Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo sexta, 28 de setembro de 2018

TESOUREIRO DE HADDAD É RÉU EM AÇÃO POR CAIXA 2

 

Tesoureiro de Haddad é réu em ação por caixa 2 na campanha de 2012

Francisco Macena foi denunciado em maio pelo recebimento de R$ 2,6 milhões de empreiteira para pagar dívidas eleitorais

POR O GLOBO

 
 
Candidato do PT indicou para comandar as contas de sua campanha o mesmo tesoureiro da sua eleição em 2012 - NACHO DOCE / REUTERS

SÃO PAULO - O tesoureiro do candidato à Presidência Fernando Haddad (PT), Francisco Macena, é réu desde junho deste ano em uma ação na Justiça Eleitoral de São Paulo por caixa dois na eleição de 2012. Naquele ano, Haddad foi eleito prefeito de São Paulo, e Macena atuou como seu tesoureiro. Ele foi denunciado em maio passado pelo recebimento de R$ 2,6 milhões de caixa dois da empreiteira UTC para pagar dívidas da campanha de 2012 de Haddad.

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A acusação foi do Ministério Público Eleitoral. Na mesma ação foram denunciados Haddad, o ex-tesoureiro nacional do PT João Vaccari Neto e o dono de gráficas Francisco Carlos de Souza.

Em junho, o juiz eleitoral Francisco Shintate aceitou a denúncia. Uma audiência para tentar um acordo que poderá levar ao arquivamento da ação foi marcada para novembro

A investigação começou em 2016, com o desdobramento da Operação Lava-Jato, a partir das delações do empresário Ricardo Pessoa, da UTC. Ele diz que, depois da campanha eleitoral de 2012, da qual Mecena foi tesoureiro, recebeu a visita de Vaccari. Segundo ele, o petista queria que a UTC pagasse uma dívida do partido com uma gráfica, no valor de R$ 3 milhões.

De acordo com o promotor Luiz Henrique Dal Poz, o pedido de contribuição foi renegociado para R$ 2,6 milhões. Para Dal Poz, a campanha de Haddad usou notas fiscais inidôneas para prestar contas.

 

Outra denúncia que envolve Macena em suspeitas de caixa dois foi relatada pela empresária Mônica Moura, mulher do marqueteiro João Santana. Em delação, ela afirmou que Macena sabia dos pagamentos de caixa dois para João Santana pela Odebrecht durante a campanha de 2012 porque participou de reuniões entre a empresária, Vaccari e o ex-ministro Antonio Palocci.

— Ele era o responsável pela parte oficial (do dinheiro) mas sabia também da parte (dos pagamentos) por fora — afirmou Mônica.

Depois de ser tesoureiro em 2012, Macena ocupou, por duas vezes, o cargo de secretário na gestão de Haddad na prefeitura . Ele também foi vereador na capital paulista. Na eleição deste ano, assumiu o caixa da campanha após Haddad ter sido anunciado como candidato ao Planalto no lugar do ex-presidente Lula.

ACUSADOS NEGAM

A defesa de Haddad diz que considera os depoimentos da empresária “frágeis e contraditórios” porque não apresenta “nenhuma prova material”. “É importante ressaltar que ela jamais disse que Fernando Haddad participou de qualquer conversa sobre pagamentos informais”, afirma.

Sobre as investigações a partir do depoimento de Pessoa, a defesa de Haddad diz que o “personagem já teve oito de suas delações desmentidas ou consideradas impossíveis de serem provadas”. “Pessoa teve seus interesses contrariados nos primeiros dias da gestão Haddad, quando o então prefeito cancelou as obras do túnel da avenida Roberto Marinho por claros indícios de superfaturamento”, diz.

 

Outros três ex-tesoureiros do PT — Delúbio Soares, Paulo Ferreira e Vaccari — já foram condenados na Lava-Jato. Vaccari e Delúbio estão presos em Curitiba. Além disso, José de Filippi Junior, tesoureiro das campanhas presidenciais do PT em 2006 e 2010, e Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2014, também foram citados em investigações. Em agosto, Filippi foi denunciado, junto com Haddad, pelo Ministério Público de São Paulo numa ação de improbidade administrativa.

Macena nega ter cometido ilegalidades. A advogada dele, Danyelle da Silva Galvão, nega que Macena tenha participado de encontros em que tenham sido tratados pagamentos de caixa dois eleitoral:

— O Chico não participou de reunião nem nunca teve conhecimento de dinheiro por fora na campanha.


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