Sob o céu do Poeta descansam nuvens branquinhas, preguiçosas, donas da mansidão, mas que ao primeiro assobio de vento se alvoroçam pra virar chuva. É aí que as asas se abrem, batem e alçam vôos nunca dantes voados rumo à quimera de uma vida feliz, possível para os bons, os do bem. E o verbo dever, junto com a obrigação substantiva, desaparece, pois tudo que era devido deixou de sê-lo. Nada por obrigação, tudo por prazer. Nada a lamentar. Restará apenas a saudade do ontem passado e descumprido, da tarefa recomendada e deixada de lado, do canto calado e do poema por escrever. Mas o tempo é presente, embora fugaz, e o futuro é impaciente. E ele já está ali na esquina esperando a gente, silente e indecifrável, doido pra virar passado. E ele é rápido como o vento, ligeiro como a vida.
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