Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quinta, 25 de abril de 2019

TEMPORAIS - RISCOS EM EDIFICAÇÕES

 


TEMPORAIS
 
 
Riscos em edificações
 
 
A Defesa Civil interditou residências em quase todos os dias de abril, o mais chuvoso dos últimos 10 anos na capital. No DF, há 41 áreas que preocupam mais as autoridades, por causa do perigo de desmoronamento e colapso

 

» JÉSSICA EUFRÁSIO
» PATRÍCIA NADIR
Especial para o Correio

Publicação: 25/04/2019 04:00

Maria convive com mofo na cobertura da varanda da residência (Ed Alves/CB/D.A Press)  

Maria convive com mofo na cobertura da varanda da residência

 


As fortes chuvas que atingiram o Distrito Federal nos últimos dias causaram estragos e acenderam alertas. Moradores de algumas áreas sofreram com a enxurrada. Os problemas de anos se acumularam e provocaram infiltrações, goteiras e alagamentos. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) considerou este abril o segundo mais chuvoso na história da capital. O volume de água registrado até ontem foi 133,7% maior do que o esperado para todo o mês.
 
Na Quadra Sul do Riacho Fundo 2, a dona de casa Maria Lemos Rodrigues, 50 anos, percebeu mofo na cobertura da varanda, cinco meses atrás. O teto, com cerca de 3 metros quadrados, está descascando e apresenta pontos pretos em várias partes. “Tem sido uma dor de cabeça, porque, além de ficar esteticamente feio, o cheiro incomoda muito. Uma das minhas filhas tem alergia e, agora, volta e meia tem coceiras na garganta”, lamenta.
 
A brasiliense está no mesmo endereço há sete anos. Antes, a família morava em Samambaia, em uma casa na qual as paredes dos quartos e da cozinha eram reféns de bolor e umidade. “Era só vir as chuvas que as preocupações surgiam. Ficamos apreensivos, pois é comum relatos de muros e casas que desmoronam devido à enxurrada”, completa Maria.
 
Problemas com infiltrações causadas por goteiras e rachaduras fazem parte da rotina de Valmir Rodrigues, 54, há meses. O comerciante tem uma mercearia na Rua 10 de Vicente Pires há nove anos. Por causa das chuvas, ele enfrenta um transtorno visível na estrutura da loja. “A umidade nas paredes e forros deixam manchas nas pinturas. Moro aqui há 15 anos, então chuva é sempre sinônimo de sufoco. Além da lama e dos buracos nas ruas, ficamos preocupados com o que pode acontecer as casas”, ressalta Valmir.
 
Análises
A Defesa Civil interditou casas em quase todos os dias de abril. No DF, há 41 áreas de risco e 18 cidades que surgiram nas últimas décadas sem planejamento e sem sistema de drenagem pluvial. Vicente Pires, Arniqueiras e Sol Nascente foram as mais atendidas pelo órgão neste mês, com casos de inundações, alagamentos, invasão de água em residências e queda de muros.
 
Para evitar casos como o último, o subsecretário da Defesa Civil, coronel Sérgio Bezerra, ressalta a importância da construção de muros de arrimo em vez de paredes de alvenaria sem suporte na base ou ferro na estrutura. “Também é importante observar o surgimento de trincas, fissuras, rachaduras. Tudo isso pode indicar risco de desabamento e muitos casos podem ser evitados com limpeza das calhas, o que impede a infiltração de água na laje ou em vigas”, destaca Bezerra.
 
Ele acrescenta que o órgão faz inspeções preventivas e atua diante de problemas iminentes. Análises mais aprofundadas não cabem à Defesa Civil e devem ser requisitadas pelo dono do imóvel ou responsável pela edificação. “Trincas e fissuras denunciam problemas de infraestrutura. Às vezes, não está caindo, mas é necessária uma investigação, feita por um engenheiro qualificado. O órgão não faz esses exames complementares. Vamos ao local,  observamos os primeiros sinais e recomendamos os reparos”, explica o subsecretário.
 
Professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU/UnB), Daniel Richard Sant’Ana destaca a necessidade de verificar a fonte do defeito. “Para evitar se chegar a um ponto extremo, como o desmoronamento, o morador deve acionar algum mestre de obras para verificar se o problema não se trata de algo que vem de dentro da casa, como um cano vazando água.”
 
O especialista compõe um grupo de pesquisa que busca promover a sustentabilidade. A equipe propõe métodos inovadores para a drenagem da água. No momento, o grupo pratica simulações para verificar as melhores opções. Daniel lembra que o principal responsável pela drenagem urbana é o Governo do Distrito Federal. “Se a rede atual está defasada, cabe aos órgãos responsáveis implementarem medidas inteligentes que solucionem o problema. O que não dá é para ficarmos reféns de enchentes e alagamentos”, critica o arquiteto.
 
 
Informe-se
 
Curso grátis
 
O professor Dickran Berberian ministra um curso gratuito de problemas e patologias de edificações no Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-DF). As aulas ocorrem às segundas-feiras, a partir das 18h15, na sede da entidade. Apesar de ter iniciado, a programação inclui temas diferentes a cada encontro. Local: Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), Trecho 2/3, Lote 1.125, 2º andar Inscrições: infrasolocursos@gmail.com. Mais informações: 3363-8610.


Indícios

Confira os principais sinais de que um prédio ou casa apresentam quando há problemas estruturais:
 
» Mofo
» Estalos
» Infiltrações
» Vazamentos nas calhas
» Deterioração do concreto
» Bolhas nas paredes ou no teto
» Massas cinzentas na cerâmica
» Trincas nas paredes, na laje e/ou no reboco

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