O presidente se encontrou com a comunidade evangélica. Entre os seus, sentia-se feliz, descontraído. Sorriu muito. Posou para selfies. Deu abraços e beijos. No discurso, disse que nomearia para o Supremo Tribunal Federal um ministro “terrivelmente evangélico”. Aplausos ecoaram. Vivas se ouviram nos quatro cantos do recinto. A imprensa divulgou a fala. Foi um auê.
Ops! Não foi o critério religioso para escolher o juiz da mais alta corte de Justiça do país que chamou a atenção. Bolsonaro havia revelado o fato uns dias antes. Nem a inoportunidade do anúncio. Faltam quase dois anos para a abertura da vaga. A vedete foi o advérbio. Terrivelmente evangélico — o que é isso, companheiro? É isto: muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito evangélico. Evangélico na cara, nos gestos, nas palavras, no modo de agir. O advérbio inusitado causou estranhamento. Valeu como frase de efeito. Caiu na boca do povo.