TRÊS GLOSAS
Saudade é dor que martela
Dói no peito e faz chorar.
Mote da colunista
É quando chega o Natal
E aponta o Ano Novo
Que a saudade do meu povo
Bate forte sem igual
A tristeza é vendaval
Que sopra e não quer parar
Difícil não soluçar
Pois o pranto não protela:
Saudade é dor que martela
Dói no peito e faz chorar.
A mesa que se fazia
Celebrando nossa ceia
Agora não é mais cheia
Aos poucos se esvazia
Falta papai e titia
Tony foi sem avisar
Cesar não posso abraçar
E a verdade me revela:
Saudade é dor que martela
Dói no peito e faz chorar.
Se eu pudesse me meter
Num buraco bem profundo
Esquecer a dor do mundo
Que chega e me faz sofrer
Se eu pudesse me esconder
Pra minha dor sufocar
Jamais iria cantar
Um canto que se rebela:
Saudade é dor que martela
Dói no peito e faz chorar.