Um dia, eu também quis ir pra Pasárgada dos meus sonhos, mas no caminho do meio tinha uma pedra colocada pela nora que nunca tive. E nem adiantou dizer que era amigo do rei, pois tinha uma pedra no meio do caminho que não me deixava passar, tornando impossível aquele caminho. Não adiantou invocar Joana, a louca da Espanha: não houve meio de tirar a pedra do caminho. Chamei, chorei, clamei, e mãe-d’água não veio me contar as histórias do meu tempo de menino, dos tempos de Rosa, porque tinha um caminho de pedra no meio e minha água foi pouca para bater e furá-la deixando o caminho sem pedras tal e qual as estradas da Pasárgada verdadeira, onde não existe a vontade de se matar, onde as pedras são pequeninas, quase grãos. Onde todos são apenas Carlos, alguns Manoel. Tantos Drumonds e tantos Bandeiras. E hoje, aprendido o caminho, retiro as pedras e volto à Pasárgada. É que lá sou amigo de Bandeira. Pode perguntar a Drumond …