Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Paulo Azevedo - Crônicas, contos e outras delícias! sexta, 24 de novembro de 2017

TRANSANDO COM GAROTO DURO, MAS REQUINTADO

TRANSANDO COM GAROTO DURO, MAS REQUINTADO

Paulo Azevedo

  

 

Diálogo com socialite quarentona e desinibida:

 

– Xandi meu querido, vou entrar em uma furada, mas valerá a pena. Estava precisando de uma paixão. Estou cansada de sexo furtivo e fugaz. Sabe aquele rapaz que te apresentei no sábado, lá no supermercado?

– Sei. Bonitão e simpático.

– Pois é, aquele filho da puta transa pra cacete, carinhoso, educado, mas é furada, Bino.

– Por quê?

– Novinho demais, está começando a vida, trinta anos, duro igual a coco, tenho que ficar bancando tudo, aí não dá.

– Trinta anos, já é homem, ou deveria ser – afirmei.

– Que nada, essa geração ainda mora com a mãe, não tem emprego definido. Mas vou curtir, aos quarenta e nove anos, dois casamentos, uma filha de dezessete, que se foda, vou pensar em mim. Agora, deixa te contar a imundície. O cara me come com requinte. Tenho acordado todos os dias cantando. Voltei até pra academia, a gente tá transando todo dia, tinha esquecido o que era tomar pirocada todo dia. Estamos há um mês e meio nessa loucura, voltei até ter ciúmes, virei menina. Que delícia!

– Quê? Como é comer com requinte, come pedindo licença e de luvas brancas? “Gaivota, por favor, agora vou introduzir em você”...

– Deixa de ser velho ridículo. Come com vontade, fode mesmo. Me sinto comida integralmente. Come meu corpo e minha alma. Faz de tudo e deixa fazer tudo. Adoro dar linguada na bunda, ele deixa; adoro que goze na minha boca, ele faz; peço que fale das mulheres que ele já comeu durante a foda, ele fala; chupa meu dedão do pé que é uma coisa; é carinhoso, não tem pressa; pirocudo, mãos grandes, chupa xoxota como poucos, dá até aquela lambida na virilha, até já fomos a um clubinho de swing só para olhar e para finalizar, só goza depois de mim, Ivan é uma paixão. Sem contar que faz uma massa e entende de vinhos. Só faltou gostar de literatura e cinema.

– Mas aí seria um deus. Ninguém é perfeito.


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