Após dois anos fechada para reformas, a Torre de TV reabriu, hoje, para visitação. Sob a gestão do Banco de Brasília (BRB), o ponto turístico e marco visual da cidade conta com novo espaço de socialização no mezanino, além do mirante que oferece uma vista panorâmica do Plano Piloto. Presente no evento de inauguração, ontem, o governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou que a revitalização da estrutura é um ato simbólico para todos os brasilienses. “Mostra como nós cuidamos do patrimônio da capital federal e como esperamos que cuidem do resto do país”, disse.
Para o emebedista, as obras vão auxiliar o desenvolvimento econômico e social da cidade. “Tivemos o cuidado de, também, cuidar da Feira da Torre, para que os visitantes de Brasília possam vir e desfrutar de tudo que o espaço tem a oferecer”, frisou.
Também no evento, o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, ressaltou que o intuito da parceria com o governo local era reavivar o monumento e que os projetos de revitalização devem se estender para outros pontos turísticos da capital federal. “Nosso próximo alvo é o Teatro Nacional. Temos a intenção de iniciar um projeto no espaço, porém ainda não há previsão”, adiantou.
Para a visitação da Torre, serão respeitadas as medidas de segurança a fim de evitar a disseminação do novo coronavírus. Brasilienses e turistas estão ansiosos com a retomada do monumento. Edvandro da Costa, 40 anos, mora há 20 em São Sebastião e trabalha no Plano Piloto. Apesar de estar muito tempo na cidade, ele nunca subiu na Torre de TV. Ao saber da reforma e da reabertura, garantiu que vai conhecer o mirante. “Dizem que é uma vista muito bonita de todo o centro de Brasília e, agora, deve estar mais moderno. Mal posso esperar”, revela. Para a filha de Edvandro, Daniela da Costa, 9, visualizar Brasília do alto da estrutura também é uma experiência inédita. “Parece ser muito bonito, tenho vontade de subir e ver a cidade de cima”, conta.
De acordo com a administração da Torre de TV, o mirante ficará aberto das 12h às 18h, e a entrada será gratuita, porém controlada. Apenas será permitida a entrada de quatro pessoas por vez no elevador e 12 no espaço. A medição de temperatura será feita nas entradas do local, e o álcool em gel estará disponível em todos os ambientes. O mezanino funcionará de quinta-feira a sábado, das 18h à 0h30, por meio de reservas, e o valor será de R$ 20 por pessoa.
Para o mineiro Fábio Assis, 30, as inovações são um atrativo a mais. Morador de Francisco Dumont (MG), ele veio a Brasília para o casamento de um amigo e ficou triste por não ter conseguido visitar a Torre de TV. “Criei expectativas muito boas em relação à vista do mirante. Porém, quando cheguei, soube que estava fechado”, lamenta. “Estou voltando para Minas Gerais hoje, mas já quero planejar a próxima vinda para conhecer este ponto turístico”, promete Fábio.
Comércio
Como um dos principais pontos turísticos de Brasília, a Torre de TV fomenta grande parte das vendas na Feira da Torre. Selma Carvalho, 59, trabalha na feira há 28 anos e conta que, após o monumento fechar para reformas, o movimento no comércio caiu consideravelmente. “As pessoas que visitavam a Torre acabavam conhecendo a feira. Mesmo durante a semana, o fluxo era bom”, lembra. Agora, com a reabertura, ela está otimista. “Espero que aumente bastante e que turistas e brasilienses gostem do que temos a oferecer”, completa.
Jaqueline Melo, 26, também está com expectativas altas. “Mesmo durante a pandemia, espero que as pessoas visitem o local. Nós, da feira, dependemos muito do turismo da Torre”, explica. O presidente do Sindicato dos Feirantes do DF (Sindifeira), Francisco Valdenir, deseja que o comércio da Feira da Torre volte aos bons tempos. “Nosso principal foco é trazer a clientela de volta, e acredito que a reabertura da Torre pode nos ajudar”, avalia.
Reforma
A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) investiu R$ 16,5 milhões na restauração do local. A pintura foi refeita e os parafusos das vigas e peças metálicas, trocados. O mirante, agora, conta com um bistrô. A feira da torre também passou por revitalização. Cerca de 4,5 mil m² de calçadas de concreto foram refeitos, e os elevadores e as escadas rolantes, recuperados.