Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sábado, 19 de janeiro de 2019

TRISTEZA NO MUNDO SERTANEJO - MORRE MARCIANO

 

 
Ataque cardíaco fulminante mata Marciano, conhecido como "o inimitável"

 

Diego Luiz Marques *

Publicação: 19/01/2019 04:00

Marciano compôs hits como Fio de cabelo e Ainda ontem chorei de saudade (Cadu Fernandes/Divulgação)  

Marciano compôs hits como Fio de cabelo e Ainda ontem chorei de saudade

 

 
 
Ícone do sertanejo popular e conhecido como “O inimitável”, o cantor Marciano faz parte da história da música no Brasil. Ao lado de João Mineiro, embalou sucessos na década de 1980. Hits como Ainda ontem chorei de saudade e Seu amor ainda é tudo permanecem presentes na memória e continuam a tocar nas rádios e boates do país.
 
Marciano morreu ontem, aos 67 anos, ao sofrer um infarto fulminante na madrugada em casa, na cidade de São Caetano do Sul (SP). Em anúncio, a família contou que o cantor acordou reclamando de dores no peito e não resistiu.
 
O jornalista especialista em música sertaneja André Piunti ressalta a importância do cantor. “O Marciano fez parte de uma das duplas mais importantes do sertanejo nos anos 1980. Eles rivalizaram, no bom sentido, com Chitãozinho & Xororó, por exemplo. À época, alguns jornais faziam matérias sobre qual dupla era maior. Não à toa, conseguiram fazer algo que poucos artistas conseguem: criar músicas que atravessam gerações”, explica.
 
João Mineiro & Marciano começaram a parceria em 1970 e chegaram ao auge em 1986. No entanto, em 1993 se separaram. “Eles erraram a mão, brigaram e acabaram se separando no início dos anos 1990. Foi logo quando houve aquele sucesso de várias duplas com o projeto Amigos”, revela André.
 
Após a separação, tanto Marciano quanto João Mineiro perderam espaço na mídia. “Eu conversava com o Marciano e ele dizia ‘poxa, ninguém me chama pra mais nada’, um fenômeno curioso. E assim ficou até o falecimento de João Mineiro, em 2012, quando houve um resgate do Marciano por parte dos veículos de comunicação”, relata.
 
“Ele foi esquecido pela geração sertaneja do início dos anos 2000. Nem todo mundo sabe, mas ele também foi compositor de músicas que estouraram na voz de outros cantores, como Fio de cabelo. O pessoal de agora que voltou a valorizar o que ele representa. Em 2014 fez parcerias com Marcos & Belutti e, também, com Victor & Léo”, conta André.
 
Em 2016 Marciano formou nova dupla ao lado de Milionário, que perdeu o parceiro José Rico no ano anterior. Segundo André Piunti, “a união deles foi um presente, tanto para a música sertaneja quanto para eles mesmos. A música não podia deixar esses caras encostados”.
 
Atualmente Milionário & Marciano apresentavam o projeto Lendas, com shows sertanejos por vários estados do Brasil. “O projeto foi idealizado pelo Sorocaba (Fernando & Sorocaba), que é um cara da nova geração”, completa André. “A dupla João Mineiro & Marciano teve muita influência na nossa história. Marciano é uma das lendas que ajudaram a construir a história da música sertaneja e também a nossa”, afirma Sorocaba, em entrevista ao Correio.
 
Homenagens
 
João Mineiro & Marciano influenciaram diversos artistas do gênero sertanejo. Milionário, último parceiro de Marciano, se despediu pelas redes sociais: “Venho aqui, te agradecer por ter me acompanhado nessa longa estrada da vida, e ter escrito comigo uma nova história! Obrigado pelos momentos vividos e pela amizade!”.
 
Chitãozinho & Xororó destacaram, pelo Instagram, a amizade com Marciano. “Um grande amigo e uma influência sem tamanho em nossa música e em nossas vidas. Um cara sensacional que deixou sua marca no sertanejo e foi referência pra tantos que o sucederam.”
 
Humberto & Ronaldo destacaram a importância do artista. “Infelizmente nessa sexta-feira nós perdemos uma das primeiras vozes mais bonitas do Brasil. Escutávamos desde criança as músicas. Ele trouxe o sertanejo romântico e embalou muitos sucessos que viraram hinos, como Paredes azuis e Ainda ontem chorei de saudade”, afirmaram, em nota.
 
* Estagiário sob a supervisão de Vinicius Nader
 
 
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