Rio de Janeiro - Dezenas de milhares de pessoas se juntaram na praia de Copacabana para o início da edição 2024 do Tim Music Rio neste sábado (25/5). Regidos por Marina Sena e Baco Exu do Blues, os fãs não se importaram com a chuva e lotaram a estrutura gratuita montada na praia carioca e cantaram os maiores sucessos dos artistas que tem dominado a cena mainstream recente no país.
Os shows
A noite em Copacabana começou com o pop de Marina Sena. Em carreira solo há apenas 3 anos, a cantora teve uma das ascensões mais impressionantes da música na atualidade. Com milhões de reproduções nas plataformas de streaming e fãs espalhados por todo Brasil, Marina saiu da pequena cidade Taiobeiras, em Minas Gerais, e foi uma das responsáveis por lotar a praia de Copacabana na noite deste sábado. Havia mais gente acompanhando o show do que os 33 mil habitantes da pequena cidade onde cresceu.
Esbanjando sensualidade em um show ensaiado nos mínimos detalhes, a cantora mineira se mostrou uma popstar. O show checava todas as caixas da lista de um ato pop: balé, coreografias, notas cantadas de formas alongadas para mostrar capacidade vocal, momentos mais animados, mais calmos e, é claro, hits. Com os dois álbuns lançados nos últimos três anos, Marina emplacou algumas canções marcantes desde 2021.
Nem a chuva, nem problemas técnicos envolvendo o microfone impediram a artista de entregar uma noite divertida para o público e mais uma vez se provar como uma gigante, mesmo como tão pouco tempo desde que decidiu usar o próprio nome para subir ao palco.
Baco é um desses novos artistas que não se prende a um gênero ou estilo musical e essa desenvoltura o fez uma fabrica de sucessos no streaming. A maioria das músicas era cantada a plenos pulmões pelo público carioca, que também comprou a ideia de um show cheio de solos instrumentais e interlúdios, dando espaço para cada um dos músicos da banda do rapper brilhar.
Solto no palco, o cantor aproveitou para dar a opinião sobre assuntos em voga fora do mundo musical. Baco xingou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, antes da música Inimigos, o que tirou gritos e palmas de quem o assistia. Conhecido por opiniões fortes, o cantor também instruiu o público a “espacar” qualquer pessoa preconceituosa: “seja ela racista, machista ou homofóbica”. A intensidade do discurso também era vista na entrega do músico que terminou a apresentação cansado, mas feliz, tendo crises de riso.