmond, que o advertiu sobre a dificuldade de filmar no mar. Spielberg imaginava um filme realista, quase documentário. Szigsmond caiu fora, foi substituído por Bill Butler.

Spielberg havia se iniciado com o curta Amblin, em 1969. Seguiu carreira na TV. Em 1971, Encurralado, o duelo entre um homem na direção de seu carro e um caminhão, foi considerado tão bom que teve lançamento nos cinemas. Em 1974, o primeiro longa para cinema de Spielberg, outra história de perseguição – com Goldie Hawn – passou em Cannes, Louca Escapada. E veio Tubarão. Spielberg queria que o tubarão fosse, no mar, o que o caminhão de Encurralado foi na estrada. Com Louca Escapada, ele iniciou a parceria com o compositor John Williams. Por pouco não romperam no segundo filme juntos.

Williams teve de convencer Spielberg de que o tubarão era um assunto muito sério - Spielberg, seguindo uma lição de Alfred Hitchcock, que dizia que filmava as cenas de assassinatos como se fossem de amor, e vice-versa, encarava o terror com humor, mesmo com risco de ser ridículo. Quando o compositor lhe apresentou sua proposta, um motivo musical de quatro notas, primitivo em sua força e simplicidade, Spielberg teria rido. “Não dá!”, teria dito. Queria algo mais melódico para o tubarão. Williams retrucou que não havia jeito. O filme não era um romance. Convenceu o diretor dizendo que um popcorn movie aterrotizante não poderia ter uma trilha melódica. Estava certo.

A trilha foi essencial no sucesso. John Williams ganhou o Oscar da categoria, depois vieram mais três – dois por filmes de Spielberg, E.T, o Extraterrestre e A Lista de Schindler, mais o de Star Wars, de 1978. Mas, antes de tudo isso, ele já era um compositor premiado – recebeu seu primeiro Oscar, em 1972, pela canção original e trilha adaptada de O Violinista no Telhado. A parceria com Spielberg continua até hoje. Tubarão estreou nos EUA em 20 de junho de 1975. No Brasil, seis meses mais tarde, em 25 de dezembro.


Escreva seu comentário

Busca


Leitores on-line

Carregando

Arquivos


Colunistas e assuntos


Parceiros