Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sexta, 14 de setembro de 2018

TOFFOLI PREGA UNIÃO ENTRE PODERES

 

Toffoli prega união entre os poderes
 
Novo presidente do STF, ministro é tido como aberto ao diálogo e com grande capacidade de gestão. No discurso da posse, sugere uma agenda conjunta "em prol da nação"

 

» Leonardo Cavalcanti
» Renato Souza

Publicação: 14/09/2018 04:00

Dias Toffoli substitui Cármen Lúcia na presidência da Corte: o mandato é de dois anos (Carlos Moura/SCO/STF)  
Dias Toffoli substitui Cármen Lúcia na presidência da Corte: o mandato é de dois anos



José Antonio Dias Toffoli assume o comando do Supremo Tribunal Federal (STF) com uma certeza e uma dúvida, pelo menos aos olhos de quem acompanha as cortes superiores em Brasília. A metade infalível está relacionada ao diálogo e à capacidade de gestão. “Ele não tem raiva da política, pois sabe que os problemas de um povo só se resolvem dentro desse campo, além disso tem organização e trabalha pesado”, disse um ministro da Corte, que agora passa a ser presidida pelo colega nascido em Marília (SP). A parte indefinida se refere a quais serão os assuntos pautados a partir de agora: “A insegurança é saber como vai se posicionar sobre temas envolvendo políticos”, afirmou um membro do Ministério Público Federal, um dos órgãos com mais desconfiança em relação à tarefa de Toffoli.

Com dois anos de mandato, a expectativa é de que pautas, como prisão em segunda instância, fiquem para 2019, lá para março. “Têm eleições até novembro, então, qualquer movimento do Supremo em temas políticos poderá criar uma confusão desnecessária logo no início do mandato”, disse um ministro da Corte que preferiu não se identificar.

Aos 50 anos, Toffoli será o mais novo presidente do Supremo, mas o trabalho ao longo de uma década na Corte — antecedido pela chefia da Advocacia-Geral da União (AGU) — tornou-o conhecido, entre magistrados e advogados, como alguém capaz de apresentar resultados. Os números do acervo acumulado no gabinete, por exemplo, são favoráveis ao ministro, levando-o a ocupar o primeiro lugar na redução da quantidade de pendências processuais.

“Toffoli monta equipes multidisciplinares, utilizando tecnologia e inteligência de gestão”, disse Antonio Augusto de Queiroz, diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Os dois se conheceram em 1995, quando o hoje ministro chegou a Brasília para trabalhar como assessor da liderança do PT na Câmara dos Deputados. Para Queiroz, o diálogo com os outros poderes aumentará. “A gestão dele, talvez, possa ser comparada à de Nelson Jobim (presidente do Supremo entre 2004 e 2006), que tinha um diálogo aberto com todos.” O mandato de Toffoli vai coincidir com o de José Múcio à frente do Tribunal de Contas da União (TCU), abrindo facilmente, segundo observadores, mais uma janela de diálogo.

Atuação

A expectativa, entretanto, é de que a atuação de Toffoli seja mais efetiva fora do Supremo, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “O STF é mais amarrado devido às circunstâncias cotidianas. No CNJ, ele exercerá materialmente a presidência do Judiciário”, frisou um ministro do STF. Um dos trabalhos mais importantes do conselho é a inspeção nos tribunais brasileiros. Para isso, Toffoli deve dar maior estrutura para Carlos Von Adamek, desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo. Uma outra área sensível é o sistema eletrônico das cortes, que sofre resistência de juízes na implantação definitiva, apesar do dinheiro investido. O novo presidente do STF deu sinais de que vai encarar a tarefa. Outros dois focos estão no sistema de projetos na área penitenciária e na política de combate à violência contra a mulher, esta última tratada de perto pela ministra Cármen Lúcia.

“Acho que é o homem certo na hora certa, pois frequenta todos os ambientes, com respeito ao jogo democrático, e não vai querer que o Supremo substitua a política”, emendou outro ministro do STF. As dúvidas, entretanto, passam justamente pelos aspectos políticos. “Ministros estão arquivando inquéritos contra políticos sem ouvir o Ministério Público, o titular da ação”, afirmou um procurador. “Há nos últimos tempos um desprestígio à Constituição Federal. O problema é se ele começar a pautar temas como esse no plenário, levando juízes em todas as instâncias a arquivar inquéritos sem ouvir os promotores.”

Em sua carreira como ministro, Toffoli atuou em diversos casos controversos e entrou em contradição com colegas de plenário. Assim que ingressou na Corte, participou do julgamento que resultou na libertação do ex-ativista italiano Cesare Battisti.
 
 
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