Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão quarta, 11 de novembro de 2020

THE CROWN: EM NOVA TEMPORADA, NÃO ESCONDE A SOLIDÃO CRUEL QUE COROOU A PRINCESA DIANA

 

Em nova temporada, 'The Crown' não esconde a solidão cruel que coroou a princesa Diana

Em entrevista ao Estadão, a atriz Emma Corrin comenta a trajetória da jovem que sofreu com bulimia e o abandono da Coroa no casamento turbulento com príncipe Charles

Leandro Nunes, O Estado de S.Paulo

11 de novembro de 2020 | 05h00

Não são muitas as séries inspiradas em fatos reais que têm o poder de fazer o público torcer, mesmo sabendo como tudo vai terminar. The Crown, da Netflix, é uma delas. Aliás, a nova temporada, que estreia neste domingo, 15, foi feita para despertar sentimentos e paixões. 

Talvez a parte da trama mais aguardada da produção – que narra as décadas do reinado de Elizabeth II, entre o fim dos anos 1970 e o início dos 1990 – desembarca com a chegada da jovem Diana Spencer, a futura Lady Di, a princesa mais amada do mundo. 

'The Crown': Assistimos a série e contamos como a nova temporada escancara o coração da realeza

Em coletiva virtual, a atriz Emma Corrin dá seu palpite sobre a origem da admiração que eternizou Diana, sua personagem. O Estadão foi o único veículo brasileiro a participar. “Ela tinha um jeito de alcançar as pessoas, como nenhuma celebridade ou membro da família real conseguiram antes.”

 

 

Em nova temporada, The Crown não esconde a solidão cruel que coroou a princesa Diana
Aos 24 anos. Emma Corrin estreia na série que narra a vida da realeza britânica Foto: NETFLIX

Na quarta temporada, The Crown resgata o começo do encantamento do público, com os boatos do noivado com o príncipe Charles, e também a perseguição da imprensa, que se tornou contínua, até o fim da vida de Diana. “Ela saiu de uma rotina comum para encarar muitos desafios e, como tudo, com ganhos e perdas”, explica a atriz. “Havia um tratamento mais carinhoso do público, mas acredito que a imprensa tenha drenado suas energias. Diana ficou em dúvida sobre quem realmente era.”

E os afeitos à especulação da vida da personagem criaram sintomas imediatos. Desde o primeiro episódio, Diana é acompanhada de uma solidão cruel. E o seriado não esconde cenas bastante perturbadoras a respeito da bulimia, enfrentada pela princesa. 

Para Emma, a época impediu que o problema fosse uma preocupação do palácio, o que lança a personagem ao abandono. “Ela falou bastante sobre isso em vida, em entrevistas”, lembra a atriz. “Naquele momento, a realeza hesitava em dar voz para um distúrbio alimentar, que eles não entendiam. Hoje em dia, acredito que precisamos ficar alertas, entender o que está acontecendo e respeitar a dificuldade dos outros.”

Mas também há beleza – e muita – na nova temporada. A transformação visual pela qual Diana passa é um dos pontos altos da série, que sempre abusou de uma grande produção, incluindo efeitos gráficos e belas paisagens. No que já está documentado em jornais e revistas, vê-se que Diana deixa as saias e o traje formal de estudante para um mergulho em tudo o que o luxo e as grifes podiam oferecer.

A surpresa é que Emma prefere a fase “pré-realeza” de Diana. “Gosto muito dos figurinos dela mais jovem, enquanto ainda morava com as amigas. Eu sei que são mais controversos e menos glamourosos, mas acho interessantes.” 

Da fase princesa, a atriz destaca o figurino usado no sexto episódio em uma das tantas tréguas na relação com o príncipe e marido. “O meu preferido é o vestido azul, que ela usa na viagem à Austrália.” Na cena, a mãe do pequeno William descansa em uma casa no país-membro da Coroa Britânica.

A viagem fazia parte de uma turnê pelos demais estados integrantes, no momento em que alguns, entre eles a Austrália, cultivavam as primeiras ideias de independência da Coroa. Com o bebê herdeiro no colo, Diana deseja paz e Charles, a felicidade. Anseios nunca alcançados pelo casal. 

 

Em nova temporada, The Crown não esconde a solidão cruel que coroou a princesa Diana
Gillian Anderson. Atriz faz a premiê Margaret Thatcher Foto: NETFLIX

Outro grande momento para a personagem, segundo a atriz, é a viagem que Diana faz, dessa vez sozinha, a Nova York. Nesse período, os Estados Unidos sofriam com a dura infecção da aids. A princesa, em mais um ato de compaixão, avesso aos de sangue real, surpreendeu.

Em visita a um hospital, Diana abraça e se compadece de uma criança soropositiva. “Ela percebe que pode ajudar muitas pessoas, por atrair a atenção para quem está necessitado”, conta Emma. 

Política e guerra

O burburinho que preenche os dez episódios de The Crown não perde para a profundidade do debate político. Nesta temporada, a atriz Gillian Anderson estreia como a premiê do Reino Unido Margaret Thatcher em um registro de atuação diferente para quem viu Meryl Streep como a Dama de Ferro no cinema. 

O elenco já conhecido também brilha. Helena Bonham-Carter entrega um episódio delicado sobre os primeiros sinais de demência da princesa Margaret e Olivia Colman, a rainha, ferve de indignação pelos efeitos destrutivos na política da primeira-ministra. Uma temporada de caos e lágrimas.

 

 
 

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