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O auge da Jovem Guarda é mostrado em Minha fama de mau
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Chay Suede, Gabriel Leone e Malu Rodrigues fazem parte da jovem guarda do cinema brasileiro. Os jovens, mas não inexperientes, são as estrelas de Minha fama de mau, cinebiografia de Erasmo Carlos assinada por Lui Farias. Chay vive Erasmo, enquanto Gabriel é Roberto Carlos e Malu, Wanderléa.
O que vemos em Minha fama de mau não é a estrela da música brasileira, mas um rapaz que aprende os primeiros acordes de violão ao lado de Tim Maia (Vinicius Alexandre). O longa acompanha o começo sem muito o que comemorar da carreira de Erasmo até que vem o definitivo encontro com Roberto Carlos, por intermédio de Carlos Imperial, e, pouco mais tarde, com Wanderléa.
Juntos, os três lideraram o movimento da Jovem Guarda, com canções que até hoje são entoadas no país. Por falar em canções, Chay, Gabriel e Malu soltam a voz de verdade em cena, o que não é bem uma novidade para nenhum dos três. Gabriel cantou em outros trabalhos (na abertura da novela Os dias eram assim, inclusive), Chay fez parte da novelinha musical Rebelde, em que cantava e dançava, e Malu participou dos musicais Beatles num céu de diamantes, Se meu apartamento falasse e A noviça rebelde, além de ter sido uma das finalistas do reality show Popstar deste ano.
Voltando à trama, Minha fama de mau mostra um pessoal unido e feliz fazendo a Jovem Guarda, mesmo que algumas rusgas apareçam de vez em quando. Imagens de arquivo provam o sucesso do trio — se é que alguém duvida das multidões que eles arrastavam.
A ideia do diretor Lui Farias em Minha fama de mau não era a de seguir uma fórmula linear. Dessa forma, ele adota uma estética que, em alguns momentos, chega a lembrar HQs, especialmente na primeira metade do filme, mais centrada nas festas e no sucesso da Jovem Guarda. O drama do fim do movimento e as dificuldades de se manter na carreira dominam a segunda parte do longa.
Em família
Não foi à toa que Lui Farias se interessou pela história de Erasmo Carlos. O cineasta é filho de Roberto Farias, diretor da trilogia de filmes protagonizada por Roberto Carlos, Roberto Carlos e o diamante cor de rosa (1968), Roberto Carlos em ritmo de aventura (1968) e Roberto Carlos a 300 quilômetros por hora (1971).