Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão terça, 12 de janeiro de 2021

TATA WERNECK: AINDA ACREDITO NO ACASO

 

'Ainda acredito no acaso': Tata Werneck reflete sobre relacionamentos, tema de 'Shippados'

Último texto de Fernanda Young, em parceria com Alexandre Machado, produção estreia nesta terça, 12, na Globo

Entrevista com

Tatá Werneck

Eliana Silva de Souza, O Estado de S.Paulo

12 de janeiro de 2021 | 05h07

'Shippados', série com Tatá Werneck e Eduardo Sterblitch Foto: Estevam Avelar/ TV Globo

A tecnologia invadiu a vida das pessoas mundo afora e abriu inúmeras possibilidades para fazer com que se conectem, estando onde estiverem, no mesmo país ou em pontos distantes do planeta. Entre os aplicativos que fazem parte da nossa vida, existem aqueles que são para aproximar os indivíduos que querem ter um relacionamento amoroso. São os aplicativos de namoro. Usando esse tema como mote, Fernanda Young e seu parceiro, Alexandre Machado, criaram a série Shippados, último trabalho em conjunto – pois Fernanda morreu em 2019 –, que estreou primeiro na plataforma de streaming Globoplay e, nesta terça, 12, chega à Globo, com exibições às segundas, terças, quintas e sextas. 

Dirigida por Patricia Pedrosa, a trama conta a história de Rita, que é interpretada por Tatá Werneck. Ela é uma pessoa que leva tudo muito a sério, acredita em tudo que sua mãe diz, seja ou não um absurdo. Tudo o que acontece em sua vida, seja bom ou ruim, ela vai para o computador e revela a seus seguidores. Mas ela quer muito encontrar um namorado, o que não tem sido uma tarefa fácil, mas ela não desiste. 

 

Da mesma forma que a garota, Enzo, vivido por Eduardo Sterblitch, se vale do aplicativo de namoro para conhecer a pessoa que o fará feliz. No entanto, sua jornada também não rende muitos bons frutos, com encontros nada proveitosos. Para completar, o rapaz divide o apartamento com seu amigo Valdir (Luis Lobianco), que namora Brita (Clarice Falcão), e o casal mantém uma relação muito boa, entretanto, os dois são adeptos do naturismo, o que significa que desprezam roupas e têm a mania de andar pelados em casa, o que não agrada nada ao colega de apartamento.

 Completam o elenco principal de Shippados Júlia Rabello, como a ousada Suzete, Rafael Queiroga, como o marrento Hélio, além da presença de Yara de Novais, que interpreta Dolores, a mãe nada fácil de Rita, que não está nem aí para os sentimentos da filha e adora fazer compras pela internet. 

A atriz Tatá Werneck, como toda mãe que trabalha fora de casa, se desdobra entre os cuidados com a pequena Clara Maria, o companheiro Rafael Vitti e sua agenda de gravações. No momento, ela aproveita suas férias curtindo o quanto pode a filha. Pelo menos é o que se observa em suas redes sociais. Separando um tempinho do descanso, a humorista respondeu a algumas perguntas, por e-mail, do Estadão sobre Shippados. 

'Shippados'. Júlia Rabello, Rafael Queiroga (atrás), Eduardo Sterblitch, Tatá Werneck (centro), Luis Lobianco e Clarice Falcão Foto: Paulo Belote/ TV Globo

São personagens reais? A gente cruza com eles no dia a dia?

Acho que existe uma Rita por aí. Ou pelo menos com uma parte dela. Talvez com suas crises e medos as pessoas se identifiquem, essa busca pela aceitação, pelo amor nos tempos dos likes. Essas personagens são porta-vozes de visões críticas de mundo muito interessantes.

Como analisa a Rita? Ela, como o Enzo, pecam por falarem o que dá na cabeça?

Acho que eles se conectam justamente por isso. Eles têm uma loucura parecida e uma retórica espontânea e eloquente.

Vale tudo para tentar encontrar um companheiro (a), alguém que nos faça feliz, que nos ame?

Vale. E vale tentar mil vezes também. Mas com o tempo você aprende que não é o outro que te fará feliz. Se você não estiver inteiro, vai buscar a vida toda. Ou vai usar sua relação como muleta para suas próprias questões existenciais.

Nesse momento em que vivemos, procurar alguém via aplicativo pode ser uma alternativa?

Eu nunca entrei em aplicativo de namoro e nem me arriscaria. Ainda acredito no acaso dos esbarros nas esquinas.

É difícil se mostrar completa para as pessoas, principalmente em um primeiro encontro?

Nunca tive esse problema. Sempre fui do jeito que sou. Mas acho que as pessoas têm medo de serem o que são e não serem compreendidas ou aceitas. Estamos carentes de colo. Daquele abraço que diz “calma, vai ficar tudo bem”.

O que uniu esses dois personagens?

Eles têm crises parecidas. São anti-heróis. Se encontram no erro. Na tentativa. Na perda. Já estão no fundo do poço. Brindando angústias.

Encenar o texto da Fernanda Young (com o Alexandre Machado) tem um significado especial?

Sempre teve. Sempre sonhei em estar em um trabalho com eles. A Rita conta um pouco da história da Fernanda. Essa busca pelo pai era uma busca da Fernanda. Ela estava tão feliz com a série. Eles são tão brilhantes. Fico muito feliz por tê-la deixado feliz. Eles são gênios.


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